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Sexta, 27 de Novembro de 2020
Ministério cria Comitê Gestor de Proteção de Dados Pessoais
Ministério cria Comitê Gestor de Proteção de Dados Pessoais Fonte: Agência Brasil

O Ministério das Comunicações anunciou a criação do Comitê Gestor de Proteção de Dados Pessoais. Esse comitê vai discutir a atuação do ministério em relação à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). A lei entrou em vigor em setembro no Brasil e define limites e condições para coleta, guarda e tratamento de informações pessoais.

A LGPD (Lei Nº 13.709) disciplina um conjunto de aspectos: define categorias de dados, circunscreve para quem valem seus ditames, fixa as hipóteses de coleta e tratamento de dados, traz os direitos dos titulares de dados, detalha condições especiais para dados sensíveis e segmentos (como crianças), estabelece obrigações às empresas, institui um regime diferenciado para o Poder Público, coloca sanções em caso de violações e prevê a criação de uma autoridade nacional.

O comitê gestor discutirá a atuação do ministério no atendimento à lei. Esse grupo deverá elaborar, em 30 dias, um programa de governança em privacidade, que contemple ações como o treinamento e conscientização das equipes do ministério e a definição de estratégias e diretrizes para as atividades do setor que atuará com a proteção de dados.

A primeira reunião do grupo está marcada para 4 de dezembro. Os membros poderão convidar representantes de outros órgãos da administração pública federal, estadual ou municipal, de entidades privadas, de organizações da sociedade civil e de organismos internacionais para participar de reuniões com o propósito de contribuir para a execução dos trabalhos.

Fonte: Agência Brasil

Sexta, 27 de Novembro de 2020
Destaques da Economia (23 a 27/11)
Destaques da Economia (23 a 27/11) Fonte: AF News Agricola

O novo avanço do coronavírus alimenta temores de uma nova recessão mundial, o que aumenta a pressão sobre bancos centrais e governos para que deixem de lado outras preocupações e tomem mais medidas para estimular a demanda. Mesmo com o otimismo em relação as vacinas contra a Covid-19 com o seu lançamento para dezembro, a distribuição generalizada levará meses e o aumento de casos recentes da doença, criam mais temor sobre os impactos negativos do vírus contra a economia mundial. Veja também os destaques da economia brasileira e balança comercial.

Economia Brasileira

Cotação do Dólar: No fechamento de quinta-feira (05), o preço do dólar registrou uma variação positiva diária em 0,28% sendo cotado a R$ 5,335. Na variação semanal, o indicador apresentou alta de 0,41% tendo em vista que a moeda americana estava cotada a R$ 5,313 a uma semana. Nesta manhã de sexta-feira (27), às 10h00 o dólar operava a R$ 5,33.

País cria 395 mil vagas formais em outubro: A economia brasileira gerou 394.989 empregos com carteira assinada em outubro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (26). O número de empregos formais criados em outubro de 2020 é o maior registrado na série histórica, que começa em 1992. Foi o quarto mês seguido em que as contratações com carteira assinada superaram as demissões. Dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas, quatro tiveram saldo positivo no emprego em outubro. O principal foi o setor de serviços, que abriu 156.766 novas vagas. No comércio foram criados 115.647 postos; na indústria, 86.426; na construção, 36.296.

Petrobras irá reduzir investimentos em 27%: A Petrobras anunciou que reduzirá 27% do seu orçamento para investimentos nos próximos cinco anos. O plano prevê investimentos de US$ 55 bilhões entre 2021 e 2025, ante os US$ 75 bilhões do orçamento anterior. Cerca de 84% dos aportes serão destinados à exploração e produção de petróleo. A meta de produção para 2025, de 3,3 milhões de barris de óleo e gás, é 5% inferior à do plano aprovado em 2019 — queda que, segundo a Petrobras, reflete a venda de ativos de exploração e produção na Bacia de Campos.

Preços sobem até 15,7% antes da Black Friday: Um levantamento feito pelo site de comparação de preços JáCotei revelou que os preços de produtos antes da Black Friday subiram em média 5%, com alta de até 15,7%. A plataforma, que conta com 20 milhões de produtos em mil lojas, comparou ofertas entre os dias 27 de setembro e 18 de novembro. As mercadorias que registraram os maiores aumentos pré-Black Friday foram aparelhos de ar-condicionado (15,7%), climatizadores de ar (14,7%) e fritadeiras sem óleo (10,8%).

Agronegócio Brasileiro e Balança Comercial

Segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior - Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), disponibilizados na terça (24), na 3ª semana de Novembro de 2020, a balança comercial registrou superávit de US$ 0,936 bilhão e corrente de comércio de US$ 7,303 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 4,119 bilhões e importações de US$ 3,183 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 12,579 bilhões e as importações, US$ 9,658 bilhões, com saldo positivo de US$ 2,921 bilhões e corrente de comércio de US$ 22,237 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 186,726 bilhões e as importações, US$ 136,377 bilhões, com saldo positivo de US$ 50,348 bilhões e corrente de comércio de US$ 323,103 bilhões.

Nas exportações dos produtos agrícolas, a Secex informou que:

As exportações de café torrado contabilizaram um volume de 63,47 mil toneladas na terceira semana de novembro. O resultado foi 6,88% inferior ao da semana anterior. A média diária de embarque entre os dias 16 a 20 de novembro ficou em 12,69 mil tons.

A soja em grãos obteve um volume de 307,0 mil de toneladas na terceira semana de novembro, com aumento de 137% ante a semana passada.  A média diária no período foi de 61,47 mil tons.

Na exportação do milho, a Secex informou a movimentação de 1,225 milhão de toneladas entre os dias 16 a 20 de novembro, com incremento de 10,20% no comparativo com a semana anterior. A média diária de embarques foi de 244,0 mil tons.

Economia Mundial

Nova recessão ameaça economia global apesar de avanço de vacinas: O novo avanço do coronavírus alimenta temores de uma nova recessão mundial, o que aumenta a pressão sobre bancos centrais e governos para que deixem de lado outras preocupações e tomem mais medidas para estimular a demanda.

Crescem as expectativas de que vacinas contra a Covid-19 estejam disponíveis já em dezembro, mas a distribuição generalizada levará meses e os casos voltam a aumentar em muitas grandes economias. Autoridades têm respondido com mais restrições para limitar a propagação do coronavírus às custas de uma atividade econômica mais fraca.

Economistas de Wall Street dizem agora que não demoraria muito para que as economias dos Estados Unidos, zona do euro e Japão encolham novamente neste trimestre ou no próximo, poucos meses depois de terem superado a recessão mais profunda em gerações.

Indicadores econômicos de dados de alta frequência da Bloomberg apontam para uma recessão dupla. Índices de manufatura da zona do euro divulgados na segunda-feira justificam essa preocupação, embora um indicador da atividade de empresas nos EUA tenha sido positivo.

Com isso, autoridades de política monetária ouvem pedidos de mais estímulos, mesmo quando bancos centrais já estão sobrecarregados. Enquanto isso, políticos dos EUA à Europa estudam o que podem e devem fazer com a política fiscal.

“Embora haja muita empolgação com o progresso do desenvolvimento de vacinas, não será a solução rápida que muitos esperam que seja”, disse o ministro de Comércio e Indústria de Cingapura, Chan Chun Sing. “Produzir doses suficientes, depois distribuir e vacinar uma população global significativa levará muitos meses, senão anos”, disse a repórteres na segunda-feira.

Existe a preocupação de que os bancos centrais tenham ficado sem espaço para agir de forma decisiva e que mesmo condições financeiras ainda mais frouxas não impulsionariam a economia. O Fundo Monetário Internacional está entre os que alertam que os preços elevados dos ativos indicam potencialmente uma desconexão com a economia real e, portanto, podem representar uma ameaça à estabilidade financeira.

“Há um excesso de poupança e uma escassez de investimento”, que é o principal problema das economias desenvolvidas, disse a ex-presidente do Fed, Janet Yellen, que deve ser indicada como secretária do Tesouro do presidente eleito Joe Biden.

“Precisamos ter uma política fiscal, uma política estrutural diferente de apenas depender dos bancos centrais para alcançar um crescimento saudável”, afirmou no New Economy Forum da Bloomberg na semana passada.

A China é a única grande economia que deve crescer em 2020, pois o controle do surto de coronavírus permitiu que as restrições fossem amenizadas meses atrás. Embora a recuperação chinesa liderada pelo comércio ofereça impulso ao mundo por enquanto, a China também é vulnerável à perspectiva global.

 
Fonte: AF News Agricola - Giulia Zenidin

Quinta, 26 de Novembro de 2020
`De onde virão os terneiros?’
`De onde virão os terneiros?’ Fonte: SENAR - RS

Senar-RS promove seminário on-line `De onde virão os terneiros?’

Especialistas participam de seis painéis, que serão transmitidos pelo YouTube a partir do dia 17 de novembro.

Aeficiênciareprodutiva do gado é umapreocupação de todo o pecuarista. O sucessodesseprocessodepende de fatorescomonutrição, sanidade, genética, passando pela competência da mão de obra. Foi para discutirmaneiras de intensificar as etapas de cria e recria, incrementando a produção que, em 2012, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) criou o seminário"De ondevirãoosterneiros?".

De lá para cá, o eventoteve 22 etapasrealizadasem 16 municípiosgaúchos, atingindo um público de 6.378 pessoas - sendoconsiderado um dos principaiseventos de pecuária de corte do Rio Grande do Sul. 

A próximaetapa do semináriocomeçanapróximasemana, com painéis online transmitidospelo canal do Senar-RS no YouTube nosdias 17,18, 19, 23, 25 e 26 de novembro.

O objetivo é ofereceraospecuaristassubsídios e estratégias para aumentar a taxa de prenhez e reduzir o tempo de desmame e aidade para primeirareprodução das novilhas. Mediadospelomédico-veterinário Pedro Faraco Rodrigues, técnico da FormaçãoProfissional Rural do Senar-RS, oseventosterão a participação de zootecnistas, agrônomos e veterinários que abordarãotemascomoqualidade de forrageiras, controle de carrapatos e qualidade da carne. Um dos painéiscontaráainda com a participação de pecuaristas, que apresentarãorelatos de sucessonaprodução de terneiros.

O semináriotambémcontará com a participação de nomescomoGedeão Pereira, presidente do Sistema Farsul, Eduardo Condorelli, superintendente do Senar-RS, e José Alcindo de Souza Ávila, superintendente da Casa Rural.   

 

SEMINÁRIO `DE ONDE VIRÃO OS TERNEIROS?’

17,18, 19, 23, 25 e 26 de novembro, às 19h30Canal do Senar no YouTube (www.youtube.com/SenarRioGrandedoSul) 

 

CRONOGRAMA: 

Carcaças e cortes de qualidade.

Quando- 26 denovembro, às 19h30.

Objetivos - Discutirosprocessos de produção de carne de qualidade e osmercados que pode se atingir.

Participantes - Eduardo Condorelli, Fernando Costabeber, José Fernando PivaLobato, LeonirPascoal, Luiz Roberto Saalfeld e Pedro Faraco Rodrigues.

Quinta, 26 de Novembro de 2020
Senado aprova PL que desburocratiza recuperação judicial para produtores rurais
Senado aprova PL que desburocratiza recuperação judicial para produtores rurais Fonte: Canal Rural

De acordo com o presidente da FPA, Alceu Moreira, a medida também vai diminuir os custos do crédito rural, pois reduz os riscos; entenda

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O projeto de lei 6.303 de 2019, que altera a Lei de Falências e Recuperação Judicial, foi aprovado pelo Senado nesta quarta-feira, 25.  De acordo com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o PL desburocratiza o acesso do produtor rural à recuperação judicial. Agora, o texto aguarda sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro.

O presidente da FPA, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), entende que a compreensão do Senado em não modificar o mérito e aprovar o projeto da forma que foi enviado pela Câmara aos senadores foi “certamente uma grande vitória do agro e principalmente uma vitória da segurança jurídica, com a redução de risco do crédito brasileiro”.

Ainda segundo Alceu Moreira, com a aprovação do PL, “melhora a qualidade de crédito. O custo do crédito está muito ligado ao risco, se não tem o risco o crédito fica mais barato”, entende o deputado.

O projeto segue a mesma linha da decisão proferida pela Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em novembro de 2018. Conforme ficou estabelecido, as dívidas constituídas por produtor rural durante o exercício da atividade rural sem inscrição na Junta Comercial poderão ser incluídas no processo de recuperação judicial.

 

Integrante da FPA, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) destaca que o número de empresas inadimplentes deve ser pelo menos três vezes maior do que o esperado num cenário sem crise e esperam-se 3.500 pedidos de falência nos próximos meses, por conta da pandemia. “Se não preservarmos as empresas, não preservaremos os empregos”, declara.

A maior facilidade para o produtor rural obter a concessão da recuperação judicial facilitará a preservação de empregos e a manutenção da produção do sistema rural brasileiro. O senador Luis Carlos Heinze, também membro da FPA, julga como “um avanço para ajudar o Brasil”. Além disso, o parlamentar entende que a proposta aprovada “beneficia o setor agropecuário como um todo, pois ajuda na recuperação dos produtores rurais do país”.

Recuperação judicial é uma forma viabilizada pela Justiça de conceder às empresas com dificuldades financeiras maior prazo para negociação de dívidas. O objetivo é impedir danos causados à organização e aos colaboradores por um possível encerramento das atividades.

Fonte: Canal Rural

Quinta, 26 de Novembro de 2020
Arroz – Balanço Semanal
Arroz – Balanço Semanal Fonte: AF News Agricola

O preço do arroz vem registrando estabilidade durante todo o mês de novembro. Mas na última semana, o mercado sinalizou leve queda de 0,90% na variação semanal no indicador do Cepea/Esalq. Segundo a entidade, o distanciamento das beneficiadoras de arroz, especialmente as que trabalham apenas com o mercado doméstico, postergaram as compras de novos lotes da matéria-prima, à espera de novas quedas nos preços.

 

Arroz Brasil

Os preços no mercado do arroz no RS seguem em estabilidade desde o início de setembro. Há o contrabalanceamento entre o enfraquecimento do varejo e a chegada de arroz importado, com a baixa oferta atual do produto. Em altos patamares, os preços ao produtor no RS, seguem oscilando próximo dos R$100,00/50g desde o início de setembro.

Em novembro, a demanda no varejo segue enfraquecida, o que contribui para, também, um menor movimento no atacado. As indústrias seguem relativamente abastecidas por recente movimento de compra no mercado interno e, mais recentemente, pela entrada atual de arroz importado fora do Mercosul. Os produtores seguem com a atenção voltada para a lavoura, que se encontra hoje cerca de 90% semeada.

Na segunda quinzena do mês de dezembro começa a colheita no Paraguai. Apesar de não ser suficiente, o volume inicial a ser importado pode ser mais um fator de impedimento de um movimento de alta nos preços. Um movimento maior de queda nos preços poderá ser apenas em março, com a intensificação da colheita no Brasil.

 

Produção de Arroz Brasil

O levantamento da Emater-RS do último dia 19, apresentou que a sequência de dias de tempo seco no Rio Grande do Sul, apesar de períodos de chuvas esparsas e de baixo volume, não interrompeu o plantio do arroz que já chega a 94%. Na região de Bagé, os reservatórios destinados à irrigação da cultura de arroz permanecem volumes de água insatisfatórios, trazendo limites à manutenção das lavouras e à expansão da área.

Nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Bagé e Santa Rosa, o plantio foi praticamente paralisado. Na de Bagé, a área prevista para a safra de 396 mil hectares está próxima de ser alcançada apesar disso. Há dificuldade de emergência nas áreas semeadas recentemente, pois os produtores têm restringido o uso da irrigação para atingir a umidade do solo ideal para as sementes, na expectativa de que ocorram precipitações. Na Campanha, em Dom Pedrito, estima-se que 3% dos 26 mil hectares tenham que ser replantados devido ao baixo estande de plantas. Ao longo da semana foram realizadas aplicações de fertilizantes nitrogenados e herbicidas nas lavouras estabelecidas em outubro, e iniciada a irrigação. Nas demais áreas, produtores aguardam o desenvolvimento das plantas para manejar as ervas daninhas e o início da irrigação.

Na de Santa Rosa, com a manutenção dos dias ensolarados, a cultura tem bom desenvolvimento vegetativo, mas produtores estão receosos quanto à Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1633, p. 12, 19 nov. 2020 disponibilidade de água em barragens e riachos para manutenção da irrigação. A falta de chuva afetou as lavouras já semeadas, sendo necessária a entrada de água para garantir emergência uniforme e manter o estande de plantas, a fim de atingir o potencial de produtividade de nove mil quilos por hectare. Na de Porto Alegre e Santa Maria, o tempo foi favorável. As precipitações que ocorreram com baixos volumes permitiram a continuidade das atividades de preparo do solo e semeadura.

Na região de Porto Alegre, já chega a 63% o plantio. As lavouras implantadas estão com boa germinação e bom desenvolvimento inicial devido à umidade do solo. Nas mais adiantadas, já é realizada a irrigação. Na de Santa Maria, 60% do total previsto de 133.516 hectares já foram plantados. As lavouras encontram-se nas fases de germinação e desenvolvimento vegetativo, com bom aspecto. Na de Soledade, 80% da área total para safra já foi semeada. Nos sistemas de cultivos com plantio direto ou convencional, a germinação/emergência e desenvolvimento vegetativo inicial estão de acordo com o esperado. Nas áreas com cultivos pré-germinado, a semeadura está mais avançada, com lavouras apresentando ótimo crescimento e desenvolvimento vegetativo.

Na região de Pelotas, a semana que passou novamente seguiu favorável para as semeaduras, mesmo com algumas precipitações esparsas e de pouco volume. Estas condições estão favorecendo o desenvolvimento do arroz já semeado, permitindo seu pleno estabelecimento e desenvolvimento vegetativo. A maioria dos municípios produtores da região já semearam 100% da área prevista, mas com período ainda favorável, deverão extrapolar a previsão. Os produtores monitoram os reservatórios de água que estão nos níveis adequados e suficientes para a irrigação das áreas já semeadas, se as condições climáticas forem favoráveis poderão avançar na intenção de plantio de 167 mil hectares.

Arroz Mercado Externo

Os preços de exportação do arroz tailandês atingiram o valor mais alto em quase dois meses na última semana devido a preocupações com a oferta, mesmo com a demanda continuando fraca. Enquanto isso, a rúpia valorizada manteve as taxas para a variedade indiana perto do mínimo de oito meses.

Na Bolsa de Chicago, a semana passada havia sido de queda nos indicadores, porém, nesta semana, até ontem (25), os contratos futuros do arroz estavam com variações positivas em relação a quarta-feira anterior.

Fonte: AF News Agricola - Giulia Zenidin

 

Quinta, 26 de Novembro de 2020
Rabobank prevê estoques baixos de milho nos EUA e preços aquecidos no Brasil em 2021
Rabobank prevê estoques baixos de milho nos EUA e preços aquecidos no Brasil em 2021 Fonte: Safras & Mercado

O Rabobank publicou o estudo Perspectivas para o agronegócio brasileiro em 2021 no qual destaca que a contração dos estoques de passagem dos Estados Unidos no ciclo 2020/21 e demanda internacional aquecida, com destaque para importações muito acima do normal da China (24 milhões de toneladas), tendem a dar suporte as cotações em Chicago em 2021. As perspectivas de preços médios devem variar entre US$ 4,30 e US$ 4,50/bushel ao longo de 2021.

      No Brasil, além do suporte do mercado internacional, a taxa de câmbio e a demanda interna crescente também tendem a manter os elevados níveis de preços locais. Estoques apertados do ciclo 2019/20 só seriam recompostos com a entrada da oferta do milho segunda safra 2020/21, cuja produção ainda tem grandes incertezas por fatores climáticos.

     Por outro lado, um cenário de forte apreciação do real frente ao dólar poderia alterar os níveis de paridade de exportação e seria uma das poucas variáveis capazes de ocasionar mudança estrutural no atual nível de preços de milho no Brasil.

Demanda forte e incertezas da oferta

      O ano de 2020 registrou o recorde de preços nominais (e reais) do milho no mercado brasileiro, com o indicador Esalq/BM&F superando a barreira de R$ 80,00/saca no segundo semestre. O suporte às cotações, mesmo com a entrada da oferta do milho segunda safra, é resultado da valorização do cereal no mercado internacional, desvalorização cambial, mercado doméstico aquecido e retração vendedora, segundo a análise do Rabobank na publicação Perspectivas para o agronegócio brasileiro em 2021.

     No mercado internacional, após quase tocarem os US$ 3/bushel e atingirem os menores patamares em 12 anos, os preços do milho em Chicago (CBOT) tiveram forte escalada rompendo a barreira dos US$ 4,20/bushel. Após um bom início, o desenvolvimento das lavouras americanas acabou sendo prejudicado pelo clima e, após perspectivas preliminares de que poderiam superar a barreira dos 400 milhões de toneladas, os EUA colheram 368,4 milhões de toneladas de milho em 2020. Por outro lado, apesar da demanda de milho pela indústria de etanol americana ter sido negativamente impactada pelas restrições impostas pela pandemia da Covid-19, as exportações do cereal devem ter expressivos aumentos na safra 2020/21 no comparativo com o ciclo anterior (de 45,2 milhões de toneladas para 65,4 milhões de toneladas). Essa demanda externa aquecida, que deve impulsionar as exportações americanas, é justificada por uma demanda chinesa inédita em termos de volume.

     Após forte política de construção de estoques através de estímulo de produção local, que perdurou do início da década até 2016, a China passou a consumir parte desse volume acumulado. Porém, a safra 2020/21 registrou perdas produtivas na China (5% abaixo do ciclo anterior) e, com a demanda aquecida pela retomada do rebanho suíno após as perdas registradas pela Peste Suína Africana em 2019, os estoques chineses tinham projeções de ficar abaixo da faixa do equivalente à 70% de seu consumo, tido como limite inferior para fins de segurança alimentar. Nesse cenário, a alternativa encontrada foi o incremento de importações que devem somar 24 milhões de toneladas no ciclo 2020/21 (outubro/20 a setembro/21) – para fins de comparação, nos últimos 10 anos, a média de importações de milho da China foi de 3,8 milhões de toneladas. Com isso, as perspectivas de estoques americanos que chegaram a apontar para o maior volume em 30 anos, agora são de contração para os menores patamares desde o ciclo 2013/14, o que deu suporte para patamares acima de US$ 4,20/bushel em Chicago. Esse cenário tende a perdurar ao longo de todo ano de 2021 – embora, deva ocorrer expansão de área nos EUA na próxima safra pelos níveis atrativos de preços ao produtor americano, ela deve ser limitada em até 1,2 milhão de hectares pela atratividade de margens de outras culturas, como soja e algodão.

     No Brasil, essa forte alta no mercado internacional alinhada com desvalorização cambial e demanda interna aquecida resultou em cenário de preços favoráveis ao produtor para a safra 2020/21. Os contratos futuros para setembro/21, referência para comercialização da segunda safra, tiveram média de R$ 50,40/saca no período de maio a outubro/20, 36% acima do verificado nesse mesmo período de 2019 (com referência ao contrato de setembro/20). Isso impulsionou a comercialização antecipada, segundo o IMEA, 59,5% da segunda safra do ciclo 2020/21 estava comercializada até novembro/20, ante 37,2% na média das últimas 5 temporadas para esse período do ano.

     Nesse cenário, a perspectiva é que o Brasil semeie 19,2 milhões de hectares de milho na safra 2020/21 (verão + segunda safra), 4,3% mais que no ciclo anterior. Assumindo a linha de tendência de produtividade, a estimativa é que a produção alcance 107,2 milhões de toneladas. Vale ressaltar que essa expectativa de produção estará condicionada principalmente ao desenvolvimento da segunda safra. Os níveis atrativos de preços e comercialização antecipada tendem a estimular o avanço da área da safrinha, mas o atraso na semeadura da soja pode deslocar parte significativa do plantio do milho segunda safra para próximo da parte final (ou até fora) da janela ideal de cultivo, elevando riscos de produtividade por questões climáticas. A demanda doméstica tende a seguir aquecida ao longo de 2021.

     Mesmo em meio ao cenário de elevados preços de ração, as perspectivas apontam para incremento da produção interna de proteínas animais puxado pelas exportações e por recuperação no consumo interno. Além disso, a produção de etanol de milho deve apresentar novo crescimento na ordem de 600 milhões a 1 bilhão de litros adicionais no comparativo com 2020. Dessa forma, a estimativa do Rabobank é que o consumo brasileiro de milho em 2021 fique entre 71 e 72 milhões de toneladas, ante 68,7 milhões de toneladas em 2020

     O Rabobank ainda tece alguns pontos de atenção a serem observados pelo mercado:

* As exportações brasileiras em 2021 vão depender da disponibilidade referente à produção da safra 2020/21. A manutenção do real desvalorizado beneficiaria a competitividade do milho brasileiro e, dada a forte demanda internacional, especialmente da China, o Rabobank estima que as exportações poderiam atingir 37 milhões de toneladas em 2021.

* Os níveis de paridade de exportação devem seguir suportados por Chicago (CBOT), onde o Rabobank estima que as cotações tendem a ficar entre US$ 4,30 e US$ 4,50/bushel em 2021.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

 

 

Quinta, 26 de Novembro de 2020
País registra criação de 394,9 mil vagas de emprego em outubro
País registra criação de 394,9 mil vagas de emprego em outubro Fonte: Agência Brasil

Pelo quarto mês consecutivo, o saldo de geração de empregos ficou positivo. Foram criadas 394.989 vagas com carteira assinada em outubro, resultado de 1.548.628 admissões e de 1.153.639 desligamentos. O resultado recorde na série histórica iniciada em 1992 está no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (26) pelo Ministério da Economia.

O estoque, que é a quantidade total de vínculos ativos, em outubro chegou a 38.638.484, variação de 1,03% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, o saldo é negativo em 171.139, decorrentes de 12.231.462 admissões e de 12.402.601 desligamentos.

Dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas, quatro tiveram saldo positivo no emprego em outubro. O principal foi o setor de serviços, que abriu 156.766 novas vagas. No comércio foram criados 115.647 postos; na indústria, 86.426; na construção, 36.296.

Segundo o secretário do Trabalho, Bruno Silva Dalcolmo, em abril as admissões caíram e as demissões registraram alta, em função da crise gerada pela pandemia de covid-19. Esse efeito do início da pandemia levou o saldo de empregos formais a permanecer negativo ao longo do ano. “As admissões encolheram muito, chegaram a 40% do volume normal, durante o mês de abril. E houve pico de demissões também. Isso abriu um déficit grande no mês de abril. A partir daí, podemos notar uma progressiva retomada do ritmo normal da economia. Mas como as empresas demitiram muito durante o mês de abril e depois já estavam muito enxutas, é natural que as demissões perdessem ritmo”, disse.

Atualmente, acrescentou o secretário, as contratações estão em crescimento. “No momento de reabertura da economia, de retomada forte como está acontecendo agora, isso documentado por gastos de cartão de crédito, de energia elétrica, falta de matéria-prima, é natural que as admissões crescessem em ritmo mais forte do que as demissões”, acrescentou.

Recuperação de empregos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que até o fim do ano é possível recuperar os empregos perdidos no início da pandemia de covid-19. Para o ministro, ao observar o saldo acumulado do ano até outubro, negativo (mais demissões que contrações) em menos de 200 mil (171.139), é possível prever que 2020 terminará sem perdas de empregos. “A pandemia atingiu tragicamente as famílias brasileiras, derrubou os empregos, atingiu pessoalmente todos nós. Mas reagimos com resiliência, soubemos fazer o distanciamento social para proteger as nossas vidas e, ao mesmo tempo, manter a economia girando para proteger os nossos empregos e nossas empresas. E podemos terminar o ano perdendo zero de empregos no mercado formal. Nesta recessão, que nos jogou ao fundo do posso, não perdemos o rumo, nos levantamos, e estamos criando empregos em alta velocidade”, disse, ao participar do início da coletiva virtual para a apresentação dos resultados do Caged.

Guedes acrescentou que o resultado foi tão bom que pode não ser possível melhorar. “A notícia é extraordinária. É tão boa que é difícil melhorar. Acho que não vamos conseguir criar ainda mais empregos. Mas só a indicação de que podemos terminar o ano com zero, é extraordinário”, ressaltou.

O ministro reforçou que a economia brasileira segue em rápida recuperação. “Desde 1992, o Brasil não criava tantos empregos em um mês. A economia continua retornando em V [rápida recuperação], gerando emprego em um ritmo acelerado”, disse Guedes.

Desempenho regional

O mês foi positivo nas cinco regiões do país: no Sudeste, o saldo ficou em 186.884 postos; no Sul, resultado de 92.932; no Nordeste, foram criados 69.519 empregos formais; no Centro-Oeste, 25.024; e no Norte, 20.658 vagas.

Também houve saldo positivo em todas as unidades federativas, com destaque para São Paulo (119.261 novas vagas), Minas Gerais (42.124) e Paraná (33.008). Em termos relativos, os estados com maior variação em relação ao estoque do mês anterior foram Santa Catarina, Ceará e Amazonas.

Trabalho intermitente e regime parcial

Em outubro, houve saldo positivo de 10.611 empregos na modalidade trabalho intermitente, resultado de 19.927 admissões e 9.316 desligamentos (278 trabalhadores assinaram mais de um contrato desse tipo). As novas contratações ocorreram principalmente no setor de serviços, que teve saldo de 5.692 postos, seguido de construção (1.895 postos), indústria (1,6 mil), comércio (1.056) e agropecuária (368).

Nos contratos de regime de tempo parcial, o saldo foi de 1.328 empregos, consequência de 14.742 admissões e 13.414 desligamentos (46 empregados celebraram mais de um contrato nessa modalidade). As vagas foram abertas principalmente no comércio (638 postos) e nos serviços (614). A indústria gerou 217 novos postos e a agropecuária, 21.

Acordos

Houve ainda 15.331 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado em outubro, envolvendo 10.043 estabelecimentos (38 empregados realizaram mais de um desligamento). Nos dados por atividade econômica, esses acordos distribuíram-se por serviços (7.262), comércio (3.409), indústria (2.736), construção (1.420) e agropecuária (504).

Fonte: Agência Brasil – Kelly Oliveira

Imagem: Marcello Casal

Quarta, 25 de Novembro de 2020
`De onde virão os terneiros?’
`De onde virão os terneiros?’ Fonte: SENAR - RS

Especialistas participam de seis painéis, que serão transmitidos pelo YouTube a partir do dia 17 de novembro.

Aeficiênciareprodutiva do gado é umapreocupação de todo o pecuarista. O sucessodesseprocessodepende de fatorescomonutrição, sanidade, genética, passando pela competência da mão de obra. Foi para discutirmaneiras de intensificar as etapas de cria e recria, incrementando a produção que, em 2012, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) criou o seminário"De ondevirãoosterneiros?".

De lá para cá, o eventoteve 22 etapasrealizadasem 16 municípiosgaúchos, atingindo um público de 6.378 pessoas - sendoconsiderado um dos principaiseventos de pecuária de corte do Rio Grande do Sul. 

A próximaetapa do semináriocomeçanapróximasemana, com painéis online transmitidospelo canal do Senar-RS no YouTube nosdias 17,18, 19, 23, 25 e 26 de novembro.

O objetivo é ofereceraospecuaristassubsídios e estratégias para aumentar a taxa de prenhez e reduzir o tempo de desmame e aidade para primeirareprodução das novilhas. Mediadospelomédico-veterinário Pedro Faraco Rodrigues, técnico da FormaçãoProfissional Rural do Senar-RS, oseventosterão a participação de zootecnistas, agrônomos e veterinários que abordarãotemascomoqualidade de forrageiras, controle de carrapatos e qualidade da carne. Um dos painéiscontaráainda com a participação de pecuaristas, que apresentarãorelatos de sucessonaprodução de terneiros.

O semináriotambémcontará com a participação de nomescomoGedeão Pereira, presidente do Sistema Farsul, Eduardo Condorelli, superintendente do Senar-RS, e José Alcindo de Souza Ávila, superintendente da Casa Rural.   

 

SEMINÁRIO `DE ONDE VIRÃO OS TERNEIROS?’

17,18, 19, 23, 25 e 26 de novembro, às 19h30Canal do Senar no YouTube (www.youtube.com/SenarRioGrandedoSul) 

 

CRONOGRAMA: 

DEPs e genômica: controle do carrapato e qualidade da carne.

Quando- 25 denovembro, às 19h30.

Objetivos - O impacto da utilização das ferramentas de melhoramentogenético animal visandocontrole de carrapato e qualidade da carne.

Participantes- Fernando Flores Cardoso, José Fernando PivaLobato, José Reck, LúciaGalvão de Albuquerque e Pedro Faraco Rodrigues. 

Quarta, 25 de Novembro de 2020
CNA: Estados dão sinais de que querem aumentar impostos sobre o agro
CNA: Estados dão sinais de que querem aumentar impostos sobre o agro Fonte: Canal Rural

Para coordenador do núcleo econômico da confederação, 2021 será marcado por intensas discussões sobre o tema

A continuidade do Convênio 100, que reduz impostos cobrados sobre insumos agropecuários, está em risco. Na última reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), alguns estados chegaram a votar contra a renovação, mas foram convencidos a prorrogá-lo até março de 2021, para que mais discussões sobre o tema foram feitas.

O agronegócio brasileiro está em alerta, pois o benefício reduz a base de cálculo do ICMS sobre insumos agropecuários em operações interestaduais e isenta a cobrança nas operações internas. O fim dele significaria um aumento de tributos e, consequentemente, dos custos de produção.

Alguns secretários de Fazenda dos estados formaram um grupo de trabalho para debater o tema. O coordenador do núcleo econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Renato Conchon, acompanhou a última reunião e conta, com bastante preocupação, que as medidas discutidas podem extinguir o benefício.

 

Segundo ele, dois pontos importantes tratados foram o fim dos descontos concedidos a produtos químicos, benefício que tem sido questionado pelo Ministério Público em alguns estados, e a criação de um imposto único, de 4%, para fertilizantes no Brasil.

Conchon destaca que, por enquanto, tratam-se apenas de discussões, porém, há sinais de que o próximo ano deve ser marcado por iniciativas para aumentar os impostos sobre o setor agropecuário. “Ampliar a carga tributária será o ‘novo normal’ em 2021 e teremos discussões a respeito disso”, afirma.

Efeito dominó nos impostos

O governo de São Paulo decidiu retomar a taxação de alguns produtos agropecuários e insumos agrícolas. O coordenador da CNA teme que o movimento acabe se espalhado por mais estados.

“A CNA e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) estão conversando com o governo paulista para que isso não ocorra. É uma decisão polêmica e preocupante”, diz Conchon

Fonte: Canal Rural

Quarta, 25 de Novembro de 2020
Melhoramento Genético
Melhoramento Genético Fonte: AF News Agricola

Um pesquisador de Pós-Graduação da Universidade Federal de Viçosa (UFV) desenvolveu metodologias para avaliar características agronômicas aplicadas ao melhoramento genético de plantas, por meio de imagens de drones.

A metodologia foi defendida pelo doutor Leonardo Volpato, do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento (PPGGM), no Departamento de Agronomia da Universidade.

A tese, intitulada "Fenotipagem de alto rendimento para data de maturação em soja e altura de planta em trigo via sistema de aéreo não tripulado", contou com experiências de treinamentos realizados em outros países.

“Nosso esquema de trabalho foi elaborado para oferecer ferramentas ágeis e de fácil uso, viáveis tanto aos programas de melhoramento genético quanto ao produtor rural”, afirma Volpato.

A fenotipagem das plantas foi analisada no Centro Internacional de Melhoramento de Trigo e Milho (CIMMYT), no México, e na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos e, segundo o pesquisador, essa ação consiste, atualmente, em trabalho manual e são de baixa escala de rendimento.

Além disso, segundo a UFV, essas avaliações também são de custo elevado e subjetivas, ao invés de padronizadas.

Volpato explica que o uso de drones para a fenotipagem das plantas permite a avaliação de grandes áreas com baixa custo e alto rendimento, além de maior precisão na estimação de caracteres de interesse, se comparada aos dados manuais tradicionalmente coletados em campo.

“Podemos fenotipar diversas características de interesse de um programa de melhoramento genético, como as morfológicas, ou as condições fisiológicas da cobertura de plantas. No primeiro caso, é possível estimar características obtidas via padrões estruturais ou geométrico das plantas, como altura, volume, biomassa, acamamento, estande e cobertura de copa”, explica o doutor.

De acordo com a Universidade, Volpato trabalhou com trigo, milho e soja durante os treinamentos no Brasil e no exterior, e a metodologia chegou a ser adotada na Universidade de Minnesota.

Segundo Volpato, o objetivo é que esse esquema de trabalho seja utilizado por pesquisadores de diferentes instituições e países, onde o comércio de soja, milho e trigo seja expressivo. Além disso, também é estudada a extensão do método para outras culturas, como o feijão.

“Podemos aplicar essas metodologias em parcelas pequenas de melhoramento genético a grandes áreas de produtores agrícolas, auxiliando na avaliação, acompanhamento da lavoura e recomendação de cultivares, por exemplo. Todo esse pacote tecnológico pode trazer maior sustentabilidade para os produtores e pesquisadores, além de, principalmente, consideráveis ganhos em produtividade”, apontou.

Segundo a UFV, Leonardo Volpato foi selecionado para trabalhar com técnicas de fenotipagem de alto rendimento aplicado ao melhoramento genético de feijão na Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, para onde deverá ir em breve.

Fonte: AF News Agricola - Giulia Zenidin