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Segunda, 28 de Junho de 2021
Banco do Brasil anuncia R$ 135 bilhões para a safra 2021/2022
Banco do Brasil anuncia R$ 135 bilhões para a safra 2021/2022 Fonte: Agrolink

O Banco do Brasil vai destinar R$ 135 bilhões para a safra 2021/2022. O valor é 17% superior ao volume aplicado na safra anterior. Para pequenos e médios produtores, o valor destinado é de R$ 34 bilhões. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (28) durante lançamento do Plano Safra da instituição, que contou com a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro.  

O Plano Safra 2021/2022 foi anunciado na semana passada pelo Governo Federal, com R$ 251,22 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional. O Tesouro Nacional destinou R$ 13 bilhões para a equalização de juros.   

O presidente Bolsonaro destacou que o agronegócio não parou durante a pandemia, pelo contrário, produziu mais ainda. “Isso pela abnegação, vontade e coragem do nosso homem do campo. O campo, ao não parar, cada vez mais garantiu não só a nossa segurança alimentar bem como alimentação para mais de 1 bilhão de pessoas no mundo”, disse.   

A ministra Tereza Cristina lembrou que o atual Plano Safra contemplou muito o pequeno produtor rural, mas também o médio e o grande, com destaque para investimentos que era o grande clamor de todos. Ela agradeceu o presidente Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes pelo esforço para a construção do Plano Safra 2021/2022 e ao presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, pela atuação do banco junto aos produtores brasileiros. 

“Fiz um desafio de chegarmos a 300 milhões de toneladas de grãos na próxima safra. Acho que com todos esses apoios e se São Pedro nos ajudar, poderemos ter esse desafio realizado”, disse a ministra. 

O presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, falou sobre o compromisso da instituição com o apoio ao agronegócio brasileiro. Segundo ele, os recursos serão destinados para ações de inovação e crédito assistido. “Essa é mais uma oportunidade de ratificamos nosso compromisso de sermos o maior parceiro do agro de todos os tempos. Nossas mais de 5 mil agências estão preparadas para atender os produtores rurais do país”, disse. 

Juros

O Banco vai operar com as taxas divulgadas no anúncio do Plano Safra do Ministério da Agricultura, ocorrido na última semana. Pequenos produtores rurais, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), contarão com juros de 3% e 4,5% ao ano.  

Para os médios produtores rurais vinculados ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), as taxas de juros praticadas com custeio e comercialização serão de até 5,5% ao ano. Para os grandes produtores, a taxa será de até 7,5% ao ano.  

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem: Nádia Borges

Segunda, 28 de Junho de 2021
Risco de geadas segue sustentando altas do milho na B3
Risco de geadas segue sustentando altas do milho na B3 Fonte: Noticias Agrícolas

A Bolsa Brasileira (B3) segue operando em campo positivo para os preços futuros do milho na segunda-feira (28). As principais cotações registravam movimentações altistas entre 4,56% e 5,24% por volta das 11h49 (horário de Brasília).

O vencimento julho/21 era cotado à R$ 86,94 com elevação de 4,56%, o setembro/21 valia R$ 88,41 com alta de 4,81%, o novembro/21 era negociado por R$ 89,66 com ganho de 4,87% e o janeiro/22 tinha valor de R$ 92,82 com valorização de 5,24%.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, esta semana pode ser de volatilidade para as cotações na B3. “Isto porque o mercado está de olho no relatório do USDA sobre a área plantada dos EUA na próxima quarta-feira. Além disto, a chegada de uma frente fria aumenta a atenção sobre geadas em algumas regiões do Paraná”.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também permanecem subindo na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta segunda-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 13,25 e 15,50 pontos por volta das 11h41 (horário de Brasília).

O vencimento julho/21 era cotado à US$ 6,52 com valorização de 15,50 pontos, o setembro/21 valia US$ 5,43 com alta de 13,25 pontos, o dezembro/21 era negociado por US$ 5,33 com elevação de 13,75 pontos e o março/22 tinha valor de US$ 5,40 com ganho de 13,75 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho subiram moderadamente, uma vez que os traders testaram algumas pechinchas de compra, depois que os preços caíram significativamente nas últimas sessões. Negociar em condições climáticas será comum nos próximos dias, antes que os traders voltem a se concentrar nos fundamentos de oferta e demanda, quando o USDA divulgar seus relatórios de grandes áreas e estoques de grãos na manhã de quarta-feira.

Fonte: Noticias Agrícolas - Guilherme Dorigatti Borges

Segunda, 28 de Junho de 2021
Agronegócio
Agronegócio Fonte: AF News Agricola

Um projeto de lei em discussão na Câmara determina que novas unidades de conservação só poderão ser criadas se houver recursos orçamentários para a indenização aos proprietários afetados.

Representantes dos produtores rurais defenderam a aprovação de projeto de lei em discussão na Câmara dos Deputados que prevê indenização para proprietários afetados com a criação de unidades de conservação (PL 2001/19). A possibilidade de pagamento antecipado de indenização a donos de propriedades privadas que virarem unidades de conservação foi debatida nesta sexta-feira (25) em audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

A proposta em análise na comissão determina que novas unidades de conservação de domínio público, quando incluírem propriedades privadas, só poderão ser criadas se houver recursos orçamentários para a indenização aos proprietários afetados, e dá prazo de cinco anos para o pagamento, desde a data da criação da unidade de conservação, sob pena de o ato perder validade.

O especialista em direito ambiental, Leonardo Papp defendeu durante a audiência pública que a instalação de uma unidade de conservação deve considerar os danos patrimoniais ao proprietário de terra. Ele considera inadequado afirmar que o direito à preservação ambiental se sobrepõe a outros direitos, como o de propriedade. "Para que a política ambiental faça sentido, o poder público deve priorizar, a sociedade deve priorizar a política ambiental, que, no caso das unidades de conservação, significa destinar também os recursos necessários à desapropriação”, defendeu.

Segundo Papp, são rotineiros atos do poder público que restringem o direito de propriedade antes de concluir a indenização nas unidades de conservação de domínio público. Ele apontou uma série de discussões na Justiça em que imóveis não desapropriados sofrem restrições na esfera administrativa e penal como se já tivessem virado unidade de conservação.  “É inegável que há efeitos imediatos com o mero ato de criação da unidade de conservação, ainda que não se tenha perspectiva pagamento da indenização que constitucionalmente é devido", ressaltou.

O coordenador de meio ambiente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Rodrigo Justus de Brito, afirma que o assunto tem preocupado os produtores e cobrou uma solução do Legislativo para o problema. Ele citou o exemplo do Parque Nacional do Itatiaia, em que proprietários de terra não foram indenizados. O parque foi criado na década de 30 e, em 2014, uma decisão judicial prejudicou os proprietários de terras inseridas nos limites ampliados da unidade de conservação. O pedido de indenização por danos materiais e morais por causa das restrições impostas pela criação do parque também foi julgado improcedente.

Segundo o coordenador de meio ambiente da CNA, apenas na teoria a criação de uma unidade de conservação não afeta o direito de propriedade das terras, pois há bloqueios à comercialização de produtos produzidos naquelas áreas. “Não sei se todos aqui sabem, mas a ferramenta que faz acontecer a atividade agropecuária é o crédito. A partir do momento em que há a criação de uma unidade de conservação, acaba qualquer possibilidade de o proprietário dar essa terra como garantia do financiamento bancário", destacou.

Documentação

A secretária-executiva da Rede Pró-Unidades de Conservação, Angela Kuczach, afirmou que o maior problema para as indenizações não é a falta de recursos, nem o procedimento de pagamento, mas a documentação solicitada. “A aferição da cadeia dominial dos imóveis privados a serem desapropriados é muito difícil de localizar para poder fazer a regularização fundiária", revelou.

Ela considera o projeto em discussão insuficiente para solucionar o problema. "A gente tem que olhar pra isso com seriedade, não é colocando dois artigos num projeto de lei que vai resolver a situação”, criticou.

O coordenador do grupo de trabalho de unidades de conservação do Ministério Público Federal, Leandro Mitidieri, também criticou o projeto de lei por não especificar a abrangência de unidades de conservação antiga. "Aprovado o projeto de lei, você pega uma situação como a de Itatiaia, em cinco anos, não regularizou, então ela some. Isso vai acontecer, pelos nossos cálculos do GT, com praticamente todas as unidades de conservação federais. Quase nenhuma tem consolidação territorial”, ressaltou. Mitidieri avalia que, se aprovada, a proposta vai prejudicar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Snuc).

O pesquisador em direito agrário, ambiental e aplicado ao agronegócio, Pedro Puttini Mendes tem opinião oposta. “Não há ameaça, tragédia ou ataques nesse projeto de lei. Não estamos discutindo aqui atos ambientais, mas, sim, questões administrativas da criação das unidades de conservação", ponderou. Ele alertou ainda para a possibilidade de reeditar decretos que vão renovar a utilidade pública e o interesse social dessas unidades de conservação, evitando a caducidade em cinco anos.

O relator da proposta é o deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP). Ele espera que a legislação garanta a eficiência do sistema de regularização dessas unidades de conservação. “Muitas vezes, como já foi dito, os recursos existem, você tem problemas do ponto de vista de pra quem transferir a indenização, como fazer essa administração. Você tem uma série de dificuldades. Temos que fazer com que a máquina funcione um pouco melhor, temos que garantir eficiência para que essas regularizações possam acontecer, que os valores sejam valores justos, porque a gente sabe que muitas vezes quando as pessoas vão ao Judiciário pedem além do que é justo, para encontrar uma conciliação”, afirmou.

Fonte: AF News Agrícola - Giulia Zenidin

Segunda, 28 de Junho de 2021
Cresce uso de drones na aplicação aérea
Cresce uso de drones na aplicação aérea Fonte: Agrolink

Os drones são realidade nas lavouras brasileiras e têm sido uma ferramenta promissora para uso de pulverização. Os resultados de pesquisas com defensivos agrícolas mostram dados promissores quanto ao uso em área total, principalmente nas culturas de soja e milho, em substituição à aplicação em aérea convencional, com menor potencial de deriva e maior versatilidade no trabalho. Ou seja, as informações apontam aspectos de qualidade e segurança nas aplicações dos defensivos agrícolas, através do uso de drones.
 
De acordo com o engenheiro agrônomo, professor e pesquisador, Ulisses Antuniassi, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp / Botucatu-SP), os setores florestal e de cana de açúcar são aqueles que mais utilizam a técnica de sistemas de injeção de defensivos em pulverizadores, nas regiões Sul e Sudeste do país. “É uma questão de tempo para que esse método de utilizar os drones para a pulverização se firme também em Mato Grosso. Essas tecnologias vieram para ficar e já são realidade em muitos segmentos do agronegócio”, defende.
 
Segundo o pesquisador, para garantir o potencial produtivo da lavoura, quanto ao uso e interpretação das imagens captadas pelos drones, o produtor e a equipe de trabalho devem se atentar, antes de qualquer decisão, às análises, mas que devem ser feitas de forma minuciosa e com preparo especializado.
 
“A análise de imagens é uma ferramenta que depende de métodos robustos de análise estatística, geoestatística e de modelagem matemática. Observações simples sobre erros de semeadura, falhas, fitotoxicidade e manchas na lavoura (plantas daninhas, pragas e doenças) podem ser obtidas por imagens convencionais. Porém, análises mais profundas, que possibilitem estimativa de produtividade, dependem de imagens elaboradas e diferentes ferramentas do sensoriamento remoto”, explica Ulisses Antuniassi, um dos principais estudiosos de tecnologias de aplicação no Brasil e estará na sétima live do Circuito Master Meeting Soja realizado pela Proteplan.
 
Sobre os desafios das aplicações com aeronaves agrícolas e drones, os resultados mostram que há um pouco de deriva a qual precisa ser considerada. Assim como, em alguns casos, existe problemas de uniformidade de deposição. “A deriva precisa ser entendida e controlada para que possamos fazer o uso correto e seguro dessas tecnologias. Para isso, devemos implementar todos os conceitos de boas práticas nas aplicações”, recomenda Antuniassi.
 
O tamanho da gota do pulverizador, a taxa de aplicação, as condições meteorológicas, a indicação e recomendação do uso do produto descritas nas bulas são alguns dos fatores que devem ser considerados para as tomadas de decisões para uso de defensivos agrícolas. São itens que vão interferir no resultado final, independente se a aplicação for terrestre ou área. “É sabido que na agricultura todo o sistema interfere, então é preciso ajustes para que se consiga as respostas esperadas das técnicas e dos produtos, bem como a redução de perdas na lavoura e diminuição no impacto ambiental”, finaliza o pesquisador.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Segunda, 28 de Junho de 2021
Previsão do mercado financeiro para crescimento do PIB sobe para 5,05%
Previsão do mercado financeiro para crescimento do PIB sobe para 5,05% Fonte: Agência Brasil

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5% para 5,05%.

Para o próximo ano, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 2,11%, ante a previsão da semana passada de 2,10%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%.

As estimativas estão no boletim Focus de hoje (28), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo BC, com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Inflação

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,90% para 5,97%.

A estimativa para 2021 supera o limite superior da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Para 2022, a estimativa de inflação permanece em 3,78%. Tanto para 2023 como para 2024 a previsão para o índice é de 3,25%.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 4,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 6,5% ao ano e permaneça neste patamar nos anos seguintes: 2022, 2023 e 2024.

Câmbio

A expectativa para a cotação do dólar segue em R$ 5,10. Para o fim de 2022, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,20.

Fonte: Agência Brasil – Kelly Oliveira

Sexta, 25 de Junho de 2021
Busca por energia solar cresce 117% no Brasil
Busca por energia solar cresce 117% no Brasil Fonte: Agrolink

Um levantamento feito pela plataforma do Portal Solar, com base em mais de 2,5 milhões de acessos de janeiro e maio deste ano, mostrou que a procura por fontes de energia solar cresceu 117% no Brasil, no período. O maior interesse é atribuído às altas da energia elétrica com bandeira vermelha 2 em vigência e a crise hídrica que leva a esta situação, com acionamento de termelétricas.

A maior busca se deu por  projetos fotovoltaicos em telhados e pequenos terrenos. A plataforma conecta consumidores com cerca de 20 mil empresas de energia fotovoltaica no País, entre distribuidores, revendedores, instaladores, projetistas e outras.
 
Para Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar, o uso de energia solar é atualmente uma das melhores alternativas para o consumidor ter segurança de abastecimento e fugir dos constantes aumentos na tarifa de energia. “Certamente, o avanço da energia solar nos telhados e pequenos terrenos é parte da solução para a crise hídrica e para o risco de racionamento no Brasil, além de ser uma fonte limpa e barata”, explica.  
 
Com o aumento da procura por projetos fotovoltaicos, o Portal Solar projeta um acréscimo este ano de 5,4 mil novas companhias neste segmento no país, que vai corresponder a um crescimento de 27% no volume atual de organizações no mercado. Atualmente, a plataforma cadastra uma média de 450 novas empresas por mês na área.
 
Estimativas do setor dão conta de que as companhias de geração solar distribuída empregam atualmente cerca de 174 mil profissionais, com investimentos acumulados que ultrapassam R$ 29 bilhões em pequenas usinas de autogeração de energia em residências, comércios e indústrias. O País possui hoje mais de 500 mil sistemas fotovoltaicos instalados em telhados e pequenos terrenos, num total de 5,9 gigawatts (GW) em operação.   
 
Em pesquisa realizada em 2020 com mais de 1,5 mil empresas do setor, o portal constatou que 41,2% das companhias trabalham com energia solar fotovoltaica há menos de um ano, 27,1% de um a dois anos, 19,5% de dois a três anos, e apenas 12,3% atuam há mais de quatro anos no setor. Outro dado é que apenas 6% ultrapassaram a marca de 50 sistemas instados, 57,9% instalaram de 10 a 50 sistemas e 36,4% ainda não completaram três instalações.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Sexta, 25 de Junho de 2021
Dólar em queda pressiona cotações da soja e milho; veja notícias desta sexta
Dólar em queda pressiona cotações da soja e milho; veja notícias desta sexta Fonte: Canal Rural

Boi: oferta restrita ainda impede queda nas cotações
Milho: preço em Campinas (SP) se aproxima de R$ 85 por saca
Soja: saca cai abaixo de R$ 150 em Paranaguá (PR)
Café: dólar pesa no mercado brasileiro
No Exterior: PIB dos Estados Unidos fica em linha com o esperado no primeiro trimestre
No Brasil: dólar renova mínima em mais de um ano

Agenda:

Brasil: dados das lavouras do Mato Grosso (Imea)
Brasil: IPCA-15 de junho (IBGE)
EUA: PCE de maio

Boi: oferta restrita ainda impede queda nas cotações

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a baixa disponibilidade da oferta segue sustentando as cotações no mercado físico do boi gordo. Segundo o analista Fernando Iglesias, apesar do avanço das escalas de abate em várias regiões do país, os frigoríficos não conseguem encerrar negociações com preços mais baixos.

Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram nova queda, sendo que apenas o vencimento mais curto teve uma leve alta. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 318,50 para R$ 319,00, do outubro caiu de R$ 320,60 para R$ 317,25 e do novembro, de R$ 323,80 para R$ 319,80 por arroba.

Milho: preço em Campinas (SP) se aproxima de R$ 85 por saca

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), caiu novamente e já se aproxima dos R$ 85 por saca. A cotação variou -1,17% em relação ao dia anterior e passou de R$ 87,27 para R$ 86,25 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 9,66%. Em 12 meses, os preços alcançaram 82,81% de valorização.

Na B3, os contratos futuros do milho subiram pelo segundo dia consecutivo após rondarem os R$ 80 por saca nas pontas mais curtas da curva. O ajuste do vencimento para julho subiu de R$ 81,17 para R$ 81,78, do setembro foi de R$ 81,28 para R$ 82,26 e do março de 2022 passou de R$ 86 para R$ 86,80 por saca.

Soja: saca cai abaixo de R$ 150 em Paranaguá (PR)

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), caiu novamente com a pressão do dólar e ficou abaixo de R$ 150 pela primeira vez desde o dia 28 de dezembro do ano passado. A cotação variou -2,22% em relação ao dia anterior e passou de R$ 152,67 para R$ 149,28 por saca. Dessa maneira, no acumulado do ano, o indicador já desvalorizou 3,0%. Em 12 meses, os preços alcançaram 33,32% de valorização.

Em Chicago, os contratos futuros da soja marcaram o terceiro pregão seguido com desvalorização. O vencimento para novembro, o mais negociado atualmente, recuou 0,66% e passou de US$ 13,002 para US$ 12,916 por bushel. As vendas líquidas da oleaginosa norte-americana apresentaram resultado abaixo do esperado nesta semana.

Café: dólar pesa no mercado brasileiro

Apesar da estabilidade observada em Nova York, a nova forte queda do dólar pressionou negativamente as cotações do mercado brasileiro, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação foi de R$ 820/825 para R$ 810/815, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação passou de R$ 825/830 para R$ 815/820 por saca.

Em Nova York, os contratos futuros do café arábica apresentaram uma pequena queda após vários dias com alta volatilidade nas negociações. O vencimento para setembro recuou 0,32% e passou de US$ 1,539 para US$ 1,534 por libra-peso. O mercado segue atento às previsões climáticas no Brasil e às projeções para a próxima safra.

No Exterior: PIB dos Estados Unidos fica em linha com o esperado no primeiro trimestre

A terceira e última leitura do PIB do primeiro trimestre dos Estados Unidos mostrou crescimento anualizado de 6,4%, e ficou em linha com o projetado pelo mercado e pelas prévias anteriores. Enquanto isso, os pedidos de auxílio-desemprego ficaram novamente piores que o esperado pelos analistas e mostram a dificuldade de recuperação do mercado de trabalho.

Os investidores aguardam hoje a divulgação da inflação ao consumidor de maio medida pelo PCE, índice muito acompanhado pelo Banco Central dos Estados Unidos. No último resultado, a inflação ao consumidor medida pelo CPI, que tem um cálculo diferente do PCE, atingiu 5% na variação anual e chegou ao maior nível em 13 anos.

No Brasil: dólar renova mínima em mais de um ano

O dólar comercial teve novo recuo e renovou a mínima em mais de um ano. A moeda norte-americana caiu 1,17% e fechou o dia cotada a R$ 4,905, chegando ao menor valor desde o dia 9 de junho do ano passado. O Ibovespa teve alta de 0,85% e fechou o dia cotado a 129.513 pontos. A bolsa brasileira seguiu a tendência do mercado externo.

Na agenda econômica de hoje, sexta-feira, 25, os investidores estarão atentos ao resultado do IPCA-15 de junho que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central chegou a discutir uma alta maior de juros, mas afirmou que o mais prudente era esperar por mais dados de inflação.

Fonte: Canal Rural - Felipe Leon com agências de notícias

Sexta, 25 de Junho de 2021
CMN eleva preços de referência para safra 2021/22
CMN eleva preços de referência para safra 2021/22 Fonte: Noticias Agrícolas

A alta do custo de produção de diversos itens agrícolas, da pesca e da aquicultura fez o Conselho Monetário Nacional elevar os preços de referência para alguns produtos na safra 2021/22. Esses preços são usados para calcular os valores usados para financiar os estoques para produtores rurais e garantir preços mínimos para a agroindústria.

O maior reajuste ocorreu com o preço de referência da tilápia, que subiu 41%. Em nota, o Ministério da Economia informou que a alta do dólar impactou custos de ração e de combustível para a pesca, o que justificou a elevação.

Também subiram os preços de referência da maçã (+16%), da aveia (+12%) e do amendoim (+11%). Algumas frutas, no entanto, tiveram os preços mantidos, como mamão, morango e goiaba.

Os preços de referência são utilizados no cálculo dos valores do Financiamento Especial para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEE), para o produtor rural, e para o Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP), para agroindústrias. Com base nos custos de produção, o CMN calcula qual deverá ser o preço mínimo para estocar os produtos ou garantir os preços mínimos sem causar prejuízos ao produtor..

Fundos constitucionais

O CMN também definiu as taxas das operações de crédito rural com recursos dos Fundos Constitucionais do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste para a safra 2021/22. Para os mutuários com receita bruta anual acima de R$ 90 milhões, que pagam os maiores juros, a taxa corresponderá a 7,27% ao ano para financiamentos de custeio, capital de giro e comercialização e 7,03% para investimentos (compra de equipamentos ou obras) no Fundo Constitucional do Centro-Oeste. Nos outros dois fundos, a taxa é um pouco menor.

Os agricultores de pequeno porte, com receita bruta anual de até R$ 16 milhões, beneficiados pelo Fundo Constitucional do Nordeste pagarão as menores taxas: 5,75% ao ano para operações de custeio, capital de giro e comercialização, e de 5,95% para investimentos. A maior parte desse público é composta por agricultores do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

A pedido do Ministério do Desenvolvimento Regional, o CMN revisou o bônus de adimplência, desconto na taxa de juros concedido a quem paga em dia os financiamentos dos fundos constitucionais. Em vez do desconto de 15%, o bônus obedecerá a três níveis, de 5%, 10% e 15%. Esses descontos serão aplicados, respectivamente, aos mutuários de pequeno porte (com receita bruta anual de até R$ 16 milhões), de médio porte (entre R$ 16 milhões e R$ 90 milhões) e de grande porte (acima de R$ 90 milhões).

Fonte: Noticias Agrícolas - Agência Brasil

Sexta, 25 de Junho de 2021
Guedes anuncia que faixa de isenção do IR passará para R$ 2,5 mil
Guedes anuncia que faixa de isenção do IR passará para R$ 2,5 mil Fonte: Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou hoje (25) que a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) subirá dos atuais R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil. Ele entregou nesta manhã ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a proposta da segunda fase da reforma tributária. O projeto de lei trata de mudanças no imposto de renda para pessoas físicas e empresas e na tributação de lucros e dividendos.

“São 30 milhões de brasileiros assalariados que pagarão menos imposto de renda porque, pela primeira vez, estamos tributando os ganhos e rendimento de capital”, disse o ministro.

De acordo com Guedes, haverá aumento de impostos sobre rendimentos do capital, os dividendos, que são parte do lucro líquido ajustado de uma empresa dividido entre os acionistas. Com isso, será possível reduzir os impostos para empresas e trabalhadores assalariados, com a mudança na faixa e isenção.

“Hoje, são 31 milhões de declarantes de imposto de renda, 8 milhões são isentos. Com a mudança na faixa de isenção, outros 8 milhões estarão isentos. Então, 16 milhões de brasileiros estarão isentos de imposto de renda”, explicou. No caso das empresas, segundo ele, a redução dos impostos vai permitir aumento de investimentos e geração de novos empregos.

Proposta de atualização da tabela do IRPF

Paulo Guedes disse ainda que o aumento das isenções não causará desequilíbrio nas finanças públicas, já que elas são resultados de mudanças estruturais de controle de despesas e crescimento econômico. “Controlamos as despesas da Previdência, depois fizemos as privatizações, estamos gastando menos com os juros da dívida pública, economizamos R$ 400 milhões em quatro anos com juros, e agora vem aí a nova administração pública economizando mais de R$ 300 bilhões. Toda essa economia que estamos tendo com controle de gastos queremos transmitir à população”, disse.

Ainda nesta sexta-feira, o secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, dará entrevista para detalhar o projeto de lei que altera o imposto de renda.

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio

Imagem: Ministério da Economia

Sexta, 25 de Junho de 2021
Economia Brasileira
Economia Brasileira Fonte: AF News Agrícola

O Banco Central está "emparedado" e levanta vários cenários sobre o impacto do setor elétrico para o controle da inflação e a economia neste ano e em 2022. Saiba mais:

O Banco Central está "emparedado" e levanta vários cenários sobre o impacto do setor elétrico para o controle da inflação e a economia neste ano e em 2022. De um lado, a inflação vai ficar pressionada com o aumento na taxa extra embutida na conta de luz, após reajuste na bandeira vermelha ainda a ser definido, com reflexos para o ano que vem. Por outro lado, diretores e técnicos do BC também avaliam se um eventual racionamento de energia para evitar um apagão pode aliviar a inflação e desacelerar o crescimento.

Ambas as possibilidades são levadas em conta para definir o rumo da taxa básica de juros. O BC iniciou em março o processo de alta da Selic (a taxa básica de juros) para segurar a inflação. Desde então, a taxa saltou de 2%, o menor nível histórico, para 4,25% ao ano.

A perspectiva de a bandeira vermelha nível 2, hoje em R$ 6,24 a cada 100 quilowatts-hora (kWh), ser reajustada para além de R$ 7,57 por 100 kWh pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estava fora do radar da instituição. Foi apenas na semana passada que o órgão regulador reconheceu que será necessário aumentar o valor além do proposto na consulta pública, que previa alta de 21%. Isso será incorporado pelo Banco Central a partir de agora.

Mesmo esse aumento adicional na bandeira é insuficiente para cobrir os custos das distribuidoras com a compra de energia. A parte que não é capturada pelas bandeiras ficará para os reajustes anuais em 2022, ano em que as tarifas também serão pressionadas em razão do início do repasse de valores para o pagamento do empréstimo de R$ 16 bilhões para as distribuidoras - alternativa encontrada para que as concessionárias enfrentassem os efeitos da pandemia de covid-19, que causaram queda no consumo e aumento da inadimplência.

Publicamente, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, reconheceu que a falta de chuva em volume necessário poderia causar impactos não apenas na energia, mas também no preço dos alimentos e, consequentemente, na definição da política monetária (ou seja, na calibragem dos juros para o controle da inflação). Ele manifestou esse entendimento em evento promovido pelo Bank for International Settlements (BIS) no início de junho.

Estudos

O Banco Central passou também a estudar os efeitos que um racionamento teria sobre a economia brasileira, a inflação e, consequentemente, os juros. Além do acionamento de todas as usinas térmicas, a crise hídrica levou o governo a preparar uma medida provisória que permite a criação de um "programa de racionalização compulsória do consumo de energia elétrica".

Embora o Ministério de Minas e Energia (MME) tenha negado a possibilidade de um racionamento, a pasta reconheceu que explora "todas as medidas ao seu alcance" para atravessar a crise e não negou a existência da minuta da MP.

Também entrou no radar do BC a alternativa ao racionamento, prevista na minuta da MP. Chamada de resposta à demanda, a medida pretende mudar a produção industrial para horários menos visados, numa tentativa de evitar picos no início da tarde que possam levar a apagões. Para isso, as empresas seriam remuneradas com o pagamento de um encargo que também vai pressionar a conta de luz, já que a ideia é que o governo "compre" o direito de deslocar esse consumo.

Para aplacar a crise de duas décadas atrás, marcada por um apagão no Brasil, um racionamento de energia vigorou entre 1.º de julho de 2001 e 19 de fevereiro de 2002, período durante o qual a população foi obrigada a cortar o consumo em 20%. As indústrias tiveram de reduzir a produção e o PIB, que havia crescido 4,4% em 2000, desacelerou para 1,4% em 2001. O efeito da crise agora, portanto, seria recessivo e poderia contribuir para diminuir as pressões sobre a inflação.

Na ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada pelo BC na terça-feira, a crise hídrica foi mencionada de maneira superficial. Na avaliação da autoridade monetária, a persistência das pressões inflacionárias se revelou maior do que o esperado, sobretudo entre os bens industriais - a energia é um dos principais insumos do setor.

"Adicionalmente, a lentidão da normalização nas condições de oferta, a resiliência da demanda e implicações da deterioração do cenário hídrico sobre as tarifas de energia elétrica contribuem para manter a inflação elevada no curto prazo, a despeito da recente apreciação do real", diz a ata, ressaltando que o Copom "segue atento à evolução desses choques e seus potenciais efeitos secundários".

Fonte: AF News Agrícola - Giulia Zenidin