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Quarta, 16 de Junho de 2021
Anec eleva estimativa para embarques de soja em junho
Anec eleva estimativa para embarques de soja em junho Fonte: Canal Rural

De acordo com a entidade, as vendas externas de soja devem totalizar 11,5 milhões de toneladas; exportações de farelo também serão maiores

As exportações de soja em junho devem atingir 11,5 milhões de toneladas, projetou a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), em relatório divulgado nesta terça-feira, 15. Até a semana passada, a associação previa que os embarques em junho ficariam entre 9,655 milhões e 11 milhões de toneladas.

A previsão leva em conta o volume já exportado no mês e a projeção de embarques para o restante de junho. Para o farelo, a Anec prevê exportações em junho de 2,134 milhões de toneladas, contra 1,96 milhão de toneladas previstas até a semana passada. Para junho, ainda não estão previstos embarques de milho.

Na semana entre 6 e 12 de junho, o Brasil exportou 2,223 milhões de toneladas de soja e 293.195 toneladas de farelo. Para a semana entre 13 e 19 de junho, estão previstos embarques de 2,631 milhões de toneladas de soja e 712.491 toneladas de farelo.

Fonte: Canal Rural - Estadão Conteúdo

Quarta, 16 de Junho de 2021
Mercado de milho deve ter ritmo acomodado nos negócios no Brasil
Mercado de milho deve ter ritmo acomodado nos negócios no Brasil Fonte: Safras & Mercados

 O mercado brasileiro de milho deve ter uma quarta-feira marcada por um ritmo acomodado nos negócios. Os consumidores seguem ausentes dos negócios, aguardando maiores movimentos de baixa nos preços, na espera do início da colheita da safrinha. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago opera em alta, atenta ao clima nos Estados Unidos.

     Ontem (15), o mercado brasileiro de milho registrou preços mais baixos. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os consumidores estão atuando de maneira bastante comedida no mercado durante a semana, apontando para um posicionamento confortável em seus estoques. “No que diz respeito ao volume ofertado é evidenciado avanços no decorrer da semana, com maior fixação no balcão das cooperativas. O resultado está na queda dos preços em diversos estados”, comenta.

     A baixa novamente do milho na Bolsa de Chicago contribuiu para pressionar as cotações do cereal nos portos e também no mercado doméstico ao produtor.

     No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 80,00 a R$ 90,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 78,00/88,00.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 90,00/94,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 88,00/92,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 91,00/93,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 93,00/96,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 92,00/94,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 84,00/R$ 86,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 77,00/80,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em julho de 2021 operam com ganho de 8,50 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 1,27%, cotada a US$ 6,76 por bushel.

* Em sessão volátil, o mercado é sustentado, segundo a Reuters, pelos temores de redução no potencial produtivo nos Estados Unidos.

* Ontem (15), os contratos de milho com entrega em julho/21 fecharam a US$ 6,67 1/2, alta de 8,25 centavos de dólar, ou 1,25%, em relação ao fechamento anterior. Os demais contratos recuaram.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra baixa de 0,01% a R$ 5,041. O Dollar Index registra perda de 0,03% a 90,51 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -1,07%. Tóquio, -0,51%.

* As principais bolsas na Europa registram índices firmes. Paris, +0,06%. Londres, +0,04%

* O petróleo opera em alta. Julho do WTI em NY: US$ 72,34 o barril (+0,3%).

AGENDA

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30min pelo Departamento de Energia (DoE).

– EUA: A decisão de política monetária de junho será publicada às 15h pelo Federal Reserve.

– Decisão sobre a taxa Selic – Copom/BC, após o fechamento do mercado.

—–Quinta-feira (17/06)

– Eurozona: A leitura final do índice de preços ao consumidor de maio será publicada às 6h pela Eurostat.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (18/06)

– Japão: O índice de preços ao consumidor de maio será publicado na noite anterior pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicação.

– Japão: A decisão de política monetária será publicada na madrugada pelo Banco do Japão.

– Alemanha: O índice de preços ao produtor de maio será publicado às 3h pelo Destatis.

– Atualização da evolução das lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Quarta, 16 de Junho de 2021
Estudo vai avaliar biosseguridade de rebanho gaúcho
Estudo vai avaliar biosseguridade de rebanho gaúcho Fonte: Agrolink

Cerca de 400 propriedades rurais do Rio Grande do Sul serão visitadas por técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) para avaliar a biosseguridade dos bovino.

Os dados levantados pelo estudo servirão de base para realizar a avaliação de procedimentos de manejo e de biosseguridade adotados em propriedades rurais com bovinos no país. Com base nessas informações, será possível estabelecer diretrizes visando mitigar o risco de introdução e disseminação do vírus da febre aftosa nestas propriedades.

A coleta começou na semana passada e ocorre até metade de julho, mediante visita agendada às propriedades que foram sorteadas para participar da pesquisa. Um questionário com 50 perguntas é aplicado, e os dados da entrevista, sigilosos, são inseridos no aplicativo Epicollect. A partir dos resultados, um relatório será construído pela Divisão de Defesa Sanitária Animal do ministério em conjunto com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e enviado aos órgãos estaduais de sanidade animal participantes do estudo, para discussões internas e divulgação local.

As propriedades foram divididas em sete categorias, indo de produtores micro, que têm de uma a dez cabeças de gado, até propriedades muito grandes, com mais de cinco mil bovinos. “No Rio Grande do Sul, por exemplo, temos 48,66% das propriedades com até dez bovinos. Então, essa mesma porcentagem deve ser aplicada na amostra total do estudo”, explica o fiscal estadual agropecuário Marcelo Göcks, da coordenação do Programa Estadual de Febre Aftosa da SEAPDR.

Neste primeiro momento, participam do estudo, além do Rio Grande do Sul, os estados de Acre, Paraná, Rondônia e Santa Catarina, todos com status de zona livre de aftosa sem vacinação. “Apesar de focada na febre aftosa, essa avaliação será muito útil para mitigação de riscos na disseminação de qualquer doença infectocontagiosa que possa acometer os bovinos”, destaca Göcks.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem: Alexandre Teixeira

Quarta, 16 de Junho de 2021
Fertilizantes: Preços de fertilizantes são impulsionados pela alta dos grãos, diz Commerzbank
Fertilizantes: Preços de fertilizantes são impulsionados pela alta dos grãos, diz Commerzbank Fonte: AF News Agrícola

De acordo com o banco, na opinião da Bloomberg Intelligence, a taxa de aplicação de fertilizantes deve atingir, em 2021, o nível mais alto nos últimos cinco anos. Os fertilizantes fosfatados, em particular, tornaram-se mais caros.

Os preços dos grãos e das oleaginosas, que estão altos há meses, têm contribuído para o desempenho de produtos agrícolas, como os fertilizantes agrícolas, observa o banco alemão Commerzbank. “O fortalecimento dos preços das safras servem como um incentivo para intensificar a produção, ou seja, usa-se mais fertilizantes para expandir a produtividade por acre, não importa quão diferentes sejam as necessidades de nutrientes e de produtos”, aponta a analista de commodities agrícolas do banco, Michaela Kühl, em comentário diário enviado a clientes.

De acordo com o banco, na opinião da Bloomberg Intelligence, a taxa de aplicação de fertilizantes deve atingir, em 2021, o nível mais alto nos últimos cinco anos. Os fertilizantes fosfatados, em particular, tornaram-se mais caros.

“Os preços estão em uma alta em mais de dez anos, enquanto os dos fertilizantes de nitrogênio estavam em um nível similarmente alto em 2014”, diz a analista.

O fertilizante à base de potássio, cujos preços mostraram um desempenho mais moderado, foi recentemente impulsionado pela notícia de que uma das maiores empresas do mundo está reduzindo temporariamente sua produção em 1 milhão de toneladas, pontua o banco.

Fonte: AF News Agrícola - Giulia Zenidin

Terça, 15 de Junho de 2021
Valor da Produção Agropecuária de 2021 deve registrar aumento real de 11,8%
Valor da Produção Agropecuária de 2021 deve registrar aumento real de 11,8% Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de maio deste ano atingiu o valor de R$ 1,11 trilhão. A cifra é 11,8% superior ao obtido em 2020, que foi de R$ 993,9 bilhões. As maiores contribuições para o crescimento são observadas em arroz, milho, soja e carne bovina, que tiveram dois anos consecutivos de forte aumento de preços reais.

As lavouras tiveram um aumento do VBP de 15,8%. A pecuária, 3,8%. Essas duas atividades obtiveram neste ano o mais elevado valor em 32 anos.

Os produtos que tiveram os maiores acréscimos do VBP foram arroz (5,7%), milho (20,3%), soja (31,9%) e trigo (35,1%). Com crescimento mais modesto, encontram-se cacau e cana de açúcar.

De acordo com o coordenador de Avaliação de Políticas e Informação da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Garcia Gasques, alguns grupos vêm trazendo contribuições negativas ao crescimento da agropecuária, como a batata-inglesa, café, feijão, laranja, tomate, uvas e na pecuária, leite, suínos e ovos. Isso ocorre, segundo ele, devido a efeitos de menores preços ou de menores quantidades produzidas.

Apesar de terem existido períodos de seca que afetaram lavouras, como milho e feijão, os preços têm contribuído para reduzir esse impacto. Esses efeitos foram sentidos, principalmente, no Paraná e em Mato Grosso. O milho foi particularmente prejudicado. A segunda safra, que é a mais importante, teve uma redução em relação a 2020, de 5 milhões de toneladas, e menor produtividade de grãos.

O crescimento do VBP pode ser atribuído, como destacado em relatórios anteriores, ao excepcional desempenho das exportações de soja em grãos e carnes, preços favoráveis e a safra de grãos, que apesar de problemas de falta de chuvas ocorridos, mesmo assim as projeções da Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab) e do IBGE são de uma safra expressiva.

Os dados regionais do VBP continuam mostrando a liderança de Mato Grosso com participação de 17,2% no valor, Paraná 13,2%, São Paulo 11,2%, Rio Grande do Sul 10,8%, e Minas Gerais 10%.

 

O que é VBP  

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento. Calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país, dos 26 maiores produtos agropecuários do Brasil. 

O valor real da produção, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas. A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês.  

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Terça, 15 de Junho de 2021
Soja segue com baixas fortes em Chicago, pressionada pelas chuvas esperadas para os EUA
Soja segue com baixas fortes em Chicago, pressionada pelas chuvas esperadas para os EUA Fonte: Noticias Agrícolas

A pressão sobre os preços da soja continua na Bolsa de Chicago e os futuros da oleaginosa vêm intensificando suas baixas no final da manhã desta terça-feira (15). As cotações perdiam entre 0,25 e 21,75 pontos nos principais vencimentos, levando o julho a US$ 14,71 e o novembro a US$ 13,73 por bushel. Essas são as mínimas dos preços em nove semana. 

O que mais pesa sobre as cotações agora é a questão climática. O mercado está bastante focado nas previsões que chegam do NOAA, o serviço oficial de clima dos Estados Unidos, com modelos que seguem trazendo mais chuvas e temperaturas mais baixas do que o normal para a segunda metade de junho. Embora em foco agora, o modelo americano não tem sido o que mais acerta as previsões para o Corn Belt nas últimas semanas, mas ainda assim promove perdas intensas para os futuros da soja e do milho, os quais  testam suas mínimas em três semanas no caso do cereal. 

Os mapas do NOAA seguem mostrando para o período de 22 a 28 de junho chuvas acima da média, principalmente no estado de Iowa, que é um dos que mais sofre com o tempo seco agora, além de temperaturas mais amenas. Confirmadas essas condições seriam bem vindas para as lavouras norte-americanas, as quais já vêm sofrendo diante das atuais condições. 

"Quanto de soja chegará a Iowa nas próximas duas semanas? Este foi o maio e tem sido o início de junho mais secos para o estado nos últimos 20 anos. Iowa é o maior estado produtor de milho e o segundo maior de soja. Se as chuvas, porém, continuarem abaixo do normal até o final deste mês e no começo de julho, aí será mais difícil de alcançarmos a média de produtividade para os EUA em 2021", afirma o consultor de mercado Al Kluis, da Kluis Advisors ao portal Successful Farming. 

Ao lado da questão do clima, os mercados de soja e milho sentem a pressão ainda das incertezas no mercado de biocombustíveis nos Estados Unidos. O presidente americano Joe Biden se vê dividido entre sua agenda ambiental e o incentivo aos combustíveis verdes, enquanto tem de olhar, ao mesmo tempo, para suas refinarias de petróleo. 

E assim, a possibilidade de uma redução no mandatório do biodiesel e do etanol de milho também promovem uma especulação forte no mercado dos grãos. Ontem, os futuros do óleo de soja perderam mais de 3%, e hoje seguem em campo negativo, porém, com perdas mais contidas.

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes 

Terça, 15 de Junho de 2021
Milho: B3 continua recuando com influência de Chicago
Milho: B3 continua recuando com influência de Chicago Fonte: Noticias Agrícolas

A Bolsa Brasileira (B3) opera em campo negativo para os preços futuros do milho nesta terça-feira (15). As principais cotações registravam movimentações de recuo entre 0,80% e 1,50% por volta das 11h42 (horário de Brasília).

O vencimento julho/21 era cotado à R$ 88,98 com perda de 1,20%, o setembro/21 valia R$ 90,23 com queda de 0,95%, o novembro/21 era negociado por R$ 91,30 com desvalorização de 1,50% e o janeiro/21 tinha valor de R$ 93,45 com baixa de 0,80%.

De acordo com análise da Agrifatto Consultoria, “os valores do milho na B3 foram impactados pela desvalorização do milho em Chicago”. Isso levou os contratos futuros do cereal à fecharam a segunda-feira em queda e estenderem a tendência para esta terça-feira.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro seguem caindo nesta terça-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 12,00 e 19,25 pontos por volta das 11h32 (horário de Brasília).

O vencimento julho/21 era cotado à US$ 6,47 com queda de 12,00 pontos, o setembro/21 valia US$ 5,80 com perda de 18,50 pontos, o dezembro/21 era negociado por US$ 5,62 com desvalorização de 19,25 pontos e o março/21 tinha valor de US$ 5,69 com baixa de 19,00 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os mercados de grãos recuaram acentuadamente no comércio noturno, auxiliados pela queda nas condições das safras, apesar da preocupação persistente com a demanda de biocombustíveis e as previsões de clima frio e úmido para o final de junho.

“Apesar de uma queda de 4% nas classificações semanais da condição do milho no relatório de progresso da safra de ontem do USDA, os mercados continuaram suas vendas durante a noite”, destaca a analista Jacqueline Holland.

Para a semana encerrada em 13 de junho, 68% da área plantada de milho prevista para 2021 foi relatada como de boa a excelente condição após uma semana de clima quente e seco que afetou as lavouras que já tinham lutado para emergir da seca ou condições de crescimento frias anteriormente.

“A revisão para baixo nas condições do milho era esperada pelos mercados, embora a nova classificação de 68% de bom a excelente tenha sido 1% menor do que a média das estimativas dos analistas”, diz Holland.

Fonte: Noticias Agrícolas - Guilherme Dorigatti

Terça, 15 de Junho de 2021
Kit acelera o diagnóstico da tuberculose bovina
Kit acelera o diagnóstico da tuberculose bovina Fonte: Agrolink

A Embrapa Gado de Corte (MS) desenvolveu um kit que promete maior agilidade no diagnóstico da tuberculose bovina, com alta precisão. A inovação está em associar o método Elisa (sigla inglesa para ensaio de imunoadsorção enzimática) ao teste intradérmico, atualmente o único oficial para a doença no país.

O novo kit apresenta como vantagens a praticidade, rapidez e possibilidade de testar várias amostras em curto espaço de tempo, além de automação na obtenção dos resultados, baixo custo e fácil padronização para uso em diferentes laboratórios. A tecnologia deve chegar ao mercado em breve.

“O exame é feito em placas e quando a reação é positiva ele gera uma coloração. Além de acelerar o saneamento do rebanho, não interfere no estado imunológico do animal, podendo ser feito várias vezes”, destaca o pesquisador da Embrapa Gado de Corte Flábio Ribeiro Araújo.

De acordo com ele, durante as pesquisas foi possível detectar, corretamente, 88,7% dos animais doentes e 94,6% dos sadios. A técnica não exige que os animais sejam manuseados mais de uma vez para a coleta de amostras de sangue, que podem ser utilizadas também para diagnóstico de outras doenças, o que representa benefício econômico. Vale destacar ainda que a coleta de sangue pode ser feita a qualquer momento para ser testada de imediato ou armazenada para estudos retrospectivos. 

A nova tecnologia da Embrapa pode impactar também a exportação. Atualmente, a tuberculose bovina é um grande problema em função das crescentes exigências sanitárias por parte dos países importadores, que impõem, cada vez mais, restrições às propriedades com diagnóstico positivo. Estima-se que as perdas anuais com essa doença no mundo girem em torno de 3 bilhões de dólares.

A doença acomete rebanhos leiteiros e de corte, acarretando prejuízos sanitários e econômicos para o país.  É uma enfermidade infectocontagiosa de evolução crônica, causada pela bactéria M. bovis, e contagia não só bovinos como também caprinos, ovinos, suínos, animais silvestres e domésticos, caracterizando-se como uma zoonose.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem: Marcel Oliveira

Terça, 15 de Junho de 2021
FGV: corrente de comércio tem o maior valor da série iniciada em 1997
FGV: corrente de comércio tem o maior valor da série iniciada em 1997 Fonte: Agência Brasil

A corrente de comércio - exportações mais importações - registrou em maio o maior valor na série histórica iniciada em 1997. O volume chegou a US$ 54,6 bilhões em maio, crescimento de 58,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. O desempenho se repetiu na balança comercial que teve saldo positivo de US$ 9,3 bilhões, o maior na série histórica e US$ 2,5 bilhões acima do valor de maio de 2020.

Os dados são do Boletim de Comércio Exterior (Icomex) referente ao mês de maio, divulgados hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

De acordo com o indicador, a China foi a principal contribuição para o saldo positivo da balança comercial, com superávit de US$ 19,1 bilhões, o que representa 70,4% do saldo global. Além da China, saldos positivos foram registrados nos demais países da Ásia e na América do Sul.

Acumulado

O superávit comercial no acumulado do ano até maio alcançou US$ 27,1 bilhões, o maior na série histórica. Na corrente de comércio foi o segundo valor mais elevado, chegando a US$ 190,2 bilhões, inferior em US$ 1,1 bilhão ao registrado em 2013. Na comparação com o acumulado de maio de 2020, o superávit comercial aumentou em US$ 11,1 bilhões e a corrente de comércio em 26,2%, com resultado de US$ 42,6 bilhões.

O instituto destacou que os índices de comércio exterior mostram variação positiva nos três grandes setores da indústria, tanto na comparação interanual mensal como na do acumulado. “Chama atenção a variação mensal acima de 10% em todos os setores, tanto nas exportações como nas importações. O aumento das importações, mesmo em um cenário de câmbio elevado, será ressaltado”, disse o o Ibre.

Ainda na comparação interanual do mês de maio, a principal contribuição para o aumento no valor exportado de 53,8% foi de preços, que cresceram 40,1%. Nas importações, o valor aumentou em 65,3% e o volume influenciou o resultado com aumento de 42,1%.

Já na relação entre os acumulados dos anos até maio, as exportações avançaram 30,6% e as importações 20,9%.

Exportações

Assim como ocorreu em abril, o volume das não commodities, que teve variação de 33,8%, puxou o desempenho exportador de maio, enquanto o das commodities, mesmo positivo, ficou em 12,9%. Nos preços, as commodities se destacaram com alta de 38,5%.

No acumulado do ano, a indústria de transformação ficou na frente, com crescimento de 10,3% no volume exportado. Os dez principais produtos exportados foram açúcar e melaço, farelos de soja, carne bovina, combustíveis, celulose, carne de aves, semi-acabados de ferro ou aço, ouro não monetário, ferro gusa e veículos de passageiros.

“Observa-se que, exceto os automóveis, todos os outros podem ser classificados como commodities. Se avaliarmos os 20 principais produtos exportados, estão presentes instalações para equipamentos de engenharia, aeronaves, partes e peças para automóveis e outros veículos de transporte de mercadorias. Nesse caso, os produtos do setor de material de transporte lideram as exportações de maior valor adicionado.”

O destaque na análise mensal ficou com o aumento no volume da indústria extrativa, liderado pelo minério de ferro, com crescimento de 24,2% em volume e 106% nos preços. O petróleo foi o segundo principal produto.

Embora tenha registrado queda de volume, houve aumento de preço de 139%, o que resultou numa variação em valor de 54%, na comparação interanual do mês de maio.

A produção de soja explicou 89% das exportações da agropecuária em maio e 78% no acumulado de janeiro a maio. Depois da soja, o café e o algodão foram os principais produtos.

Importações

O volume importado da indústria de transformação ficou em 45,2% na comparação mensal. Os combustíveis, foram os primeiros da lista dos cinco principais produtos importados. Teve aumento no valor de 228%, com a elevação de volume de 67% e de preços de 97%.

Na agropecuária, o trigo registrou aumento em valor de 53%, com volume em 27% e nos preços em 21% e respondeu por 37% das importações do setor em maio. O óleo bruto de petróleo explicou 48% do total das compras da indústria extrativa, com aumento em valor de 534%, volume 341% e preços 44%.

Parceiros

Nos volumes exportados e importados do Brasil com os principais parceiros, o destaque ficou para o aumento nos volumes exportados para os países da América do Sul, inclusive a Argentina e as vendas do setor automotivo explicam o resultado. Na Argentina, o aumento do volume foi de 45,1% e os preços 6,5%. Para os outros países da América do Sul, o volume aumentou 31,8% e os preços, 5,8%. A participação da China nas exportações brasileiras passou de 32,5% para 34% entre janeiro e maio de 2020 e 2021.

Fonte: Agência Brasil - Cristina Indio do Brasil 

Imagem: Ministério da Infraestrutura

Segunda, 14 de Junho de 2021
La Niña tem 53% de chances de retorno no final do ano
La Niña tem 53% de chances de retorno no final do ano Fonte: Agrolink

Com as atualizações das projeções climáticas para os próximos meses, há um panorama geral da tendência do comportamento do fenômeno El-Nño Oscilação Sul (ENOS), que impacta diretamente o clima no Brasil e consequentemente o regime das chuvas. E como uma projeção geral, nós estamos na condição de Neutralidade do fenômeno, sem chances para a ativação de um El-Niño e com a possibilidade do retorno de uma La-Niña ao final deste ano.

De acordo com Centro de Meteorologia Australiano (Bureau of Meteorology), “o ENOS permanece neutro, com todos os indicadores oceânicos e atmosféricos dentro da faixa neutra. As perspectivas dos modelos climáticos mostram que esse estado de neutralidade do ENOS provavelmente continuará até pelo menos a primavera”. E completa, “as temperaturas da superfície do mar estão próximas da média na maior parte do Oceano Pacífico equatorial, embora anomalias frias permaneçam em algumas pequenas áreas dos trópicos no leste da Bacia, estendendo-se ao longo da costa da América do Sul.”

Esta análise entra em concordância com a previsão de consenso do Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e Sociedade (IRI/Columbia) indicando que a grande maioria das previsões dos modelos preveem que as temperaturas da superfície do mar permaneçam dentro da normalidade durante o inverno. Mostrando que a fase de neutralidade do ENOS persiste pelo menos até julho-agosto-setembro, com maior incerteza no final do ano. Porém sem aviso para La-Niña, até o momento.

Projeção de Probabilidade Para o Retorno dos Fenômenos

Vale destacar, que nesta projeção, até pelo menos o primeiro trimestre de 2022 as condições para a ativação de um El-Niño são muito baixas. Porém, devido à distância do evento e com a atualização das condições climáticas, esta projeção poderá mudar. Assim como a projeção da Neutralidade e La-Niña, visto que os indicativos mostram probabilidades muito próximas da ocorrência dos dois eventos para o final deste ano, desta forma o retorno de uma provável La-Niña não está descartado.

Como ficam as chuvas para o trimestre  Jun/Jul/Ago

De acordo com a projeção do modelo norte americano CFSv2, os indicativos para o trimestre de inverno apontam para chuvas abaixo da normalidade em grande parte da região centro-sul do Brasil. Abrangendo os estados de MS, sul de MG, SP, PR, SC e RS. E especialmente no oeste de SC e noroeste do RS, a tendência será de chuvas ainda mais escassas. Além disso, ao norte do MS, sul de MG e norte de SP, o cenário é preocupante, pois os acumulados de chuva nessas regiões nesta época do ano são baixos e as chuvas do verão e outono não atingiram os volumes climatológicos esperados. Outra região com indicativos de chuva abaixo da média é no litoral leste do nordeste. No entanto, os volumes médios para esta época do ano são elevados. Já em grande parte da parcela central do país, as chuvas ficarão dentro daquilo que é esperado. No entanto, climatologicamente, os volumes são muito baixos tendo regiões como no oeste da BA onde os acumulados ficam comumente abaixo dos 5 mm nesta época do ano. Em relação às chuvas acima da expectativa, apenas no extremo norte do Brasil.

Fonte: Agrolink - Aline Merladete

Imagem: abra.ind.br