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Sexta, 18 de Junho de 2021
Diferença de preços entre carne de porco e bovina bate recorde, aponta Cepea
Diferença de preços entre carne de porco e bovina bate recorde, aponta Cepea Fonte: Portal DBO

A maior oferta de animais explica a queda de preços da carne suína, em meio a um cenário de fraca demanda interna pelas proteínas animais em geral

O preço da carne suína teve forte recuo entre o fim de maio e o início de junho e, com isso, a competitividade da proteína em relação às suas principais concorrentes, a carne de frango e bovina, cresceu na primeira quinzena do mês, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), em relatório antecipado ao Estadão/Broadcast.

 

Além disso, acrescenta o centro de estudos, a distância de preços entre a carne suína e a bovina bateu recorde. Conforme levantamento do Cepea, na primeira metade de junho, a carcaça especial suína foi negociada, no mercado atacadista da Grande São Paulo, a R$ 10,88 o quilo abaixo da carcaça casada bovina, diferença 0,7% maior que a de maio e expressivos 40,7% acima da registrada em junho/2020.

Já na comparação com o frango inteiro congelado, a carcaça especial suína foi negociada a R$ 2,68 o quilo acima da proteína avícola, diferença 27% menor que a de maio, mas ainda 25,5% acima da registrada em junho/2020.

A maior oferta de animais explica a queda de preços da carne suína, em meio a um cenário de fraca demanda interna pelas proteínas animais em geral. Na parcial de junho (até o dia 15), a carcaça especial suína registra média de R$ 9,50 o quilo na Grande São Paulo, recuo de 4,7% frente à do mês anterior, mas ainda 51,1% acima da observada em junho/2020, em termos nominais.

No mercado de frango, o baixo nível de estoques e as vendas internas e externas aquecidas têm elevado os preços da carne. Assim, o produto inteiro resfriado comercializado na Grande São Paulo apresenta média de R$ 6,82/kg neste mês, alta de 12,4% sobre a de maio e ainda 68,3% acima da de junho/20.

Já para carne bovina, observa-se recuo nos preços, mas de maneira menos intensa que a suína. Neste caso, o alto preço da proteína vai de encontro com o baixo poder de compra da população. A carcaça casada foi negociada à média de R$ 20,38/kg neste mês, queda de 2,1% frente à de maio, porém, 45,7% acima da de junho/20.

Fonte: Portal DBO – Estadão Conteúdo

Sexta, 18 de Junho de 2021
Milho abre a 6ªfeira operando em campo misto na B3
Milho abre a 6ªfeira operando em campo misto na B3 Fonte: Noticias Agrícolas

A sexta-feira (18) começa com os preços futuros do milho operando em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações entre 2,83% negativo e 1,46% positivo por volta da 09h17 (horário de Brasília).

O vencimento julho/21 era cotado à R$ 81,00 com queda de 2,17%, o setembro/21 valia R$ 80,70 com perda de 2,83%, o novembro/21 era negociado por R$ 85,47 com alta de 1,46% e o janeiro/22 tinha valor de R$ 85,45 com baixa de 1,17%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a pressão de baixa no mercado brasileiro vem de Chicago. “A B3 também está em queda e o mercado vai se acomodando abaixo dos R$ 90,00 com a entrada da safrinha, mesmo com quebra. Os indicativos nos portos também recuaram, e agora se fala em 77 ou 75 reais, perdeu os R$ 80,00 que vinha trabalhando no começo da semana para exportações de setembro e com isso aumenta a pressão de baixa no mercado doméstico”.

Brandalizze aponta ainda que estamos em um período de calmaria no mercado e otimismo no setor de granjeiros, vendo que os insumos devem começar a perder valor. “A colheita ainda é pontual, devendo ganhar ritmo provavelmente a partir de 10 de julho em vários locais no Brasil. Mesmo assim, o produtor segue otimista, com muita gente procurando sementes para a safra de verão que vai crescer, saindo de 5,4 milhões de hectares para perto de 6 milhões de hectares”, diz.

Mercado Externo

Após cair em seus limites de baixa ontem, a Bolsa de Chicago (CBOT) abre o último dia da semana buscando recuperação para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 11,50 e 16,00 pontos por volta das 09h05 (horário de Brasília).

O vencimento julho/21 era cotado à US$ 6,44 com elevação de 11,50 pontos, o setembro/21 valia US$ 5,63 com alta de 14,75 pontos, o dezembro/21 era negociado por US$ 5,48 com valorização de 16,00 pontos e o março/22 tinha valor de US$ 5,55 com ganho de 15,75 pontos.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os grãos se recuperaram das perdas de ontem em meio ao agravamento das condições de seca em partes do meio-oeste dos Estados Unidos.

O Monitor de Secas dos EUA disse ontem em um relatório, que cerca de 46% das lavouras norte-americanas sofreram algum tipo de seca na semana até 15 de junho, ante 45% na semana anterior.

“Condições geralmente quentes e secas prevaleceram na metade norte do meio-oeste na semana passada, levando ao agravamento generalizado da seca e da seca”, disse o monitor.

A publicação ainda destaca que, o clima quente e seco piorou os déficits de umidade em partes de Illinois e no sul de Wisconsin, onde as safras estão sob estresse devido à seca severa e extrema.

Fonte: Noticias Agrícolas - Guilherme Dorigatti Borges

Sexta, 18 de Junho de 2021
Temor inflacionário deflagra liquidação e soja afunda 8% em Chicago
Temor inflacionário deflagra liquidação e soja afunda 8% em Chicago Fonte: Safras & Mercados

    Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços em forte baixa. O grão despencou cerca de 8%. O óleo baixou quase 10% e o farelo caiu 5%, pressionados pela onda de vendas por parte de fundos e especuladores no mercado de commodities nesta quinta.

     A possibilidade dos Estados Unidos elevarem as taxas básicas de juros, sinalizada ontem pelo Federal Reserve, fez os investidores buscarem apostas mais seguras, como o dólar, e se desfazerem de posições no mercado de commodities, temendo os impactos inflacionários. O dólar disparou, trazendo temores de perda de competitividade dos produtos agrícolas americanos.

     O resultado das exportações semanais americanas abaixo do esperado para soja, milho e trigo reforçou o sentimento de que os preços elevados estariam prejudicando a demanda. Além disso, a China anunciou que vai tomar medidas para monitorar de perto os preços internos e o temor é de uma queda na demanda.

     Esse movimento de vendas técnicas e especulativas se somou a um cenário já negativo em termos fundamentais e que atingiu Chicago nas últimas oito sessões. Os boletins continuam indicando condições climáticas favoráveis às lavouras americanas. Há ainda o temor que o governo americano alivie as medidas regulatórias no biodiesel, determinando uma diminuição na mistura e uma queda na procura.

     Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 118,75 centavos de dólar por bushel ou 8,19% a US$ 13,29 3/4 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 12,95 por bushel, com perda de 107,00 centavos ou 7,63%.

     Nos subprodutos, a posição julho do farelo caiu US$ 17,70 ou 4,66% a US$ 361,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 56,57 centavos de dólar, perda de 5,50 centavos ou 8,86%.

Fonte: Safras & Mercado -  Dylan Della Pasqua

Sexta, 18 de Junho de 2021
Dólar vai abaixo de R$5,00 com expectativa de juros mais altos
Dólar vai abaixo de R$5,00 com expectativa de juros mais altos Fonte: Noticias Agrícolas

O dólar recuava frente ao real nesta sexta-feira, voltando a cruzar a marca de 5 reais em meio à expectativa de juros mais altos no Brasil, enquanto os investidores avaliavam os desdobramentos em torno da MP de privatização da Eletrobras.

Às 10:27, o dólar recuava 0,74%, a 4,9879 reais na venda, e chegou a tocar 4,9853 reais na venda na mínima do pregão.

O contrato mais líquido de dólar futuro perdia 0,41%, a 4,993 reais.

Fornecendo apoio à moeda brasileira, o Banco Central promoveu a terceira alta consecutiva de 0,75 ponto percentual da taxa Selic na quarta-feira, a 4,25%, e anunciou a intenção de dar sequência ao aperto monetário com uma nova alta de pelo menos a mesma magnitude em sua próxima reunião.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC também abandonou o uso da expressão "normalização parcial" para se referir ao atual ciclo de alta de juros, explicitando que pretende fazer um aperto maior do que vinha sendo sinalizado até então, levando a Selic para patamar considerado neutro.

Em nota, analistas da Genial Investimentos avaliaram que esses são todos sinais "positivos para a trajetória do real nos próximos meses, apesar da postura mais dura do Federal Reserve."

O banco central norte-americano antecipou para 2023 suas projeções para o primeiro aumento nos juros pós-pandemia e abriu a discussão sobre quando e como pode ser apropriado começar a reduzir suas compras mensais de ativos.

Um maior diferencial de juros entre o Brasil e países de economias avançadas tende a beneficar o real, principalmente devido a estratégias de "carry trade". Elas consistem na tomada de empréstimos em moeda de país de juro baixo e compra de contratos futuros da divisa de juro maior (como o real). O investidor, assim, ganha com a diferença de taxas.

Além da expectativa de juros mais altos no Brasil, Vanei Nagem, responsável pela Mesa de Câmbio da Terra Investimentos, disse que a notícia de conclusão da votação da medida provisória da privatização da Eletrobras também estava ajudando a moeda doméstica nesta sexta-feira. O Senado encerrou no início da noite de quinta-feira a votação da MP, e o texto volta para avaliação da Câmara.

"A aprovação da privatização da Eletrobras já ajudaria, mesmo com alguns gargalos, a atrair dinheiro para o mercado doméstico", o que tende a beneficiar o real, explicou.

Para ele, em meio a um cenário benigno, "continuamos trabalhando com uma tendência de baixa do dólar".

A moeda norte-americana estava no caminho de registrar queda de aproximadamente 2,3% contra o real no acumulado da semana. Até agora em 2021, o dólar recua cerca de 3,69% em relação à divisa local.

A última vez que o dólar fechou um pregão abaixo dos 5 reais foi em 10 de junho de 2020 (4,9398).

Fonte: Noticias Agrícolas - Luana Maria Benedito

Imagem: infomoney.com.br

Quinta, 17 de Junho de 2021
Soja em áreas de arroz cresceu 205% em dez anos
Soja em áreas de arroz cresceu 205% em dez anos Fonte: Irga

A cultura da soja em rotação com arroz irrigado no Estado novamente registrou crescimento. Nesta safra 2020/2021, foram colhidos 370.594 hectares, o que representa 39,2% da área de arroz no Rio Grande do Sul (945.971 ha). O levantamento mostra que houve um crescimento de 205,8% na área nos últimos dez anos (na relação com os 121.166 ha da safra 2011/2012).

Os números apurados pelos extensionistas do Instituto Rio Grandense do Arroz revelam ainda um aumento de 8,62% na comparação com a área de soja da safra anterior (341.188 ha).

“Esse crescimento se deu em função da evolução da macro e micro drenagem das propriedades com mais investimentos, bem como o surgimento de novas tecnologias, como o RTK (Real Time Kinematic, ou posicionamento cinemático em tempo real), minimizando as perdas por excesso hídrico que ainda ocorrem, porém com menor frequência. A soja é a principal alternativa utilizada pelos produtores gaúchos que procuram rotacionar modos de ação de herbicidas e assim, consequentemente, manejar a resistência de plantas daninhas”, afirma o coordenador da regional Zona Sul do Irga, engenheiro agrônomo André Matos.

A Zona Sul segue como a regional orizícola com a maior área com soja, registrando 99.779 ha nos 163.208 ha de arroz desta safra (61%). Em percentual, a região da Campanha tem a maior fatia: 72% (91.853 ha de soja para 127.727 ha de arroz).

“Além de outros ganhos importantes para o sistema de produção de arroz, a soja vem se destacando pela sua contribuição na expansão da Integração lavoura-pecuária, oportunizando a implantação de pastagens no inverno, utilizadas com gado entre a colheita da soja e a semeadura do arroz, intensificando cada vez mais os processos produtivos nas propriedades das seis regiões arrozeiras gaúchas”, complementa Matos.

Outro dado positivo diz respeito à produtividade, que segue em evolução. Nesta safra 2020/2021, foram registradas 52,3 sacas (de 60 kg) por hectare. Em relação à safra anterior (31,8 sc/ha), o crescimento foi de 65%. Até então, a maior produtividade era da safra 2016/2017, com 44,3 sc/ha.

O cenário detalhado da safra 2020/2021 será divulgado no Relatório Final de Safra do Irga, que deverá ser divulgado no início de agosto.

Fonte: Irga - Assessoria de Comunicação

Quinta, 17 de Junho de 2021
Chicago segue em baixa e deve travar negócios com soja no Brasil
Chicago segue em baixa e deve travar negócios com soja no Brasil Fonte: Safras & Mercados

    A perspectiva é de mais um dia travado em termos de comercialização envolvendo a soja no mercado brasileiro, diante da sétima queda seguida nos contratos futuros em Chicago. O dólar reage, mas o movimento é insuficiente para trazer o vendedor ao mercado. A diferença é cada vez maior entre as bases de compra e venda. Os preços tendem a cair ainda mais, mesmo que nominalmente.

     Os preços caíram forte na quarta-feira nas principais praças do país, diante do comportamento desfavorável dos principais formadores das cotações. Chicago caiu pela sexta vez seguida e busca a casa de US$ 14 por bushel. O dólar chegou a operar abaixo de R$ 5,00.

     Com esse quadro, os produtores saíram do mercado e apenas pequenos lotes trocaram de mãos. Foi negociado apenas o suficiente pelos vendedores mais necessitados. As bases estão muito distantes. Em alguns casos, a pedida está R$ 7,00 acima da oferta do comprador.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos baixou de R$ 161,00 para R$ 157,00. Na região das Missões, a cotação caiu de R$ 160,00 para R$ 156,00. No porto de Rio Grande, o preço recuou de R$ 165,00 para R$ 161,50.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço despencou de R$ 161,00 para R$ 154,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca caiu de R$ 165,00 para R$ 160,00.

     Em Rondonópolis (MT), a saca baixou de R$ 155,00 para R$ 150,00. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 150,00 para R$ 146,00. Em Rio Verde (GO), a saca caiu de R$ 155,00 para R$ 153,00.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em julho registram baixa de 1,58%, cotados a US$ 14,25 por bushel.

* O mercado cai pela sétima sessão seguida, pressionado pela previsão de temperatura amena e clima úmido em partes do cinturão produtor norte-americano.

* Os agentes seguem preocupados com a possibilidade dos Estados Unidos autorizarem a redução na utilização de biodiesel no diesel.

* Logo mais, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga as vendas líquidas semanais. O mercado aposta em número entre zero e 400 mil toneladas.

PREMIOS

* O prêmio em Paranaguá para julho ficou em +15 e +30 sobre Chicago. Para

agosto, o prêmio é de +58 a +65.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra alta de 0,19% a R$ 5,069. O Dollar Index registra ganho de 0,71% a 91,78 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, +0,21%. Tóquio, -0,93%.

* As principais bolsas na Europa registram índices mistos. Paris, +0,11%. Londres, -0,48%

* O petróleo opera em baixa. Julho do WTI em NY: US$ 71,99 o barril (-0,22%).

AGENDA

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (18/06)

– Japão: O índice de preços ao consumidor de maio será publicado na noite anterior pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicação.

– Japão: A decisão de política monetária será publicada na madrugada pelo Banco do Japão.

– Alemanha:  O índice de preços ao produtor de maio será publicado às 3h pelo Destatis.

– Atualização da evolução das lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado - Dylan Della Pasqua

Imagem:  Arno Baasch

Quinta, 17 de Junho de 2021
Milho: está difícil achar vendedor fora da América Latina
Milho: está difícil achar vendedor fora da América Latina Fonte: Agrolink

Os preços baixos da América do Sul dificultam achar vendedor em outra região, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Para o complexo Up River da Argentina, as ofertas permaneceram em torno de 45 centavos negativos para pacotes feitos à mão nas janelas de carregamento de junho e julho. Resta pouca chuva na previsão para a região, e as autoridades marítimas expressaram preocupação de que o complexo do rio crítico provavelmente verá novas quedas nos níveis da água nas próximas semanas, com apenas um alívio limitado esperado antes de setembro”, comenta. 

“Nos mercados à vista asiáticos, os futuros do milho na bolsa chinesa de Dalian diminuíram em CNY40/t e foram registrados em CNY 2.704/t (422,09/t) para julho, enquanto o superintendente de reservas de grãos apoiado pela estatal Sinograin anunciou que estava leiloando 37.000 t de milho. Isso  ocorreu  em  meio  a  relatos de  que  o  primeiro-ministro  do  conselho do  país, Li  Keqiang,  havia  visitado  uma região de crescimento importante em Jilin para renovar a pressão sobre os participantes do mercado para limitar a volatilidade dos preços em meio a sinais de que a China está novamente preocupada com seu fornecimento de milho”, completa. 

Para isso, uma nova nota de exportador privado nos EUA, para destinos desconhecidos, foi lançada por 153.416 toneladas - provavelmente com destino ao México. “Paralelamente,  surgiram  notícias  de  que  a associação sul-coreana de fabricantes de rações MFG retornou ao mercado em particular para reservar um carregamento relativamente rápido para agosto.  Os traders não veem isso como um prenúncio de um retorno ao mercado para o setor mais amplo, com o trigo  ainda  precificando  competitivamente  para  os fabricantes de rações”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Quinta, 17 de Junho de 2021
Sauditas flexibilizam exigência para importação de carne bovina do Brasil
Sauditas flexibilizam exigência para importação de carne bovina do Brasil Fonte: Portal DBO

A agência saudita de vigilância sanitária, Saudi Food and Drug Authority (SFDA) retirou uma exigência para importação de carne bovina do Brasil. Antes, a regra limitava em 30 meses a idade dos animais abatidos, cuja carne seria destinada ao Reino da Arábia Saudita.

A informação foi divulgada no novo modelo aprovado de Certificado Sanitário Internacional (CSI). O texto também passa a incluir a possibilidade de exportação brasileira de carne de ovinos para o país árabe.

A retirada da exigência em torno da idade dos animais abatidos foi comemorada por exportadores.

“Isso foi muito bem recebido pelo setor, pois abre opções de exportação”, afirmou Marcel Moreira Pinto, adido agrícola do Brasil em Riad.

Já a abertura de mercado aos ovinos ainda está sendo avaliada.

“Os sauditas importam carne de ovinos, principalmente da Austrália. Como nunca teve fluxo comercial com o Brasil, ainda não sabemos como vai ser a demanda e o interesse pelo produto brasileiro”, explicou o adido.

Para iniciar o processo de exportação, Moreira Pinto lembra que será preciso habilitar os estabelecimentos a exportar junto à autoridade sanitária saudita.

O executivo está apurando, ainda, com as autoridades sauditas se a abertura do mercado se estende também aos caprinos.

Ovinos no Brasil – Em março de 2020, o Brasil também abriu mercado de carne de ovinos no Kuwait. No entanto, conforme a ANBA apurou, o volume produzido pelo Brasil ainda é pequeno perto da demanda árabe.

O próprio consumo brasileiro precisa ser completado com a importação de carne ovina de países como o Uruguai.

Já o setor de caprinos ainda busca se organizar melhor para conseguir atender demandas pelo produto. No início deste ano, os criadores brasileiros chegaram a receber contato dos egípcios que queriam comprar animais vivos, mas a negociação esbarrou no tamanho do rebanho brasileiro.

Fonte: Portal DBO – Agência de Notícias Brasil-Árabe

Quinta, 17 de Junho de 2021
Copom eleva taxa básica de juros para 4,25% ao ano
Copom eleva taxa básica de juros para 4,25% ao ano Fonte: Agência Brasil

O Banco Central (BC) subiu os juros básicos da economia em 0,75 ponto percentual, pela terceira vez consecutiva. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (16) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), elevou a taxa Selic de 3,5% para 4,25% ao ano. A elevação foi deliberada de forma unânime pelos integrantes do colegiado, que é formado por diretores do BC, e era esperada pelos analistas financeiros.

Em comunicado, o BC indicou que deve seguir elevando a taxa Selic na próxima reunião, marcada para os dias 3 e 4 de agosto. "Para a próxima reunião, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização monetária com outro ajuste da mesma magnitude. Contudo, uma deterioração das expectativas de inflação para o horizonte relevante pode exigir uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários. O Comitê ressalta que essa avaliação também dependerá da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e de como esses fatores afetam as projeções de inflação", informou o texto.

No comunicado, o Copom destacou que a pressão inflacionária revela-se maior que o esperado, "sobretudo entre os bens industriais". "Adicionalmente, a lentidão da normalização nas condições de oferta, a resiliência da demanda e implicações da deterioração do cenário hídrico sobre as tarifas de energia elétrica contribuem para manter a inflação elevada no curto prazo, a despeito da recente apreciação do real. O Comitê segue atento à evolução desses choques e seus potenciais efeitos secundários, assim como ao comportamento dos preços de serviços conforme os efeitos da vacinação sobre a economia se tornam mais significativos", informou o comunicado.

Com a decisão de hoje, a Selic continua em um ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegou a 6,5% ao ano, em março de 2018.

Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada pela contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Esse era o menor nível da série histórica iniciada em 1986. Porém, a taxa começou a subir novamente em março deste ano, passando para 2,75%. Depois, em maio, subiu de novo, para 3,5%.  

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o indicador fechou no maior nível para o mês desde 1996. No acumulado de 12 meses, o IPCA acumula alta de 8,06%. De janeiro a maio deste ano, a inflação foi de 3,22%.

O valor está acima do teto da meta de inflação. Para 2021, o Conselho Monetário Nacional (CMN) tinha fixado meta de inflação de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Com isso, o IPCA não poderia superar 5,25% neste ano nem ficar abaixo de 2,25%.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que, em 2021, o IPCA fecharia o ano em 5% no cenário base. Esse cenário considera um eventual estouro do teto da meta de inflação no primeiro semestre, seguido de queda dos índices no segundo semestre. A projeção oficial só será atualizada no próximo Relatório de Inflação, no fim de junho.

Já a projeção do mercado prevê uma inflação ainda maior, acima até do teto da meta. De acordo com o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,82%, na 10ª alta consecutiva da projeção.

Crédito mais caro

A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia.

No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 3,6% para a economia em 2021, decorrente da segunda onda da pandemia de covid-19. No Boletim Macrofiscal de Maio, divulgado no mês passado pelo Ministério da Economia, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) para 2021 foi de 3,5%. 

O mercado projeta crescimento maior. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 4,85% do PIB este ano.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Fonte: Agência Brasil - Pedro Rafael Vilela

Imagem: Marcello Casal Jr.

Quarta, 16 de Junho de 2021
Brasil pode ampliar potencial de agricultura irrigada, diz ministra
Brasil pode ampliar potencial de agricultura irrigada, diz ministra Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse neste terça-feira (15) que a expansão da agricultura irrigada precisa ser vista como uma ferramenta estratégica para o aumento da produtividade no Brasil. Ao participar do seminário “Irrigar é Alimentar”, promovido pelo Sistema CNA/Senar e os Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Regional, ela destacou que o Brasil tem apenas 3% de sua produção agrícola irrigada, enquanto a média mundial é de 20%. 

“Precisamos desenvolver uma estratégia para explorarmos melhor esses recursos. Expandir a nossa agricultura irrigada trará vários benefícios para o produtor rural e para a sociedade brasileira: aumento da produtividade e da renda do produtor, geração de empregos, fortalecimento das cadeias produtivas, controle da inflação, ampliação das exportações, aumento do PIB e várias outras consequências positivas em cadeia”, disse a ministra. 

Tereza Cristina destacou que a ampliação da área irrigada no Brasil não compete com a preservação ambiental ou com outras atividades sociais e produtivas, e citou um estudo da Esalq que aponta que o país pode aumentar a área irrigada para 55 milhões de hectares, utilizando áreas degradadas ou de baixa produtividade. 

O setor quer tornar o dia 15 de junho o Dia Nacional da Agricultura Irrigada, para dar maior visibilidade ao tema e criar oportunidades de debate com a sociedade sobre segurança alimentar, econômica e ambiental do Brasil. 

Produtividade e segurança alimentar 

Com uma produtividade de até três vezes maior do que áreas de sequeiro, a produção irrigada apresenta vantagens como o aumento na oferta e na regularidade de alimentos, melhoria da qualidade dos produtos, atenuação dos impactos da variabilidade climática, redução de custos unitários. 

A irrigação contribui para a segurança alimentar e nutricional da população brasileira, sendo uma técnica utilizada no cultivo de alimentos típicos da dieta nacional como arroz, feijão, legumes, frutas e verduras. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é um dos condutores da Política Nacional de Irrigação e trabalha para o aumento de áreas irrigadas trazendo resiliência ao produtor rural com a conservação da água e do solo. Até o ano de 2050, o mundo irá demandar o aumento de alimentos na base de 60% e de água, em 40%, segundo a FAO. 

‘Com certeza faltava este marco para demonstrar a importância da irrigação para toda a sociedade, o que promove a segurança alimentar, econômica e ambiental do Brasil. Temos o potencial de avançar a produção irrigada em 55 milhões de hectares”, declarou o coordenação-Geral de Irrigação e Drenagem do Mapa, Frederico Cintra, ao destacar programas Pronasolos, Águas do Agro e o Plano ABC. 

O Brasil totaliza 8,2 milhões de hectares equipados para irrigação, sendo 64,5% (5,3 milhões de hectares) com água de mananciais e 35,5% (2,9 milhões de ha) fertirrigados com água de reuso. A agricultura irrigada apresentou crescimento nas últimas décadas. Entre 2012 e 2019, houve intensificação da atividade com um maior aporte de crédito e investimentos privados, resultando em um crescimento da ordem de 4%. Nesse período foram incorporados cerca de 216 mil hectares irrigados. 

“O levantamento da 2ª edição do Atlas da Irrigação mostra a importância da atividade tanto para a sociedade quanto para a economia do Brasil. Em 2019, o valor da produção irrigada superou a marca de R$ 55 bilhões”, declarou Thiago Fontenelle, da Agência Nacional de Águas (ANA). 

“A irrigação é um avanço para nossas tecnologias especialmente em uma fase em que as mudanças climáticas têm afetado a produtividade no campo. Temos que aproveitar essa vantagem competitiva brasileira como uma atividade não para uma, mas para 2,5 a três safras. Nossa ciência está trabalhando rapidamente para aumentar a capacidade e produtividade das espécies que estamos plantando. O mundo espera que tenhamos alimentos de qualidade, com preços competitivos”, disse o ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, indicado ao Prêmio Nobel da Paz. 

Durante o evento, o Pesquisador da Embrapa Lineu Rodrigues apresentou a Rede Nacional de Irrigantes (RNAI), que tem o objetivo de reunir os irrigantes do Brasil para discutir a agricultura irrigada de forma estratégica e apresentar a agricultura irrigada como um vetor para o desenvolvimento da segurança alimentar, econômica e ambiental do Brasil. A Rede é composta de 58 membros representantes de associações de irrigantes, de cinco polos de irrigação no Brasil e de nichos da agricultura irrigada. 

Também participaram do evento o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, o ministro do Desenvolvimento, Rogério Marinho, e o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária