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Sexta, 22 de Janeiro de 2021
Mercado de milho pode ter maior movimentação, com alta do dólar
Mercado de milho pode ter maior movimentação, com alta do dólar Fonte: Safras & Mercados

O mercado brasileiro de milho pode ter uma maior movimentação nesta sexta-feira, com a alta do dólar frente ao real e com a maior disposição dos produtores em aumentar as fixações de venda em algumas regiões. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em queda, revertendo os ganhos da última sessão.

     Ontem (21), o mercado brasileiro de milho manteve preços estáveis. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, há efetivo aumento da fixação de oferta em alguns estados, mas até momento não foi evidenciada agressiva queda dos preços. “As dificuldades de abastecimento tendem a se acentuar com o avanço da colheita da soja e o encarecimento do custo de frete”, adverte.

     No Porto de Santos, o preço ficou em R$ 82,00/87,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço em R$ 82,00/87,00 a saca.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 80,00/82,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 83,00/85,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 86,00/88,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 86,00/87,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 80,00/82,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 76,00 – R$ 77,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 73,00/75,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos do milho com vencimento em março operam com baixa de 8,75 centavos, ou 1,66%, neste momento, cotados a US$ 5,15 1/2 por bushel.

* O cereal sofre pressão de chuvas benéficas às lavouras na América do Sul. Na semana, o contrato março acumula perdas em torno de 3% de neste momento.

* O mercado aguarda, agora, os números para as vendas semanais

norte-americanas, que serão divulgados às 10h30 (horário de Brasília). A aposta é de embarques entre 600 mil e 1,2 milhão de toneladas.

* Ontem (21), os contratos de milho com entrega em março/21 fecharam a US$ 5,24 1/4, alta de 2,25 centavos de dólar, ou 0,43%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com valorização de 0,8%, cotado a R$ 5,407.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,4%. Tóquio, -0,44%.

* As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -1,26%; e Londres, -0,69%.

* O petróleo opera em baixa. Março do WTI em NY: US$ 51,73 o barril (-2,65%).

* O Dollar Index registra alta de 0,04%, a 90,16 pontos.

AGENDA

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30min.

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana passada será publicada às 13h0 pelo Departamento de Energia (DoE).

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Sexta, 22 de Janeiro de 2021
Governo federal se compromete com isenção de exportações para o PMA
Governo federal se compromete com isenção de exportações para o PMA Fonte: Agência Brasil

O governo brasileiro garantiu que não vai impor restrições a exportações de produtos ligados ao Programa Mundial de Alimentos (PMA). O compromisso visa “facilitar os fluxos internacionais de bens e serviços necessários para a resposta à pandemia” e garantir às populações mais necessitadas o acesso à alimentação. Segundo o governo federal, o mesmo compromisso também foi firmado por outros 78 membros da Organização Mundial do Comércio (OMC). A organização conta com 164 membros no total.

O compromisso foi divulgado hoje (21), em nota conjunta assinada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pelo Ministério das Relações Exteriores. “[O Brasil e outros 78 membros] adotaram hoje, 21 de janeiro, em Genebra, declaração conjunta de compromisso em favor da isenção das aquisições para fins humanitários realizadas pelo PMA da imposição de medidas de proibição ou restrição às exportações. O conjunto dos copatrocinadores representa mais de 70% das exportações agrícolas mundiais”, afirmaram os dois ministérios.

“O contexto da pandemia de covid-19 e a imposição de medidas de proibição ou restrição às exportações de produtos agrícolas em 2020 ampliaram os desafios já existentes para as operações do PMA. O Programa estima que o número de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda nos países em que opera aumentou para 270 milhões até o fim de 2020, o que representa um aumento de 82% em relação ao nível pré-covid-19”, acrescentam as pastas.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a pandemia de covid-19 aumentou o quadro de desnutrição na região mais populosa do mundo, a Ásia-Pacífico. O aumento nos preços de frutas, vegetais e derivados do leite dificultou o acesso dos mais pobres a uma alimentação saudável. Segundo relatório da ONU, a situação é mais grave para mães e crianças. Segundo a entidade, dois bilhões de pessoas estão sendo afetadas na região.

O PMA é um programa da ONU de ajuda alimentar multilateral, que tem a participação de países-membros das Nações Unidas. O programa recebe doações de governos, de empresas e doações anônimas e doa alimentos a populações carentes em regiões pobres do mundo e presta assistência em situações de emergência. Só em 2019, o programa atendeu 97 milhões de pessoas em 88 países. O objetivo é alcançar a segurança alimentar e acabar com a fome até 2030.

Fonte: Agência Brasil – Marcelo Brandão

Imagem: Marcelo Camargo

Sexta, 22 de Janeiro de 2021
Agricultura de Precisão: tendências tecnológicas impulsionam setor
Agricultura de Precisão: tendências tecnológicas impulsionam setor Fonte: AF News Agrícola

Embrapa projeta digitalização do agronegócio até 2030.

O agronegócio representa em torno de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) e 50% das exportações do Brasil. O desenvolvimento agrário impacta diretamente na riqueza da nação o que leva empresários do setor e investidores a traçarem tendências tecnológicas capazes de impulsionar ganhos.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) realizou um estudo de megatendências para o agronegócio para os próximos dez anos. Denominado "Visão 2030: o futuro da agricultura brasileira", o levantamento elenca pontos como mudanças climáticas, espaciais e socioeconômicas, a necessidade de agregar valor às cadeias produtivas para agradar ao consumidor cada vez mais exigente e a gestão para a redução dos riscos que geram perda anual de R$ 11 bilhões – o que equivale a 1% do PIB da agricultura nacional.

A pesquisa ressalta a importância do conhecimento e da prática de estratégias tecnológicas aplicadas na agricultura de precisão. A necessidade foi confirmada por outra investigação da Embrapa, desta vez em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que entrevistou 753 produtores sobre tecnologia e agronegócio.

Cerca de 84% dos produtores responderam que já utilizam ao menos uma tecnologia no processo de produção; 70% usam internet e tecnologia em atividades relacionadas à produção rural e 57,5% recorrem às mídias sociais para divulgar dados ou produtos. O uso da tecnologia é o ponto de partida para alcançar a meta de digitalizar o agronegócio até 2030.

Futuro tecnológico do agronegócio

A pesquisa da Embrapa e do Sebrae projeta que a fazenda do futuro será norteada pela otimização do uso de recursos e insumos, por meio de sistemas ciber-físicos, transversais e interdisciplinares. A inovação vai demandar monitoramento e automatização, com instalação de sensores ligados à internet, que vão gerar grande volume de dados. Eles serão filtrados e armazenados em nuvem para serem analisados por inteligência artificial.

O Agro 4.0 dependerá de tecnologia em todas as etapas. Durante a pré-produção, espera-se aplicar inovações no melhoramento genético, na biotecnologia e na bioinformática. Na produção, serão alvo de atualização a agricultura de precisão e equipamentos diversos. Já na pós-produção, a tecnologia tende a gerar melhorias na logística, no transporte e no armazenamento.

Em todas as etapas, aplicativos para diversas finalidades como previsão do tempo, identificação de pragas, gerenciamento da produção, contratação de serviços privados de satélites e drones, instalação de sensores terrestres, GPS, sistemas de informações geográficas (SIG) serão importantes para o planejamento.

A telemetria também é outra peça relevante nesse contexto, afinal permite a medição remota e a comunicação de informações entre sistemas, por meio de dispositivos sem fio - como ondas de rádio ou sinais de satélite. Os equipamentos podem ser acessados à distância por meio de tecnologias de comunicação, o que facilita o monitoramento de geradores, por exemplo, que dão suporte ao abastecimento no meio rural.

A tendência é de aumento de demanda por especialistas nessas áreas e da necessidade de acesso às tecnologias desenvolvidas que podem ser aplicadas no campo. Governo, cooperativas, associações, sindicatos, startups e universidades devem auxiliar neste processo.

Desafios para digitalizar

As entrevistas feitas pela Embrapa e pelo Sebrae apontaram ao menos três desafios para as propriedades rurais conseguirem instalar e se beneficiar de melhorias tecnológicas.

O primeiro é o valor dos serviços. Até o momento, o custo de equipamentos e de dispositivos ainda é elevado. Se mais empresas competirem por esse mercado, os preços tendem a se tornar mais acessíveis aos clientes. Além disso, instituições financeiras podem disponibilizar linhas de crédito ou financiamento para esse objetivo, cientes da necessidade do setor.

Outro desafio é estabelecer conexão de internet nas áreas rurais. Parece óbvio, mas ainda é uma queixa comum entre produtores e prestadores de serviço. A falta da conexão torna-se um entrave na implantação de outras etapas da digitalização.

O terceiro ponto é divulgar informação e conhecimentos aos produtores sobre opções de tecnologia que podem trazer vantagens ao agronegócio. Ao entender os impactos que podem trazer à produtividade, o empresário pensa na digitalização não como custo, mas como investimento.

Fonte: AF News Agrícola - Giulia Zenidin

 

Quinta, 21 de Janeiro de 2021
Produtores gaúchos começam a colheita de arroz da safra 2020/2021
Produtores gaúchos começam a colheita de arroz da safra 2020/2021 Fonte: Safras & Mercados

     A colheita de arroz da safra 2020/2021 está em andamento no Rio Grande do Sul. Uma lavoura que já começou os trabalhos na segunda-feira (18) fica na região da Planície Costeira Externa, na cidade de Viamão, atendida pelo 15º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate) do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Além de ser a primeira lavoura da regional a começar a ser colhida, também é uma das primeiras do Estado.

     A propriedade pertence a Cristiano Vieira da Costa e Cristiano Costa Junior, produtores tradicionais de arroz e soja no município. A lavoura foi semeada no dia 14 de setembro, utilizando a cultivar Puitá Inta CL e um sistema de pré-germinado. Foram cultivados 52 hectares de arroz e 40 ha de soja.

     O técnico orizícola Edivane Portela, do 15° Nate, comenta que, nas últimas safras, vem se observando um aumento de produtividade no município de Viamão. “Saímos de aproximadamente 500 hectares quatro anos atrás para quase 6.000 hectares nesta safra. Isso vem refletindo na recuperação de lavouras que estavam inviabilizadas para produção de arroz devido ao advento de plantas daninhas resistentes aos herbicidas,” explica Portela. As informações são do Irga.

Fonte: Safras & Mercado - Rodrigo Ramos

Quinta, 21 de Janeiro de 2021
China autoriza retomada da exportação de carne de 2 unidades da JBS do RS
China autoriza retomada da exportação de carne de 2 unidades da JBS do RS Fonte: Portal DBO

Com a autorização, todas as restrições impostas à exportação da JBS para a China ao longo de 2020 foram levantadas e a companhia volta a ter 25 unidades aptas a exportar para o país asiático

O governo da China publicou nesta quarta-feira (20/1) autorização para retorno da exportação das unidades de suínos, de Três Passos, e de frangos, de Passo Fundo, ambas do JBS, no Rio Grande do Sul. Com isso, todas as restrições impostas à exportação da JBS para a China ao longo de 2020 foram levantadas e a companhia volta a ter 25 unidades aptas a exportar para o país asiático.

A JBS informa em comunicado que a medida reflete o trabalho da empresa em implementar os mais altos níveis sanitários e de qualidade. Desde o início da pandemia da Covid-19, a companhia investiu R$ 2,8 bilhões globalmente na proteção de seus colaboradores e ajuda às comunidades que tiveram impacto da doença.

A JBS tomou a iniciativa de, a partir de julho de 2020, implementar medidas adicionais nas exportações da Friboi (carne bovina) e da Seara (aves e suínos), alinhando-se a práticas adotadas internamente pelas autoridades chinesas. Por esse protocolo, todos os insumos que são recebidos para a produção de alimentos devem ser sanitizados antes do uso. A desinfecção deve ser realizada diariamente no local onde ficam armazenados.

Além disso, a cada embarque de produtos para a China, o interior dos contêineres é sanitizado antes e depois do carregamento. “São procedimentos que previnem a contaminação de produtos e embalagens, utilizando sempre produtos apropriados e aprovados para a indústria alimentícia”, diz a empresa.

Fonte: Portal DBO – Estadão Conteúdo

Quinta, 21 de Janeiro de 2021
Cooperativas agropecuárias do RS apostam na soja para recuperar perdas – FecoAgro/RS
Cooperativas agropecuárias do RS apostam na soja para recuperar perdas – FecoAgro/RS Fonte: Safras & Mercados

Com o plantio finalizado no Rio Grande do Sul, a cultura da soja pode trazer alento aos produtores nesta safra. Depois da quebra do ano anterior, aliada aos prejuízos causados no inverno para a cultura do trigo, a expectativa da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) é que este período seja de normalidade e que o produtor possa usufruir dos preços remuneradores do grão.

     Conforme o presidente da entidade, Paulo Pires, até o momento a cultura vem em bom desenvolvimento, com um leve aumento de área de acordo com os levantamentos dos institutos que fazem estes acompanhamentos. “Mesmo que pequeno, temos uma grande representatividade, pois 2% são pelo menos 120 mil hectares, com mais de 6 milhões de hectares plantados. Temos a cultura praticamente plantada, se tivermos alguma coisa é a safrinha na região das Missões e Alto Uruguai, em regiões com uso de pivô. O plantio foi feito dentro do zoneamento climático e isso gerou a expectativa de uma safra normal”, observa.

     Para o presidente da FecoAgro/RS, é fundamental que esta safra seja de normalidade, pois no período anterior a quebra foi de 47% segundo dados da Rede Técnica Cooperativa. Pires reforça também a queda na cultura do trigo, que vinha com uma perspectiva de recuperação, mas uma geada na segunda quinzena de agosto de 2020 seguida da seca no momento seguinte trouxe perdas de 30% no cereal no Rio Grande do Sul, sendo que as cooperativas tiveram redução de 16% de recebimento na cultura.

     Além disso, a mesma seca que prejudicou o trigo também frustrou a safra de milho com grandes problemas em seu início. Dados da RTC mostram que pelo menos 37% da safra foi perdida. “Foi uma perda de forma distinta. Tivemos muitas perdas totais em regiões mais quentes como as Missões e Santa Rosa e outras regiões mais frias que deveremos ter uma safra até normal. Com uma colheita prevista de 3,5 milhões de toneladas e com consumo de 7 milhões, temos um déficit que precisaremos trazer de algum lugar para alimentar a produção integrada do Rio Grande do Sul”, destaca.

     A expectativa, para o dirigente, está agora no potencial produtivo da soja que vem se demonstrando satisfatório. “Temos regiões com potenciais enormes, bem diferente do ano passado. Tomara que os produtores e as cooperativas tenham uma safra normal e consigamos comercializar nestes preços especiais que o mercado está pagando hoje”, complementa. Com informações da assessoria de imprensa da FecoAgro/RS.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Quinta, 21 de Janeiro de 2021
Fatores Climáticos: Lavouras de soja devem receber maior volume de chuvas na virada do mês
Fatores Climáticos: Lavouras de soja devem receber maior volume de chuvas na virada do mês Fonte: AF News Agrícola

A tendência é que a chuva se espalhe, inclusive para o Matopiba, entre a última semana de janeiro e a primeira de fevereiro. Confira:

A oscilação dos preços da soja está diretamente ligada com a previsão ou a falta de chuva nas lavouras do Brasil e Argentina que passaram por um longo período de irregularidade nas pancadas e estiagem por conta do La Niña. A partir do início de 2021, a situação melhora principalmente para algumas lavouras do Sul com o retorno da umidade e a tendência é que a chuva continue e se espalhe, inclusive para o Matopiba, entre a última semana de janeiro e a primeira de fevereiro, de acordo com informações da Somar Meteorologia.

Nos próximos dias até o fim da semana que vem, estão previstos mais temporais e acumulados elevados concentrados entre o norte do Rio Grande do Sul e o sul de Minas Gerais e o Rio de Janeiro, passando pelo Paraná, Santa Catarina e metade sul do Mato Grosso. Além do Amazonas e Pará, do Amapá e do Maranhão.

Até o fim deste mês, as chuvas não param na metade sul do país, e continuam com acumulados altos e riscos para transtornos. São precipitações que vêm na forma de temporais.  “A responsável por esta chuva atípica em um ano de La Niña é justamente a condição das águas mais aquecidas do Atlântico na costa do Sul”, explica Celso Oliveira da Somar Meteorologia. Segundo ele, a chuva que tem acontecido na Argentina também colaborou para a queda dos preços das principais commodities.

Grande parte da chuva dos próximos dias está relacionada também à área de baixa pressão atmosférica no Paraguai, Argentina e o oeste da região Sul. “A partir do dia 27 de janeiro teremos a influência da formação de uma nova frente fria na costa do sul do país, que ajudará a trazer temporais em boa parte da região. Além de organizar um corredor de umidade que vem da Amazônia, que alimenta ainda mais as chuvas intensas”, diz Oliveira. Segundo ele, essa mesma frente fria vai organizar uma área de baixa pressão atmosférica na costa de São Paulo, que manterá o corredor de umidade do Amazonas ao Sul e Sudeste do país, a partir do dia 28.

Nos próximos dias a chuva seguirá ainda constante e bem volumosa no Amapá, devido à atuação da Zona de Convergência Intertropical que fica parada naquela região. E em boa parte da região Norte, a chuva é intensa ainda e com acumulados altos, devido ao calor e alta umidade. Por outro lado, em boa parte da Bahia o tempo seguirá seco. “A chuva para as áreas de grãos do interior do Matopiba só deve ganhar força no início de fevereiro. Até lá, apenas Maranhão, Piauí e Ceará têm pancadas mais significativas”, finaliza o meteorologista da Somar.

Fonte: AF News Agrícola - Giulia Zenidin

Quinta, 21 de Janeiro de 2021
Monitor do PIB aponta alta de 1,1% na atividade econômica em novembro
Monitor do PIB aponta alta de 1,1% na atividade econômica em novembro Fonte: Agência Brasil

A atividade econômica teve alta de 1,1% em novembro, em relação a outubro. É o que mostra o Monitor do PIB-FGV, divulgado hoje (21), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). No trimestre móvel que terminou em novembro, se comparado ao trimestre móvel concluído em agosto, o avanço ficou em 4,4%. 

Já na comparação interanual, o movimento foi diferente e a economia apresentou queda de 0,6% em novembro. Apesar de ainda estar em retração, esse percentual significou a menor queda desde o início da pandemia, na comparação com o mesmo mês de 2019. No trimestre móvel encerrado em novembro a queda foi de 1,7%. No acumulado do ano até novembro, o PIB (Produto Interno Bruto - a soma de todas as riquezas produzidas no país)  em valores correntes ficou em aproximadamente R$ 6 trilhões 766 bilhões 288 milhões.

Para o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Cláudio Considera, o crescimento de 1,1% da economia em novembro em relação a outubro reflete a expansão registrada nas três grandes atividades econômicas: agropecuária, indústria e serviços. 

Já pela demanda, o consumo das famílias recuou no mês, em grande parte, por causa da influência do fraco desempenho do consumo de serviços ainda impactado pelo isolamento social. Mas, segundo o economista, houve compensações e a economia apresenta sinais de retomada, embora ainda em ritmo lento.

“Em contrapartida, a formação bruta de capital fixo ajudou a compensar essa queda, crescendo 1,2%, mostrando recuperação dos investimentos. Embora ainda esteja em patamar muito abaixo do nível pré-pandemia, a economia dá sinais de retomada, ainda que lenta, no que parece ser a volta a seu antigo normal de crescimento fraco e instável”, observou.

Consumo das famílias

O Monitor do PIB-FGV indicou que o consumo das famílias caiu 3,0% no trimestre móvel de setembro a novembro, em relação ao mesmo período de 2019. De acordo com o Ibre, embora ainda com variações menos negativas, o consumo segue com tendência ascendente, desde a histórica queda de 12,2% no segundo trimestre. 

Na avaliação do Monitor, essa trajetória menos negativa, na maior parte, é resultado do desempenho do consumo de bens, uma vez que o consumo de serviços tem registrado recuperação mais lenta. Esse tipo de consumo também tem apresentado taxas menos negativas desde o resultado do segundo trimestre.

Já na análise mensal de novembro de 2020 com o mesmo mês em 2019, o consumo de serviços também registrou recuo entre os componentes do consumo. Segundo o Ibre, isso ocorreu, principalmente, por causa das retrações do consumo de alojamento, alimentação e demais serviços prestados às famílias, que dependem de interação social, dificultada pela pandemia. 

Conforme o Monitor, o destaque entre os bens, têm relação direta com o desempenho positivo dos produtos duráveis, que cresceram 8,9% em novembro. Esses produtos são menos dificultados pelo isolamento social, e podem ser comprados por meio do comércio eletrônico.

Formação bruta de capital fixo

Após sete quedas consecutivas, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) voltou a crescer e apresentou avanço de 1,0% no trimestre móvel concluído em novembro, se comparado ao mesmo trimestre de 2019. O crescimento, de acordo com o Ibre, é decorrente do desempenho positivo de máquinas e equipamentos (3,4%) e da construção (0,6%).

Exportação

Ainda segundo o Monitor do PIB-FGV, a exportação de bens e serviços recuou 6,5% no trimestre móvel entre setembro e novembro, em relação ao mesmo trimestre de 2019. A avaliação indicou que houve retração em praticamente todos os componentes nesta comparação. 

As exceções foi a exportação de bens de consumo, que aumentou 17,6%, impulsionada pela elevação de 21% na exportação de bens de consumo não duráveis e de consumos duráveis que cresceram 9,4%, no trimestre. A exportação de produtos da extrativa mineral também apresentou desempenho positivo no trimestre (3,3%).

O volume total exportado de bens e serviços teve queda de 2,9%. Poderia ter sido maior se não tivessem ocorrido crescimentos em três segmentos: bens de consumo (17,3%), produtos da extrativa mineral (13,0%) e bens intermediários (2,5%). O Monitor indicou que a maior queda ocorreu na exportação de produtos agropecuários (27,8%), seguida dos recuos de 24,2% em bens de capital e de 21,5% na exportação de serviços.

Importação

Houve retração também na importação (14,4%) no trimestre móvel de setembro a novembro, na comparação com o mesmo trimestre de 2019. Embora muito negativa, o percentual representa uma melhora em relação ao desempenho anterior. A importação de produtos agropecuários (6,7%) foi o único componente com crescimento. A maior parte dessa retração pode ser explicada pelas quedas acentuadas de bens de capital (-26,4%), bens intermediários (-6,2%) e dos serviços (-30,2%).

O Monitor mostrou, ainda, que, em novembro, a maior parte dos segmentos da importação apresentou expansão. Os únicos em queda foram os segmentos de extrativa mineral e de serviços, que seguem com recuos expressivos desde abril, com taxa de -20,0% em novembro.

Ainda conforme a pesquisa, todas as atividades econômicas foram impactadas de alguma forma pela chegada da pandemia no Brasil, o que provocou a necessidade de adoção de medidas de isolamento social. A análise apontou que, entre as principais atividades econômicas diretamente atingidas pela covid-19, figura a saúde pública e privada. 

As duas atividades representavam, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 4,3% do PIB em 2018, sendo a saúde pública responsável por 1,9 ponto percentual (p.p.) e a saúde privada pelos outros 2,4 p.p.

O que é Monitor do PIB-FGV

A pesquisa estima mensalmente o PIB brasileiro em volume, em valor corrente e em valor constante a preços de 1995. Ele foi criado para dar à sociedade um indicador mensal do PIB, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE.

A série começou em 2000 e inclui todas as informações disponíveis das Contas Nacionais do IBGE até o último ano de divulgação e as informações das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE (CNT), até o último trimestre divulgado.

Fonte: Agência Brasil – Cristina Índio do Brasil

Imagem: José Paulo Lacerda

Sexta, 15 de Janeiro de 2021
Produção agropecuária de 2020 alcança R$ 871 bilhões
Produção agropecuária de 2020 alcança R$ 871 bilhões Fonte: Agência Brasil

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2020 alcançou R$ 871,3 bilhões, tornando-se o maior da série histórica desde 1989. O crescimento real foi de 17%. O segundo melhor resultado ocorreu em 2015, com R$ 759,6 bilhões. Os dados já incluem as estatísticas de dezembro do ano passado.

As lavouras tiveram faturamento de R$ 580,5 bilhões, alta de 22,2%, e a pecuária, de R$ 290,8 bilhões, incremento de 7,9%. De acordo com nota técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os produtos que mais contribuíram para o resultado foram o milho, com crescimento real de 26,2%, a soja, com 42,8%, a carne bovina, com 15,6%, e a carne suína, com 23,7%.

O faturamento da soja, do milho e da carne bovina foi de R$ 243,7 bilhões, R$ 99,5 bilhões e R$ 126,3 bilhões, respectivamente. Destaca-se ainda a contribuição positiva da produção de ovos em 2020.

Segundo a pasta, as variáveis determinantes para os resultados estão relacionadas aos preços dos produtos no mercado interno, às exportações favoráveis para grãos e carnes e à produção da safra de 2020.

Produção

As primeiras estimativas para 2021 indicam crescimento do VBP de 10,1% (R$ 959 bilhões). Os principais destaques são arroz (17,3%), batata inglesa (22,1%), cacau (14,7%), mandioca (10,9%), milho (17,7%) e soja (24,4%). Há ainda boas expectativas para a pecuária, em especial bovinos, suínos, frangos e leite.

O ranking dos principais produtos em 2021 aponta para a soja, o milho, café e algodão, responsáveis por 82,6% do faturamento esperado para as lavouras.

Na pecuária, bovinos, frangos e leite devem liderar os resultados do VBP, com participação de 85,9% no faturamento.

A lista dos estados campeões na agropecuária deve permanecer com Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

VBP 

O Valor Bruto da Produção Agropecuária mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento. É calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país, dos 26 maiores produtos agropecuários do Brasil.

O valor real da produção, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getulio Vargas. A periodicidade é mensal, com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês.

Fonte: Agência Brasil

Imagem: Wenderson Araujo

Sexta, 15 de Janeiro de 2021
Boi e milho sobem mas soja tem preços mistos.
Boi e milho sobem mas soja tem preços mistos. Fonte: Canal Rural

Mercado financeiro dos EUA abre o dia em queda com medo de endividamento do governo; capital estrangeiro segue forte na bolsa brasileira

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Boi: indicador do Cepea rompe R$ 290 por arroba pela primeira vez desde novembro

O indicador do boi gordo do Cepea rompeu os R$ 290 por arroba pela primeira vez desde 16 de novembro de 2020. A cotação passou de R$ 285,95 para R$ 290,20 por arroba, uma alta diária de 1,49%. Dessa forma, no acumulado de 2021, os preços já subiram 8,63%.

Na B3, após os contratos futuros do boi gordo terem recuado no dia anterior, o mercado observou preços mais altos no pregão de quinta-feira, 14. O vencimento para janeiro passou de R$ 288,90 para R$ 289,85 e o para fevereiro subiu de R$ 286,20 para R$ 290.

Milho: preços mantêm firmeza com boa sinalização de demanda

O mercado brasileiro de milho se encaminha para encerrar a semana com preços firmes e forte avanço na comparação semanal. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, há pouca fixação de oferta por parte dos vendedores e muita atividade dos compradores, o que sinaliza uma boa demanda pelo produto.

No exterior, o milho negociado na Bolsa de Chicago teve mais um dia de altas expressivas e também está sendo impulsionado por sinalização de boa demanda pelo grão norte-americano. O USDA reportou fortes números de exportações de milho dos EUA. Outros fatores que ajudam as cotações são as preocupações com a oferta global em virtude do clima na América do Sul.

Soja: mercado segue misto com Chicago e câmbio em direções opostas

O mercado brasileiro de soja segue misto, ou seja, com algumas regiões registrando altas enquanto outras têm baixas. Isso se deve ao fato de que, nos últimos dias, o câmbio e Chicago têm variado em direções opostas. Desta vez, a soja negociada na Bolsa de Chicago teve nova valorização enquanto o dólar se desvalorizou em relação ao real.

De acordo com o levantamento diário de preços da Safras & Mercado, a saca subiu em Dourados (MS), Passo Fundo (RS) e Uberlândia (MG). Por outro lado, recuos foram observados em Rio Verde (GO), Rondonópolis (MT), Sorriso (MT) e Rio Grande (RS).

Café: arábica tem novas altas no Brasil e no exterior

O café arábica teve um novo dia de avanços no Brasil e no exterior. Na Bolsa de Nova York, o contrato para março passou de US$ 1,2525 para US$ 1,2735, na máxima de fechamento do ano, em uma alta de 1,7%. A recuperação das quedas dos primeiros dias do ano vem na esteira da melhora da expectativa dos mercados globais.

O indicador do café arábica do Cepea ignorou a forte queda do dólar em relação ao real e avançou pelo terceiro dia consecutivo. Dessa forma, renovou a máxima histórica da série de preços. A saca subiu de R$ 632,25 para R$ 638,60 e acumula uma alta de 5,3% em 2021.

No exterior: Joe Biden anuncia novo pacote de estímulos nos EUA

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um novo pacote de estímulos que no total podem somar até US$ 1,9 trilhão. Além disso, em fevereiro, uma nova rodada pode ser anunciada. Os mercados não reagiram bem à notícia e abrem esta sexta-feira, 15, em queda. Se por um lado talvez esperassem valores maiores, por outro, os investidores podem estar começando a se preocupar com uma elevação muito acelerada do endividamento nos EUA.

O pacote incluirá, de acordo com Biden, o pagamento direto de US$ 1.400 à maioria da população e que se somará aos US$ 600 já pagos a partir do plano aprovado em dezembro. Dessa forma, o valor pago chegaria a US$ 2000 e seria semelhante ao utilizado na primeira onda da pandemia.

No Brasil: fluxo de capital estrangeiro segue forte na bolsa brasileira

Assim como no final de 2020, a entrada de capital estrangeiro na bolsa brasileira segue muito forte no início de 2021. Até o dia 12 de janeiro, último dado divulgado, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 15,135 bilhões no mercado acionário brasileiro.

O investimento estrangeiro tem ocorrido mesmo em meio a preocupações com o risco fiscal e piora da pandemia. Com esse apoio de capital, a bolsa brasileira tem conseguido se manter acima dos 120 mil pontos e chegou até mesmo a superar os 125 mil pontos nesta semana.

Fonte: Canal Rural - Felipe Leon