As negociações da soja no mercado interno continuam embaraçadas pelo tabelamento dos fretes rodoviários, dificultando o recebimento dos grãos nas indústrias.
No mercado brasileiro os preços da soja têm sido sustentados pela valorização do dólar frente ao real, o maior interesse chinês pela oleaginosa brasileira e o menor estoque nacional de passagem, o que também elevou a liquidez nos portos brasileiros.
Todavia, a estimativa do USDA em relação à safra de soja 2018/19 nos EUA, com incremento de 7,54 milhões de tons em relação ao relatório de julho, limitou os prêmios de exportação no Brasil e maiores escaladas de preços da oleaginosa no mercado nacional.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) avançou 2,0% entre 6 e 13 de agosto, a R$ 88,94/saca na segunda-feira, 13. No mesmo período, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná subiu 1,8%, a R$ 82,49/saca no dia 13.
Para o Brasil, o USDA manteve a estimativa em relação ao relatório de julho e os EUA poderão ultrapassar a produção brasileira na safra 2018/19.
O clima favorável e a umidade adequada do solo apontam para uma potencialização do rendimento/hectare das lavouras, sustentando a hipótese de produção histórica de 21 milhões de tons de trigo.
A nova safra de trigo na Argentina promete ser uma revanche, a caminho de produzir uma safra recorde de trigo 2018/19 com base em 6,32 milhões de hectares plantados e 21 milhões de tons de trigo, se confirmada, permitirá uma marca histórica de 13,5 milhões de tons para exportação.
O clima favorável e a umidade adequada do solo apontam para uma potencialização do rendimento/hectare das lavouras, sustentando a hipótese de produção histórica de 21 milhões de tons de trigo. O frio, uma grande variável para o desempenho da cultura, está alinhado para expressar os mais altos níveis de produtividade das lavouras argentinas, onde prevalecem as condições boas a excelentes.
Apoiando a ideia de uma forte demanda de exportação da nova safra argentina, as vendas declaradas ao exterior, que até o até o dia 01/agosto são as mais altas já registradas, somam 3,6 milhões de tons.
Do início de agosto até agora, o trigo remanescente da safra 2017/18 tem experimentado um aumento de 5,2% em seu preço disponível, enquanto o preço do trigo novo aumentou 3,7 %, no mesmo período, no MATBA para o contrato de dezembro/18.
O atual cenário mundial de oferta de trigo aponta para a possível manutenção do trigo argentino nos altos patamares de preços, uma vez que o país é excessão diante dos demais exportadores, sem indicativos de quebra de safra e previsão de qualidade assegurada, o que fortalece a Argentina nas vendas de trigo.
Fonte: afnews
Os preços do milho no mercado interno iniciaram a semana com valorização, explicada pela maior demanda pelo grão, o atraso da colheita da segunda safra, as incertezas quanto ao frete e a redução na produção nacional.
Desta forma, os vendedores continuam com postura retraída de venda, adiando novos negócios e elevando os preços.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 3,1% entre os dias 27/07 e 03/08, fechando a R$39,78/ saca na sexta-feira (03). Em relação ao mesmo período de julho, o indicador valorizou 10%.
Na BM&F Bovespa o preço da saca de 60kg continua acima dos R$40,00 para os contratos de set/18 a maio/19, e valorização mensal entre 4 e 8%.
Quanto ao volume exportado no mês de julho/18, foram embarcadas 1,17 milhão de tons de milho, aumento expressivo de 1,027 milhão de tons em relação a junho/18. Todavia, em comparação a julho/17 o volume exportado foi inferior em 1,152 milhão de tons, indicando um possível atraso nos embarques e postergação dos mesmos causados pelo cenário adverso do tabelamento dos fretes rodoviários.
Fonte: afnews
A melhora nas lavouras de soja dos EUA pressionaram os futuros da oleaginosa em baixa na CBOT.
Cerca de 70% da safra de soja dos EUA foi classificada como boa a excelente, contra 69% uma semana antes. Cerca de 44% estavam desenvolvendo as vagens, quase o dobro da média anterior de cinco anos para esta época do ano, e 78% da colheita está florescendo, acima da média de 63%.
Os preços também estão sendo limitados pela atual disputa comercial entre os EUA e a China, que até agora não mostra sinais de fim.
No entanto, este mercado está evoluindo em um contexto incerto por causa das tensões comerciais entre a China e os EUA. A soja é a exportação agrícola americana mais valiosa para a China e já está enfrentando um imposto extra de Pequim em retaliação a uma rodada inicial de tarifas dos EUA.
Fonte: afnews.