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Terça, 26 de Novembro de 2019
Oferta restrita deve sustentar preços do milho no Brasil.
Oferta restrita deve sustentar preços do milho no Brasil. Fonte: Safras & Mercados

O ajuste no quadro de oferta e demanda está garantindo a sustentação dos preços do milho no mercado brasileiro nessa semana, repetindo a performance que persiste há um bom tempo. Para completar o cenário positivo, o dólar a R$ 4,25 deve animar o mercado exportador.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em março/20 operavam com perda de 1,00 centavo, ou 0,26%, cotada a US$ 3,79 3/4 por bushel.

* O mercado retornou ao território negativo, acompanhando o desempenho do trigo e avaliando os dados sobre a colheita nos Estados Unidos.

* O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de milho. Até 24 de novembro, a área colhida estava em 84%. Em igual período do ano passado, o número era de 93%. A média para os últimos cinco anos é de 96%. Na semana anterior, o percentual era de 76 pontos. O mercado esperava colheita em 85%.

CÂMBIO

* O dólar comercial abriu na máxima histórica intraday, acima de R$ 4,25, com investidores reagindo às falas do ministro da Economia, Paulo Guedes, no qual ele diz que é para “se acostumar” com o patamar de dólar mais alto durante uma entrevista ontem nos Estados Unidos.

* Às 9h27 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em alta de 1,02% no mercado à vista, cotada a R$ 4,2580 para venda, na máxima histórica intradiária, o contato para dezembro avançava 0,61%, a R$ 4,2560.

INDICADORES FINANCEIROS

* As bolsas da Ásia fecharam firmes. Xangai, +0,03%; e Tóquio, +0,35%.

* As principais bolsas na Europa operam mistas. Paris, -0,06%; Frankfurt, -0,19% e Londres, +0,13%.

* O petróleo opera em alta. Janeiro do WTI em NY: US$ 58,15 o barril (+0,24%).

* O Dollar Index registra baixa de 0,01% a 98,31 pontos.

MERCADO

* O mercado brasileiro de milho não perdeu o ritmo de preços firmes no começo da semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, as ofertas seguem muito ajustadas à procura e o mercado não dá qualquer sinal de acomodação nas cotações.

* No Porto de Paranaguá, o preço ficou em R$ 41,00/44,00 a saca. Em Santos, o preço girou em torno de R$ 42,00/46,00 a saca.

* No Paraná, a cotação ficou em R$ 40,50/41,50 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 45,00/46,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 48,00/49,00 a saca.

* No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 44,00/45,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 43,00/44,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 39,00/40,00 a saca em Rio Verde, no disponível. Em Mato Grosso, preço ficou a R$ 34,00/35,00 a saca em Rondonópolis, para o disponível.

Fonte: Safras & Mercado

Terça, 26 de Novembro de 2019
Descoberta eleva teor de ferro nas plantas.
Descoberta eleva teor de ferro nas plantas. Fonte: Agrolink

Pesquisadores descobriram um gene que controla a regulação da absorção de ferro nas plantas, de acordo com um novo estudo do Dartmouth College. O gene indica quando as plantas devem permitir o transporte de ferro alternando uma via genética que inclui centenas de outros genes. 

O estudo, publicado em  Proceedings da Academia Nacional de Ciências , é o mais recente de uma série de projetos de pesquisa sobre transporte e armazenamento de ferro nas fábricas de equipamentos de Dartmouth. A pesquisa atual detalha a identificação do gene nas plantas e fornece a primeira descrição de como ele funciona para regular a absorção de ferro. 

"Descobrimos um regulador chave em uma das vias nutricionais mais importantes do mundo", disse Mary Lou Guerinot, professora de ciências biológicas em Dartmouth e pesquisadora principal do projeto. "Se agora descobrirmos como otimizar a estrada, poderíamos alimentar bilhões de pessoas que sofrem de deficiência de ferro, um grande problema especialmente para mulheres e crianças em todo o mundo", completa. 

O gene recentemente descoberto, conhecido como IRT1 Upstream Regulator (URI), controla quando os genes devem ser expressos na raiz de uma planta para iniciar a absorção de ferro. Segundo a equipe, o URI controla até 1.500 outros genes, incluindo aqueles que não têm nada a ver com ferro. 

"Nossa pesquisa descobriu que a abundância de proteína URI não muda devido às condições de ferro", disse Sun A Kim, cientista de Dartmouth e primeiro autor do artigo. "Dada a constatação de que a proteína está sempre presente, investigamos se a proteína URI é modificada em resposta à disponibilidade de ferro para alterar sua atividade". 

Fonte: Agrolink

Terça, 26 de Novembro de 2019
Dólar dispara, testa R$ 4,26, mas mantém volatilidade nesta 3ª feira.
Dólar dispara, testa R$ 4,26, mas mantém volatilidade nesta 3ª feira. Fonte: Noticias Agrícolas

O dólar disparava em relação ao real nesta terça-feira e bateu nova máxima recorde acima de 4,26 reais, com os investidores pessimistas após o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar que o câmbio de equilíbrio "tende a ir para um lugar mais alto".

Às 10:31, o dólar avançava 1,15%, a 4,2636 reais na venda, tendo atingido a máxima recorde intradia de 4,2682 reais. Já na sequência, por volta de 11h20, a moeda americana já reduzia o ganho para ser cotada a R$ 4,244. 

O desempenho do real acompanhava o movimento da principais moedas emergentes, em meio à força generalizada do dólar nos mercados diante da falta de avanços na guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Na segunda-feira, o dólar à vista encerrou a sessão regular em uma máxima histórica, com alta de 0,53%, a 4,2150, superando o recorde anterior para um fechamento de 4,2061 reais.

O contrato mais negociado de dólar futuro registrava alta de 0,86% na B3, a 4,265 reais.

Os temores sobre a permanência das altas acentuadas da divisa norte-americana foram acentuados após o ministro da Economia, Paulo Guedes, dizer que, diante da redução da taxa básica de juros no país, o câmbio de equilíbrio "tende a ir para um lugar mais alto".

"Os comentários do Guedes mostram que não tem uma preocupação com a taxa de câmbio no atual patamar", explicou Camila Abdelmalack, economista da CM Capital Markets. "O mercado acaba achando que isso é uma indicação de que o BC não vai atuar."

O ministro afirmou ainda na segunda-feira, nos Estados Unidos, que o Brasil tem uma moeda forte e que flutuações no câmbio não são motivo de preocupação. "Temos um câmbio flutuante... Às vezes ele está um pouco acima, por exemplo, quando o juro desce, ele sobe um pouco."

Em nota, economistas do UBS refletiram a fala de Guedes ao dizer que a forte queda na taxa Selic desde 2017 tem sido um importante fator para a depreciação do real. "A perspectiva de que os juros permanecerão baixos está levando a um ajuste na alocação dos investidores locais e no mix de passivos das empresas, com esses fatores levando à demanda por dólar", afirmou o banco.

Segundo o UBS, "uma liquidação adicional pelo BC poderia pressionar o real, já que as restrições de balanços afetam a capacidade dos bancos de vender dólares de volta ao BC".

"O Banco Central pode aliviar esses problemas vendendo reservas sem comprar dólares ao liquidar swaps cambiais e adicionar reservas temporárias de câmbio ao mercado para atender às pressões sazonais", acrescentou o UBS. No entanto ainda não há uma perspectiva clara de atuação da instituição.

Nesta terça-feira, o Banco Central vendeu 3.500 contratos de swap cambial reverso e 175 milhões de dólares em moeda spot, de oferta de até 15.700 e 785 milhões, respectivamente.

Adicionalmente, a autarquia leiloará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento janeiro de 2020.

Fonte: Noticias Agrícolas

Segunda, 25 de Novembro de 2019
Governo quer estabelecer mudanças no Proagro.
Governo quer estabelecer mudanças no Proagro. Fonte: Safras & Mercados

     O Ministério da Economia (ME) estuda mudança na securitização dos investimentos e financiamentos tomados por grandes produtores rurais no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). O propósito é que o Banco Central deixe de ser administrador do programa e o Tesouro Nacional não seja mais a seguradora da safra.

     “No Proagro, o Tesouro Nacional é a seguradora. O risco incide sobre o Tesouro Nacional. O Banco Central é o operador do Proagro, posição que a gente acha meio jabuticaba”, afirmou Rogério Boueri, subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente do ME que participou, na última terça-feira (19), de seminário sobre a conjuntura da economia agrícola no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

     “O crédito subsidiado pelo Tesouro, via Banco Central, impacta as contas públicas. Isso não tem mais sentido. A autoridade monetária é para controlar a política monetária, o câmbio e a moeda”, disse, o presidente do Ipea Carlos von Doellinger.

     A preocupação do governo é diminuir a exposição do caixa da União e o risco de atingir o teto de gastos autorizado. “Se houve um problema climático é o governo que tem que reembolsar o agricultor ou o banco que fez o empréstimo para ele. A gente quer que o governo ajude o agricultor a pagar o prêmio desse seguro, mas que o risco fique para as seguradoras. O governo pagaria um volume certo e previsível de recursos, isso estabilizaria as saídas de recurso do Tesouro Nacional”, disse Boeri.

     A solução imaginada é que os produtores rurais recorram a seguradoras privadas para proteção de riscos da safra. De acordo com Fernanda Schwantes, assessora técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a intenção de desencadear esse movimento “não começou neste governo”. Segundo a especialista, o propósito é “positivo”, mas o governo precisa ter “estratégia para ampliar as modalidades de seguro”.

      A perspectiva é de que os mecanismos e regramento do Proagro sejam substituídos por dispositivos já adotados pelo Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no próximo ano será destinado R$ 1 bilhão para subvencionar a contratação de apólices do seguro rural do PSR em todo o país, o maior volume desde a criação do programa em 2004.

Fonte: Safras & Mercado

Segunda, 25 de Novembro de 2019
Europa alerta para riscos de fim da Moratória da Soja na Amazônia.
Europa alerta para riscos de fim da Moratória da Soja na Amazônia. Fonte: Agrolink

Um movimento da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) para acabar com a chamada Moratória da Soja na Amazônia coloca em risco um mercado de mais de 5 bilhões de dólares por ano do Brasil na Europa, afirmou à Reuters uma dirigente da Fediol, a associação das indústrias de óleos vegetais e farelos da União Europeia.

Se europeus considerarem que o Brasil encerrou um programa tido como importante meio para evitar desmatamentos por pressão da soja, os brasileiros poderiam perder mercados na Europa para os Estados Unidos e Argentina, segundo avaliação da indústria.

Para a Fediol, a Moratória da Soja, que proíbe a compra de grãos cultivados em áreas desmatadas no bioma amazônico após 2008, é a “única ferramenta que oferece garantias de que o desflorestamento legal, mas também o ilegal, não está acontecendo” por pressão da safra, disse Nathalie Lecocq, diretora-geral da associação, que representa processadores de grãos, refinadores e engarrafadores de óleos vegetais.

Do Brasil, os países da União Europeia importaram cerca de 5 milhões de toneladas de soja em 2018, ou 6% de toda a exportação brasileira, que atingiu um recorde no ano passado.

Mas é o farelo de soja o principal produto nacional exportado aos europeus, que ficaram com cerca de metade dos embarques totais do país, de quase 17 milhões de toneladas na temporada anterior.

“O (eventual) fim da Moratória da Soja pode sim impactar severamente os usuários de soja e farelo do Brasil na Europa, considerando que existem operadores que incluem nos contratos a referência à moratória...”, disse Lecocq.

As empresas ligadas à Fediol incluem multinacionais do agronegócio, como ADM, Bunge e Cargill.

Segundo a dirigente, implicações específicas no mercado pelo possível fim da moratória teriam que ser analisadas caso a caso, mas “é inegável que exigências ambientais se tornam crescentemente importantes para companhias e vão continuar como um importante fator no futuro”.

Para Lecocq, há um senso de “urgência” na Europa, mas também em outras regiões do planeta, de que se deve evitar mais degradação de áreas com grande biodiversidade, particularmente de florestas.

VAI COMPRAR ONDE?

Para a Fediol, entretanto, os consumidores europeus estão mais conscientes de questões que impactam as mudanças climáticas, como o desmatamento, e “hoje estão esperando que a UE garanta ofertas de produtos sem desflorestamento”.

“A Moratória da Soja da Amazônia permite que nós, e aos consumidores do farelo de soja do Brasil, continuemos a originar dessa região, e garante com precisão que a soja não é mais um ‘driver’ de desflorestamento do bioma amazônico”, disse ela, em linha com discurso da Abiove.

Procurado na sexta-feira, o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz Pereira, disse que a visão do setor produtivo é de que apenas as associadas da Abiove e da Fediol ganham com tal moratória, e que está sendo elaborado um estudo para questionar a moratória no órgão antitruste nacional, o Cade.

“Estamos buscando documentos junto aos produtores, onde teve produção embargada pela moratória, e a gente viu que fere legislação nacional, para entramos no Cade, e tem uma chance grande de acabar com essa moratória”, afirmou Pereira.

Ele ressaltou que os compradoras de soja deveriam “pagar pelas reservas legais que estão sob zelo dos produtores a custo alto”.

Questionado, ele minimizou riscos apontados pela Fediol de um eventual embargo à soja do Brasil, o maior exportador global da oleaginosa.

“Vai comprar onde a soja, se não comprar do Brasil? Em Marte, na lua? Não existe soja mais sustentável que a brasileira, essa moratória fez com que eles ganhassem dinheiro. Vai comprar óleo de palma? Óleo de palma também é sustentável?”, comentou, citando a palma, que muitos dizem ser vetor do desmatamento em florestas tropicais mundo afora.

Entretanto, o presidente da Abiove, André Nassar, afirma que há sim o risco de o Brasil perder mercado para seus concorrentes. Segundo ele, a guerra comercial mostrou isso, quando os europeus elevaram em 68,5% as compras de soja norte-americana em 2018, para 8,5 milhões de toneladas, uma vez que chineses estavam comprando tudo o que podiam no Brasil.

No mesmo ano, as aquisições de farelo dos EUA pela Europa cresceram 280%, para 816 mil toneladas.
Ele disse ainda que a Argentina, maior exportador global de farelo de soja, poderia ocupar o grande mercado que o Brasil tem na Europa.

Para Nassar, a soja só é considerada um produto agrícola de baixo risco para desmatamento pela Europa por conta da moratória, e por isso a associação buscará manter tal programa.

Fonte: Agrolink

Segunda, 25 de Novembro de 2019
Milho segue valorizado em Chicago nesta segunda-feira.
Milho segue valorizado em Chicago nesta segunda-feira. Fonte: Noticias Agrícolas

Os preços internacionais do milho futuro operam em alta nesta segunda-feira (25) na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam ganhos entre 3,00 e 3,50 pontos por volta das 11h47 (horário de Brasília).

O vencimento dezembro/19 era cotado à US$ 3,71 com alta de 3,00 pontos, o março/20 valia US$ 3,81 com elevação de 3,25 pontos, o maio/20 era negociado por US$ 3,87 com valorização de 3,50 pontos e o julho/20 tinha valor de US$ 3,92 com ganho de 3,25 pontos.

Segundo informações da Agência Reuters, a força do trigo suporta o futuro do milho, mas os ganhos são limitados pela resistência técnica.

Para o site internacional Farm Futures, as condições gerais apontam para uma cobertura abreviada e melhoria da ação dos preços durante os próximos dias/semanas. “Os spreads de milho devem se fortalecer significativamente nos próximos 75 dias, com dezembro/20 como o elo mais fraco”, diz o analista Duane Lowry.

“As piores notícias sobre a fraca demanda de exportação de milho e a desaceleração da produção de etanol provavelmente estão para trás. O mercado irá acompanhar o relatório de produção de etanol da Agência EIA na quarta-feira e o relatório de vendas de exportação na sexta-feira para ver se conseguimos duas semanas fortes seguidas”, disse a Kluis Advisors aos clientes em nota diária.

B3

A bolsa brasileira também registra tendência de alta neste início de semana e as principais cotações operavam com valorizações entre 0,87% e 1,08% por volta das 11h58 (horário de Brasília).

O vencimento janeiro/20 valia R$ 48,70 com elevação de 1,04%, o março/20 valia R$ 47,91 com valorização de 1,08% e o maio/20 era negociado por R$ 46,20 com alta de 0,87%.

Fonte: Noticias Agrícolas

Segunda, 25 de Novembro de 2019
Preços do trigo vão subir ainda mais.
Preços do trigo vão subir ainda mais. Fonte: Agrolink

A T&F Consultoria Agronômica não acredita em volta para baixo dos preços do trigo para a safra 2019/20: “Daqui para frente, só para cima, lenta e gradualmente, por diversos motivos”, comentam os analistas de mercado da T&F. Entre os pontos que suportam a projeção altista estão:

a) Mesmo com a colheita toda nos armazéns, os preços não baixaram;

b) As quebras de volume (1,2MT) no PR e de qualidade no RS (ao redor de 400 mil toneladas) reduziram fortemente a oferta de trigo para moagem no Brasil;

c) Esta redução da oferta favorece a aquisição de trigo importado (da Argentina, Uruguai e Paraguai);

d) As circunstâncias da Argentina, porém, não estão favoráveis para a compra nem de trigo em grão, nem de farinhas (visitamos um moinho que comprava 80% de argentino e 20% nacional e agora os volumes se inverteram, porque os argentinos não querem vender, preferindo ficar com mercadoria do que dinheiro). Enquete feita entre os moinhos do RS e no PR mostrou grande receio de falta de trigo argentino para a próxima safra. Além dos problemas político-econômicos, há outros dois: a redução da safra argentina, que passou de 21 MT para 18,3 MT; e o aumento considerável das exportações para a Ásia. Um relatório da Reuters indicou que a Argentina mais uma vez dominará o mercado de trigo asiático em 2020, pelo segundo ano consecutivo, visto a menor oferta da Austrália, que tem sido o fornecedor natural dessa região. A agência indicou que o trigo argentino é oferecido a US$ 232/ton de custo e frete nos principais mercados do Sudeste Asiático, contra um valor – por qualidade equivalente – de US $ 240/ton para o Mar Negro e US$ 250/ton para cereais australianos;

e) Com a proibição de entrada de trigo russo nos portos abaixo do Rio de Janeiro, as melhores alternativas para os moinhos gaúchos e paranaenses são comprar trigo e farinhas do Uruguai e do Paraguai, cujos mercados continuam abertos e a preços razoavelmente competitivos;

“Nossa recomendação para os moinhos, se não puderam comprar matéria prima no mercado físico, quer por falta de espaço, quer por falta de capital de giro, é proteger-se da alta praticamente inevitável comprando contratos de opções ou OTCs nos mercados futuros, utilizando para isto algo entre 5% e no máximo 8% do que usariam para comprar mercadoria física. Com isto poderiam garantir custos menores de matéria prima e lucros maiores, mesmo vendendo farinha a preços um pouco menores”, concluem os analistas da T&F.

Fonte: Agrolink

Segunda, 25 de Novembro de 2019
Arroz – Balanço Semanal
Arroz – Balanço Semanal Fonte: AF News Agrícola

A cotação do arroz no mercado doméstico segue com viés de alta, devido ao período de entressafra e as condições climáticas que atingiram o arroz já semeado e o plantio da cultura no Rio Grande do Sul. Na última semana a Emater/Rs informou que com o clima favorável foi possível avançar as atividades no campo e atingir 73% do plantio nas áreas destinadas ao arroz no estado gaúcho.

Cotação do Arroz no Brasil

No fechamento da semana os preços do arroz ficaram em média R$ 45,24/saca paga ao produtor no Rio Grande do Sul e R$ 43,38/saca em Santa Catarina.

Na variação semanal a região do Rio Grande do Sul apontou um leve avanço de 0,5%, já Santa Catarina sinalizou uma redução de 1,1% no preço médio do estado.

No indicador do Cepea, a variação semanal apresentou uma discreta valorização de 0,5% passando de R$ 46,31 para R$ 46,56/saca.

De acordo com o Cepea, os preços do arroz em casca registraram alta no mercado interno, impulsionados, principalmente, pela valorização do dólar. Além disso, as maiores paridades de exportação e importação, puxadas pela taxa de câmbio, também favoreceram as saídas do produto colhido em 2019.

Quanto à safra 2019/20, o levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado em novembro, apresentou queda de 1,62% na produção interna em relação ao mês anterior. Espera-se que a oferta nacional fique em 10,472 milhões de toneladas, volume 0,21% superior à temporada anterior. A disponibilidade interna pode alcançar 12,1 milhões de t, volume 1,13% inferior ao de 2018/19.

Apesar da manutenção de uma perspectiva de consumo, mais uma vez, abaixo de 11 milhões de toneladas para o próximo período, os preços no RS seguem com viés de alta, devido ao período de entressafra, ao baixo volume estocado e, recentemente, ao clima. Fortes chuvas comprometeram o arroz já plantado e o plantio em várias regiões, algumas áreas foram replantadas e os agricultores correram contra o tempo para não perder a janela ideal de cultivo.

Ainda não foi contabilizado todo o impacto já causado, mas chuvas acima da média estão previstas até meados de novembro. Deste modo, o viés altista nas cotações deve permanecer nos próximos meses, com grandes possibilidades dos preços médios da próxima safra permanecerem acima dos da safra atual.

Em relação à balança comercial, a Conab informa que depois de um superávit de 865,1 mil toneladas na Safra 2017/18, o cenário caminha para um equilíbrio no atual período. Até outubro de 2019, as exportações somaram 843,6 mil toneladas, enquanto as importações 763,3 mil toneladas, saldo de 80,3 mil toneladas. Com o mercado brasileiro em entressafra, a importação tende a crescer mais fortemente até o final do ano.

Arroz Safra 2019/20

A Emater/Rs divulgou na quinta-feira (21) o seu informativo conjuntural e informa que 73% das lavouras destinadas a cultura do arroz já haviam sido semeadas, 9% a frente do informado na semana passada, e todas as lavouras se encontram no momento em desenvolvimento vegetativo.

Na região de Bagé, o clima foi favorável à continuidade da implantação da cultura. O predomínio de dias ensolarados com temperaturas amenas permitiu condições propícias de umidade do solo para novos plantios. Em Bagé o excesso de chuva ocorrido em outubro, que resultou no acumulo de 412 milímetros, e interrompeu a semeadura. Com o tempo sem chuvas, os produtores retomaram a semeadura que já atinge 85% (6.936 hectares) da área a ser implantada com a cultura.

As condições climáticas favoráveis, também contribuíram para as demais regiões continuarem as atividades de plantio do arroz. Em alguns casos os produtores ampliaram o turno de trabalho, operando inclusive à noite, para aproveitar as condições ideais de umidade do solo e realizar as operações de finalização do preparo do solo e da semeadura.

As áreas implantadas estão recebendo tratos culturais de controle de invasoras e adubação de cobertura.

Arroz no Mercado Externo

A cotação do arroz na Bolsa de Chicago registrou preços mistos durante a última semana e fechou com desvalorização na sexta-feira (22).

Na variação semanal houve aumento de 0,70% a 2,20% nos preços dos contratos, mai/20 foi o contrato que apresentou a melhor variação e fechou a semana em US$ 12,54/saca do arroz em casca, já jan/20 foi o que sinalizou a menor valorização e fechou valendo US$ 12,18/saca.

Fonte: AF News Agrícola

Sexta, 22 de Novembro de 2019
Bancos Privados aumentam a concessão de crédito agrícola.
Bancos Privados aumentam a concessão de crédito agrícola. Fonte: Agrolink

Com a redução da taxa Selic e do crédito subsidiado, bancos estão estreitando seu relacionamento com o agricultor e investindo no setor agropecuário

Sendo uns dos setores de maior desempenho no país, o segmento agrícola vem despertado um grande interesse nos bancos privados para a concessão de crédito. Isso acontece devido ao aumento da necessidade de crédito privado e a atratividade do setor por conta da redução e encarecimento da oferta de crédito subsidiado, e da redução da taxa SELIC, que aproximou a taxa de juros que o produtor rural pode pagar daquela praticada no mercado.

A procura dos bancos por esse novo mercado é decorrente as peculiaridades do agronegócio. “Os meios que o produtor utiliza para buscar crédito são diferentes dos convencionais utilizados por outras empresas. Por exemplo, o produtor não é digitalizado e não procurará soluções de crédito por vias online; o produtor não deve ser financiado ou cobrado com base exclusivamente em informações convencionais, tais como o IR ou seu balanço. Apesar de o maior ativo do produtor ser sua terra, a moeda que ele usa é a commodity, algo de que o banco não entende, não quer operar e não tem agilidade para executar. Por isso, suas dívidas são colaterizadas na terra, o que gera dificuldade de cobrança no agronegócio”, explica Bernardo Fabiani, CTO da TerraMagna, agrotech brasileira que atua na mitigação de riscos do agronegócio.

Para atender agricultores em áreas remotas, diversas agências bancárias estão sendo abertas em pontos estratégicos, gerando contratação de muitos gerentes para operar no campo e - literalmente - abordar fisicamente os produtores. Se, por um lado, os bancos estão tentando emprestar mais, no quesito segurança do crédito, poucas são as soluções aplicadas para garantir o recebimento da dívida.

“Em um primeiro momento, os benefícios que os bancos privados trazem ao agricultor é o crédito mais barato e, depois, uma maior profissionalização. À medida que o contato com o produtor se desenvolve, elevar gradativamente a barra da concessão de crédito levará a uma governança empresarial mais estabelecida e acesso a outros serviços financeiros dos quais o produtor é carente, tais como hedging (operação que reduz ou elimina a exposição a preço de commodities). O crédito no agronegócio não é arriscado, mas muitas vezes é mal-gerido,” conta Fabiani.

Para auxiliar na segurança do recebimento de crédito aos financiadores, a TerraMagna realiza o monitoramento de lavouras por meio de um sistema próprio via satélite e também monitoramento de campo para acompanhar o grão do campo ao silo. O monitoramento funciona da seguinte forma: a empresa recebe o descritivo das operações de concessão de crédito e o financiador acompanha em tempo real a lavoura, chegando antes dos demais credores e evitando fraudes, como ausência plantio ou desvio do grão produzido. Caso sejam observados indícios de que haverá problemas no pagamento, o credor executa rapidamente o colateral e tem garantia de liquidez com a venda da lavoura. “Proporcionamos mais segurança nas operações financeiras do agronegócio, tornando o processo transparente e menos invasivo, com dados isentos”, finaliza o CTO da agrotech.

Fonte: Agrolink

Sexta, 22 de Novembro de 2019
Soja: com menos chuvas, ritmo do plantio quase dobra no RS, em uma semana.
Soja: com menos chuvas, ritmo do plantio quase dobra no RS, em uma semana. Fonte: Canal Rural

O Rio Grande do Sul semeou 53% da área de soja estimada em 5,978 milhões de hectares. Isso representa um atraso em comparação aos 63% de 2018 e os 60% da média histórica. Todas as lavouras se encontram em desenvolvimento vegetativo, afirma a Emater-RS. Em geral, a cultura segue melhorando seu desenvolvimento, apresentando folhas maiores e com coloração verde intenso. Segundo a entidade, foram observados poucos registros de incidência de pragas até o momento.

Ijuí, foram semeadas 58% da área de 973 mil hectares

A cultura encontra-se 100% em fase de desenvolvimento vegetativo. Segundo a Emater-RS as condições favoráveis de tempo permitiram avanços no plantio.

“No início da semana, o solo apresentava umidade um pouco acima da ideal, mas os produtores optaram pela semeadura. As precipitações ocorridas durante a semana interromperam novamente o plantio, que foi retomado na sexta-feira nos locais onde a intensidade das chuvas não foi excessiva”, afirma a entidade em seu relatório semanal.

Santa Rosa, foram semeadas 45% da área de 708 mil hectares

As lavouras implantadas se encontram 100% na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo, com bom estande de plantas. Segundo a Emater-RS, as boas condições do tempo favoreceram o avanço dos trabalhos, principalmente no último fim da semana, após a diminuição da umidade do solo que possibilitou o trânsito das máquinas nas áreas da cultura.

“Os produtores dividiram suas atividades entre a semeadura e a dessecação das
lavouras com herbicidas para diminuir a infestação de plantas espontâneas, cuja intensidade
aumentou em função da liberação das áreas anteriormente ocupadas com o cultivo de trigo,
totalmente colhidas”, afirmou a Emater.

A entidade ainda relata que em algumas áreas na região das Missões, houve registro de tombamento de plântulas causado pelo fungo de solo Rhizoctonia solani, obrigando os produtores a realizarem replantio.

Soledade, foram semeadas 30% da área de 438 mil hectares

Segundo a Emater, os produtores aproveitaram o tempo firme e a umidade adequada do solo para acelerar a semeadura, operando inclusive no turno da noite. As lavouras implantadas se encontram 100% na fase de desenvolvimento vegetativo, com bom estande de plantas.

“Em algumas lavouras da região, foi observada morte de plantas por excesso de umidade e ataque de fungos de solo”, diz.

Frederico Westphalen, foram semeadas 65% da área estimada

Segundo a entidade, os produtores aproveitaram o período favorável para realizar os plantios. As lavouras se encontram 100% na fase de desenvolvimento vegetativo.

Bagé, foi semeado 15% da área de 780 mil hectares

Por lá, de acordo com levantamento da Emater-RS, a semana foi marcada por tempo favorável com predomínio de sol, alternando com a ocorrência de pancadas de chuvas. As temperaturas amenas pela manhã e mais elevadas à tarde colaboraram para o bom desenvolvimento da cultura.

“Em Hulha Negra a semeadura seguiu em ritmo intenso para garantir o estabelecimento das lavouras na época preferencial, que se estendeu até 20 de novembro, sobretudo com as cultivares de ciclo precoce”.

Passo Fundo, foi semeado 65% da área de 656 mil hectares

“As lavouras implantadas encontram-se 100% na fase de desenvolvimento vegetativo. Os produtores de soja aproveitaram o período de tempo favorável e seguiram realizando preparo de novas áreas e semeadura.”

Porto Alegre, foi semeado 16% da área de 120 mil hectares

Segundo a Emater, as lavouras implantadas se encontram 100% na fase de desenvolvimento vegetativo. “Os produtores seguem realizando dessecações e preparando novas áreas para plantio.”

Caxias do Sul, foi semeado 30% da área de 227 mil hectares

“Entre os produtores que semearam após as chuvas, alguns terão que ressemear, porque a germinação foi desuniforme devido ao excesso de umidade no solo e à presença de fungos, favorecida por essas condições. As lavouras se encontram 100% na fase de desenvolvimento vegetativo”, diz a Emater.

Santa Maria, foi semeado 45% da área prevista;
São Lourenço do Sul, foi semeado 50% da área prevista;
Canguçu, foi semeado 37% da da área prevista;
Arroio Grande, foi semeado 34% da área prevista;
Herval, foi semeado 30% da área prevista;
Jaguarão, foi semeado 27% da área prevista;
Piratini, foi semeado 25% da área prevista;
Dom Pedrito, foi semeado 55% da área estimada;
Pelotas, foi semeado 29% da área de 406 mil hectares;
Erechim, foram semeadas 70% da área estimada.

Fonte: Canal Rural