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Quarta, 16 de Setembro de 2020
Agronegócio e ONGs apresentam juntos propostas contra desmatamento na Amazônia
Agronegócio e ONGs apresentam juntos propostas contra desmatamento na Amazônia Fonte: Canal Rural

O conjunto de seis propostas enviadas ao governo federal visa reduzir em alguns meses – e de forma permanente – o desmate

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A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura — movimento formado por 230 entidades e empresas — enviou nesta terça-feira, 15, enviou ao governo federal um conjunto de seis propostas para “deter, de forma rápida e permanente”, o desmatamento na Amazônia.

Segundo a entidade, o documento foi enviado ao presidente da República, Jair Bolsonaro, ao vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia, Hamilton Mourão, e aos ministérios da Agricultura, Ciência, Economia e Meio Ambiente.

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“Essa redução no curto prazo – em alguns meses – é de fundamental importância para o país. Não somente pelo avanço das perdas socioambientais envolvidas, mas também pela ameaça que a destruição florestal na região impõe às questões econômicas nacionais. Há uma clara e crescente preocupação de diversos setores da sociedade nacional e internacional com o avanço do desmatamento”, pontua o movimento.

Segundo membro da coalizão e diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), André Guimarães, o desmatamento descontrolado da Amazônia é um dos maiores riscos à economia brasileira atualmente. “Nosso país é altamente dependente do regime de chuvas que a floresta proporciona tanto para o agronegócio, como para o fornecimento de energia elétrica e o abastecimento de água nas cidades e para as indústrias”, alerta.

“O agronegócio sério e responsável corre o risco de ser penalizado em suas exportações se o país não combater os crimes ambientais na Amazônia”, adverte Marcello Brito, também membro da Coalizão Brasil e presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). “Não podemos perder mais tempo com antagonismos que impedem que o país avance. Existem caminhos práticos e factíveis de enfrentar o problema e é nas soluções que precisamos nos concentrar agora”, completa.

Resumo das propostas

Retomada e intensificação da fiscalização, com rápida e exemplar responsabilização pelos ilícitos ambientais identificados;
Suspensão dos registros do Cadastro Ambiental Rural (CAR) que incidem sobre florestas públicas e responsabilização por eventuais desmatamentos ilegais;
Destinação de 10 milhões de hectares à proteção e uso sustentável;
Concessão de financiamentos sob critérios socioambientais;
Total transparência e eficiência às autorizações de supressão da vegetação;
Suspensão de todos os processos de regularização fundiária de imóveis com desmatamento após julho de 2008

Veja as propostas na íntegra:

1) Retomada e intensificação da fiscalização, com rápida e exemplar responsabilização pelos ilícitos ambientais identificados

Para retomar e intensificar ações de fiscalização é necessário apoiar e ampliar o uso de inteligência e expertise do Ibama, ICMBio e Funai, visando à responsabilização pelos ilícitos ambientais por meio da punição ágil, ampla e eficiente dos infratores. Nesse sentido, é importante o pleno cumprimento da lei vigente, incluindo a destruição no campo de equipamentos utilizados por criminosos ambientais. O uso de tecnologia para a execução dessa ação é também de crucial importância. A retomada da Operação Controle Remoto do Ibama, implementada com sucesso em 2016 e 2017, deve ser fortemente considerada.

Justificativa da Coalizão: a atuação do Estado, em sua tarefa de fazer cumprir a lei ambiental, historicamente, tem resultado em reduções rápidas e regionais do desmatamento na Amazônia. Os órgãos de fiscalização ambiental contam com experiências exitosas. A Operação Controle Remoto, por exemplo, é eficiente na notificação remota de proprietários e posseiros rurais que desmatam ilegalmente. Notificações e embargos podem ser realizados de forma simples e quase automaticamente, cruzando os dados de desmatamento com as informações de bancos de dados oficiais, como: Sistema do Cadastro Ambiental Rural (SICAR) ou registros de Posse de Terras (que permitem a identificação do detentor da terra) e Autorizações de Supressão de Vegetação (ASV). Já existem mais de 70 mil laudos disponíveis que aplicam essa metodologia no sistema do MapBiomas Alerta, que foi desenvolvido em cooperação com o Ibama. A metodologia utilizada nesta operação é semelhante à proposta recentemente pelo Ministério da Agricultura para a regularização fundiária na Amazônia, tema ainda mais complexo que o embargo remoto às áreas desmatadas ilegalmente e a responsabilização dos infratores.

2) Suspensão dos registros do Cadastro Ambiental Rural (CAR) que incidem sobre florestas públicas e responsabilização por eventuais desmatamentos ilegais

Proceder à suspensão imediata, na base de dados do cadastro (Sicar), dos registros sobrepostos às áreas de florestas públicas (unidades de conservação, terras indígenas, florestas públicas não destinadas etc.) listadas no Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP) do Serviço Florestal Brasileiro.

Justificativa da Coalizão: de acordo com a lei 11.284 de 2006, as florestas em áreas públicas somente podem ser destinadas para o uso sustentável mediante alocação para áreas protegidas (terras indígenas, Unidades de Conservação etc) e de uso comunitário (como territórios quilombolas) ou para concessão florestal por meio de licitação. Os registros de CAR que incidem sobre as florestas públicas são, portanto, irregulares e devem ser suspensos até que seja retificado ou cancelado do Sicar.

Há mais de 11 milhões de hectares em CAR declarados sobre florestas públicas que acabam sendo utilizados para legitimar processos de grilagem. Classificar esses registros do CAR, sobre florestas públicas, como “suspensos” permitirá que todos os atores do setor público e privado façam clara distinção destes registros daqueles classificados como “pendentes”, que seriam passíveis de aprovação ou confirmação pelo sistema. Tal alteração permitirá, ainda, que os declarantes de CAR sobre florestas públicas sejam responsabilizados pelos eventuais desmatamentos ilegais que ocorrerem na área cadastrada.

3) Destinação de 10 milhões de hectares à proteção e uso sustentável

Selecionar, num prazo de 90 dias, a partir do Cadastro Nacional de Florestas Públicas, de uma área de 10 milhões de hectares que possa ser designada como área protegida de uso restrito e de uso sustentável em regiões sob forte pressão de desmatamento.

Justificativa da Coalizão: uma ação de destinação de um volume de florestas como o proposto poderá ter, de imediato, três resultados: 1) sinal claro aos grileiros de que há ação governamental em curso e que a invasão de terra pública não será tolerada; 2) já se demonstrou cientificamente que a criação de áreas protegidas resulta em queda generalizada das taxas de desmatamento amazônico e proteção florestal permanente; e 3) a redução das emissões por desmatamento e manutenção dos estoques de carbono. Foi o caso, por exemplo, da criação de 24 milhões de hectares de áreas sob proteção na região da Terra do Meio, no Pará. Cerca de 40% da queda nas taxas ocorridas entre 2005 e 2008 são atribuídas à destinação dessas áreas.

4) Concessão de financiamentos sob critérios socioambientais

O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve exigir que as instituições de crédito rural e agrícola adotem práticas e critérios mais rigorosos de checagem de riscos ambientais, como a comprovação de ausência de ilegalidade nas propriedades, incluindo a conferência do CAR e demais requisitos relacionados ao cumprimento do Código Florestal e à sobreposição em terras públicas.

Quando observados CAR com desmatamento posterior a julho de 2008, as operações de crédito devem ser bloqueadas até que o responsável pelo CAR apresente à instituição financeira a autorização de supressão de vegetação emitida pelo órgão responsável para o local desmatado que seja válida para o período quando aconteceu o desmatamento. Propriedades que tenham desmatado além dos limites do Código Florestal, antes de julho de 2008, devem informar adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) e apresentar à instituição financeira um plano de recuperação do passivo ambiental.

Justificativa da Coalizão: ações mais exigentes (associadas ao devido cumprimento da legislação) para a concessão de crédito já demonstraram bons resultados no passado na coibição do desmatamento ilegal em áreas privadas.

5) Total transparência e eficiência às autorizações de supressão da vegetação

Os órgãos estaduais de meio ambiente devem tornar públicos os dados referentes às autorizações de supressão de vegetação. Para tanto, tais autorizações devem ser compartilhadas no Sinaflor. Ainda, o governo federal deve suspender a controversa instrução normativa do Ministério do Meio Ambiente (IN 3 de 2014) que limita o acesso a informações críticas à identificação (CPF ou CNPJ) dos responsáveis pelo CAR que estão ligados ao desmatamento e que, claramente, conflita com a Lei de Acesso à Informação e com outros marcos legais associados à transparência.

Justificativa da Coalizão: a transparência das informações ajuda a diferenciar os produtores que estão atuando dentro da lei daqueles que agem de forma ilegal. Tal ação resulta em dois benefícios básicos: o reforço positivo de produção legal e livre de desmatamento e o exercício de monitoramento e identificação pela sociedade, setor privado e órgãos de controle de desmatadores ilegais. Neste sentido, a transparência para a identificação do detentor do CAR é fundamental para a seleção de agricultores que atuem na legalidade e exclusão dos ilegais, por parte de atores do mercado.

6) Suspensão de todos os processos de regularização fundiária de imóveis com desmatamento após julho de 2008

Suspender todos os processos de regularização fundiária de áreas desmatadas irregularmente após julho de 2008 até que as áreas estejam plenamente recuperadas. Quem desmata em área não regularizada comete crimes ambientais e não deve ser beneficiado com a regularização fundiária.

Justificativa da Coalizão: a grilagem de terras públicas é um dos principais vetores de desmatamento. Ao cessar os processos de regularização dessas áreas corta-se o principal estímulo à grilagem e, por consequência, ao desmatamento.

Fonte: Canal Rural

Quinta, 17 de Agosto de 2023
Expointer 2023 pretende quebrar recordes
Expointer 2023 pretende quebrar recordes Fonte: Julia Chagas/Seapi

A 46ª edição da Expointer, que ocorrerá de 26 de agosto a 3 de setembro, promete ficar na história e quebrar recordes. Estão sendo feitas várias melhorias na infraestrutura do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio; a acessibilidade estará presente, aumentando o número de visitantes; o pavilhão da agricultura familiar terá mais expositores; a feira também contará com mais expositores (1.500). “É uma feira de inovação, de acessibilidade”, adianta o assessor especial do Parque, Sandro Schlindwein.

Quem anda pelo Parque, já sente a Expointer “viva”. Conforme Schlindwein, no mínimo cinco mil trabalhadores estão preparando a maior feira agropecuária da América Latina. “Cerca de 40% da montagem dos estandes já está pronta. Tem muitos veículos circulando, como caminhões e tratores, além das pessoas. Está difícil de andar dentro do Parque”, comenta.

O assessor conta que, ao todo, em infraestrutura do Parque, foram gastos mais de R$ 2 milhões, contando com o investimento em acessibilidade. “Só no pavilhão de gado de corte, o governo está investindo R$ 1 milhão. Ele é o mais antigo e o maior do Parque, com 15 mil metros quadrados, e estava com problemas estruturais como corrosão. Toda a estrutura está sendo reformada”, destaca. “Além disso, estamos investindo mais R$ 900 mil na rede hidráulica do pavilhão, e revisando a rede elétrica também”.

Segundo Schlindwein, também está sendo ampliada uma área para atender o estacionamento e o camping da agricultura familiar. “Já temos dois mil metros de pavimentação nova desde o portão 7 até a área das máquinas agrícolas, onde fica o Simers. Nessa área, no portão 9, aumentamos duas quadras, que já foram calçadas”, diz. “Ano que vem vamos ampliar o estacionamento. Hoje temos cerca de 10 mil vagas e queremos chegar a 12 mil vagas”, acredita.

Reforma do Boulevard

O Boulevard recebeu pintura nova em toda sua extensão de 250 metros. Ele abriga, em seu entorno, as cerca de 20 associações de raça, mais os laboratórios de insumos para animais.

Cadastramento digital

Outra novidade deste ano é um controle na pré-montagem dos estandes. “Adquirimos um sistema digital, no qual cadastramos todos os expositores, todas as montadoras e seus prestadores de serviços”, esclarece Schlindwein. “Este ano todos os expositores terão um alvará emitido pelo Parque de forma gratuita. Isso será fundamental para o controle e segurança do Parque, porque temos 140 hectares e 15 portões. Antes a gente não tinha como saber ao certo quem estava no Parque expondo. Agora teremos total controle. Isso tem trazido para nós uma organização. Estamos automatizando o controle de entrada e saída das equipes de montagem no Parque”.

O assessor esclarece que as pistas de prova e de treino do Freio de Ouro foram cobertas. “A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) investiu em dois pavilhões novos cobertos. Tudo isso para a gente fazer uma feira maior que a do ano passado”, conclui.

Ingressos

O parque vai funcionar das 8h às 20h30min para entrada de pedestres e veículos visitantes. Os ingressos custarão R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia-entrada). Crianças de até 6 anos, acompanhadas dos pais ou responsáveis, têm entrada gratuita. Idosos com 60 anos ou mais e pessoas com deficiência pagam meio ingresso. O estacionamento para visitantes custará R$ 40.

Fonte: Ascom Seapi

Quinta, 17 de Agosto de 2023
Início da chegada de animais para 46ª Expointer será na segunda-feira

Os 4.275 animais (de argola e rústicos) inscritos para a 46ª Expointer começam a chegar ao Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio, na segunda-feira (21/8). O portão 8 será aberto às 8h. O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes, e a subsecretária do parque, Elizabeth Cirne-Lima, estarão presentes.

Os exemplares para julgamentos podem entrar até a sexta-feira (25/8), das 8h às 22h. Todos os animais passarão pela equipe do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi. Nos demais dias da feira, podem ingressar no parque os animais rústicos, de leilões e os que participam de provas ou apresentações.

Link para informações sanitárias sobre cada espécie de animal

Fonte: Ascom Seapi

Quinta, 17 de Agosto de 2023
Secretário Feltes entrega convite da 46ª Expointer ao ministro da Agricultura
Secretário Feltes entrega convite da 46ª Expointer ao ministro da Agricultura Fonte: Divulgação/Seapi

O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, cumpriu agendas em Brasília nesta quarta-feira (16/8) onde entregou o convite oficial da 46ª Expointer ao ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro. A exposição será realizada de 26 de agosto a 3 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A cerimônia oficial e o Desfile dos Grandes Campeões estão marcados para o dia 1º de setembro. O secretário adjunto da pasta, Márcio Madalena, também acompanhou as agendas.

O assessor especial do Mapa, Carlos Ernesto Augustin, também acompanhou a agenda e foi convidado para vir ao Rio Grande do Sul participar da Expointer 2023, que é considerada a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina.

Na reunião, o secretário Feltes também aproveitou para reforçar o pedido para que o Mapa revise o calendário de semeadura da soja estipulado para o Rio Grande do Sul. A reivindicação é para que o período seja de 1º de outubro de 2023 a 18 de fevereiro de 2024.

“O ministro Fávaro mostrou disposição em conversar com o Estado e discutir tecnicamente a viabilidade de ampliar o calendário. Sabemos da apreensão dos produtores gaúchos, já que o atual calendário reduziu o prazo de plantio, mas estamos esperançosos de que a medida seja revista com base em análises científicas”, destaca o secretário Feltes.

Outro assunto abordado na audiência foi a alta de importação do leite que tem sido registrada no Estado. O secretário solicitou apoio do Ministério para que o governo federal encontre mecanismos para minimizar os efeitos que isso gera nos produtores rurais brasileiros.

Convites para a Expointer 2023

No roteiro de compromissos em Brasília, o secretário Feltes também aproveitou a oportunidade para fazer a entrega do convite oficial da Expointer ao presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins. O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, também foi convidado. Na oportunidade, discutiram o contexto atual do agronegócio brasileiro.

Ainda no Mapa, Feltes e Madalena se reuniram e entregaram o convite da feira para o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, e para a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Renata Miranda. Na pauta, as políticas voltadas ao agro digital, o uso de novas tecnologias e o Plano Estadual de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono do Rio Grande do Sul (Plano ABC+RS), que no Estado tem como coordenador do Comitê a Secretaria da Agricultura.

Fonte: Ascom Seapi

Quinta, 17 de Agosto de 2023
Irrigação, Pró-Milho e safra na pauta da Câmara Setorial do Milho
Irrigação, Pró-Milho e safra na pauta da Câmara Setorial do Milho Fonte: Fernando Dias/Seapi

A Câmara Setorial do Milho se reuniu na manhã desta terça-feira (15/08) de forma presencial e virtual. Na pauta, diversos assuntos ligados ao setor como projeção de safra, projeto de milho irrigado em terras baixas, Programa Pró-Milho e projetos de irrigação, entre outros.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) apresentou os resultados do programa Pró-Milho, criado em 2020 com o objetivo de incentivar, fomentar e coordenar ações que aumentem a produção e a qualidade do milho no Estado do Rio Grande do Sul. Desde julho de 2020, em parceria com a Emater-RS/Ascar, foram atendidos, em média, cerca de 20 mil produtores/ano, além de capacitações, orientação na elaboração de projetos, seminários, reuniões técnicas e dias de campo.

A meta do programa para este segundo semestre de 2023 é atender 10.640 produtores, apoiar a elaboração de 250 projetos e realizar atendimentos nas áreas de irrigação e secagem para 1120 produtores gaúchos. “O programa é dos parceiros, toda a cadeia produtiva deve estar envolvida no Pró-Milho”, destaca o engenheiro agrônomo Valdomiro, assessor técnico da Câmara Setorial do Milho.

Outro programa recém lançado pelo governo do estado e em execução pela Seapi é o de irrigação, através do programa Supera Estiagem (veja aqui). Vão ser destinados R$ 20,2 milhões para projetos de irrigação e distribuição de água, com subvenção de 20% limitados ao teto de R$ 15 mil por requerente. A previsão é de que 1.350 produtores rurais sejam atendidos pelos recursos, aumentando a área irrigada em cerca de 5 mil a 6 mil hectares.

Durante a reunião da Câmara, a Emater-RS/Ascar apresentou a estimativa para a safra de milho grão 2022/2023. De acordo com o engenheiro agrônomo Alencar Rugeri, a área plantada deverá ser de 810 mil hectares, a produtividade média deverá ficar em torno de 4.440 kg/há e a produção total poderá chegar a 3 milhões 597 mil toneladas. “Existe uma linha de tendência de diminuição da produtividade ao longo dos últimos seis anos, com exceção de um ano atípico, o que é preocupante para a cadeia”, alerta Rugeri.

De acordo com Ricardo Meneghetti, presidente da Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho), “o número de venda de sementes tem diminuído bastante, o que está nos preocupando, porque o produtor tem visto as dificuldades com a seca e pensa no risco de produzir e se o preço vai valer a pena”. Outra questão, destaca, é a cigarrinha do milho, que necessita de muitas aplicações para ser combatida.

A atenção ao monitoramento de pragas nas culturas de primavera-verão, especialmente a cigarrinha do milho, está nas recomendações do Boletim Trimestral Copaergs, coordenado pela Seapi.

A diretora técnica do Instituto Rio Grande do Arroz (Irga), Flávia Tomita, apresentou o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Instituto sobre “Milho Irrigado em Terras Baixas”, em rotação com a cultura do arroz. O experimento foi feito em cinco estações e a maior produtividade foi em Santa Vitória do Palmar, de 18,40 ton/ha. Tomita destaca, no entanto, que essa produtividade varia de região para região. Os experimentos devem ser repetidos na próxima safra.

Eventos

Rodrigo Rizzo, da Farsul, destacou o sucesso do programa Duas Safras, desenvolvido pela entidade, que atendeu 2.200 produtores rurais em 2022. E convidou a todos para o evento que irá ocorrer no dia 12 de setembro, em Carazinho.

Já o pesquisador da Embrapa, Giovani Thisen, relatou os preparativos para a 3ª Misosul, Reunião Técnica Sul-Brasileira de Pesquisa de Milho e Sorgo, realizada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que vai acontecer entre 10 e 12 de setembro, em Pelotas. Na pauta do encontro, qualidade do solo, manejo de cigarrinhas e bioinsumos em milho e sorgo, entre outros assuntos.

Fonte: Ascom Seapi

Quinta, 17 de Agosto de 2023
Secretaria da Agricultura alerta sobre uso correto de herbicidas hormonais
Secretaria da Agricultura alerta sobre uso correto de herbicidas hormonais Fonte: Fernando Dias/Seapi

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários do Departamento de Defesa Vegetal, publicou recentemente um Resumo das INs Hormonais nº 12 e nº 13 de 2022. A ideia é disseminar as informações de maneira resumida, a fim de possibilitar melhor entendimento e atenção dos produtores e responsáveis técnicos quanto às exigências para o correto uso de agrotóxicos.

Entre as exigências aos produtores destacam-se: utilizar produtos hormonais somente se o equipamento possuir pontas com tecnologia de redução de deriva; assinar a receita agronômica de agrotóxicos hormonais; apresentar à revenda a Declaração do Produtor Rural no momento da compra do produto hormonal, a qual deverá estar assinada e dentro do prazo de validade; apresentar à revenda a Declaração do Cadastro Estadual de Aplicador de Agrotóxicos, emitida pela Seapi, no momento da compra do produto hormonal, a qual deverá estar dentro do prazo de validade; manter na propriedade rural, pelo período de dois anos, o caderno de campo contendo todas as informações referentes ao uso dos herbicidas hormonais, bem como as notas fiscais de compra e as receitas agronômicas (originais ou cópias).

Para os responsáveis técnicos, a orientação é constatar se o produtor dispõe de equipamento de aplicação adequado, incluindo pontas com tecnologia de redução de deriva, previamente à recomendação dos produtos hormonais; na emissão da receita agronômica, inserir no campo “OBSERVAÇÕES”, o Termo de Conhecimento de Risco e Responsabilidade; orientar o produtor rural sobre o conteúdo do Termo, equipamentos (pontas/bicos), especificidades dos produtos (bula), condições meteorológicas; entre outras.

Prestadores de serviços devem estar com o seu registro ativo junto à Seapi; o aplicador vinculado à pessoa jurídica responsável pela aplicação deverá estar habilitado no Cadastro Estadual de Aplicadores de Agrotóxicos (esse profissional deverá assinar o caderno de campo imediatamente após a aplicação); entre outras orientações.

Segundo o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapi, Ricardo Felicetti, as exigências já estão vigentes em 73 municípios das variadas regiões do Estado. “Até 2026 devem valer para todos os municípios do Rio Grande do Sul”, promete.

“O trabalho envolvido é importantíssimo no curso de mitigação de risco de derivas de agrotóxicos hormonais. Em especial durante esta safra, cuja ocorrência do fenômeno El Niño tende a diminuir a janela de tratos culturais pelo aumento da precipitação, demandando mais orientação de responsáveis técnicos e atenção dos produtores e aplicadores de agrotóxicos, para diminuir o risco de ocorrência de derivas”, alerta Felicetti.

Denúncias sobre uso irregular de agrotóxicos hormonais devem ser feitas pelos seguintes canais: whatsApp / Telefone: (51) 98412 9961, ou e-mail denunciahormonais@seapi.rs.gov.br.

Mais informações pelo telefone (51) 3288-6296, ou em  www.agricultura.rs.gov.br/hormonais

Veja a publicação completa em Resumo INs Hormonais - agosto/2023

Fonte: Ascom Seapi

Quinta, 17 de Agosto de 2023
Casa do Irga no Parque Assis Brasil passa por reformas
Casa do Irga no Parque Assis Brasil passa por reformas Fonte: Divulgação Irga

A casa do Irga no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, está sendo preparada para a 46ª edição da Expointer, que ocorre de 26 de agosto a 3 de setembro. Nesta quarta-feira (16), o presidente da autarquia, Rodrigo Machado, esteve no parque para acompanhar o andamento das obras.

Para esta edição da Expointer, a casa do instituto recebeu diversas melhorias, como instalação de aparelhos de ar-condicionado, nova pintura, colocação de mobiliário, troca de painéis e do toldo central, entre outras. A remodelação objetiva criar um ambiente propício para receber a visita de conselheiros, produtores rurais e autoridades durante a feira.

O Irga também está preparando, ao contrário de outros anos, uma programação para toda a semana nesta 46ª edição. Entre os eventos deste ano, estão sendo organizados uma coletiva de imprensa para apresentação dos dados de estimativa para a safra 2023/2024; palestras sobre sustentabilidade; entrega do Selo Ambiental; reunião da Câmara Setorial Nacional do Arroz do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e um encontro sobre o projeto de incentivo ao consumo de arroz e derivados.

“Essa série de melhorias que estamos fazendo e uma programação que se estenda durante toda semana é para fazer da casa do Irga a casa dos produtores e seus familiares e dos nossos servidores”, acrescenta Machado.

Fonte: Irga

Quinta, 17 de Agosto de 2023
Emater/RS-Ascar prorroga inscrições para Processo Seletivo Externo

Interessados em fazer parte do corpo funcional da Emater/RS-Ascar têm até a próxima terça-feira (22/08) para se inscrever para o Processo Seletivo Externo. O Edital número 01/2023 pode ser conferido no site da Instituição (https://shre.ink/aa5L) e da Legalle Concursos. As 98 vagas disponíveis, que contemplam 40 cargos para diversas funções, como de técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, médicos veterinários e assistente sociais. O Processo Seletivo Externo também garante cadastro reserva e tem vigência de um ano, prorrogável por mais um ano. O valor das inscrições varia de R$ 85,00 a R$ 195,00.

A Instituição é executora oficial de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social no RS há mais de 68 anos, e reconhecida no atendimento a públicos diferenciados, como agricultores e pecuaristas familiares, pescadores artesanais e comunidades tradicionais quilombolas e indígenas.

Como benefícios, a Emater/RS-Ascar oferece Vale Alimentação, incentivo à capacitação e Auxílio Creche, sendo facultativa a participação do empregado em fundo de saúde e em plano de previdência privada. Para os cargos de Extensionista Rural níveis Médio e Superior, há gratificação técnica no percentual de 20% sobre o salário básico.]


Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

Quinta, 17 de Agosto de 2023
Calculadora ajuda produtor a escolher melhores cruzamentos na pecuária
Calculadora ajuda produtor a escolher melhores cruzamentos na pecuária Fonte: Foto: Fagner Almeida

A Embrapa e a Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC) desenvolveram uma ferramenta informatizada para ajudar o pecuarista a selecionar os cruzamentos entre os touros reprodutores e as vacas matrizes, de forma a definir o melhor acasalamento para gerar progênies com características específicas desejadas pelo pecuarista. A tecnologia vai ser lançada durante a 46ª edição da Expointer em Esteio (RS) (veja abaixo).

A ferramenta permitirá que o criador selecione suas matrizes com base em informações das avaliações genéticas atualizadas, inclusive aprimoradas pela genômica quando for o caso, e escolha possíveis reprodutores para a cruza, tanto dentro de seu rebanho quanto entre touros de outros pecuaristas ou de centrais de inseminação. Assim, o produtor poderá visualizar quais resultados os cruzamentos irão gerar em relação a cada uma das DEPs (diferença esperada na progênie) disponíveis pelo programa de melhoramento genético da ANC (Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne, Promebo).

“A Calculadora permite que o criador selecione as matrizes que ele quer cruzar com os reprodutores, tanto dele como de outros que tenham sêmen disponível para inseminação artificial. Assim, será possível prever qual vai ser o resultado de cada um dos touros que ele escolher, com as vacas que ele tem. Com isso, o criador vai saber o desempenho esperado nos filhos desse acasalamento e, comparando cada um dos acasalamentos, ele pode escolher qual o mais adequado”, explica Fernando Cardoso, chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul.

Conforme Cardoso, a Calculadora também permite prever e evitar resultados negativos nos acasalamentos. “O pecuarista pode escolher características para evitar que os animais tenham um desempenho desfavorável. Por exemplo, um animal com peso ao nascer muito alto, que pode dar problema de parto, um animal que tenha o umbigo ou o prepúcio do macho muito comprido, e pode dar lesão, a questão da ausência de pigmentação ocular para as raças Hereford e Braford, etc. Então ele pode evitar um desempenho ruim em características importantes, o que chamamos de caracterizar o nível de problema esperado e as chances de descarte involuntário dos animais que serão gerados. Assim, conseguimos minimizar o nível de problema e maximizar os índices e o valor genético dos animais”, destaca Cardoso.

Expointer

A 46ª edição da Expointer ocorre no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), de 26 de agosto a 3 de setembro. O evento é promovido pelo governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

 

A Calculadora fornece, ainda, um algoritmo que propõe as melhores combinações para os animais selecionados pelo pecuarista. Ou seja, em vez de definir o acasalamento avaliando os dados manualmente, a ferramenta faz uma indicação de melhor cruza. “Essa indicação, logicamente, pode ser adotada ou não, afinal lá no campo, na prática, é o criador que decide o touro que ele vai acasalar com a vaca, mas nós provemos todo esse nível de informação para que ele possa tomar a melhor decisão possível”, completa Cardoso. Esse algoritmo foi desenvolvido no âmbito do mestrado em computação aplicada à agropecuária, desenvolvido por meio de parceria entre a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e a Embrapa.

Outra função importante da calculadora é fornecer o nível de consanguinidade entre os animais escolhidos para acasalamento. Este limiar deve ser mantido baixo, para evitar problemas reprodutivos, de adaptação e a manifestação de defeitos genéticos recessivos.

“É uma ferramenta que simplifica o balanceamento entre diferentes índices na busca de um objetivo. É mais um passo para aprimorar a seleção dos rebanhos. Fazemos tudo o que está ao nosso alcance para facilitar a vida do criador e simplificar o uso de dados do nosso programa de melhoramento genético” comenta o presidente da ANC, Joaquin Villegas.

Onde encontrar

A Calculadora de Acasalamento é uma ferramenta informatizada, disponível dentro das páginas Origen, para os criadores vinculados à ANC.

Fonte: Embrapa

Quinta, 17 de Agosto de 2023
CNA realiza reunião para tratar de estratégias de atuação do agro no mercado chinês
CNA realiza reunião para tratar de estratégias de atuação do agro no mercado chinês Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

A Diretoria de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil recebeu, na quarta (16), o representante do escritório da CNA em Xangai, Inty Mendonza.

Na reunião, integrantes das áreas técnicas do Sistema CNA/Senar trataram de estratégias de atuação para ampliar a inserção de produtos do agronegócio na China.

Inty Mendonza apresentou um panorama sobre o cenário econômico e o perfil do comércio exterior no mercado chinês. Ele também fez uma análise sobre as oportunidades e tendências de consumo locais.

“O escritório de Xangai representa um braço de inteligência da CNA para o desenvolvimento de ações estratégicas de apoio aos negócios rurais no caminho da exportação. Conhecer as perspectivas econômicas e de produção desse mercado gigante é fundamental para as empresas que já negociam ou que querem começar a negociar com o país”, afirmou a diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori.

De acordo com Mendonza, o mercado chinês tem uma grande e crescente demanda por produtos do agro. “Estamos falando de um país com uma população muito grande, com poder econômico crescente, que precisa ter garantida a sua segurança alimentar. O Brasil é um importante e estratégico mercado exportador para China e estamos atentos a isso”, destacou.

Além do escritório de Xangai, está em funcionamento representações da CNA em Singapura e nos Emirados Árabes – importantes mercados importadores de produtos agropecuários brasileiros.

Participaram da reunião na sede da entidade representantes da Diretoria Técnica da CNA, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), do Instituto CNA, além da equipe da Diretoria de Relações Internacionais.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

Quinta, 17 de Agosto de 2023
Presidente da CNA é convidado para a 46ª Expointer
Presidente da CNA é convidado para a 46ª Expointer Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

O presidente da CNA, João Martins, foi convidado, na quarta (16), pelo secretário de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, Giovani Feltes, para a abertura oficial da 46ª Expointer, no dia 26 de agosto em Esteio (RS).

Martins também foi indicado para receber a Medalha Assis Brasil, maior honraria do Estado, dada às personalidades que tenham se destacado por serviços de excepcional mérito na agricultura e pecuária.

O presidente da CNA agradeceu o convite e confirmou a presença. Segundo ele, a Expointer é um evento importante e representativo do setor agropecuário gaúcho.

O secretário adjunto de Agricultura do Estado, Márcio Madalena, o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, e o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, também participaram da reunião.

A 46ª Expointer é promovida pelo Governo do Estado e entidades do setor como a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). A feira acontece de 26 de agosto a 03 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, no município de Esteio.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA