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Terça, 06 de Dezembro de 2022
Copom inicia oitava reunião do ano para definir juros básicos
Copom inicia oitava reunião do ano para definir juros básicos Fonte: Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa hoje (6), em Brasília, a oitava reunião do ano para definir a taxa Selic, juros básicos da economia, e deve manter o aperto monetário com a manutenção da taxa em 13,75%. Amanhã (7), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão.

Em comunicado após a última reunião, em outubro, o órgão informou que manterá os juros pelo tempo necessário para segurar a inflação e julgou o nível adequado para lidar com as incertezas sobre a economia brasileira. O Copom, porém, não descartou a possibilidade de novos aumentos caso a inflação não caia como o esperado.

A taxa continua no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Esta deverá ser a terceira vez seguida em que o BC não mexe na taxa, que permanece nesse nível desde agosto. Anteriormente, o Copom tinha elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em março do ano passado em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.

Em novembro, a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 0,95%, e, com esse resultado, acumula alta de 9,26% no ano e de 10,74% em 12 meses. A inflação acumulada em 12 meses é a maior desde novembro de 2003, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o segundo mês de alta de inflação após 3 meses de deflação entre julho e setembro.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. Ela é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, que é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Meta de inflação

Para 2022, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior é 5%. Para 2023 e 2024, as metas são 3,25% e 3%, respectivamente, com o mesmo intervalo de tolerância.

No último Relatório de Inflação, divulgado em setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária chegou a prever a queda da inflação e revisou o índice para baixo, de 8,8% para 5,8%, mas ainda acima da meta. Com os últimos resultados do IPCA, a inflação acumulada em 12 meses já está mais do que o dobro do teto da meta fixada para 2022. O próximo relatório será divulgado em 15 de dezembro.

A projeção do mercado é de uma inflação fechando o ano em 5,92%, de acordo com o boletim Focus de ontem (5).

Fonte: Agência Brasil – Andréia Verdélio

Imagem: Marcello Casal Jr.

Terça, 06 de Dezembro de 2022
Petrobras reduz preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras
Petrobras reduz preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras Fonte: Agência Brasil

A Petrobras anunciou hoje (6), no Rio de Janeiro, que os preços médios de venda do diesel A e da gasolina A para as distribuidoras será reduzido a partir de amanhã (7).

Para a gasolina A, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,28 para R$ 3,08 o litro, com diminuição de R$ 0,20 por litro, equivalente a cerca de 6,1%.

Com o ajuste, a parcela da Petrobras no preço final deve ser de R$ 2,25 por litro, em média, já que o produto final vendido nos postos tem uma mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro.

Já o ajuste do diesel A vendido pela estatal às distribuidoras cairá de R$ 4,89 para R$ 4,49 por litro, uma redução de cerca de 8,2% ou R$ 0,40 por litro.

Parcela

A Petrobras calculou que, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel antes da venda ao consumidor final, a parcela da estatal no preço ao consumidor será, em média, R$ 4,04 a cada litro vendido na bomba.

A empresa petrolífera afirmou, ainda, que as reduções anunciadas hoje acompanham a evolução dos preços de referência, sendo coerentes com a sua prática de preços. O preço da gasolina não era alterado pela Petrobras desde 2 de setembro. O do diesel permanecia inalterado desde 20 de setembro.

 

Fonte: Agência Brasil – Vinicius Lisboa

Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom

Segunda, 05 de Dezembro de 2022
IBGE: 32% dos solos do país têm potencial natural para a agricultura
IBGE: 32% dos solos do país têm potencial natural para a agricultura Fonte: Agência Brasil

Entre os mais de 500 tipos de solos existentes no Brasil, 29,6% tem boa e 2,3% muito boa potencialidade ao desenvolvimento agrícola. Outros 33,5% apresentam potencialidade moderada, com problemas relativamente fáceis de serem corrigidos. As áreas com restrições significativas são 21,4% do território nacional e em 11% do país as áreas têm restrições muito fortes ao uso agrícola.

É o que mostra o Mapa de Potencialidade Agrícola Natural das Terras do Brasil divulgado hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando se comemora o Dia Mundial do Solo, data implementada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

O analista da pesquisa, Daniel Pontoni, destaca que o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o que demonstra a importância da publicação, que é inédita. “Buscamos entender melhor o potencial agrícola do solo do Brasil e suas limitações, fazendo uma análise não indicativa de uso, mas interpretativa do solo e do relevo”.

A publicação interpretou o potencial natural dos solos para a agricultura, a partir do mapeamento do IBGE, levando em consideração os recursos naturais, o solo e o relevo. O instituto destaca que os mais de 500 tipos de solos do Brasil foram classificados segundo características como textura, pedregosidade, rochosidade e erodibilidade, para definir se a terra tem potencialidade ou restrições ao desenvolvimento agrícola.

Os locais com potencialidade moderada são as que têm relevos ligeiramente acidentados e que exigem adequações para a agricultura, mas que são relativamente fáceis de serem corrigidos. As áreas com restrições significativas têm relevos mais acidentados, com problemas de fertilidade e restrições de profundidade, o que pediria ações mais complexas de manejo agrícola e uma agricultura especializada adaptada.

Já a classificação de áreas com restrições muito fortes ao uso agrícola indica locais com declividade muito acentuada, a presença de sais indesejáveis ou restrições importantes de profundidade, o que exigiria ações muito significativas e intensivas para tornar a terra adequada ao plantio.

Pontoni explica que também foram classificadas assim as áreas de preservação ou conservação em função da fragilidade do ambiente. “São locais onde a agricultura pode levar à degradação”, afirma.

O analista destaca ainda que o mapa não traz detalhamento local, apenas regional, e que não foram levadas em conta as atribuições legais de áreas como, por exemplo, as unidades de conservação do meio ambiente ou os territórios indígenas ou quilombolas. “As áreas que possuem algum enquadramento ou atribuição legal devem ser respeitadas de acordo com as leis estabelecidas”, ressalta o analista.

Fonte: Agência Brasil – Kemi Nitahara

Imagem: CNA/Wenderson Araujo/Trilux

Segunda, 05 de Dezembro de 2022
Em Singapura, Ministério da Agricultura busca fortalecer laços de cooperação
Em Singapura, Ministério da Agricultura busca fortalecer laços de cooperação Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI), participou esta semana do Seminário Brazil Agritalks Singapura. O evento é promovido pela Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), pelo Ministério de Relações Exteriores com participação do Mapa e da Embrapa.

Com o objetivo de divulgar as ações do Brasil na agenda de sustentabilidade e inovação tecnológica, a iniciativa destina-se a formuladores de políticas públicas, especialistas, agritechs, incubadoras, universidades e lideranças do agro.

Singapura é um grande importador de alimentos e um hub comercial estratégico na Ásia. Conforme dados da Agência de Alimentos da Singapura (SFA), em 2021, o Brasil exportou US$ 426 milhões em produtos cárneos, sendo o país responsável por 58% da carne bovina, 48% da carne de frango e 39% da carne suína.

Representando o Brasil no painel Inovação e Financiamento Agroalimentar, o coordenador-geral de Inovação do Mapa, Daniel Trento, apresentou a situação atual do ecossistema de inovação com foco nas startups e foodtechs, bem como as oportunidades de investimentos e parcerias público privadas para impulsionar o setor e a cooperação entre Brasil e Ásia. 

“Tive a oportunidade de fazer muitos contatos, boas discussões e perspectivas de parcerias estratégicas para o Brasil nessa temática. Além de ser um destino importante de nossa produção agropecuária, pois o Brasil exporta, entre outras coisas, quase 50% da carne consumida lá, Singapura é um hub não só logístico, mas de conhecimento e boa parte das inovações em tecnologia digital”, explicou Trento.

Em Singapura, novos alimentos surgem ou passam por lá, como é o caso das proteínas alternativas, tornando o país asiático o único do mundo que já regulamentou a produção, comercialização e consumo de carne cultivada em laboratório.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Segunda, 05 de Dezembro de 2022
Abertura da colheita do tabaco será nesta terça-feira (06/12) em São Lourenço
Abertura da colheita do tabaco será nesta terça-feira (06/12) em São Lourenço Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Nesta terça-feira (06/12), na localidade de Campos Quevedos, às margens da RS 265, em São Lourenço do Sul, ocorre a 5ª Abertura da Colheita do Tabaco no Rio Grande do Sul. A cerimônia será às 14h, na propriedade de Romiro Bierhals e Tiago Rutz Krolow e é uma promoção da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), com apoio do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e Prefeitura de São Lourenço do Sul.

“Extremamente importante estarmos presentes na abertura da colheita do tabaco, cadeia que tem uma representatividade com mais de 70 mil produtores no estado do Rio Grande do Sul, está presente em mais de 200 municípios, e exporta para mais de 100 países, com um valor muito expressivo em divisas e tributos”, afirma o secretário da Agricultura, Domingos Velho Lopes. O secretário destaca ainda a importância da reativação da Câmara Setorial do Tabaco.

Na agenda da abertura da colheita, está prevista também a assinatura de renovação do termo de cooperação técnica do Programa Milho, Feijão e Pastagens após a Colheita do Tabaco, que no Rio Grande do Sul é realizado em parceria entre Seapdr, SindiTabaco, Afubra, Fetag-RS e Farsul. O termo tem por objetivo estabelecer compromisso entre as partes signatárias na implementação do programa, no sentido de maximizar a rentabilidade e auxiliar na viabilização de pequena propriedade rural por meio da diversificação de culturas. O programa existe há 36 anos.

Em 2021, a cerimônia de abertura ocorreu no município de Vale do Sol, no Vale do Rio Pardo.

Serviço

O que: 5ª Abertura da Colheita do Tabaco

Quando: 06/12, às 14h

Onde: localidade de Campos Quevedos, às margens da RS 265, em São Lourenço do Sul

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias/SEAPDR

Sexta, 02 de Dezembro de 2022
CNA apresenta demandas para setor de transporte e escoamento da produção agropecuária
CNA apresenta demandas para setor de transporte e escoamento da produção agropecuária Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

 A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou, na quinta (1º), as prioridades do agro para o setor de logística e transporte que estão no documento “O que esperamos dos próximos governantes”, durante a reunião da Câmara Temática de Logística e Infraestrutura do Ministério da Agricultura.

O material foi feito em conjunto com as Federações estaduais de agricultura e pecuária e com os sindicatos rurais e traz as contribuições do agro não apenas para os temas específicos do setor, mas também propostas de interesse da sociedade em geral.

O tema de logística e transportes faz parte de um dos quatro eixos do documento, que trata sobre segurança alimentar. Ainda constam no material propostas para o desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e desenvolvimento sustentável.

A assessora técnica da Comissão Nacional de Infraestrutura e Logística da CNA, Elisangela Pereira Lopes, falou sobre os principais desafios do setor para o escoamento da produção agropecuária e apresentando uma radiografia da infraestrutura atual.

No conjunto de propostas da entidade, ela listou demandas para os modos rodoviário, ferroviário e hidroviário, além dos portos, armazenagem e corredores logísticos. Em sua exposição, ela também reforçou a importância da segurança jurídica para o cumprimento dos contratos, redução da burocracia, agilidade nos licenciamentos ambientais e a livre concorrência.

Elisangela abordou ainda, pontos relacionados á recuperação de malhas de transporte, marcos regulatórios, concessões, desoneração tributária, investimentos e a necessidade de demanda para escoamento de carga nas estradas, ferrovias e hidrovias, com base no crescimento da produção agropecuária.

O material da CNA foi feito em conjunto com as Federações estaduais de agricultura e pecuária e com os sindicatos rurais e traz as contribuições do agro não apenas para os temas específicos do setor, mas também propostas de interesse da sociedade em geral.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Sexta, 02 de Dezembro de 2022
Produtividade das culturas de inverno apresenta elevação no RS
Produtividade das culturas de inverno apresenta elevação no RS Fonte: Emater

Novas amostragens realizadas no final de novembro indicam aumento na produtividade dos principais cereais de inverno cultivados no RS, segundo o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (01/12) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

No Estado, a área de cultivo de trigo alcançou 1.458.026 hectares na safra 2022, sendo que 85% da colheita desta área já foi finalizada na região Oeste do Estado. A maior parte das lavouras apresentam produtividade elevada e excelente qualidade do produto final colhido.

Em nova amostragem, realizada em 331 municípios, entre os dias 23 e 27 de novembro, a produtividade de trigo no Estado foi reavaliada em 3.410 kg/ha, sendo 6,2% superior à projetada do final de setembro, em 3.210 kg/ha. O aumento da estimativa de produção ocorreu em todas as regiões administrativas da Emater/RS-Ascar. Em um primeiro agrupamento, com produtividade entre 2.500 a 2.750 kg/ha, estão as regiões de Porto Alegre, Pelotas e Bagé. Em um agrupamento intermediário, entre 3.250 e 3.400 kg/ha, estão as regiões de Frederico Westphalen, Santa Maria, Soledade e Lajeado. As de maior produtividade - acima de 3.500 kg/ha - são as regiões de Santa Rosa, Ijuí, Erechim, Caxias do Sul e a de Passo Fundo, que detêm a maior produtividade regional, estimada em 3.730 kg/ha. A produção estadual, com a nova produtividade, é reavaliada para 4,97 milhões de toneladas.

Na canola, cuja colheita dos 53.415 hectares cultivados foi concluída, a produtividade estimada, a partir de nova amostragem em 96 municípios, apontou 1.790 kg/ha, sendo 9,7% superior aos 1.638 kg/ha estimados em final de setembro. As quatro regiões com maior extensão de cultivo - Bagé, Ijuí, Santa Maria e Santa Rosa - são responsáveis por mais de 90% da produção e apresentam produtividades regionais muito semelhantes, entre 1.790 kg/ha e 1.860 kg/ha. A produção da safra é avaliada em 95.618 toneladas.

Com 90% dos 37.500 hectares cultivados colhidos, a amostragem em 70 municípios produtores de cevada apontou alteração na expectativa de produtividade em +3,8%, elevando de 3.237 kg/ha para 3.360 kg/ha. Entre as principais regiões produtoras, a amplitude produtiva foi de aproximadamente 3.000 kg/ha, nas regiões de Ijuí e Frederico Westphalen, a 3.590 kg/ha, em Passo Fundo. A produção estimada foi revista para 126 mil toneladas.

A aveia branca grãos está em processo de colheita, em finalização ou já finalizada a Oeste do Estado e, em menor proporção, a Leste. A área de cultivo é de 350.641 hectares. O índice estadual é de 93% colhidos.

A revisão realizada por amostragem em 181 municípios aponta uma expectativa de produtividade de 2.590 kg/ha, representando a elevação de 4,5% em relação ao levantamento anterior, que apontava 2.478 kg/ha. A aveia branca para a produção de grãos é o cultivo de inverno que apresenta maior diferença de produtividade entre regiões: em Bagé e Pelotas, é próxima a 1.500 kg/ha, e em Caxias do Sul e Ijuí, próxima a 2.900 kg/ha. Essa diferença advém dos propósitos dos cultivos, ou seja, desde o uso para ração animal até comercialização para a indústria alimentar humana e seus diferentes manejos, os quais são fatores causadores dessa amplitude. A produção estimada revista é de 908.160 toneladas.

CULTURAS DE VERÃO

Soja - A área projetada para a safra 2022/2023 é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha. A cultura teve avanço da semeadura para 73% da área projetada. A operação foi condicionada pela presença de umidade nos solos. Nas regiões onde o volume de chuvas foi superior a 10 mm, foi possível realizar a semeadura com umidade adequada; nas demais, os produtores realizaram o plantio mais cautelosamente, contando com a previsão de chuvas, ou adiaram para após a ocorrência de novas precipitações.

O desenvolvimento inicial da cultura apresenta-se um pouco lento devido à baixa umidade nos solos, às temperaturas muito elevadas no período da tarde, à baixa umidade relativa do ar e à presença de ventos do quadrante sul, que aumentaram a evapotranspiração real das plantas. As lavouras semeadas até dia 15 de novembro estão em estádio de desenvolvimento com emissão dos trifólios. As lavouras semeadas após esta data apresentam desuniformidade na emergência.

Milho - A área estimada de cultivo para a safra 2022/2023 é de 831.786 hectares. A produtividade estimada é de 7.337 kg/ha.

A semeadura evoluiu pouco, ou seja, para 84%, pois além da baixa umidade nos solos, os produtores dedicaram-se a mesma atividade na cultura de soja. As condições de tempo, inicialmente com precipitações, depois com dias ensolarados e temperaturas altas, aceleraram o crescimento das lavouras. No entanto, com a insuficiência nos volumes precipitados em algumas regiões, já há indícios de estresse térmico e hídrico, mas ainda sem causar grandes impactos no potencial produtivo da cultura.

Há uma preocupação com a irregularidade e com a má distribuição das chuvas durante o mês de novembro, período quando as lavouras iniciaram o processo reprodutivo e, por consequência, demandam mais água para a formação de estruturas reprodutivas e reservas nos grãos. As lavouras não irrigadas apresentam aumento de sintomas de déficit hídrico, como enrolamento e descoloração de folhas da parte superior da planta e início de senescência de folhas basais. Nas lavouras em fecundação, já se observam pequenas falhas de polinização e formação de grãos, influenciando o potencial produtivo. Nas lavouras com sistema de irrigação, a situação da cultura é diferente, com plantas bem desenvolvidas, folhas normais, coloração verde-escuro e alto potencial produtivo, beneficiadas pela alta insolação.

Milho silagem - A cultura permanece em implantação escalonada. Estima-se que 60% dos cultivos foram implantados. Os maiores índices de implantação são nas regiões administrativas a da Emater/RS-Ascar de Erechim e Passo Fundo, que se aproximam da finalização, e os menores na região de Porto Alegre e Bagé, com 25% e 40% semeados, respectivamente.

Quanto às fases, predominam o desenvolvimento vegetativo, correspondendo a 61% dos cultivos, a floração em 30% e enchimento de grãos em 9%.

Na região de Santa Rosa, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, mas em função da falta de umidade nos solos, parte delas já apresentam sintomas do déficit hídrico, causando preocupações aos produtores de leite, que dependem desse alimento para o manejo alimentar.

Arroz - A área estimada de arroz pelo IRGA é de 862.498 hectares. A produtividade projetada é de 8.226 kg/ha. A semeadura aproxima-se do final e alcançou 98% da área prevista.

Feijão 1ª safra - A área projetada de feijão 1ª safra é de 30.561 hectares. A produtividade estimada permanece em 1.701 kg/ha.

FRUTÍCOLAS

Uva - Na regional de Caxias do Sul, o período seguiu com condições climáticas excelentes para o desenvolvimento da cultura, crescimento das bagas e manutenção da sanidade das plantas. A principal fitopatia incidente na região - míldio ou mufa - está praticamente inexistente nos videirais, sendo que a fase fenológica mais crítica está sendo superada ? o florescimento das vinhas. O momento foi de atividades intensas na poda verde, além de tratamentos fitossanitários, manejo das plantas de cobertura e adubações em cobertura.

Iniciou a colheita da atual safra por meio da cultivar Vênus, que é a mais precoce cultivada na região e nos locais de mesoclima mais quentes, ou seja, nos vales dos maiores rios; o preço médio na propriedade está em R$ 5,00/kg.

BOVINOCULTURA DE LEITE

Percebe-se a diminuição da produção e um pequeno prejuízo no estado corporal dos animais devido ao vazio forrageiro das pastagens cultivadas. As pastagens nativas, mesmo com as chuvas ocorridas, não são capazes de suprir a demanda na alimentação dos rebanhos devido à escassez hídrica dos períodos anteriores e à alta lotação. Observa-se aumento no consumo de alimentos conservados e ração, mas poucos produtores ainda possuem reservas de feno ou silagem.

Por causa das temperaturas elevadas, ao longo dos dias, os criadores precisam estabelecer alguns cuidados com o rebanho para que os animais não sofram um estresse térmico, já que temperaturas acima de 20°C não são confortáveis. Como estratégia, os produtores antecipam a entrada e a retirada dos animais das pastagens pela manhã e retardam para um novo pastejo ao fim do dia, quando as temperaturas estão mais amenas. Também utilizam potreiros com sombras e água à vontade. Alguns produtores ainda retardam a segunda ordenha para à tardinha, quando o dia está mais fresco.

A qualidade do leite permanece satisfatória, bem como o estado sanitário do rebanho. O preço do leite está em baixa, e há previsão de maiores baixas para as próximas semanas devido à alta na produção (grande oferta) e ao baixo consumo de leite no verão pela população.

Crédito foto: José Schafer - Emater/RS-Ascar

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Fonte: Emater

Sexta, 02 de Dezembro de 2022
Mais de 6 mil produtores já manifestaram interesse no Programa Sementes Forrageiras
Mais de 6 mil produtores já manifestaram interesse no Programa Sementes Forrageiras Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR MARIA ALICE LUSSANI

Termina nesta segunda-feira (05/12) o prazo para manifestação de interesse no Programa Sementes Forrageiras edição 2022/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Nos dez primeiros dias, 35 entidades manifestaram interesse, totalizando R$ 3.456.600,00, no atendimento de 6.097 produtores. O edital abriu no dia 23/11.

Podem participar do programa agricultores familiares e pecuaristas familiares, por meio de suas cooperativas, associações e sindicatos. Os recursos serão operacionalizados por meio de financiamento subsidiado, com bônus adimplência de 30% do valor total da operação e vencimento do contrato em fevereiro de 2024, conforme regras do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Produtores Rurais (Feaper).

A entidade apresentará sua demanda de recurso dentro do limite de valor de até R$ 600,00 por produtor que pretende atender e com o teto máximo por entidade de R$ 180 mil reais. Entre as espécies disponíveis estão o azeve?m, aveia preta, aveia branca, trigo duplo propósito, ervilhaca e capim suda?o. Os recursos disponíveis para o programa são de R$ 5,8 milhões.

Documentos

As entidades interessadas em participar devem efetuar a manifestação de interesse para a Seapdr através de ofício com a identificação da entidade, valor e número de produtores que deseja atender com o programa. O documento assinado pela entidade deve ser encaminhado para o e-mail: leitegaucho@agricultura.rs.gov.br.

Mais informações

Divisão de Sistemas Produtivos / Departamento de Agricultura Familiar e Agroindústria da Seapdr, pelo fone (51) 3218-3361 ou pelo e-mail: leitegaucho@agricultura.rs.gov.br

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias/SEAPDR

Sexta, 02 de Dezembro de 2022
CNA assume presidência da Câmara Temática de Inovação Agrodigital do Mapa
CNA assume presidência da Câmara Temática de Inovação Agrodigital do Mapa Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) assumiu, na quinta (1º), a presidência da Câmara Temática de Inovação Agrodigital do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O presidente da Comissão Nacional de Irrigação da CNA, David Schmidt, foi indicado para conduzir o colegiado do Mapa, que terá como objetivo discutir demandas relacionadas à inovação, tecnologia e conectividade no setor agropecuário.

Durante a abertura da primeira reunião da Câmara Temática, Schmidt destacou o protagonismo do Brasil no cenário mundial de alimentos, graças ao uso da tecnologia e inovação. “A tecnologia foi o que transformou o país em um grande exportador de alimentos e que o permite ser atuante e competitivo”, disse.

Segundo ele, a atuação da Câmara será fundamental para analisar as demandas e compreender os gargalos das cadeias produtivas em relação à difusão de tecnologia. “Todo tipo de inovação passa pela conectividade. Já temos máquinas autônomas, robôs de monitoramento, mas que dependem da conectividade”.

David Schmidt reforçou a necessidade de disseminar soluções tecnológicas de forma integrada e rápida no campo e de capacitar os produtores rurais. “Muitas soluções já foram criadas, mas não estão sendo usadas”.

Na abertura, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Mapa, Cleber Oliveira Soares, afirmou que a expectativa da Câmara é debater assuntos relacionados à sustentabilidade, bioeconomia e inovação aberta.

“O agro brasileiro é por si um setor sustentável, que tem contribuído para os desafios de segurança climática e alimentar, principalmente com o uso de tecnologia”.

Já o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Ângelo Mazzillo Junior, falou sobre o desafio do Brasil em alimentar o mundo nos próximos anos. “A agricultura de clima tropical oferece alternativas para superar a insegurança alimentar com inovação e sustentabilidade. Então a bola está com a gente. A Câmara Temática vai organizar e potencializar a inovação e digitalização para enfrentar os desafios”.

Durante o encontro, o coordenador geral de apoio às Câmaras Setoriais e Temáticas, Helinton José Rocha, fez uma apresentação sobre o funcionamento dos colegiados e a diretora do Departamento de Apoio à Inovação para Agropecuária (Diagro), Sibelle Andrade Silva, falou sobre perspectivas da inovação agrodigital.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Imagem: Guilherme Martimon/MAPA

Sexta, 02 de Dezembro de 2022
Sindicatos defendem repactuação de temas trabalhistas
Sindicatos defendem repactuação de temas trabalhistas Fonte: Agência Brasil

O presidente da União Geral de Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, disse hoje (1º) que o movimento sindical quer a repactuação de alguns temas trabalhistas, mas não defende a revogação da reforma trabalhistas, nem a volta do imposto sindical, nos moldes em que era cobrado. Patah e representantes de 21 centrais sindicais reuniram-se em Brasília com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Patah, questões como homologação de demissões, negociação coletiva, trabalho intermitente e acordo entre empresários e trabalhadores sem participação dos sindicatos precisam ser revistas e debatidas pelo Congresso Nacional.

“No Brasil, temos um reforma que não gerou emprego, como estava se prevendo, e que tem uma série de inseguranças jurídicas ainda criadas. Queremos segurança jurídica, os empresários têm que ter tranquilidade, queremos empresas fortes, que tenham lucro, mas que distribuam isso por PLR [Participação nos Lucros e Resultados] ou participação, e que gere empregos”, afirmou.

Para o presidente da UGT, o Parlamento será fundamental para construção da nova reforma sindical ou trabalhista adequada ao novo mundo [em] que vivemos, da quarta revolução industrial, de plataformas digitais, de uma tecnologia elevada e do trabalho decente”, disse, ao deixar a reunião.

De acordo com Patah, é unanimidade e consenso entre os sindicalistas que não haja a volta do imposto sindical obrigatório, mas é preciso construir uma forma de custeio das entidades, além das mensalidades pagas por trabalhadores sindicalizados. Para ele, isso pode ser decidido de forma livre em assembleias de trabalhadores a partir das conquistas dos sindicatos.

Ricardo Patah disse que o encontro foi organizado para que Lula escutasse as demandas do setor. “É um papel muito importante, escutar o mundo do trabalho, os sindicatos em suas categorias mais diversas, sobre quais as demandas necessárias para iniciar o governo já com políticas exitosas. Muitas delas serão construídas no Parlamento e tem algumas que podem, já no começo do ano, ser anunciadas, como a política de distribuição de renda através do salário mínimo.”

Segundo Patah, o presidente eleito reafirmou o compromisso de campanha de recompor o poder de compra da população, por meio do aumento real do salário.

Fonte: Agência Brasil – Andréia Verdélio