Notícias

Terça, 13 de Julho de 2021
Chicago sobe com possível clima seco sobre o milho nos EUA e alta do petróleo
Chicago sobe com possível clima seco sobre o milho nos EUA e alta do petróleo Fonte: Safras & Mercado

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços significativamente mais altos. O mercado foi sustentado, segundo a Reuters, pela possibilidade de retorno do clima seco e quente nos Estados Unidos. A boa alta do petróleo também atuou como fator de suporte.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de milho. Segundo o USDA, até 11 de julho, 65% estavam entre boas e excelentes condições – o mercado esperava 65% -, 27% em situação regular e 8% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os números eram de 64%, 27% e 9%, respectivamente.

Os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 5,51 1/4 por bushel, ganho de 6,00 centavos de dólar, ou 1,1%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro de 2021 fechou a sessão a US$ 5,40 3/4 por bushel, recuo de 7,75 centavos de dólar, ou 1,45%, em relação ao fechamento anterior.

Fonte: Safras & Mercado - Gabriel Nascimento

Terça, 13 de Julho de 2021
Valor do frete desacelera
Valor do frete desacelera Fonte: Agrolink

Valor do frete desacelera

O Boletim Logístico, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta que, em maio, o mercado de fretes registrou desaquecimento, mantendo tendência de queda já registrada no mês de abril. A queda no mês anterior teve motivação pelo período de entressafra em abril, no que se refere à colheita e logística.

A desaceleração no mercado de fretes e no volume de embarques aconteceu com a diminuição no fluxo da soja, em algumas localidades, onde os contratos já foram cumpridos e os agentes esperam a colheita da safra de milho no Mato Grosso. De modo geral, existe um fluxo relevante e contínuo para as rotas com origem no Mato Grosso, o que mantém os preços mais elevados que o mesmo de período de maio do ano passado.

Rotas com origem em Rio Verde/GO, tiveram variação negativa mais significativa do que as rotas do Mato Grosso. Isto deve-se ao fato do volume de movimentação de soja pelo Estado de Goiás ser menor que o do Mato Grosso e, portanto, a diminuição da demanda para transporte da oleaginosa foi mais rápida. A expectativa é de que somente em julho, as cotações dos fretes tendem a aumentar, em função da colheita do milho 2ª safra. De Rio Verde para o porto de Paranaguá (PR) a queda foi de 19%, passando de R$ 225,00 a tonelada para R$ 182,00 e para Santos recuo de 2%, de R$ 212,00 a tonelada para R$ 208,00.

O volume de soja exportada, de janeiro a maio de 2021 (46,5 milhões de toneladas), foi quase o mesmo valor do embarcado em 2020 (46,05 milhões de toneladas). Contudo, a participação percentual dos portos do Arco Norte tiveram um incremento de 2,3%, sendo, o complexo, o segundo caminho de maior importância no Brasil para exportação da oleaginosa, tomando espaço, sobretudo, dos portos do Sul do país.

Em termos absolutos, os portos do Arco Norte movimentaram cerca de 15,1 milhões de toneladas de soja em 2021 contra 13,9 milhões em 2020. Santos, ainda configura como a principal rota de exportação de soja com 15,9 milhões de toneladas embarcadas de janeiro a maio de 2021.

O Mato Grosso, principal produtor e exportador de soja do país, movimento cerca de 8,7 milhões de toneladas para o Arco Norte contra 6,7 milhões de toneladas para Santos, evidenciando cada vez mais a importância das rotas que direcionam a movimentação de cargas para estes portos na dinâmica de produção e comercialização de grãos do principal estado produtor do país.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem: Sheila Flores

Terça, 13 de Julho de 2021
Melhoramento Genético
Melhoramento Genético Fonte: AF News Agricola

O estudo contribuiu para que o Brasil conseguisse produzir mais e melhora ao longo dos anos, através do melhoramento genético de plantas e animais; sistemas de produção eficientes e sustentáveis; e de controle de pragas e doenças. 

A pesquisa ajudou também a reduzir o preço da cesta básica, a melhora a produção no semiárido brasileiro e a diminuir o impacto ambiental. Conheça cinco histórias:

Uva o ano todo: Já imaginou encontrar uva somente uma vez por ano? Parece difícil pensar, mas esta já foi uma realidade do Brasil até os anos de 1980. Mas o melhoramento genético conseguiu desenvolver novas variedades de uva que se adaptaram, diversificando os período de colheita e expandindo a produção.
Castanha segura para consumo humano: O alimentado conhecido popularmente como castanha-do-pará já representou risco à saúde por conter elevados níveis de aflatoxina, uma substância altamente tóxica e que pode provocar câncer. Pesquisas da Embrapa feitas a partir dos anos 2000 conseguiram desenvolver práticas de controle higiênico e sanitário que tornaram o alimento mais seguro para o consumo humano.
Redução do custo da cesta básica: De 1975 a 2020, o custo da cesta básica na cidade de São Paulo, por exemplo, teve uma queda de 40,7%.

Como as pesquisas contribuíram para esta redução?

- Desenvolvendo variedades mais produtivas e resistentes a pragas e doenças

- Melhores sistemas de adubação

- Técnicas de manejo sanitário

- Mecanização das lavouras

Produzir e viver melhora no semiárido: Tecnologias de captação e armazenamento de água conseguem garantir que as produções agrícola e pecuária possam ocorrer mesmo em período de estiagem.
Integração Lavoura-Pecuária-Flores: O modelo tem conseguido aumentar a produtividade das lavouras gerando benefícios ao meio ambiente por integrar, em um mesmo espaço, diversos tipos de culturas agrícolas e criações de animais. O modelo chegou a ser incluído no Acordo de Paris, porque a integração de diferentes culturas em um mesmo espaço reduz, por exemplo, o desmatamento de novas áreas para produzir.

Fonte: AF News Agrícola - Giulia Zenidin

Segunda, 12 de Julho de 2021
Defensivos Agrícolas: preço dos insumos em alta dificulta produção agrícola
Defensivos Agrícolas: preço dos insumos em alta dificulta produção agrícola Fonte: AF News Agricola

Conjunto de fatores, como alta do dólar, falta de matéria-prima e menor oferta, contribui para elevação além da média.

Diversos fatores forçaram um aumento nos preços dos insumos agrícolas. A valorização do dólar em relação ao real, o custo de matérias-primas para a produção e os gastos com transporte são os motivos para que o agricultor tenha que desembolsar cada vez mais para produzir. A pandemia influenciou diretamente a dinâmica do mercado internacional. Faltam navios e contêineres para envio de produtos da China para o Brasil. O frete marítimo está três vezes mais caro.

O agricultor Júlio Francisco de Mello, de 63 anos, morador de Arroio do Couto, interior de Santa Cruz do Sul, ficou espantado com o preço dos insumos quando foi até uma agropecuária no início da semana para adquirir os produtos. “É um absurdo. O preço que eu pago hoje é o dobro do que paguei no ano passado. Está cada vez mais difícil para produzir”, lamenta. A situação dele se assemelha com a enfrentada por praticamente todos que vivem da agricultura.

Conforme o gerente administrativo de Compras da Afubra, João Paulo Porcher, a safra agrícola de verão foi atípica. O preço da soja mais que dobrou. Outras commodities também estão em alta, como milho e arroz. O aumento significativo implicou a elevação dos insumos. “Aumentou a área plantada dessas culturas, assim como a do trigo agora no inverno. O dólar segue elevado em relação ao real. Esses fatores acompanham o reajuste nos insumos. Com a pandemia, as indústrias tiveram reduções de pessoal e falta de matéria-prima, na maioria dos casos, importada”, esclarece.

Com uma parcela maior da população em casa, o consumo alimentício aumentou acima do que estava sendo ofertado. No caso dos fertilizantes, por exemplo, o custo cresceu muito, mas os produtores decidiram investir nas lavouras pela demanda aquecida. “Nessa conjuntura, o preço de produção cresceu, mas ao mesmo tempo, as commodities seguem em alta. Por isso, o impacto foi muito grande para os consumidores”, aponta.

No ano passado, o saco de ureia estava em R$ 65,00, no máximo. Neste ano, não baixa de R$ 140,00. Apesar disso, ainda há dificuldade de abastecimento. O tabaco, por exemplo, terá um custo muito alto de produção pela elevação dos fertilizantes.

No caso dos defensivos agrícolas, alguns herbicidas foram proibidos no Brasil. Com isso, a demanda aumentou e há dificuldade de compra de glifosato por varejistas, por exemplo.

“As fábricas da China reduziram a produção e isso provocou uma dificuldade de abastecimento pela escassez de matéria-prima. É a lei da oferta e da procura. Os preços mais que dobraram em geral. O produtor tem razão nas queixas. Os aumentos são frequentes”, analisa Porcher. No caso de fungicidas e inseticidas, o aumento foi alavancado pelo dólar desfavorável para importação. Os implementos e maquinários agrícolas também estão inflacionados pelo alto custo do aço.

Comparativo que assusta

Para o extensionista da Emater/RS-Ascar de Santa Cruz do Sul, Vilson Pitton, o comparativo de preços deste ano com os do ano passado assusta, principalmente dos fertilizantes. “Os produtores estão receosos pelo aumento do custo”, disse. Pitton aponta que a geada recente prejudicou o milho safrinha. “A tendência é que a gente tenha uma manutenção de preços para as exportações. No mercado interno, vamos ter uma quebra pela perda no milho safrinha”, informa.

Na visão do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares, Renato Goerck, é necessário levar em consideração alguns fatores. Se o produtor vendeu o tabaco mais cedo, a barganha foi menor. Em consequência, o adubo subiu até 40% em relação ao ano passado. Com isso, a diferença foi muito grande. No caso do milho, da soja e do arroz, a proporção é a mesma. “O adubo aumentou, mas os produtos aumentaram também. Se custava R$ 70,00 por saco, agora está R$ 120,00 ou mais. É um impacto significativo”, comenta.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Santa Cruz, Marco Antônio dos Santos, a tendência é de alta dos insumos, por estarem condicionados ao câmbio. “Toda vez que o custo de produção se eleva, os agricultores precisam produzir mais com qualidade, ou acabam tendo redução de lucro.”

Fonte: AF News Agrícola

Segunda, 12 de Julho de 2021
Soja tem leves altas à espera do novo USDA nesta 2ª feira e de olho no clima dos EUA
Soja tem leves altas à espera do novo USDA nesta 2ª feira e de olho no clima dos EUA Fonte: Noticias Agrícolas

A segunda-feira (12) começa com leves altas sendo registradas pelos preços da soja na Bolsa de Chicago em dia de novo boletim mensal do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Perto de 7h50 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 1,50 e 5,50 pontos nos vencimentos mais negociados, com o julho cotado a US$ 14,08 e o novembro a US$ 13,31 por bushel. 

O mercado se posiciona e mantém sua cautela antes da divulgação dos novos números, às 13h (Brasília), embora os analistas e consultores de mercado, a depender das expectativas, acreditam que o reporte não deva trazer grandes mudanças. 

Do mesmo modo, permanece o foco dos traders sobre o clima nos EUA. O final de semana foi de boas chuvas, segundo informa o Grupo Labhoro, e os mapas sinalizam a condição melhor esperada para o Corn Belt nos próximos dias. A exceção ainda se dá para os estados mais a oeste dos Estados Unidos. 

"Boas chuvas durante todo o final de semana em todo o país, com exceção para as  Dakotas, Nebraska e Minnesota", relata o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. "O clima seco de acordo, com as previsões, persiste para o lado oeste do corredor pelos próximos 10 dias, com chuvas abaixo do normal e temperaturas acima, o que significa que as áreas áridas ainda irão sofrer por mais um período, e isso deverá  repercutir na produtividade da safra americana, que já tem estoques muito apertados para administrar", completa.

Fonte: Noticias Agrícolas

Segunda, 12 de Julho de 2021
Produção de trigo vai avançar 36% no país
Produção de trigo vai avançar 36% no país Fonte: Agrolink

A safra de trigo vai avançar 36% neste ciclo no país. A projeção é feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em seu 10º Levantamento da Safra de Grãos.  Segundo a previsão a safra passou de passou de 6.942,1 milhões de toneladas para 8.480,2 milhões de toneladas. A área destinada ao cereal deve avançar 12,3% e somar 2.629,6 milhões de hectares. Aliado a isso a produtividade deve subir 21,1% e ficar em uma média de 3.225 kg/ha.

A semeadura segue avançando, especialmente na Região Sul, que é a de maior destaque em termos de destinação de área e em produção do cereal. Em outros estados de outras regiões, como Goiás, Minas Gerais e São Paulo, as operações de plantio já estão concluídas, e agora observa-se o desenvolvimento da cultura. 

De modo geral, as condições climáticas estão oscilantes, principalmente no que se refere às precipitações, porém houve uma incidência maior das precipitações no último mês, garantindo umidade adequada nos solos, viabilizando a germinação, emergência e desenvolvimento inicial das lavouras. 

Destaque para o Sul

O local de grande destaque para as culturas de inverno no país, em especial à de trigo, é a Região Sul. Nesta safra 2021, só para a triticultura, a perspectiva é que sejam destinados mais de 2,3 milhões de hectares na região, representando mais de 90% da área total prevista para todo o país. O Paraná encabeça esse destaque, com expectativa de destinação de 1.183,3 mil hectares para semeadura de trigo, aumento de 5,9% na área cultivada em comparação à temporada anterior. 

No Rio Grande do Sul, a semeadura avançou e chegou a 75% dos 1.096,7 mil hectares estimados para plantio de trigo neste ciclo. A umidade do solo adequada e a sequência de dias secos facilitaram a entrada das máquinas, e os produtores conseguiram aproveitar o clima estável. A grande valorização do produto, puxada pela escassez mundial de grãos, trigo e milho, verificada no último ano, eleva a estimativa da área deste cereal no estado, aumentando quase 17,9% em comparação à área plantada na safra passada, saindo de 930,2 mil hectares em 2020 para previsão de 1.096,7 mil hectares em 2021.

Em Santa Catarina houve avanço significativo na semeadura do trigo, influenciado, principalmente, pelas condições climáticas mais favoráveis. Nesse cenário benéfico, a perspectiva é que mais de 50% dos 88,3 mil hectares previstos para o plantio da cultura tenham sido efetivamente semeados até o final de junho. Tal número indica incremento de 44,5% na área plantada em comparação a 2020, e isso está muito atrelado aos bons preços pagos pelo cereal neste ano, além de políticas publicas de incentivo ao cultivo do trigo no estado. 

Sudeste

Na Região Sudeste, Minas Gerais e São Paulo são tradicionais triticultores e continuarão a destinar uma importante porção de área para o plantio do cereal. No estado mineiro houve redução na previsão inicial para área destinada à triticultura nesta safra. A informação atual é de diminuição nas áreas de trigo, especialmente aquelas de manejo irrigado, totalizando assim um plantio de 75,9 mil hectares, representando decréscimo de 11,8% em comparação ao valor direcionado na temporada passada. Nesse cenário, as primeiras perspectivas de produção apontam para um volume total na ordem de 191,3 mil toneladas, indicando diminuição em relação as 227 mil toneladas colhidas em 2020. 

Em São Paulo, o plantio do trigo está finalizado, com as lavouras estabelecidas em fases de germinação e desenvolvimento vegetativo. São cerca de 86 mil hectares destinados à triticultura paulista nesta temporada, com maior destaque para o cultivo nas regiões de Itapetininga, Itapeva e Avaré, tradicionais produtoras de trigo no estado. A condição apresentada, até o momento, é considerada boa, dispondo de certa umidade no solo e com registros de temperaturas médias mais amenas. A produção deve ficar estável, com 274 mil toneladas.

Centro-Oeste em alta

Na Região Centro-Oeste houve aumento importante na área destinada à triticultura em comparação à safra passada. Todos as Unidades da Federação produtoras (Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal) apresentaram incremento de área, perfazendo um total de 161,9 mil hectares semeados por toda a região. 

Em Goiás, a safra está avançando, inclusive com início de colheita em algumas lavouras de plantio mais precoce e que são manejadas em condição de sequeiro. Ao todo, foram destinados cerca de 55 mil hectares à triticultura goiana nesta temporada, com áreas manejadas tanto em sequeiro quanto com irrigação complementar. Atualmente, a perspectiva para o rendimento médio da cultura aponta para redução em comparação à temporada anterior, especialmente pelas questões climáticas (irregularidade das chuvas e baixo acumulado hídrico nos solos, principalmente para as lavouras de sequeiro). Contudo, o incremento importante de área plantada deve garantir uma boa produção no estado (estimada em 142,2 mil toneladas). 

No Distrito Federal é observado avanço na área destinada para a cultura, saindo de 2,6 mil hectares para 2,8 mil hectares ou alta de 7,7%. A produção deve somar  10,8 mil toneladas, uma queda de quase 2% explicada pela baixa na produtividade. 

Nordeste de olho

Na Região Nordeste, o plantio de trigo está concentrado na Bahia, com destinação de 6 mil hectares nesta safra, sendo toda a área manejada com irrigação. Vale ressaltar que a área semeada dobrou em relação ao ano passado, estimulada, principalmente, pela construção de um moinho de trigo na região de Luís Eduardo Magalhães. O estado baiano deve manter a maior produtividade do país, com 5.400 kg/ha, mesmo com uma queda de 5% em relação à safra anterior.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Segunda, 12 de Julho de 2021
Milho: indicador do Cepea sobe 4,5% no acumulado da semana; veja as notícias desta segunda
Milho: indicador do Cepea sobe 4,5% no acumulado da semana; veja as notícias desta segunda Fonte: Canal Rural

No acumulado do ano, o indicador valorizou 22,33%. Em 12 meses, os preços alcançaram 91,23% de alta

Boi: arroba fica estável após leve baixa
Milho: saca sobe 4,5% na semana no indicador do Cepea
Soja: cotação recua em Paranaguá (PR)
Café: preços ficam estáveis Brasil, apesar de queda em Nova York
No exterior: mercados globais se recuperam
No Brasil: ações brasileiras sobem no exterior em dia de bolsa fechada com feriado

Agenda:

Brasil: relatório focus (Banco Central)
Brasil: balança comercial das duas primeiras semanas de julho
EUA: inspeções de exportação semanal (USDA)

Boi: arroba fica estável após leve baixa

Um dia após apresentar leve baixa no mercado brasileiro, a arroba do boi gordo encerrou a semana com cotações estáveis, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Em São Paulo, a arroba ficou em R$ 318, na modalidade a prazo. O mercado aguarda sinais da demanda, sobretudo da China, para as próximas movimentações.

Segundo o analista Fernando Iglesias, a semana se encerrou com bastante lentidão em virtude da ausência dos frigoríficos nas compras. Ainda de acordo com ele, as escalas de abate seguem avançando e isso resulta em queda das indicações de preços, sobretudo no Centro Sul. A exceção fica por conta do Rio Grande do Sul que ainda observa cenário de oferta restrita

Milho: saca sobe 4,5% na semana no indicador do Cepea

O indicador do milho do Cepea teve uma alta acumulada de 4,5% na semana, ainda reagindo às perdas de produção da safrinha em decorrência das geadas. A cotação variou 0,29% em relação ao dia anterior e passou de R$ 95,93 para R$ 96,21 por saca. Assim sendo, no acumulado do ano, o indicador valorizou 22,33%. Em 12 meses, os preços alcançaram 91,23% de alta.

Por outro lado, em Chicago, os contratos futuros do milho chegaram ao quarto pregão consecutivo de baixa. O vencimento para dezembro recuou 1,26% e passou de US$ 5,236 para US$ 5,17 por bushel. Dessa forma, no acumulado da semana, o contrato para dezembro caiu 10,8%, de forma que o movimento foi causado pela previsão de chuvas em regiões produtoras nos Estados Unidos.

Soja: cotação recua em Paranaguá (PR)

O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve um dia de baixa dos preços. A cotação variou -0,78% em relação ao dia anterior e passou de R$ 166,31 para R$ 165,02 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 7,23%. Em 12 meses, os preços alcançaram 42,26% de alta.

Em Chicago, por outro lado, o pregão foi marcado por um dia de alta das cotações da soja. O vencimento para novembro subiu 0,74% e passou de US$ 13,194 para US$ 13,292 por bushel. O mercado operou com valorização se preparando para o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Café: preços ficam estáveis Brasil, apesar de queda em Nova York

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, apesar da queda em Nova York, os preços do café ficaram estáveis no Brasil. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou estável em R$ 830/835, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação ficou inalterado em R$ 835/840 por saca.

Como dito anteriormente, o café arábica negociado na bolsa de Nova York voltou a recuar após dois dias de alta. O vencimento para setembro caiu 0,49% e passou de US$ 1,5225 para US$ 1,515 por libra-peso. No acumulado da semana, o contrato teve uma baixa de 1,0%, mas conseguiu se sustentar acima de US$ 1,50 por libra-peso.

No exterior: mercados globais se recuperam

A semana terminou com recuperação dos mercados globais após a forte queda observada na última quinta-feira, 8, com apreensão em relação ao aumento de casos de Covid-19 em alguns países que têm vacinação avançada. Apesar disso, o tema segue no radar dos investidores, pois qualquer medida de restrição à circulação de pessoas pode impactar a velocidade da recuperação econômica.

Entre as bolsas norte-americanas, o Dow Jones avançou 1,30% e o S&P 500, 1,13%, de forma que este voltou a bater um novo recorde histórico. O Nasdaq, índice de ações de empresas de tecnologia, subiu 0,98%. No acumulado da semana, os três tiveram resultado positivo, sendo que o S&P 500 alcançou a sexta semana de alta entre as últimas sete.

No Brasil: ações brasileiras sobem no exterior em dia de bolsa fechada com feriado

Em virtude do feriado estadual em São Paulo, a bolsa brasileira esteve fechada. Com isso, a referência passou a ser os índices de ações de empresas brasileiras no exterior. Um dos principais índices subiu 1,5% na comparação diária e sinaliza para uma boa probabilidade de alta para hoje, segunda-feira, 12, para o Ibovespa.

A boa performance das empresas brasileiras nas bolsas do exterior foi influenciada pela recuperação dos mercados globais, após a forte queda do dia anterior. Nesta semana, o destaque da agenda macroeconômica é a divulgação do IBC-Br de maio pelo Banco Central. O indicador é calculado para trazer uma prévia da variação do PIB mensal, já que o IBGE calcula apenas de maneira trimestral.

Fonte: Canal Rural - Felipe Leon

Segunda, 12 de Julho de 2021
Custo de produção de leite tem alta de 16% neste ano
Custo de produção de leite tem alta de 16% neste ano Fonte: Agrolink

A Embrapa Gado de Leite divulgou o o Índice de Custos de Produção de Leite – ICPLeite, referente a junho. Segundo o boletim, no mês, houve avanço de 3,14% nos custos de produção de leite no país. A alta dos preços dos insumos utilizados para a produção de silagem resultou em um aumento de 7% no grupo Produção e compra de volumosos, que apresentou a maior variação entre os grupos que compõem o indicador. O preço do milho e da ração formulada tiveram grande contribuição para a variação da Alimentação concentrada, que foi de 3,85%, a segunda maior.

Em seguida, o grupo Sanidade apresentou alta de 1,35%, Qualidade do leite, 0,27% e Energia e combustível, 0,24%. Os grupos Mão de obra e Reprodução não sofreram alterações. E após dois meses consecutivos apresentando altas, o grupo Sal mineral foi o único a registrar variação negativa, -0,30%.

Já no ano o avanço é de 16%. As maiores variações foram encontradas nos grupos que se referem à alimentação e suplementação do rebanho. Em primeiro lugar, o grupo Produção e compra de volumosos acumulou 29,87%; em segundo, o grupo Sal mineral, 18,13%; e, em terceiro, o grupo Alimentação concentrada, acumulando 17,43%. O grupo Qualidade do leite também acumulou variação superior a duas casas decimais, registrando neste período, aumento de 10,33%.

Nos últimos doze meses o ICPLeite/Embrapa acumulou variação positiva de 39,46%. Neste período, as maiores variações também foram encontradas nos grupos de alimentação e suplementação animal. O grupo Alimentação concentrada acumulou 68,25% de alta e Produção e compra de volumosos, registrou inflação de 48,74%, ambos apresentando variação superior à do índice. A inflação acumulada do grupo Sal mineral foi de 21,57% e a de Energia e combustível foi 19,20%, reduzindo em relação ao período anterior. 

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Sexta, 09 de Julho de 2021
Brasil deve ser destaque mundial no uso de bioinsumos nos próximos anos
Brasil deve ser destaque mundial no uso de bioinsumos nos próximos anos Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Utilizar produtos biológicos para combater pragas e doenças que ameaçam as plantações é uma tendência na produção agrícola. O consumo de bioinsumos pelos produtores cresce em todo o mundo e o Brasil não ficou para trás. Enquanto o incremento mundial está na ordem de 15% ao ano, no Brasil as taxas são quase o dobro: 28%, movimentando mais de R$ 1 bilhão, segundo estimativa de pesquisa de mercado realizada pela empresa Spark Smarter Decisions.

É neste cenário que, em 2020, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) registrou 95 defensivos de baixo risco, entre produtos biológicos, microbianos, semioquímicos, bioquímicos, extratos vegetais, reguladores de crescimento. Em relação ao ano anterior, o aumento é de 121% no número de registros.

“O Brasil ainda não é protagonista no uso de bioinsumos no mundo, mas, com esse ritmo de crescimento em comparação ao mundo, a tendência é que alcancemos as primeiras posições num futuro próximo”, afirma o presidente do Conselho Estratégico do Programa Bioinsumos, Alessandro Cruvinel Fidelis. Segundo ele, se a expectativa de crescimento se confirmar, até a safra de 2022, metade da área planta de soja no país terá recebido, ao menos, uma aplicação de bioinsumos.

Para atender à crescente demanda por profissionais capacitados em boas práticas de produção de bioinsumos no país, o Mapa lançou, nesta quinta-feira (8), o primeiro curso sobre produção e controle de qualidade de bioinsumos. 

Criado há pouco mais de um ano, o Programa Bioinsumos, no entanto, caracteriza essa tecnologia para muito além dos produtos aplicados na lavoura. O termo bioinsumos define ainda os processos e tecnologias - de origem vegetal, animal ou microbiana -, destinados ao uso nos diversos sistemas de produção agrícolas, pecuários, aquícolas e florestais. Além de estar presente também no armazenamento e beneficiamento dos alimentos. 

Um exemplo é a utilização de cera de carnaúba em uma nanoemulsão para frutas e legumes, criando uma barreira contra perda de umidade, troca de gases e ação microbiana. O resultado é o aumento de cerca de 15 dias no tempo de prateleira dos produtos, evitando perdas e desperdícios de alimentos. A tecnologia foi desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 

Já na agropecuária, os bioinsumos podem ser encontrados em produtos veterinários como vacinas, medicamentos, antissépticos, fitoterápicos dentre outros destinados à prevenção, ao diagnóstico, à cura ou ao tratamento das doenças dos animais. 

Aumento da produtividade e redução de custos

O agricultor Adriano Cruvinel começou a usar bioinsumos na produção da fazenda da família, localizada no município de Montividiu (GO), a partir de 2017. Primeiro foi realizada a remineralização do solo com pó de rocha, depois a definição de quais talhões receberiam aplicação do adubo potássio forte numa primeira dose. A experiência deu certo e foi comprovada “a olho nu” no campo nas safras seguintes de milho e soja da fazenda.

Nos últimos quatro anos, Adriano não utilizou fungicida e, para próxima safra, o teste será a retirada dos inseticidas para o controle de lagartas, mosca branca, percevejo. 

“Os bioinsumos permitem atuar diretamente na causa do problema e não apenas como paliativo. Na natureza há uma sinergia entre a biologia e a química do solo para criar processos de ecossistemas saudáveis. Assim, não estamos inventando a roda, apenas aperfeiçoando técnicas a partir do que a natureza nos mostra”, defende.

 A produtividade média da fazenda cresceu 8,6% em relação aos anos anteriores. O custo da produção também teve redução, gerando, consequentemente, maior rentabilidade ao produtor. 

Adriano compara dados das safras de 2014/2015 com os da 2019/2020. No primeiro momento, das 53 sacas de soja produzidas por hectare, cerca de 47 delas foram consumidas pelos custos da produção. Já no segundo cenário, a produtividade cresceu para 66 sacas por hectare enquanto os custos caíram para 21,6 sacas. “A partir do segundo ano de inserção dos bioinsumos houve uma grande diferença do custo de produção, com redução a cada safra e com perspectiva de diminuição ainda de cerca de 20, 25%”, prevê o produtor. 

Adriano acredita que o uso de bioinsumos é um caminho sem volta. “Quando começamos, lá atrás, erámos seis produtores reunidos na associação. Hoje, acredito que, pelo menos, 50% ali de Montividiu já está produzindo bioinsumos ou comprando esse material de cooperativas da região ou de outras cidades de estados vizinhos”, disse ele ao avaliar o crescimento da tecnologia em seu município. 

Política de estado e incentivo 

O interesse e o número de ferramentas para implementar as boas práticas estão em constante aceleração. Isso demonstra credibilidade no Programa Nacional de Bioinsumos como estratégia do governo em institucionalizar a tecnologia e estimular o uso de bioinsumos. 

Tanto que o Plano Safra 2021/2022 fortaleceu linhas de crédito para Inovagro, abrangendo o financiamento para a construção de biofábricas. Assim, os produtores poderão financiar recursos para a aquisição e construção de instalações para a implantação ou ampliação de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes na propriedade rural, para uso próprio. 

O projeto nacional de bioinsumos do Mapa também já se desdobrou em incentivo à criação de programas estaduais. O primeiro deles, foi aprovado em Goiás, onde está localizada a fazenda do Adriano. Os estados de Mato Grosso e o Distrito Federal também começaram a desenvolver seus programas. 

Os dados e a replicação de iniciativas para a utilização de bioinsumos na produção nacional devem ser comemorados e traduzem um movimento de revolução na forma de se produzir os alimentos, enfatiza a ministra Tereza Cristina.  “Investir nos bioinsumos e pensar estrategicamente na agricultura de base biológica é a resposta que o nosso país dá ao mundo para continuar confirmando que nosso agro é sustentável e inovador”, pontua.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária - Lara Aliano

Sexta, 09 de Julho de 2021
Ritmo dos negócios com soja segue arrastado no Brasil
Ritmo dos negócios com soja segue arrastado no Brasil Fonte: Safras & Mercados

     A semana foi arrastada em termos de negócios no mercado brasileiro de soja. Os preços permaneceram firmes, acompanhando a volatilidade de Chicago e do dólar. E essas oscilações mantêm os produtores cautelosos.

     A comercialização da safra 2020/21 de soja do Brasil envolve 79,2% da produção projetada, conforme relatório de SAFRAS & Mercado, com dados recolhidos até 9 de julho. No relatório anterior, com dados de 4 de junho, o número era de 75,6%.

     Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 92,9% e a média de cinco anos para o período é de 78,2%. Levando-se em conta uma safra estimada em 137,19 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 108,59 milhões de toneladas.

     No período, a comercialização evoluiu pouco e, com isso, o total negociado da safra 20/21 ficou abaixo do percentual de igual período do ano passado. Mas seguem acima da média para o período, devido à elevação consistente dos preços.

     As vendas antecipadas da safra 2021/22 estão atrasadas na comparação com o ano passado, mas acima da média de cinco anos. Levando-se em conta uma safra hipotética mínima para a temporada – igual à do ano anterior -, SAFRAS estima uma comercialização antecipada de 21,5%, envolvendo 29,56 milhões de toneladas. Em junho, o número era de 19,2%

     Em igual período do ano passado, o número era de 39,8% e a média dos últimos cinco anos é de 17,6%. A primeira estimativa para a safra brasileira 2021/22 será divulgada no dia 16 de julho por SAFRAS & Mercado.

     Conab

     A produção brasileira de soja deverá totalizar 135,91 milhões de toneladas na temporada 2020/21, com aumento de 8,9% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 124,84 milhões de toneladas. A projeção faz parte do 10º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em junho, a Conab indicava produção de 135,86 milhões de toneladas.

     A Conab trabalha com uma área de 38,51 milhões de hectares, com elevação de 4,2% sobre o ano anterior, quando foram cultivados 36,95 milhões de hectares. Em junho, a previsão era de 38,51 milhões de hectares. A produtividade teve sua previsão elevada, entre uma temporada e outra, de 3.379 quilos para 3.529 quilos por hectare, com variação de 4,5%. No mês passado, o rendimento estava estimado em 3.528 quilos por hectare.

Fonte: Safras & Mercado - Dylan Della Pasqua