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Quinta, 10 de Junho de 2021
Brasil pode ter hoje 1º trigo transgênico
Brasil pode ter hoje 1º trigo transgênico Fonte: Agrolink

Cereal de inverno foi lançado na Argentina e possui alta resistência à falta de água.

Esta quinta-feira, 10 de Junho, pode ser um dia histórico para o Brasil: está programada para hoje a votação que decidirá a aprovação para o primeiro trigo transgênico no Brasil. A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, analisa em sua 242ª reunião ordinária a importação e a comercialização do trigo HB4, criado pela argentina Bioceres e que chega ao Brasil pela TMG (Tropical Melhoramento Genético).

O cereal de inverno geneticamente modificado (OMG) foi lançado no país vizinho no ano passado, tendo como principal atrativo a alta resistência à falta de água. Essa característica é considerada por especialistas ouvidos pelo Agrolink como essencial para viabilizar a cultura em diversos locais do Brasil – o que poderia contribuir para que o País pudesse ampliar a oferta, atingir a autossuficiência e garantir a segurança alimentar, pois se trata de um produto agrícola no qual o Brasil ainda é dependente de fornecimento externo.

A aprovação do trigo transgênico, porém, é cercada de polêmica, pois sofre contestações de diversos setores. Um dos resistentes ao cereal de inverno OGM é a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), representante da indústria de produção de farinhas e derivados do trigo. No ano passado a entidade chegou a divulgar nota rejeitando essa inovação científica, justificando que o HB4 não trazia “benefícios evidentes às pessoas, sendo objeto exclusivo de busca de aumento de produtividade do campo”. 

Também estão contra o trigo transgênico diversas organizações ativistas contra o agronegócio, tais como a Campanha Contra os Agrotóxicos e pela Vida e o Grupo de Trabalho Biodiversidade da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). As entidades enviaram ofício ao Ministério Público Federal (MPF) tentando barrar a decisão da CTNBio.

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: Marcel Oliveira

Quinta, 10 de Junho de 2021
Mercado de soja inicia dia lento, aguardando dados do USDA
Mercado de soja inicia dia lento, aguardando dados do USDA Fonte: Safras & Mercados

Com Chicago em leve alta e o dólar com perda moderada, o mercado brasileiro de soja inicia a quinta com poucos negócios e preços praticamente estáveis. Os negociadores seguem afastados do mercado e aguardam o relatório do USDA, que será divulgado no início da tarde.

     O mercado uma quarta de poucos negócios e de preços entre estáveis e mais baixos. A recente volatilidade de Chicago afasta os negociadores e mantém a comercialização travada, mesmo com a firmeza do câmbio.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 169,00 para R$ 168,00. Na região das Missões, a cotação recuou de R$ 168,00 para R$ 167,00. No porto de Rio Grande, o preço permaneceu em R$ 172,00.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço seguiu em R$ 167,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca estabilizou em R$ 173,00.

     Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 166,00. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 160,00 para R$ 159,00. Em Rio Verde (GO), a saca caiu de R$ 167,00 para R$ 164,00.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em julho registram alta de 0,25%, cotados a US$ 15,66 1/2 por bushel.

* Os agentes se posicionam frente ao relatório de junho do USDA, que será divulgado nesta quinta, 10, às 13 horas (horário de Brasília). O Departamento deve elevar a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2021/22. Além do relatório mensal do USDA, os agentes vão analisar ainda os embarques semanais americanos. O mercado aposta em número entre 100 mil e 400 mil toneladas.

* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,414 bilhões de bushels em 2021/22. Em maio, a previsão ficou em 4,405 milhões de bushels. No ano passado, a produção foi de 4,135 bilhões.

* Para os estoques, o mercado aposta estimativa de 139 milhões. Em maio, o USDA indicou estoques em 140 milhões de bushels. A previsão para 2020/21 deverá passar de 120 milhões para 122 milhões de bushels.

* Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 91,6 milhões de toneladas, contra 91,1 milhões estimados em maio. Para 2020/21, a previsão deverá passar de 86,6 milhões para 86,7 milhões de toneladas.

* A produção brasileira de soja em 2020/21 deverá ter sua estimativa elevada de 136 milhões para 136,2 milhões de toneladas. A safra argentina pode ter corte, passando de 47 milhões para 46,5 milhões de toneladas.

PREMIOS

* O prêmio em Paranaguá para junho ficou em -20 e -10 sobre Chicago. Para julho, o prêmio é de -10 a -5.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra baixa de 0,09% a R$ 5,065. O Dollar Index registra ganho de 0,07% a 90,18 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em alta. Xangai, +0,54%. Tóquio, +0,34%.

* As principais bolsas na Europa registram índices mistos. Paris, -0,52%. Londres, +0,18%

* O petróleo opera em alta. Julho do WTI em NY: US$ 70,07 o barril (+0,15%).

AGENDA

– EUA: O índice de preços ao consumidor de maio será publicado às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Levantamento de oferta e demanda mundial e norte-americana de grãos – USDA, 13hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (11/06)

– Reino Unido:  A balança comercial de abril será publicada às 5h30 pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido:  A produção industrial de abril será publicada às 5h30 pelo departamento de estatísticas.

– Atualização da evolução das lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado - Dylan Della Pasqua

Imagem:  Arno Baasch

Quinta, 10 de Junho de 2021
Abate de bovinos é o menor desde 2009
Abate de bovinos é o menor desde 2009 Fonte: Agrolink

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao primeiro trimestre deste ano, mostram que foram abatidos 6,56 milhões de cabeças de bovinos, quantidade 10,6% inferior ao mesmo período do ano passado e 10,9% menor que a do 4º trimestre de 2020. Este foi o patamar mais baixo desde o 1° trimestre de 2009.

Entre os meses, janeiro apresentou o menor abate do trimestre (2,12 milhões de cabeças, 14% abaixo de janeiro de 2020), enquanto março teve o melhor desempenho (2,27 milhões, 8,5% abaixo de março de 2020). A retenção de fêmeas observada em 2020 continuou nesse início de ano. O total de fêmeas abatidas (2,41 milhões de animais) foi o menor para um 1º trimestre, desde 2003.

O abate de 774,92 mil cabeças de bovinos a menos no 1º trimestre de 2021, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por reduções em 23 das 27 Unidades da Federação. Entre aquelas com participação acima de 1%, as reduções mais significativas ocorreram em: Mato Grosso (-208,92 mil cabeças), Rondônia (-131,09 mil), São Paulo (-71,45 mil), Mato Grosso do Sul (-68,17 mil), Paraná (-46,22 mil), Minas Gerais (-44,70 mil), Bahia (-40,25 mil), Maranhão (-27,21 mil) e Acre (-24,64 mil). Em contrapartida, as maiores variações positivas ocorreram em: Goiás (+25,13 mil) e Santa Catarina (+7,06 mil).

Por estado o Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 15,7% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,7%) e São Paulo (10,2%).

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem: Marcel Oliveira

Quinta, 10 de Junho de 2021
Mercosul causou danos ao Brasil nas últimas décadas, diz Guedes
Mercosul causou danos ao Brasil nas últimas décadas, diz Guedes Fonte: Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (8) que a participação no Mercosul tem sido prejudicial ao Brasil. Segundo ele, a associação ao bloco travou a ampliação de mercados pelo país.

"Estarmos unidos [no Mercosul] causou danos ao Brasil nos últimos 30 anos. O Brasil está comercializando menos com nossos parceiros do Mercosul hoje do que há 20 anos. Foi uma armadilha. Impediu o Brasil de se engajar numa integração industrial mais produtiva nas cadeias globais", afirmou durante conferência virtual do Bradesco BBI em Londres.

Guedes destacou que o Brasil pretende reduzir "unilateralmente" as tarifas de importação. "E também falando com nossos amigos do Mercosul, porque nós queremos ter uma flexibilização e modernização no Mercosul", disse. 

O ministro voltou a defender a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e afirmou que o governo está adotando todas as medidas para se adequar às regras exigidas para o bloco. 

Criada em 1961 e com sede em Paris, a OCDE é uma organização internacional formada por 36 países, incluindo algumas das principais economias desenvolvidas do mundo, como Estados Unidos, Japão e países da União Europeia. É vista como um “clube dos ricos”, mas também tem entre seus membros economias emergentes latino-americanas, como México, Chile e Colômbia. 

Questões ambientais

Durante sua fala na conferência, Paulo Guedes afirmou que está claro para o governo que o futuro é digital e verde, mas reconheceu que o Brasil enfrenta problemas na área ambiental. Ele disse também que o governo federal tem mantido contato próximo com o enviado presidencial para o clima do governo dos Estados Unidos (EUA), John Kerry. Os EUA passaram a liderar o debate sobre meio ambiente na esfera internacional.

"É verdade que temos problemas com desmatamento florestal, com ocupação ilegal de terras, e estamos muito alertas a isso. Nos últimos três meses, temos mantido contato estreito com o senhor Kerry, que é o homem indicado pelo presidente [dos EUA, Joe] Biden para tratar de questões ambientais com o Brasil".

Fonte: Agência Brasil - Pedro Rafael Vilela

Imagem: Washington Costa/Ascom/Me

Segunda, 07 de Junho de 2021
Alavanca do PIB, agronegócio vive 'boom' de investimentos e espalha riqueza pelo interior do País
Alavanca do PIB, agronegócio vive 'boom' de investimentos e espalha riqueza pelo interior do País Fonte: AF News Agricola

Agronegócio brasileiro cresceu 5,7% no primeiro trimestre, contra um avanço geral de 1,2% do PIB; cálculos de banco internacional apontam avanço de 20% nos investimentos do setor. Confira:

Os polos do agronegócio brasileiro vivem hoje uma forte aceleração de investimentos privados. Os recursos estão sendo aplicados em toda a cadeia de produção: da expansão da área plantada no campo, melhorias na tecnologia de cultivo, à construção de novas fábricas de processamento de matérias-primas, de equipamentos agrícolas e em avanços na logística e na infraestrutura para escoar os produtos.

O dinheiro novo que chega a pequenos municípios do interior do País espalha a riqueza gerada pela alta de cerca de 60% dos preços em dólar das commodities agropecuárias no mercado internacional durante o último ano. E essa receita foi turbinada pela safra recorde de grãos.

O bom momento do agronegócio já apareceu no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano, que avançou 1,2% ante o último trimestre de 2020. O desempenho surpreendeu e boa parte dele foi sustentado pelo crescimento de 5,7% do PIB da agropecuária. Mesmo com a pandemia, o setor continuou a todo vapor nas exportações de grãos e carnes e também nos investimentos.

Não existem dados consolidados sobre os investimentos totais privados na cadeia do agronegócio, mas há indicações de que um forte movimento de expansão está em curso. Levantamento da assessoria econômica do Bradesco, por exemplo, com base em informações públicas de grandes empresas do setor, revela que, em 12 meses até abril, 27 novos empreendimentos foram anunciados. Eles estão voltados basicamente para a cadeia de processamento de carnes e grãos e somam mais de R$ 7 bilhões. Por dois meses seguidos, o total de aportes anunciados em 12 meses cresceu a uma taxa superior a 20%. Priscila Trigo, economista responsável pelo estudo, pondera que os dados retratam apenas uma parte do movimento porque o produtor rural normalmente não divulga investimentos.

Mas o Rabobank, banco holandês que no Brasil atua só no agronegócio, capta a parte oculta desse movimento. Neste ano, o banco já registra crescimento de 20% em relação a 2020 no número de propostas dos clientes em busca de recursos para investimentos. "Percebemos um apetite maior para investimento por parte de cooperativas, grandes produtores rurais e cadeias de processamento", conta a diretora executiva, Fabiana Alves. Foi o maior avanço dos últimos três anos na demanda por recursos para investimento registrado pelo banco, especialmente os destinados a produção de grãos e de proteína animal.

Enquanto em 2015 houve uma tempestade perfeita, com seca, câmbio e preços das commodities desfavoráveis e redução do crédito, hoje o momento é exatamente o oposto, diz Fabiana. O setor vem de duas safras com clima favorável, preços das commodities em alta, câmbio desvalorizado - que impulsiona as exportações - e há oferta de crédito com juros baixos. Em alguns momentos, o crédito privado está até mais barato do que o crédito oficial, observa o economista André Pessoa, presidente da consultoria Agroconsult. Ele ressalta que esse é um fator importante que, somado a outros, turbina o investimento neste momento.

O pano de fundo desse cenário, no entanto, é a grande competitividade do agronegócio brasileiro acumulada ao longo dos últimos anos. O setor ganha impulso adicional no momento por causa dos baixos estoques mundiais frente à demanda crescente por alimentos, especialmente grãos, explica Pessoa. Além disso, a necessidade de reaquecer as economias em razão da pandemia fez os bancos centrais injetarem um grande volume de dinheiro. Essa enorme liquidez global provocou o enfraquecimento do dólar. E a avalanche de recursos extras foi direcionada para a compra de ativos reais, entre os quais estão as commodities agropecuárias.

Boom

A consequência é uma pressão ainda maior sobre os preços em dólar das matérias primas agropecuárias e uma rentabilidade extraordinária em reais para o setor. Como o agronegócio brasileiro está bem posicionado em termos de rentabilidade, competitividade, eficiência comercial e logística, argumenta o economista, os empresários querem aproveitar o bom momento para crescer. E o investimento em aumento da capacidade de produção, tanto da terra como em fábricas de processamento, é caminho obrigatório. "Os produtores estão com o pé embaixo no investimento. É um boom", afirma Pessoa.

Só no campo, a estimativa do consultor é que a área plantada com grãos na safra 2021/2022 seja ampliada em 3 milhões de hectares. Serão 1,6 milhão de hectares a mais de soja, 1 milhão de hectares de milho safrinha e 300 mil hectares adicionais plantados com algodão.

Isso sinaliza que a indústria terá que atender uma demanda maior por máquinas, fertilizantes, silos, defensivos, implementos, caminhões, fábricas para processamento a fim de suportar esse crescimento, exemplifica o economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados e ex-secretário de Política Econômica. "Esse crescimento exige também mais materiais de construção, porque uma parte disso vira obra civil", observa.

Segundo Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco, há um espalhamento da renda em dólares proporcionada pelo ciclo global das commodities para várias cidades do Brasil. "O investimento no setor acaba multiplicando esses recursos e gerando mais renda e emprego no interior", afirma.

Estudo recente feito pela economista Priscila Trigo, do Bradesco, mostra que os municípios nos quais a agricultura e a pecuária pesam na economia local o dobro da média nacional acabaram gerando em abril deste ano um volume de emprego formal duas vezes maior do que as demais cidades na comparação com o mesmo mês de 2020. "E as vagas formais abertas não foram necessariamente no setor agrícola, mas no comércio e na construção civil, principalmente", frisa a economista.

Fonte: AF News Agrícola - Estadão Conteúdo via Terra

Segunda, 07 de Junho de 2021
Milho abre a semana com B3 em alta e voltando a rondar os R$ 100,00
Milho abre a semana com B3 em alta e voltando a rondar os R$ 100,00 Fonte: Noticias Agrícolas

A segunda-feira (07) começa com os preços futuros do milho subindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 1,75% e 2,64% por volta das 09h14 (horário de Brasília).

O vencimento julho/21 era cotado à R$ 97,07 com alta de 1,92%, o setembro/21 valia R$ 99,26 com elevação de 99,26%, o novembro/21 era negociado por R$ 100,79 com valorização de 2,64% e o janeiro/22 tinha valor de R$ 101,90 com ganho de 1,75%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 opera em alta refletindo a lógica de Chicago que acompanha as dificuldades para as lavouras de milho recém-plantadas no meio-oeste norte-americano e as informações de seca que vem da China, que ainda não finalizou seu plantio e já deve apresentar perdas do potencial produtivo.

Além disso, Brandalizze destaca que seguimos com quase ninguém vendendo e uma grande incógnita do que vem na safrinha. “As primeiras lavouras estão muito boas, mas no geral, as lavouras que vem pela frente são muito ruins e tem muitos indicativos que a safra vai quebrar muito. Tem muita especulação e o produtor está encurralado se vende agora ou depois esperando que o mercado melhor mais”, diz.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também abriu a semana altista, com os preços internacionais do milho futuro disparando nesta segunda-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 18,25 e 24,25 pontos por volta das 09h02 (horário de Brasília).

O vencimento julho/21 era cotado à US$ 7,01 com elevação de 18,25 pontos, o setembro/21 valia US$ 6,29 com ganho de 23,25 pontos, o dezembro/21 era negociado por US$ 6,15 com valorização de 24,25 pontos e o março/22 tinha valor de US$ 6,21 com alta de 23,75 pontos.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os grãos dispararam no comércio da madrugada, com o tempo seco ameaçando as safras em partes do Cinturão do Milho nos Estados Unidos.

“Pouca chuva é esperada no centro-oeste esta semana, enquanto o clima extremamente seco persiste em partes das planícies do norte”, destaca o analista Tony Dreibus.

Além disso, nenhuma chuva caiu em grande parte de Dakotas, Nebraska, Minnesota, Iowa, Illinois e partes de Wisconsin, Missouri, Indiana e Michigan na semana passada, de acordo com o Serviço Meteorológico Nacional.

Fonte: Noticias Agrícolas - Guilherme Dorigatti

Segunda, 07 de Junho de 2021
Segundo mês de alta no preço do leite pago ao produtor
Segundo mês de alta no preço do leite pago ao produtor Fonte: Agrolink

Os preços do leite pago ao produtor subiram pelo segundo mês consecutivo, com o peso da entressafra e clima adverso no Brasil Central e Centro Sul do país e, consequentemente, queda mais forte na produção.  Considerando a média ponderada dos 18 estados pesquisados pela Scot Consultoria, a alta foi de 3,8% no pagamento realizado em maio, referente a produção de abril. 

Frente ao mesmo período do ano passado, o produtor está recebendo 44,7% mais esse ano. Veja na figura 1, a evolução do preço médio (média nacional ponderada) do leite ao produtor. 

Com relação a produção de leite, na média nacional, houve queda de 7,1% no volume captado em abril desse ano, na comparação com o mês anterior. 

Já o consumo doméstico, este se mostrou mais firme desde a segunda quinzena de abril, com o pagamento do auxílio emergencial, mas sem incrementos expressivos. A demanda está mais firme para produtos como os leites fluidos e o leite em pó, ao passo que a procura por produtos de maior valor agregado segue patinando.  Para o pagamento a ser realizado em junho/21 (produção entregue em maio/21), a expectativa é de alta no preço do leite pago ao produtor, com 56% dos laticínios pesquisados acreditando em aumento, 34% falando em manutenção e 10% estimando queda.

Somente nas regiões Nordeste e Sul, uma pequena parcela das indústrias estima queda (ligeira) no preço do leite pago ao produtor, em função dos incrementos esperados na produção com as chuvas melhores a partir de meados de maio nessas regiões e, no caso, dos estados do Sul, das pastagens de inverno, que sazonalmente impactam em uma maior oferta de leite nesse período.

Fonte: Agrolink - SCOT CONSULTORIA

Segunda, 07 de Junho de 2021
China ampliou liderança na origem de importações brasileiras em 2020
China ampliou liderança na origem de importações brasileiras em 2020 Fonte: Canal Rural

Principal origem das importações brasileiras desde 2019, a China continuou avançando sobre o comércio externo brasileiro em 2020. Segundo levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o país asiático foi responsável por 21,9% das compras externas brasileiras no ano passado, com avanços em produtos de tecnologia.

Nos últimos 15 anos, a China apresentou uma evolução considerável no comércio exterior. Em 2006, o país detinha 8,6% das importações brasileiras. Tradicionalmente o principal fornecedor de produtos para o Brasil, a União Europeia viu a participação cair de 20,3% em 2006 para 19,1% no ano passado.

No mesmo período, os Estados Unidos mantiveram uma participação relativamente estável nas importações brasileiras, com leve alta de 15,7% para 17,6%, mantendo a terceira posição. O principal perdedor na origem das importações brasileiras foi a América do Sul. De segundo lugar em 2006, responsável por 17,6% das compras externas do Brasil, o continente caiu para o quarto lugar, com 11,4% em 2020.

Indústria da China

Além de aumentar as exportações para o Brasil, a China também passou a vender produtos cada vez mais sofisticados, distanciando-se da imagem de exportador de bens industrializados de baixa complexidade. Ao analisar 15 setores da indústria, o levantamento constatou que as importações da China cresceram em 11, mantiveram-se em três e caíram apenas em um setor.

Entre os setores com maior avanço da China de 2006 a 2020, estão máquinas e equipamentos (de 10% para 23%); produtos químicos (de 10% para 29%) e materiais elétricos (de 24% para 50%). Até segmentos nos quais o país asiático tinha pouca tradição conquistaram fatias significativas de mercado: veículos e automóveis (de 2% para 11%) e química fina (de 1% para 14%).

No mesmo tempo, a indústria brasileira passou a comprar cada vez menos das outras regiões e dos demais países. Dos 15 setores pesquisados, 11 passaram a importar menos da União Europeia e do Japão e 13 passaram a comprar menos da América do Sul e dos Estados Unidos.

Propostas

Para o gerente de Políticas de Integração Nacional da CNI, Fabrizio Sardelli Panzini, o crescimento do comércio com a China tem criado uma dependência prejudicial para os setores mais desenvolvidos da economia brasileira. Com 75% das exportações ao país asiático concentradas em soja, minério de ferro e petróleo e importando bens cada vez mais complexos, o Brasil tem experimentado piora na qualidade do comércio exterior.

“Há vários anos esperamos a diversificação do comércio com a China, mas ela não vem. O máximo de espaço para ampliar o comércio com a China está na agroindústria, com mais exportações de carne e algum ganho de mercado”, diz.

O gerente da CNI defende a rápida aprovação e implementação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia para que a indústria brasileira recupere espaço nas exportações. Diferentemente da China, o Brasil tem um comércio mais equilibrado com os países europeus, exportando tanto produtos básicos como industrializados. O acordo tem potencial de ganhos porque prevê a queda mais rápida de tarifas e barreiras comerciais para os produtos do Mercosul no mercado europeu do que o dos produtos europeus aqui.

“A União Europeia é um parceiro tradicionalmente importante para o Brasil, com um comércio complementar e elevada participação da indústria dos dois lados. Quando a União Europeia perde mercado, o Brasil perde qualidade do comércio. Existem muitas empresas europeias que investem aqui e geram exportação para a Europa. Com a China, não existe a contrapartida do crescimento das exportações de bens industrializados brasileiros”, explica Panzini.

América Latina

Na avaliação de Panzini, a assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia também é importante para restabelecer o comércio na América Latina. Ele ressalta que o Brasil tem acordos comerciais profundos com vários países da América Latina, mas as trocas dentro do continente estão diminuindo com o avanço do comércio com a China.

“Cada vez mais, os países latino-americanos vendem commodities (bens primários) a país asiático e menos entre si. O continente tem se reprimarizado na economia, daí a importância de viabilizar investimentos europeus aqui, com melhoria no ambiente de negócios, para o Brasil poder exportar para a América Latina”, diz.

O gerente da CNI recomenda ainda melhorias internas brasileiras, com a aprovação de reformas econômicas, principalmente a tributária, que reduza o custo Brasil e harmonize os impostos com os dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Se o Brasil fizer o dever de casa, vai melhorar a competitividade e aproveitar ainda mais os ganhos do acordo com a União Europeia”, acrescenta.

Fonte: Canal Rural - Agência Brasil

Segunda, 07 de Junho de 2021
Mercado financeiro eleva previsão de crescimento do PIB para 4,36%
Mercado financeiro eleva previsão de crescimento do PIB para 4,36% Fonte: Agência Brasil

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) aumentaram a projeção para a expansão da economia brasileira pela sétima semana consecutiva. A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – subiu de 3,96% para 4,36%.

Para o próximo ano, a estimativa de crescimento do PIB passou de 2,25% para 2,31%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,50%.

As estimativas estão no boletim Focus de hoje (7), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC, em Brasília, com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Inflação

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,31% para 5,44%, na nona alta consecutiva.

A estimativa para 2021 supera o limite da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Para 2022, a estimativa de inflação foi ajustada de 3,68% para 3,70%. Tanto para 2023 como para 2024 a previsão para o índice é de 3,25%.

O centro da meta de inflação para 2022 é 3,50% e para 2023, 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 3,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic termine 2021 em 5,75% ao ano. Para o fim de 2022, 2023 e 2024, a estimativa é de que a taxa básica encerre estes períodos em 6,5% ao ano.

Câmbio

A expectativa para a cotação do dólar permaneceu em R$ 5,30 para o final deste ano e de 2022.

Fonte: Agência Brasil - Kelly Oliveira

Imagem: Marcello Casal Jr.

Sexta, 04 de Junho de 2021
Fundos de hedge com foco em commodities voltam à moda após anos sem brilho
Fundos de hedge com foco em commodities voltam à moda após anos sem brilho Fonte: Noticias Agrícolas

Fundos de hedge focados em commodities geraram fortes retornos em 2021, e investidores que há muito adotavam cautela quanto a essas opções estão agora colocando dinheiro neles, apostando que a recuperação da pandemia aumentará a demanda por petróleo e gás, matérias-primas de metais, grãos e produtos como açúcar e café.

Embora muitos aportes venham sendo direcionados a outros investimentos ligados a commodities, os fundos de hedge são uma escolha mais surpreendente, após anos de retiradas de recursos por investidores desses fundos que levaram ao fechamento de diversas empresas que atuavam no ramo.

Entre os fundos emplacando grandes ganhos este ano estão os administrados pelo famoso investidor do setor de petróleo Pierre Andurand. Seus fundos de commodities fizeram 27% no ano até o fim de maio, enquanto seu fundo discricionário rendeu 33%, disse à Reuters uma pessoa com conhecimento do assunto nesta quarta-feira.

A Odey Asset Management, com sede no Reino Unido, fez 10,7% no mesmo período de tempo com seu fundo de ações long-short que aposta no segmento de commodities. Já a Westbeck Capital Management, também do Reino Unido, gerou ganhos de 75% no ano até 2 de junho.

A Auspice Capital, fundo focado em commodities controlado por computador, obteve retornos de 17,7%, com o rali dos metais, café e açúcar contribuindo para o resultado, de acordo com uma carta preliminar a investidores vista pela Reuters.

"A tendência altista segue intacta para o complexo de commodities como um todo", disse o co-fundador da Westbeck, Jean-Louis Le Mee. "Nós acreditamos que o petróleo está prestes a disparar e o complexo de commodities deve atingir novas máximas nesse ciclo".

Os fundos de hedge de commodities tiveram desempenho positivo de 6,5% em abril, contra retornos médios de 2,5% dos fundos de hegde em geral, de acordo com os dados mais recentes da eVestment.

Esses fundos utilizam diversas estratégias, apostando em tudo, desde commodities puras até ações e dívidas de empresas.

Cerca de 492 milhões de dólares foram aportados em fundos de hedge de commodities nos primeiros três meses de 2021, mais que metade do fluxo visto no ano passado, após o setor ter registrado um recorde de saída de recursos de 9,8 bilhões de dólares entre 2016 e 2019, segundo a Hedge Fund Research.

Embora dados recentes da comissão de negociação de commodities (CFTC) dos Estados Unidos mostrem redução nas apostas altistas de gestores de recursos nas commodities, fundos de hedge com foco em produtos do gás natural a grãos e cobre dizem que o momento positivo deve continuar.

"Quando você olha para as posições de quase todo grande fundo de hedge, você pode ver que todos estão acordando e dizendo que as commodities podem ter um ciclo longo. Como aproveitamos isso?", disse Troy Gayeski, sócio do fundo de hedge SkyBridge Capital, com sede nos EUA e que tem 7,5 bilhões de dólares sob sua gestão.

Fonte: Noticias Agrícolas - Reuters