Um sistema novo para garantir a segurança no campo e manter o patrimônio dos agricultores brasileiros. Esse é o Sinal Agro, sistema de registro de furtos e roubos de animais e maquinário agrícola lançado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na última semana.
“O objetivo é agilizar a comunicação de abigeato, que é o furto de animais do campo como bovinos e equinos, e também o roubo e furto de maquinários e defensivos agrícolas, que têm alto valor agregado”, diz nota da PRF.
Como acessar Sinal Agro
Para fazer o registro, o usuário deve entrar na página da PRF na internet e clicar no ícone correspondente, seguindo o passo a passo determinado. Após receber a comunicação, a PRF vai analisar e validar a ocorrência que será disparada para todos os policiais em um raio de 200 quilômetros (km) por meio de um alerta no smartphone funcional. O registro também poderá ser feito por telefone pelo número de emergência da PRF, o 191.
O serviço funcionará 24 horas por dia e no futuro será integrado a sistemas em funcionamento dos estados para garantir o aumento da cobertura de atendimento.
Segundo a PRF, o registro no sistema Sinal Agro não substitui o boletim de ocorrência que deverá ser emitido pela Polícia Civil.
A PRF alerta também que, em caso de falsa comunicação por meio do sistema, o cidadão poderá incorrer em crime previsto no Artigo 340 do Código Penal, e está sujeito a pena de detenção, de um a seis meses, ou multa.
Fonte: Canal Rural - Agência Brasil
Imagem: aeroin.net
No mercado de soja, já é possível perceber que o foco dos negócios está mudando, com as esmagadoras instalando um certo protagonismo no estado do Rio Grande do Sul, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os preços de pedra CIF Panambi foram cotados em R$158,00, tiveram perda de R$2,00/saca”, comenta.
“Os preços de lotes pagamento em abril/maio foram a R$184,50, perda de R$4,50/saca em relação as últimas cotações. Por fim, os preços nos lotes podem ser vistos na tabela acima e respondem a lógica do tripé prêmios-Chicago-dólar, com o dólar marcando perda, Chicago em queda durante a manhã e os prêmios mudando. Ademais, negócios foram feitos na faixa de manutenção, cerca de 10.000 toneladas vendidas”, completa.
Em Santa Catarina os preços caem consideravelmente, mas o mercado continua travado. “Em Santa Catarina o mercado já estava travado a preços altos; agora, com os preços mais baixos, prossegue da mesma forma. A saca de soja no porto de São Francisco do Sul para setembro foi cotada hoje a R$172,00, marcando uma queda de ao menos R$4,00 nos preços m relação às últimas indicações. O interesse se mostra mais presente nos preços de milho por parte do vendedor, pois os preços se aproximam muito mais do ideal, mas também está difícil para esses lados”, indica.
Com dólar em queda e Chicago inalterado o mercado ficou em silêncio no Paraná. “Os volumes saídos são mais para manutenção, o vendedor aguarda as melhores ideias possíveis que parecem não chegar nunca. Os valores por todo o Estado caíram em até 3,59% nesse começo de semana, obviamente uma variação bastante considerável para baixo, o que não incentivou em nada os negócios, fazendo com que o produtor desaparecesse”, conclui.
Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems
Entre janeiro e junho de 2021, o valor de sinistros no seguro rural totalizou R$ 1,7 bilhão, de acordo com os dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). No acumulado dos últimos 10 anos, em valores atualizados, o montante total indenizado pelas seguradoras foi de R$ 15,2 bilhões.
Para Guilherme Bastos, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA-Mapa), o volume elevado de indenizações pagas aos produtores demonstra que o seguro rural é um dos instrumentos mais importantes que o produtor possui à sua disposição para mitigar determinados riscos da atividade agropecuária. “O produtor rural precisa incorporar o seguro no seu custo de produção, deve ser um item permanente em todas as safras, o custo benefício da contratação é vantajoso, ainda mais se considerarmos o auxílio financeiro do governo federal na aquisição da apólice”.
O montante pago em 2021 é um pouco inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 1,8 bilhão. Em 2020, o valor total pago pelas seguradoras aos produtores rurais que contrataram seguro rural fechou em R$ 2,5 bilhões. Já
Ao contratar uma apólice de seguro rural, o produtor pode minimizar suas perdas em caso de quebra de safra, ao recuperar o capital investido na sua lavoura. O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) oferece ao produtor a oportunidade de segurar sua produção com custo reduzido, por meio de auxílio financeiro do governo federal. Atualmente o percentual de subvenção ao prêmio pode variar entre 20% e 40% do valor da apólice, a depender da atividade e cobertura contratada.
Guilherme Bastos ressalta que o produtor rural precisa incorporar a cultura do seguro, como já acontece em outros países. “O seguro rural é uma proteção indispensável para a produção agropecuária, ajuda a manter a capacidade financeira do produtor em caso de perdas e evita a necessidade de renegociar o custeio da safra. Nas últimas safras ocorreram diversos eventos climáticos severos em algumas regiões do país, aquele produtor que tinha contratado o seguro não teve tanta preocupação, já os demais que não contrataram podem estar com dificuldades de financiamento”.
Subvenção
O Mapa atualizou os dados de indenizações pagas pelas seguradoras aos produtores no ano de 2020, no âmbito do PSR. Diferentemente dos dados da Susep, que contemplam todas as operações do mercado de seguros e contabilizam todos os valores pagos em 2020, independente do ano de contratação da operação, os dados divulgados do PSR consideram apenas as apólices contratadas com subvenção naquele ano, independente de quando as indenizações foram pagas.
No total foram pagos R$ 1,1 bilhão em indenizações pelas seguradoras aos produtores que contrataram apólices em 2020 com apoio do PSR, as indenizações foram pagas aos produtores de todas as regiões do país. Os três estados com mais indenizações foram Paraná (R$ 286,5 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 268,4 milhões) e São Paulo (R$ 147,9 milhões).
Em seguida temos Goiás com R$ 95,9 milhões, Mato Grosso com R$ 95,2 milhões, Santa Catarina com R$ 93,3 milhões e Mato Grosso do Sul com R$ 66 milhões.
O principal evento climático que causou as perdas foi a seca, responsável por R$ 684 milhões em indenizações, pouco mais de 60% do total indenizado. Depois da seca, temos o granizo que ocasionou 15,7% das indenizações, além da chuva excessiva (9,6%) e da geada (9,3%). Os dados completos de sinistros do PSR podem ser consultados no site do Mapa.
Contratação
O produtor que tiver interesse em contratar o seguro rural deve procurar um corretor ou uma instituição financeira que comercialize apólice de seguro rural. Atualmente, 15 seguradoras estão habilitadas para operar no PSR. A subvenção econômica concedida pelo governo federal pode ser pleiteada por qualquer pessoa física ou jurídica que cultive ou produza espécies contempladas pelo Programa e que não tenha restrição financeira com a União.
Em 2021, serão disponibilizados aos produtores R$ 924 milhões para subvencionar a contratação de apólices de seguro rural. Desse total, aproximadamente R$ 800 milhões já foram utilizados, o restante deve ser consumido até o final do mês de setembro. Ao contrário dos anos anteriores, quando os recursos do PSR eram disponibilizados mensalmente, o que ocasionava muito atraso na confirmação do acesso do produtor ao Programa, este ano o orçamento foi disponibilizado de uma única vez, possibilitando mais celeridade no processo. “Com esse modelo ganhamos muita agilidade, antes o produtor ficava em uma fila e poderia demorar meses para saber se foi contemplado ou não com a subvenção, agora no mesmo dia que ele faz a contratação da apólice junto ao corretor ou instituição financeira, já pode ter a resposta sobre o acesso ao PSR”, explicou Guilherme Bastos.
Para o produtor rural verificar se sua apólice foi contemplada no programa basta acessar o site do Ministério.
Para mais informações sobre o PSR, faça o download do aplicativo. Basta acessar para Android e para IOS.
Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária
Nem todas as empresas de fertilizantes estão dispostas a vender 12 meses antes
As boas margens de lucro na agricultura, combinadas com a alta no preços dos insumos motivaram os produtores brasileiros a antecipar compras, aponta o Rabobank. “Os preços mais altos das commodities impactaram positivamente a demanda de fertilizantes do Brasil desde o ano passado”, refere relatório de Matheus Almeida, analista sênior da instituição.
De acordo com ele, após antecipar a compra de insumos agrícolas para a próxima safra de soja (2021/22), alguns produtores foram ao mercado no primeiro semestre em busca de volumes de fosfato e potássio para a safra de soja de 2022/23.
No entanto, destaca Almeida, “embora os agricultores estejam dispostos a comprar insumos mais cedo do que antes, nem todas as empresas de fertilizantes estão dispostas a vender 12 meses antes do prazo de entrega. Isso ocorre porque os produtores de fertilizantes no exterior não estão acostumados a trabalhar nesses termos e, como resultado, parte do risco relacionado à volatilidade dos preços teria de ser assumido pelos vendedores locais. Mesmo assim, algumas empresas conseguiram abastecer os agricultores e alguns negócios para a safra 2022/23 já foram concluídos”.
DESEMPENHO E PERSPECTIVAS
Ainda de acordo com o relatório do Rabobank, impulsionada pela expansão da área plantada e principalmente pelo aumento nas taxas de aplicação, a demanda por fertilizantes cresceu 12% em 2020. A performance do setor atingiu um total de 40,6 milhões de toneladas, surpreendendo até os analistas mais otimistas.
“O poder de compra favorável dos agricultores durante o 1S 2021 e as expectativas de margens maiores para as safras de soja, milho e algodão nesta temporada (2020/21) e na próxima (2021/22) serão os principais impulsionadores da demanda por fertilizantes neste ano. O recente aumento nos preços dos fertilizantes, bem como outros custos, reduziu o poder de compra dos agricultores, mas pode não afetar consideravelmente a demanda até o segundo trimestre de 2022”, explica Almeida.
O Rabobank prevê que a demanda por fertilizantes em 2021 aumentará 6%, para 43 milhões de toneladas. “As importações de fertilizantes de janeiro a junho de 2021 chegaram a 16,3 milhões de toneladas, 15% a mais que no mesmo período do ano passado. Para o ano, projetamos importações totais de 36,5 milhões de toneladas, um crescimento de 11% em relação ao ano anterior”, conclui.
Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems
Imagem: Marcel Oliveira
A China foi o principal destino das exportações brasileiras em julho, com participação de 35,2% do total, segundo análise divulgada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com base em dados do Ministério da Economia.
Os produtos mais embarcados para os chineses foram soja em grão, carne bovina in natura, celulose, açúcar de cana em bruto e carne de frango in natura.
O segundo destino mais relevante para as vendas externas de produtos agropecuários do Brasil foi a União Europeia (UE), responsável por 15% dos embarques. Em seguida ficaram os Estados Unidos, com 7,4%.
Completam a lista dos dez principais mercados para os produtos do agronegócio, conforme a CNA, a Tailândia (2,9%), Japão (2,4%), Vietnã (2,3%), Irã (2,2%), México (1,8%), Indonésia (1,8%) e Coreia do Sul (1,7%).
A CNA lembrou que as exportações do setor agropecuário em julho somaram US$ 11,3 bilhões, crescimento de 15,8% ante igual período de 2020, garantindo superávit comercial de US$ 10,1 bilhões para o setor.
A soja em grão foi responsável 35,3% das vendas externas do setor, com receita de US$ 4,0 bilhões, 15,3% acima do apurado em igual intervalo do ano passado.
O segundo item de maior peso foi a carne bovina in natura, com faturamento de US$ 902,6 milhões, 30,6% superior ao de julho de 2020.
Já no acumulado de janeiro a julho deste ano, os embarques do setor totalizaram US$ 72,7 bilhões, 19,9% a mais do que no período correspondente de 2020.
“Destaca-se que os preços das commodities mantêm sua tendência de recuperação, tendo a maioria dos produtos superado o nível dos preços pré-pandêmicos”, explicou a CNA no comunicado.
A entidade analisou também o desempenho de setores prioritários do Projeto Agro.BR, feito em parceria com a Apex Brasil para aumentar e diversificar a oferta de produtos do setor no exterior.
As exportações de pescados, em especial lagostas congeladas, foram as que mais cresceram no mês passado, 52,4% na comparação anual, atingindo receita de US$ 45,8 milhões. Os Estados Unidos foram destino de 66,2% destes produtos.
Também houve incremento de 29,6% das exportações de lácteos em julho, na mesma base de comparação, com receita de US$ 8,7 milhões. Argélia, Venezuela, Filipinas, Argentina e Paraguai concentraram 60,4% das vendas externas brasileiras do segmento.
Outros produtos cujos embarques aumentaram no mês passado em relação a julho de 2020 foram frutas (alta de 8,9%) e chá, mate e especiarias (3,3%).
Fonte: Portal DBO – Estadão Conteúdo
Imagem: brangex.com.br
A Bolsa Brasileira (B3) segue operando com os preços futuros do milho levemente mais altos nesta terça-feira (24) por volta das 11h49 (horário de Brasília).
O vencimento setembro/21 era cotado à R$ 95,50 com ganho de 0,26%, o novembro/21 valia R$ 96,52 com valorização de 0,63%, o janeiro/22 era negociado por R$ 98,00 com elevação de 0,61% e o março/22 tinha valor de R$ 97,94 com alta de 0,46%.
A análise da Agrifatto Consultoria destaca que a semana começou com os primeiros pregões da B3 operando praticamente “estáveis com as poucas novidades do mercado”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também se mantiveram elevados na manhã desta terça-feira na Bolsa de Chicago (CBOT) por volta das 11h38 (horário de Brasília).
O vencimento setembro/21 era cotado à US$ 5,40 com alta de 2,25 pontos, o dezembro/21 valia US$ 5,40 com valorização de 4,50 pontos, o março/22 era negociado por US$ 5,47 com ganho de 4,00 pontos e o maio/22 tinha valor de US$ 5,51 com elevação de 3,75 pontos.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho subiram com as classificações de safra mais baixas no relatório de progresso da safra do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgado ontem.
“As classificações de milho do USDA tiveram um impacto ligeiramente maior do que o esperado na semana passada, já que o estresse térmico continua a acelerar as velocidades de maturação na safra de milho de 2021 dos EUA”, destaca a analista Jacqueline Holland.
Fonte: Noticias Agrícolas - Guilherme Dorigatti
No início da tarde desta terça-feira (24), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago intensificam suas altas e sobem mais de 40 pontos nos principais contratos. O novembro, referência para a safra americana, vinha cotado a US$ 13,36 e o maio/22, US$ 13,41 por bushel. E parte dos ganhos do grão vem na carona do óleo de soja, que sobe mais de 3% na CBOT.
Segundo explicam os analistas e consultores de mercado, as altas do derivado acompanham o avanço de mais óleos vegetais em mais partes do globo, principalmente a Ásia, e também um movimento positivo de retomada das commodities diante de uma baixa do dólar. O dólar index, perto de 12h20 (Brasília), cedia 0,06% e frente ao real a perda era de 2,15% para R$ 5,27 - o que diminui, inclusive, a competitividade da soja brasileira.
O bom humor do financeiro não só derruba o dólar, como puxa as demais commodities e também as bolsas. O petróleo sobe mais de 2%, bem como o café, e o milho tem ganhos superiores a 1%.
Para a soja, além do óleo, do financeiro e do dólar, o estímulo vem também do lado da demanda. A China comprou mais soja nos EUA nesta terça-feira e estimulou o avanço das cotações.
E complementando o quadro, há ainda uma preocupação do mercado depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou uma piora nas lavouras americanas ontem em seu boletim semanal de acompanhamento de safras.
O índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições passou de 57% para 56% na semana. Há um ano, eram 69% dos campos em boas ou excelentes condições. O USDA informou ainda 28% dos campos em situação regular e 16% em condições ruins ou péssimas. Há uma semana, os números eram de 28% e 15%, respectivamente.
Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes
Imagem: embrapa.br
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu nesta terça-feira, 24, que o papel positivo da agropecuária para a mitigação de emissões e adaptação às mudanças climáticas deve ser reconhecido durante as discussões da COP26, que acontecerá em novembro em Glasgow, na Escócia. Ao participar do Fórum Brasil Pró Clima, a ministra destacou as ações já praticadas no Brasil para garantir a sustentabilidade na agricultura.
“Essas duas palavrinhas são mágicas: mitigação e adaptação. Tenho convicção de que a agricultura brasileira já vem fazendo isso há muito tempo, através de várias políticas públicas para estímulo de práticas como plantio direto, o Renovabio, o uso da segunda safra na mesma área, as florestas plantadas, a política de Bioinsumos que cresce cada vez mais. A experiência brasileira tem demonstrado que é possível atingir resultados expressivos a partir de uma abordagem equilibrada de sustentabilidade na agricultura. Entendemos que essa é a visão que deve prevalecer no âmbito das negociações da COP e para além de novembro”, disse.
A ministra enfatizou que é preciso mostrar que a agropecuária brasileira promove, além da geração de renda e da segurança alimentar, a conservação ambiental e destacou a importância do setor privado para carregar essa mensagem ao mundo. “Não há sustentabilidade a menos que todos os elos da cadeia estejam envolvidos e comprometidos”.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Orlando Ribeiro Leite, também participou do evento e disse que o Mapa vai aproveitar a COP26 para apresentar programas que representam o que há de mais moderno na agricultura brasileira, como o Plano ABC+ e o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Segundo ele, um dos maiores desafios do agro brasileiro é a percepção no exterior sobre a sustentabilidade no país.
“É preciso diferenciar o problema que temos do problema da imagem. No imaginário popular europeu, a Amazônia está queimando, estão extraindo madeira do coração da Amazônia, e a gente sabe que não é isso. Estamos empenhados para chegar em 2030 sem desmatamento ilegal”, disse o secretário, ressaltando que é preciso contar com a iniciativa privada brasileira e internacional para chegar a essa meta.
O presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Marcelo Thomé, garantiu que o setor industrial já assumiu responsabilidade com a agenda ambiental.
“A sustentabilidade está no DNA da indústria, que busca eficiência e economia de recursos para se tornar mais competitiva e atender às exigências do mercado internacional. O mundo cobra do Brasil responsabilidade ambiental e o setor privado tem interesse em se manter alinhado com os acordos internacionais”, disse.
Regularização Fundiária
A regularização fundiária foi apontada pelos participantes como uma das ações para combater o desmatamento ilegal no país, especialmente na Amazônia. O secretário Orlando Ribeiro lembrou que grande parte do desmatamento ilegal ocorre em terras que não têm propriedade.
O representante da CNI também enfatizou que a regularização fundiária é uma das ações mais efetivas para o combate ao desmatamento. “O ilícito acontece na terra que não tem dono, porque quando tem dono o Estado tem a quem imputar a responsabilidade. A regularização fundiária, além de ser um mecanismo crucial para o combate ao desmatamento é também um mecanismo de desenvolvimento econômico”, disse Marcelo Thomé.
Fonte: Canal Rural
O indicador que mede o clima econômico na América Latina, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentou recuperação no terceiro trimestre e chegou ao maior patamar desde o primeiro trimestre de 2018. Para calcular o índice, a fundação ouviu 149 especialistas em economia de 15 países da região.
A Sondagem da América Latina mostra que o Indicador de Clima Econômico (ICE) subiu de 81,2 pontos do segundo trimestre para 99,7 pontos no terceiro. O patamar de 100 pontos é considerado neutro, e somente valores acima de 100 configuram um clima favorável para os negócios.
A recuperação do indicador ocorreu na percepção da situação atual (ISA), que melhorou de 28,2 pontos para 59,1 pontos. A melhora é atribuída ao cenário internacional mais favorável e ao avanço da imunização contra a covid-19 na região, ainda que irregular.
Já o indicador que mede as expectativas dos especialistas para o futuro (IE) teve recuo de 156 pontos para 150,6 pontos. Nesse caso, a FGV cogita que o movimento esteja associado a incertezas sobre os efeitos das novas cepas do SARS-CoV-2.
Entre os dez países pesquisados, o Paraguai é o que apresenta a melhor avaliação do clima econômico, com 125,1 pontos. Em seguida estão Brasil (116,5), Chile (104,1) Peru (102,0) e Colômbia (101,1). Os demais países foram avaliados pelos especialistas ouvidos pela FGV com clima econômico desfavorável. É o caso do México (92,4), Uruguai (79,2), Equador (77,9), Bolívia (73,2) e Argentina (60,3).
A pesquisa elevou a previsão de aumento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) do conjunto dos países pesquisados em 2021. No segundo trimestre era esperado um crescimento de 4,3%, enquanto que no terceiro trimestre a previsão aumentou para 5,4%. A pesquisa projeta que Peru (9%), Chile (8%) e Colômbia (6,4%) terão os maiores crescimentos, e os demais ficarão abaixo da média regional. Para o Brasil, a projeção é de uma alta de 5,2% no PIB.
O estudo da FGV mostra que problemas de desabastecimento de insumos e/ou matérias primas estão afetando a economia da América Latina de forma grave para um em cada quatro especialistas ouvidos. A pesquisa ressalta que quanto maior e mais diversificado é o parque produtivo de um país, maior é a probabilidade de haver impactos desse desabastecimento.
No caso do Brasil, 46,2% dos especialistas acreditam que o país está sendo afetado de forma grave e outros 46,2% responderam que os impactos são moderados ou leves. Somente 7,7% afirmaram que a economia brasileira não está enfrentando esse tipo de problema.
Outro aspecto avaliado na sondagem foi sobre quanto tempo deve durar o cenário de valorização do preço das commodities, que impulsiona a economia da região. Para 58,5% dos entrevistados, o cenário deve se prolongar por mais 12 meses, e 23% afirmam que ele deve se encerrar já no fim de 2021. A expectativa, portanto, é que não se repita um superciclo de commodities como o da primeira década do século 21.
Fonte: Agência Brasil - Vinícius Lisboa
Imagem: Marcello Casal Jr.
O Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, vai receber 4.057 animais para a Expointer 2021, a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina.
Na quarta-feira (18), encerraram-se as inscrições dos rústicos, totalizando 1.232 animais, entre bovinos, equinos de prova e pequenos animais. São eles:
198 bovinos das raças Angus, Ultrablack, Hereford e Braford;
176 equinos de prova das raças Crioula, Paint Horse e Quarto de Milha;
858 pequenos animais, entre chinchilas, coelhos e pássaros.
Na comparação com 2019, os números se mantêm, em média, no mesmo patamar. A raça que teve um aumento significativo, de 89%, na participação foi o Hereford, passando de 46 em 2019 para 87 em 2021. Os dados de 2020 não estão sendo considerados para os animais rústicos.
“Em 2020, a Expointer não contou com a participação das aves nem dos pequenos animais e a presença dos rústicos foi bem pequena, já que nem os julgamentos foram realizados”, destaca o médico veterinário, chefe do Serviços de Exposições e Feiras da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), Paulo Coelho de Souza.
Já os equinos e pássaros registraram uma participação menor neste ano de 2021 na Expointer em relação a 2019. De acordo com Souza, “em 2019 houve muitos leilões de equinos, o que não está previsto para este ano, reduzindo assim o número de equinos de provas e leilões presentes na feira”. Já os pássaros são mais direcionados para a venda direta ao consumidor. Com a restrição de público no parque por causa da pandemia do coronavírus, os criadores optaram por trazer um menor número de animais, constata ele.
Fonte: Canal Rural
Imagens: expointer.rs.gov.br