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Sexta, 19 de Agosto de 2022
Registro Nacional de Tratores e Máquinas Agrícolas começa a valer a partir de 30 de setembro
Registro Nacional de Tratores e Máquinas Agrícolas começa a valer a partir de 30 de setembro Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A partir de 30 de setembro, o produtor rural poderá formalizar a documentação de máquinas e equipamentos no Registro Nacional de Tratores e Máquinas Agrícolas (Renagro), regulamentado neste ano pelo Decreto n.º 11.014/2022 do Governo Federal.

O registro poderá ser feito por meio do ID Agro Máquinas, plataforma desenvolvida pelo Instituto CNA em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A regulamentação do Renagro atende à Lei n.º 13.154/2015.

De acordo com a norma, a obrigatoriedade do registro de máquinas agrícolas que transitam em via pública do Departamento de Trânsito (Detran) passa para o Mapa. Também ficam garantidas a gratuidade do registro e a isenção de emplacamento e licenciamento anual.

“Foi uma vitória para o setor a Lei n.º 13.154/2015, que passou o registro para o Mapa e dispensou o licenciamento e o emplacamento. Agora, com o ID Agro Máquinas, finalmente o produtor poderá ter o documento da sua máquina, o que vai melhorar a rastreabilidade, importante para coibir a compra e venda de máquinas furtadas”, aponta o coordenador administrativo do Instituto CNA, Carlos Ribeiro.

O registro na plataforma é obrigatório apenas para máquinas que transitarem em via pública. Contudo, o ID Agro Máquinas trará diversas vantagens para o produtor rural, como o documento oficial de registro de máquina, integração com os sistemas de polícia e garantia de procedência e origem do equipamento.

A partir de setembro, será possível registrar tratores e colheitadeiras, mas há previsão de novos maquinários e implementos como pulverizadores, plantadeiras, roçadeiras, grades e outros.

Para registrar sua máquina agrícola, o produtor precisa ter a nota fiscal ou documento de compra e venda registrado em cartório. O registro é feito diretamente nas concessionárias de máquinas agrícolas de forma gratuita e simplificada.

“Sabemos que a maior parte dos proprietários não possui esse tipo de documento. Por isso já estão em discussão outras possibilidades para tornar possível o registro sem estes documentos e em breve teremos novidades para atender a todos os proprietários de máquinas mais antigas que queiram registrar seu maquinário”, ressaltou Ribeiro.

O aplicativo do ID Agro está disponível para download nos sistemas Android e iOS. Para mais informações e consultas, acesse www.idagro.com.br .

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quinta, 18 de Agosto de 2022
Expointer terá espaço sobre inovação no agro
Expointer terá espaço sobre inovação no agro Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR ASCOM/SICT

A 45ª Expointer vai contar com um espaço dedicado à inovação, nomeado RS Innovation Agro. A realização é da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) em parceria estratégica com a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict). A iniciativa, que funcionará de 27 de agosto a 4 de setembro, durante toda a feira, consiste em um hub para compartilhar, debater e divulgar soluções tecnológicas e de inovação no setor do agronegócio.

O ambiente, localizado na Casa da Febrac no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, deve contar com a exposição de 60 startups e dez empresas, além da participação de cem speakers. Entre seus principais espaços estão o RS Innovation Agro Stage, onde serão realizadas palestras, painéis e pitchs de startups.

Os objetivos do RS Innovation Agro são a geração e potencialização de negócios, a apresentação de cases e pesquisas e a exposição de tecnologias, além de proporcionar oportunidades de networking. A iniciativa busca, também, evidenciar inovações tecnológicas e tendências do agro e terá a presença de experts da área e atores do mercado. O RS Innovation Agro conta com o patrocínio do Sebrae, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e do Banrisul.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Quinta, 18 de Agosto de 2022
Camex torna definitivo corte de 10% de tarifa comum do Mercosul
Camex torna definitivo corte de 10% de tarifa comum do Mercosul Fonte: Agência Brasil

Em vigor desde novembro de 2021, a redução em 10% da tarifa externa comum (TEC) do Mercosul tornou-se definitiva. A incorporação da medida à legislação brasileira foi aprovada hoje (17) pelo Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia.

A resolução entrará em vigor em 1º de setembro. A decisão não terá efeito prático sobre as alíquotas de importação brasileira. Isso porque, em maio, o governo promoveu uma redução adicional, também de 10%, para reduzir os impactos econômicos da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Embora o Brasil e a Argentina tivessem fechado um acordo para diminuir a TEC em 10% em outubro de 2021, a medida só foi aprovada pelos outros países do bloco na reunião do mês passado, no Paraguai.

A redução da TEC em 10% vale para cerca de 80% do universo tarifário e é a primeira ampla diminuição da tarifa desde a criação da taxa no Mercosul. Segundo o Ministério da Economia, a medida amplia a inserção dos países do Mercosul no comércio internacional e aumenta a competitividade e a integração das economias do bloco.

O corte adicional de 10%, implementado pelo Brasil em maio, vigorará até o final de 2023. As negociações prosseguem dentro do Mercosul para aprofundar a redução tarifária do bloco. “O Brasil considera a modernização da TEC como um dos pilares da estratégia de promover maior inserção do país no comércio internacional, paralelamente à melhoria do ambiente de negócios, à ampliação da rede de acordos comerciais e à redução das barreiras não tarifárias ao comércio”, destacou em nota o Ministério da Economia.

Motociclistas e alimentos

Em outra decisão, a Camex reduziu a tarifa de importação de sete produtos, que serão incluídos à Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec). Entre os itens beneficiados, estão airbags para proteção de motociclistas, proteínas do soro do leite, e complementos alimentares. Com a medida, as tarifas de importação desses produtos, que variavam de 11,2% a 35%, serão zeradas ou reduzidas a 4% a partir de 1º de setembro.

Antidumping

A Camex decidiu pela aplicação de direito antidumping sobre ácido cítrico e sais e ésteres do ácido cítrico, originários da Colômbia e da Tailândia e sobre o éter monobutílico do etilenoglicol vindo da França. O órgão também aplicou a tarifa antidumping para filamentos sintéticos texturizados de poliésteres da China e da Índia. Nesse caso, no entanto, o antidumping foi aplicado com imediata suspensão, por um ano, prorrogável uma única vez por igual período.

Tarifas consolidadas

Por fim, o Gecex aprovou ajustes numa resolução do órgão de 2021 que tornam mais claras as concessões tarifárias decorrentes de compromissos na Organização Mundial do Comércio (OMC). As alíquotas do Imposto de Importação para 48 códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul passam a ser divulgadas na norma.

As chamadas “tarifas consolidadas” são limites máximos de Imposto de Importação que cada um dos membros da organização se comprometeu a aplicar nas importações dos demais países membros da OMC. Segundo o Ministério da Economia, os ajustes tornam mais transparentes aos operadores de comércio exterior as alíquotas do imposto de importação efetivamente aplicadas, permitindo observar os limites negociados pelo Brasil na OMC.

Fonte: Agência Brasil

 

Quinta, 18 de Agosto de 2022
Usos e preservação da água serão temas da Emater/RS-Ascar na 45ª Expointer
Usos e preservação da água serão temas da Emater/RS-Ascar na 45ª Expointer Fonte: Emater

Em uma área de 14 mil m² do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, ao lado do Pavilhão da Agricultura Familiar, a Emater/RS-Ascar vai apresentar como tema principal e transversal ?Água: uso e preservação?, durante a 45ª Expointer. No total, serão 15 temáticas: agricultura de base ecológica, água, agroindústria, biodiversidade, bovinocultura de leite, caminhos do mel, fruticultura, olericultura, pecuária familiar, piscicultura, plantas bioativas ? com enfoque em óleos essenciais, plantas ornamentais ? kokedamas, secagem e armazenagem de grãos, inspeção de pulverizadores e pesca e aquicultura. Além deles, haverá um espaço multiuso, onde será construída uma maquete que retratará diferentes atividades agrícolas e não agrícolas praticadas no meio rural do RS. ?Será demonstrada a diversidade de produtos cultivados e comercializados na área rural do Estado?, destaca o gerente regional da Emater/RS-Ascar em Porto Alegre, Elias Kuck.

No espaço da Agricultura de base ecológica o enfoque será o manejo que respeita os processos naturais e holísticos e que leva em conta o cuidado, não apenas da vida vegetal e animal, mas também do solo, a ciclagem de nutrientes, o uso da água, o controle biológico de pragas, entre outros. O espaço contará com um canteiro em forma de folha, um pergolado e uma estufa em forma de geodésica, onde os visitantes poderão ver como é este sistema na prática, assim como a adubação e o controle de pragas sem o uso de insumos químicos comerciais, utilizando-se apenas os produzidos localmente ?on farm?, como técnicas de cobertura do solo e compostagens. Também serão apresentadas outras formas de construção de canteiros e estufas, utilizando os princípios da permacultura, procurando copiar os desenhos que a natureza proporciona, de forma a otimizar a interatividade e o aproveitamento da luminosidade, além da alta resistência às intempéries.

No quiosque onde estará o tema Água, o objetivo é sensibilizar os visitantes sobre o quanto este elemento é indispensável na agricultura, apresentando aspectos relacionados ao seu cuidado e uso. No espaço, os visitantes receberão informações sobre a relação da agricultura com a água e serão demonstradas tecnologias para preservar, armazenar, consumir e produzir água. Também serão indicados manejos do solo voltados a aumentar a infiltração, cobertura de solo para diminuir a evaporação e orientações de obras para armazenagem e aperfeiçoamento do seu uso para produzir, como irrigação, piscicultura, processamento e dessedentação animal. No espaço também serão apresentadas políticas públicas que amparam e os trabalhos em andamento.

Outro tema da Emater/RS-Ascar na Expointer 2022 é a Agroindústria Familiar, uma vez que a atuação da Instituição nesta área ocorre em toda a cadeia produtiva, prestando assistência técnica desde o cultivo e a produção da matéria-prima, passando pelo beneficiamento em unidades agroindustriais e, finalmente, na comercialização, considerada a etapa final do processo agroindustrial. Nesta etapa, a busca por mercados é determinante para a geração de renda e o desenvolvimento socioeconômico que permite a permanência das famílias no meio rural. A inserção em novos mercados, permanentes ou sazonais, é estratégia fundamental de sustentabilidade da propriedade rural.

O trabalho com o processamento de alimentos sempre esteve presente nas comunidades rurais, associada à tradição familiar, de acordo com a cultura e costumes peculiares de cada povo. Com o objetivo de melhoria da renda e das condições de vida dos agricultores familiares, o conceito de agregação de valor à produção primária é discutido nas propriedades rurais no trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters).

A atividade agroindustrial (Agroindústria Familiar) possui benefícios, como:
ü Amplia o mercado e as oportunidades de negócio para o que é produzido na propriedade;
ü Melhora o aproveitamento da produção, evitando desperdícios;
ü Diminui a sazonalidade de oferta dos produtos agropecuários;
ü Agrega valor aos produtos que antes eram comercializados in natura;
ü Incentiva e preserva a diversificação dos sistemas produtivos;
ü Dá oportunidade de aproveitamento da mão-de-obra existente na propriedade;
ü Promove a geração de emprego no campo;
ü Sustentabilidade ambiental;
ü Sucessão familiar;
ü Desenvolvimento local.

No espaço da Instituição o visitante receberá informações sobre os serviços oferecidos no âmbito da Agroindústria Familiar:
ü Assistência técnica de forma continuada;
ü Elaboração de projetos para agroindústrias (sanitários, ambientais, acesso a crédito);
ü Rotulagem nutricional;
ü Apoio à comercialização;
ü Qualificação profissional através de cursos;
ü Orientações no campo tributário e previdenciário visando à legalização da atividade agroindustrial.
Além disso, o público poderá conhecer alguns equipamentos para a constituição de sua agroindústria.

No espaço da Biodiversidade o foco é a interação com os visitantes para reconhecimento, troca de experiências e relatos da biodiversidade de plantas alimentícias ou de utilidades das plantas de origem tradicional, conhecidas como ?crioulas?, ?antigas? ou ?Pancs?, além da utilização da biodiversidade na alimentação e para a melhoria da qualidade do solo, quer seja como componente de microrganismos fermentativos ou de produtos biológicos. O espaço conta com dois pergolados onde serão demonstradas sementes, plantas, frutas e tubérculos, bem como produtos de uso ou consumo e materiais de propagação. Serão disponibilizadas informações de manipulação ou manuseio dos produtos, destacando a tendência de procura em função da saúde ou para uso em pratos gourmet. Também serão mostrados sistemas de cultivos possíveis com a utilização de produtos biológicos e seus efeitos nas plantas e no solo.

O espaço da Bovinocultura de Leite pretende fomentar a Produção de Leite à Base de Pasto, com ênfase na utilização de espécies forrageiras. No local, o público poderá conferir o plantio e a adaptação de cultivares forrageiras pesquisadas pela Embrapa.

Os Caminhos do mel, temática que atrai interessados em investir e visitantes por sua beleza e hospitalidade, mostrará os processos que envolvem a cadeia do mel, incluindo as abelhas com ferrão e as melíponas. Serão apresentadas plantas com potencial melífero, manuseio de melíponas, implementos de uso na apicultura e meliponicultura, colheita e comercialização dos produtos apícolas.

A Fruticultura é o espaço destinado à divulgação de Boas Práticas Agrícolas e por isso serão apresentadas ações desenvolvidas para o enfretamento do déficit hídrico nas culturas de abacaxi, melancia, morango, noz-pecã e olivas. O visitante poderá conferir essa ação em canteiros de cultivo em que são colocadas em prática as tecnologias de mulching ? proteção de evaporação de água do solo ? e irrigação para melancia e abacaxi. Também será mostrado o sistema protegido com bancadas, onde é cultivado morango, e o objetivo é dar destaque ao sistema semi-hidropônico. O Sistema Agroflorestal (SAF) também será demonstrado aos visitantes, assim como ressaltado ao consumidor o valor das frutas produzidas no Rio Grande do Sul.

Na área da Olericultura serão mostradas técnicas de produção sustentáveis e procedimentos administrativos inovadores nas cadeias produtivas das hortaliças gaúchas, evidenciando as possibilidades de enfrentar situações de déficit hídrico, com apresentação de resultados de trabalhos feito pela Emater/RS-Ascar em parceria com empresas, entidades de agricultores, Embrapa, Ufrgs, Ceasa e Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). A área de visitação estará dentro de um sistema protegido de dez metros de largura por 12 de comprimento, com diferentes métodos de sistemas de irrigação, em cinco cenários de exposição. Haverá orientação a produtores comerciais e domésticos sobre o sistema de produção de olerícolas em recipientes: calhas, bancadas, slabs, vasos, hidroponia e de pequenos espaços, métodos de irrigação, insumos e características de plantas adaptáveis. Apresentação de ações na cadeia produtiva das alfaces sobre variedades para épocas quentes. Valorização da cultura da batata-doce local pela exibição das variedades tradicionais cultivadas, enaltecendo seus sabores. Consultoria para uso de aplicativos e sistemas para implementação na defesa sanitária vegetal, em rastreabilidade. Sistemas de proteção de cultivos, maquetes e matérias de cobertura e isolamento.

No espaço da Pecuária Familiar serão desenvolvidos três temas. O primeiro é o manejo reprodutivo dos rebanhos dos pecuaristas familiares com ênfase no necessário melhoramento genético desses rebanhos, incorporando características fundamentais à geração de renda a esse público. Quanto ao manejo sanitário, segundo tema, o enfoque será o controle de ectoparasitos, em especial os carrapatos. O terceiro tema é a conservação do Bioma Pampa, através de um adequado manejo do campo nativo e conscientização sobre os importantes agentes desse patrimônio natural, genético e cultural do Estado, os pecuaristas familiares. Também serão divulgados os cursos oferecidos no Centro de Treinamento de Agricultores de Montenegro (Cetam) ligados à atividade de pecuária. Na composição dessa temática serão dois ambientes, um ficará embaixo de um pergolado de 3x3m, onde serão apresentados os trabalhos de manejo reprodutivo, controle de carrapato e manejo de campo nativo dentro do Bioma Pampa. O outro será composto de uma mangueira de dez m² com dois terneiros, onde serão abordados aspectos de melhoramento genético dos rebanhos.

No local destinado à divulgação da Piscicultura será dada ênfase ao Policultivo de Carpas e Qualidade da Água. Esta temática ficará abrigada sob um pergolado de 3x5m. Como recurso visual, será utilizado um viveiro onde serão realizadas práticas de despesca, além da apresentação de materiais e equipamentos para uso no manejo e monitoramento da atividade piscícola. Um kit de análise de água auxiliará na demonstração dos métodos de verificação dos parâmetros de qualidade da água para piscicultura, com os técnicos orientando o público sobre os diferentes parâmetros que interferem diretamente na sobrevivência e produtividade dos peixes cultivados, tanto para o policultivo de carpas como para a tilapicultura. Também serão utilizados banners e folders. A pretensão, com este espaço, é orientar sobre a criação de peixes em viveiros com o policultivo de carpas. Para tanto, serão explicadas as vantagens deste sistema de produção, as espécies indicadas, lotação, alimentação e algumas peculiaridades no manejo. Também serão realizadas demonstrações de despesca, com um extensionista explicando a técnica de despesca e repassando orientações de manejo e demonstração das diferentes espécies de carpas e suas características.

Considerando que este ano o tema central da Emater/RS-Ascar na Expointer é a Água, a parcela de Plantas Bioativas pretende evidenciar a produção e a exploração comercial de algumas espécies de lavandas, alecrins e outras aromáticas, com valor de mercado de óleos essenciais, adequadas a situações de menor oferta de água para irrigação e pequenas áreas de cultivo (por exemplo, de até um hectare). A intenção é apresentar algumas espécies de plantas aromáticas mais resistentes a períodos de estiagem, que em seu cultivo apresenta manejo produtivo simplificado e necessita de pouca oferta de água para irrigação. Além disso, estes cultivos são alternativas de renda e diversificação produtiva, adequadas à realidade de unidades da agricultura familiar, que tenham como característica menor área de plantio e pouca oferta de água e mão de obra.

O visitante do espaço receberá orientação sobre manejo sustentável e de acordo com a vocação da agricultura familiar, por meio de adoção de técnicas compensatórias, que buscam reduzir as dificuldades enfrentadas por muitos agricultores familiares, como pouca área de plantio, pouca oferta de água para irrigação, pouco tempo e escassa mão de obra, e a necessária diversificação produtiva em uma unidade familiar. Nesta parcela o visitante irá visualizar e receber orientação sobre:
1. Relação entre água e cultivo de algumas plantas aromáticas;
2. Manejo técnico produtivo sustentável (solo, plantio e replante, manejo, colheita);
3. Agroindustrialização (produção de matéria prima bruta, massa verde) para o mercado de óleos essenciais e chás; experimentação de essências;
4. Óleos essenciais (extração simples) e cadeia produtiva;
5. Gestão e organização econômica: Investimento, mercado e comercialização;

Uma das novidades deste ano é a temática das Kokedamas, que estará presente para que o público visitante da feira conheça uma possibilidade de incremento da renda para a agricultura familiar, por meio do cultivo e comercialização de plantas ornamentais. Kokedama é uma técnica de origem japonesa que consiste em envolver a planta dentro de uma esfera de musgo, substrato e argila, sendo desnecessário seu plantio em um vaso.

No espaço da Secagem e armazenagem de grãos os visitantes terão a oportunidade de visualizar um silo secador utilizado para secagem e armazenagem de grãos nas propriedades rurais, estrutura sendo ainda pouco utilizada dentro das unidades de produção. A utilização dessas estruturas tende a melhorar com o atrativo da redução do custo de produção, tanto pela secagem e armazenagem quanto pela utilização de energias alternativas. Os interessados poderão dimensionar o silo de acordo com sua necessidade, juntamente com o projeto fotovoltaico, e discutir aspectos técnicos dos silos secadores, construídos em alvenaria armada, e do sistema fotovoltaico a partir dos projetos elaborados pela Emater/RS-Ascar. A difusão da utilização do silo caracterizando sua importância na etapa da produção de grãos armazenados na propriedade, como a redução de custos, melhoria da qualidade do produto e maior autonomia do produtor para a comercialização da sua produção, serão focados no espaço.

A Inspeção de pulverizadores também será uma temática tratada pela Instituição durante a Expointer 2022. De acordo com a Instrução Normativa n° 42/2021, da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr), fica estabelecido o cadastro de aplicadores de produtos agrotóxicos hormonais e o regulamento referente à sua aplicação. A partir desta IN, os agricultores de todos os municípios do Rio Grande do Sul precisam participar do curso de Boas Práticas de Aplicação de Produtos Hormonais, capacitação ministrada pela Emater/RS-Ascar em diferentes municípios do Estado. Essa ação faz parte do Inspeciona/RS, projeto de inspeção técnica de pulverizadores agrícolas e treinamento de agricultores em boas práticas agrícolas para a aplicação de defensivos agrícolas. O espaço irá auxiliar na divulgação do programa e caracterizar a atividade através da instrução técnica local.

Também haverá um espaço reservado para a Pesca e Aquicultura, uma vez que a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2022 como o Ano Internacional da Pesca e da Aquicultura Artesanais na América Latina e no Caribe. Tal ação visa dar visibilidade ao setor para o cumprimento dos objetivos estabelecidos na Agenda para o Desenvolvimento Sustentável (Agenda 2030). De acordo com a FAO, o objetivo é valorizar socialmente as contribuições da pesca artesanal e da aquicultura em termos alimentares e econômicos, além de promover o diálogo e a cooperação para fortalecer as famílias que dependem dessas atividades.

Pessoas, famílias e comunidades engajadas na pesca e na aquicultura artesanais em pequena escala, como é o caso dos públicos assessorados pela Extensão Rural e Social, contribuem de forma significativa para a segurança alimentar, nutrição, redução da pobreza e uso sustentável dos recursos naturais. No espaço que abordará este tema na Expointer 2022, o visitante poderá conhecer um pouco do trabalho desenvolvido pela Aters gaúcha junto às famílias de pescadores artesanais.

Além destas 15 temáticas, a Emater/RS-Ascar está presente no Pavilhão da Agroindústria Familiar, com um espaço de demonstração e orientação aos produtores e consumidores sobre a formalização de agroindústrias familiares. A Instituição auxilia ainda, diariamente, na compilação das vendas dos expositores e no acompanhamento e assessoramento às agroindústrias participantes. Também no Pavilhão estará presente a Unidade de Cooperativismo (UCP), que apresentará ao público as ações na área de associativismo e cooperativismo e o Crédito Rural.

Também será instalada no Pavilhão da Agricultura Familiar a Cozinha Show. Neste ano o objetivo deste espaço é valorizar as agroindústrias familiares com a preparação de pratos utilizando produtos comercializados pelas agroindústrias familiares no Pavilhão da Agricultura Familiar. Os pratos, além do aproveitamento dos produtos das agroindústrias presentes, também estarão conectados com o tema central do espaço Institucional da Emater/RS-Ascar para o ano de 2022: ?Água: uso e preservação?, ofertando água saborizada durante as oficinas. Serão apresentadas duas receitas por dia, em quatro oficinas diárias, de forma intercalada, às 11h, 12h, 14h e 15h.

Ainda no Pavilhão 13, municípios estarão apresentando seus produtos, rotas e roteiros de Turismo Rural. No espaço, os visitantes poderão conhecer os atrativos dos municípios, bem como degustar produtos e participar de oficinas desenvolvidas durante as visitas nos municípios.

Fonte: Emater

Quarta, 17 de Agosto de 2022
VBP estimado para 2022 chega a R$ 1,220 trilhão
VBP estimado para 2022 chega a R$ 1,220 trilhão Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Valor Bruto da Produção (VBP) estimado para este ano é de R$ 1,220 trilhão, 0,3% acima do obtido em 2021, que foi de R$ 1,217 trilhão. O dado tem como base as projeções de safras divulgadas pela Conab e pelo IBGE em agosto, e que apontam para conclusão da colheita das principais lavouras. 

De acordo com análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as lavouras tiveram elevação de valor de 3%, e a pecuária, contração de -5,5%.

"O decréscimo do faturamento da soja devido à queda de produção e a retração das principais atividades da pecuária são os principais fatores afetando negativamente o VBP deste ano. Somadas, as reduções de faturamento da soja e da pecuária resultam em um decréscimo de R$ 64 bilhões a preços de 2022. Mas em geral, este ano é de bom desempenho para a agropecuária", diz nota da secretaria. 

Entre as lavouras com melhor desempenho estão: algodão, com aumento real do VBP de 39,2%; banana, 12,5%; batata inglesa, 18,4%; café, 35,8%; cana de açúcar, 10,2%; feijão, 10,1%; milho, 16,6%; tomate, 30%; e trigo, 39,8%. As culturas foram impulsionadas pela alta de preços. 

A pecuária teve retração nas atividades relacionadas a bovinos, frangos e suínos, em razão da queda de preços na comparação com o ano anterior. As exceções são para leite e ovos, que apresentam melhores resultados.

Em relação ao desempenho das regiões, Centro-Oeste tem o maior VBP, somando R$ 410,62 bilhões; seguida pelo Sudeste (R$ 305,5 bilhões), Sul R$ (R$ 284,8 bilhões), Nordeste (R$ 115,99 bilhões) e Norte (R$ 76,56 bilhões). Entre os estados, os cinco primeiros são Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. 

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e o faturamento bruto dentro do estabelecimento ao longo do ano, a partir do cálculo da safra agrícola, da pecuária e dos preços obtidos pelos produtores nas principais praças do país e dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Terça, 16 de Agosto de 2022
45ª Expointer é lançada com expectativa de público de mais de 600 mil pessoas
45ª Expointer é lançada com expectativa de público de mais de 600 mil pessoas Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR CÍNTIA MARCHI/SEAPDR E LUCAS BARROSO/SECOM

O governo do Estado deu a largada, nesta segunda-feira (15/8), para a 45ª Expointer, que ocorrerá entre 27 de agosto e 4 de setembro no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O lançamento ocorreu no espaço Multiverso, no Cais Embarcadero, em Porto Alegre, com a presença do governador Ranolfo Vieira Júnior; do secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Velho Lopes; além de outros secretários estaduais, prefeitos, autoridades, convidados e imprensa.

No local, foram exibidas centenas de imagens do fotógrafo da Seapdr, Fernando Dias, que representam a diversidade produtiva do setor agropecuário gaúcho. “A Expointer é a feira onde demonstramos para o país e para o mundo a nossa principal vocação. Neste ano, temos uma expectativa altamente positiva, seja em relação ao número de circulação de pessoas ou de negócios, porque não haverá restrições para a presença de público. Por tudo isso, vamos transferir a sede do governo para o parque de exposições durante os nove dias da feira”, disse o governador. 

Lançamento oficial da Expointer contou com projeção de fotos de Fernando Dias. Foto: Rodrigo Martins/Seapdr

Nos últimos dois anos, a feira ocorreu em meio a um cenário de restrições impostas pela pandemia – em 2020, foi fechada ao público; em 2021, contou com número de visitantes limitado para cumprimento dos protocolos de saúde.

Além de eventos técnicos, oficinas, julgamento de animais e exposição e venda de produtos, a edição de 2022 terá atividades de entretenimento, leilões e shows artísticos e culturais. Também haverá discussão de temas relevantes para a agropecuária gaúcha e nacional: inovação, tecnologia, produção sustentável, reservação de água, agricultura de baixa emissão de carbono e desenvolvimento econômico aliado à preservação do ambiente.

“Esperamos mais de 600 mil pessoas e movimentar cerca de R$ 4 bilhões em negócios. Queremos que a feira represente a alma gaúcha, com toda a sua diversidade e pluralidade de culturas. É essa imagem que pretendemos passar, de um estado onde a harmonia e o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva são exemplos para o mundo”, disse o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Antonio Velho Lopes. 

Detalhes

Ao todo, 6.378 animais foram inscritos na feira (5.093 de argola e 1.285 rústicos). Haverá retorno de raças ausentes nos últimos anos e estreia de outras no evento. A admissão dos animais de argola no parque começará no dia 22, às 8h. O Pavilhão da Agricultura Familiar contará com 337 expositores, apresentando a variedade de produtos provenientes de agroindústrias familiares, setor de plantas e artesanato. 

A área de máquinas e implementos agrícolas contará com a presença de mais de cem empresas, que apresentarão lançamentos, serviços e a tecnologia oferecida pelo segmento. Neste ano, a feira também terá um espaço de inovação que reunirá startups e tecnologias voltadas ao setor do agro.

Ingressos 

A venda de ingressos para visitação à feira será feita de forma on-line e presencial. A comercialização na plataforma virtual inicia-se nesta semana (informações no site da Expointer). A venda presencial ocorre apenas durante os dias do evento na bilheteria do parque (portão 3).

Os ingressos custarão R$ 16 (inteiro), R$ 8 (meia entrada), R$ 40 (estacionamento de visitantes) e R$ 400 (camping para expositores). Pedestres poderão ingressar no parque entre 8h e 20h30min pelos portões 2 e 6.

A Expointer é uma realização do governo do Estado e dos copromotores Febrac, Fetag, prefeitura de Esteio, Simers, Sistema Farsul e Sistema Ocergs-Sescoop/RS.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Itamar Aguiar/Palácio Piratini

Terça, 16 de Agosto de 2022
Mapa lança painel de comércio exterior no Observatório da Agropecuária Brasileira
Mapa lança painel de comércio exterior no Observatório da Agropecuária Brasileira Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Ferramenta de pesquisa de informações detalhadas sobre a agricultura, o Observatório da Agropecuária Brasileira lançou, nesta terça-feira (16), mais um painel estatístico: o Comércio Exterior Agropecuário. A nova solução traz um panorama do agronegócio brasileiro no mercado externo de forma prática e acessível.

O Observatório da Agropecuária Brasileira sistematiza, integra e disponibiliza um conjunto de dados e informações da agricultura e pecuária do país - e também mundial -, provendo subsídios aos processos de tomada de decisão e de formulação de políticas públicas.

Dentro do painel, o usuário poderá, com facilidade, visualizar os números que representam o comércio de um dos mais importantes segmentos do país. A plataforma oferece ainda números de importações e exportações do agronegócio, consolidados pelo Agrostat (Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro, e também de insumos, ampliando as possibilidades de cruzamento e de visualização dos dados.

Mapas, gráficos e tabelas tratam do volume e valores comercializados por local de origem e mercados de destino, setores, subsetores, produtos e outras informações para pesquisadores, estudantes e interessados no setor.

A base de dados do novo painel tem como fontes o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), do Ministério da Economia, e o Agrostat, pertencente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os dados serão atualizados mensalmente a cada divulgação pelas fontes.

Destaque para fertilizantes

Nesta primeira versão, somente os fertilizantes foram reunidos no agrupamento dos insumos. O Brasil é responsável, atualmente, por cerca de 8% do consumo global de fertilizantes, ocupando a quarta posição, atrás apenas da China, Índia e dos Estados Unidos.

Fertilizantes são definidos como substâncias minerais ou orgânicas, naturais ou sintéticas, que desempenham a função de fornecer nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas, desde a germinação até a produção de frutos e sementes.

O insumo é vinculado à possibilidade de aumento de produtividade agrícola, quando a aplicação é realizada de forma consciente e equilibrada, conforme a necessidade de cada cultura e de cada tipo de solo.

De acordo com dados do Siscomex e que podem ser obtidos no Observatório, no Brasil, entre 2013 e 2021, houve uma elevação de quase 50% no volume de fertilizantes entregues no mercado nacional, passando de 30,7 milhões de toneladas para 45,8 milhões de toneladas, como reflexo do aumento da produção e produtividades agrícolas.

Apesar disso, os insumos são majoritariamente fornecidos pelo mercado externo. Em 2021, 85% dos fertilizantes foram provenientes da Rússia, China e do Canadá. Nesse contexto, gestores públicos buscam ações e estratégias para reduzir a dependência externa do suprimento de fertilizantes para o mercado interno como, por exemplo, o Plano Nacional de Fertilizantes.

O Plano tem o objetivo de fortalecer políticas de incremento da competitividade da produção e da distribuição de fertilizantes no Brasil de forma sustentável.

Exportações

O agronegócio do Brasil exportou, de janeiro a julho deste ano, US$ 93 bilhões, um crescimento de 29% sobre o mesmo período do ano passado. Além do grande volume exportado, um destaque é a elevação dos preços internacionais dos produtos agropecuários, em especial para o milho e soja, que chegaram aos maiores patamares da história.

Estima-se que o país deve exportar em 2022, somente do complexo soja (óleo, farelo e grão), um valor recorde de US$ 59 bilhões, sendo que em 2021 esse valor foi de US$ 48 bilhões, de acordo com Siscomex.

O saldo comercial do agronegócio até o momento atingiu US$ 84,5 bilhões, com crescimento de 33% sobre o mesmo período do ano passado.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Terça, 16 de Agosto de 2022
CNA e Mapa discutem revisão do padrão oficial de classificação da soja
CNA e Mapa discutem revisão do padrão oficial de classificação da soja Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na sexta (12), de reunião no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para discutir a revisão do padrão oficial de classificação da soja.

Atualmente, o padrão oficial de classificação da soja é regulamentado pela Instrução Normativa Mapa nº 11/2007, mas um novo texto publicado em fevereiro (Portaria nº 532/2022) passou por consulta pública para atualizar a norma.

A China, principal importador da oleaginosa brasileira, também está revisando seu padrão de classificação e comunicou a decisão à Organização Mundial de Comércio (OMC). O Brasil já exportou mais de 60 milhões de toneladas de soja em 2022 e, deste total, 66% tiveram como destino o mercado chinês.

“O Brasil é o maior exportador de soja do mundo e precisamos nos antecipar e entender como a revisão dos padrões podem afetar a produção e as exportações”, disse o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli.

Neste contexto, o Mapa está preparando uma agenda de seminários para debater o tema antes de uma audiência pública, e a CNA contribuirá com o levantamento de dúvidas sobre o padrão proposto pela China para esclarecimentos diretos com o órgão chinês responsável.

Hugo Caruso, coordenador-geral de Qualidade Vegetal do Mapa, comentou que a revisão é uma demanda do setor e a publicação da Portaria nº 532/2022 veio para iniciar os debates sobre o tema.

Karina Fontes Coelho Leandro, coordenadora de Regulamentação da Qualidade Vegetal, relembrou a atuação e as contribuições da CNA para a aprovação do novo Regulamento Técnico do Café Torrado, uma norma democraticamente construída e consensualmente aprovada pelo setor. “Contamos com o apoio da CNA também na discussão do padrão oficial de classificação da soja para que a norma atenda de forma ampla a cadeia”.

Assessoria de Comunicação CNA
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Segunda, 15 de Agosto de 2022
Exportações do agronegócio do RS registram queda de 26%
Exportações do agronegócio do RS registram queda de 26% Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR VAGNER BENITES/ASCOM SPGG

As exportações do agronegócio gaúcho totalizaram US$ 3,5 bilhões no segundo trimestre de 2022, o que representa uma queda de 26% em valor na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os setores mais representativos do segmento, o complexo soja (total de US$ 1,1 bilhão; -62,0%) foi o principal responsável pela redução, enquanto os demais setores apresentaram ganhos no período: carnes (US$ 725,8 milhões; +18,3%), fumo e seus produtos (US$ 388,3 milhões; +60,9%), produtos florestais (US$ 386,8; +5,6%) e cereais, farinhas e preparações (US$ 298,7 milhões; +192,1%). Em termos absolutos, a baixa nas vendas externas do agronegócio foi de US$ 1,2 bilhão em relação ao segundo trimestre de 2021.

Ainda assim, no acumulado dos seis primeiros meses de 2022, as exportações do setor do Rio Grande do Sul apresentaram alta de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior, chegando a US$ 7 bilhões. Sem considerar a inflação do período, o valor é o maior para um primeiro semestre de toda a série histórica, iniciada em 1997, e representa uma alta de US$ 250,6 milhões em relação a 2021.

As informações sobre as vendas do período e do acumulado do primeiro semestre de 2022 fazem parte do boletim Indicadores do Agronegócio do RS, divulgado na manhã desta quinta-feira (11/8) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), e elaborado pelos analistas Rodrigo Feix e Sérgio Leusin Júnior. O documento contempla ainda dados sobre o emprego formal no campo no segundo trimestre e no período de janeiro a junho.

Setores e principais destinos

A menor disponibilidade do produto devido à estiagem que atingiu o estado foi a razão para a queda nas vendas do complexo soja no segundo trimestre de 2022, que teve redução de 72,8% no volume embarcado e de US$ 1,8 bilhão em valor. Entre os produtos do complexo soja, a soja em grão puxou a queda nos números (total de US$ 364,94 milhões; -84,8%), enquanto o farelo (US$ 462,08 milhões; +25,8%) e o óleo de soja (US$ 269,86 milhões; +118,4%) registraram alta no período.

No setor de carnes, as altas nas vendas da carne de frango (total de US$ 427,15 milhões; +39,7%) e da carne bovina (US$ 111,65 milhões; +69,6%) compensaram a queda nas exportações de carne suína (US$ 142,91 milhões; -33,1%). Fumo e seus produtos também registraram aumento no comércio do seu principal item, o fumo não manufaturado (total de US$ 356,16 milhões; +71,1%), assim como o segmento de produtos florestais, que teve alta nas vendas da celulose (total de US$ 255,73 milhões; +8%).

Para o setor de cereais, farinhas e preparações, o alto crescimento percentual é explicado pelo aumento nas vendas do milho (total de US$ 113,90 milhões; +1.793,7%) e também pelo trigo, que não teve embarques no segundo trimestre de 2021 e em 2022 registrou exportações de US$ 98,63 milhões. 

Entre os principais destinos dos produtos do agronegócio do Rio Grande do Sul, a China se manteve em primeiro lugar do ranking, responsável por 22,7% das compras. Apesar da liderança, o país asiático registrou queda de 71,7% no comércio com o Estado (menos US$ 2 bilhões), puxado pela redução nas vendas de soja em grão. Em seguida na lista de destinos estão União Europeia (15,3%), Estados Unidos (6,2%), Índia (4,7%) e Irã (4%).

Primeiro semestre de 2022

No acumulado dos seis primeiros meses de 2022, os US$ 7 bilhões exportados pelo agronegócio gaúcho representaram 68,7% das exportações totais do Rio Grande do Sul. O complexo soja (total de US$ 1,9 bilhão; -41,5%), carnes (US$ 1,3 bilhão; +13,4%) e cereais, farinhas e preparações (US$ 1,1 bilhão; +209,9%) tiveram as principais contribuições nas vendas do período, seguidos do fumo e seus produtos (US$ 881,5 milhões; +46,9%) e produtos florestais (US$ 766,9 milhões; +26,4%).

Quanto a produtos específicos da pauta de exportações, a soja em grão (menos US$ 1,9 bilhão; -74,8%) perdeu espaço em valor no período, enquanto o trigo (mais US$ 606,9 milhões; +495,1%), farelo de soja (mais US$ 282,31 milhões; +50,8%), fumo não manufaturado (mais US$ 280,84 milhões; +52,3%), óleo de soja (mais US$ 267,98 milhões; +196,5%), carne de frango (mais US$ 181,72 milhões; +32,5%) e celulose (US$ 112,90 milhões; +29%) estão entre os principais avanços dos seis primeiros meses de 2022.

Em relação aos destinos das exportações no primeiro semestre, a China segue no topo, representando 20,4% do total, apesar da queda de 56,8% das vendas no período. Nos seis primeiros meses de 2021 os chineses foram responsáveis por 48,4% das compras gaúchas do agronegócio. Em segundo lugar na lista está a União Europeia, com 17,4% de participação em 2022 contra 11,4% de 2021, Estados Unidos (5,4%), Índia (4,3%) e Arábia Saudita (4,2%). 

Emprego formal no agronegócio

O segundo trimestre de 2022 registrou saldo negativo de 7.207 postos de trabalho com carteira assinada no agronegócio do Rio Grande do Sul. O resultado é esperado para o período em função da sazonalidade da produção agrícola, que gera um movimento de desmobilização da mão de obra a partir de abril. No mesmo período de 2021 a baixa foi de 6.506 empregos.

Nos três primeiros meses do ano o saldo foi mais negativo na comparação com o ano anterior em função do desempenho dos setores de fabricação de produtos do fumo, das lavouras temporárias e de fabricação de máquinas agrícolas. 

Entre os três segmentos que constituem o agronegócio, "antes", "dentro" e "depois" da porteira, apenas o antes, formado por atividades de fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos, registrou saldo positivo (1.320 postos) no segundo trimestre. O segmento dentro, constituído pelas atividades agropecuárias, liderou a perda de postos (menos 5.152 empregos), seguido do depois, com predomínio das atividades agroindustriais, que registrou perda de 3.375 postos de trabalho.

O setor de abate e fabricação de produtos de carne, principal empregador do agronegócio no Estado, fechou o segundo trimestre de 2022 com um contingente de 66.462 empregos com carteira assinada, ante os 67.289 postos do mesmo período de 2021.

No acumulado do primeiro semestre, o saldo da criação de postos de trabalho com carteira assinada foi positivo em 13.931 vagas no período, abaixo dos 19.967 dos seis primeiros meses do ano passado. Na comparação com o conjunto da economia gaúcha, que até junho contou com saldo de empregos de 74.480 postos, o agronegócio representou 19% do saldo total de empregos formais gerados. 

Em junho de 2022, o estoque de empregos (vínculos ativos) com carteira assinada no agronegócio do Rio Grande do Sul era de 364.748 vínculos. No encerramento do semestre, o salário médio real das admissões no agronegócio gaúcho era de R$ 1.713,64, valor 2% inferior ao registrado em 2021 e 3,7% abaixo da média do total das admissões no Rio Grande do Sul. 

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Segunda, 15 de Agosto de 2022
Áreas beneficiadas pelo Proagro serão vistoriadas pela Conab
Áreas beneficiadas pelo Proagro serão vistoriadas pela Conab Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizará ao longo do segundo semestre de 2022 vistorias em áreas beneficiadas pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, de Sergipe e da Bahia. Os técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligada ao Mapa, irão percorrer as lavouras checando os dados declarados pelos profissionais encarregados da comprovação de perdas do Proagro.

Durante o trabalho de supervisão, são realizadas visitas aos produtores, agentes financeiros, cooperativas, empresas de assistência técnica dos municípios entre outros agentes de interesse envolvidos no processo de verificação de perdas.

Até o final do ano, pelo menos 250 propriedades serão vistoriadas pelos profissionais, que poderão ainda incluir monitoramentos em outros estados. Em casos de irregularidades identificadas pelos técnicos, as instituições financeiras poderão sofrer sanções, por parte do Banco Central, como os peritos, por parte do Mapa. O Banco Central também pode impugnar as coberturas pagas indevidamente com base na comprovação de perdas em que for detectada irregularidade. As punições são aplicadas somente após esgotados todos os procedimentos legais de direito à ampla defesa.

Proagro

O Programa é custeado com recursos alocados pela União, além de recursos provenientes da taxa paga pelo produtor rural para aderir ao Proagro. O objetivo é garantir a amortização ou a liquidação de custeios agrícolas de financiamento, quando no caso de ocorrência de sinistro na lavoura e na proporção das perdas apuradas, e permitir o recebimento dos recursos próprios comprovadamente aplicados na lavoura.

O Proagro é administrado pelo Banco Central e executado por instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural, que contratam as operações de custeio e são encarregadas de formalizar a adesão do mutuário ao Programa, da cobrança do adicional, das análises de processos e da decisão dos pedidos de cobertura.

As indenizações pagas aos agricultores afetados por sinistros cobertos pelo programa somaram R$ 5,7 bilhões em perdas em 2021.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento