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Sexta, 20 de Agosto de 2021
Entenda a discussão sobre seguro rural no agro
Entenda a discussão sobre seguro rural no agro Fonte: Agrolink

“O seguro rural é uma das principais ferramentas de gestão de risco para o produtor e uma prioridade para a CNA”, afirmou o diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, na live “Café com Seguro: Uma foto atualizada do Seguro Agrícola no Brasil e seus desafios”, na quarta (18).

O evento foi promovido pela Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) e contou também com a participação de Joaquim César Neto, presidente da Comissão de Seguros Rurais da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) e com Pedro Loyola, diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“O seguro é uma prioridade do nosso presidente e temos feito diversas ações e colocado os desafios para criar essa cultura entre os produtores rurais”, afirmou Lucchi.

O diretor citou algumas ações da Confederação para desenvolver uma “base sólida” sobre seguro rural no Brasil, como diálogos com entidades de outros países, eventos em parceria com o Mapa e a criação do guia do seguro rural.

“Na visão dos produtores o seguro rural ainda é muito novo no Brasil, por isso temos trabalhado para que essa ferramenta se consolide no País. O Monitor do Seguro Rural, por exemplo, é um ambiente bem estruturado que temos coletado várias sugestões e tem servido também para levar informações para os produtores”.

De acordo com Bruno Lucchi, nos últimos anos, foi possível verificar uma percepção diferente do produtor em relação ao seguro rural.

“Estamos no caminho certo. Avançamos muito nesses três últimos anos na direção de construir um ambiente sólido de seguro rural no Brasil e mostrar ao produtor que vai ser diferente em relação há anos anteriores, em que ele fazia a contratação e depois não tinha a subvenção”.

Lucchi ressaltou que o desafio é grande, principalmente em relação à informação chegar ao produtor rural, e defendeu o uso da tecnologia e de um banco de dados para se construir produtos personalizados para os produtores, assim como orientação e capacitação continuada para eles sobre o tema.

“O Sistema CNA está elaborando um curso em parceria com entidades do setor para capacitar produtores, corretores e um módulo para peritos. A tecnologia associada ao banco de dados são dois pontos prioritários que precisam ser trabalhados pelo setor para melhorar os produtos e reduzir custos”.

O diretor destacou que o desafio ainda é grande, principalmente para disseminar o seguro rural para outras culturas. No entanto, ele diz que a resistência do produtor está diminuindo. “Isso não é fácil, mas vejo que hoje há um ambiente favorável do governo, das seguradoras e dos produtores”.

Pedro Loyola, do Mapa, disse que o seguro rural é uma prioridade para a ministra Tereza Cristina e que, nos últimos anos, houve resultados expressivos nas contratações.

“Seguro é tentativa e erro. Estamos buscando amadurecimento nesse setor, mas já conseguimos passar de R$ 12 bilhões de capital seguro para R$ 45 bilhões, e de 60 mil apólices para quase 200 mil”.

Ele ressaltou que as contratações ainda estão concentradas nas cadeias da soja, milho verão, milho safrinha, trigo, uva e maçã.

“O potencial do Brasil é enorme e estamos buscando a previsibilidade orçamentária e financeira porque não dá para ter mais contingenciamento, senão vamos perder seguradoras, produtores e a credibilidade do programa (de subvenção ao prêmio do seguro rural)”.

Joaquim César Neto, da FenSeg, destacou a importância do diálogo entre as seguradoras e os produtores para que as instituições conheçam a realidade desse produtor e possam desenvolver produtos para suas necessidades, além de atender a tempo eventuais sinistros e indenizá-lo.

Fonte: Agrolink – CNA

Sexta, 20 de Agosto de 2021
La Niña consecutiva pode ser devastador para milho e soja
La Niña consecutiva pode ser devastador para milho e soja Fonte: Agrolink

Aumentou a probabilidade de “La Niña” de 67% para 70% para o próximo verão do Hemisfério Sul, segundo o novo relatório semanal da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos). Se confirmada a ocorrência, seria o segundo ano consecutivo desse fenômeno climático que altera o regime de chuvas e clima – um fato raro.

De acordo com informe da Bolsa de Valores de Rosário (BCR), nos últimos 35 anos essa repetição de La Niña consecutiva ocorreu apenas três vezes: nas temporadas 2008/2009, 2011/2012 e 2017/18. “Foram três das piores campanhas de soja e milho da Argentina”, destacam os vizinhos.

Passadas duas semanas desde a publicação do último índice ONI (Oceanic Niño Index), a NOAA deixa claro que há uma tendência firme para a instalação de La Niña, principalmente entre os meses de novembro de 2021 a fevereiro 2022. A dúvida que ainda existe é em torno de qual será a intensidade do evento. 

Nos anos de ocorrência do La Niña, as regiões agrícolas da Argentina e do Sul do Brasil recebem até 30% menos chuvas do que o normal. Na Argentina, por exemplo, a soja teve quebra de até 38%, enquanto para o milho os rendimentos baixaram consideravelmente.

O relatório da BCR acrescenta que os sinais de mau tempo no atual inverno do Brasil e da Argentina são indicadores de dificuldade. De acordo com José Luis Aiello, Dr. em Ciências Atmosféricas, o “nível de seca é extraordinário, é um dos mais importantes que já vimos”. 

“Está tendo um impacto como nunca antes no abastecimento de água para a população e nos níveis de energia. As barragens estão funcionando em níveis bem abaixo do normal e isso se reflete nos problemas com o rio Paraná. Essa seca tem poucas chances de se reverter até pelo menos novembro. A administração brasileira de alarmes ambientais não vê respostas favoráveis nos modelos climáticos. A situação é muito incerta”, conclui.

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: abra.ind.br

Sexta, 20 de Agosto de 2021
Frete trava exportações brasileiras de arroz
Frete trava exportações brasileiras de arroz Fonte: Agrolink

O alto custo dos fretes marítimos e a falta de contêineres continuam prejudicando as exportações brasileiras de arroz. Só em agosto, o preço do transporte marítimo teve aumento médio de 217%, chegando até 450%, em relação a maio.

De acordo com as informações do novo levantamento da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz)., este cenário resultou em uma perda para o setor de R$ 36,4 milhões no primeiro semestre de 2021. Além disso, fez com que as vendas externas do cereal para os EUA caíssem mais de 70% em julho, em comparação ao mesmo mês de 2020. Ainda segundo o levantamento realizado pela associação, 100% das empresas exportadoras de arroz tiveram redução dos embarques e 100% perderam vendas externas em agosto, em consequência do alto custo do frete marítimo e da falta de contêineres.

O levantamento aponta ainda que houve aumento dos mercados mais afetados pela redução de exportações decorrente da elevação do preço dos fretes. No primeiro estudo realizado pela Abiarroz, entre maio e junho, os principais destinos afetados foram o Peru e os EUA. Na atualização da pesquisa, realizada em agosto, além de Peru e EUA, as vendas brasileiras também foram reduzidas para o México, Chile, Canadá e países da África.

Fonte: Agrolink - Aline Merladete

Sexta, 20 de Agosto de 2021
BNDES suspende mais 4 linhas de crédito agropecuário
BNDES suspende mais 4 linhas de crédito agropecuário Fonte: Canal Rural

Alta demanda para financiamentos teria justificado a medida do Banco Nacional de Desenvolvimento Social

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) informou que, em função de alta demanda, será suspensa a oferta de crédito para quatro programas de financiamento ao setor agropecuário.

Serão suspensas as seguintes operações:

a) Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro);
b) Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), referente a operações destinadas ao financiamento de uma ou mais unidades de armazenagem de grãos que somadas não ultrapassem 6 mil toneladas, com taxa efetiva de juros prefixada de até 5,5% ao ano;
c) Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), para operações de custeio; e
d) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Investimento, exclusivamente no tocante às linhas de crédito de investimento com taxa de juros prefixada de até 4,5% ao ano.

A entidade informou ainda que permanece disponibilizando recursos aos produtores rurais e suas cooperativas por meio de outras linhas de crédito, como o Programa BNDES Crédito Rural.

Vale lembrar que, no atual Plano Safra, o BNDES não ficou com a maior parte dos volumes destinados ao financiamento dos produtores, como em outras edições. No início da safra atual, o banco tinha disponíveis R$ 893 milhões para o Inovagro; R$ 319,8 mi para o PCA até 6 mil toneladas; R$ 318,8 milhões para Pronamp custeio; e cerca de R$ 3 bilhões para Pronaf Investimento com taxa de 4.5% ao ano.

Fonte: Canal Rural - Paola Cuenca

Sexta, 20 de Agosto de 2021
Dólar ajusta e passa a cair após superar R$5,47
Dólar ajusta e passa a cair após superar R$5,47 Fonte: Noticias Agrícolas

O dólar devolveu seus ganhos e passou a ceder terreno nesta sexta-feira, com investidores realizando lucros após a moeda norte-americana superar os 5,47 reais no pico do pregão, quando se ressentiu mais claramente de expectativas de redução de estímulos pelo Federal Reserve e ruídos domésticos.

Às 12h45, o dólar à vista recuava 0,48%, a 5,3973 reais na venda, depois de saltar quase 1% no pico do pregão, a 5,4765 reais, pouco após as 10h.

O real estava entre os melhores desempenhos desta sessão, enquanto vários de seus pares emergentes figuravam entre as maiores quedas, caso do peso mexicano (-1,3%) e do rand sul-africano (-0,8%), os dois lanternas de uma lista de 33 pares da moeda norte-americana.

Segundo Alexandre Netto, chefe de câmbio da Acqua-Vero Investimentos, o arrefecimento do dólar nesta manhã é um movimento técnico, com exportadores "aproveitando a alta (do dólar) para internalizar recursos".

Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, compartilha da mesma visão: "É natural, sempre que vemos um movimento muito agudo de alta, haver também um movimento de realização. O exportador, que tem muita posição em dólar, vê o patamar de 5,47 (reais) como ponto de realização, percebendo um sobrepreço."

No mercado futuro, o dólar foi ainda mais alto, a 5,4840 reais, máxima desde 4 de maio, mas neste momento a cotação cedia para 5,4090 reais, queda de 0,30%.

Descrevendo a queda do dólar neste fim de manhã como um movimento pontual de ajuste, ele afirmou que a conjuntura continua a mesma. Em meio ao cenário externo de aversão a risco e a uma crise de confiança local, "a tendência no curto prazo ainda é de real fraco", afirmou.

Na semana, o dólar spot subia 2,9%, elevando os ganhos no mês para 3,7%. Em 2021, a moeda valorizava-se 4%.

Fonte: Noticias Agrícolas – Reuters

Imagem: infomoney.com.br

Sexta, 20 de Agosto de 2021
Economia Brasileira: 76% acham que a recuperação no Brasil só virá depois de 2023, diz Ipsos
Economia Brasileira: 76% acham que a recuperação no Brasil só virá depois de 2023, diz Ipsos Fonte: AF News Agrícola

Uma pesquisa exclusiva da Ipsos mostra que o brasileiro está menos confiante no futuro e acredita que a recuperação da economia no pós pandemia virá em dois anos ou mais.

Otimista por natureza, o brasileiro está menos confiante no futuro. E isso se traduz na expectativa de retomada da economia. Para 76% dos brasileiros, o país irá superar economicamente os efeitos da pandemia em dois anos ou mais, de acordo com uma pesquisa exclusiva da Ipsos, empresa de pesquisas de mercado.

Para 37%, a retomada no Brasil virá no período entre dois e três anos, enquanto que 39%¨da população está ainda mais pessimista e acredita que a recuperação virá em três anos. Já 28% apontam o prazo de 1 ano a partir de agora. E apenas 3% acreditam que o fim da crise já chegou.

Os dados fazem parte de uma pesquisa global da Ipsos em que foram ouvidas 21.503 de 29 países entre 25 de junho e 9 de julho. No levantamento, a maioria das pessoas ouvidas acredita que o fim do impacto da pandemia deverá vir entre dois e três anos – e a perspectiva no Brasil não é diferente. O que destoa, segundo a empresa de pesquisa de mercado, é justamente o baixo otimismo dos brasileiros.

“Como aspecto cultural, a população brasileira costuma estar sempre entre as mais otimistas em relação ao futuro nesse tipo de comparação global”, diz Marcos Calliari, presidente da Ipsos Brasil. “O fato de estar na média global mostra que a percepção do brasileiro é de que a crise está longe do fim”.

Para Calliari, a explicação para um brasileiro menos otimista está na desconexão entre a melhora de alguns indicadores macroeconômicos e a piora de outros que atingem diretamente o bolso da população.

Se de um lado a vacinação contra a covid-19 avança no país e a expectativa é que a economia brasileira cresça cerca de 5% neste ano, por outro lado, dois indicadores em especial minam a confiança da população: inflação acelerada e o desemprego em alta.

O boletim Focus, que traz a média das expectativas de analistas e economistas apurada pelo Banco Central, tem capturado semana após semana a aceleração nas estimativas de inflação para o ano. Na última edição, divulgada na segunda-feira, 16, a projeção média do IPCA era de 7,05% para o ano de 2021. Quatro semanas antes a estimativa era de 6,31%.

A expectativa é de novos aumentos pela frente. André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, revisou na quinta-feira, 19, sua expectativa do IPCA para 2021: de 6,9% para 7,5%. “A alta continuada de energia (elétrica, gasolina e gás) pode gerar elevação de custos de maneira difusa além da alta em si. Vemos maior persistência inflacionária no horizonte relevante.”

Já a taxa de desemprego está em 14,6%, o que representa um contingente de quase 15 milhões de pessoas em busca de emprego. Esse patamar tem se mantido estável desde junho do ano passado. De acordo com o IBGE, que apura as estatísticas oficiais de desemprego, o nível de ocupação é de 48,9%. Ou seja, menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no mercado de trabalho.

A persistência desses indicadores econômicos tem minado a confiança dos consumidores. No índice de confiança global da Ipsos, o Brasil é um dos países que menos recuperam o patamar anterior à pandemia. Em julho, o índice de confiança dos brasileiros é 42,7, o que representa 7,6 pontos a menos que em janeiro de 2020 (ainda que tenha avançado 2,4% em relação a junho).

Fonte: AF News Agrícola – Exame

Quinta, 19 de Agosto de 2021
Agricultura de Precisão: O agro e o mercado de techs
Agricultura de Precisão: O agro e o mercado de techs Fonte: AF News Agrícola

Na esteira dessas transformações, empresas e organizações do setor têm apostado em soluções apresentadas por startups para elevar cada vez mais os índices de produtividade e rentabilidade. Confira:

O agronegócio, com o apoio da tecnologia, tem conquistado patamares de crescimento que, há menos de uma década, eram inimagináveis. Sensoriamento remoto por meio da agricultura de precisão, o uso da telemetria, aplicativos de gestão e gerenciamento de propriedade são instrumentos que hoje fazem parte do cotidiano do produtor.

Na esteira dessas transformações, empresas e organizações do setor têm apostado em soluções apresentadas por startups para elevar cada vez mais os índices de produtividade e rentabilidade. E, com os resultados satisfatórios apresentados por essas empresas, muitas delas têm sido adquiridas pelos próprios clientes. Fusões e aquisições no agronegócio (M&A, na sigla em inglês) têm ganhado espaço e notoriedade no mercado e na mídia.

Esse aporte não é algo isolado no mercado, uma vez que operações de M&A envolvendo companhias do agronegócio com as de tecnologia tendem a ser constantes. Mas, para obter bons resultados, todas as partes precisam cuidar de perto do processo e ter o apoio de profissionais com experiência para garantir a segurança jurídica que uma transação como essa, que normalmente envolve cifras consideráveis, exige. Fusões e aquisições estão ligadas diretamente ao planejamento estratégico tanto da empresa que está em processo de comercialização, quanto da compradora. É necessário estabelecer e cumprir as regras para que o negócio se desenrole da melhor maneira.

Geralmente, pequenas empresas de tecnologias, como as startups, contam com governança ainda em desenvolvimento. São muito avançadas em termos de expertise em serviços tecnológicos, mas, em geral, precisam investir em gestão. Por vezes, é necessário ajustar processos e outras aspectos: reorganização societária, preparação de documentos e, principalmente, averiguar eventuais pendências e passivos da empresa são alguns pontos dentro de um check-list obrigatório em um processo de fusão e aquisição.

Para garantir respaldo em uma negociação tão complexa como essa, é fundamental contar com apoio jurídico, fiscal e tributário, para evitar que a negociação se inviabilize.

Desde os primeiros passos para uma operação de M&A – que envolvem levantamentos de questões cíveis, tributárias, ambientais, dentre outros – até a negociação dos documentos definitivos, em que são definidos o preço, a forma de pagamento, e as garantias e até mesmo a possível submissão da operação para a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o apoio de uma equipe especializada e multidisciplinar é de importância vital.

As operações de M&A já são constantes e integradas ao mercado do agronegócio, que é parte importante e essencial da economia em nosso país e que segue, a passos largos, no rumo do desenvolvimento tecnológico.

Fonte: AF News Agrícola - Comex do Brasil

Quinta, 19 de Agosto de 2021
Milho importado será livre de PIS/COFINS
Milho importado será livre de PIS/COFINS Fonte: Agrolink

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sinalizou que haverá isenção de PIS/COFINS para o milho importado destinado a alimentação animal. Em audiência com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), a ministra adiantou que essa renúncia fiscal será confirmada até o final do mês. 

A informação foi dada em resposta a uma demanda da ABCS, segundo o qual a alta do custo de produção, puxada principalmente pelos preços do milho e do farelo de soja, deixa margens negativas no acumulado do ano de 2021, em todas as grandes regiões. Tereza Cristina disse que está trabalhando para a retirada dos tributos federais para a importação de milho. 

“Em reunião com a equipe do Ministério da Economia para reforçar essa necessidade, obtive uma resposta otimista, pois a Receita Federal nos deu apoio, e tudo leva a crer que fará a renúncia fiscal, e com previsão de publicarmos até final do mês”, prometeu a ministra.

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, lembra que, “em função da quebra da safra de milho não se espera redução dos custos para os próximos meses. Por outro lado, apesar de batermos recorde de exportações de carne suína, devido ao aumento da produção, o desbalanço entre oferta e procura no mercado doméstico tem pressionado para baixo os preços pagos ao produtor”. 

O presidente da ABCS relembrou que esse é um pleito já solicitado ao MAPA no primeiro semestre desse ano. A suspensão da cobrança de PIS/COFINS sobre grãos importados nas transações realizadas com destinação para a alimentação animal é especialmente importante para as organizações que não operam na modalidade de Drawback e para pessoa física com inscrição de produtor rural.

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: Leonardo Gottems

Quinta, 19 de Agosto de 2021
Leite: clima adverso e custos em alta mantêm avanço de preços no campo
Leite: clima adverso e custos em alta mantêm avanço de preços no campo Fonte: Canal Rural

Sazonalmente, o período de julho a setembro é marcado pela transição da produção leiteira. São os meses finais que marcam a entressafra, e, a partir de então, com o avanço das culturas de inverno e retorno da primavera, a produção tende a se recuperar – o que, por sua vez, acaba limitando o movimento de valorização do leite ao produtor.

De acordo com a pesquisadora da entidade, Natália Grigol, o terceiro trimestre é um período delicado para os agentes do setor lácteo, que precisam alinhar suas expectativas, pois os fatores de oferta, em transição, alteram o equilíbrio com a demanda. E, dependendo dos contextos econômico e climático, esse cenário pode ficar ainda mais instável. E foi o que aconteceu neste ano. Em julho, agentes consultados pelo Cepea sinalizaram que, mesmo com oferta limitada no campo, o preço do leite captado naquele mês e pago ao produtor em agosto poderia se estabilizar, fundamentados na frágil demanda.

 “Vale lembrar que o preço do leite captado em junho e pago ao produtor em julho atingiu R$ 2,3108/litro na “Média Brasil” líquida, recorde real (dados deflacionados pelo IPCA de jun/21) da série histórica do Cepea, iniciada em 2005. Essa expectativa de estabilidade para agosto fugia do movimento sazonal tipicamente observado nas cotações, mas que fazia sentido quando analisado o complexo processo de formação de preços no campo. Pesquisas realizadas pelo Cepea com o apoio da OCB mostraram recuo dos preços dos derivados lácteos em julho”, aponta a pesquisadora.

Com cotações elevadas e com o menor poder de compra do consumidor, a demanda por lácteos se desaqueceu. Somado a isso, os maiores volumes de lácteos importados nos últimos meses diminuíram a forte competição entre indústrias pela compra de leite no mercado spot nacional (leite negociado entre indústrias) em julho. A pesquisa do Cepea mostrou que, em Minas Geais, o leite spot registrou média de R$ 2,52/litro em julho, queda de 9,4% frente a junho.

Naquele momento, a demanda fragilizada se tornava o fator mais relevante a influenciar os preços: freava o repasse da valorização da matéria-prima ao consumidor e forçaria, em última instância, uma redução das margens da indústria e dos pecuaristas. No entanto, mesmo com os resultados negativos do mercado de lácteos em julho, a indústria não deve conseguir impor queda de preços no campo.

Pesquisas ainda em andamento do Cepea apontam que, na média, a valorização do leite captado em julho e pago ao produtor em agosto pode chegar a 3%. O clima adverso e as recentes geadas intensificaram a restrição de oferta entre julho e agosto aumentando a insegurança dos agentes em relação aos volumes de captação.

As indústrias, focadas em manter seus market- -shares, acirraram a competição pela compra de matéria- -prima, estimulando, via preço, o ajustamento da oferta. A elevação dos preços no campo, no entanto, não tem sido suficiente para garantir aumento de rentabilidade, tendo em vista a forte pressão dos custos, especialmente neste momento em que o clima desfavorece a atividade leiteira.

De modo geral, as geadas prejudicaram a alimentação do rebanho, visto que causaram o crestamento (queima da parte vegetativa) das pastagens e diminuíram consideravelmente a qualidade da alimentação volumosa, que já vinha limitada devido ao tempo seco. Vale mencionar que as geadas também provocam danos à aveia, forragem de inverno bastante utilizada no Sul do Brasil nesta época.

Com a alimentação volumosa prejudicada, a atividade fica mais dependente do concentrado, que também vem registrando custos altos por conta da valorização dos grãos. O encarecimento dos grãos também está atrelado ao clima adverso no Brasil e nos Estados Unidos e também à demanda aquecida. Ademais, a produção de volumoso ficou mais cara, já que o dólar elevado também impactou os preços de adubos e corretivos

Fonte: Canal Rural

Imagem: istockphoto.com

Quinta, 19 de Agosto de 2021
Aprovação do PL da energia solar traz segurança jurídica
Aprovação do PL da energia solar traz segurança jurídica Fonte: Agrolink

O PL nº 5.829/2019, de autoria do deputado federal Silas Câmara e relatoria do deputado federal Lafayette de Andrada, segue agora para votação no Senado Federal

A aprovação por ampla maioria na Câmara dos Deputados do Projeto de Lei n° 5.829/2019 (PL), que cria o marco legal para a geração própria de energia solar e demais fontes renováveis no Brasil, traz mais segurança jurídica ao setor e deve acelerar os investimentos em novos projetos fotovoltaicos em residências e empresas no País.

A avaliação é do presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia. Para o dirigente, a aprovação do PL desfaz as incertezas jurídicas e regulatórias que pairavam sobre o mercado e, com isso, traz estabilidade, previsibilidade e clareza para o crescimento acelerado da energia solar no Brasil.
 
“O PL aprovado manteve as principais recomendações do setor e veio em boa hora para os brasileiros, pois a geração própria de energia solar é um excelente investimento para cidadãos, empresas e produtores rurais, com um retorno (payback) estimado em cerca de quatro anos na média no País”, diz. “A fonte solar ainda ajuda a aliviar os custos com energia elétrica e protege os consumidores de aumentos tarifários e principalmente das bandeiras vermelhas”, esclarece Sauaia.
 
Na visão da entidade, a energia solar é fundamental também para a retomada econômica sustentável do País, pois gera muitos empregos de qualidade, com uma energia limpa, abundante e acessível.
 
Para a vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR, Bárbara Rubim, o marco legal fortalece a diversidade e segurança de suprimento elétrico do Brasil, ajudando a aliviar os efeitos da crise hídrica no setor elétrico, o que contribui para a redução da conta de luz de todos os consumidores. “Além de limpa e competitiva, a energia solar é rápida de implantar: um novo sistema de geração própria com painéis fotovoltaicos pode ser instalado em uma casa ou pequeno negócio em poucos dias, trazendo uma redução de até 90% nos gastos com a conta de luz”, aponta Rubim.

Segundo a associação, a eletricidade solar tem preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais, ligadas por conta da crise hídrica, ou do que a energia elétrica que o Brasil está importando de países vizinhos. Hoje estas são as duas maiores responsáveis pelos fortes aumentos nas tarifas dos consumidores brasileiros e elevação da inflação do País.
 
O PL nº 5.829/2019, de autoria do deputado federal Silas Câmara e relatoria do deputado federal Lafayette de Andrada, segue agora para votação no Senado Federal.

Fonte: Agrolink - Aline Merladete

Imagem: Marcel Oliveira