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Segunda, 01 de Agosto de 2022
Câmara Setorial da Olivicultura analisa safra 2021/2022
Câmara Setorial da Olivicultura analisa safra 2021/2022 Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

A Câmara Setorial da Olivicultura, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), reuniu-se nesta quinta-feira (28/7) para debater, entre outros assuntos, a Safra 2021/2022 e o Cadastro Olivícola do Rio Grande do Sul. O evento foi realizado de forma híbrida e ocorreu presencialmente no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense IFSul, Campus Santana do Livramento.   

O coordenador da Câmara e do Programa Estadual de Desenvolvimento da Olivicultura (Pró-Oliva), Paulo Lipp João, fez um análise da produção obtida de olivas na safra 2021/2022, que resultou em um volume de 448,5 mil litros de azeite extravirgem. “São 17 fábricas ou lagares e 70 marcas de azeite no Estado”, pontuou.  

Lipp também apresentou um resumo dos números do Cadastro Olivícola, trabalho realizado pela Emater/RS-Ascar, Seapdr e Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) entre final de 2021 e primeiro trimestre de 2022. “A pesquisa buscou dados sobre o número de produtores, área plantada, variedades cultivadas e outras informações levantadas em todos os municípios do Estado”, afirmou.  

Conforme ele, atualmente, no Rio Grande do Sul, 321 olivicultores trabalham em 5.986 hectares de área plantada com oliveiras em 108 municípios. A maioria dos olivais está na metade Sul do Estado. Os principais municípios produtores são Encruzilhada do Sul, Canguçu, Pinheiro Machado, Caçapava do Sul, São Sepé, Cachoeira do Sul, Santana do Livramento, Bagé, Barra do Ribeiro e Sentinela do Sul. 

Análises de resíduos de 2,4-D  

Outro tema da reunião foi sobre os resultados de análises de resíduos de 2,4-D em cultivos sensíveis e medidas protetivas à sanidade de mudas e olivais. O diretor do Departamento de Defesa Vegetal, Ricardo Felicetti, abordou as iniciativas para controle de mudas de oliveiras, visando à manutenção da produtividade e sanidade da cultura no Rio Grande do Sul.  

Foi abordada uma proposta de Instrução Normativa de controle de ingresso de mudas no Estado com requisitos fitossanitários avaliados por laudos laboratoriais, a fim de evitar o ingresso de pragas que afetem as oliveiras.   

A fiscal estadual agropecuário Michelle Rodrigues apresentou os resultados obtidos pelas medidas regulatórias da Seapdr no controle de derivas de herbicidas hormonais no Estado. “Os dados oficiais da Secretaria apontaram uma redução nos casos de deriva e no número de propriedades atingidas por herbicidas hormonais no ano de 2021, no Estado”, disse Michelle. “Os dados da última safra também revelaram que não foram registrados casos de deriva por agrotóxicos hormonais nos municípios prioritários de Candiota, Hulha Negra e Lavras do Sul”, garantiu. 

Também foram expostos os dados oficiais de coletas em cultivos sensíveis, em especial nas oliveiras e abordados temas como o cadastro estadual de aplicadores de agrotóxicos e o cadastro de cultivos sensíveis. 

Pesquisas realizadas pelo DDPA  

Por sua vez, a bióloga e pesquisadora do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Seapdr, Andréia Rotta de Oliveira, fez um relato das principais pesquisas em andamento na área da olivicultura. Segundo ela, os estudos têm o objetivo de contribuir para o fortalecimento da cadeia produtiva de oliveiras no Estado.   

Foram apresentadas informações referentes à caracterização de 36 olivais do Rio Grande do Sul quanto às principais doenças e pragas observadas, fertilidade do solo e estado nutricional dos olivais.  “O estudo apontou que a antracnose causada pelo fungo Colletotrichum spp é a principal doença observada, seguida do Repilo (olho-de-pavão) causada por Fusicladium oleaginum e do Emplumado, causado por Pseudocercospora cladosporioides”, contou a pesquisadora.  

“As análises fitossanitárias das amostras confirmaram a presença desses fungos. Alternaria sp, agente causal da alternariose, também foi constatado com frequência nas amostras analisadas”, acrescentou Andréia. Ela explicou que esses fitopatógenos causam danos na produtividade e na qualidade do azeite. 

A bióloga disse ainda que, em relação às pragas, a Lagarta (Palpita forticifera), as formigas e as cochonilhas são os principais problemas enfrentados pelos olivicultores. “Em relação à análise de nutrientes foliares, considerando os teores de nitrogênio e de cálcio, 41% e 77% das amostras, respectivamente, ficaram abaixo da faixa adequada”, afirmou Andréia.  

Além desses resultados, a pesquisadora apresentou as perspectivas de início de novas linhas de pesquisa relacionadas às relações do clima com a produtividade e com a ocorrência da antracnose, além das ações realizadas em conjunto com o Departamento de Políticas Agrícolas e Desenvolvimento Rural da Secretaria. 

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias/Seapdr

Segunda, 01 de Agosto de 2022
CNA promove evento com economista-chefe do Departamento de Agricultura dos EUA
CNA promove evento com economista-chefe do Departamento de Agricultura dos EUA Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com o apoio da Embaixada dos Estados Unidos, promoveu, na sexta (29), o evento “Perspectivas para o Agronegócio Mundial” com a presença do economista-chefe do Departamento de Agricultura americano, Seth Meyer.

O presidente da CNA, João Martins, participou de forma virtual e, na abertura do evento, afirmou que o mundo vive um dos momentos mais conturbados da história, em que a segurança alimentar global é colocada em xeque em um cenário de alta inflação e aumento das taxas de juros ao redor do mundo, incrementos nos custos relacionados a transporte e logística e interrupções nas cadeias de fornecimento de insumos.

“O Brasil é um país chave para que esses desafios sejam superados. Apesar das dificuldades, o agro brasileiro se mostrou resiliente e eficiente, mesmo durante os períodos mais intensos da pandemia da covid-19. Quando o mundo todo adotava medidas de restrição à circulação de pessoas e produtos, o produtor rural brasileiro continuou a produzir para abastecer o mercado doméstico e suprir as necessidades do mercado internacional”, disse.

Martins também falou sobre a expectativa do aumento do consumo mundial de alimentos, principalmente pelos países de baixa e média renda, e o papel do Brasil nesse cenário. “É impossível que tratemos de agronegócio no presente e no futuro, sem olharmos para o Brasil. Por isso, o Sistema CNA/Senar tem liderado esforços voltados à melhoria da produtividade no campo, como a Assistência Técnica e Gerencial, que conta com 4 mil técnicos de campo atendendo produtores por todo o país”, destacou.

Presidente da CNA, João Martins, em seu discurso

No encontro, o diretor técnico da Confederação, Bruno Lucchi, apresentou a estrutura institucional do Sistema CNA/Senar e o trabalho da entidade na defesa dos interesses do setor e na capacitação técnica do produtor rural.

Em sua palestra, o economista-chefe do Departamento de Agricultura dos EUA, Seth Meyer, destacou o cenário mundial de preços das commodities agrícolas, os impactos do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, principalmente no fornecimento de insumos e trigo, além dos choques de mercado provocados pelo clima e demanda por alimentos.

Segundo Meyer, os preços das commodities agrícolas vinham aumentando de forma significativa desde o outono de 2020, provocados pelo retorno da China aos mercados globais, que aqueceu a demanda por grãos, e pela guerra na Ucrânia.

“O aumento da demanda por commodities causou efeitos na oferta e demanda global por alimentos nos últimos meses. Ninguém sabe quanto tempo a guerra vai durar e ela tem causado impactos sensíveis e incertezas de mercado”, disse.

Com relação ao fornecimento de trigo, Meyer explicou que a produção e a demanda pelo cereal seguiam equilibradas, mas o conflito na Ucrânia gerou um choque de oferta, reduzindo os estoques. “Quando um mercado importante se fecha, o impacto é sentido no mundo todo”.

Para o economista, apesar da queda na produção, os agricultores estão se esforçando para manter a média, mesmo com as dificuldades de logística nos portos e não se beneficiando dos bons preços das commodities a nível global.

O economista-chefe do Departamento de Agricultura dos EUA encerrou sua palestra dizendo que “a aplicação de tecnologia no campo para produzir com sustentabilidade é uma oportunidade de melhorar a segurança alimentar a nível global e mitigar os choques de mercado”.

 Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Segunda, 01 de Agosto de 2022
Representantes de países da África e das Américas destacam inovação
Representantes de países da África e das Américas destacam inovação Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Ministros, vice-ministros e altos funcionários da Agricultura, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia de 40 países participam da "Cúpula África-Américas sobre Sistemas Agroalimentares", em San José, na Costa Rica, com o objetivo de fortalecer a cooperação birregional para enfrentar os desafios da segurança alimentar global e fortalecer o papel de ambos os continentes em questões produtivas.

Entre os assuntos abordados estão a colaboração em ciência, tecnologia e inovação, o que deve estar no centro da cooperação reforçada entre África e América para realizar o potencial dos continentes. Além do fortalecimento do papel dos países para garantir a segurança alimentar e a nutrição global, e a criação de forma homogênea de setores agrícolas produtivos, sustentáveis ??e inclusivos que contribuam para o desenvolvimento sustentável de ambas as regiões.

Representando o Brasil na mesa redonda sobre Ciência, Tecnologia e Inovação, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI) do Mapa, Cleber Soares, ressaltou o potencial agrícola do Brasil nas últimas décadas, resultado do investimento em ciência, tecnologia e inovação. “Estamos aqui para compartilhar nossa visão, trabalhar juntos em uma agenda de bioinsumos, de baixo carbono, com uma rede africana e latino-americana para reduzir custos para os produtores. Com um hub de inovação para nossos continentes”, explica Soares, em apresentação aos países africanos, que veem o Brasil como um grande parceiro para o desenvolvimento da agricultura tropical. E acrescentou: "O mundo vive um momento em que a cooperação pela agricultura é a palavra-chave. O Brasil é parte importante para superar os desafios contemporâneos, como a segurança alimentar".

“A pandemia de COVID-19 nos mostrou a importância da ciência, tecnologia e inovação para o bem-estar da população global. O progresso neste campo é necessário não apenas para se recuperar desta crise e de futuras crises, mas também para enfrentar outros desafios globais como pobreza, desnutrição, doenças, insegurança alimentar, desigualdade, mudanças climáticas e muitos outros”, afirmou o diretor executivo do Fórum de Pesquisa Agrícola na África (FARA), Oseyemi Olurotimi Akinbamijo.

Participaram da Cúpula o ministro da Agricultura da Etiópia, Oumer Hussien Oba; o ministro da Agricultura de Burkina Faso, Delwendé Innocent Kiba; e o subsecretário (Vice-Ministro) de Pecuária de Honduras, José Ángel Acosta; além de organizações multilaterais de crédito, cooperação e do setor privado.

Cúpula 2022

A "Cúpula África-Américas sobre Sistemas Agroalimentares", promovida pelo IICA, teve início nessa quarta-feira (27) e vai até sexta-feira (29). Os dois primeiros dias foram dedicados a sessões plenárias, bem como mesas redondas sobre oportunidades de cooperação Sul-Sul e experiências práticas dos países-membros.

O terceiro e último dia da Cúpula é voltado a visitas de campo destinadas a explorar inovações bem-sucedidas, escaláveis ??e transferíveis em áreas como adaptação e resiliência climática, biotecnologia e tecnologias digitais.

O objetivo principal do evento é aumentar as contribuições do setor agropecuário para o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável de forma global e também melhorar o comércio internacional e regional dos Estados-membros.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Segunda, 01 de Agosto de 2022
Governo reduz IPI de produtos fabricados no Brasil
Governo reduz IPI de produtos fabricados no Brasil Fonte: Agência Brasil

Decreto publicado pelo governo federal na última sexta-feira (29) ( Decreto nº 11.158 ) estabelece os itens fabricados no Brasil para os quais será válida a redução de 35% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O decreto também exclui da lista os principais produtos que são fabricados na Zona Franca de Manaus.

Segundo o governo, o decreto cumpre decisão judicial (ADI 7153) que determinou a preservação da competitividade dos produtos produzidos na Zona Franca.

De acordo com o Ministério da Economia, o decreto dá segurança jurídica para a redução do IPI.

"Ao detalhar os produtos que terão suas alíquotas alteradas, a nova edição esclarece a correta aplicação do IPI sobre o faturamento dos produtos industrializados, garantindo segurança jurídica e o avanço das medidas de desoneração tributária. O texto também apresenta tratamento específico para preservar praticamente toda a produção efetiva da ZFM, levando em consideração os Processos Produtivos Básicos.

A medida também traz redução adicional do IPI, de 18% para 24,75%, para automóveis. “A elevação desse percentual equipara a redução do imposto para o setor automotivo à concedida aos demais produtos industrializados”, diz o Ministério da Economia.

O ministério explicou ainda que, com o decreto, serão beneficiados produtos nacionais e importados, além de provocar reflexo positivo no Produto Interno Bruto (PIB), com a redução do custo Brasil e maior segurança jurídica. “Espera-se ampliar a competitividade da indústria, com menos impostos e aumento da produção”.

O IPI é um imposto federal que incide sobre cerca de 4 mil itens nacionais e importados que passaram por algum processo de industrialização (beneficiamento, transformação, montagem, acondicionamento ou restauração). Com caráter extrafiscal (tributo regulatório), o IPI pode ser usado para fomentar um setor econômico por meio de isenção ou redução das alíquotas para que mais produtos produzidos pelo setor sejam vendidos.

Fonte: Agência Brasil

Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom

Segunda, 18 de Julho de 2022
109ª Etapa do Fórum Permanente do Agronegócio: “Para Onde Irão os Novilhos?
109ª Etapa do Fórum Permanente do Agronegócio: “Para Onde Irão os Novilhos? Fonte: SENAR-RS

Com dois dias de programação imersiva, entre 21 e 22 de julho, em Bagé, o Serviço de Aprendizagem Rural (Senar-RS) realiza evento “Para onde irão os novilhos?” em parceria com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). A 109ª Etapa do Fórum Permanente do Agronegócio vai levar ao produtor rural informações técnicas para aprimorar a produção da carne bovina.

O encontro já soma um histórico de realização e roteiros pelo estado, com o objetivo de proporcionar a melhoria do sistema produtivo de recrio e terminação de novilhos, influenciando, consequentemente, na qualidade da carne.

Em 21 de julho, a programação segue o “Dia do Campo”: participantes visitarão quatro propriedades que são modelo no sistema de recrio e terminação na região. O segundo dia, 22 de julho, é marcado por um seminário de cinco palestras com pesquisadores e professores sobre temas como a redução da idade do abate, a integração lavoura-pecuária, a terminação a pasto o ano inteiro, redução de perdas e valor comercial. Além disso, o público presenciará uma mesa redonda entre produtores.

Fonte: SENAR-RS – Assessoria de Comunicação

Segunda, 18 de Julho de 2022
Reconhecimento e busca por novos mercados
Reconhecimento e busca por novos mercados Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

O Brasil produz o melhor queijo do mundo! No mês passado, o queijo Canastra chegou ao primeiro lugar do ranking do site americano “The Taste Atlas”. Esta "enciclopédia de sabores" utiliza a opinião dos próprios usuários para avaliar comidas do mundo todo. A notícia foi amplamente divulgada e comemorada, especialmente pelo grupo de cerca de 800 produtores da região da Serra da Canastra.

Essa conquista é positiva e importante não apenas para esse grupo de produtores, mas sim para todo o setor de lácteos. É um reconhecimento internacional da qualidade do produto brasileiro.

O Brasil é o quinto maior produtor de leite do mundo. Em 2020, foram produzidas quase 37 milhões de toneladas. O topo desse ranking é ocupado pela Índia, que produz cerca de 184 milhões de toneladas por ano.

Apesar de ocupar posição de destaque na produção de leite, em termos de exportação de produtos lácteos o Brasil figura apenas na 28º colocação. União Europeia encabeça essa lista.

O mercado mundial de lácteos movimenta cerca de US$ 50 bilhões anualmente. De acordo com a FAO, somente 7% da produção mundial é comercializada internacionalmente. Isso se deve, principalmente, à natureza perecível dos produtos. Somado a isso, trata-se de um mercado muito regulado e protegido pelos governos nacionais.

Nos países em desenvolvimento, mais de 80% do leite é produzido por pequenos produtores. Por essa razão, governos tendem a adotar políticas setoriais voltadas à redução das importações de lácteos e ampliação da produção doméstica, visando a melhoria da renda das famílias produtoras.

No Brasil, 71% dos produtores de leite tem uma produção diária de até 50 litros. Esses produtores estão espalhados por cerca de 99% dos municípios brasileiros.

Para a grande maioria dos produtores de lácteos, incluindo os queijos, o mercado internacional é uma realidade distante e não considerada como alternativa de comercialização.

Reconhecimentos com o do “Taste Atlas” e outras iniciativas semelhantes são importantes porque valorizam os chamados “produtos artesanais”, ampliam a visibilidade e contribuem para o aumento das vendas.

Em 2018, uma pesquisa realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontou que 56% dos produtores de alimentos artesanais têm dificuldades em atender as exigências legais quanto à produção e processamento e outros 25% enfrentam dificuldades para obter lucro e ter uma clientela fixa.

Buscando apoiar esse produtor, a CNA lançou, em 2019, o Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais, cujo propósito é auxiliar na profissionalização do pequeno e o médio produtor e na capacidade de agregar valor aos alimentos artesanais e tradicionais.

Essa iniciativa também possui em seu escopo uma premiação que reconhece os melhores produtos de cadeias específicas. Na edição deste ano, o queijo artesanal foi o escolhido. A cerimônia de premiação ocorreu esta semana e, de acordo com depoimentos dos vencedores, a iniciativa valoriza o trabalho artesanal, a agregação de valor e vai impulsionar as vendas.

Para conquistar tanto o mercado nacional quanto internacional é fundamental investir em fatores de diferenciação. No caso do queijo Canastra por exemplo, o reconhecimento alcançado via Indicação Geográfica estabelece um diferencial competitivo, protege os produtores da região e promove uma imagem positiva ligada à qualidade do produto. Além disso, em 2008, o seu modo de produção foi reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural imaterial brasileiro.

A Indicação Geográfica (IG) é um tipo de proteção de Propriedade Intelectual que distingue produtos e serviços devido à sua origem. O Brasil possui cerca de 60 IGs. Além do queijo Canastra, outros exemplos são o café da Alta Mogiana, os vinhos do Vale dos Vinhedos, as amêndoas de cacau do Sul da Bahia e o melão de Mossoró.

De acordo com um representante da associação que representa os produtores de queijo canastra, o reconhecimento via IG, além de valorizar o produto, protege os 800 produtores da região. A venda para o mercado internacional é um dos objetivos desse grupo, mas o caminho entre a propriedade rural e o exterior é longo e cheio de obstáculos.

O aumento da competitividade dos produtos lácteos brasileiros em relação a outros países também passa pela redução do custo de produção no país. Estima-se que a matéria-prima nacional seja, em média, 30% mais cara, quando comparada ao dos principais players no mercado internacional.

Outro fator importante é em relação às barreiras impostas pelos mercados, sejam elas tarifárias ou não tarifárias. As tarifas de importação do Canadá, Suíça e Japão chegam a 248%, 195% e 95%, respectivamente. Acordos que reduzam ou retirem essas barreiras são fundamentais para ampliar a participação de produtos lácteos brasileiros no mercado internacional. Sem isso, o Brasil já entra em desvantagem, independente da qualidade da oferta.

Os dados são animadores. Entre 2017 e 2021, o valor das exportações brasileiras de produtos lácteos cresceu 50%. No mesmo período, as exportações mundiais subiram 11% e países que têm participação mais relevante do que o Brasil, como Suíça e Uruguai, registraram queda de vendas, de 12% e 18% respectivamente. Primeira colocada do ranking, a União Europeia cresceu proporcionalmente menos do que o Brasil: 11%.

Não existe fórmula mágica. É preciso resolver questões essencialmente internas da cadeia produtiva de lácteos e melhorar as condições de acesso ao mercado internacional para que os produtos brasileiros ganhem o mundo.

Nesta semana, o Ministro da Agricultura, Marcos Montes, declarou que o Brasil precisa perseguir a meta de se tornar o maior exportador de lácteos. Para que isso aconteça, setor privado e governo devem trabalhar juntos.

Só assim para que o queijo canastra seja tão famoso, reconhecido e comercializado internacionalmente como o Champagne da França e o Chocolate Suíço.

Sueme Mori é diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura  - Sueme Mori

Segunda, 18 de Julho de 2022
Mercado financeiro prevê inflação de 7,54% em 2022
Mercado financeiro prevê inflação de 7,54% em 2022 Fonte: Agência Brasil

O mercado financeiro reduziu, pela terceira semana consecutiva, a expectativa para os índices inflacionários projetados para 2022. De acordo com o Boletim Focus, divulgado hoje (18), em Brasília, pelo Banco Central, o ano deve fechar com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 7,54%. O IPCA é a inflação oficial do país. Na semana passada, a previsão era de uma inflação de 7,67%; e há quatro semanas, as projeções estavam em 8,27%.

Para 2023, a previsão de inflação aumentou agora de 5,09% para 5,20%. É a 15ª semana seguida de previsões de alta deste índice. Há quatro semanas estimava-se inflação de 4,83% para o próximo ano. Para os anos de 2024 e 2025 não há diferenças nas estimativas inflacionárias: 3,3% e 3%, respectivamente.

O Boletim Focus é uma publicação semanal que reúne a projeção de cerca de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país.

PIB tem alta

Pela terceira semana seguida, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e dos serviços produzidos no país), apresentam alta. Na semana passada, a estimativa era de um crescimento de 1,59% em 2022, índice que subiu para 1,75% nesta semana. Há quatro semanas, o mercado financeiro projetava um PIB de 1,5% para o mesmo ano.

Não houve alterações nas projeções de PIB para 2023, 2024 e 2025, na comparação com os índices apresentados na semana passada. Para 2023, a expectativa é de um PIB de 0,5%. Em 2024, a projeção se mantém em 1,8%; e para 2025, em 2%.

Taxa de juros

O mercado financeiro manteve estável, pela quarta semana consecutiva, as projeções para a taxa básica de juros (Selic) de 2022, que deve fechar o ano em 13,75%. Para 2023, são previstos 10,75%, percentual acima do projetado há uma semana (10,5%).

Há quatro semanas, a previsão era de que 2023 fecharia com uma Selic de 10,25%. Para 2024 e 2025, a previsão se manteve estável: 8% e 7,5%, respectivamente.

Dólar

O cálculo para a cotação do dólar ao fim do ano apresentou estabilidade na comparação com a semana passada, com a moeda norte-americana fechando o ano a R$ 5,13. Há quatro semanas, o cálculo era que a moeda norte-americana fecharia em R$ 5,06.

Ainda segundo o Boletim Focus, o dólar fechará 2023 em R$ 5,10 - o mesmo valor da semana anterior. Há quatro semanas, a expectativa era de que a moeda custaria R$ 5,10 ao final do próximo ano.

Para 2024, a expectativa de cotação é ligeiramente abaixo da projetada na semana passada, passando de R$ 5,06 para R$ 5,05. É a terceira semana seguida que se registra previsão de recuo do valor da moeda norte-americana na comparação com o real.

Há quatro semanas, o mercado previa uma cotação de R$ 5,07 para o dólar ao fim de 2024. Para 2025, espera-se que ele feche em R$ 5,14. Há uma semana, a projeção era de que a moeda encerraria o ano cotada a R$ 5,15.

Fonte: Agência Brasil – Pedro Peduzzi

Imagem: José Cruz

Sexta, 15 de Julho de 2022
Mapa atualiza o Zoneamento Agrícola de Risco Climático para a cultura da maçã
Mapa atualiza o Zoneamento Agrícola de Risco Climático para a cultura da maçã Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quarta-feira (13) no Diário O?cial da União as Portarias SPA/MAPA nº 266 a 278 que atualizam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da macieira para as regiões Sul e Sudeste.

A atualização consiste em algumas alterações na Nota Técnica e aumento da área de abrangência, com novas regiões com potencial climático para a produção no Zarc da maçã para o estado do Rio Grande do Sul.

A metodologia utilizada foi a mesma para as demais culturas, na qual a classi?cação é feita com base na disponibilidade de água e nos índices de temperatura de cada região avaliada, para as diferentes fases da cultura. Os níveis de risco podem variar de até 20%, de 20% a 30%, de 30% a 40% e de mais de 40%. Dentro desta metodologia, as áreas com até 20% de risco são as mais indicadas e as com mais de 40% de risco não são recomendadas para o cultivo de macieira. 

Segundo detalhado por Gilmar Nachtigall, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho e um dos responsáveis pelo Zarc Maçã, a metodologia envolve a seleção de regiões com acúmulo de frio no período de inverno, condição requerida pela cultura, a partir das informações de temperaturas da base de dados meteorológicos.

A partir deste levantamento,  foram estabelecidos três tipos de regiões quanto ao acúmulo de frio hibernal: alto, médio e baixo. Essas de?nições foram cruzadas com as informações fenológicas da cultura, permitindo de?nir indicações de cultivo para as diferentes regiões climáticas, aptas ao cultivo da macieira. “Com essas informações, os agricultores e técnicos podem planejar melhor o sistema de produção a ser adotado, a ?m de evitar que adversidades climáticas coincidam com as fases mais sensíveis da cultura minimizando, assim, os riscos de perdas na produção”, explica Nachtigall.

Outro aspecto que o pesquisador destaca é que o Zarc Maçã prioriza o plantio de cultivares de macieira que requerem elevado acúmulo de frio hibernal, como as cultivares do Grupo Gala e Fuji para as regiões com esta condição.  Já em regiões que apresentem baixo acúmulo de frio, são indicadas variedades com menores exigências de acúmulo de frio, como as cultivares Eva, Julieta, Princesa e Condessa. 

Zarc

O Zarc é uma ferramenta de análise do risco derivado da variabilidade climática e que considera as características da cultura e do solo, indicando as áreas e períodos de menor risco climático no país, de?nindo as regiões mais indicadas para o cultivo, de maneira a reduzir perdas e garantir rendimentos mais elevados. Além disso, permite aos produtores desses municípios o acesso ao crédito rural, Proagro e ao seguro rural.

Base de dados

A base de dados meteorológicos utilizadas na atualização do Zarc é composta por séries históricas de aproximadamente 30 anos, obtidas a partir das redes de estações terrestres, meteorológicas e pluviométricas, convencionais e automáticas, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do sistema HidroWeb, operado pela Agência Nacional de Águas, e  às pertencentes ao Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE), além de redes estaduais mantidas por instituições ou empresas públicas. 

Aplicativo Plantio Certo 

Produtores rurais e outros agentes do agronegócio podem acessar por meio de tablets e smartphones, de forma mais prática, as informações oficiais do Zarc, facilitando a orientação quanto aos programas de política agrícola do governo federal. O aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Agricultura Digital (Campinas/SP), está disponível nas lojas de aplicativos:  iOS e Android  

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

 

Sexta, 15 de Julho de 2022
CNA debate agenda legislativa do agro
CNA debate agenda legislativa do agro Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

O Núcleo de Relações Institucionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na quinta (14), com representantes das Federações de Agricultura e Pecuária para tratar da pauta legislativa do agro no Congresso Nacional.

O vice-presidente da CNA e presidente da Federação de Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba, abriu a reunião e destacou a importância da parceria com o governo e a necessidade de estreitar as relações.

O encontro teve a presença da secretária especial de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Governo da Presidência da República, Maria Caroline Fleury, que destacou temas importantes para o setor que o governo tem trabalhado.

A equipe técnica da CNA, responsável pelo acompanhamento da pauta no Congresso Nacional, apresentou o balanço das ações no primeiro semestre e as proposições prioritárias para o setor.

“Temos cerca de 80 projetos na agenda semanal de acompanhamento da RI. Muitos temas ainda podem, inclusive, avançar essa semana antes do recesso legislativo, mas outros devem ser retomados no segundo semestre”, afirmou Maísa Barbosa, coordenadora de Relações Institucionais da CNA.

Algumas das propostas de interesse do setor viraram lei nesse ano. Destaque para o marco legal de micro e minigeração distribuída de energia, a BR do Mar, os Sistema Eletrônicos de Registros Públicos, o marco legal das ferrovias e a lei complementar que trata de combustível, energia e transporte como bens essenciais.

Em todas as propostas, a CNA articulou reuniões com o governo e entidades do setor e propôs aperfeiçoamentos por meio da apresentação de emendas, ressaltou Maísa.

Para o próximo semestre, o Núcleo está elaborando uma agenda estratégica em conjunto com as federações de agricultura com os principais projetos de interesse do setor para ser apresentado aos parlamentares. Posteriormente, esse documento deverá ser aperfeiçoado para ser uma agenda do agro na nova legislatura a partir de fevereiro de 2023.

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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Sexta, 15 de Julho de 2022
Produção industrial permanece estável em junho
Produção industrial permanece estável em junho Fonte: Agência Brasil

A produção industrial brasileira permaneceu estável em junho deste ano, após apresentar crescimento em maio, informou hoje (15), em Brasília, a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de evolução da produção registrou 50,1 pontos, muito perto da linha divisória de 50 pontos, o que significa que a produção teve estabilidade frente ao mês anterior. Em maio, o índice havia ficado em 53,6 pontos.

As informações fazem parte do boletim Sondagem Industrial, que também traz informações sobre a evolução da produção, do número de empregos e dos estoques, entre outros indicadores. A CNI disse que o comportamento de junho mostra uma manutenção no ritmo da produção, “embora usualmente se verifique uma queda no período”.

Segundo o levantamento, o emprego industrial cresceu em junho na comparação com maio. O índice de evolução do número de empregados foi de 50,8 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos que separa queda de alta do emprego.

“O índice de junho de 2022 é muito próximo ao de maio (0,2 ponto menor), o que significa dizer que o ritmo de crescimento do emprego foi semelhante ao do mês anterior”, explicou o boletim.

Os índices avaliados pela CNI apresentam variação de 0 a 10. Valores acima de 50 indicam aumento do emprego, da produção, estoque acima do planejado ou utilização da capacidade instalada acima do usual. Valores abaixo de 50 sinalizam que o nível de atividade está abaixo do usual.

Para a pesquisa de junho foram entrevistadas 1.853 empresas, sendo 730 pequeno porte, 660 médio porte e 463 de grande porte entre 1º e 11 de julho de 2022.

Preocupações

Segundo o boletim, o principal problema levantado pelas indústrias brasileiras situa-se na falta ou no alto custo das matérias-primas, com 52,8% das empresas dando destaque ao problema no segundo trimestre de 2022. Este é o oitavo trimestre consecutivo que as empresas consideram a falta ou alta dos insumos como principal questão do setor.

Em segundo lugar no ranking dos principais entraves do segmento aparece a elevada carga tributária. Ela preocupa 30,9% dos empresários industriais. Esse resultado foi praticamente o mesmo do trimestre anterior, apresentando leve alta de 0,5 ponto percentual (pp).

“As taxas de juros elevadas apresentaram, pela quinta vez consecutiva, um aumento nas assinalações, passando a ocupar a terceira posição do ranking, com 24,3% de assinalações. O problema teve um aumento nas assinalações neste trimestre de 3,5 pp. Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, o percentual aumentou 16,7 pontos”, argumentou a CNI.

A demanda interna insuficiente aparece em quarto lugar com 23,0% das assinalações dos empresários industriais, o que representa uma redução de 2,5 pp, na comparação com o trimestre anterior. Já a taxa de câmbio ficou em quinto lugar no ranking, subindo uma posição em relação ao trimestre passado. O problema foi mencionado por 19,6% dos empresários, um aumento de 1,7 pp em relação ao trimestre anterior.

Fonte: Agência Brasil – Luciano Nascimento