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Quinta, 13 de Maio de 2021
Agricultura de Precisão: sensores são uma tendência para otimizar os processos
Agricultura de Precisão: sensores são uma tendência para otimizar os processos Fonte: AF News Agrícola

Os sensores desenvolvidos para uso na agricultura de precisão, são dispositivos capazes de detectar, ler e registrar uma série de mudanças, que rapidamente podem ser traduzidas por pessoas ou computadores. Saiba mais:

O momento atual da agricultura exige informações rápidas, certeiras e que usem referências reais e confiáveis. Porém, nem sempre estes dados são de fácil acesso, e, para isso, surgem tecnologias que transformam as propriedades do ambiente em grandezas físicas, podendo transmiti-las em forma de informações úteis para o produtor. Um destes equipamentos são os sensores na agricultura de precisão, dispositivos capazes de detectar, ler e registrar uma série de mudanças, que rapidamente podem ser traduzidas por pessoas ou computadores.

“O sensoriamento é a forma mais eficiente de conseguir informações sobre variáveis que podem afetar a produtividade do campo”, afirma Eduardo de Carvalho, Gerente de Engenharia da Syngenta Digital. Conheça, a seguir, três sensores essenciais para aumentar a lucratividade e a assertividade no campo.

Pluviômetro

O pluviômetro é o sensor do volume de chuva. Ele coleta e armazena a água das precipitações durante um determinado tempo e local, mostrando ao produtor o valor da precipitação, medida em milímetros. Assim, é possível analisar o histórico de irrigação por chuva da região registrada e programar as irrigações futuras.

A versão digital do sensor utiliza de um mecanismo reclinável, que entorna o líquido ao acumular um determinado volume, emitindo um sinal eletrônico que será registrado por um dispositivo pré-selecionado pelo usuário. Já a versão analógica é composta de um funil e uma régua, que armazena o líquido e informa o volume coletado no dia sensor de umidade para a lavoura

Sensor de umidade

Este pequeno dispositivo detecta a umidade presente no solo ou no ar e transforma essa medição em valores legíveis para o produtor. No caso da medição da umidade do solo, estes sensores são inseridos na terra e os valores obtidos são enviados para processadores.

Para o agronegócio, o grande benefício deste equipamento é saber com rapidez se a irrigação é necessária, o que pode impactar diretamente na qualidade do plantio. Diferentemente do pluviômetro, que analisa o histórico de irrigação, este sensor informa com precisão a taxa de umidade do momento.

Sensor térmico

“O sensor térmico fecha o ciclo de sensores essenciais para uma análise das condições climáticas do ambiente, o que afeta diretamente a saúde da lavoura”, afirma Carvalho. Em formato de termômetro, por meio dele é possível ver a temperatura média do solo e estimar a taxa de evaporação e absorção da água.

Digital x analógico

Todos os três sensores possuem possibilidades digitais e analógicas, mas a segunda versão necessita de uma coleta de dados manual, o que exige muito trabalho e um grande número de funcionários, principalmente em fazendas extensas.

Os sensores digitais normalmente ficam acoplados a estações meteorológicas, que integram todos os dados coletados de forma automática e os envia para computadores remotos diariamente. “A estação faz as medições várias vezes ao dia, melhorando as previsões, a tomada de decisão e a autonomia do produtor. Já a coleta manual não consegue ter esta precisão. O momento é de modernização”, completa o especialista.

Os sensores levam informações relevantes para o produtor, ajudando-o a agregar mais precisão à operação e otimizar recursos. O resultado é um olhar atento para as áreas com maior potencial produtivo e um cuidado especial com aquelas que apresentam problemas, antecipando-os.

Fonte: AF News Agrícola – Giulia Zenidin

Quarta, 12 de Maio de 2021
IBGE prevê safra recorde de 264,5 milhões de toneladas para 2021
IBGE prevê safra recorde de 264,5 milhões de toneladas para 2021 Fonte: Agência Brasil

A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve atingir o recorde de 264,5 milhões de toneladas em 2021. Com isso, a produção deve superar em 4,1% a de 2020, que somou 254,1 milhões de toneladas.

Os dados constam da estimativa de abril do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar do recorde, a projeção de abril para a safra de 2021 é 0,2% menor do que a feita em março, o que representa 409,9 mil toneladas a menos.

“É a primeira vez que temos queda na estimativa mensal neste ano. Isso ocorreu porque há três safras no Brasil e houve atraso no plantio da primeira safra, conhecida como safra verão ou ‘das águas’. Isso atrasou a colheita da soja e, consequentemente, o plantio da segunda safra”, disse, em nota, o gerente da pesquisa, Carlos Barradas.

De acordo com o pesquisador, na segunda safra ou a “safra das secas”, as chuvas são mais restritas. “Essa safra, consequentemente, foi plantada tardiamente. Há uma condição de insegurança climática maior e está faltando chuva. Então o que está caindo é a produção da segunda safra”, acrescentou Barradas.

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos do grupo de grãos, cereais e leguminosas e, somados, representam 92,9% da produção. Segundo o IBGE, outro recorde é esperado na safra da soja, que deve chegar a 131,9 milhões de toneladas, uma alta de 8,6%, ou 10,4 milhões de toneladas, na comparação com o ano anterior.

“Quase toda a produção da soja foi colhida na safra verão. Até faltou um pouco de chuva, mas a partir de dezembro as chuvas voltaram e houve uma boa produtividade”, afirmou Barradas.

Já a estimativa da produção do milho grão caiu 0,5% em relação à feita no mês anterior e deve chegar a 102,5 milhões de toneladas. Apesar dos aumentos de 5,6% na área plantada e de 5,9% na área a ser colhida, a safra deve ser 0,7% menor do que no ano anterior.

“Como a colheita da soja atrasou, consequentemente o plantio da segunda safra do milho também atrasou. É ela que está no campo agora e, como está faltando chuva, as estimativas estão caindo. Só no Paraná, em relação ao mês anterior, houve uma queda na estimativa de produção da segunda safra do milho de 8,6%, o que representa 1,2 milhão de toneladas”, explicou o pesquisador.

A estimativa de produção da batata-inglesa aumentou 5,7% em relação a março. Considerando as três safras, a produção deve chegar a 3,9 milhões de toneladas. “Há um aumento de 15,1% na primeira safra em relação ao ano anterior. É uma cultura que varia muito com o preço. Se o preço aumenta, os produtores plantam mais. Foi o que aconteceu na primeira safra, que teve uma boa produção.”

Segundo o levantamento, o café deve ter sua produção reduzida em 24,3% frente ao ano passado, chegando a 2,8 milhões de toneladas.

“No Brasil, há dois tipos de café. Um é o arábica, que representa 75% da safra, e o outro é o canephora ou conillon, que representa 25%. E há no cafeeiro do tipo arábico a bienalidade, ou seja, quando em um ano a produção é muito boa, no ano seguinte ela é menor, devido à exaustão das plantas. No ano passado, tivemos um recorde de produção de café arábica, então esse declínio é esperado, porque é próprio da fisiologia da planta”, informou o pesquisador.

A cana-de-açúcar teve sua produção estimada em 654,7 milhões de toneladas, uma redução de 2,1% em relação à estimativa de março. Já em comparação à produção de 2020, a queda é de 3,4%. Isso representa 23,2 milhões toneladas a menos.

“Regionalmente, as regiões Sul (11,7%), Sudeste (6%), Norte (1,3%) e Nordeste (4,1%) tiveram acréscimos em suas estimativas. A produção do Sul deve chegar a 81,6 milhões de toneladas, o que equivale a 30,9% do total do país e a do Sudeste, 27,3 milhões de toneladas (10,3% do total). O Nordeste deve produzir 23,5 milhões (8,9% do total) e o Norte, 11,1 milhões (4,2% do total). Já o Centro-Oeste deve produzir 120,9 milhões de toneladas em 2021 (45,7%), com a queda de 0,7% em sua estimativa”, informou o IBGE.

Segundo a pesquisa, entre as unidades da Federação, Mato Grosso lidera, com uma participação de 27,2% na produção total do país, seguido pelo Paraná (15,3%), Rio Grande do Sul (13,4%), por Goiás (9,8%), Mato Grosso do Sul (8,3%) e Minas Gerais (6,4%), que, somados, representaram 80,4% do total nacional.

Fonte: Agência Brasil – Ana Cristina Campos

Imagem: CNA – Wenderson Araujo

Quarta, 12 de Maio de 2021
Estoques mundiais de soja ficam acima do esperado pelo mercado, aponta USDA
Estoques mundiais de soja ficam acima do esperado pelo mercado, aponta USDA Fonte: Canal Rural

Segundo relatório do USDA divulgado nesta quarta, 12, a produção mundial de soja deverá atingir 385,53 milhões de toneladas em 2021/22

A safra mundial de soja em 2021/22 deverá totalizar 385,53 milhões de toneladas, segundo dados do relatório de maio, divulgado nesta quarta, 12, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os estoques finais estão estimados em 91,1 milhões de toneladas. O  mercado esperava por estoques finais de 88,8 milhões de toneladas.

A projeção do USDA aposta em safra americana de soja na ordem de 119,88 milhões de toneladas. Para o Brasil, a previsão é de uma  produção de 144 milhões de toneladas. A safra da Argentina está estimada em 52 milhões de toneladas. As importações chinesas deverão ficar em 103 milhões de toneladas.

Para a temporada 2020/21, a estimativa para a safra mundial de soja ficou em 362,95 milhões de toneladas. Os estoques de  passagem estão projetados em 86,55 milhões de toneladas. O mercado apostava em estoques de 86,9 milhões de toneladas.

A produção do Brasil foi mantida em 136 milhões de toneladas, dentro do esperado pelo mercado. Já a safra  argentina foi cortada de 47,5 milhões para 47 milhões de toneladas. O mercado apostava em safra de 46,7 milhões de
toneladas. A previsão para as importações chinesas foi mantida em 100 milhões de toneladas.

Estoques de soja dos EUA

O USDA também trouxe novos dados para os estoques de soja dos Estados Unidos. O relatório do departamento indicou estoques de 4,405 bilhões de bushels em 2021/22, o equivalente a 119,88 milhões de toneladas. O mercado  esperava safra de 4,441 bilhões ou 120,86 milhões.

Os estoques finais estão estimados em 140 milhões de bushels ou 3,81 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 132 milhões ou 3,59 milhões de toneladas.

O USDA indicou esmagamento em 2,225 bilhões de bushels e exportação de 2,075 bilhões.

Em relação à temporada 2020/21, o USDA manteve os estoques de passagem projetado em 120 milhões de bushels,  o equivalente a 3,27 milhões de toneladas. O mercado apostava em estoques de 118 milhões de bushels ou 3,21 milhões de toneladas.

Fonte: Canal Rural – Agência Safras

Quarta, 12 de Maio de 2021
Mercado de milho deve ter preços firmes no Brasil, atento ao USDA
Mercado de milho deve ter preços firmes no Brasil, atento ao USDA Fonte: Safras & Mercado

O mercado brasileiro de milho deve manter preços aquecidos nesta quarta-feira, com a atenção dos investidores voltada ao relatório de oferta e demanda de maio de Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A Bolsa de Chicago opera em alta, em compasso de espera do USDA.

     Ontem (11), o mercado brasileiro de milho teve mais um dia de preços firmes. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as dificuldades de abastecimento permanecem presentes no mercado. “O clima segue como um elemento determinante neste momento, com os modelos apontando para volume pluviométrico bastante irregular até a virada de mês, ou seja, a quebra da safrinha tende a ser ainda maior em diversos estados”, comenta.

     No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 89,00 a R$ 101,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 87,00/100,00.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 105,00/109,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 104,00/106,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 105,00/109,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 101,00/103,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 97,00/100,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 96,00/R$ 99,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 85,00/90,00 a saca em Rondonópolis.

CONAB

* A produção brasileira de milho deverá totalizar 106,413 milhões de toneladas na temporada 2020/21, com avanço de 3,7% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 102,586 milhões de toneladas. A projeção faz parte do oitavo levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

* Em abril, a Conab indicava produção de 108,965 milhões de toneladas. A revisão para baixo entre uma estimativa e outra ficou em 2,3%.

* A Conab trabalha com uma área de 19,873 milhões de hectares, com alta de 7,3% sobre o ano anterior, quando foram cultivados 18,527 milhões de hectares. Em abril, a previsão era de 19,717 milhões de hectares.

* A produtividade está estimada em 5.355 quilos por hectare, com baixa de 3,3% sobre a temporada anterior, quando o rendimento ficou em 5.537 quilos. Em abril, a previsão era de 5.526 quilos.

* A primeira safra de milho deverá totalizar produção de 24,676 milhões de toneladas, com queda de 3,9% sobre a temporada anterior, quando foram colhidas 25,689 milhões de toneladas. Em abril, a Conab indicava safra de 24,512 milhões de toneladas.

* A segunda safra, ou safrinha, está estimada em 79,799 milhões de toneladas, 3,4% abaixo das 82,608 milhões de toneladas indicadas em abril. A Conab espera um aumento de 6,3% sobre o total colhido no ano passado, de 75,053 milhões de toneladas.

* A terceira safra está estimada em 1,937 milhão de toneladas, alta de 5,1% sobre a temporada anterior, de 1,843 milhão de toneladas e 5,0% superior ao volume estimado no mês passado, de 1,844 milhão de toneladas.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em julho de 2021 operam com ganho de 1,75 centavo em relação ao fechamento anterior, ou 0,24%, cotada a US$ 7,24 por bushel.

* Em sessão volátil, o mercado opera em alta leve, em compasso de espera para o relatório de oferta e demanda de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em uma produção de 15,071 bilhões de bushels de milho em 2021/22, superando a safra 2020/21, que está estimada em 14,182 bilhões de bushels.

* Os estoques finais de passagem da safra 2021/22 norte-americanos devem ser indicados em 1,354 bilhão de bushels. Para a safra 2020/21, os estoques finais de passagem devem ser reduzidos de 1,352 bilhão de bushels para 1,26 bilhão de bushels.

* Para a safra global 2021/22, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 284,1 milhões de toneladas. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2020/21 sejam apontados em 279,4 milhões de toneladas, abaixo das 283,9 milhões de toneladas indicadas no mês passado.

* A safra de milho do Brasil 2020/21 deverá ser indicada em 103,4 milhões de toneladas, aquém das 109 milhões de toneladas apontadas em abril. Já a safra da Argentina 2020/21 deve ser apontada em 47,4 milhões de toneladas acima das 47 milhões de toneladas previstas no mês passado.

* Ontem (11), os contratos de milho com entrega em julho/21 fecharam a US$ 7,22 1/4, alta de 10,50 centavos de dólar, ou 1,47%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra alta de 0,28% a R$ 5,239.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, +0,61%. Tóquio, -1,61%.

* As principais bolsas na Europa registram índices mistos. Paris, -0,04%. Londres, +0,63%.

* O petróleo opera em alta. Junho do WTI em NY: US$ 66,15 o barril (+1,34%).

* O Dollar Index registra ganho de 0,2% a 90,32 pontos.

Fonte: Safras & Mercado – Arno Baasch

Quarta, 12 de Maio de 2021
Embarques de carne bovina perdem força na 1ª semana de maio
Embarques de carne bovina perdem força na 1ª semana de maio Fonte: Portal DBO

Segundo os analistas da Agrifatto, uma das justificativas para esse recuo inicial em relação a outros períodos pode ser o preço mais alto da carne brasileira

Os embarques brasileiros de carne bovina in natura atingiram 29,8 mil toneladas na 1ª semana do mês, o representou vendas diárias de 5,96 mil toneladas, uma queda de 5% sobre o resultado de abril/21 e 23% abaixo do volume registrado no mesmo mês do ano passado, informou a consultoria Agrifatto, com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Segundo os analistas da Agrifatto, uma das justificativas para esse recuo inicial em relação a outros períodos pode ser o preço mais alto da carne brasileira.

O valor médio da tonelada da proteína in natura nesta 1ª semana do mês ficou em US$ 4,90 mil/t, uma valorização de 3% sobre a cotação média de abril/21.

Fonte: Portal DBO – Denis Cardoso

Quarta, 12 de Maio de 2021
Árvores em sistema integrado acumulam mais carbono
Árvores em sistema integrado acumulam mais carbono Fonte: Agrolink

Eucaliptos acumularam a média de 65 toneladas de carbono na biomassa por hectare

Um experimento, realizado na Embrapa Pecuária Sudeste (SP), avaliou o potencial de sequestro de carbono por meio das árvores de dois sistemas agroflorestais: Integração Pecuária-Floresta ou silvipastoril (SSP) e outro Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). O primeiro envolve o plantio de forrageiras para pastagem do gado na mesma área em que se planta árvores para futura produção madeireira. O segundo, além dessas produções, acrescenta uma lavoura.

O estudo foi  conduzido de abril de 2011 a julho de 2019. Os eucaliptos foram plantados em 12 hectares em linhas únicas e espaçamento de 15 metros entre linhas e dois metros entre as árvores, resultando em uma densidade populacional de 333 árvores por hectare. No total, foram plantadas aproximadamente quatro mil árvores. Cada um dos sistemas (IPF e ILPF) possuía 12 piquetes de 0,5 ha cada.

Em julho de 2016, metade das árvores foi desbastada, alterando o espaçamento para 15×4 m. A densidade passou para 167 árvores por hectare. O segundo manejo para controle ocorreu em 2019 e retirou cerca de 800 eucaliptos.

Uma pastagem de capim BRS Piatã foi manejada em lotação rotativa, utilizando novilhos Canchim ajustada de acordo com a disponibilidade do pasto. Na ILPF, a renovação da pastagem foi realizada em um terço de cada repetição (dois piquetes) por ano-safra, onde o pasto foi semeado simultaneamente com o milho para silagem. Durante o período experimental, as recomendações de calcário e fertilizantes foram calculadas com base na análise do solo.

No período foram realizadas avaliações semestrais do crescimento das árvores e da incidência da luz solar com sensores. O experimento avaliou vários dados para aprofundar o conhecimento sobre esse conceito de produção mais sustentável. O principal objetivo foi quantificar o potencial de um sistema integrado com árvores em sequestrar o carbono da atmosfera por meio da madeira.

resultados mostraram que esses sistemas, quando bem manejados, podem garantir créditos de carbono ao produtor, uma futura nova fonte de renda. As árvores de eucalipto envolvidas na pesquisa acumularam a média de 65 toneladas de carbono na biomassa por hectare ao longo de oito anos. Ou seja, a cada ano, o componente arbóreo retém, em média, oito toneladas do elemento por hectare.

"Os dois sistemas avaliados apresentaram grande capacidade de acúmulo de carbono nas árvores. Na média, a produção de biomassa (a soma de troncos, galhos, folhas e raízes), foi de 145 toneladas por hectare ao longo de oito anos,” relata o pesquisador da Embrapa José Ricardo Pezzopane.

considerado somente o tronco, o sistema ILPF apresentou maior produção, com 13 toneladas anuais por hectare, o que possibilitou um acúmulo de carbono no tronco de 5,9 toneladas por hectare a cada ano nesse sistema. No sistema SSP, esse valor foi de 5,5 toneladas anuais por hectare. No geral foram 28 metros cúbicos por hectare ao ano ou, ao fim dos oito anos, 225 metros cúbicos de madeira. Ou seja, o produtor pode agregar valor à produção de duas formas: carbono e madeira ao mesmo tempo.

Os números indicam que a quantidade do elemento acumulado é suficiente para zerar as emissões da própria produção da fazenda e ainda gerar excedentes que poderiam ser comercializados como créditos de carbono. 

O especialista explica que um modelo que integra floresta e produção animal precisa criar sinergia entre seus elementos. “A gestão de sistemas integrados necessita do monitoramento de seus componentes produtivos para minimizar a competição interespécies e ajudar os agricultores a obter a produtividade satisfatória,” declara.
Estima-se que o país tenha atualmente 17 milhões de hectares de integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Em novembro de 2020, a Embrapa assumiu o compromisso de ampliar em mais de dez milhões de hectares as áreas com plantios de sistemas integrados até 2025.

Os resultados foram publicados em março no artigo Managing eucalyptus trees in agroforestry systems: productivity parameters and PAR transmittance (Manejo de árvores de eucalipto em sistemas agroflorestais: parâmetros de produtividade e transmissão da RFA), pela revista Agriculture, Ecosystems and Environment.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem: Divulgação Embrapa

Terça, 11 de Maio de 2021
Alimentos halal devem movimentar US$ 1,38 trilhões até 2024
Alimentos halal devem movimentar US$ 1,38 trilhões até 2024 Fonte: Agrolink

Brasil tem chances de se tornar um dos maiores fornecedores para os muçulmanos

De olho em outros produtos brasileiros, o mercado árabe abre suas portas para os grãos, açúcar, milho, além de proteína animal. De acordo com Omar Chahine, gerente de Relações Institucionais da Cdial Halal, os empresários brasileiros devem ficar atentos ao mercado islâmico, que vêm crescendo a todo vapor e conta com quase 2 bilhões de consumidores no mundo. 

Conforme dados divulgados no início deste mês pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, a perspectiva para o mercado halal global é de atingir US$ 2,35 trilhões até 2024. O setor com maior movimento de receita é o de alimentos e bebidas - principalmente alimentos saudáveis, funcionais e orgânicos - responsável por 58% do faturamento global e com certificação halal. Até 2024, o segmento de Alimentos & Bebidas Halal pretende faturar US$ 1,38 trilhões. “Todo o mundo busca por alimentos de qualidade e agora, mais do nunca, por produtos que proporcionam segurança alimentar e rastreabilidade. E a certificação halal tem sido exigida cada vez mais não só por países árabes muçulmanos, mas também por outros países que buscam alimentos seguros”, ressalta Omar.

Graças ao acelerado controle da pandemia, as projeções para o ano de 2021 são otimistas: na Arábia Saudita, maior economia da Liga Árabe, é esperado aumento de 2,8% no PIB desse ano em relação ao ano passado, enquanto nos Emirados Árabes Unidos, a expectativa de crescimento é de 2,5% e recuperação total da economia prevista para 2022, atingindo índice de crescimento de 3,5%. 

O cenário de expansão econômica dos países do Oriente Médio traz grandes oportunidades para o setor de importação e exportação. A expectativa comercial para o próximo ano aponta para um crescimento expressivo do mercado. Segundo dados divulgados pela Câmara Árabe, a previsão é de que o valor das importações dos países islâmicos chegue a US$1,75 trilhões. Nesse panorama, a soja e o milho são responsáveis pela maior parte dos embarques nacionais.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Terça, 11 de Maio de 2021
Soja dispara em Chicago e passa de US$ 16,25 pela 1ª vez em 9 anos
Soja dispara em Chicago e passa de US$ 16,25 pela 1ª vez em 9 anos Fonte: Canal Rural

O mercado se posiciona antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e faz reajustes diante das quedas de segunda-feira

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja opera com preços bem mais altos no meio-pregão desta terça, 11. O mercado dispara, ultrapassando a barreira de US$ 16,25 por bushel pela primeira vez desde setembro de 2012, segundo a AgResource

Segundo a consultoria, o mercado se posiciona antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e faz reajustes diante das quedas desta segunda-feira, 10. A alta de hoje também é explicada pelo preço da oleaginosa no mercado físico americano, que disparou no interior de Illinois. Atualmente, um bushel de soja é avaliado em US$ 17,00 em Illinois ao passo que para o milho, o nível do bushel já atinge níveis de US$ 8.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção  de 4,441 bilhões de bushels em 2021/22, superando a safra 2020/21, que está estimada em 4,135 bilhões de bushels. Para os estoques, a previsão é de elevação, passando de 120 milhões previstos em abril para 132 milhões de  bushels. O número para a temporada 20/21 pode ser cortado para 118 milhões,  segundo avaliação do mercado. 

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 88,8 milhões de toneladas, superando as 86,9 milhões de toneladas indicadas para 2020/21. Esse último número não deverá ser modificado no próximo levantamento. 

A produção brasileira de soja em 2020/21 deverá ter sua estimativa  elevada de 136 milhões para 136,1 milhões de toneladas. A safra argentina pode  ter corte, passando de 47,5 milhões para 46,7 milhões de toneladas. 

A posição julho de 2021 era cotada a US$ 16,19 3/4 por bushel, avanço de 32,25 centavos de dólar por bushel, ou 2,03%. A posição agosto de 2021 era cotada a US$ 15,53  por bushel, ganho de 25,00 centavos de dólar por bushel, ou 1,63%. 

 No farelo, julho de 2021 tinha preço de US$ 449,60 por tonelada, elevação de US$ 7 por tonelada ou 1,65%. Já a posição julho de 2021 do óleo era cotada a 64,81 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 0,976 centavo de dólar por libra-peso ou 1,51%. 

Fonte: Canal Rural

Terça, 11 de Maio de 2021
Milho se recupera das quedas de ontem e seguem subindo na B3 nesta 3ªfeira
Milho se recupera das quedas de ontem e seguem subindo na B3 nesta 3ªfeira Fonte: Noticias Agrícolas

A Bolsa Brasileira (B3) segue subindo para os preços futuros do milho nesta terça-feira (11). As principais cotações registravam movimentações entre 0,10% negativo e 1,27% positivo  por volta das 11h42 (horário de Brasília).

O vencimento maio/21 era cotado à R$ 102,50 com queda de 0,10%, o julho/21 valia R$ 103,00 com elevação de 0,40%, o setembro/21 era negociado por R$ 100,36 com alta de 1,27% e o novembro/21 tinha valor de R$ 101,00 com ganho de 0,89%.

Os contratos do cereal brasileiro se recuperam das quedas de ontem que foram influenciadas pelo recuo das cotações em Chicago e o dólar estável, de acordo com análise de Agrifatto Consultoria. Enquanto isso, no mercado interno, os negócios seguem acontecendo a conta-gotas e, com poucas ofertas, o comprador de milho paga R$ 101,00/sc em Campinas/SP.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também seguem disparados na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 3,50 e 20,00 pontos por volta das 11h38 (horário de Brasília).

O vencimento maio/21 era cotado à US$ 7,68 com valorização de 20,00 pontos, o julho/21 valia US$ 7,25 com alta de 14,00 pontos, o setembro/21 era negociado por US$ 6,35 com ganho de 6,50 pontos e o dezembro/21 tinha valor de US$ 6,13 com elevação de 3,50 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os futuros da safra velha de milho aumentaram mais durante a noite, já que as preocupações com uma safrinha de milho brasileira potencialmente menor aumentaram a demanda por contratos futuros de milho nas proximidades. 

 A publicação destaca ainda que os comerciantes agora estão aguardando os resultados do relatório WASDE de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de amanhã antes de alimentar, ou vender, outras altas.

Fonte: Noticias Agrícolas - Guilherme Dorigatti

Terça, 11 de Maio de 2021
Agropecuária brasileira é reconhecida por sua sustentabilidade na Convenção-Quadro das Nações Unidas
Agropecuária brasileira é reconhecida por sua sustentabilidade na Convenção-Quadro das Nações Unidas Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

No documento que faz referência ao Brasil, são citados o sistema integração lavoura pecuária floresta, a agricultura de precisão e a tecnologia baseada em ciência

sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e a agricultura movida a ciência para uma produção com baixa emissão de carbono já comprovaram seus resultados para a produção sustentável da agropecuária brasileira. O reconhecimento, agora, vem pela Convenção-Quadro das Nações Unidas em relatório publicado em abril no âmbito da reunião de Koronivia para a agricultura. O UNFCCC é o tratado internacional resultante da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento.

No documento que faz referência ao Brasil, são citados o sistema integração lavoura pecuária floresta, como responsável por contribuir com a segurança alimentar e o desenvolvimento socioeconômico; a agricultura de precisão e a tecnologia baseada em ciência, que elevaram a produtividade e reduziram em 50% o preço dos alimentos, contribuindo com a segurança alimentar, o desenvolvimento sustentável e a renda dos agricultores.

O Secretariado da UNFCCC destacou ainda que a produtividade brasileira aumentou 386% e a área agrícola apenas 83%, o que significa a preservação de 120 milhões de hectares de floresta. “A chave para isso foi o investimento do Brasil em políticas públicas relevantes e tecnologia de base científica”, diz o texto, ressaltando a promoção da agricultura, baseada na intensificação sustentável; a inovação tecnológica; a adaptação às mudanças climáticas; e a conservação dos recursos naturais. Ainda de acordo com o relatório, “o Brasil pretende continuar esses esforços e usar oportunidades de cooperação intercâmbio de conhecimento e apoio multilateral como estratégias-chave para alcançar o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar”.

O Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) é um grande expoente da adoção de tecnologias para a produção com o compromisso de redução de gases de efeito estufa. Executado de 2010 a 2020, o Plano ABC registrou resultados bem-sucedidos, tornando-se referência mundial de política pública para o setor. Para a próxima década, o ABC+ reestrutura os conceitos e estratégias, mantendo o compromisso com a sustentabilidade na produção de alimentos, fibras e energia, promovendo resiliência e aumentando a produtividade e renda dos sistemas agropecuários de produção, permitindo ainda redução de emissões de gases de efeito estufa.

 

 

 

ILPF

A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é outro fator para a produção sustentável, na medida em que promove a recuperação de áreas de pastagens degradadas agregando, na mesma propriedade, diferentes sistemas produtivos, como os de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia. Busca melhorar a fertilidade do solo com a aplicação de técnicas e sistemas de plantio adequados para a otimização e a intensificação de seu uso.

A integração também reduz o uso de agroquímicos, a abertura de novas áreas para fins agropecuários e o passivo ambiental. Possibilita, ao mesmo tempo, o aumento da biodiversidade e do controle dos processos erosivos com a manutenção da cobertura do solo.  Aliada a práticas conservacionistas, como o plantio direto, se constitui em uma alternativa econômica e sustentável para elevar a produtividade de áreas degradadas.

Dessa forma, permite a diversificação das atividades econômicas na propriedade e minimiza os riscos de frustração de renda por eventos climáticos ou por condições de mercado.

Articulação 

O desenvolvimento da atividade agrícola brasileira, consolidada a partir de inovações tecnológicas e científicas se dá em articulação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que também comentou a citação do Brasil pela UNFCCC.

“Trata-se de uma citação importante para o Brasil, porque representa o reconhecimento do valor da pesquisa agropecuária em benefício do desenvolvimento nacional, que dá visibilidade à ciência agrícola brasileira como referência mundial”, diz o pesquisador da Embrapa Gustavo Mozzer, que integra a equipe do Núcleo de Políticas Globais (Polg), da Gerência de Relações Estratégicas Internacionais (Grei), da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire), responsável pela coordenação do trabalho, com o apoio do Portfólio de Mudança do Clima.

Mozzer lembra que no ano passado foram encaminhadas duas importantes submissões ao processo de negociação na UNFCCC. Uma delas sobre temas relacionados à pecuária e aspectos socioeconômicos dos sistemas de produção agrícola e a segunda com foco no diálogo sobre terra e oceanos e do reforço de ações voltadas à mitigação e adaptação às mudanças do clima que ocorreu durante a COP virtual no final de 2020. “Além disso, no contexto da Conferência das Partes (COP) virtual, foi realizado um workshop, organizado no contexto das negociações relacionadas à agricultura (trabalho conjunto de Koronivia), com a participação da equipe brasileira na organização de uma apresentação oral registrada no resumo elaborado pelo secretariado”, explicou.

O Koronivia é uma instância importante nas negociações sobre agricultura, dentro da UNFCCC, que busca valorar a importância da agricultura e da segurança alimentar na agenda de mudanças climáticas.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Imagem: Gabriel Resende - Embrapa