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Quinta, 06 de Setembro de 2018
Investimento em tecnologia vai determinar o futuro do agronegócio
Investimento em tecnologia vai determinar o futuro do agronegócio

O controle de decisões ligadas à cadeia produtiva, como irrigação e aplicação de fertilizantes e insumos, pode ser feito de forma automatizada, possibilitando um maior controle das condições da lavoura. Investimento em tecnologia é tendência para os próximos anos, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Você já tem sensores e equipamentos obtendo informações online para auxiliar em todo processo produtivo, desde o plantio até a pós-produção”, diz a chefe da unidade Informática Agropecuária, Silvia Massruhá.

Para a pesquisadora, resta usar esse conhecimento nas tomadas de decisão, reduzindo custos e aumentando a produtividade e o rendimento do negócio. O coordenador do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA), Caio Rocha, defende que a disseminação das práticas precisa de apoio governamental. “Nos últimos 20 anos, se pegarmos terra, capital, trabalho e tecnologia, o que mais agregou foi a tecnologia”, afirma.

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) já descobriu as vantagens de investir em tecnologia e automatização. Há dois anos, foi montado o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), em Brasília, capaz de analisar centenas de amostras por dia. “O objetivo é preparar amostras de referência, para que os laboratórios possam fazer uma checagem e garantir, ao fim do processo, que o comprador final receba o resultado conforme a análise”, explica o gerente do laboratório, Edson Mizoguchi. A credibilidade junto ao mercado, segundo ele, pode ser traduzida em preços melhores.

Conectando campo e cidade

 

A nutróloga Bruna Pitaluga não sabia como indicar aos pacientes onde comprar produtos orgânicos. Desta necessidade, nasceu um sistema de entrega de alimentos sob demanda. Foi Guaíra Flor, amiga da médica, quem comprou a ideia e passou a oferecer o serviço.

A empresária conta com dezenas de pequenos produtores rurais certificados. Ela diz que o trabalho é importante já que esses agricultores acabam dedicando muito tempo à terra e não conseguem acessar o celular. “Como eles não têm carro, a gente acabou assumindo a logística também”, conta Guaíra.

Segundo o chefe da Embrapa Agroindústria, Lucas Leite, fatores como a urbanização crescente, onde o tempo é cada vez mais precioso, e o envelhecimento da população contribuem para o aumento da importância daquilo que é consumido no dia a dia. “Agricultura não é mais só sinônimo de alimento, fibras e energia. É também de nutrição, saúde, apelo gourmet e serviços ambientais”, afirma.

Fonte: Canal Rural 

Quinta, 06 de Setembro de 2018
CNA participa de Diálogo Agrícola Brasil-Argentina
CNA participa de Diálogo Agrícola Brasil-Argentina

Brasília (05/09/2018) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou do 2º Diálogo Agrícola Brasil-Argentina, nesta quarta-feira (05), em Buenos Aires.

O evento discutiu a agenda bilateral e os principais desafios dos dois países no comércio internacional, entre eles a questão das indicações geográficas na União Europeia e o arcabouço regulatório cada vez mais restritivo promovido pelo bloco europeu, que tem aumentado a criação de barreiras às exportações brasileiras e argentinas.

A CNA foi representada no encontro pelo presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e diretor responsável pela área de Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira. Ele participou da cerimônia de abertura junto ao presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), Daniel Pelegrina, e do embaixador do Brasil na Argentina, Sérgio Danese.

Em seu discurso, Gedeão exaltou o lema “juntos para competir”, chamando a Argentina e os demais parceiros do Mercosul para conquistar mercados em parceria. Ele reiterou a importância da Ásia para o Agro regional afirmando que os esforços dos parceiros têm que se voltar mais pra aquele continente.

“Para conquistar esses mercados fundamentais é necessário estarmos permanentemente dialogando entre nós. Temos que nos entender para que juntos cheguemos no mundo como um bloco extremamente importante, creio que o mais importante na futura produção de alimentos”, afirmou Pereira.

No painel moderado pela assessora de Negociações Internacionais da CNA, Camila Sande, a secretária de Mercados Agroindustriais da Argentina, Marisa Bircher, defendeu a breve conclusão do acordo Mercosul – União Europeia.

“Ela ressaltou a importância de acelerar também outras negociações como Coreia do Sul, Canadá e com a Área de Livre Comércio da Europa, alegando que passaríamos a comercializar com 30% das economias mundiais no lugar dos 10% que temos como parceiros atualmente”, disse Camila.

Entre os encaminhamentos do encontro houve o pleito formal dos uruguaios e paraguaios para que o evento seja ampliado à participação deles. Além disso, brasileiros e argentinos deverão promover uma missão comercial para a Malásia e China, em novembro. A ideia é que Uruguai e Paraguai também participem para fortalecer ainda mais o comércio extra bloco.

Fonte: CNA Brasil

Quinta, 06 de Setembro de 2018
Área cultivada de arroz deve recuar com alta dos custos e crédito restrito
Área cultivada de arroz deve recuar com alta dos custos e crédito restrito

A área destinada ao cultivo de arroz no Rio Grande do Sul, maior produtor do País, pode recuar até 10% na safra 2018/2019 ante o ciclo anterior, quando foi de 1,07 milhão de hectares. Com dificuldade de acesso ao crédito e perspectiva de aumento de 20% dos custos por causa do câmbio, os orizicultores estão descapitalizados para o novo ciclo.

A projeção foi feita pelo presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, durante a Feira de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer) em Esteio, no Rio Grande do Sul. Diante dessa perspectiva de menor área, a produção de arroz deve somar entre 7,5 milhões e 8 milhões de toneladas neste ciclo, um recuo de até 11,3% em relação à safra passada. Na temporada 2017/2018, o Estado produziu 8,4 milhões de toneladas.

Segundo Dornelles, a retração se deve à descapitalização do produtor e também ao aumento de custos de produção, que devem ser aproximadamente 20% superiores aos do ciclo passado, quando foram de R$ 7,4 mil por hectare. Grande parte dos insumos da lavoura arrozeira tem preços atrelados ao dólar e o tabelamento do frete já elevou os valores da entrega de materiais, devendo encarecer também o transporte dos grãos, além da energia elétrica mais cara. “O produtor vê o aumento de custo de produção aliado ao atraso no preparo de solo, em decorrência das chuvas e da falta de dinheiro nessa etapa, e não quer arriscar muito mais”, afirma Dornelles. Segundo ele, a janela ideal de plantio se inicia em 20 de setembro e vai até 30 de outubro.

Na safra 2017/2018, a Federaroz já havia solicitado aos produtores que reduzissem a área de cultivo para equilibrar a oferta e a demanda do grão. “Mas o contexto deste ano é diferente e acreditamos que o produtor deva plantar, porque os atuais estoques são os mais baixos da história e devem chegar a menos de 400 mil toneladas em 28 de fevereiro – quando encerra o ano agrícola da cultura –, o que está abaixo do necessário para 15 dias de consumo no País.” O estoque habitual para o período oscila de 1 milhão e 1,5 milhão de toneladas, diz Dornelles.

Ele explica que os estoques baixos são resultado de um incremento das exportações do grão, que cresceram 137% de março a julho deste ano, para 546,4 mil toneladas, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Arroz (Abiarroz). Em setembro, a expectativa é de que os embarques somem 100 mil toneladas.

O economista do Sicredi, Pedro Ramos, destaca que a valorização do dólar também desestimula a importação de arroz do Mercosul. “Esse movimento de entrar menos produto de fora e de maior exportação faz com que o preço consiga voltar a um patamar remunerador, embora haja muita incerteza.”

Fonte: Afnews

Quarta, 05 de Setembro de 2018
Diálogo Agrícola: Brasil - Argentina
Diálogo Agrícola: Brasil - Argentina

Está sendo realizado hoje, 05.09 um evento em Buenos Aires na Argentina, onde o Presidente da Farsul, Gedeão Pereira está participando, estão presentes também o Sr. Daniel Pelegrina, Presidente da Rural Sociedade Argentina, João Martins, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Emb. Sergio F. Daneses. Embaixador da República Federativa do Brasil na República Argentina . Emb. Carlos Magariños. Embaixador da República Argentina na República Federativa da Brasil.

Temas das Palestras:

Situação atual da integração regional e agricultura: Agenda e Prioridades.

Questões estratégicas para o setor privado do Brasil e da Argentina.

Fonte: Sistema Farsul. 

Indicações geográficas, convergência regulamentar e entraves ao comércio e Investimentos.

Relação externa: Agenda comum para a abertura de mercados.

Galeria

Segunda, 03 de Setembro de 2018
Milho: Com influência do dólar, preços iniciam a semana em campo positivo na bolsa brasileira
Milho: Com influência do dólar, preços iniciam a semana em campo positivo na bolsa brasileira

As cotações futuras do milho negociadas na B3 iniciaram a sessão desta segunda-feira (3) do lado positivo da tabela. As principais posições da commodity exibiam leves altas entre 0,78% e 0,93%, perto das 11h30 (horário de Brasília). O vencimento novembro/18 operava a R$ 43,24 a saca e o janeiro/19 trabalhava a R$ 44,09 a saca.

Diante do feriado do Dia do Trabalho, nos Estados Unidos, as atenções dos investidores permanecem voltadas ao comportamento do dólar, conforme dados reportados pela Radar Investimentos. A moeda norte-americana operava a R$ 4,134 na venda, com valorização de 1,50%, às 12h20 (horário de Brasília).

"O dólar salta mais de 1% ante o real nesta segunda-feira, com a cautela predominando entre os investidores devido ao cenário eleitoral doméstico e às preocupações com a guerra comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros", informou a agência Reuters.

Por outro lado, o andamento da colheita da safrinha no Brasil também segue no radar dos investidores. Em Mato Grosso do Sul, até a última sexta-feira, cerca de 87,7% da área semeada nesta temporada já havia sido colhida, segundo levantamento da Aprosoja MS.

No Paraná, o percentual colhido está próximo de 87% nesta temporada, de acordo com último reporte do Deral (Departamento de Economia Rural). Já em Mato Grosso, maior estado produtor do cereal na safrinha, a colheita atingiu 99,92% até a última sexta-feira. As informações são do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

Fonte: Noticias Agricolas 
 

Sexta, 31 de Agosto de 2018
Reunião entre Farsul e CEF discute dívidas do crédito rural
Reunião entre Farsul e CEF discute dívidas do crédito rural

O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, o 1º vice-presidente, Elmar Konrad, o diretor José Alcindo de Souza Ávila, o diretor jurídico Nestor Hein e o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz estiveram reunidos, nessa quinta-feira (30), com o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Fábio Lenza, e o superitendente estadual da CEF, Hélio Durant, na Casa da Farsul, durante a Expointer 2018. O tema central do encontro foi a forma como a instituição financeira está conduzindo as prorrogações de dívidas do crédito agrícola.
 

Os dirigentes da Farsul sugeriram que o banco intensificasse as negociações e esgotassem todas as possibilidades de acordo antes de enquadrar produtores rurais no Serasa ou de entrar com ação de execução. Ao trazerem à tona essa solicitação, foram apresentados casos específicos de produtores que estão enfrentando o problema. Os representantes da Caixa se comprometeram em fazer o possível para solucionar as questões. Além disso, a CEF ficou de verificar a situação dos produtores de todo o Estado e que se encontram com esse problema. Para tanto, entrarão em contato as agências. Essas, por sua vez, irão procurar os Sindicatos Rurais para que a CEF converse com aqueles que precisam regularizar sua situação.
 

Outros assuntos também foram abordados no encontro, como por exemplo, a equalização mais racional a respeito das garantias para empréstimo. Segundo O diretor José Alcindo, as garantias não devem exceder 150% do valor do empréstimo, porque mais do que isso se torna muito pesado para o produtor. Os dirigentes da Farsul destacaram ainda que as taxas de juros devem se manter dentro das modalidades do crédito rural, assim como as linhas de crédito .

Sexta, 31 de Agosto de 2018
Após dois anos de tendência negativa, saca do arroz fica acima da linha dos R$ 40
Após dois anos de tendência negativa, saca do arroz fica acima da linha dos R$ 40

Esta é a primeira vez desde abril de 2017 que a cotação do grão ultrapassa a marca de R$ 40. E na segunda-feira (27), o preço pago diretamente ao produtor do Norte catarinense bateu esse valor, para o alívio dos rizicultores da região, principal produtora de arroz do estado.

Mas apesar da reação na tabela, o valor ainda está aquém do necessário para compensar os custos. A saca custa, em média, entre R$ 34 e R$ 36 para o produtor catarinense, dependendo da propriedade.

Segundo o Presidente da Cooperativa Juriti, Orlando Giovanella, os preços são o mínimo necessário para o produtor se manter na atividade. "Não há lucro expressivo, é só subsistência do produtor", comenta.

O aumento nas cotações foi provocado por uma safra abaixo da média - que sucedeu a "supersafra" do ano passado, de 11,3 milhões de toneladas - e o início das exportações de arroz, que ajudaram a alavancar os preços.

Giovanella frisa que o setor tem passado por grandes dificuldades em razão dos preços de insumos em descompasso com os preços da saca. "Estes preços são inviáveis para o produtor, enquanto os custos dos insumos aumentaram muito no mesmo período", explica.  Desde o ano passado, os chamados defensivos agrícolas - agrotóxicos e pesticidas - e os fertilizantes registraram inflação de cerca de 30%, explica.

Histórico de altos e baixos

O valor da saca de 50 quilos de arroz irrigado  atingiu seu pico em agosto de 2016, cotada a R$  50,20 na média nacional e R$ 49,93 no estado. Desde então, entrou em retração expressiva, atingindo  um mínimo de R$ 34,25 em março deste ano, caindo 31,77%.

No norte catarinense, o preço pago para os produtores já chegou a R$ 31,50. Apesar de ter retomado parte dos preços, o valor da saca segue 16,87% abaixo do registrado em agosto de dois anos atrás e apenas 4,33% acima de agosto de 2017, quando estava cotada em R$ 40 zerados.

Fonte : Afnews
 

Sexta, 31 de Agosto de 2018
Lavouras de inverno têm boas perspectivas:
Lavouras de inverno têm boas perspectivas:

A presença de uma frente fria sobre o Rio Grande do Sul provoca chuva torrencial sobre o estado. A chuva mantém as atividades de campo paralisadas, o que afeta tanto o plantio do arroz quanto, principalmente do milho. Por outro lado, os solos seguem com bons níveis de umidade e o desenvolvimento das lavouras de inverno, como o trigo, é favorecido.

O sistema avança sobre Santa Catarina e Paraná ao longo do final de semana, em que provoca chuva generalizada não só sobre os dois estados, mas também sobre partes de São Paulo, Mato Grosso do Sul, sobre o sul de Minas Gerais, alguns pontos de Goiás e do Mato Grosso. No entanto, sobre Minas Gerais, Goiás e em Mato Grosso a chuva virá na forma de pancadas bastante irregulares.

O grande problema pode ser novamente para as áreas produtoras de algodão do Mato Grosso, que mais uma vez podem receber algumas pancadas de chuvas e prejudicar ainda mais a qualidade das plumas. Nas demais regiões do Brasil o tempo segue aberto e sem previsão de chuva.

Consequências da chuva

A chuva que ocorre sobre diversas áreas produtoras de café e de cana-de-açúcar no centro-sul do país, irá apenas levar a paralisações momentâneas dos trabalhos de colheita, sem que ocasionem prejuízos aos produtores. Pelo contrário, a chuva apesar de ser irregular no Sudeste e no Centro-Oeste, irá permitir que os solos continuem apresentando níveis razoáveis de umidade, o que favorece o desenvolvimento das lavouras e, principalmente, os trabalhos de campo.

As temperaturas, por sua vez, devem se manter com grande amplitude térmica. As madrugadas irão continuar com temperaturas relativamente mais baixas, mas as tardes serão extremamente quentes no Sudeste e no Centro-Oeste.


Fonte: Notícias agrícolas
 

Galeria

Sexta, 31 de Agosto de 2018
PIB da agropecuária caiu 0,4% na comparação com 2º trimestre de 2017.
PIB da agropecuária caiu 0,4% na comparação com 2º trimestre de 2017.

Dados foram divulgados nesta sexta-feira (31/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatíatica

Ao analisar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, a gerente de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Claudia Dionisio, explicou que houve perda de produtividade do setor agropecuário no período. O segmento, que no ano passado registrou safra recorde, produziu menos em uma área maior.

 

O PIB da agropecuária ficou estável (0,0%) no segundo trimestre contra o primeiro trimestre de 2018. Na comparação com o segundo trimestre de 2017, o PIB da agropecuária mostrou queda de 0,4%. Segundo Claudia, as culturas que mais contribuíram positivamente têm menor peso no PIB do agronegócio. É o caso do café, que é uma cultura que tem ciclo bienal, alternando ano de grande produção e outro de colheita menor.


Ante o segundo trimestre de 2017, o produto registrou alta de 23%, mas pesa apenas 5% no PIB do setor. Já o milho, cuja produtividade caiu 16,7%, corresponde a 11% do indicador setorial, enquanto a soja representa 37% do indicador, mas teve alta de apenas 1,2%. Para o resultado do agronegócio no segundo trimestre, a gerente do IBGE também destacou o arroz e a mandioca, cuja produção caiu 7,3% e 3,2%, respectivamente, e o algodão, que registrou alta de 24,5%.

Fonte: Globo Rural

Quinta, 30 de Agosto de 2018
Bovespa tem forte queda com exterior negativo e preocupações eleitorais
Bovespa tem forte queda com exterior negativo e preocupações eleitorais

principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em forte queda nesta quinta-feira (30), contaminado pelo viés negativo no exterior, enquanto dúvidas sobe o desfecho da disputa presidencial no país continuam adicionando volatilidade.

Às 13h52, o Ibovespa tinha queda de 2,3%, a 76.83 pontos. Veja mais cotações.

Na quarta-feira, a bolsa fechou em alta de 1,18%, a 78.388 pontos.

No exterior, preocupações sobre a disputa comercial entre Estados Unidos e China voltavam a pressionar ativos financeiros, em sessão com nova rodada de depreciação de moedas emergentes, incluindo o real, mas com destaque para a moeda argentina, segundo a Reuters.

O banco central da Argentina elevou a taxa básica de juros do país para 60%, ante 45%, nesta quinta-feira, um dia após o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter pedido políticas monetária e fiscal mais duras. O peso argentino despencou nesta quinta-feira 15,6%, para a mínima recorde de 39 por dólar.

"O movimento de contágio (da deterioração dos ativos emergentes para outros mercados) ainda é tímido mas, na minha visão, pode ganhar corpo", avalia um gestor de uma administradora de recursos no Rio de Janeiro.

Ele avalia que o cenário pode piorar se não forem tomadas medidas concretas para frear a deterioração em alguns países ou não houver uma mudança radical de cenário suficiente para fazer o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, reavaliar seu processo de normalização monetária.

No Brasil, investidores repercutiam pesquisa eleitoral divulgada pela manhã e também acompanhavam uma possível decisão do Tribunal Superior Eleitoral na sexta-feira sobre a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na propaganda eleitoral no rádio e na TV.

Destaques

Eletrobras PNB e Eletrobras ON recuavam ao redor de 6% e 5%, respectivamente, destacando-se na ponta negativa do índice, após ganhos fortes na véspera e antes do leilão de três distribuidoras de energia da companhia que atuam no Acre, Roraima e Rondônia, previsto para começar às 15h.

Itaú PN caía mais de 2%, em sessão negativa para o setor bancário, contaminados pelo mau humor generalizado. Bradesco PN, Santander Brasil UNIT e Banco do Brasil também caíam aproximadamente 2%.

Petrobras PN e Petrobras ON caíam 1,4% e 1,9%, respectivamente, após ganhos fortes na véspera e apesar da alta dos preços do petróleo, conforme seguem afetados pela volatilidade eleitoral, além da maior aversão a risco na bolsa como um todo.

CSN subia 1,4%, após anunciar cancelamento os dividendos no valor de R$ 890 milhões, se comprometendo a utilizar os recursos não distribuídos para amortizar obrigações de curto prazo.

Fonte: G1 globo.com