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Quarta, 25 de Maio de 2022
Zoneamento de risco climático para 1ª safra do milho e do consórcio milho com braquiária
Zoneamento de risco climático para 1ª safra do milho e do consórcio milho com braquiária Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quarta-feira (25), no Diário Oficial da União, as portarias de números 171 a 206, que aprovam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2022/2023, para o cultivo, de primeira safra, do milho e do consórcio do milho com braquiária. 

Os Estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins, que não tinham estudos de risco climático para o consórcio milho com braquiária, passaram a contar com Portarias de Zarc para esse importante sistema de cultivo. 

O cultivo consorciado de plantas produtoras de grãos com forrageiras tropicais tem aumentado significativamente nos últimos anos. O consórcio do milho com a braquiária é possível graças ao diferencial de tempo e espaço no acúmulo de biomassa entre as espécies. A associação entre o sistema plantio direto e o consórcio entre culturas anuais e pastagens é uma das opções que apresenta maiores benefícios, como maior reciclagem de nutrientes, acúmulo de palha na superfície, melhoria da parte física do solo, pela ação conjunta dos sistemas radiculares e pela incorporação e acúmulo de matéria orgânica, além de ser mais sustentável em relação ao cultivo convencional.

Por que seguir o Zarc? 

Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só permitem o acesso ao crédito rural para cultivos em áreas zoneadas e para o plantio de cultivares indicadas nas portarias de zoneamento. 

Os estudos do Zarc envolvem clima, solo e grupos de cultivares, a partir de metodologias técnico-científicas desenvolvidas pela Embrapa e adotadas pelo Mapa como instrumento de política agrícola. Ao ser adotado pelo Proagro a partir de 1996, as áreas com Zarc apresentaram índices de perda quatro vezes menor que as que não seguiam as indicações do estudo, de acordo com o Relatório Circunstanciado do Proagro 1991 a 1998, publicado pelo Banco Central.

Nos últimos três anos, o Zarc foi aprimorado com novos estudos, novas metodologias e reuniões de validação com o setor produtivo para melhorar a transparência da metodologia das pesquisas.

 Ouça o áudio do Mapacast que explica o funcionamento e a importância do Zarc 

Aplicativo Plantio Certo 

Produtores rurais e outros agentes do agronegócio podem acessar por meio de tablets e smartphones, de forma mais prática, as informações oficiais do Zarc, facilitando a orientação quanto aos programas de política agrícola do governo federal. O aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Agricultura Digital (Campinas/SP), está disponível nas lojas de aplicativos:  iOS e Android.   

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quarta, 25 de Maio de 2022
Vigilância e investigação de notificações sustentam o primeiro ano do novo status da aftosa no RS
Vigilância e investigação de notificações sustentam o primeiro ano do novo status da aftosa no RS Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR ELAINE PINTO

Nesta sexta-feira (27/5), completará um ano da certificação internacional do Rio Grande do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O novo status veio para comprovar a qualidade dos rebanhos gaúchos e a solidez do relacionamento entre o serviço de defesa e fiscalização da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e o setor produtivo.

“É um dia para comemorar, mas sem esquecer, a cada momento, que a evolução desse status aumenta o nosso compromisso como instituição. Esse movimento representa mercados que estamos conseguindo conquistar, não só em volume, mas também em valor agregado”, avalia o secretário Domingos Velho Lopes.

Um sistema dessa magnitude levou muitos anos para se estabelecer e consolidar. “Nosso trabalho para a evolução do status não é de agora: começou já em 2010, com os primeiros estudos de análise de risco multicritério. A partir deste trabalho, detectamos as principais áreas de risco de ingresso no Estado, para aplicarmos um trabalho de vigilância dirigida”, conta o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal, Fernando Groff.

Desde então e até hoje, a Secretaria continua suas atividades de mitigação de risco, com trabalhos em propriedades rurais, eventos agropecuários e fiscalização de trânsito. “Visitamos, em média, 2% do total de propriedades rurais gaúchas por semestre, o que dá em torno de 5 mil propriedades visitadas por round, totalizando de 10 a 11 mil por ano. Os últimos três semestres tivemos um abalo, por causa da pandemia, com menos visita. Mas, nesse período, foram vistoriadas 2,5 mil propriedades, com 3,4 mil bovinos. Já estamos em torno de 4 mil propriedades vistoriadas neste último semestre”, enumera Groff.

Uma importante ação de vigilância ativa, o programa Sentinela atua em conjunto com as forças policiais na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e a Argentina. O objetivo do programa, bem como do Guaritas (na divisa com Santa Catarina), é coibir o trânsito ilegal, o contrabando e o descaminho de animais e produtos de origem animal em território gaúcho. Em abril, foi concluída uma série de treinamentos para o uso de drones, a fim de qualificar a fiscalização do Sentinela nos 1,2 mil quilômetros de fronteira que o Estado divide com os dois países vizinhos, abarcando 59 municípios gaúchos.

Trabalho de fiscalização do Programa Sentinela - Foto: Divulgação/Seapdr

Neste primeiro ano de novo status sanitário, de junho de 2021 a abril de 2022, o Sentinela executou 69 operações, com 479 barreiras de trânsito, 2.539 veículos vistoriados, 378 propriedades fiscalizadas e 91.550 quilômetros percorridos. Nestas ações, foram fiscalizados 42.787 bovinos, sendo 12.677 deles irregulares, o que gerou 540 autuações e R$ 2,14 milhões em multas aplicadas, além de 234 abates sanitários. No mesmo período, durante as operações, foram realizadas 4.940 ações de Educação Sanitária.

Rapidez no atendimento

Além da vigilância ativa, outro ponto primordial para a manutenção do status sanitário é a notificação de qualquer suspeita de que a febre aftosa esteja se manifestando no rebanho. E, para isso, o produtor tem um papel muito importante. “O Serviço Veterinário Oficial, sozinho, não vai conseguir manter nenhum tipo de doença fora do Estado. Precisamos da cooperação do produtor, revisando seus rebanhos regularmente, comunicando animais com suspeita à inspetoria e colaborando com as ações de vigilância”, destaca Groff.

A comunicação de suspeitas deve ocorrer até 24 horas do provável início da doença. O horário limite de atendimento do Serviço Veterinário Oficial no Estado é de até 12 horas, mas a Seapdr está conseguindo atender a 97% das suspeitas em menos de seis horas. Os canais de notificação da Secretaria estão listados em www.agricultura.rs.gov.br/notificacoes.

Além das feridas que dão nome à enfermidade, também são sintomas da febre aftosa: manqueira, babeira, febre, inapetência/perda de peso e redução na produção de leite. São susceptíveis à doença os bovinos, ovinos, suínos, caprinos e outros animais de cascos fendidos.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem:  Divulgação/Seapdr

Terça, 24 de Maio de 2022
Governo reduz imposto de importação de vários produtos
Governo reduz imposto de importação de vários produtos Fonte: Agência Brasil

O governo federal decidiu pela redução de 10% nas alíquotas do imposto de importação sobre vários produtos. O objetivo é, segundo o Ministério da Economia, reduzir os impactos decorrentes da pandemia e da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre os preços de insumos do setor produtivo.

Serão afetados pela medida produtos como feijão, carne, massas, biscoitos, arroz e materiais de construção, dentre outros itens. No total, 6.195 mercadorias, quase todos os bens importados, terão redução no imposto. A medida foi anunciada na noite de hoje (23), em entrevista coletiva da equipe econômica do ministério. A redução se soma a outra, também de 10%, em novembro de 2021.

“A medida de hoje, somada à redução de 10% já realizada no ano passado, aproxima o nível tarifário brasileiro da média internacional e, em especial, dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)”, afirmou o secretário de Comércio Exterior do ministério, Lucas Ferraz. A vigência desta medida tem prazo determinado e deve vigorar até o final de 2023.

Na avaliação da equipe econômica do governo, a medida vai provocar impactos acumulados de R$ 533,1 bilhões de incremento no Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), de R$ 376,8 bilhões em investimentos, de R$ 758,4 bilhões em aumento das importações e de R$ 676,1 bilhões de acréscimo nas exportações.

Os incrementos, em se confirmando, resultarão em R$ 1,434 trilhão de crescimento na corrente de comércio exterior (soma de importações e exportações), além de redução do nível geral de preços na economia.

 

Fonte: Agência Brasil

Imagem: Marcello Casal Jr.

 

 

Terça, 24 de Maio de 2022
Embrapa Agroenergia investe no desenvolvimento de insumos biológicos renováveis
Embrapa Agroenergia investe no desenvolvimento de insumos biológicos renováveis Fonte: EMBRAPA

A Embrapa Agroenergia (Brasília-DF), uma das 43 unidades de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vem pesquisando insumos biológicos produzidos a partir de processos ambientalmente renováveis. Os resultados foram alcançados em parceria com as empresas brasileiras Dimiagro Fertilizantes, Santa Clara Agrociência, Demetra Agroscience, Grupo Boticário, Zucca Alimentos, Neofungi e apoio do Sebrae e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial – Embrapii.

“A disponibilização de insumos biológicos a partir de fontes renováveis insere a Embrapa no cenário da bioeconomia brasileira de forma inovadora, atendendo a um setor industrial que apresenta necessidade imediata de substituição de derivados petroquímicos por ingredientes biotecnológicos, mais sustentáveis e que atendam aos principais requisitos para a busca de ‘certificações verdes”, afirma Alexandre Alonso, chefe-geral da Embrapa Agroenergia.

Os resultados alcançados também visam a inserção estratégica e competitiva do Brasil na Bioeconomia e o cumprimento dos seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: ODS 7 (Energia limpa acessível); ODS 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura); ODS 12 (Consumo e Produção responsáveis) e ODS 17 (Parcerias e meios de implementação).  

“A geração de insumos biológicos renováveis contribui para o desenvolvimento de uma nova bioindústria brasileira com foco em química verde, algo necessário diante da necessidade de reduzirmos a emissão de CO2 na atmosfera”, diz Patrícia Abdelnur, chefe de Transferência de Tecnologia, da Embrapa Agroenergia. “Queremos cada vez mais promover o aumento da produção de insumos a partir de fontes renováveis para a aplicação em diversos tipos de indústria que buscam por matérias-primas sustentáveis”, complementa Bruno Laviola, chefe de P&D.

 

Biofertilizante à base de microalgas da biodiversidade brasileira

Um extrato com bioestimulantes à base de algas encontradas na biodiversidade brasileira é o principal resultado do projeto Macrofert, desenvolvido pela Embrapa Agroenergia em parceria com a empresa Dimiagro Fertilizantes e com apoio do Sebrae e da Embrapii. Para chegar ao produto final, a equipe de pesquisa analisou extratos importados de macroalgas marinhas nos quais foram descobertos fitormônios relacionados à duplicação celular, resistência a pragas e doenças e resiliência a fatores abióticos como a seca.

A descoberta tem grande potencial de atender a empresas brasileiras que, em sua maioria, utilizam extratos importados para adicionar aos biofertilizantes nacionais. A espécie na qual foram identificados os fitormônios foi selecionada a partir de uma larga coleção de microalgas e cianobactérias, com emprego de metodologia baseada e desenvolvida com ferramentas de metabolômica. O extrato com biofertilizantes apresentou teores de fitormônios maiores do que os do extrato importado e eficácia semelhante ao produto comercial quando aplicados junto com fertilizantes foliares em cultivos de soja e milho, em casa de vegetação.

“Os biofertilizantes na forma de extrato têm aplicação e mercado certo e também podem ser fontes de extração de fitormônios puros, os quais têm valor agregado considerável”, afirma César Miranda, pesquisador da Embrapa Agroenergia e líder do projeto. O resultado alcançado contribui para gerar tecnologia tanto para assegurar a produtividade de sistemas agrícolas como para minimizar os efeitos das mudanças climáticas, já que os biofertilizantes, adicionados às plantas, podem gerar resistência à seca e radiação excessiva. Outra vantagem é que obter o extrato em condições controladas de laboratório evita o extrativismo da biodiversidade brasileira e estabelece um padrão de qualidade com mecanismos limpos de produção.

“Associados a pequenas doses de nutrientes essenciais, os fitormônios dos extratos maximizam o desenvolvimento das plantas, como demonstrado em validação em casa de vegetação com soja e milho, principais commodities do agronegócio brasileiro. Com isso, esperamos que, além de gerar empregos qualificados para a produção e formulação de biofertilizantes, possamos ter um produto nacional apto para o comércio exterior”, prevê Miranda.

Os resultados obtidos foram tão animadores que foi firmado um novo contrato com a empresa Dimiagro para dar continuidade ao projeto, com vigência até 2024. A nova fase do projeto, que se chamará Biofert, prevê o aumento da escala de produção de biomassa para a obtenção de bioinsumos que contêm fitormônios em tanques abertos de 10 mil litros, utilizando fertilizantes comerciais com fonte de nutrientes.

 Nematicida obtido de resíduos agroindustriais

Nematicidas naturais capazes de controlar fitonematoides, praga que causa perda de produtividade em culturas economicamente importantes para o Brasil, da ordem de R$35 bilhões/ano (dados da Sociedade Brasileira de Nematologia), constituem o principal resultado do projeto Nematus, desenvolvido em parceria com as empresas Santa Clara Agrociência e Demetra Agroscience, com o apoio do Sebrae e da Embrapii.

Foi realizada a prospecção e validação do uso de substâncias químicas de origem renovável encontradas em resíduos agroindustriais. Nesse ponto, foram desenvolvidos e otimizados processos físico-químicos de extração para se obter metabólitos secundários tóxicos para nematoides, a partir de matérias-primas residuais em rendimentos predefinidos. 

Além dessa vertente química, que se destacou por empregar processos ambientalmente amigáveis e resultou na seleção de extratos tóxicos a nematoides, o estudo contou também com a avaliação de processos bioquímicos para a produção de extratos fúngicos tóxicos a nematoides, o que foi alcançado a partir do cultivo e seleção de cepas de fungos de diferentes espécies. As cepas selecionadas alcançaram mortalidade in vitro de juvenis de segundo estádio de Meloidogyne incognita, o nematoide-das-galhas, em taxas acima de 90%.

Os resultados foram comparados a três nematicidas comerciais, incluindo um sintético e dois de origem renovável. “Em relação ao controle negativo, todos os tratamentos avaliados resultaram em significativa redução do fator de reprodução de M. incognita”, explica Clenilson Rodrigues, pesquisador da Embrapa Agroenergia e líder do projeto. 

“Entre os tratamentos avaliados, dois extratos vegetais, sendo um deles um tratamento de combinação de materiais, apresentaram resposta equivalente ao do nematicida sintético. Os tratamentos realizados com os extratos fúngicos e suas combinações exibiram resultados similares aos dos nematicidas comerciais de origem renovável”, complementa o pesquisador.

Os resultados também evidenciaram que a combinação entre alguns materiais eliminou o efeito fitotóxico observado para alguns dos candidatos, quando avaliados de forma individual. “A partir do conjunto de dados, foi possível verificar que há efeito bifuncional para algumas das combinações, sendo evidenciada a redução do fator de reprodução do fitonematoide e o desenvolvimento vegetativo das plantas de soja, observações que foram constatadas a partir da avaliação de outros parâmetros”, avalia Rodrigues.

Atualmente, os processos produtivos dos extratos vegetais e fúngicos estão em fase de transferência para as empresas parceiras, as quais pretendem realizar os estudos de viabilidade de escalonamento, produção dos insumos e validação dos ativos em experimentos de campo, incluindo a avaliação em outras plantas de interesse econômico.

A validação dos ativos nessas fases permitirá que os produtos possam ser registrados e comercializados por empresas produtoras de defensivos agrícolas e, por sua vez, disponibilizados para produtores de diferentes culturas de interesse agronômico.

 Obtenção de extrato ativo a partir de microalga

Realizado em parceria com o Grupo Boticário (Cencoderma) e apoio da Embrapii, o principal resultado obtido pelo projeto Belas Artes foi a seleção de 10 linhagens produtoras de corantes naturais com potencial aplicação na indústria de cosméticos, sendo duas microalgas, duas leveduras, quatro fungos filamentosos e duas bactérias.

A escolha das linhagens foi feita após a análise minuciosa de mais de 20 mil microrganismos e microalgas da coleção de microrganismos da Embrapa Agroenergia, na qual foram levados em consideração fatores como atratividade da cor, tempo de crescimento do microrganismo, facilidade de extração do corante e conhecimento prévio do microrganismo e do corante.

“A obtenção de corantes por via biotecnológica irá impactar positivamente um mercado ávido por inovação e sustentabilidade, pois se trata de uma solução ainda não viabilizada nessa classe de ingredientes. Com isso, esperamos avançar na adoção de ingredientes biotecnológicos pela indústria de cosméticos brasileira”, diz Patrícia Abrão, pesquisadora da Embrapa Agroenergia e líder do projeto.

Ao todo, a equipe de pesquisa analisou um total de 200 cepas de fungos e bactérias, 60 cepas de leveduras e 15 cepas de microalgas aptas à produção de corantes, purificadas e preservadas. O material selecionado foi organizado e registrado na coleção de microrganismos da Embrapa Agroenergia e registrado no sistema corporativo Alelo Micro.

 Bioinsumo nutracêutico obtido a partir de resíduos de cogumelo 

Um bioinsumo nutracêutico obtido a partir de resíduos de cogumelos é o principal resultado obtido pelo projeto MycoBioativos, desenvolvido pela Embrapa Agroenergia em parceria com as empresas Zucca Alimentos e Neofungi, com o apoio do Sebrae e da Embrapii. A equipe de pesquisa desenvolveu um processo para a obtenção de extratos brutos ricos em betaglucanas a partir de aparas de três espécies de cogumelos de importância comercial.

Os extratos também foram caracterizados quanto à presença de outras substâncias bioativas com potencial atividade antioxidante. Esse tipo de bioinsumo pode ser utilizado na formulação de diferentes produtos industriais, como alimentos, cosméticos, produtos agropecuários e veterinários, além de servir como insumo para a indústria farmacêutica.

“Com isso, esperamos um aumento do portfólio de produtos da cadeia produtiva, além dos próprios cogumelos frescos ou secos, e de insumos com betaglucanas e carotenoides para a formulação de diferentes produtos para diversos setores da indústria”, conclui Félix Siqueira, pesquisador da Embrapa Agroenergia e líder do projeto. Atualmente, o insumo se encontra em fase de implementação na planta-piloto industrial disponível na Embrapa Agroenergia. O objetivo, segundo Siqueira, é alcançar a escala industrial para realizar uma avaliação técnico-econômica. 

Assista aqui ao vídeo que apresenta os resultados obtidos das parcerias firmadas com a Embrapa Agroenergia para o desenvolvimento de insumos biológicos a partir de processos ambientalmente renováveis.

Irene Santana (Mtb 11.354/DF)
Embrapa Agroenergia

Fonte: Embrapa

 

Terça, 24 de Maio de 2022
Declaração Anual de Rebanho será mais completa
Declaração Anual de Rebanho será mais completa Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

O prazo para Declaração Anual de Rebanho, obrigatória para os produtores rurais,  terá início em 1º de junho e se estenderá até 31 de outubro. Este ano a atualização cadastral será mais completa, com informações mais detalhadas sobre a propriedade rural e os sistemas de produção animal.

“São detalhamentos técnicos que vão nos possibilitar fazer um cenário mais aperfeiçoado do tipo de produção, em cada espécie animal, que o Rio Grande do Sul tem. Não são informações que o produtor já não saiba. Mas, vamos tornar nosso sistema ainda mais robusto”, explica o chefe da Divisão de Controle e Informações Sanitárias da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (DCIS/Seapdr), Francisco Nunes Lopes.

A Declaração Anual de Rebanho contará com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos deverão ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada na propriedade, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, entre outros. No formulário de caracterização da propriedade, há campos novos, como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais terão questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros.

Conforme Francisco, a maior quantidade de dados captados pela nova Declaração Anual de Rebanho permitirá delinear um perfil mais completo sobre a produção pecuária no Rio Grande do Sul. “Quanto mais robusto for nosso sistema, mais conseguimos comprovar o controle sanitário do Estado, e isso vai abrir mercados e portas. A China é nosso principal comprador, mas queremos ter uma gama maior de compradores que pagam mais. A nova declaração e a inteligência de dados é um passo muito importante para conseguirmos evoluir cada vez mais no mercado internacional”, explica.

Este ano, os formulários estarão disponíveis no link www.agricultura.rs.gov.br/declaracao e poderão ser entregues de duas formas. Na primeira, o produtor comparece à Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária de referência e informa verbalmente os dados a serem lançados. Com uma opção fácil de geração de senha de Produtor Online, ele assina digitalmente a declaração. Na segunda opção, o produtor baixa os formulários no site da Seapdr, preenche e os entrega na IDA ou EDA do seu município. A expectativa é que, no próximo ano, os produtores possam fazer a declaração online, diretamente pelo Sistema de Defesa Agropecuária (SDA).

A Declaração Anual de Rebanho é obrigatória. Os produtores inadimplentes terão bloqueio do seu cadastro no SDA, não sendo possível a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) a partir de 1º de dezembro.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR ELAINE PINTO

Terça, 24 de Maio de 2022
Projeto Campo Futuro inicia levantamentos de custos de produção em 2022
Projeto Campo Futuro inicia levantamentos de custos de produção em 2022 Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Brasília (23/05/2022) – O Sistema CNA/Senar inicia nesta semana os levantamentos de custos de produção agrícolas e pecuários de 2022 do Projeto Campo Futuro, iniciativa que está no seu 15º ano de execução.

Os primeiros encontros reúnem produtores de pecuária de leite de Treze Tílias e de Braço do Norte, em Santa Catarina, nos dias 24 e 26, respectivamente. No dia 24, o painel será de café arábica, com cafeicultores da região de Franca (SP). O painel destinado aos produtores de cana-de-açúcar de João Pessoa (PB) ocorre no dia 27.

Diante das dificuldades impostas pela pandemia, o modelo de execução do projeto manterá as adaptações incorporadas em 2020, tendo como princípio a condução dos painéis em formato online.

O Campo Futuro será executado em 141 municípios, distribuídos em 21 estados brasileiros. A iniciativa conta com o apoio das Federações de Agricultura e sindicatos rurais, além da participação dos produtores rurais locais. “O foco está na ampliação das informações geradas para as tomadas de decisão dos produtores rurais, visando à melhoria de suas margens de lucro”, afirmou o assessor técnico na CNA, Thiago Rodrigues.

Os dados oriundos das 11 atividades agropecuárias pesquisadas – aquicultura; avicultura; cafeicultura; cana-de-açúcar; cereais, fibras e oleaginosas; fruticultura; horticultura; pecuária de corte; pecuária de leite; silvicultura e suinocultura – contribuirão para a identificação de estratégias de comercialização, formação de custos de produção e nível tecnológico das atividades desenvolvidas nas principais regiões produtoras do Brasil.

Além disso, favorecerá a geração de informações para análises de mercado, tomada de decisão, prospecção de capacitações e estudos de políticas voltadas para aumento da eficiência e melhoria da competitividade do setor agropecuário.

São parceiros do Sistema CNA/Senar na realização do Projeto Campo Futuro o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Centro de Inteligência de Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA), Pecege (Esalq/USP) e Labor Rural (Universidade Federal de Viçosa - UFV).

Primeiros painéis Campo Futuro de 2022:

24/5 - Pecuária de Leite/ Treze Tílias (SC) – 13h30
24/5 - Café Arábica/ Franca (SP) – 14h
26/5 - Pecuária de Leite/ Braço do Norte (SC) – 13h30
27/5 - Cana-de-açúcar/ João Pessoa (PB) – 13h30

Assessoria de Comunicação CNA
Foto: Marcos Giesteira
Telefone: (61) 2109-1419
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Segunda, 23 de Maio de 2022
Fenasul Expoleite encerra com desfile de campeões e sensação de dever cumprido
Fenasul Expoleite encerra com desfile de campeões e sensação de dever cumprido Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

O encerramento da Fenasul Expoleite contou com o desfile dos animais grandes campeões, neste domingo (22/5), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Ao todo, 37 exemplares, de diferentes raças e espécies, "desfilaram" pela pista e foram aplaudidos por autoridades, representantes de entidades, produtores e público em geral. A cerimônia foi marcada pela emoção após dois anos de muitos desafios. O retorno presencial do evento e uma manhã de tempo firme trouxeram um público significativo ao parque, repetindo o que já havia ocorrido em termos de presença nos outros dias da exposição. Nos cinco dias do evento, cerca de 20 mil pessoas passaram pelos estandes e viram o melhor da produção agropecuária gaúcha.

Representando o governador do Estado Ranolfo Vieira Júnior, o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Domingos Velho Lopes, disse que a feira demonstrou sua consolidação, fortificou a cadeia leiteira no Estado e uniu entidades novamente em torno de interesses comuns. Em seu discurso, ressaltou a importância da construção de harmonia no Rio Grande do Sul, em diferentes aspectos, fazendo analogia à convivência harmoniosa dos animais dentro do Parque Assis Brasil. “Precisamos buscar a evolução social da nossa sociedade e, respeitadas as diferenças, é necessário que busquemos a valorização da autoestima do produtor rural, a harmonia entre o campo e a cidade, entre o desenvolvimento sustentável e o respeito ao meio ambiente”, destacou.

"É necessário que busquemos a valorização da autoestima do produtor e a harmonia entre o campo e a cidade", afirmou Lopes - Foto: Divulgação/Seapdr

O secretário aproveitou ainda para parabenizar o trabalho da equipe de servidores da Seapdr, mencionando os funcionários da área de defesa sanitária que atuaram na recepção dos animais e durante toda a Fenasul Expoleite. “Encontrei quadros da maior capacidade intelectual e de compromisso dentro da Secretaria da Agricultura. Estamos trabalhando para resgatar a fiscalização instrutiva e não punitiva, assim como nós, produtores, temos que saber da importância da fiscalização sanitária para o bem comum e para a valorização das nossas atividades. Este é o caminho, o da construção das soluções”, afirmou Lopes.

O prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal, disse que antes de qualquer manifestação gostaria de agradecer a todos que tornaram o evento possível. "Às nossas equipes da Prefeitura de Esteio, Parque de Exposições Assis Brasil e de todas as associações, que trabalharam ao longo das últimas semanas para montar uma programação e uma estrutura que deu ainda mais vida para essa Fenasul. Nós já podemos dizer, com absoluta segurança, que fizemos a maior Fenasul da história. E digo sem medo de errar, e isso nos anima a fazer ainda mais, para o ano de 2023, na 17ª Fenasul e Expoleite, que já tem data marcada”, salientou. O evento ocorrerá de 17 a 21 de maio de 2023.

O presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, abriu os discursos exaltando a união das entidades para a realização do evento, assim como de todos os colaboradores e trabalhadores que estiveram no parque nestes cinco dias. "Temos que agradecer aqueles que fizeram essa feira possível. Nós temos a vontade de fazer e é um ponto alto de estarem aqui para ver a genética do nosso Estado. Conseguimos agregar e juntar, independentemente da raça e da espécie. Participaram Holandês, Jersey, equinos, búfalos e o gado de corte aqui representado pelo Simental. Temos que ter o mesmo afinco e conhecimento para gerir esta feira", salientou.

Já o presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), João Francisco Bade Wolf, seguiu também esta linha de agradecer a cada associação participante que ajudou na construção da Fenasul Expoleite deste ano e que culminou no seu sucesso. "Conseguimos trazer as mais diversas criações, do coelho ao búfalo, o que é muito importante para nós. E esperamos no ano que vem, quem não conseguiu vir, vendo este sucesso, venha para aumentar cada vez mais a participação de animais e de público. E que esta seja uma grande prévia do que vem pela frente para a Expointer. Quero parabenizar os cabanheiros e os criadores que trouxeram estes animais maravilhosos", observou.

O diretor administrativo e coordenador da Comissão de Exposições e Feiras da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Francisco Schardong, afirmou, por sua vez, que o Parque Assis Brasil mostra que o trabalho está a pleno. “O Parque está pronto e apto para fazer uma grande Expointer. O sucesso da Fenasul Expoleite muito se deve à interação de Esteio, abraçando esta feira como deve ser feito pelo município onde é realizada,” destacou.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Segunda, 23 de Maio de 2022
Integração de dados ainda é desafio no agronegócio
Integração de dados ainda é desafio no agronegócio Fonte: Dialetto

86% das empresas não conseguem compartilhar e analisar as informações obtidas através de dispositivos tecnológicos de forma eficaz

O agronegócio está repleto de pessoas e organizações querendo inovar. Não faltam tecnologias para o setor — drones, sensores, controladores e softwares dos mais diversos se tornam cada vez mais presentes no dia a dia do campo. Mas a pergunta que surge é: como obter resultados efetivos nesse cenário? De acordo com uma pesquisa da Inmarsat que incluiu corporações da agricultura, cerca de 86% das empresas não estão conseguindo compartilhar e analisar os dados obtidos através de dispositivos tecnológicos de forma eficaz. 

“O que vemos, basicamente, são dados e mais dados sendo gerados a partir de tecnologias. No entanto, de nada adianta termos abundância de informações se não agirmos com análise e gestão em cima delas. E, para cumprir esse desafio, a palavra-chave é integração de dados”, explica Rafael Borelli, Gerente Comercial de Soluções na divisão de Agricultura da Hexagon, que desenvolve soluções digitais para os setores agrícola e florestal.

 

Por exemplo, uma operação pode contar com um drone capaz de avaliar a plantação e gerar um mapa de recomendação de insumos e, ao mesmo tempo, um controlador para aplicação precisa em campo. Porém, se não for possível integrar o mapa de recomendação com o controlador, nenhuma das duas tecnologias conseguirá exercer o seu potencial e trazer resultados. 

 

Essa integração é um desafio, sobretudo quando se tratam de soluções de diferentes fornecedores. Isso porque a realidade do agronegócio digital é recente. Há cinco anos,  ainda era comum que as empresas mantivessem seus próprios data centers, em servidores internos. A nuvem é uma novidade nesse cenário, e agora que estão começando a surgir novas ferramentas capazes de utilizar esse potencial da cloud para tornar mais fáceis e ágeis as integrações de informações.

Borelli explica que, na divisão de Agricultura da Hexagon, todos os softwares já possibilitam algum nível de integração, seja com o sistema de gestão (ERP) da empresa agrícola que utiliza as soluções da divisão, seja com dados de outras corporações que fornecem recursos diferentes para esse cliente. “Não trabalhamos com estações meteorológicas, por exemplo, mas podemos fazer uma conexão dos dados gerados pelos nossos equipamentos com os de uma instituição que tenha expertise em condições climáticas, levando informações unificadas e centralizadas para o gestor agrícola”, comenta o Gerente Comercial. 

Essa integração facilita o entendimento do negócio e, com isso, garante mais agilidade e assertividade na tomada de decisões, trazendo produtividade e redução de custos para as operações agrícolas. Para isso, também é fundamental que esses dados integrados sejam apresentados de forma clara e, sobretudo, cruzados e avaliados constantemente em relação aos indicadores de desempenho (KPIs) da empresa. Plataformas de Business Intelligence, que criam visões conforme a necessidade das companhias, são interessantes nesse cenário, facilitando a análise e gestão de resultados e planejamentos futuros. 

“Dados não faltam no mercado agro. Agora, o que precisamos é trabalhar na integração, para termos informações cada vez mais unificadas a partir de tecnologias de centralização e processamento de alto nível. Esse é o futuro, que se aproxima ainda mais com a expansão da conectividade e a chegada do 5G”, reforça Rafael Borelli. O crescimento de profissões como cientistas de dados e o aprimoramento de tecnologias como inteligência artificial e machine learning também colaboram com essa perspectiva. “É a partir dessas novidades que vamos conseguir trabalhar com tantas informações que são geradas em campo, seja de um único ou de vários fornecedores, resolvendo problemas e gerando mais produtividade para o agronegócio”, complementa.  

Fonte: dialetto.com.br

Segunda, 23 de Maio de 2022
Inscrições abertas para Dia de Campo sobre Fruticultura em Rio Pardo
Inscrições abertas para Dia de Campo sobre Fruticultura em Rio Pardo Fonte: Emater

Agricultores, estudantes, técnicos e público em geral podem se inscrever para participar do Dia de Campo sobre Fruticultura. A atividade acontece no Parque da Expoagro, no município de Rio Pardo, no dia 23 de junho, a partir das 13h. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo link https://forms.office.com/r/LvxsMrPPMn. O evento é promovido pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Embrapa, Afubra e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

No Dia de Campo os participantes poderão percorrer as estações temáticas sobre citricultura, viticultura, noz-pecã, implantação de pomares e benefícios das frutas para nutrição. O extensionista rural da Emater/RS-Ascar Vivairo Zago explica que os temas foram escolhidos considerando as características da região, o cultivo das frutas em propriedades e o potencial de comercialização.

Segundo o extensionista a citricultura, especialmente o cultivo de laranja e bergamota, é a atividade mais presente nas propriedades rurais, seja para subsistência ou como fonte de renda. "Os citros são culturas muito populares nas propriedades familiares da região". A pecanicultura familiar possui uma área representativa na região, cerca de 930 hectares, tanto em pomares comerciais quanto nas propriedades familiares. A noz-pecã é cultivada em áreas de relevo ondulado "dobradas", que não são mecanizadas e também em sistema silvipastoril, em consórcio com a criação de animais. "A gente vê que é necessário trabalhar bastante a pecanicultura familiar para melhorar os indicadores de qualidade e produtividade e tornar essa cultura viável para as propriedades familiares", observa Zago.

Uma cultura com grande potencial na região é a viticultura. As condições de solo e clima favorecem o cultivo de uvas. No entanto, a cultura não é explorada em todo o seu potencial. "Queremos despertar o interesse dos produtores, especialmente o baixo Vale do Rio Pardo, a trabalhar a viticultura como uma opção de renda, inclusive com possibilidade de alta rentabilidade, com mercado na região. Se plantar e manejar de forma correta, a uva é uma alternativa tanto na questão de uva de mesa para consumo in natura como para agroindústrias na produção de sucos", frisa o extensionista.

A quarta estação temática que será apresentada abordará a implantação de pomares. Um tema amplo, mas importante para o cultivo de qualquer espécie frutífera. De acordo com Zago, independente da cultura o manejo básico de plantio é o mesmo, com questões que envolvem ações como análise, correção e manejo do solo, adubação inicial e localização. "Esses temas são válidos para todas as espécies frutíferas que o agricultor for implantar, seja uva, pêssego, noz-pecã. A gente vê muito problema em pomares que foram implantados sem esse planejamento inicial. São pomares com problemas de baixa produtividade, plantas que não desenvolvem e por isso esse será um tema abordado", comenta.

Na última estação será abordada a utilização das frutas para a nutrição. Nessa temática o público irá receber orientações sobre os benefícios que o consumo destas frutas trabalhadas nas estações traz quando utilizadas alimentação. "Pensando na produção de subsistência, a propriedade tendo frutas e verduras para consumo da família é uma forma saudável para o agricultor ter dentro da propriedade o seu alimento".

Zago ainda destaca que na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Soledade, a fruticultura é uma atividade com grande potencial para as propriedades familiares, especialmente no Vale do Rio Pardo. "É uma atividade que gera alta rentabilidade por hectare, mas exige planejamento. Pensando no agricultor familiar, existe um potencial muito grande para explorar as cadeias curtas, como feiras, mercados menores que podem comprar as frutas direto dos produtores. O produtor que começou a produzir, que gostou da atividade, pode pensar em comércios maiores como a Ceasa, uma distribuição para mercados maiores. Então, existe um enorme potencial para a fruticultura, não apenas as que estaremos trabalhando nesse dia, mas precisa ter um planejamento, uma vontade do agricultor e trabalhar tecnicamente que vai ser tornar uma atividade econômica viável dentro da propriedade familiar".

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Soledade
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Fonte: Emater

Segunda, 23 de Maio de 2022
Senar-RS leva a Passo Fundo o segredo da produção de leite na Nova Zelândia
Senar-RS leva a Passo Fundo o segredo da produção de leite na Nova Zelândia Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Nova Zelândia é um dos maiores produtores de leite do mundo, com produção média de 22 bilhões de litros anuais – dos quais 96% são exportados para 140 países. O volume de produção extraordinário desta ilha da Oceania deriva de uma série de fatores, entre eles, o isolamento geográfico, que protege a saúde do rebanho. O país ainda conta com excelentes condições climáticas, solo fértil para a produção de forragens, muita água e tecnologia de ponta para ampliação de desempenho.

O segredo desse sucesso ainda é uma incógnita para parte da cadeia produtiva do leite brasileira. Mas produtores, técnicos, estudantes e demais interessados pela pecuária de leite poderão desvendar esse segredo no Seminário Fundamentos de Produção e Qualidade do Leite da Nova Zelândia. O evento, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) e Embaixada da Nova Zelândia no Brasil, será realizado no dia 26 de maio, em Passo Fundo.

Técnico em Formação Profissional Rural do Senar-RS, Pedro Faraco afirma que o seminário será uma oportunidade para troca de informações, e obtenção de um conhecimento bastante rico, que poderá inspirar ações e alternativas para serem aplicadas localmente.

“Tem muitas coisas que podemos trazer de ensinamento, claro, sempre observando nossa realidade. Não adianta querer copiar ‘tal e qual’, mas há informações que podem ser inseridas, implantadas nas propriedades. Conhecimentos sobre genética, higiene, qualidade de ordenha, questões legais, auditorias, fiscalização. Além disso, há aspectos sobre manejo de pastagens e bem estar animal que são observados por lá e que podemos observar por aqui”, diz Faraco.

O entendimento dos especialistas é que o Brasil, por ter áreas com grande insolação, água em abundância e espaço para produzir pastagens, tem condições para disparar no mercado lácteo internacional. Mas para isso, é preciso ajustar dificuldades como custo de produção, logística e qualidade do produto, e mesmo das pastagens - tratadas pelos neozelandeses com o mesmo cuidado dedicado à produção de grãos.

Por isso, a programação do seminário inclui algumas dessas temáticas. Ernesto Coser Netto, do Grupo Tru-Test, fará a palestra “O uso de novas tecnologias no manejo de pastagens: a experiência neozelandesa aplicada à realidade brasileira”. O alimento do gado também é o foco de Homero De Boni Junior, da PGG Wrightson Seeds do Brasil, que falará sobre como os neozelandeses usam a pastagem para aumentar a rentabilidade da produção de carne e leite.

O coordenador da Aliança Láctea Sul Brasileira, Airton Spies, abrirá o evento, falando sobre as  perspectivas e desafios da produção do leite na Região Sul. O bem estar animal será tema da fala de Diego Lima, da Simcro. 

“É algo bastante importante, já que temos nossas próprias legislações, que devem ser seguidas para que o produtor esteja enquadrado em uma produção segura, sustentável e de acordo com o que mercado consumidor busca”, valoriza Faraco.

Para encerrar o evento, três produtores de leite neozelandeses compartilharão suas experiências sobre gestão e sucessão das propriedades rurais, em participação online e com tradução simultânea. Ao longo de todo o evento, haverá espaços reservados para perguntas dos participantes.

“Vamos ter um dia de bastante interatividade, com representantes da Embaixada e do governo da Nova Zelândia, do presidente da Farsul [Gedeão Pereira], do superintendente do Senar-RS, [Eduardo Condorelli], e da Secretaria de Agricultura do Estado. É um dia de muita troca de informações, novidade e bons conteúdos”, garante.

Seminário Fundamentos de Produção e Qualidade do Leite da Nova Zelândia.

Quando: 26 de maio, a partir das 9h

Onde: Gran Palazzo Centro de Eventos (Rua Antônio Marinho de Albuquerque, 1.275. bairro Valinhos, passo Fundo)

Quanto: gratuito

Informações e inscrições: www.senar-rs.com.br/inscricao

 

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

            ASCOM/Padrinho Conteúdo - Tatiana Py Dutra