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Quinta, 01 de Julho de 2021
Estudo revela oportunidades e desafios da tecnologia no campo
Estudo revela oportunidades e desafios da tecnologia no campo Fonte: Agrolink

Um estudo divulgado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) avaliou os desafios e oportunidades para o uso da tecnologia no campo. “O perfil do agricultor mato-grossense na era digital” revela que 86% dos agricultores do estado possuem internet na propriedade, mas a maior parte da abrangência desta conexão está concentrada apenas na sede. Um dos maiores desafios seria a melhora da conectividade rural. 

Além do cenário da conectividade no campo, o levantamento aponta o uso de tecnologias e o perfil tecnológico dos produtores de Mato Grosso. Foram ouvidos 470 agricultores, abrangendo uma área total de 901 mil hectares de soja que correspondem a 9% da área estadual de plantio desta cultura. O trabalho foi desenvolvido entre os meses de setembro e outubro de 2020 e incluiu as sete macrorregiões, totalizando 80 dos 141 municípios mato-grossenses.

Segundo o superintendente do Imea, Daniel Latorraca, o estudo contribuiu para avaliar o momento atual do produtor no que tange a utilização de tecnologia, além de fomentar ainda mais o desenvolvimento das soluções para o agro. “A pesquisa revela desafios como a conectividade, os canais de comunicação e oportunidades de melhorias, dados de clima, monitoramento da produtividade, entre outros fatores importantes que ainda precisamos avançar”, afirmou.

Um dado curioso é que entre os inúmeros benefícios da internet nas propriedades, o principal deles, segundo a amostra de produtores entrevistados, é a retenção dos funcionários (22%). Em seguida estão fatores como o controle dos estoques (18%), monitoramento das operações agrícolas (17%), compras on-line (16%), monitoramento do clima (14%), segurança na fazenda (13%) e outros fatores (0,7%).

Conforme a pesquisa, a utilização de smartphone pelos produtores supera o uso dos computadores. Para 92% dos agricultores, o smartphone é um importante aliado na gestão da propriedade e acesso à informação. É por meio deste aparelho que o produtor acompanha o mercado, as vendas e faz a comunicação com os clientes e fornecedores. As regiões que mais usam smartphone são o sudeste e o nordeste do estado. O centro-sul é o que menos utiliza a ferramenta.

Quando o assunto é o uso de aplicativos (APPs) ou software, 61% dos respondentes adotam alguma dessas tecnologias especialmente com o objetivo de buscar eficiência e auxílio na gestão da propriedade (36%). Em seguida estão interesses como verificar a previsão do tempo (34%), auxiliar no manejo de pragas, doenças e daninhas (15%) e outros fatores (15%).

“Diante desse ambiente de volatilidade de preços dos insumos, do dólar e o próprio manejo na fazenda fazem com que o produtor busque melhorias na gestão. As ferramentas digitais auxiliam nesse processo. A pesquisa identificou que eles usam e se interessam cada vez mais por essas ferramentas para auxiliar nas tomadas de decisões e na própria rotina das propriedades”, acrescentou Latorraca.
 
A amostra também trouxe algumas percepções dos produtores sobre os canais de comunicação mais usados durante a pandemia. No cenário pré-pandemia, os produtores se informavam mais via whatsapp (27%) e feiras agropecuárias (25%). Com o advento da pandemia, a preferência pelo uso do whatsapp aumentou (38%) e as feiras foram a principal atividade com grande impacto, reduzindo em 97% sua representatividade no acesso às informações, passando dos 25% de presença como canal de comunicação para 0,25% de participação. Redes sociais como o facebook e o instagram ganharam destaque no período, 12% e 11% respectivamente.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Quarta, 30 de Junho de 2021
Brasil pede para China esclarecer novo padrão de soja
Brasil pede para China esclarecer novo padrão de soja Fonte: Agrolink

O Brasil pediu para a China esclarecer alguns aspectos de um novo padrão nacional para a soja, que muda os requisitos de qualidade do grão, incluindo a forma como o novo "standard" será implementado, afirmou um representante do Ministério de Agricultura do Brasil nesta segunda-feira.

A proposta da China de introduzir um novo padrão para a oleaginosa, atualmente em discussão na Organização Mundial do Comércio, deve substituir um padrão de 2009, afirmou Glauco Bertoldo, que dirige o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov).

A China notificou a OMC em fevereiro e a nova proposta surge no momento em que o Brasil revisa o seu próprio padrão de soja, disse Bertoldo. "Enquanto discutimos o novo padrão nacional, não podemos ignorar o padrão do nosso maior mercado consumidor", afirmou Bertoldo durante um evento on-line organizado pela Embrapa.

O Brasil é o maior produtor e exportador de soja do mundo e a China é o principal destino da oleaginosa brasileira. Na China, os processadores locais esmagam os grãos para produzir óleo e farelo usado na alimentação animal.

O novo padrão chinês irá determinar os termos e definições, classificações, requisitos de qualidade, métodos de teste, regras de inspeção, rótulos, empacotamento, estocagem e requisitos de transporte para a soja.

"Nossa primeira impressão é que o mercado brasileiro não irá ser afetado de forma significativa", disse Bertoldo. Ele acrescentou que as novas normas chinesas serão "menos rigorosas" que as anteriores em relação a certos parâmetros de qualidade.

Entretanto, um problema em potencial é relacionado ao nível de umidade máximo da soja, determinado em 13% sob o novo padrão proposto pela China, abaixo dos 14% admitidos no Brasil. Em relação à umidade, o Brasil disse que o valor proposto no novo padrão chinês não deveria ser usado para classificar a soja por poder sofrer oscilações, disse Bertoldo.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Quarta, 30 de Junho de 2021
Brasil deve embarcar até 10,25 milhões de t de soja em junho, aponta ANEC
Brasil deve embarcar até 10,25 milhões de t de soja em junho, aponta ANEC Fonte: Safras & Mercado

As exportações brasileiras de soja em grão deverão ficar em 10,25 milhões de toneladas, conforme levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). Na semana passada, a previsão era entre 10 milhões e 11 milhões de toneladas a serem embarcadas no período.  Em junho do ano passado, as exportações ficaram em 11,92 milhões de toneladas. Em maio, o país embarcou 14,22 milhões de toneladas.

     Na semana entre 20 e 26 de junho, o Brasil embarcou 2,07 milhões de toneladas. Para o período entre 27 de junho e 3 de julho, a ANEC indica a exportação de 2,95 milhões de toneladas. No acumulado do ano, a Associação projeta embarques de até 60,63 milhões até o final de junho.

     Para o farelo de soja, a previsão é de embarques de 2,03 milhões de toneladas em junho. No mesmo mês do ano passado, o total exportado foi de 1,39 milhão de toneladas. Em maio, volume ficou em 1,7 milhão de toneladas. Na semana passada, as exportações ficaram em 500,21 mil toneladas e a previsão para esta semana é de 531,52 mil toneladas. No acumulado do ano, o primeiro semestre deve fechar com 8,45 milhões de toneladas embarcadas.

     A ANEC projeta embarques de milho de 89,21 mil toneladas em junho. Em junho do ano passado, o Brasil exportou 787,8 mil toneladas. Não houve embarques de milho em maio, segundo os dados da Associação. As exportações do ano somam 2,9 milhões de toneladas.

Fonte: Safras & Mercado -  Dylan Della Pasqua

Quarta, 30 de Junho de 2021
Carne de frango: Nova cota do México para importação deve beneficiar o Brasil
Carne de frango: Nova cota do México para importação deve beneficiar o Brasil Fonte: Portal DBO

A cota, com isenção de tarifas de importação, é válida para diversos cortes com ossos e desossados, como peito, coxa e sobrecoxa, asas e outros.

Os exportadores brasileiros devem ser beneficiados pela abertura de uma nova cota de 30 mil toneladas para importação de carne de frango de nações exportadoras extra-USMCA (acordo de livre comércio dos países da América do Norte), publicada pela Secretaria de Economia do Governo do México.

A publicação é de 23 de junho, e aponta questões de aumento de preços internos da carne de frango para a definição desta nova cota para a importação de volume de nações produtoras, como é o caso do Brasil.

A cota (com isenção de tarifas de importação) é válida para diversos cortes com ossos e desossados de carne de frango (como peito, coxa e sobrecoxa, asas e outros).

Atualmente, mesmo com a aplicação de tarifas de 75%, o mercado mexicano é um importante destino do produto brasileiro, dado as condições específicas de mercado no México neste ano de 2021.

De acordo com levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), entre janeiro e maio, o país importou 38,3 mil toneladas – volume expressivamente maior que o efetivado no mesmo período de 2020, quando foram embarcadas 2,3 mil toneladas.

“Há quase uma década temos construído uma forte parceria com o México, apoiando especialmente em momentos em que a oferta local enfrenta problemas para o abastecimento interno. Esta é uma parceria que tem dado certo, e que agora deve ganhar novo impulso, influenciando o saldo positivo das exportações brasileiras”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Fonte: Portal DBO - Ascom ABPA

Quarta, 30 de Junho de 2021
Ipea revisa PIB deste ano de 3% para 4,8%
Ipea revisa PIB deste ano de 3% para 4,8% Fonte: Agência Brasil

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) elevou de 3% para 4,8% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país), para 2021. A revisão foi baseada na expectativa de crescimento mais sustentado da atividade econômica no segundo semestre, com o avanço da vacinação contra a covid-19; o ambiente externo mais favorável e a redução das incertezas fiscais no curto prazo. A revisão faz parte da análise trimestral da economia brasileira, divulgada hoje (30) pelo Ipea.

“Isso muda bastante a perspectiva para a média do ano. Quando a gente olha o PIB, analisa o produzido no ano todo comparado ao que foi produzido no ano anterior. Como a gente tem metade do ano vindo melhor do que estava, isso melhora bastante a perspectiva para o ano todo”, disse em entrevista à Agência Brasil o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo de Souza Júnior.

A projeção de crescimento interanual no segundo trimestre é de 12,6%. Já para 2022, a expectativa dos pesquisadores é um avanço de 2% para o PIB. O percentual é menor do que os 2,8% que tinham sido previstos na divulgação de março, na Carta de Conjuntura do Ipea. A razão é o aumento da base de comparação com o PIB em 2021, que será mais alto do que o estimado anteriormente. Mesmo com o recuo na previsão do PIB 2022, o crescimento acumulado no biênio 2021/2022 passou de 5,9% para 6,9%.

As projeções levam em conta um panorama com controle da pandemia no Brasil por meio de vacinação e a manutenção de um cenário relativamente estável para a política fiscal no curto prazo, principalmente com o compromisso de manutenção do teto dos gastos. A análise chama atenção, no entanto, para o possível aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, que representa um fator de risco, já que pode pressionar o câmbio e os juros no Brasil.

Inflação

O Ipea alterou também a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, passando de 5,3% para 5,9%. No acumulado de 12 meses, até maio deste ano, a taxa de inflação subiu de 6,8% para 8,1%, por causa do impacto da alta nos preços monitorados e bens industriais. A análise destacou que a alta de 2,1% nos preços administrados em maio refletiu não apenas o acionamento da bandeira vermelha e seus impactos sobre a energia elétrica, como também os novos aumentos dos medicamentos, do gás e da gasolina.

“Essa bandeira de fato aumenta a expectativa de inflação e por isso a gente tem essa nova revisão para a inflação. É bem significativa, mas, por outro lado, a gente tem agora uma perspectiva melhor em termos de dólar. Isso vai ajudar a desacelerar o preço para o produtor e por consequência para o consumidor. Mantida uma trajetória mais benéfica da taxa de câmbio, isso pode contribuir para deter os preços ao consumidor. É o que a gente espera”, explicou.

Já nos preços monitorados, a projeção da inflação subiu de 8,4% para 9,7% este ano. Os bens de consumo industriais devem subir de 4,3% para 4,8%. Nos serviços livres, exceto educação, a expectativa foi alterada de 4% para 4,2%. As taxas dos alimentos e da educação foram mantidas em 5% e 3,8%, respectivamente.

Para 2022, os pesquisadores estimaram uma desaceleração da inflação, tanto para o IPCA quanto para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O IPCA deve encerrar o ano que vem em 3,9%, um pouco acima da estimativa de 3,7% para o INPC.

Cenário externo

Segundo os pesquisadores, a valorização das commodities exportadas pelo país, o aumento dos fluxos de comércio internacional e as condições financeiras globais, que estimulam o apetite por risco, têm impactado positivamente a economia brasileira. Conforme a análise, o preço internacional das commodities reflete a retomada da atividade econômica global, com forte crescimento nos últimos meses e nível histórico elevado.

As exportações brasileiras aumentaram, tanto em volume quanto em valor. Isso ocorreu por causa do crescimento da economia mundial e do aumento dos preços externos. Nos primeiros cinco meses do ano, as exportações apresentaram crescimento de 40%, enquanto no mesmo período do ano passado tinha sido de 12%. Refletindo o nível de atividade interno, as importações também se recuperaram. A alta ficou em 21% de janeiro a maio, na comparação com o mesmo período de 2020.

Mobilidade

Os pesquisadores concluíram que a partir de maio, os indicadores de mobilidade voltaram a aumentar. Antes disso, tinham refletido as dificuldades causadas pela pandemia da covid-19 no Brasil. Conforme a análise, houve queda na evolução dos indicadores de mobilidade nos quatro tipos de estabelecimentos mais relacionados à atividade econômica como as lojas de varejo e locais de lazer; os mercados e farmácias; as estações de transporte público e os locais de trabalho, entre o final de 2020 e os meses de março e de abril de 2021, o que pode ter impactado negativamente a atividade econômica.

“O ano passado foi muito impactado pela pandemia em termos econômicos. Este ano aparentemente os setores conseguiram lidar melhor com as restrições impostas e mesmo as restrições não foram tão intensas como no ano passado. Este ano, pelo que a gente viu, foi mais em cada local, mas em termos nacionais este ano não parou setores como a indústria”, disse José Ronaldo de Souza Júnior.

O diretor do Ipea acrescentou que este ano os serviços prestados evoluíram como os sistemas de delivery e isso ajudou a manter as atividades. “O setor de serviços, acredito que esteja surpreendendo, porque com o agravamento da crise que a gente viveu, era esperado que o impacto fosse maior nesse período de mais restrições. As pessoas conseguiram produzir e vender tendo muito menos impacto do que no ano passado. A gente tem delivery melhor, tem esquema de entrega melhor pela internet, WhatsApp e por aí vai. Na época [ano passado], além do susto muito grande de uma doença desconhecida, havia falta de EPIs normais como máscaras e álcool em gel, coisa que hoje não há esse tipo de problema. Isso atrapalhou as empresas. Trabalhar nesse ambiente de risco foi um aprendizado”, disse.

Para o pesquisador, com o avanço da vacinação, como acontece em outros países, no Brasil pode voltar a funcionar alguns segmentos que foram suspensos por causa da pandemia. “Setores de lazer, de cultura, de recreação e turismo, que empregam muita gente e ainda estão com muitas restrições porque muitos dependem de aglomeração. Acho que isso pode contribuir bastante para a recuperação da economia”, observou o diretor do Ipea.

Situação fiscal

Em movimento oposto, as contas públicas apresentaram melhora nos últimos meses. No acumulado do ano até abril, as receitas federais subiram 16,6% em termos reais. O percentual, que é superior às projeções, levou a uma revisão importante do total estimado para 2021, influenciando na queda do déficit primário previsto para o ano. Caíram as previsões para as despesas esperadas para o ano, o que reduz a necessidade de ajuste para manter o compromisso com o teto de gastos da União. Para 2022, a folga deve ser maior para o cumprimento do teto de gastos, resultado do comportamento esperado dos índices de preços que corrigirão o teto e parcela importante das despesas obrigatórias.

O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea destacou que a dívida como proporção do PIB foi beneficiada pelo superávit primário do primeiro quadrimestre e do crescimento nominal do PIB, que surpreendeu devido à aceleração do deflator implícito, além do maior crescimento real. Com isso, houve revisão para baixo da trajetória prevista para a relação dívida bruta/PIB nos próximos anos.

“Ficou claro o compromisso com o teto de gastos, no momento. Esse tipo de coisa reduziu no curto prazo o risco. Não é que a questão esteja resolvida, mas isso tem contribuído positivamente para as expectativas”, disse.

Fonte: Agência Brasil – Cristina Indio do Brasil

Imagem: Marcello Casal Jr.

Terça, 29 de Junho de 2021
Bandeira vermelha 2 vai subir 52%
Bandeira vermelha 2 vai subir 52% Fonte: Agrolink

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou o aumento da tarifa da bandeira vermelha 2, a mais cara. O valor extra a cada 100 kw/h passará de 6,24 para R$ 9,49, uma alta superior a 50%.

Esta bandeira está em vigor atualmente em função, segundo a agência, da pior crise hídrica dos últimos 90 anos no país. De acordo com presidente da agência reguladora, André Pepitone, a medida é uma forma de custear a produção de energia no país durante este período.

A mudança no preço passa a valer imediatamente e já terá reflexos na próxima conta de energia elétrica. Segundo projeções de analistas do setor a bandeira vermelha 2 deve vigorar pelo menos até novembro e pode sofrer novos reajustes, chegando a R$ 11.

Os maiores impactos estão na Bacia do Rio Paraná, onde fica a usina hidrelétrica de Itaipu. Com a falta de água é necessário ativar as usinas termelétricas, mais poluentes e mais caras. Em pronunciamento na noite desta segunda-feira (28) o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pediu que a população economize água e energia mas negou que há racionamento de energia e que a população pode ficar tranquila.

"Reduzimos nossa dependência das usinas hidrelétricas de 85% para 61%, com a expansão das usinas de fontes limpas e renováveis, como eólica, solar e biomassa, além de termelétricas a gás natural e nucleares. Hoje temos um setor elétrico robusto, que nos traz garantia do fornecimento de energia elétrica aos brasileiros", enfatizou.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Terça, 29 de Junho de 2021
Soja segue com variações tímidas, mas opera do lado positivo da tabela nesta 3ª
Soja segue com variações tímidas, mas opera do lado positivo da tabela nesta 3ª Fonte: Noticias Agrícolas

Os preços da soja voltaram a subir no pregão desta terça-feira (29) na Bolsa de Chicago. Depois de começarem o dia com estabilidade e testando os dois lados da tabela, perto de 11h50 (horário de Brasília), o mercado tinha leves altas de 2,75 e 4 pontos, com o julho sendo cotado a US$ 13,61 e o novembro a US$ 13,15 por bushel. 

O mercado do grão acompanha as altas que são registras no óleo de  soja, que voltam a subir forte hoje, com ganhos superiores a 1,50% na CBOT. "Os futuros do óleo voltaram a subir forte nesta semana puxados agora plo clima no Canadá, maior produtor e exportador global de canola", explica a equipe da Agrinvest Commodities. 

Ao lado dos derivados, os traders acompanham o clima nos EUA e de outro monitoram o desenvolvimento da nova safra norte-americana. Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras mantendo o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições em 60%. 

Porém, o mercado esperava uma correção para 61%. Em 2020, neste mesmo período, eram 71%. E ainda de acordo com o boletim, são ainda 31% das plantações em condição regular e 9% em condições ruins ou muito ruins, mesmos números da semana passada. 

Na questão climática, as previsões seguem mostrando, para os próximos dias, que as chuvas ainda se mantêm mais concentradas a leste dos EUA, mantendo a preocupação sobre a porção leste do Corn Belt. O mapa na sequência, do NOAA, o serviço oficial de clima norte-americano, mostra que as Dakotas ainda podem ficar sem chuvas nos próximos cinco dias, bem como partes de Iowa, Minnesota e Nebraska. 

Paralelamente, atenção também ao novo boletim de área que o USDA traz nesta quarta-feira (30) com a revisão de dados de área de plantio nos EUA. 

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes 

Imagem: Embrapa

Terça, 29 de Junho de 2021
Mercado de milho opera em ritmo lento, avaliando geadas no Brasil
Mercado de milho opera em ritmo lento, avaliando geadas no Brasil Fonte: Safras & Mercado

     O mercado brasileiro de milho opera em ritmo lento nos negócios no Brasil, avaliando o efeito do frio e das geadas nas lavouras de safrinha. No cenário internacional a Bolsa de Chicago opera em alta, com o temor em relação ao clima seco nos Estados Unidos.

     Ontem (28), o mercado brasileiro abriu a semana bastante focado nas geadas previstas, com potencial para resultar em problemas em relevantes regiões produtoras, a exemplo do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e até mesmo no sul de Minas Gerais. Além disso, como destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o relatório trimestral divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no próximo dia 30 também terá grande importância na formação de tendência de curto prazo.

     No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 72,00 a R$ 82,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 71,00/83,00.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 82,00/85,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 85,50/87,50 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 87,00/89,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 84,00/90,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 83,00/88,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 75,00/R$ 80,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 72,00/75,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em setembro de 2021 operam com ganho de 3,00 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 0,53%, cotada a US$ 5,61 1/4 por bushel.

* O cereal chegou a recuar mais cedo, embolsando lucros, mas se recuperou em meio às preocupações com o indicativo de clima seco no cinturão produtor norte-americano. O clima frio no Brasil, trazendo geadas e perdas à safrinha, também contribui com os ganhos.

     O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de milho. Segundo o USDA, até 27 de junho, 64% estavam entre boas e excelentes condições – o mercado esperava 66% -, 28% em situação regular e 8% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os números eram de 65%, 29% e 6%, respectivamente.

* Os investidores se preparam também, para os relatórios de área plantada e de estoques trimestrais de milho na posição 1 de junho, que serão divulgados amanhã pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

* O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulga amanhã (30), às 13h, seu relatório de área plantada e a expectativa do mercado é de que ela possa ocupar 93,818 milhões de acres na safra 2021/22, volume que fica acima dos 91,144 milhões de acres estimados em março. A área deve superar também os 90,819 milhões de acres cultivados na temporada 2020/21.

* O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulga amanhã (30), às 13h, o relatório de estoques trimestrais na posição 1 de junho e o mercado espera que eles sejam indicados em 4,204 bilhões de bushels, volume que fica abaixo dos US$ 5,003 bilhões de bushels indicados na posição 1 de junho de 2020. Na posição 1 de março de 2021, os estoques haviam sido indicados em 7,701 bilhões de bushels.

* Ontem (28), os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 5,56 3/4 por bushel, ganho de 26,50 centavos de dólar, ou 4,99%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra alta de 0,32% a R$ 4,944. O Dollar Index registra ganho de 0,27% a 92,13 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,92%. Tóquio, -0,81%.

* As principais bolsas na Europa registram índices em alta. Paris, +0,38%. Londres, +0,28%

* O petróleo opera em alta. Agosto do WTI em NY: US$ 73,05 o barril (+0,2%). 

AGENDA

– Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.

—–Quarta-feira (30/06)

– Japão: A leitura preliminar da produção industrial de maio será publicada na noite anterior pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria.

– Reino Unido: A leitura segundo do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2021 será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Alemanha: A taxa de desemprego de junho será publicada às 5h pela agência federal de emprego.

– Eurozona: A leitura preliminar do índice de preços ao consumidor de junho será publicada às 6h pela Eurostat.

– O IBGE divulga às 9h os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad contínua), que traz a taxa de desocupação referentes a maio.

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30min pelo Departamento de Energia (DoE).

– Estimativa de área plantada em 2021 nos EUA – USDA, 13hs.

– Estoques trimestrais de grãos dos EUA em 1 de junho – USDA, 13hs.

—–Quinta-feira (1/07)

– China: A bolsa de Hong Kong permanece fechada em função de um feriado.

– Eurozona:  A taxa de desemprego de maio será publicada às 6h pela Eurostat.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Balança comercial do Brasil de junho – Ministério da Economia, 15hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (2/07)

– Eurozona:  O índice de preços ao produtor de maio será publicado às 6h pela Eurostat.

– EUA: O resultado da balança comercial de maio será publicado às 9h30 pelo Departamento do Comércio.

– EUA: O número de empregos criados ou perdidos pela economia (payroll) e a taxa de desemprego referentes a junho serão publicados às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.

– Atualização da evolução das lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– O IBGE divulga às 9h os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Industrial referentes a maio.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Terça, 29 de Junho de 2021
Melhoramento Genético: IAC celebra 134 anos de atuação no melhoramento genético de plantas
Melhoramento Genético: IAC celebra 134 anos de atuação no melhoramento genético de plantas Fonte: AF News Agricola

O Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, com sede em Campinas (SP), completou 134 anos de atuação ininterrupta no último domingo (27), com contribuição determinante em por boa parte dos produtos alimentícios presentes no dia a dia do brasileiro. O Instituto é pioneiro na introdução e melhoramento genético da maioria das culturas agrícolas.

Para celebrar a data, o IAC apresentou diversas novas tecnologias para serem entregues aos setores de produção da agricultura nacional. Dentre as novidades estão duas cultivares de feijão carioca, duas de crotalária – as primeiras desenvolvidas no Brasil – e dois porta-enxertos de citros, além da certificação do Sistema de Mudas Pré-Brotadas (MPB) de cana-de-açúcar, desenvolvido pelo IAC.

Uma live comemorativa aberta à participação de todos os interessados foi realizada na segunda-feira (28), no https://www.youtube.com/user/agriculturasp. Durante a live, foi assinado um termo entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento e a Prefeitura Municipal de Campinas. O documento tem o objetivo de desenvolver um plano de trabalho para a instalação, no IAC, de um ambiente de inovação e apoio a startups.

O diretor-geral do IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell, informa em comunicado que a bagagem científica presente no IAC capacita suas equipes na elaboração de projetos de modo a criar bases para a sustentação da agricultura para as próximas décadas. “A tecnologia disponibilizada atualmente aos agricultores e indústrias foi desenvolvida há vinte anos; não se gera tecnologias agrícolas de um ano para outro porque dependemos, dentre outros fatores, do ciclo de vida das plantas”, comenta. Apesar do avanço trazido pela biotecnologia, por exemplo, que acelera processos antes mais lentos, ainda são necessários anos e até décadas, como no caso do café, da seringueira e mesmo da cana-de-açúcar, para se chegar à conclusão de experimentos.

Confira abaixo mais detalhes sobre as novas cultivares IAC:

Crotalária – As novas cultivares de crotalária são a IAC 201 CS, Crotalária spectabilis, e a IAC 201 CO, Crotalária ochroleuca, caracterizadas pelo alto teor de massa vegetal. Esses novos materiais poderão ser cultivados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. A crotalária é usada como adubo verde para enriquecer o solo e combater, de forma natural, a infestação por nematoides. Esse resultado é alcançado por meio da rotação de culturas, alternando-as com o plantio da crotalária. Essas cultivares são inéditas no mercado brasileiro, porque até então não havia nenhuma cultivar registrada para estas duas espécies. Os pesquisadores do IAC, Alisson Fernando Chiorato e Sérgio Augusto Morais Carbonell, trabalharam com materiais presentes no Banco de Germoplasma do Instituto, direcionando o estudo para obtenção da característica de maior massa vegetal, principalmente para uso da planta na cobertura do solo. “Fizemos seleções e diversos experimentos visando identificar duas cultivares de crotalária: uma da espécie C. spectabilis e a outra da espécie C. ochroleuca, que são espécies diferentes”, relata Chiorato. A motivação do IAC para essa pesquisa veio com uma determinação do Ministério da Agricultura, em 2017, que restringiu a multiplicação de cultivares comuns de crotalária, limitando a multiplicação a apenas uma geração, ou seja, apenas um tombo, como é chamado o processo de multiplicação de sementes. “Essas cultivares IAC vêm para mudar esse mercado. Até então, não tinham cultivares específicas, o que havia eram registros da espécie, as chamadas cultivares comuns”, afirma Carbonell. A IAC 201 CS e a IAC 201 CO estão em fase de multiplicação por empresas já licenciadas, no Estado de Mato Grosso.

Novos feijões tipo carioca – O feijão do tipo comercial carioca, que engloba 79% do mercado de feijão no Brasil, foi desenvolvido pelo Instituto Agronômico na década de 1960. Atualmente está na 51ª cultivar. Essa continuidade no melhoramento genético do feijoeiro contribui de forma preponderante para o alto nível tecnológico da cultura. A cultivar de feijão IAC 1849 Polaco foi desenvolvida para atender às demandas da cadeia de produção do feijão e oferecer um produto de alta qualidade, com tolerância ao escurecimento do grão e baixo tempo de cozimento, além de ciclo precoce na lavoura. Essas aracterísticas são as mais desejadas nesse segmento e agregam valor ao produto final. “A tolerância ao escurecimento está relacionada às preferências de mercado por feijões cariocas com grãos mais claros, que são relacionados com feijões de fácil cozimento, muito embora isso não esteja cientificamente comprovado”, explica Chiorato. A IAC 1849 Polaco tem grãos creme com listras de coloração marrom claro. A precocidade da cultivar IAC 1849 Polaco tem impacto na produção e na produtividade da lavoura. A produtividade média é de 2464 quilos, por hectare, e pode atingir até 4.500 quilos, por hectare. Além desses benefícios, o ciclo mais curto reduz custos no manejo das plantas. “Por exemplo, tem-se a redução de defensivos agrícolas porque a planta fica menos tempo exposta aos estresses bióticos. O mesmo ganho ocorre para fatores abióticos: cultivares precoces de feijoeiro utilizam menos irrigações e energia até finalizar seu ciclo de 75 dias, quando comparado a uma cultivar de ciclo normal de 90 dias”, detalha Carbonell. Ainda no aspecto agronômico, a IAC 1849 Polaco é estável em produção de grãos e tolerante às principais doenças do feijoeiro, o que possibilita um manejo integrado com os diversos sistemas de produção de grãos. Sob condições naturais de cultivo, a IAC 1849 Polaco é resistente à antracnose e moderadamente resistente à mancha angular, à murcha de fusarium, ao crestamento bacteriano e à murcha de Curtobacterium. É recomendada para o cultivo na época das águas, da seca e de inverno no estado de São Paulo, nas safras das águas e seca nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Segundo os pesquisadores Chiorato e Carbonell, obter cultivares que reúnam os atributos de alta produtividade e qualidade do grão no campo e na pós-colheita são a meta dos programas de melhoramento do feijoeiro. A IAC 2051 foi desenvolvida com o objetivo de atender às exigências do consumidor, que busca por grãos claros e de rápido cozimento, com qualidade de caldo e sabor. A IAC 2051 cozinha em cerca de 30 minutos e seu teor de proteína é de 20%. Para a cadeia de produção, a mais recente cultivar de feijão carioca do IAC oferece elevado potencial produtivo, tolerância ao escurecimento dos grãos, tolerância para o patógeno da antracnose e para os patógenos da murcha de fusarium e crestamento bacteriano. Com ciclo médio de 90 dias, nos experimentos em Mococa, em cultivo na seca de 2019, a cultivar IAC 2051 apresentou a maior produtividade de grãos, chegando a 4.250 quilos, por hectare. “Essa produtividade vai depender da época de semeadura, região de cultivo e nível tecnológico do agricultor, referente à adubação, controle de doenças e ervas daninhas e suprimento de água”, orienta Carbonell. De acordo com os pesquisadores, para os agricultores se interessarem por uma nova cultivar de feijão, ela deve atender às exigências do mercado, como produtividade de grãos, resistência ou tolerância aos principais fatores bióticos e abióticos, que podem interferir no desenvolvimento vegetativo e qualidade de pós-colheita dos grãos. No critério pós-colheita, a característica apreciada é a tolerância ao escurecimento dos grãos durante o armazenamento, uma vez que os consumidores associam grãos escuros com a dificuldade de cozimento. “A cultivar IAC 2051 é recomendada para o cultivo na época das “águas”, da “seca” e de “inverno” no estado de São Paulo, sendo recomendada também para a época das “águas” e da “seca” nos estados de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul”, diz Chiorato.

Dois novos porta-enxertos para citricultura – O Instituto Agronômico atua para oferecer aos citricultores novas opções de combinações de variedades copa e porta-enxertos que atendam à demanda do mercado por frutos de mesa, para Suco de Laranja Concentrado Congelado (FCOJ) e Suco de Laranja Não Concentrado (NFC), além de apresentarem tolerância às principais doenças que afetam a cultura. Com esse objetivo, o IAC disponibiliza dois novos porta-enxertos de citros: a parte da planta que fica sob o solo e que sustenta a copa. Os novos porta-enxertos, o IAC 3128 e o IAC 3026, induzem a planta à produção de boa qualidade de fruta. “Os dois porta-enxertos são importantes porque são diferentes um do outro, um é mais vigoroso, que é o IAC 3128, apesar de ser semi-ananicante, o outro é menos vigoroso e induz a variedade-copa ao tamanho menor que dois metros”, explica a pesquisadora do IAC, Mariângela Cristofani Yaly. O benefício proporcionado pelo porte ananicante é a viabilização de um espaçamento menor entre as plantas e, consequentemente, a instalação de um maior número árvores, por hectare, e maior produção por unidade de área. É o chamado plantio adensado, estratégia adotada pelo setor a partir do surgimento e expansão do Huanglongbing (HLB ou Greening), uma das doenças mais severas dos citros que causa perdas econômicas substanciais. “Para o cultivo adensado, é necessário que sejam utilizados porta-enxertos que induzam um porte menor à cultivar copa”, explica a pesquisadora. Além da maior eficiência produtiva, a planta de menor porte facilita a colheita, a inspeção, a pulverização e a erradicação de plantas no controle do HLB, atendendo aos anseios da maioria dos citricultores no controle de pragas, doenças e seus vetores. O porta-enxertos IAC 3128 induz a variedade de copa a ter o porte semi-ananicante e boa qualidade de fruta. Suas principais características agronômicas são a tolerância à seca, compatibilidade com laranja Pera e indução à elevada produtividade da variedade copa. O IAC 3128 se destacou em Barretos com a produção de 4.000 caixas, por hectare”, diz Mariângela. O porta-enxertos IAC 3026 se destaca por induzir o porte ananicante à variedade de copa e gerar boa qualidade de fruta. Ele pode ser recomendado para plantios mais adensados, entretanto não apresenta tolerância à seca. A pesquisadora explica que os porta-enxertos que induziram porte da variedade copa menor que 2 metros foram considerados ananicantes. Os que induziram porte da variedade copa até 3 ou 3,5 m de altura foram considerados semiananicantes. “Vale destacar que na região norte do estado de São Paulo, devido às altas temperaturas, radiação solar e, por ser um experimento irrigado, as plantas ananicantes tiveram um desenvolvimento vegetativo superior às plantas do experimento realizado na região Central do estado de São Paulo, entretanto a produtividade acumulada foi 13% menor que na região Central”, comenta. Os dois porta-enxertos novos já têm registro junto ao MAPA. Durante as pesquisas, foram feitos testes em duas regiões muito importantes para a citricultura paulista: Gavião Peixoto, na região central paulista, e Barretos, no norte do estado. “Notamos que diferentes condições de solo e clima, principalmente as maiores médias de temperatura máxima apresentada na região de Barretos, influenciaram o comportamento dos porta-enxertos quanto à fixação de frutos”, completa a cientista. Na pesquisa, a equipe concluiu também que os porta-enxertos influenciam no tempo de armazenamento dos frutos, que podem perder massa ao longo do período em que ficam na gôndola do mercado e na casa do consumidor. “Atualmente, a maior parte das plantas cítricas do Brasil está enxertada sobre os porta-enxertos limão Cravo e citrumelo Swingle, o que pode colocar em risco a citricultura brasileira em função da baixa diversidade genética. Por isso é tão importante a ciência gerar essas opções ao setor citrícola e o IAC está disponibilizando essas duas novas alternativas, possibilitando a formação de plantas longevas e conferindo à copa produção e qualidade de fruto e suco”, complementa Mariângela.

Sistema de Mudas Pré-Brotadas de cana (MPB-IAC) – O sistema de Mudas Pré-Brotadas (MPB) de cana-de-açúcar está em fase de certificação. O processo está sendo feito pela Certificadora SGS, líder mundial em inspeção, verificação, testes e certificação. De acordo com a SGS, “a certificação socioambiental no setor agrícola visa adequar processos, cadeias de valor e produtos às normas reconhecidas internacionalmente.” A empresa Terragrata Consultoria em Responsabilidade Socioambiental está intermediando os trâmites, que devem ser concluídos em dezembro próximo. “Com essa certificação, o IAC demonstra às partes interessadas que o Instituto está disposto a mostrar para um avaliador independente suas ações de sustentabilidade e o atendimento a determinados padrões. Isso traz segurança para todos os interessados”, comenta Iza Barbosa, fundadora da Terragrata. Para o pesquisador do IAC responsável pela tecnologia, Mauro Alexandre Xavier, a certificação insere o sistema MPB em novo nível de qualificação, que se estende às atividades dos viveiristas que adotam a produção integrada do método desenvolvido pelo IAC. “Estaremos qualificados dentro dos processos das boas práticas em relação à sustentabilidade ambiental e social, além da própria governância da tecnologia; é um passo que agrega valor a esse pacote tecnológico já adotado em diversas regiões do Brasil”, diz Xavier. As certificações tornam as instituições e empresas preparadas para os novos padrões de consumo. Elas são meios para garantir a qualidade de produtos, serviços e processos, inseridos em uma cadeia de valor comprovadamente comprometida com regras relacionadas ao ambiente e à sociedade. “A certificação reforça a qualidade do sistema desenvolvido pelo IAC e do produto MPB perante o setor sucroenergético”, diz Xavier.

Inovação e apoio a startups – A ação entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento e a Prefeitura de Campinas, prevista no termo a ser assinado na segunda-feira (28), visa ao desenvolvimento conjunto de projetos de melhoramento genético e fortalecimento do ecossistema de inovação em Campinas e Região, tendo por base a sede do Instituto Agronômico. Espera-se promover a competitividade das empresas em alto nível estratégico, envolvendo o estímulo à pesquisa, ao desenvolvimento tecnológico e ao surgimento de novos negócios para o agronegócio. As atividades devem também impulsionar a inovação e o empreendedorismo sustentáveis em Campinas, aproximando os ecossistemas do conhecimento compostos por instituições de ciência e tecnologia, universidades e empresas da região. O protocolo a ser assinado não envolve a transferência de recursos financeiros ou materiais entre as partes. O documento será publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo e a partir da publicação terá início sua vigência, que se estende pelo prazo de 24 meses, podendo ser prorrogado até o limite de 60 meses.

Fonte: AF News Agrícola – Isto É Dinheiro

Terça, 29 de Junho de 2021
Governo edita MP que permite ações emergenciais contra apagão elétrico
Governo edita MP que permite ações emergenciais contra apagão elétrico Fonte: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta segunda-feira (28) uma medida provisória (MP) que institui a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética, que será responsável por adotar medidas emergenciais e para garantir a continuidade e a segurança do suprimento de energia elétrica no país. 

O colegiado, com duração prevista até 30 de dezembro, será composto por representantes de seis ministérios: Minas e Energia (que o presidirá), Economia, Infraestrutura, Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. Entre as atribuições do grupo está a definição de diretrizes obrigatórias para estabelecer limites de uso, armazenamento e vazão das usinas hidrelétricas e outras medidas mitigadoras do baixo volume dos reservatórios. 

A câmara também terá poderes para estabelecer prazos para o atendimento das diretrizes e para o encaminhamento de informações e subsídios técnicos por parte de órgãos públicos, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e dos concessionários de geração de energia elétrica.

Em maio, o Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) emitiu um alerta conjunto de emergência hídrica para a área da Bacia do Paraná, que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. O alerta previa chuvas abaixo da média entre junho e setembro na região. Foi a primeira vez que o órgão emitiu um alerta desta natureza.  

De setembro a maio, segundo a pasta, a afluência, que corresponde à vazão de água que chega às hidrelétricas, registrou o pior índice do histórico desde 1931 para o Sistema Interligado Nacional (SIN).

"Essa situação indica a necessidade de grande articulação entre todos os órgãos e entidades responsáveis pelas atividades dependentes dos recursos hídricos – entre as quais se destacam a gestão dos usos múltiplos da água, a geração de energia, o meio ambiente, a agricultura e os transportes. Essa articulação visa à adoção de medidas excepcionais para preservar a segurança e continuidade do fornecimento de energia elétrica, especialmente durante o segundo semestre de 2021, com a adequada compatibilização entre as políticas energética, de recursos hídricos e ambiental", diz a pasta, em nota.

Durante sua vigência, a câmara também deverá homologar as deliberações do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), composto por diversos órgãos e entidades públicas. Após a homologação, essas decisões passam a ter caráter obrigatório. 

A MP também possibilita a contratação de reserva de capacidade, excepcionalmente por meio de processos competitivos simplificados a serem disciplinados pela pasta de Minas e Energia.

Em um pronunciamento na noite de hoje, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou que o governo está finalizando um programa voluntário para incentivar a redução do consumo de energia por indústrias.

Fonte: Agência Brasil – Pedro Rafael Vilela

Imagem: Marcello Casal Jr.