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Quarta, 07 de Julho de 2021
China altera limite da umidade de grãos de soja
China altera limite da umidade de grãos de soja Fonte: Agrolink

A China, de longe o maior comprador da soja brasileira. No acumulado de 2020, o Brasil arrecadou mais de US$ 28,4 bilhões com a venda de soja em grão para a China, 14,5% a mais que o obtido de janeiro a novembro de 2019. Segundo a Conab, a China tem potencial para importar 80% do volume total previsto. 

Uma questão agora preocupa os produtores. Está em discussão na Organização Mundial do Comércio (OMC) a proposta do novo padrão chinês da soja. 

A alteração proposta traz algumas diferenças que podem influenciar a classificação do grão. Na avaliação do Ministério da Agricultura o que pode interferir é a nova exigência da umidade do grão. Atualmente, o limite no Brasil é 14%, enquanto na China é de 13%. 

Para o órgão brasileiro o valor proposto no novo padrão chinês não deveria ser usado para classificar a soja por poder sofrer oscilações conforme a temperatura. As normas brasileiras da soja no Brasil também estão sendo discutidas. O padrão brasileiro, de  2007, passa por mudanças nesse momento."Enquanto discutimos o novo padrão nacional, não podemos ignorar o padrão do nosso maior mercado consumidor (a China)", disse o diretor da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Glauco Bertoldo. 

O novo padrão chinês irá determinar os termos e definições, classificações, requisitos de qualidade, métodos de teste, regras de inspeção, rótulos, empacotamento, estocagem e requisitos de transporte para a soja. Para a diretora Comercial e de Marketing da LocSolution, empresa que trabalha com medidores de umidade de grãos da marca Motomco, Manoella Rodrigues da Silva,  num primeiro momento, o novo padrão não deve impactar de forma significativa o mercado brasileiro. Ela avalia como positivo se a intenção é melhorar a qualidade do grão.
 
Manoella observa, entretanto, que  apesar da capacidade produtiva do Brasil, as exigências do mercado internacional, quanto à qualidade do grão, tem se intensificado cada vez mais.  "Grãos de alta qualidade dependem basicamente de uma boa cultivar, condições ambientais durante o seu desenvolvimento, época certa e procedimento de colheita, método de secagem e práticas de armazenagem", explica.
 
"Ainda assim, existe uma grande preocupação do produtor rural em saber exatamente o momento de colher. Isso é um fator primordial para se obter a qualidade do grão, que deve estar dentro dos parâmetros estipulados de umidade, que no Brasil é de 12% a 14%".

Uma forma de determinar o teor exato da umidade do grão e o momento certo de colher, é fazendo um monitoramento da lavoura. Para isso, o produtor rural precisa ter acesso  às ferramentas existentes no mercado para obter o melhor resultado sobre a umidade do grão. "Os medidores de umidade de grãos já são bastante usuais em propriedades rurais e permitem que o produtor saiba exatamente  o momento certo da colheita", enfatiza a diretora.  

Nos padrões de qualidade chinês, a soja com menos de 75% de grãos perfeitos não tinha uma classificação e agora ela entra como "fora de tipo". O padrão chinês aborda também a questão de grãos perfeitos, mas no Brasil não há uma definição para grãos perfeitos, só para grãos que sofreram alguns problemas, que têm alguma avaria, defeito. O Brasil aguarda os esclarecimentos para entender  as novas regras chinesas e como a regulamentação será implementada.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem:  Leonardo Gottems

Quarta, 07 de Julho de 2021
Transporte de Cargas:
Transporte de Cargas: Fonte: AF News Agricola

Segundo comentarista, o reaquecimento da economia provoca uma pressão maior sobre os preços em diversos produtos.

A Petrobras reajustou nesta terça, 6, os valores da gasolina e do diesel, com altas que chegam a 6,3% e 3,7%, respectivamente. “Isso é sempre uma má notícia, pois significa aumento nos custos”, avalia o comentarista do Canal Rural Alexandre Garcia.

Garcia lembra que esse é o primeiro aumento nos preços dos combustíveis anunciados pela Petrobras na gestão do presidente general Joaquim Luna e Silva. No entanto, existem alguns questionamentos sobre os reajustes.

“Houve muita reclamação de que a Petrobras estava segurando os preços e que eles estavam defasados em relação aos valores internacionais. Mesmo depois desse reajuste, o que se diz é que o preço da gasolina está 7% mais baixo que a média internacional, enquanto o diesel estaria com os valores 3% mais baixos”, diz o comentarista.

Para Alexandre Garcia, a alta nos preços dos combustíveis pode ser um indicativo no de melhora do cenário econômico.

“A Petrobras não tem como segurar os preços e o problema é conviver com isso. Isso ´ algo preocupante, pois outros indicadores da inflação estão aparecendo, o que significa a volta da atividade econômica, que também traz pressão sobre os preços”, pontua.

Fonte: AF News Agrícola - Giulia Zenidin

Terça, 06 de Julho de 2021
Aplicação do crédito rural ultrapassa R$ 271 bilhões ao final da temporada 2020/2021
Aplicação do crédito rural ultrapassa R$ 271 bilhões ao final da temporada 2020/2021 Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Com o encerramento do Plano Safra 2020/2021 no último dia 30 de junho, produtores rurais e cooperativas de crédito contrataram R$ 271,5 bilhões no crédito rural oficial, aumento de 27% em relação ao período anterior. Nesse montante, foram incluídas as aquisições de CPR (Cédula do Produto Rural) e operações com agroindústria.

De acordo com o Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021, o destaque desse plano foi para os investimentos, que superaram em 34% a programação de recursos e alcançaram R$ 76,2 bilhões. O Pronaf apresentou balanço 10% superior à safra passada totalizando R$ 14,5 bilhões, e as contratações pelos pequenos produtores superaram os recursos disponíveis. Os programas Moderinfra/Proirriga (+132%), Prodecoop (+132%) e PCA (+72%) apresentaram as maiores variações das aplicações.

As aplicações no custeio alcançaram R$ 135,3 bilhões, alta de 27% em relação a temporada anterior. Já a comercialização ficou em R$ 25,4 bilhões (10%) e a industrialização em R$ 12,5 bilhões (15%).

As regiões de maior representatividade nas contratações do crédito rural foram o Sul (33%) e o Centro-Oeste (28%). A atividade agrícola participou com 67% e a pecuária 33%, sendo que os recursos contratados foram, principalmente, destinados aos produtos soja, bovinos e milho, respectivamente. 

No que se refere aos segmentos, o crédito aos beneficiários foi concedido por meio de bancos públicos (55%), privados (24%), cooperativas de crédito (20%) e bancos de desenvolvimento e agências de fomento (1%). Com relação à safra passada, as cooperativas tiveram um ganho de 2% e os bancos públicos de 1% na participação do volume total de contratações.

A participação dos recursos livres apresentou um crescimento de 32% em relação à safra passada, concentrado essencialmente nos produtores de maior porte e cooperativas, sobretudo em financiamento a investimentos. “Os recursos a taxas controladas cresceram 23%, com evidência para os financiamentos concedidos a pequenos e médios produtores, financiados quase que em sua totalidade com recursos a taxas de juros controladas”, destaca o diretor de Crédito e Informação, da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo.    

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária - Inez De Podestà

Terça, 06 de Julho de 2021
Milho segue travado no limite de baixa em Chicago e agrava perdas na B3
Milho segue travado no limite de baixa em Chicago e agrava perdas na B3 Fonte: Noticias Agrícolas

Depois de abrir o dia com perdas de pouco mais de 1%, por volta de 14h40 (horário de Brasília), as cotações cediam entre 1,73% e 3,13%, levando o vencimento julho a R$ 92,40 e o setembro a R$ 94,34 por saca. O mercado realiza lucros e corrige parte das altas fortes que foram registradas no pregão anterior. 

Apesar da correção pela qual passa o mercado hoje, ainda segue no radar a preocupação com a oferta da safrinha e a falta de milho no mercado nacional depois da agressividade do clima com a segunda safra. Assim, com os recentes prejuízos ainda sendo contabilizados, os negócios são apenas pontuais. 

"O mercado do milho começou a semana com poucos interessados em vender e muitos interessados em comprar e negócios escassos. Tudo ainda reflexos das geadas da semana passada e de indicativos de que iremos para um segundo semestre muito apertado. em que a oferta deve ser menor que a demanda porque temos grandes volumes de milho negociado na exportação, com entregas nos próximos meses, deixando assim o mercado interno apertado", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.

E o mercado na B3 intensificou suas perdas mesmo frente a alta do dólar frente ao real nesta terça. Perto de 14h50, a moeda americana tinha alta de 1,90% para valer R$ 5,19. 

Na Bolsa de Chicago, as perdas são ainda mais intensas, com o milho travado no limite de baixa - 40 pontos ou mais de 8% de queda. Assim, o contrato julho valia US$ 6,52 e o dezembro, US$ 5,39 por bushel. 

De acordo com analistas e consultores o mercado reflete as melhores condições de clima esperadas para o Corn Belt nos próximos dez dias, especialmente com a chegada de boas chuvas em regiões que vinham sofrendo com uma seca mais aguda. 

As previsões atualizadas mostram não só precipitações melhores, como também temperaturas mais amenas nos próximos dez dias. 

Como explica Ginaldo de Sousa, diretor do Grupo Labhoro, o clima é o principal viés a ser monitorado neste momento e, "como as nuvens mudam de lugar, muita volatilidade nos preços ocorre".  Sousa complementa dizendo que "o fim de semana prolongado foi quente e seco na parte oeste do Meio-Oeste e nas Planícies do norte, porém, ontem a noite um sistema inesperado trouxe chuvas para as Dakotas e agora esperam que nos próximos 10 dias esta área mais prejudicada receba até 64 mm de chuvas".

Além da questão climática, o mercado de biocombustíveis nos EUA e a possibilidade de uma redução do mandatório norte-americano também pesam sobre o mercado.

Fonte: Noticias Agrícolas

Terça, 06 de Julho de 2021
Leite: com o maior custo de produção dos últimos 10 anos, como garantir lucro?
Leite: com o maior custo de produção dos últimos 10 anos, como garantir lucro? Fonte: Canal Rural

O custo de produção do leite segue elevados e estão nos maiores patamares dos últimos dez anos. Até mesmo as cooperativas são impactadas pelos altos custos, como é o caso da Colapac, que reúne 150 produtores de nove municípios da região de Cachoeira Paulista, interior de São Paulo.

“Nesse momento de entressafra, onde o produtor deveria tratar melhor, dar um pouco mais de ração ao seu animal para ele produzir um certo volume, não está conseguindo devido aos custos altos, com isso, a nossa captação de leite está em queda”, avalia Marcelo Bonci, presidente da Colacap.

Para Valter Galvan, sócio do Milkpoint, além dos custos elevados de produção, os valores da arroba também impactam no mercado do leite.

“Uma dificuldade adicional que a gente está vendo no setor este ano é o preço da arroba do boi em relação ao leite. A relação de troca leite/boi já vem desde o ano passado e segue esse ano sendo muito desvantajosa para o leite. Então tem muita vaca morrendo, virando bife”.

Para diminuir o impacto do custo das rações, Joel Dalcin, pecuarista gaúcho arrendou uma pequena área vizinha e plantou soja e milho. Além disso, ele abateu algumas vacas para ter um fôlego no negócio. Mesmo assim, trabalha com uma margem muito apertada.

“Nós chegamos a pagar patamares de R$ 2,3 mil por tonelada de soja recebendo R$ 1,80/R$ 1,90 por litro de leite. Então, se o produtor não migrar um pouco para produzir um pré secado, uma pastagem de qualidade, para ele estocar fazer ele mesmo a comida e tentar reduzir o custo, mesmo que ele tenha um sistema de confinamento, fica complicado”, afirma Dalcin.

Sistema para reduzir custo do leite

No Vale do Paraíba em São Paulo, dois produtores criaram um sistema de parceria entre as duas propriedades. Juntaram patrimônio, trabalho e experiência para tentar reduzir o impacto do custo de produção.

“Eu entro com o gado, com a terra, com as ordenhadeiras, com as estruturas e o outro produtor entra com a mão de obra. Tudo que for gasto aqui a gente reparte e o que sobrar do leite, 60% para mim e 40% para quem está nessa parceria. E das crias a gente reparte meio a meio”, explica o produtor de leite Antônio Ferraz.

Uma das estratégias criadas por Ferraz foi trabalhar melhor o volumoso da vacada, um capim mais rico no rotacionado com irrigação nos piquetes. Nesta época do ano o tifton e o azevém ajudam no trato. “Nós conseguimos ter um custo de produção de 78% do valor, 22% que sobrou a gente repartiu”, relata Antônio Ferraz.

Gestão para enfrentar a crise

Para o agrônomo Felipe Rimkus, estudioso da gestão da propriedade rural, a estratégia e planejamento para enfrentar a seca são a melhor opção para não cair no vermelho.

“A gente tem que aproveitar os momentos de seca para planejar a próxima temporada sem águas. Trabalhar bem os momentos de chuva que nós vamos ter e manter a regularidade da alimentação dos animais. Se o seu animal produz a pasto, vamos pensar numa silagem de capim, numa silagem de cana, vamos imaginar uma irrigação num pastejo e assim por diante”, comenta.

Wander Bastos, presidente do Sindicato Rural de Cruzeiro também aposta na boa gestão da propriedade como instrumento para enfrentar a crise.

“A hora da gestão é fazer valer o planejamento de rebanho. Descartar alguns animais, se for o caso, e até vender um pouco daquela reposição que você não vai precisar. O mercado está aquecido, nós temos visto bons leilões e bons negócios, então é uma alternativa muito boa se capitalizar para passar essa fase”, pontua Bastos.

Para o presidente da Associação Brasileira de Leite (Abraleite) Geraldo Borges, é possível reduzir o custo e ainda aumentar a produtividade no campo.

“A média de produção no agreste subiu muito nos últimos anos com uma boa gestão, implantação de recursos e alimentação mais planejada. O bom resultado é visto mesmo utilizando o que é disponível no agreste, que no caso deles não é a silagem de milho, mas a palma forrageira”, ressalta o presidente da Abraleite.

Para o sócio do Milkpoint Valter Galvan, neste momento, a única alternativa é melhorar a eficiência da porteira para dentro, esperar pela queda dos preços do milho e da soja e, claro, pela recuperação da economia do país.

“Temos uma perspectiva de recuperação da economia. A vacinação está caminhando. Quanto maior o percentual da população vacinada, mais rápido a reabertura da economia, então existe uma perspectiva de reação da economia para o segundo semestre, talvez para último trimestre do ano, o que será muito bom para o nosso setor, porque isso vai refletir em consumo também”, destaca Galvan.

Fonte: Canal Rural

Terça, 06 de Julho de 2021
Economia: ‘Preocupação do mercado financeiro se volta para reforma fiscal e inflação’
Economia: ‘Preocupação do mercado financeiro se volta para reforma fiscal e inflação’ Fonte: AF News Agricola

Segundo economista-chefe do Banco Original, preço do combustível pode ter impacto bastante significativo na inflação; veja análise

Esta semana é mais curta no mercado financeiro devido ao feriado do Dia da Independência dos Estados Unidos nesta segunda-feira e em São Paulo na próxima sexta-feira, dia 9, por conta do feriado da Revolução Constitucionalista de 1932. A bolsa aqui vai ficar fechada, mas vamos ter operações fora do sistema como a compra e venda de dólares e títulos. Sobre este cenário econômico, conversamos com Marco Caruso, economista-chefe do Banco Original.

Um dos pontos de atenção do mercado, segundo ele, é a reforma tributária, com a atuação de uma frente de 200 parlamentares que não concordam com a reforma do imposto de renda. “O mercado financeiro não gosta de incertezas. Essa resistência dessa frente parlamentar poderia ser vista como positiva em uma primeira análise, pois a reforma tributária como está posta tem impactos negativos. No entanto, o Ibovespa cai, por causa da incerteza. Se espera muitas idas e vindas na reforma. É difícil ter como cenário base a reforma passando rapidamente”, falou.

Caruso também diz que o aumento do barril de petróleo, chegando na casa dos US$ 80, pode ter impacto significativo na inflação ou, então, mexer com os preços nas ações da Petrobras. “Temos visto os repasses da Petrobras no preço interno de maneira muito mais modesta. Isso ajuda na inflação a curto prazo, mas reduz a rentabilidade da companhia. Tivemos hoje uma nova alta de gasolina e diesel, o que ajuda a reduzir as perdas das ações da Petrobras e ajuda a elevar as tendências de inflação”, disse. Caruso.

O especialista explica que há uma defasagem no preço na bomba com o valor internacional petróleo. Segundo ele, somente a gasolina tem um peso de 5% no IPCA, que projeta a inflação e, se tudo for passado, em torno de 15% da diferença que existe hoje, será uma alta de 0,75 pontos percentuais no IPCA.

“Com isso, passaríamos automaticamente dos 6,3% do IPCA projetado esse ano para 7% no ano. Acho muito difícil a Petrobras repassar tudo, mas ela vai ser pressionada a passar o preço pra cima”.

Dólar

Por fim, Caruso analisou a situação do dólar, que baixou dos R$ 5,00 nos últimos dias e vem operando um pouco acima desta marca. “Acho que é o melhor momento do dólar, pois no final do ano ainda trabalhamos com o câmbio para cima. O cenário externo vai começar a chamar dólar mais forte e a gente se aproxima de um ciclo político novo, que em geral traz mais incerteza. O otimismo do câmbio acaba em agosto, a partir de agosto trabalhamos com R$ 5,15 ou R$ 5,30.

Fonte: AF News Agrícola - Giulia Zenidin

Segunda, 05 de Julho de 2021
RS é destaque em geração própria de energia solar
RS é destaque em geração própria de energia solar Fonte: Agrolink

O Rio Grande do Sul está entre os três estados brasileiros com maior potência instalada de energia solar na geração própria. Segundo recente mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a região possui 730,7 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

A potência instalada de energia solar distribuída no Rio Grande do Sul coloca o estado na terceira posição do ranking nacional da ABSOLAR. Segundo a entidade, o território gaúcho responde sozinho por 12,4% de todo o parque brasileiro de energia solar distribuída.
 
O estado possui 69.325 conexões operacionais, espalhadas por 496 municípios, ou aproximadamente 99,8% dos 497 municípios da região. Atualmente, são cerca de 86.301 consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz e maior autonomia e segurança elétrica.

Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou ao Rio Grande do Sul a atração de mais de R$ 3,7 bilhões em investimentos, geração de mais de 21,9 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 957,3 milhões aos cofres públicos.
 
Para Mara Schwengber, coordenadora estadual da ABSOLAR no Rio Grande do Sul, o estado é atualmente um importante centro de desenvolvimento da energia solar. “A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de desenvolvimento sustentável, econômico e social para os gaúchos, com geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas”, comenta.
 
De acordo com a entidade, a construção de um marco legal para a geração distribuída no Brasil é o melhor caminho para afastar o risco de retrocesso à energia solar e demais fontes renováveis utilizadas para a geração distribuída de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos no País. O marco legal está atualmente em debate no Congresso Nacional por meio de projeto de lei (PL) 5829/2019, de autoria do deputado federal Silas Câmara e relatoria do deputado federal Lafayette de Andrada.
 
“Por isso, é fundamental o apoio da sociedade organizada e das empresas locais no sentido de estabelecer um arcabouço legal transparente, justo e que reconheça os benefícios da energia solar na geração distribuída no País”, acrescenta Mara.
 
Para o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, a energia solar fotovoltaica terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento socioeconômico e sustentável em todos estados brasileiros. “A tecnologia fotovoltaica é essencial para a recuperação da economia e para aliviar a escassez de água dos reservatórios hidrelétricos, bem como para ajudar na redução da conta de luz de todos os consumidores”, conclui Sauaia.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem: Pixabay

Segunda, 05 de Julho de 2021
Sem Chicago, mercado deve ter início de semana lento no Brasil
Sem Chicago, mercado deve ter início de semana lento no Brasil Fonte: Safras & Mercado

    A tendência é de uma segunda-feira arrastada em termos de comercialização para a soja no mercado doméstico. Sem pregão em Chicago e com o dólar praticamente estável, os preços também devem apresentar estabilidade ou pequenas oscilações.

    O mercado teve uma sexta de poucos negócios e de preços regionalizados. Chicago e dólar tiveram comportamento volátil e prejudicaram a comercialização.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 159,00 para R$ 159,50. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 158,00 para R$ 158,50. No porto de Rio Grande, o preço caiu de R$ 165,00 para R$ 164,50.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço seguiu em R$ 159,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca permaneceu em R$ 165,00.

     Em Rondonópolis (MT), a saca baixou de R$ 155,00 para R$ 153,50. Em Dourados (MS), a cotação permaneceu em R$ 149,00. Em Rio Verde (GO), a saca baixou de R$ 157,00 para R$ 155,00.

CHICAGO

* Não há negócios em Chicago hoje, feriado nos Estados Unidos, em comemoração ao Dia da Independência.

PRÊMIOS

* O prêmio em Paranaguá para julho ficou em +50 e +75 sobre Chicago. Para agosto, o prêmio é de +78 a +80. Para março do ano que vem entre -3 e 1 ponto.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra alta de 0,03% a R$ 5,057. O Dollar Index registra perda de 0,01% a 92,22 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, +0,44%. Tóquio, -0,64%.

* As principais bolsas na Europa registram índices firmes. Paris, +0,28%. Londres, +0,53%.

* O petróleo opera em alta. Agosto do WTI em NY: US$ 75,35 o barril (+0,25%).

AGENDA

– Feriado nos EUA – Dia da Independência.

—-Terça-feira (6/07)

– Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.

– Inspeções de exportação semanal dos EUA – USDA, 12hs.

– Condições das lavouras dos EUA – USDA, 17hs.

—–Quarta-feira (7/07)

– Alemanha: A produção industrial de maio será publicada às 3h pelo Ministério de Economia e Tecnologia.

– A FGV divulga às 8h os dados do Indice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) referentes a junho.

– Dados de produção, vendas e exportações do setor automotivo – Anfavea, a partir das 10hs.

– EUA: A ata da última reunião de política monetária será publicada às 15h pelo Federal Reserve.

—–Quinta-feira (8/07)

– Alemanha: O resultado da balança comercial e do balanço de pagamentos de maio será publicado às 3h pelo Destatis.

– O IBGE divulga às 9h os dados sobre o Indice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referentes a junho.

– O IBGE divulga às 9h os dados sobre o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referentes a junho.

– Estimativa de safra de grãos do Brasil em 2020/21 – Conab, 9hs.

– Levantamento Sistemático de Produção Agrícola – IBGE, 9hs.

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana passada será publicada às 12hs pelo Departamento de Energia (DoE).

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (9/07)

– China: O índice de preços ao consumidor de junho será publicado na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– China: O índice de preços ao produtor de junho será publicado na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– Alemanha: A produção industrial de julho será publicada às 3h pelo Ministério de Economia e Tecnologia.

– Reino Unido: A balança comercial de maio será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: A produção industrial de maio será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Atualização da evolução das lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

Fonte: Safras & Mercado -  Dylan Della Pasqua

Segunda, 05 de Julho de 2021
Milho tem 2ª feira de altas superiores a 3% na B3 diante de preocupação com a oferta menor
Milho tem 2ª feira de altas superiores a 3% na B3 diante de preocupação com a oferta menor Fonte: Noticias Agrícolas

Os futuros do milho negociados na B3 sobem mais de 3% neste início de semana ainda refletindo as preocupações com a menor oferta brasileira. Perto de 11h25 (horário de Brasília), as cotações subiam de 3,08% a 3,35% entre os vencimentos mais negociados, à exceção do julho/21, que tinha R$ 93,64 por saca, subindo 1,73%. O setembro, por outro lado, já tinha R$ 98,80 e o janeiro, R$ 100,50. 

"Nem mesmo a liquidez reduzida por conta do feriado em Chicago tira o ímpeto de alta das cotações. Algumas casas de consultoria já começam a revisar seus números finais de produção", explica a Agrinvest Commodities nesta segunda-feira (5). "Os impactos finais da geada ainda são incertos, mas trazem forte alta para as cotações". 

Entre elas, está a AgRural, que baixou sua estimativa para a segunda safra de milho do centro-sul do país para 54,6 milhões de toneladas, volume 5,4 milhões menor do que a projeção anterior. 

"Parte dessa redução de 5,4 milhões de toneladas deveu-se a ajustes negativos de produtividade provocados pela estiagem (causa principal dos cortes realizados nos meses anteriores), mas desta vez o principal motivo do ajuste foram mesmo as geadas", informa o boletim da consultoria. 

Para Vlamir Brandalizze, apesar destas altas, a semana que começa hoje deve ser de ritmo mais intenso da colheita e dos produtores segurando um pouco mais suas novas vendas.  "O mercado do milho nesta nova semana deverá ter ritmo de colheita crescendo, mas tudo aponta que boa parte dos produtores irá segurar as ofertas para esperar definição de que rumo irá tomar o mercado, sendo que alguns continuam apostando em patamares recordes que já
foram batidos neste ano", afirma o consultor. 

Todavia, ele lembra ainda da possibilidade de importação de produto por parte dos compradores de alguns estados onde o milho importado poderia se mostrar mais competitivo. 

"O certo é que iremos ter um segundo semestre com indicativos fortes e demanda maior que a oferta", acredita Brandalizze.

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes

Segunda, 05 de Julho de 2021
Decisão elimina ICMS na troca de gado entre Estados
Decisão elimina ICMS na troca de gado entre Estados Fonte: Agrolink

Uma decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, em abril,  eliminou a tributação pelos fiscos estaduais da cobrança de ICMS na transferência de gado do mesmo proprietário entre os Estados. A decisão deixa claro que, se não existir transferência de titularidade, ou seja, não houver comercialização de gado, não há argumento para a aplicação da taxa, apesar da movimentação entre estados.

Com a profissionalização cada vez maior da pecuária brasileira, é comum que produtores de gado transportem seus animais de uma fazenda para outra, a fim de melhorar a performance de acordo com o ciclo do gado e a gestão da quantidade de confinamentos. 

Com a decisão os criadores de gado não são obrigados a arcar com a tarifa estadual, como explica o advogado tributarista Rodrigo Totino, do escritório MBT Advogados Associados. “O atual posicionamento do STF esvazia a argumentação dos fiscos estaduais que entendiam que, mesmo pertencente ao mesmo produtor, a movimentação de gado bovino deveria gerar ICMS. Porém, ficou claro que a cobrança é incompatível, visto que não há indícios de comércio da mercadoria”, destaca.

Entre os benefícios para os criadores está a otimização das fazendas para objetivos específicos e a facilitação da locomoção do gado no período que seja adequado a determinada fase de confinamento, trazendo economia para o negócio. A decisão traz mais segurança jurídica ao pecuarista, que pode se programar melhor e utilizar o potencial máximo de suas propriedades. Contudo, cabe salientar que a decisão se refere somente às situações sem comercialização de mercadorias, ou seja, quando não houver transferência de cabeças de gado com o intuito de compra e venda, seja para outras propriedades ou para frigoríficos. Nestes casos, o imposto será cobrado normalmente.

A decisão deve trazer impulso para a pecuária nacional. Para 2021, espera-se que o rebanho bovino no Brasil alcance o seu maior volume, cerca de 252 milhões de cabeças, o que significa um crescimento de 3,3% no ano, segundo dados coletados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que monitora a agricultura e pecuária dos principais países produtores.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem: Marcel Oliveira