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Sexta, 28 de Maio de 2021
Maio foi de recuo nos preços do milho, mas ainda em patamares elevados
Maio foi de recuo nos preços do milho, mas ainda em patamares elevados Fonte: Safras & Mercado

     Após ter encerrado abril com preços recordes, maio chega ao final com preços mais baixos no mercado brasileiro de milho. Pode-se descrever como uma acomodação das cotações, mas ainda em patamares elevados. O fato é que a oferta melhorou e os preços cederam, em que pese a continuação das preocupações com a safrinha, com o clima seco prejudicando as lavouras.

     Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o descolamento forte dos preços do mercado interno em relação aos níveis de porto às vésperas do início da colheita da safrinha 2021 estabelece uma relação interna de comercialização bem diferente em relação ao normal. “Tradings desejando vender milho no mercado interno ao invés de destinar mais volumes a exportação. Este movimento vai abastecendo parte do mercado brasileiro consumidor para junho e início de julho, em alguns casos até agosto”, comenta. Essa melhora na oferta trouxe pressão às cotações.

     Entretanto, aponta Molinari, o momento poderá ser apenas pontual e de readequação dos preços internos, os quais estavam bastante altos. “A quebra da safrinha é mais do que óbvia e é expressiva. A exportação é o ponto que poderá derivar uma oferta menor para o mercado interno no segundo semestre ou algum estoque de passagem maior. No momento, o mercado parece tentar alinhar os preços internos com porto reduzindo o ágio registrado no semestre”, avalia.

     Basicamente, “o mercado exportador observou que é melhor vender mercado interno do que exportação. Acreditamos que entre 800 mil e um milhão de toneladas foram negociadas em Maio entre tradings e indústrias internas. Em proporção ao que é exportado anualmente o volume parece baixo. Porém, retirou do mercado alguns grandes compradores para os volumes de junho e julho”, comenta. Em paralelo, algumas cooperativas e revendas começaram a ter mais fixações de balcão e intenção de venda de produtores. “Os preços acabaram cedendo tão rapidamente quanto subiram por um pré-pânico de vendas”, indica.

     No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Campinas/CIF caiu na base de venda em maio (até dia 27) de R$ 105,00 a saca para R$ 100,00, baixa de 4,8%. Na região Mogiana paulista, o cereal recuou no comparativo de R$ 103,00 para R$ 102,00 a saca, baixa de 1,0%.

     Em Cascavel, no Paraná, no comparativo mensal de maio, o preço baixou de R$ 105,00 para R$ 96,00 a saca, declínio de 8,6%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação passou de R$ 90,00 para R$ 84,00 a saca no balanço do mês, uma baixa de 6,7%. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, houve baixa de 3,9%, com o preço passando de R$ 102,00 para R$ 98,00.

     Em Uberlândia, Minas Gerais, as cotações do milho caíram no mês de R$ 97,00 para R$ 95,00 a saca na base de venda, recuo de 2,1%. Em Rio Verde, Goiás, o mercado baixou de R$ 95,00 para R$ 93,00 a saca, queda de 2,1%.

Fonte: Safras & Mercado - Lessandro Carvalho

Sexta, 28 de Maio de 2021
Conab: Compra de carne suína brasileira pela China sobe 40% no 1º quadrimestre
Conab: Compra de carne suína brasileira pela China sobe 40% no 1º quadrimestre  Fonte: Canal Rural

De acordo com o boletim AgroConab, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os preços da carne suína no mercado interno estão em queda nos últimos meses, cenário típico do período atual em que a demanda interna diminui. 

As exportações continuam bem aquecidas, com a forte demanda chinesa, que aumentou em 40% o volume neste primeiro quadrimestre de 2021, comparado ao mesmo período de 2020. Chile, Argentina e Filipinas também aumentaram expressivamente suas importações, indicando que as vendas para o mercado externo em abril podem ter chegado a 100 mil toneladas.

Bovinos 

Segundo o AgroConab, o valor da arroba da carne bovina teve uma valorização de mais de 50% desde abril de 2020, reflexo das incertezas da pandemia, aumento dos custos de produção e menor oferta de animais para o abate. As exportações também já estão 2% acima do volume observado no mesmo período de 2020, sendo a China o maior importador, que aumentou em 22% o quantitativo adquirido. 

Destaque para EUA e Filipinas, que também aumentaram expressivamente as importações. A suspensão das exportações argentinas pode direcionar parte da demanda chinesa para os frigoríficos brasileiros.

Frango

Mesmo com preços mais atrativos do que a carne bovina, a Conab observa que houve elevação no preço da carne de frango no mercado nacional, principalmente pelo alto nível da demanda e das exportações. A alta nos custos de produção refletiu nas cotações do frango vivo e congelado neste ano. “Quando comparamos o cenário atual com o mesmo período do ano passado, o aumento ao produtor em São Paulo é de 90,83%, mas no atacado paulista, é de 29,73%, o que indica dificuldade de repasse dos aumentos de custo ao longo da cadeia”, explica Allan Silveira, Superintendente de Inteligência e Gestão da Oferta da Conab.

“Com o aumento do consumo interno e das exportações, a expectativa é que os alojamentos mensais de pintainhas de corte cresçam em 2021, batendo recordes”. As informações partem da assessoria de imprensa da Conab.

Fonte: Canal Rural – Agência Safras

Sexta, 28 de Maio de 2021
Economia Brasileira
Economia Brasileira Fonte: AF News Agricola

Para banco, a mobilidade e o consumo de serviços vem se recuperando de forma mais rápida que o esperado. Saiba mais:

O Itaú Unibanco revisou sua expectativa para o crescimento do PIB para 2021 de 4% para 5%, nesta quinta-feira. A instituição ainda espera que o PIB cresça 0,6% no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses de 2020, feitos os ajustes sazonais. O dado será publicado pelo IBGE na próxima terça-feira.

"Após queda em março, a mobilidade e o consumo de serviços vêm se recuperando de forma mais rápida do que esperávamos", destaca o departamento econômico chefiado por Mário Mesquita, em relatório.

Para a equipe de economistas, o crescimento "expressivo"da economia global, com a alta do preço das commodities e o ciclo de estoques do setor industrial ajudam a sustentar a recuperação da atividade econômica.

“Nossa visão para atividade econômica neste início de ano sempre esteve no segmento mais otimista das expectativas de mercado e, como esperávamos, a atividade não sofreu de forma relevante com a redução dos auxílios emergenciais”, ressalta o documento

Dólar em queda

O dólar terminou em queda ante o real no pregão desta quinta-feira. No cenário externo, os investidores digeriam a segunda leitura do PIB americano no primeiro trimestre e dados de seguro-desemprego no país, enquanto por aqui, o destaque foi para a taxa de desemprego.

De acordo com o Departamento do Trabalho, os pedidos de seguro-desemprego totalizaram 406 mil na semana encerrada em 22 de maio, ante os 444 mil registrados na semana anterior.

Um relatório do Departamento do Comércio confirmou o crescimento do PIB no primeiro trimestre de 6,4%, na taxa anualizada, que é a maneira como os EUA costumam divulgar suas estatísticas e que difere do Brasil. Com o ajuste, o cresimento foi de 1,6%, reafirmando o dado divulgado em abril.

Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do IBGE, divulgada nesta quinta-feira, no trimestre encerrado em março, a taxa de desemprego no Brasil chegou a 14,7%.

É a maior taxa para a série histórica, iniciada em 2012.

Ainda ontem, o Tesouro Nacional divulgou que as contas do governo federal fecharam o mês de abril com um resultado positivo de R$ 16,5 bilhões, acima das expectativas.

O resultado de abril deste ano foi o melhor para esse mês em sete anos, ou seja, desde 2014, quando foi registrado um saldo positivo de R$ 23,4 bilhões (valor corrigido já pela inflação), de acordo com o Tesouro.

“Acreditamos em uma abertura de viés negativo para ativos locais, que deverão repercutir o fluxo de notícias mais desfavorável em âmbito local e uma abertura fraca no exterior”, escreveram analistas da Guide Investimentos, em relatório matinal.

Fonte: AF News Agricola - Giulia Zenidin

Imagem: Economia Brasileira

Quinta, 27 de Maio de 2021
Brasil tem mais seis estados reconhecidos como áreas livres de febre aftosa sem vacinação
Brasil tem mais seis estados reconhecidos como áreas livres de febre aftosa sem vacinação Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Mais de 40 milhões de cabeças deixarão de ser vacinadas e 60 milhões de doses anuais da vacina não serão utilizadas, gerando uma economia de aproximadamente R$ 90 milhões ao produtor rural

Os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso agora são reconhecidos internacionalmente como zonas livres de febre aftosa sem vacinação. Ao todo, são mais de 40 milhões de cabeças que deixam de ser vacinadas, o que corresponde a cerca de 20% do rebanho bovino brasileiro, e 60 milhões de doses anuais da vacina que deixam de ser utilizadas, gerando uma economia de aproximadamente R$ 90 milhões ao produtor rural.  

O reconhecimento foi concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) durante a manhã desta quinta-feira (27) na 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE. O Paraná também recebeu o reconhecimento como zona livre de peste suína clássica independente.

Após a assembleia da OIE, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, anunciou em live a conquista do setor, ao lado de governadores dos estados beneficiados. 

Ela ressaltou o empenho dos pecuaristas brasileiros e de toda a cadeia produtiva das carnes bovina e suína, em cumprir as normas sanitárias, e dos estados, no fortalecimento dos serviços veterinários. “O reconhecimento da OIE significa confirmar o elevado padrão sanitário da nossa pecuária e abre diversas possibilidades para que o Ministério da Agricultura trabalhe pelo alcance de novos mercados para a carne bovina e carne suína do Brasil, assim como pela ampliação dos tipos de produtos a serem exportados aos mercados que já temos acesso”, disse a ministra, também agradecendo o empenho dos servidores do Mapa. 
 

>> Veja aqui a live sobre reconhecimento da OIE

Para realizar a transição de status sanitário, os estados e regiões atenderam requisitos básicos, como aprimoramento dos serviços veterinários oficiais e implantação de programa estruturado para manter a condição de livre da doença, entre outros, alinhados com as diretrizes do Código Terrestre da OIE.

O processo de transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação está previsto no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE PNEFA), conforme estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). A meta para o Brasil ser todo livre de febre aftosa sem vacinação é em 2026.

 “Esse reconhecimento internacional é muito importante para o país e impacta positivamente toda cadeia produtiva do agronegócio. A parceria entre o serviço veterinário oficial e o setor produtivo tem sido a base fundamental para os avanços conquistados. Agora, o Ministério segue, junto ao setor privado, com o desafio de manter a condição do país de livre da febre aftosa e de caminhar rumo ao objetivo de ampliar as áreas com reconhecimento de livre sem vacinação”, destaca o secretário de Defesa Agropecuária Mapa, José Guilherme Leal.

Atualmente, existem em torno de 70 países reconhecidos livres de febre aftosa sem vacinação, que são potenciais mercados para a produção de carne bovina e suína, com melhor preço e sem restrições sanitárias como, no caso da carne bovina, desossa e maturação. Entre esses países estão Japão, EUA, México e países da UE. Em 2021, nos quatro primeiros meses do ano, o volume exportado de carne bovina e suína aumentou 27% na Região Sul do país, representando valores de R$ 4,3 bilhões, contra R$ 3,4 bilhões no mesmo período em 2020. 

Repercussões

Os governadores que participaram do evento comemoraram a conquista e destacaram os ganhos que os mercados terão a partir de agora.

O governador do Paraná, Ratinho Junior, disse que este é o maior anúncio do agronegócio para o Paraná nos últimos 50 anos. “Essa chancela coloca o nosso estado em outro patamar e nos abre um mercado fantástico, gerando emprego e renda para a nossa gente”, também comemorando o reconhecimento do estado como área livre independente da peste suína clássica.

Para o governador do Amazonas, Wilson Lima, o reconhecimento mostra ao mercado e a investidores a credibilidade dos governos federal, estaduais e dos produtores rurais brasileiros. "Isso agrega valor ao que é produzido na nossa região. Nos abre uma perspectiva muito grande de avançar".

Segundo o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, além da comemoração, o momento é de entendimento da responsabilidade que os estados passam a ter. “Esse passo só foi possível de ser dado porque houve muito esforço de toda uma equipe técnica fortemente dedicada para fazer os investimentos necessários. O dia de hoje reforça minha crença na cooperação e na colaboração”.

O vice-governador de Rondônia, José Atílio, destacou que o reconhecimento fortalece a Região Norte e valoriza a carne produzida no estado. "Precisamos, a partir de agora, continuarmos vigilantes", disse.

O diretor do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa), Ottorino Cosivi, destacou a honra de participar deste momento histórico. “Nos sentimos orgulhosos pelo significativo avanço alcançado nesta data como esforço das autoridades nacionais, dos produtores, do serviço veterinário, indústria animal e organismos de cooperação. Essa conquista significa um ponto de inflexão extremamente positivo para todo o continente americano”.

Participaram também do evento o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes; o secretário de Produção e Agronegócio do Acre, José Aristides Junqueira; o diretor de Saúde Animal do Mapa, Geraldo Moraes; presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), deputado federal Sérgio Souza; o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, representando a CNA; além de parlamentares e representantes de secretarias dos estados. 

Febre Aftosa no Brasil

A febre aftosa é uma doença que afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos. Os prejuízos diretos e indiretos ocasionados pela doença, bem como as limitações à comercialização de produtos pecuários, exigem dos produtores rurais e das autoridades sanitárias um constante esforço para prevenir a doença e proporcionar condições para sua erradicação.

 No Brasil, o último foco da doença ocorreu em 2006 e todo o território do país é reconhecido internacionalmente como livre da febre aftosa (zonas com e sem vacinação) desde 2018. Até este momento, apenas Santa Catarina possuía a certificação internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação. 

Resultados das etapas de vacinação

 Na semana passada, a Secretária de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou um painel dinâmico para consulta dos dados de vacinação das 26 unidades da federação desde 2001 até hoje. Santa Catarina não entra no histórico, pois parou de vacinar desde 2000.

 

No painel é possível fazer análises dinâmicas e observar os dados de cobertura vacinal de animais e de propriedades em todas as etapas de vacinação realizadas no país nos últimos 20 anos.

“Espera-se que esse painel seja fonte de consulta por parte de produtores rurais, instituições ligadas ao agronegócio e universidades, servindo para a realização de análises históricas e estudos relacionados à febre aftosa”, destaca o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Quinta, 27 de Maio de 2021
Cerca de 800 produtores devem participar de programa com foco em sequestro de carbono
Cerca de 800 produtores devem participar de programa com foco em sequestro de carbono Fonte: Canal Rural

Cerca de 800 produtores rurais devem integrar o programa Pró Carbono na safra 2021/2022. Isso representa o dobro de participantes da primeira fase da iniciativa Carbono Bayer. A ideia é promover práticas sustentáveis na agricultura, que ajudam a sequestrar carbono, e recompensar os agricultores financeiramente.

O Pró Carbono é a segunda etapa da iniciativa da Bayer, que acredita que o produtor rural precisa participar ativamente das discussões sobre a emissão de gases do efeito estufa. “Fazemos parte dos agentes emissores, e, além disso, a agricultura também é uma das mais prejudicadas pelo aquecimento global. Pequenas variações na temperatura média podem, sim, impactar a segurança alimentar”, diz Mateus Barros, diretor de Digital e Desenvolvimento de Novos Negócios da empresa na América Latina.

Mas parte da solução também pode vir da agricultura, segundo a Bayer. “Temos dados de muitos anos que demonstram que a adoção em larga escala de práticas agronômicas reduzem emissão e sequestram excedente de carbono”, diz Barros.

A companhia reforça que todas as recomendações feitas aos produtores estarão apoiadas na ciência. Para isso, vários parceiros da academia, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Federação de Plantio Direto, vão participar da construção da metodologia de trabalho.

“Teremos um empenho muito grande para que os agricultores, aqueles que estiverem fazendo tudo corretamente, sejam recompensados, reconhecidos, inclusive financeiramente”, destaca Pereira. Ele lembra que o consumidor mundial está cada vez mais preocupado com a pegada de carbono dos alimentos. Dessa forma, é um caminho sem volta.

Sequestrar carbono? Como assim?

O programa Pró Carbono ficará com inscrições abertas até julho deste ano, para que as avaliações de carbono e solo possam começar a partir de agosto, acompanhando o calendário da safra 2021/22, que começa em setembro.

Entre as exigências, as fazendas cadastradas não poderão ter áreas desmatadas após 2008, nem estar em áreas indígenas ou quilombolas. Basicamente, as irregularidades mais graves previstas pelo Código Florestal brasileiro impedem o acesso.

“Mas se ele tiver uma adequação sendo implementada, isso será respeitado”, diz Fábio Passos, diretor de Negócios de Carbono da Bayer na América Latina. “Não necessariamente quem está no período de adequação não pode entrar”. A Agrotools ficará responsável pelas avaliações.

Após a aprovação, a Bayer vai solicitar um talhão aos produtores, de 30 a 100 hectares, para participar. A ideia é que os agricultores experimentem as técnicas nesses espaços para que possam ter contraste com o restante da área. Dessa forma, os ganhos ficarão claros e a tecnologia poderá ser replicada ao restante das lavouras.

Nesses talhões selecionados, serão trabalhados fortemente dois pilares: a intensificação de práticas sustentáveis, como o plantio direto, culturas de cobertura e rotação de culturas; e impulsionadores de produtividade, como melhorias na aplicação de insumos e mudanças na densidade das plantas.

“Estamos falando de aumentar a produção em uma área já convertida e reduzir o carbono”, reforça o diretor de Sustentabilidade da divisão agrícola da empresa para a América Latina, Eduardo Bastos. Além disso, a Bayer está buscando parcerias com instituições financeiras e outras empresas para oferecer benefícios aos agricultores, como linhas de crédito diferenciadas, além de avançar com o mercado de carbono no Brasil e no mundo.

Para possibilitar o acompanhamento detalhado do trabalho, os produtores terão que aderir à plataforma Climate FieldView da Bayer. Isso, segundo a companhia, vai garantir transparência nos dados e segurança aos participantes.

A Bayer destaca que o agricultor não terá um custo fixo, já que as sugestões agronômicas serão personalizadas, acompanhando a realidade e necessidade de cada propriedade rural. A companhia lembra que é um projeto de longo prazo: os produtores vão aderir ao programa por três anos.

Desafios para executar o projeto

O sistema de plantio direto foi criado há quase 50 anos. No Brasil, 95% dos produtores dizem ter aderido à técnica, porém, apenas 15% ou 20% a executam da forma correta. “Precisamos alavancar isso de forma significativa”, diz Mateus Barros.

Mas como fazer o plantio direto deslanchar? Para a empresa, a resposta é simples: por meio do exemplo. Os agricultores que participam da iniciativa serão uma vitrine para os demais, que entenderão na prática as vantagens de se produzir de forma sustentável.

“Esses produtores vão nos ajudar a contar essa história, de que se eles fizerem essas práticas, potencialmente vão aumentar sua produtividade e vender crédito de carbono. A partir do momento que você gera valor, consegue trazer essa maior de agricultores”, afirma o diretor de Digital da Bayer.

Fonte: Canal Rural - José Florentino

Quinta, 27 de Maio de 2021
Mercado de Grãos:
Mercado de Grãos: Fonte: AF News Agricola

A maior parte dos produtores rurais do Brasil sentiu um "baixo impacto" da pandemia de coronavírus sobre seus negócios, e por causa disso mantém planos de investimentos durante a crise sanitária, indicou pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA).

Segundo o levantamento, 64% dos 3.048 produtores rurais consultados em 16 estados do país responderam ter apurado um impacto baixo da crise sanitária, enquanto 11% afirmaram ter sentido impacto médio e 25%, um impacto alto.

"A pesquisa mostra... o que está na mente dos agricultores e criadores neste exato momento em que o Brasil e o mundo ainda são impactados pela pandemia do novo coronavírus", disse em nota o vice-presidente da ABMRA, Ricardo Nicodemos.

O Brasil é o segundo país com maior número de mortes por covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em termos de casos, abaixo dos EUA e da Índia. Segundo o Ministério da Saúde, até segunda-feira (24) haviam sido reportados localmente 449.858 óbitos e 16.120.756 casos de coronavírus.

Mesmo assim, o agronegócio brasileiro — classificado como atividade essencial — foi um dos setores menos abalados pela crise, apoiado por fatores como uma firme demanda por exportações de produtos agrícolas, os altos preços de commodities e uma safra recorde de grãos.

Ainda de acordo com a pesquisa, encomendada pela ABMRA junto à IHS Markit, 86% dos agricultores disseram não ter feito qualquer mudança na administração de suas propriedades, enquanto 78% mantêm os planos de investimentos durante a crise sanitária.

O levantamento também chamou a atenção para o aumento do uso de tecnologias de comunicação no campo. Segundo a entidade, atualmente 94% dos produtores consultados possuem smartphone — em 2017, ano em que a última pesquisa da ABMRA havia sido realizada, esse índice chegava aos 61%.

A oferta de internet no meio rural, por sua vez, atingiu 91% entre os produtores de animais e 88% entre os agricultores ouvidos pela pesquisa. Os conteúdos mais procurados são informativos e previsão do tempo.

A Reuters noticiou na semana passada que, segundo estudo desenvolvido pela Esalq/USP, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do país — estimado em 1,057 trilhão de reais para 2021 — pode crescer até 101,47 bilhões de reais com o aumento da conectividade em áreas rurais pelo modelo telecom.

"Nunca o conteúdo foi tão importante nas mídias digitais... 74% dos produtores usam a internet para se atualizar", disse o presidente da ABMRA, Jorge Espanha.

"O levantamento comprova a relevância do WhatsApp como meio de comunicação digital. Nada menos do que 76% dos produtores usam a plataforma para realizar negócios, o que é uma novidade", acrescentou.

Fonte: AF News Agricola - Exame Agro - Giulia Zenidin

Imagem: Mercado de Grãos

Quinta, 27 de Maio de 2021
Arroba bovina segue negociada acima de R$ 300,00
Arroba bovina segue negociada acima de R$ 300,00 Fonte: Agrolink

Apesar do enfraquecimento dos preços ao longo de maio, a arroba bovina segue negociada acima de R$ 300,00 no estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, a manutenção desse patamar elevado se deve à demanda internacional aquecida e à menor oferta de animais para abate.

O boletim do Cepea informa que, os dados divulgados neste mês pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) confirmam esse cenário de disponibilidade reduzida de animais. No primeiro trimestre deste ano – quando, vale lembrar, a arroba paulista chegou a ser negociada na casa dos R$ 315 –, a quantidade de animais abatidos no País somou 6,64 milhões, 9,71% a menos que no trimestre anterior e 10,08% inferior à do primeiro trimestre de 2020. O volume abatido de janeiro a março de 2021 foi, também, o menor em 12 anos.

Fonte: Agrolink - Aline Merladete

Imagem: Marcel Oliveira

Quarta, 26 de Maio de 2021
Farsul completa 94 anos
Farsul completa 94 anos Fonte: Imprensa Sistema Farsul

No dia 24 de maio, a Farsul comemorou 94 anos de sua fundação em um evento híbrido. No auditório da sede da Federação, remodelado e reinaugurado na ocasião, estavam presentes a diretoria do Sistema Farsul e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. De forma online, participaram os presidentes de Sindicatos Rurais e o presidente da Confederação Brasileira da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, e diretores da entidade e do Senar Administração Central.
As celebrações iniciaram durante o dia. O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, falou aos funcionários que estão trabalhando de forma presencial. Ele destacou a importância da equipe na construção da história da Federação. Gedeão lembrou que a longevidade da entidade é resultado da credibilidade conquistada e é resultado do trabalho de todos, dando suporte às ações das diretorias que passaram pela Federação.
À noite, foi realizado o evento que iniciou com uma homenagem ao ex-presidente da Farsul, Carlos Sperotto. No local onde foi enterrada a cápsula do tempo que simbolizou o início da duplicação da sede da Farsul foi instalada uma placa comemorativa. Sperotto, que foi representado por sua viúva, Mariana, e pelos filhos Carlos Eduardo, Marlova e Rafael, foi quem começou as obras, concluídas pela atual gestão. Logo após, a diretoria executiva descerrou uma placa alusiva a conclusão da ampliação e reformulação da sede.
Na sequência, o presidente Gedeão Pereira, fez a saudação de boas-vindas aos participantes. Na sua fala, destacou o fato de o Rio Grande do Sul retomar a segunda posição nacional na produção de grãos. "E novamente, em função da coragem e investimento constante e contínuo do agricultor gaúcho, nós conquistamos essa posição", comemorou. "Quando da cerimônia de Abertura da Colheita do Arroz, nós tivemos a oportunidade de anunciar que o agricultor gaúcho, recuperando-se da estiagem do ano passado quando colheu praticamente 40% daquilo que havia sido plantado, conseguiu se recuperar. Hoje, nós estamos colocando mais de R$ 70 bilhões na economia gaúcha", completou.
Ele também lembrou do desenvolvimento do setor nas últimas décadas. "Se éramos importadores de alimentos, olha que orgulho temos hoje como produtores rurais. Trinta anos depois passamos a ser uma potência do agronegócio mundial. Já brigando pela primeira posição e eu acredito que nos próximos dez anos nós vamos chegar lá sem dúvida nenhuma", afirmou. "Este é o panorama que nós temos, que estamos aqui comemorando quando completamos 94 anos. É um panorama que nos enche de orgulho, que nos enche de vontade de continuarmos crescendo", reforçou.
O presidente da CNA, João Martins, ressaltou as características do povo gaúcho e sua influência na agropecuária nacional. "Quero dizer que vocês não estão comemorando uma expansão de sede e muito menos 94 anos da Farsul, vocês estão marcando a determinação do povo gaúcho, daquele que foi pioneiro na instalação do primeiro sindicato do Brasil e a garra, na figura do gaúcho, que é quem espalhou a agricultura moderna no país", disse.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, agradeceu o apoio que vem recebendo da Farsul e a importância da entidade para o estado. "A Farsul, com 94 anos, certamente merece essa celebração destacada, reverenciando a memória de quem há muito tempo se dedicou a essa causa. Esta casa tem tradição, tem memória, tem passado, tem presente, mas também, sobretudo, um futuro importante do qual o estado do Rio Grande do Sul espera muito.
Todos os empreendedores merecem o nosso aplauso, especialmente aqueles que dependem do imponderável do clima, das oscilações do mercado internacional. Esses merecem especial atenção", afirmou.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, enviou um vídeo felicitando a Federação. "Quero parabenizar por mais esta data e agradecer do fundo do coração todo o trabalho que vocês fazem para todos nós brasileiros. Afinal de contas, o nosso agronegócio é realmente a locomotiva da nossa economia", destacou.
O evento encerrou com um brinde virtual. A Farsul enviou aos presidentes dos Sindicatos Rurais uma taça comemorativa à data. "Queremos brindar os 94 anos da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e, apesar da pandemia, aquilo que nós temos feito pelo povo brasileiro, pelo povo gaúcho. Um brinde! Saúde e vida longa à nossa Federação, ao nosso sistema CNA e aos nossos Sindicatos Rurais", celebrou o presidente Gedeão Pereira ao realizar o brinde.

Fonte: Imprensa Sistema Farsul

Quarta, 26 de Maio de 2021
Soja: Brasil deve exportar até 14,9 mi de toneladas em maio, prevê Anec
Soja: Brasil deve exportar até 14,9 mi de toneladas em maio, prevê Anec Fonte: Canal Rural

As exportações brasileiras de soja em grão deverão fechar maio entre 14 milhões e 14,92 milhões de toneladas, conforme levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Em maio do ano passado, as exportações ficaram em 13,87 milhões de toneladas. Em abril, o país embarcou 15,67 milhões de  toneladas.

Na semana entre 16 e 22 de maio, o Brasil embarcou 3,34 milhões de toneladas. Para o período entre 23 e 29 de maio, a Anec indica a exportação de 3,52 milhões de toneladas.

Para o farelo de soja, a previsão é de embarques de 1,95 milhão de toneladas em maio. No mesmo mês do ano  passado, o total exportado foi de 1,77 milhão de toneladas. Em abril, volume ficou em 1,58 milhão de toneladas. Na semana passada, as exportações ficaram em 579,44 mil toneladas e a previsão para esta semana é de 526,77 mil toneladas.

A Anec não projeta embarques de milho em maio. Em maio do ano passado, o Brasil exportou 29,7 mil toneladas. Em abril, as vendas ao exterior somaram 22 mil toneladas.

Vale destacar que a previsão da entidade é baseada na programação de embarques de soja nos portos brasileiros, e, por isso, os números diferem dos dados divulgados pelo ministério da Economia. Com base nos dados da pasta, o analista de mercado Vlamir Brandalizze aposta em exportação recorde de soja em grão para maio, com pelo menos 15 milhões de toneladas.

Fonte: Canal Rural – Agência Safras

Quarta, 26 de Maio de 2021
Volatilidade impera nas cotações futuras do milho nesta quarta-feira
Volatilidade impera nas cotações futuras do milho nesta quarta-feira Fonte: Noticias Agrícolas

A Bolsa Brasileira (B3) opera com grande volatilidade para os preços futuros do milho nesta quarta-feira (26). As principais cotações registravam movimentações entre 0,27% negativo e 0,35% positivo por volta das 11h49 (horário de Brasília).

O vencimento julho/21 era cotado à R$ 91,44 com queda de 0,12%, o setembro/21 valia R$ 90,85 com elevação de 0,06%, o novembro/21 era negociado por R$ 92,50 com alta de 0,35% e o janeiro/22 tinha valor de R$ 93,60 com baixa de 0,27%.

De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, os preços do cereal na B3 estão em liquidação diante da tendência de melhor oferta, fato que impõe novos recuos das cotações.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho também perderam o ímpeto da manhã e estão em campo misto na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 1,00 ponto negativo e 2,25 pontos positivos por volta das 11h40 (horário de Brasília).

O julho/21 era cotado à US$ 6,22 com ganho de 2,25 pontos, o setembro/21 valia US$ 5,41 com alta de 0,25 pontos, o dezembro/21 era negociado por US$ 5,14 com recuo de 1,00 ponto e o março/22 tinha valor de US$ 5,21 com perda de 1,00 ponto.

Segundo informações da Agência Reuters, as cotações futuras do milho em Chicago se contraem sob a pressão das previsões de um bom clima para a safra no meio-oeste dos Estados Unidos.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) disse em um relatório semanal divulgado após o fechamento do mercado de segunda-feira que os agricultores plantaram 90% dos hectares pretendidos com milho, acima da média de cinco anos de 80%. 

“Este relatório é uma expressão do tópico predominante no momento, o melhor clima nas regiões de cultivo dos Estados Unidos”, disse o Commerzbank em uma nota. 

A Agência relata ainda que, o plantio acelerado e as chuvas no meio-oeste dos EUA desviaram a atenção das tensões de oferta global que haviam levado os futuros do milho a um pico de oito anos no início deste mês. 

“As previsões do USDA acima do esperado para 2021/22 nos EUA e no fornecimento global de milho neste mês também ajudaram a puxar os preços das altas recentes, embora os analistas permaneçam cautelosos sobre as perspectivas da agência”, diz a Reuters.

O site internacional Farm Futures acrescenta ainda que os preços estendem as perdas após caírem quase um dólar na semana passada, a maior queda percentual para os contratos futuros de julho desde 1973.                                     

Fonte: Noticias Agrícolas - Guilherme Dorigatti