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Terça, 15 de Agosto de 2023
Levantamento dos Custos de Produção segue em diversos municípios esta semana

Técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) darão continuidade, esta semana, ao levantamento dos custos de produção no Rio Grande do Sul, com a análise do arroz. Os municípios visitados e suas respectivas datas são: Uruguaiana (15), Restinga Seca (17), e Cachoeira do Sul (18). Participam deste levantamento três colaboradores da Gerência de Custos de Produção e um da Superintendência Regional.

O custo de produção, calculado pela Conab, representa a soma dos valores de todos os recursos, como insumos e serviços, utilizados no processo produtivo de atividades agropecuárias. Essas informações são obtidas por meio de painéis, que são encontros técnicos nos quais os participantes da cadeia produtiva estabelecem, por consenso, a caracterização da unidade produtiva típica da região e indicam os coeficientes técnicos relacionados aos insumos agropecuários e os preços que compõem o pacote tecnológico dessa unidade.

O objetivo do custo de produção é servir de controle e gerenciamento das atividades produtivas. Por meio dele, são geradas informações para auxiliar nas tomadas de decisões pelos produtores rurais e na formulação de estratégias pelo setor público e privado. Os dados também são utilizados pelo Governo Federal como um dos principais parâmetros na elaboração dos preços mínimos e no cálculo dos valores de garantia utilizados como referência para o Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF).

Além disso, servem como referência para os cálculos na obtenção de crédito por meio do Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEE) e na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).

Fonte: Conab

Terça, 15 de Agosto de 2023
AGF de milho está autorizada em mais quatro estados

Os produtores de milho do Maranhão, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal podem vender o cereal para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com o objetivo, no âmbito governamental, de formação de estoques públicos. As operações são realizadas por meio do mecanismo de Aquisição do Governo Federal (AGF), previsto na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). 

“A Conab está atenta às flutuações do mercado em todo o Brasil e quando o preço pago ao produtor é menor que o Preço Mínimo estabelecido, o Governo pode comprar e garantir renda aos produtores. É o que estamos fazendo agora com o milho e se somam estes Estados" , afirma o diretor-presidente da Conab, Edegar Pretto.

Além dos estados citados, os produtores de Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e Tocantins seguem autorizados a fazer a venda de milho para o governo. Lembrando que a compra só será finalizada se o produto atender aos padrões exigidos pela Companhia. 

Conforme o Manual de Operação da Conab, o limite de venda por produtor varia de acordo com o estado. Em Mato Grosso, cada agricultor pode vender até 30 mil sacas para a estatal. Já em Mato Grosso do Sul e Goiás, o limite é de 10 mil sacas, enquanto que nos demais estados, a aquisição está limitada a cerca de 3,3 mil sacas.

O cereal adquirido poderá ser estocado em armazéns próprios da Companhia ou em unidade armazenadora credenciada pela estatal. No caso do estado do Maranhão, o milho poderá ser acondicionado na unidade armazenadora (UA) da Companhia em Imperatriz. No Distrito Federal, na UA de Brasília, onde, nesse aspecto, há uma atuação interestadual, com atendimento a produtores do Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais.

Os interessados em vender o milho para a Conab devem estar cadastrados no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais (Sican) e procurar a superintendência regional da Conab em seu estado para orientação sobre o preenchimento dos formulários exigidos para a operação, bem como a apresentação de documentos adicionais solicitados.

Confira aqui mais informações sobre a retomada da Política de formação de estoques públicos sobre a AGF.

Fonte: Conab

Terça, 15 de Agosto de 2023
Tebet diz que maior valor do Seguro Rural depende da aprovação do arcabouço fiscal
Tebet diz que maior valor do Seguro Rural depende da aprovação do arcabouço fiscal Fonte: Divulgação Agência FPA

Em visita à FPA, ministra do Planejamento destacou importância do agro para o país e garantiu que crise dos produtos lácteos será solucionada

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) recebeu, nesta terça-feira (15), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, para a reunião semanal da bancada. Entre os assuntos tratados, destacam-se o Seguro Rural e o Arcabouço Fiscal. A chefe da Pasta também atualizou os parlamentares a respeito do acordo de importação do leite e derivados do Mercosul e comentou sobre a necessidade de uma reforma administrativa.

Tema que abriu a reunião, o Seguro Rural foi caracterizado pelo presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), como de extrema importância. Segundo ele, o dinheiro disponibilizado, na faixa de R$ 500 milhões, já se esgotou. 

“A gente precisa de mais R$1,5 bilhão para essa modalidade. Há alguns meses nós apoiamos o arcabouço porque precisávamos de R$ 25 bilhões para equalizar os juros do Plano Safra e acredito que fizemos nossa parte. Agora, é com o Governo Federal no cumprimento das negociações”, esclareceu.

Apesar das negociações já em curso para a obtenção de mais recursos, Lupion entende que é essencial diminuir os gastos da máquina pública e, para isso, acredita que a reforma administrativa pode ser uma saída.

“Batemos nessa tecla com a ministra Tebet. Eu diria que é urgente enxugar os gastos para que as demandas da economia sejam efetivadas. Os temas que debatemos no nosso setor carecem de investimento e essa pode ser uma forma de aperfeiçoar nossas demandas e do país, de maneira geral”, afirmou.

Para a ministra Simone Tebet, o Seguro Rural depende de alguns fatores, e por isso mesmo, ela pediu um voto de confiança à bancada. Para ela, as alterações no Arcabouço Fiscal, feitas pela Câmara dos Deputados, foram bem-vindas, mas limitaram alguns gastos.  

“O Seguro Rural depende de alguns fatores e foi o que eu vim pedir aqui na FPA em relação ao Arcabouço. Com ele aprovado da maneira que imaginamos, entregando a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a Lei Orçamentária Anual e o Plano Plurianual, poderemos ter mais negociações a partir de 1º de setembro”, explicou a ministra.

Por mais que entenda que o espaço de tempo possa ser curto para uma suplementação do Seguro, a ministra reconhece a contribuição que o setor agropecuário tem para o país, e prometeu esforços para os próximos passos da economia.

“Sou do setor e já estive aqui na Frente, por isso tenho sensibilidade aos interesses do agro, que sustenta praticamente sozinho a economia do país há muito tempo. Sabemos o que o agro faz com a geração de emprego, renda, receita e PIB do Brasil. Digo que a partir de 1º de setembro as coisas vão mudar para melhor”, prometeu.

Leite e derivados

Os membros da bancada também debateram a crise do leite no país. O tema que foi destaque na reunião da última semana, ainda necessita de uma solução efetiva, e para o presidente da FPA, há inclusive suspeita de dumping (quando uma empresa vende produtos em um mercado estrangeiro por um preço abaixo do valor justo).

“Nosso mercado foi inundado de leite argentino e uruguaio, além de uma suspeita de dumping de leite da Nova Zelândia. Temos acordos com o Mercosul e, obviamente, os ministérios estão conversando a respeito disso, mas é fundamental proteger o nosso produtor rural e a nossa economia. É um problema cíclico que precisa ser encerrado”, explicou Pedro Lupion.

A ministra Simone Tebet corroborou as preocupações de Lupion e ressaltou que as atitudes já estão sendo tomadas. “Teremos notícias boas a respeito do leite e derivados nos próximos dias, inclusive sobre a exclusão de alguns produtos em relação ao Mercosul. Tivemos uma reunião muito recente, que envolveu também o vice-presidente Geraldo Alckmin, mas posso garantir que isso será solucionado”, finalizou.

Fonte: Agência FPA

Segunda, 14 de Agosto de 2023
Farsul e Sindiler/RS apresentam Guia da Primavera 2023
Farsul e Sindiler/RS apresentam Guia da Primavera 2023 Fonte: Imprensa Sistema Farsul

Com o objetivo de valorizar a dimensionar o impacto da temporada de leilões rurais 2023, a Farsul e o Sindicato dos Leiloeiros Rurais e Empresas de Leilão Rural do RS (Sindiler/RS) lançaram a primeira edição do Guia de Remates do Rio Grande do Sul. A publicação traz uma lista que reúne dados dos pregões promovidos pelos leiloeiros associados. "Foi um trabalho de organização que busca valorizar os excelentes produtos que temos à venda nesta Primavera e o trabalho dos pecuaristas e dos próprios leiloeiros rurais", pontuou o presidente do Sindiler/RS, Fábio Crespo. O documento chega em versão digital com a presença de hiperlinks que remetem às páginas dos vendedores.

O levantamento reúne oferta de bovinos, ovinos e equinos e traz dados de 363 leilões a serem realizados no Rio Grande do Sul. Eventos que devem movimentar 4 mil touros, 8 mil matrizes puras, 65 mil cabeças de gado geral, 3 mil equinos e 1,2 mil ovinos. "Estamos em um ano em que criatórios que investem em seleção genética estão obtendo excelentes resultados. Nosso trabalho é enaltecer o esforço desses pecuaristas", completou.

A iniciativa tem o apoio da Farsul. Entusiasta do projeto, o presidente da Federação, Gedeão Pereira, ressalta que os leilões compõem o circuito de uma atividade que traz benefícios ao estado e tem sua qualidade reconhecida no cenário nacional. "Embasado em fortes valores éticos e morais, os leiloeiros atuam em sinergia com a excelência atingida pelo setor", salienta.

 

Confira o Guia de Remates

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Sindiler/RS e Farsul

Segunda, 14 de Agosto de 2023
CNA debate aspectos práticos da aposentadoria rural para empreendedores familiares
CNA debate aspectos práticos da aposentadoria rural para empreendedores familiares Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu uma live na quinta (10) para discutir os aspectos práticos da aposentadoria rural para os empreendedores familiares rurais.

A assessora técnica da CNA, Marina Zimmermann, e a assessora jurídica, Carolina Melo, conduziram o debate, que teve como palestrante a professora e advogada na área de Previdência Rural, Jane Berwanger.

Na abertura do debate, Marina afirmou que a Comissão Nacional de Empreendedores Familiares Rurais da CNA recebeu demandas para esclarecer dúvidas sobre o tema de setores como o de tabaco.

A maior parte da fumicultura brasileira está presente na região Sul do país, representando 90% do total da atividade. A cultura envolve mais de 140 mil famílias de pequenos agricultores, distribuídos em cerca de 500 municípios. Na última safra, o Brasil produziu mais de 590 mil toneladas de tabaco, gerando R$ 9,8 bilhões em receita, de acordo com dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

Desde 1993, o Brasil é o maior exportador de tabaco do mundo. Na última safra, exportou 464 mil toneladas por um valor de US$ 1,5 bilhão, o que representa 85% da produção nacional. Segundo Marina, é uma cadeia expressiva do setor agropecuário e representa cerca de 52% da receita bruta do pequeno produtor. “A aposentadoria rural é um tema relevante para esses produtores e o objetivo da live foi esclarecer as principais dúvidas”.

A advogada Jane Berwanger iniciou sua palestra destacando os principais pontos que geram dúvidas em relação ao enquadramento do segurado especial, o regime de economia familiar, a comprovação da atividade rural e também a aposentadoria por idade rural. Segundo ela, antigamente o que separava o produtor rural segurado especial de um não segurado especial era a contratação de mão de obra.

De acordo com Berwanger, um dos maiores problemas quando se trata do segurado especial é o significado “regime de economia familiar”, que é a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração.

A professora afirmou que se a pessoa não se enquadra em segurado especial, nesse caso ela é contribuinte individual. Significa que essa pessoa tem que recolher contribuições mensais para ter direito a qualquer benefício. “Estamos falando da pessoa que explora mais de 4 módulos, ou que tem empregados além de 120 dias do ano civil, ou que arrendou terra para alguém”.

A comprovação da atividade rural foi outro ponto abordado pela especialista. Segundo ela, atualmente a autodeclaração substitui a entrevista rural e testemunhas. “O documento traz os dados básicos do segurado, quais os períodos em que exerceu a atividade rural e outras informações. Existem pelo menos 90 documentos rurais que podem ser utilizados como prova material”, explicou.

Em relação à aposentadoria por idade rural, Jane destacou que é o principal benefício que uma pessoa passa a vida inteira esperando e que, apesar da Reforma da Previdência, não houve mudança para os produtores rurais na aposentadoria.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

Segunda, 14 de Agosto de 2023
CNA debate representação feminina no agro
CNA debate representação feminina no agro Fonte: Ascom SOEA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na quinta (10), da 78ª edição da Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA), promovida pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Crea/RS e Mútua, nesta semana, em Gramado (RS).

Na quinta (10), a presidente da Comissão Nacional das Mulheres do Agro da CNA, Stéphanie Ferreira, participou de um debate sobre liderança feminina e falou sobre a representatividade das mulheres no setor agropecuário, destacando a atuação do Sistema CNA/Senar na capacitação de lideranças femininas.

Stéphanie também ressaltou a importância da representatividade feminina em todos os setores. “Essa é uma maneira crucial de garantir que as vozes das mulheres sejam ouvidas, que suas preocupações sejam abordadas e seus direitos respeitados. As mulheres desempenham um papel fundamental em diversos setores, tendo um grande potencial transformador na sociedade”.

O evento ocorreu de 8 a 11 de agosto. A edição deste ano foi a "Importância da Engenharia na Soberania Nacional".

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

Segunda, 14 de Agosto de 2023
Abertura de mercado leva carne suína gaúcha para a República Dominicana
Abertura de mercado leva carne suína gaúcha para a República Dominicana Fonte: Fernando Dias

Com um processo rigoroso que incluiu a revisão de certificados e auditorias in loco, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) conquistou mais dois mercados para a comercialização da proteína animal brasileira. Carnes bovinas e carnes suínas já podem ser exportadas para a República Dominicana. O frigorífico gaúcho Alibem, de Santa Rosa, conseguiu habilitação para exportar carne suína para o país caribenho.

"Essa é mais uma conquista importante para o mercado de proteína animal do Rio Grande do Sul e reforça a excelência do nosso serviço veterinário, liderado pelos servidores do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal. O status sanitário conquistado pelo Estado, que é uma construção coletiva junto com entidades e a própria indústria, possibilita a abertura de novos mercados como este agora com a República Dominicana", destaca o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes.

Para o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, o momento abre uma oportunidade para que haja a extensão para verificação e habilitação de novas plantas exportadoras no Rio Grande do Sul. "É um início de trabalho com um mercado importante, de 120 mil toneladas anuais", completa.

Desde 2015 o Rio Grande do Sul é certificado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como zona livre de peste suína clássica. O estado, assim como o Brasil, também nunca registrou casos de peste suína africana.

Segunda maior economia da América Central e Caribe, a República Dominicana se apresenta como um destino promissor para as carnes brasileiras. No ano passado, de acordo com as Estatísticas de Comercio Exterior do Agronegócio Brasileiro (AgroStat), o país importou mais de US$ 60 milhões em carnes do Brasil, correspondendo a um volume superior a 37 mil toneladas. Só o Rio Grande do Sul respondeu por mais de 5 mil toneladas dessas exportações, arrecadando US$ 9 milhões.

Fonte: Ascom Seapi

Sexta, 11 de Agosto de 2023
Exportações do agronegócio do RS chegam a US$ 3,54 bilhões no segundo trimestre de 2023
Exportações do agronegócio do RS chegam a US$ 3,54 bilhões no segundo trimestre de 2023 Fonte: Secom RS

As vendas externas do agronegócio do Rio Grande do Sul no segundo trimestre de 2023 atingiram US$ 3,54 bilhões, pouco abaixo (-0,9%) do registrado no mesmo período do ano passado, quando alcançaram US$ 3,57 bilhões. Entre os principais destaques positivos do período, as exportações do complexo soja (total de US$ 1,38 bilhão; +23,7%) e do setor de fumo e seus produtos (US$ 471,24 milhões; +21,4%) tiveram as maiores altas. Os segmentos de produtos florestais (US$ 295,39 milhões; -35,4%) e de carnes (US$ 569,88 milhões; -21,4%) apresentaram as maiores quedas. O agronegócio foi responsável por 69,3% das exportações totais do Estado no trimestre.  

Mesmo com a redução no período de abril a junho, no acumulado dos seis primeiros meses de 2023 as exportações do setor registraram alta de 2,7%. No total, foram US$ 7,3 bilhões, o que representa 71,3% das vendas externas gaúchas no semestre. Sem considerar a inflação do período, o valor das exportações em 2023 foi o mais alto para um primeiro semestre desde 1997, quando teve início a série histórica.     

Os dados das vendas no segundo trimestre e acumulado de 2023 estão no boletim Indicadores do Agronegócio do RS, divulgado nesta sexta-feira (11/8). O documento, uma publicação do Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), foi elaborado pelo pesquisador Sérgio Leusin Júnior. O boletim contempla ainda informações sobre o emprego formal no campo no mesmo período.  

Segundo trimestre

A soja em grão foi a principal responsável pelo aumento nas vendas do complexo soja, com alta de 94,3% no valor comercializado (total de US$ 755,87 milhões), compensando a queda do óleo de soja (total de US$ 149,05 milhões, -44,6%). No fumo e seus produtos, o principal artigo do segmento, o fumo não manufaturado, registrou elevação de 17,2% em valor (total de US$ 417,38 milhões).

Entre as baixas, no setor de carnes, a redução nas vendas de carne de frango (total de US$ 274,65 milhões; -35,7%) e de carne bovina (total de US$ 83,16 milhões; -25,2%) impactaram o resultado final. Entre os produtos florestais, o principal item do segmento – a celulose –  registrou queda de 44,6% no valor exportado (total de US$ 179,08 milhões).   

O setor de cereais, farinhas e preparações teve queda de 9,2% nas vendas no segundo trimestre (total de US$ 279,55 milhões). O destaque positivo foi para o aumento nas exportações de arroz (total de US$ 136,49 milhões; +115,9). Houve, ainda, redução no comércio de trigo (total de US$ 70,63 milhões; -33,2%) e de milho (total de US$ 54,02 milhões; -53,4%).  

Quanto aos principais compradores dos produtos do agronegócio gaúcho, a China segue no topo da lista, com uma fatia de 27,3% do comércio. O país asiático aumentou em US$ 169,4 milhões as aquisições do Rio Grande do Sul, alta de 21,2%. O bloco da União Europeia (15,9%), Estados Unidos (5,3%), Vietnã (5,1%) e Argentina (3,1%) completam o ranking dos cinco principais compradores do segundo trimestre. 

Primeiro semestre de 2023

O recorde em vendas nos primeiros seis meses do ano foi puxado pelo complexo soja, que alcançou exportações de US$ 2,2 bilhões no período, alta de 15,5% em relação a 2022. Além da oleaginosa, o grupo de fumo e seus produtos (total de US$ 1,06 bilhão; +20,6%) e de máquinas e implementos agrícolas (US$ 308,01 milhões; +11,7%) também registraram aumento. Carnes (US$ 1,22 bilhão; -4,1%), cereais, farinhas e preparações (US$ 992,61 milhões; -8,5%), produtos florestais (US$ 721,64 milhões; -13,8%) e couros e peleteria (US$ 162,57 milhões; -19,5%) tiveram redução nos valores. 

Entre produtos específicos do agronegócio gaúcho, a soja em grão apresentou a maior variação positiva em termos absolutos (mais US$ 331,65 milhões; +50,6%), seguida do fumo não manufaturado (mais US$ 158,55 milhões; +19,4%).  

Na lista de principais destinos das exportações, a China representou 22,5% do total das compras do Rio Grande do Sul, seguida pela União Europeia (14,9%), Estados Unidos (5,7%), Vietnã (5,1%), Indonésia (4,7%) e Arábia Saudita (2,8%).  

Emprego formal no agronegócio

Tradicional período de redução no saldo de postos de trabalho no campo, por conta da sazonalidade da produção agrícola, o segundo trimestre de 2023 registrou saldo negativo de 8.438 postos com carteira assinada no Rio Grande do Sul. Em 2022, o resultado havia sido negativo em 7.856 postos.  

Nos três segmentos que compõem o agronegócio ("antes", "dentro" e "depois" da porteira), o segmento “dentro”, constituído pelas atividades agropecuárias e produção das lavouras permanentes e temporárias, registrou o principal saldo negativo (menos 6.382 postos). O segmento "depois da porteira", composto principalmente por atividades agroindustriais, teve perda de 2.735 postos.  

Principal empregador do agronegócio gaúcho, o setor de abate e fabricação de produtos da carne registrou um contingente de 68.015 postos de trabalho com carteira assinada no segundo trimestre de 2023, com um saldo positivo de 482 postos em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Ao final do primeiro semestre, o número de vínculos de empregos com carteira assinada no agronegócio do Rio Grande do Sul era de 377.519 postos, alta de 3,3% em relação ao primeiro semestre de 2022.

Boletim completo

Apresentação dos números

Vídeo do pesquisador 

Fonte: Secom RS

Sexta, 11 de Agosto de 2023
Plantio do trigo é finalizado no RS
Plantio do trigo é finalizado no RS Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

A semeadura do trigo foi finalizada no Estado. No momento, 91% das lavouras encontram-se nas fases de germinação e vegetativa. As áreas em floração alcançam em média 8% e 1% das lavouras está em enchimento de grãos. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (10/08) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), as fases de desenvolvimento da cultura estão um pouco mais adiantadas, chegando a 12% na fase de floração e 3% já em enchimento do grão, pois foram semeadas bem no cedo. A boa insolação e o clima seco do período proporcionaram a boa aparência das lavouras de trigo; a maioria estão em perfilhamento e emborrachamento.

A chuva da última segunda-feira (07/08) foi importante para restabelecer a boa umidade do solo e contribuir para o bom desenvolvimento do trigo na fase de emborrachamento. Os produtores realizaram os tratos culturais da época. Observa-se, na região, que alguns produtores de leite estão cultivando trigo para fazer silagem em complementação à silagem de milho, que, devido à estiagem do verão passado, produziu abaixo do esperado.

A área de cultivo de aveia branca estimada para a safra 2023 é de 365.081 hectares. Aproximadamente metade dessa área encontra-se na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. Na região de Santa Maria, 70% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 20% em floração e 10% em fase de enchimento de grão. Em virtude dos períodos de desenvolvimento mais avançados da cultura e das condições climáticas, os produtores monitoram as lavouras para identificar a ocorrência de doenças e de pragas, no intuito de adequar as medidas de controle, com fungicidas e inseticidas.

Na canola, na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a cultura continua se desenvolvendo bem e, apesar da diminuição de umidade no solo, não apresentou redução do crescimento. As lavouras encontram-se em fase de formação de síliquas, com alto potencial produtivo, ou seja, acima de 40 síliquas por planta. Na região de Santa Maria, a área estimada de plantio de canola se aproxima de 10 mil hectares. Estão na fase de desenvolvimento vegetativo 70% das lavouras; em floração, 15%; e em fase de enchimento de grão, 15%.

As condições de clima, até o momento, têm sido favoráveis à cultura da cevada, que está em estado vegetativo na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim. Na de Frederico Westphalen, as lavouras seguem se desenvolvendo bem. Estão nas fases de germinação e de desenvolvimento vegetativo 60% das lavouras; em floração, 30%; e em enchimento de grãos, 10%. Na de Ijuí, as plantas apresentaram aumento da incidência de manchas foliares. Os produtores relatam que, apesar da baixa umidade no solo, houve formação de orvalho durante a noite, estendendo-se até a metade das manhãs, condição que propiciou umidade favorável para o aumento de doenças.

PASTAGENS E CRIAÇÕES
As pastagens de inverno seguem com boa oferta forrageira. Entre as práticas realizadas, continuam as adubações, o controle da lotação e o combate a doenças fúngicas, quando necessário, para garantir o desempenho das forragens. A redução das chuvas beneficiou as condições do solo, evitando estragos por pisoteio e formação de barro.

BOVINOCULTURA DE CORTE - A ocorrência de dias ensolarados beneficiou o pastoreio, porém a baixa oferta de pastagens nativas tem afetado o ganho de peso dos rebanhos mantidos em campo nativo. Os produtores estão atentos ao aumento das parições nos rebanhos de cria, assim como muitos já estão realizando os preparativos para a próxima temporada reprodutiva.

BOVINOCULTURA DE LEITE - O tempo seco e as temperaturas amenas favoreceram o desenvolvimento das pastagens, reduzindo os problemas de excesso de umidade do solo, onde havia formação de barro. A maior oferta de pastagem está refletindo em melhora da produtividade e do estado corporal e sanitário dos rebanhos. A atenção dos produtores está voltada principalmente para o aumento do número de parições, enquanto algumas regiões já estão se preparando para a próxima temporada reprodutiva.

OVINOCULTURA - Os dias de temperaturas mais quentes têm favorecido o desenvolvimento do campo nativo, beneficiando os rebanhos ovinos. Da mesma forma, houve redução na taxa de mortalidade de cordeiros recém-nascidos devido às boas condições do tempo. Algumas regiões já iniciaram as buscas por reprodutores para a próxima estação de monta.


Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

Sexta, 11 de Agosto de 2023
CNA debate desafios da armazenagem agrícola no Brasil
CNA debate desafios da armazenagem agrícola no Brasil Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

O diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, participou, na quinta (10), do workshop ‘Desafios para Ampliação da Armazenagem Agrícola’, realizado pelo Governo Federal, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

O evento abordou as soluções de financiamento disponíveis para armazenagem, a conjuntura e as perspectivas da atividade no Brasil. Participaram do debate representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), do BNDES, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), além do deputado federal Tião Medeiros, presidente da Comissão de Agricultura da Câmara.

Bruno iniciou sua fala destacando que a produção agrícola no Brasil cresce 12 milhões de toneladas por ano e a capacidade de armazenagem é 4 milhões de toneladas. A tendência é que essa diferença cresça ano após ano, diante dos recordes de produção.

Lucchi também afirmou que 15% da produção brasileira está armazenada dentro das propriedades rurais. Nos Estados Unidos, principal concorrente agrícola do país, esse percentual chega a 53%. “Armazenar a produção dentro das propriedades é fundamental para manter os critérios de competividade do produtor, como negociar o produto nos momentos em que o preço estiver melhor”.

Durante sua fala, o diretor apresentou o “Diagnóstico da Armazenagem Agrícola no Brasil”, uma pesquisa inédita da CNA, que ouviu 1.065 produtores rurais de todas as regiões do país e permitiu traçar o perfil da armazenagem no campo, o perfil de quem utiliza esse tipo de infraestrutura na fazenda, fora da fazenda, em silo bag, e recomendações desses usuários para incentivar e expandir o uso.

Dentre os principais resultados da pesquisa, Bruno destacou o interesse dos produtores em expandir a capacidade estática de armazenagem dentro da propriedade. No levantamento, 54,0% disseram ter interesse para comportar o aumento da produção própria, 15,9% para atender terceiros e produção própria e 30,1% não têm interesse. As regiões com maior interesse em expandir a capacidade estática de armazenagem são o Norte (82,7%), Centro-oeste (78,4%) e Matopiba (73,3%).

Os principais fatores determinantes para investir em infraestrutura de armazenagem incluem estratégia de comercialização, possibilidade de escolher quando comercializar, maior poder de barganha, reduzir custos com armazenagem de terceiros, melhorar qualidade do produto e minimizar perdas no campo. “A principal motivação do produtor é econômica e estratégica para que ele possa negociar no período de maior vantagem competitiva”, disse.

A pesquisa também revelou que 72,7% demonstraram interesse em investir na armazenagem por meio de um crédito mais atrativo. Bruno informou que a maioria dos produtores aponta as taxas de juros como o principal problema para investimentos e que quando a taxa Selic está alta, o desafio é maior.

“O agro tem aumentado a participação no mercado de capitais e é uma forma de oxigenar e aumentar o funding do crédito para o setor. A armazenagem tem um potencial muito grande nesse ambiente tão importante para diversificar as fontes de financiamento para o agro”, explicou.

O diretor da CNA concluiu sua fala destacando a relevância dos condomínios de armazenagem, que têm sido uma alternativa para médios produtores compartilharem não apenas os custos com investimento, mas de manutenção dos armazéns. Entretanto, em alguns estados, como Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina, o modelo tem sofrido taxação, o que tem limitado a expansão para outras regiões.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA