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Quinta, 24 de Junho de 2021
CNA diz que Plano Agrícola e Pecuário 2021/2022 atende expectativas dos produtores
CNA diz que Plano Agrícola e Pecuário 2021/2022 atende expectativas dos produtores Fonte: CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil avaliou que o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2021/2022 teve um bom resultado de forma geral e as medidas foram anunciadas dentro das expectativas do setor. Entre os pontos positivos, a entidade destaca o aumento dos recursos para pequenos e médios produtores, para a produção sustentável pelo Programa ABC e aumento dos investimentos.

O PAP foi anunciado, na terça (22), em solenidade no Palácio do Planalto, com, a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, do presidente executivo da Abramilho, Alysson Paolinelli, do presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, além de outros ministros de estado, parlamentares e lideranças do setor produtivo.

Para o vice-presidente da CNA, deputado federal José Mário Schreiner (DEM/GO), o PAP agradou o setor e está de acordo com o momento de dificuldade fiscal enfrentada pelo País. “De uma forma geral, nós entendemos que é um Plano Safra do tamanho que o Estado brasileiro suporta. Não podemos exigir aquilo que o Governo, do ponto de vista fiscal, não pode oferecer. Mais uma vez o Governo mostrou que apoia o agro brasileiro”, declarou.

Serão disponibilizados R$ 251,2 bilhões, aumento de 6,3% em relação ao ano passado. Deste volume, R$ 177,7 bilhões serão para custeio e comercialização. O montante para investimentos será de R$ 73,4 bilhões (+29%). Este foi um dos principais destaques apontados pela CNA neste plano.

Dentro dos investimentos, o Programa de Construção e Modernização de Armazéns (PCA) terá um montante de R$ 4,12 bilhões (84% a mais), o que amplia a capacidade de armazenagem em cinco milhões de toneladas.

Destaque também para o aumento dos recursos para o Pronaf (R$ 39,34 bilhões, alta de 19%), com aumento do limite da renda bruta e enquadramento de R$ 415 mil para R$ 500 mil, incremento de 20,5%.

Haverá ainda um volume de R$ 34 bilhões para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), elevação de 3% em relação à safra passada, e o aumento do limite de renda bruta para classificação, de R$ 2 milhões para R$ 2,4 milhões, 20% a mais. A CNA pediu a elevação do limite da renda bruta anual em 32% tanto para o Pronaf quanto para o Pronamp.

Além do aumento dos recursos e do limite de renda para os pequenos e médios produtores, Schreiner destacou mais recursos para a construção de armazéns pelo PCA. A priorização de iniciativas como o ABC, que visa reincorporar áreas que não estão produzindo bem ou estão degradadas, também foi elogiada por ele.

Por outro lado, Schreiner revelou preocupação com o aumento das taxas de juros que, apesar da elevação da taxa Selic, representará um custo maior para os produtores rurais. Em relação ao seguro rural, o vice-presidente da CNA disse que o montante anunciado se manteve, mas que o setor já está preparado para buscar mais recursos. O orçamento para o Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) será de R$ 1 bilhão em 2022.

O governo também destinará um aporte de R$ 13 bilhões para equalização de juros. As taxas de juros variam de 3% a 8,5%. O PAP 2021/2022 aumentou o limite de recursos que o produtor pode acessar em subvenção ao prêmio do seguro rural, de R$ 48 mil para R$ 60 mil, para as atividades agrícolas. Para o apoio à comercialização, o volume será de R$ 1,4 bilhão.

O Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) terá incremento de 101%, totalizando R$ 5,05 bilhões. Na próxima safra, o Programa ABC vai passar a financiar a construção de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes, sistemas de geração de energia renovável, além de oferecer um limite de crédito coletivo, até R$ 20 milhões, para a geração de energia elétrica, a partir de biogás e biometano.

Também foram ampliados os limites de crédito para produtores de milho e sorgo, de R$ 3 milhões para R$ 4 milhões (grandes) e de R$ 1,5 milhão para R$ 1,75 milhão para médios produtores. Esta medida visa estimular as duas culturas.

O Proirriga, programa destinado ao financiamento da agricultura irrigada, terá R$ 1,35 bilhão, e o Inovagro, voltado para inovações tecnológicas nas propriedades rurais, ficou com R$ 2,6 bilhões.

Segundo a ministra Tereza Cristina, o plano dará as condições para que o agro se mantenha como o setor mais dinâmico da economia. Em seu discurso ela destacou o maior interesse das instituições financeiras em colocar recursos na produção e que esse PAP está “mais pincelado de verde” ao destinar 101% a mais de recursos para financiar a atividade sustentável por meio do Programa ABC, priorizando investimentos em agricultura de baixo carbono.

Ela também enfatizou a elevação de recursos para a agricultura familiar e o aumento da cobertura do seguro rural nos últimos anos. Entretanto, afirmou que vai trabalhar para ampliar o orçamento destinado ao PSR. E lançou um desafio aos produtores rurais para ampliar a produção para que o país alcance o recorde de 300 milhões de toneladas de grãos no final deste governo, em 2022.

Já o presidente da República, Jair Bolsonaro, destacou o papel do agro na economia e disse que o homem é cada vez mais responsável pelo futuro da economia.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

Imagem: Wenderson Araújo

Quinta, 24 de Junho de 2021
Milho: B3 segue subindo em movimentos de correção nesta 5ªfeira
Milho: B3 segue subindo em movimentos de correção nesta 5ªfeira Fonte: Noticias Agrícolas

A Bolsa Brasileira (B3) luta para manter as altas para os preços futuros do milho nesta quinta-feira (24). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,02% e 0,39% por volta das 11h49 (horário de Brasília).

O vencimento julho/21 era cotado à R$ 81,23 com alta de 0,02%, o setembro/21 valia R$ 81,50 com elevação de 0,28%, o novembro/21 era negociado por R$ 82,56 com ganho de 0,29% e o janeiro/22 tinha valor de R$ 85,33 com valorização de 0,39%.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “os futuros do milho na B3 e na CBOT estiveram menos voláteis em meados desta semana”, no que a análise da Agrifatto Consultoria classifica como “movimento de correção”.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro seguem derretendo na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira. As principais cotações registravam movimentações negativas entre 8,50 e 14,50 pontos por volta das 11h41 (horário de Brasília).

O vencimento julho/21 era cotado à US$ 6,55 com queda de 8,50 pontos, o setembro/21 valia US$ 5,36 com desvalorização de 14,50 pontos, o dezembro/21 era negociado por US$ 5,22 com baixa de 13,25 pontos e o março/22 tinha valor de US$ 5,29 com perda de 13,00 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho reduziram seus ganhos dos quatro pregões anteriores desta manhã, já que a previsão do fim de semana chuvoso melhorou as perspectivas de rendimento para a nova safra. 

“Mas as perdas foram limitadas pelo aumento da demanda de exportação chinesa, que será observada de perto no relatório semanal de vendas de exportação do USDA”, aponta a analista Jacqueline Holland.

A publicação destaca que os ritmos de carregamento de exportação de milho devem cair um pouco em relação aos volumes da semana passada, mas ainda assim permanecem sazonalmente fortes.

Fonte: Noticias Agrícolas - Guilherme Dorigatti Borges

Quinta, 24 de Junho de 2021
Crédito concedido por bancos deve crescer 11,1% este ano, estima BC
Crédito concedido por bancos deve crescer 11,1% este ano, estima BC Fonte: Agência Brasil

O saldo do crédito concedido pelos bancos deve crescer 11,1% este ano, de acordo com o Relatório de Inflação, publicação trimestral do Banco Central (BC), divulgado hoje (24), em Brasília. A estimativa é maior do que a observada no relatório anterior: 8%. 

“O aumento decorre da mencionada surpresa referente à evolução do saldo nos últimos três meses e da reavaliação na trajetória esperada para o crédito, em contexto de maior atividade econômica, reedição do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e desta vez como linha de crédito permanente,e novas medidas de postergação de pagamentos”, assegura o BC.

Em 2020, o saldo do crédito cresceu 15,6%, com alta de 11,2% para famílias e 21,8% para empresas. Para 2021, essa projeção de 11,1% vem do crescimento de 13,5% no crédito para famílias e de 8% para pessoas jurídicas.

“Em resumo, a revisão na projeção de crescimento do estoque total de crédito para 2021 não trouxe mudanças qualitativas relevantes em relação ao cenário esperado no relatório anterior. Ainda se espera a volta do protagonismo do crédito às famílias no SFN [Sistema Financeiro Nacional] em ambos os segmentos. Porém, a incorporação no cenário de novos estímulos creditícios para as pequenas e médias empresas diminuiu a intensidade da desaceleração esperada no segmento de pessoa jurídica (PJ) direcionado”, afirma o relatório.

Para o crédito livre, a projeção de expansão é 13,5%, com aumentos de 14% e 13% para os saldos de empréstimos a pessoas físicas e jurídicas, respectivamente. A expectativa para o crédito direcionado é de aumento de 7,7% em 2021, com alta de 13% para as pessoas físicas e estabilidade para as empresas.

O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

Análise

De acordo com o Banco Central, os dados do mercado de crédito divulgados desde o último relatório mostraram desempenho acima do esperado em todos os segmentos, com destaque para a trajetória do crédito direcionado, que surpreendeu nas operações com pessoas físicas e jurídicas. No crédito livre, houve destaque para o aumento nas contratações de pessoas jurídicas em março, principalmente nas linhas de desconto de recebíveis e financiamento às exportações.

Nos financiamentos às empresas com recursos livres, a projeção passou de 10% para 13%, considerando o maior crescimento econômico e perspectivas favoráveis para o setor exportador. Em relação ao crédito direcionado para as empresas, a projeção passou a contemplar novo aporte ao Fundo de Garantia de Operações (FGO), responsável por oferecer garantias às operações do Pronampe, assim como medidas pontuais de prorrogação de pagamentos. Com isso, a expectativa do BC é que o saldo de crédito registre estabilidade nesse segmento, em comparação com a projeção de queda de 7% no relatório anterior.

No segmento de pessoas físicas, a projeção subiu de 12% para 14% no saldo dos empréstimos com recursos livres, com maior contribuição das operações de cartão de crédito à vista e financiamento de veículos. 

“A despeito do recrudescimento da pandemia, a resiliência desse segmento se mostrou uma surpresa, com efeitos bem menos intensos do que os vistos no ano passado”, explica o relatório. No crédito direcionado, a projeção de crescimento foi revista de 11% para 13%, influenciada pelo volume de concessões crescente nos financiamentos imobiliários no contexto de taxas de juros ainda baixas e pelo aumento nas contratações do crédito rural, em linha com o bom desempenho do setor agrário.

Fonte: Agência Brasil - Andreia Verdélio

Imagem: Marcello Casal Jr.

Quinta, 24 de Junho de 2021
Futuro do agronegócio está na conectividade do campo
Futuro do agronegócio está na conectividade do campo Fonte: Agrolink

Conectividade no campo, acesso às novas tecnologias, rotação de culturas e desafios na produção pautaram o debate “Tendências para o agronegócio pós-pandemia: qual a estratégia?”, realizado pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) em parceria com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). O evento on-line reuniu o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, os coordenadores da ESPM Jorge Dietrich e Ernani Carvalho, e o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva.

Para Velho, os produtores devem ficar atentos com as questões da conectividade, já que a evolução tecnológica chegou na agricultura. “Só que este caminho tem que ser trilhado sempre com um olhar muito profissional e gestão, essa é a palavra, com relação aos custos de produção que nos preocupam muito”, alertou. A entidade está incentivando, por exemplo, os produtores para a rotação de culturas, com a soja, o milho e a pecuária. “A propriedade tem que ser olhada de fora para dentro, com suas características. Não existe uma receita para que o produtor possa implementar um sistema ou outro. É necessário estudo e levantamento para que possamos prepará-la para um sistema de produção”, detalhou.

O dirigente destacou também a segurança alimentar, mais valorizada a partir da pandemia, pelos consumidores e que é tendência para o agronegócio. “Penso que a agricultura será mais valorizada. As pessoas acabam se dando conta que o alimento não nasce no supermercado e vem de uma indústria a céu aberto que depende de muitos planos da agricultura e do governo”, apontou o presidente da Federarroz, complementando que “já passou o tempo que para plantar, trabalhar com a agricultura nós tínhamos que ser bons agrônomos. Não basta mais. Temos que ser também bons administradores para colocar em prática toda a gestão, com conhecimento em diversas áreas para realmente implementar uma agricultura cada vez mais responsável ambientalmente”.

De acordo com Ernani Carvalho, a pandemia funcionou como um acelerador da tecnologia no campo e deixou clara a necessidade de digitalização de comunicação e serviços. Ele citou a implantação do 5G como um impulsionador de transmissão de dados onde hoje a internet apresenta falhas de conexão. O coordenador trouxe, ainda, exemplos das AgTechs, empresas tecnológicas voltadas para o agro e que estão crescendo nos últimos anos, bem como negócios que utilizam créditos de carbono e discussões sobre agricultura sustentável. “Problemas que vêm com mudanças climáticas podem ser resolvidos com pesquisa em biotecnologia. A pandemia trouxe a valorização da saúde, e o Brasil pode exportar não só volume, mas também qualidade”, avaliou.

Já Carlos Joel da Silva ponderou que, para criação e utilização correta destas novidades, as pessoas devem ser capacitadas. “Isso veio para ficar, os produtores terão de aprender a lidar com estes recursos para crescer”, ponderou. No entanto, o dirigente enfatizou dificuldades para se atingir um cenário mais conectado em curto prazo. “Para melhorar nosso comércio, temos de aprimorar a rede elétrica, que hoje é de péssima qualidade no Estado”, afirmou. Ele ainda falou sobre os altos custos de produção, que impactam o produtor mesmo com a queda do dólar: “a solução está na diversificação de culturas”, finalizou.

Fonte: Agrolink -  AGROLINK COM INF. DE ASSESSORIA

Quinta, 24 de Junho de 2021
Banco Central eleva projeção de crescimento do país para 4,6%
Banco Central eleva projeção de crescimento do país para 4,6% Fonte: Canal Rural

O Banco Central (BC) elevou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano em 1 ponto porcentual (pp), para 4,6%, após um resultado melhor que o esperado para a atividade no primeiro trimestre, segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho. A estimativa anterior é de março.

 “Adicionalmente, recuperação parcial da confiança dos agentes econômicos, medidas de preservação do emprego e da renda, prognóstico de avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19, elevados preços de commodities e efeitos defasados do estímulo monetário indicam perspectivas favoráveis para a economia”, disse o BC no documento.

A instituição acrescentou que no segundo trimestre o PIB deve ficar praticamente estável, recuperando o ritmo de crescimento longo da segunda metade do ano. A previsão, porém, é cercada de dúvidas.

“Apesar da redução significativa dos riscos para a recuperação econômica, ainda há bastante incerteza sobre o ritmo de crescimento. Entre os fatores que podem diminuir a taxa de expansão destaca-se o risco de surgimento ou disseminação de novas variantes de preocupação do SARS-CoV-2”, disse o BC.

A seca também é uma preocupação para o Banco Central. “Dificuldade para obtenção de insumos e custos elevados em algumas cadeias produtivas e eventuais implicações da crise hídrica na bacia hidrográfica do Paraná para a geração de energia elétrica são fatores adicionais que podem atenuar o ritmo de recuperação da atividade”, acrescentou.

Estimativa de inflação para 2021 é maior

O Banco Central elevou a previsão para a inflação em 2021 em 0,8 ponto porcentual (pp), para 5,8%, segundo dados divulgados na edição de junho do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). A previsão está 0,55 pp acima do teto da  meta prevista para este ano.

A previsão para a inflação em 2022 ficou estável em 3,5%, ficando no centro da meta, enquanto a projeção de  inflação para 2023 teve queda de 0,2 pp, para 3,3%, e ficou 0,05 pp acima do centro da meta para o período.

As projeções divulgadas no RTI são calculadas com base nas previsões do mercado para a taxa básica de juros (Selic) nos períodos a que fazem referência e levando em consideração a taxa de câmbio partindo de R$ 5,05 por dólar e evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC).

Fonte: Canal Rural - Agência Safras

Quarta, 23 de Junho de 2021
Plano Safra 21/22
Plano Safra 21/22 Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

O governo federal lançou nesta terça-feira (22) o Plano Safra 2021/2022, com R$ 251,22 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional. O valor reflete um aumento de R$ 14,9 bilhões (6,3%) em relação ao Plano anterior. O Tesouro Nacional destinou R$ 13 bilhões para a equalização de juros.  

Os financiamentos poderão ser contratados de 1º de julho de 2021 a 30 de junho de 2022. A cerimônia ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro e da ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). 

Do total, R$ 177,78 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização e R$ 73,4 bilhões serão para investimentos. Os recursos destinados a investimentos tiveram aumento de 29%. 

A ministra Tereza Cristina disse que o atual Plano Safra deixará o agro brasileiro ainda mais competitivo, reforçando as práticas de uma produção cada vez mais verde, inclusiva e próspera. Também lembrou as soluções tecnológicas sustentáveis para ampliar a produção e melhorar a renda do produtor. “Nas próximas décadas, a produção agrícola mundial deverá crescer em sintonia com a conservação ambiental, porém sem descuidar dos ganhos de produtividade e da inclusão social. Graças à ciência e à inovação, o Brasil será protagonista desse processo”, disse. 

Ela finalizou sua fala fazendo um desafio aos produtores rurais para que a próxima safra chegue a 300 milhões de toneladas de grãos.

Ao apresentar os dados do Plano Safra 2021/2022 o diretor do Departamento de Crédito e Informação da Secretaria de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, disse que os recursos serão suficientes para que os produtores rurais se sintam confortáveis em realizar suas atividades produtivas tanto de investimentos quanto de custeio.

O presidente Jair Bolsonaro lembrou que o Brasil alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo, aliando a produção agrícola com preservação ambiental. “Se não fosse o agronegócio, como estaríamos hoje? Somos um dos países que menos decresceram em 2020, apesar da pandemia”, disse.

Sustentabilidade 

Para o próximo ciclo, o Plano Safra ficará ainda mais verde, com o fortalecimento do Programa ABC, do Inovagro e do Proirriga, abrangendo o financiamento à produção de bioinsumos, de energia renovável e à adoção de práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais e agricultura irrigada. 

O Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC), que é a principal linha para financiamento de técnicas sustentáveis, teve uma ampliação de 101% em relação aos recursos disponibilizados no Plano Safra anterior. A linha terá R$ 5,05 bilhões em recursos com taxa de juros de 5,5% e 7% ao ano, carência de até oito anos e prazo máximo de pagamento de 12 anos. 

Além da ampliação dos financiamentos às práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais, o Plano Safra 21/22 prevê o financiamento para aquisição e construção de instalações para a implantação ou ampliação de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes na propriedade rural, para uso próprio. Também serão financiados projetos de implantação, melhoramento e manutenção de sistemas para a geração de energia renovável. O limite de crédito coletivo para projetos de geração de energia elétrica a partir de biogás e biometano será de até R$ 20 milhões. 

O Proirriga, programa destinado ao financiamento da agricultura irrigada, terá R$ 1,35 bilhão, com juros de 7,5% ao ano. Já o Inovagro, voltado para o financiamento de inovações tecnológicas nas propriedades rurais, ficou com R$ 2,6 bilhões, e taxas de juros de 7% ao ano.

Pequenos produtores

Os recursos para os pequenos produtores rurais tiveram um acréscimo de 19%. Serão destinados R$ 39,34 bilhões para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 3% e 4,5%. Desse valor, R$ 21,74 bilhões são para custeio e comercialização e R$ R$ 17,6 bilhões para investimentos. 

Entre as novidades do Plano Safra deste ano está o fortalecimento do Pronaf Bioeconomia, com a inclusão de financiamento para Sistemas Agroflorestais, construção de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes e projetos de turismo rural que agreguem valor a produtos e serviços da sociobiodiversidade. 

Para o médio produtor, no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), foram disponibilizados R$ 34 bilhões, um aumento de 3% em relação à safra passada. São R$ 29,18 bilhões para custeio e comercialização e R$ 4,88 bilhões para investimento, com juros de até 6,5% ao ano. 

Armazenagem e Milho 

Os recursos para a construção de armazéns nas propriedades também tiveram um aumento significativo. Serão destinados R$ 4,12 bilhões, um acréscimo de 84%. Para o financiamento de armazéns com capacidade de até 6 mil toneladas nas propriedades, a taxa de juros é de 5,5% e para maior capacidade a taxa é de 7% ao ano, com carência de três anos e prazo máximo de 12 anos. 

O Plano Safra 21/22 prevê recursos para o custeio de milho, sorgo e à atividade de avicultura, suinocultura, piscicultura, pecuária leiteira e bovinocultura de corte em regime de confinamento: R$ 1,75 milhão (Pronamp) e R$ 4 milhões para os demais produtores. 

Seguro Rural 

Neste governo, o seguro rural foi ampliado, mais que dobrando a área segurada e os produtores atendidos. Para 2022, a subvenção ao Prêmio do Seguro Rural será de R$ 1 bilhão. Com esse montante, será possível contratar aproximadamente 158.500 apólices, proteger 10,7 milhões de hectares e um valor total segurado de R$ 55,4 bilhões. 

O Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) terá a inclusão de novos estudos para 12 culturas, além de mudanças estruturais na metodologia com a inclusão de 6 classes de armazenamento hídrico para os solos e de níveis de manejo, bem como a implementação do ZarcPro, o zoneamento de produtividade.

Lançamento

O ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, indicado ao Prêmio Nobel da Paz, foi homenageado durante o lançamento do Plano Safra. “Este Plano que está aqui está sendo analisado e visto pelos consumidores mundiais. Saberão que vão ter, no ano que vem, nova safra recorde e que terão os alimentos deste país para não passar fome. Temos o reconhecimento das representações internacionais, que o Brasil é, hoje, a representação e garantia da segurança alimentar em 2050, quando atingiremos 10 bilhões de pessoas no mundo”, disse.  

O presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro, destacou que a entidade prioriza e atua para atender todos os produtores, democratizando o acesso ao crédito e programas. “Neste governo o Plano Safra bate recorde de recursos no campo, atingindo os maiores volumes já aplicados na história.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Quarta, 23 de Junho de 2021
Com dólar abaixo de R$ 5,00, preços da soja devem cair no Brasil
Com dólar abaixo de R$ 5,00, preços da soja devem cair no Brasil Fonte: Safras & Mercado

O mercado brasileiro de soja deve se manter lento nessa quarta. Os preços devem ceder, acompanhando o dólar abaixo de R$ 5,00. Chicago segue volátil e esse cenário afasta os negociadores e paralisa a comercialização.

     O mercado seguiu com dificuldades para formar preços e ganhar ritmo na comercialização na terça. As oscilações diárias em Chicago e no câmbio prejudicam a movimentação. Mercado travado e com preços regionais e nominais, diante da queda final de Chicago – abaixo de US$ 14 – e do dólar – inferior a R% 5,00.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 148,00 para R$ 149,50. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 147,00 para R$ 148,50. No porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 153,50 para R$ 154,00.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 150,50 para R$ 149,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca recuou de R$ 156,00 para R$ 154,00.

     Em Rondonópolis (MT), a saca baixou de R$ 150,00 para R$ 147,00. Em Dourados (MS), a cotação estabilizou em R$ 141,00. Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 145,00 para R$ 146,00.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em julho registram alta de 0,07%, cotados a US$ 13,96 3/4 por bushel.

* O mercado busca uma recuperação frente às perdas significativas de ontem.

* O clima favorável às lavouras nos Estados Unidos, porém, limita a reação.

PREMIOS

* O prêmio em Paranaguá para julho ficou em +20 e +40 sobre Chicago. Para agosto, o prêmio é de +75 a +80.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra baixa de 0,12% a R$ 4,961. O Dollar Index registra perda de 0,10% a 91,67 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, +0,25%. Tóquio, -0,03%.

* As principais bolsas na Europa registram índices mistos. Paris, -0,45%. Londres, +0,47%

* O petróleo opera em alta. Agosto do WTI em NY: US$ 73,59 o barril (+1,02%).

AGENDA

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30min pelo Departamento de Energia (DoE).

—–Quinta-feira (24/06)

– Reino Unido: A decisão de política monetária será publicada às 8h pelo Banco da Inglaterra.

– O BC divulga às 8h o relatório trimestral de inflação.

– Estimativa para a safra mundial de grãos – CIG, na parte da manhã.

– EUA: a terceira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2021 será publicada às 9h30 pelo Departamento do Comércio.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (25/06)

– O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publica às 9h o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) referente a junho.

– Atualização da evolução das lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado - Dylan Della Pasqua 

Imagem: Arno Baasch

Quarta, 23 de Junho de 2021
Carne bovina: Embarques do Brasil ganham força na terceira semana do mês
Carne bovina: Embarques do Brasil ganham força na terceira semana do mês Fonte: Portal DBO

No acumulado das três semanas de junho, foram exportadas 97,5 mil t, com uma média diária de 7,5 mil t/dia, um avanço de 24% sobre a média diária de maio/21

Durante a terceira semana deste mês, as exportações brasileiras de carne bovina in natura se intensificaram, atingindo 44,13 mil toneladas no período, um acréscimo de 51,37% sobre o volume registrado na semana anterior, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

No acumulado das três semanas de junho, foram embarcadas 97,5 mil toneladas, com uma média diária de 7,5 mil toneladas/dia, avanço de 3,76% em relação à média de junho/20 e 24,4% superior à média diária de maio/21.

O preço da carne bovina também segue em alta, registrando acréscimo de 0,70% no comparativo semanal, para US$ 5,16 mil/tonelada, em média.

Com isso, nas três semanas do mês, a receita com as vendas externas de carne bovina in natura alcançou US$ 503,56 milhões, o que significa uma média diária de US$ 38,74 milhões, 24,56% acima do valor obtido no mesmo período de 2020.


Fonte: Portal DBO – Denis Cardoso

Quarta, 23 de Junho de 2021
Fertilizantes
Fertilizantes Fonte: AF News Agricola

Os preços dos fertilizantes devem permanecer sustentados pelo menos até agosto, segundo o Rabobank. A partir de agosto, as cotações dos adubos tendem a ser pressionados por um recuo sazonal da demanda, preveem os analistas do banco em relatório mensal sobre commodities publicado nesta segunda-feira, 21. No ano, as cotações dos adubos subiram entre 70% e 95% em dólar, considerando o fosfato monoamônico (Map), a ureia e o cloreto de potássio (KCl), conforme o Rabobank.

O relatório aponta que, nas últimas semanas, os preços dos fertilizantes voltaram a disparar tanto no mercado interno quanto no internacional. “As últimas altas têm sido motivadas por incertezas relacionadas à oferta, mas também continuam muito influenciadas pela manutenção dos preços das commodities em patamares elevados”, observam os analistas do banco.

Entre os fatores que vêm influenciando nos preços, o Rabobank cita as incertezas políticas e comerciais envolvendo a Bielorrússia – um dos principais exportadores de KCl -, as dúvidas de quanto a China irá fornecer de ureia à Índia e o reajuste no mercado de fosfatado após os Estados Unidos imporem barreiras tarifárias para empresas marroquinas e russas.

Na avaliação do banco, a alta volatilidade de preços observada neste ano deve limitar a formação de grandes estoques pelas empresas para a demanda de última hora. “Assim, para evitar problemas com abastecimento, é importante que o produtor não adie muito as compras e garanta o mínimo necessário para a safra quanto antes”, alertam os analistas.

Entregas de fertilizantes

O Rabobank também revisou de 4% para 5% sua projeção de crescimento da demanda por fertilizantes no país neste ano, de 40,6 milhões de toneladas para 42,7 milhões de toneladas. O ajuste, segundo o banco, deve-se à perspectiva de aumento da área plantada, do poder de compra dos agricultores favorável e das expectativas de aumento das margens para as culturas de soja, milho e algodão para a safra 2020/21 e para a temporada 2021/22.

“Essa demanda poderia ser ainda maior, não fosse as recentes altas de preços dos fertilizantes no mercado internacional e a expectativa de preços ainda mais altos nas próximas semanas”, observa o banco.

Apesar dos patamares elevados dos adubos, o Rabobank considera que a relação de troca – quantidade necessária de determinada commodity para compra de uma tonelada de adubo – continua favorável ao produtor. Isso ocorreria porque a valorização das commodities tem compensado os aumentos do insumo.

Segundo o banco, as relações de troca entre soja, milho, café e algodão e adubos estão próximas ou abaixo dos patamares do último ano e da média de cinco anos. “Ou seja, o poder de compra dos produtores em relação aos fertilizantes está igual ou melhor que a média dos últimos 5 anos. Olhando para a soja e milho, a relação de troca atingiu níveis recordes nos últimos 12 meses, em favor dos agricultores, alavancando a demanda dos insumos”, aponta o banco.

Fonte: AF News Agrícola - Giulia Zenidin

Quarta, 23 de Junho de 2021
América levará “voz do agricultor” à ONU
América levará “voz do agricultor” à ONU Fonte: Agrolink

O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) informou que, nas conclusões dos workshops em busca de consensos, os países das Américas concordaram em “colocar a agricultura e os agricultores em primeiro plano, que garantem a segurança alimentar e a nutrição planetária”. O consenso foi alcançado após uma sessão de trabalho convocada pelo IICA, da qual participaram mais de 70 especialistas e funcionários de diversos países, e que serviu para concluir um ciclo de três Diálogos Virtuais de Apoio à Cúpula. 

“Uma das coincidências foi que é fundamental que, durante o encontro global, se ouça a voz dos países das Américas, que não é apenas a cesta alimentar mundial, mas também defensora da preservação do meio ambiente pela riqueza excepcional de seus. ecossistemas e sua biodiversidade”, explicou o IICA. 

Nesse sentido, os países concordaram que os agricultores e a agricultura devem ter um papel prioritário nas discussões da cúpula global. “A Cúpula nos dá uma oportunidade que os países das Américas nunca tiveram de desenvolver uma visão conjunta. É importante oferecer uma contra-narrativa para aqueles que querem nos impor o que devemos comer”, disse Cathy McKinnell, Conselheira Sênior do Serviço de Agricultura Estrangeira do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 

Os países também trouxeram para a discussão temas como proteção da água, restauração do solo, uso da ciência e tecnologia para a tomada de decisões, agricultura familiar, educação e capacitação de agricultores e vulnerabilidade dos países a desastres naturais e mudanças climáticas. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems