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Segunda, 18 de Novembro de 2019
Censo Agropecuário: produção de soja aumentou 123% em 11 anos.
Censo Agropecuário: produção de soja aumentou 123% em 11 anos. Fonte: Canal Rural

A produção de soja registrou um incremento de 123% entre 2006 e 2017, segundo dados do Censo Agropecuário, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a área colhida do grão teve alta de 72% e de estabelecimentos que investem na cultura, 9%.

O resultado comprova que o aumento de produção da oleaginosa não necessariamente precisa da abertura de novas áreas de cultivo. Um ponto chave no processo é o aumento de produtividade da safra em áreas já existentes, proporcionado pelo avanço das tecnologias. Com o resultado, a soja assumiu pela primeira vez em um censo agropecuário a liderança no valor de produção, desbancando a cana-de-açúcar, tradicionalmente campeã.

Os dados do Censo Agropecuário 2017 revelam que o valor da produção vegetal do país foi de R$ 308 bilhões. Desse resultado, a soja foi responsável por R$ 104 bilhões – ou seja, mais de um terço da produção vegetal total do país.

Em segundo lugar, aparece a cana-de-açúcar, contribuindo com R$ 49 bilhões, seguida pelo milho em grão, com R$ 34 bilhões, e o café arábica, com R$ 13,5 bilhões.

Demanda por soja

Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja. Segundo dados de 2018 da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a maior parte da soja produzida no Brasil tem como destino a exportação, seja como farelo, óleo ou, principalmente, o grão, gerando U$ 40,9 bilhões de valor.

O coordenador de agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Octávio Oliveira, explica que um dos fatores que contribuiu para o impulsionamento da produção foi o aumento da demanda por carne de frango, carne de porco e ovos. “Como tanto a soja quanto o milho são fundamentais para a ração animal, consequentemente, temos uma maior demanda por esses grãos”, explicou.

Octávio também comenta que, apesar de perder espaço para a soja, a cana tem se mantido estável, pois a demanda ainda é grande. Entre outros fatores, está a versatilidade do produto, que serve como matéria-prima para o biocombustível, o açúcar para exportação e o álcool que é adicionado à gasolina.

Fonte: Canal Rural

Segunda, 18 de Novembro de 2019
Mercado retoma negócios no Brasil com firmeza nos preços.
Mercado retoma negócios no Brasil com firmeza nos preços. Fonte: Safras & Mercado

O mercado brasileiro de milho retoma os negócios após o feriado com firmeza nos preços no Brasil. O movimento de retenção de oferta se mantém, o que deve manter o ritmo de negócios limitados. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago tenta se firmar no território positivo.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em dezembro/19 operam com ganho de 0,25 centavo, ou 0,06%, cotada a US$ 3,71 1/2 por bushel.

* O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos reportou a venda de 132 mil toneladas de milho para destinos não revelados, com entrega na temporada 2019/20.

* O mercado tenta buscou suporte em fatores técnicos e no sentimento de avanço no acordo comercial entre Estados Unidos e China, ainda que o sentimento de fraca demanda para o cereal norte-americano siga limitando a valorização.

* As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2019/20, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 581.600 toneladas na semana encerrada em 7 de novembro. Representa uma elevação de 19% frente à semana anterior e um avanço de 23% ante à média das últimas quatro semanas. México liderou as compras com 304.400 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 400 mil e 800 mil de toneladas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

* Na sexta-feira (15), os contratos de milho com entrega em dezembro de 2019 fecharam a US$ 3,71 1/4, baixa de 4,50 centavos de dólar, ou 1,20%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera em queda frente ao real acompanhando o exterior mais positivo em meio às notícias de avanços nas tratativas comerciais entre Estados Unidos e China, com a percepção de que a conclusão da chamada “fase 1” do acordo pode estar próxima. Porém, na volta do feriado prolongado no mercado doméstico, analistas não descartam algum ajuste ao longo da sessão.

* Às 9h59 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,33% no mercado à vista, cotado a R$ 4,1770 para venda, enquanto o contrato para dezembro caía 0,47%, a R$ 4,1805. Lá fora, o Dollar Index tinha leve queda de 0,06%, aos 97,941 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As bolsas da Ásia fecharam em alta. Xangai, +0,62%; e Tóquio, +0,49%.

* As principais bolsas na Europa operam mistas. Paris, -0,13%; Frankfurt, -0,16% e Londres, +0,12%.

* O petróleo opera em baixa. Dezembro do WTI em NY: US$ 57,29 o barril (-0,74%).

* O Dollar Index registra baixa de 0,08% a 97,92 pontos

MERCADO

* O mercado brasileiro de milho apresentou preços estáveis nesta quinta-feira. A véspera de feriado foi de pouco interesse de compradores e vendedores, com a semana mais curta trazendo lentidão à comercialização. As cotações seguem bem sustentadas pela estratégia de retenção de oferta por parte dos produtores, diante dos problemas climáticos com a safra de verão.

* No Porto de Paranaguá, o preço ficou em R$ 41,00/43,00 a saca. Em Santos, o preço girou em torno de R$ 41,50/44,50 a saca.

* No Paraná, a cotação ficou em R$ 39,00/40,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 43,00/44,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 45,50 / 46,50 a saca.

* No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 43,50/45,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 41,00/42,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 36,00/38,00 a saca em Rio Verde, no disponível. Em Mato Grosso, preço ficou a R$ 33,00/35,00 a saca em Rondonópolis, para o disponível.

Fonte: Safras & Mercado

Segunda, 18 de Novembro de 2019
Insumos continuam registrando alta em novembro.
Insumos continuam registrando alta em novembro. Fonte: Agrolink

De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (18/11), pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), tanto o milho quanto a soja continuam registrando alta no mês de novembro.

As cotações do milho continuam em alta no mercado brasileiro, devido à demanda aquecida no físico, segundo pesquisadores do Cepea. Nessa quinta-feira, 14, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) fechou a R$ 44,09/saca de 60 kg, avanço de 2,68% frente à sexta anterior, 8. Muitos compradores, especialmente de regiões consumidoras, mostram dificuldades em encontrar novos lotes do cereal. Vendedores, por sua vez, postergam as negociações, à espera de preços maiores nas próximas semanas, fundamentados nas exportações ainda aquecidas. Nos portos, os valores também sobem, mas de forma menos intensa. Vale lembrar que os preços do milho no interior do País estão mais atrativos que os para exportação.

A saca de 60 kg da soja em grão voltou a ser negociada acima de R$ 90,00 no porto de Paranaguá (PR) na semana passada, segundo informações do Cepea. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) subiu 0,47% entre 8 e 14 de novembro, fechando a R$ 90,24/saca de 60 kg na quinta-feira, 14. O impulso veio da retração de grande parte dos sojicultores – que, diante das incertezas quanto à safra 2019/20, prefere segurar o remanescente de 2018/19 – e das firmes demandas de indústrias brasileiras e do mercado internacional. No campo, embora as recentes chuvas tenham amenizado a preocupação de parte dos agentes, há municípios que ainda registram déficit hídrico, especialmente em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia e Maranhão. 

Fonte: Agrolink

Segunda, 18 de Novembro de 2019
Defensivos Agrícolas: Novas soluções para aplicação eficiente dos defensivos.
Defensivos Agrícolas: Novas soluções para aplicação eficiente dos defensivos. Fonte: AF News Agrícola

O Brasil é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e Europa. Com isso, a responsabilidade de se produzir alimentos é ainda maior, especialmente porque o País não alimenta somente os brasileiros, mas todo o mundo. Portanto, estudos voltados para a criação de diferentes métodos na produção agrícola brasileira, são essenciais para que o setor possa se desenvolver ainda mais. Por este motivo, uma junção de diversas instituições públicas e privadas, realizaram um longo estudo sobre métodos diversificados de aplicação dos defensivos agrícolas para diferentes regiões do Brasil.

O Brasil é o quinto maior país do mundo com uma extensão territorial de 8.514.876 km². Com uma área tão grande, a diversidade de biomas, relevo e condições climáticas é gigantesca e cada região, necessita de uma diferente alternativa quando o assunto é cultivo de alimentos. Em regiões de clima quente e chuvoso, por exemplo, a necessidade de irrigação é praticamente nula por conta do grande volume de chuvas, mas ao mesmo tempo, os cuidados devem ser tomados para evitar que a umidade não favoreça o aparecimento de pragas e doenças nas plantas. Logo, é essencial que os estudos sobre diferentes métodos de cultivo e também de aplicação de defensivos agrícolas, sejam ajustados de acordo com cada característica das regiões.

Por este motivo, recentemente foi realizada uma longa e detalhada pesquisa sobre aplicação de defensivos agrícolas nas principais regiões agrícolas do Brasil. Para realização do estudo foram integrados sete centros de pesquisa da Embrapa, o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), dez universidades, duas empresas de consultoria e tecnologias de aplicação e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A pesquisa levou em consideração as diferentes características de cada região e foram produzidos modelos a serem adotados de forma adequada para cada local e cultura cultivada. Esse estudo também acabou gerando um amplo banco de dados sobre a pulverização agrícolanacional.

Ao longo de quatro anos, equipes de cientistas se debruçaram sobre o tema para identificar e apontar estratégias e tecnologias aéreas e terrestres para o controle de pragas. Sensores inteligentes, modelos computacionais, avaliação de técnicas e equipamentos de pulverização são alguns dos resultados obtidos.

O maior objetivo da proposta era de reduzir a deriva (aplicação do defensivo que não atinge seu alvo). Para isso, foram utilizadas diferentes técnicas e equipamentos que visam melhorar a eficiência da aplicação de defensivos no combate a pragas das principais cadeias produtivas para a segurança alimentar e energética: soja, arroz, laranja e cana-de-açúcar e abrangeu quatro regiões do País: Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. As culturas foram selecionadas de acordo com a importância econômica e social para o País e pelos desafios que representaram para a pesquisa.

A integração de diversas instituições como a Embrapa, Sindag, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre outros parceiros, resultou na elaboração de recomendações técnicas, desenvolvimento de novos métodos, sensores e adaptação de tecnologias, tanto para o uso de produtos químicos como defensivos biológicos.

A adoção de estratégias como essas contribui para aplicações mais eficientes, com menores impactos de contaminação do meio ambiente e das pessoas, podendo ainda reduzir o percentual de destruição da produção agrícola por ataques de pragas e outros patógenos, estimado entre 10% e 40% no mundo. O estudo, realizado em culturas de soja e cana-de-açúcar com o uso de atomizadores rotativos, observou que é possível reduzir em 79% – em média – a deriva, com o emprego dos equipamentos adequados e sua regulagem.

A pesquisa concluiu que os atomizadores geram níveis menores de deriva em relação aos bicos hidráulicos ajustáveis, comparando-se a eficácia dos tratamentos no combate a essas pragas.

Um dos pesquisadores do estudo reforçou a importância dos defensivos agrícolas na produção de alimentos, explicando que na ausência desse controle de pragas, podem ocorrer grandes prejuízos na produtividade esperada, mas que o produtor ou profissional do campo, muitas vezes dá maior importância ao produto que está sendo aplicado na lavoura para realizar o controle das pragas, quando na verdade deveria se preocupar também no método de aplicação, pois a junção dessas duas coisas é que de fato vai trazer a eficiência no controle.

Um bom método de aplicação dos defensivos agrícolas traz menor impacto negativo ao meio ambiente, além de reduzir os custos de aplicação e maior eficiência na sua utilização, atingindo o alvo de forma certeira e minimizando as perdas por deriva. Atualmente o uso de sensores inteligentes para a aplicação de agrotóxicos tem reforçado que o uso da agricultura de precisão é uma das melhores alternativas para uma produção sustentável, o que foi conclusivo após todos os testes realizados na pesquisa.

Fonte: AF News

Quinta, 14 de Novembro de 2019
Primeiras cargas de arroz brasileiro ao México embarcam nesta semana.
Primeiras cargas de arroz brasileiro ao México embarcam nesta semana. Fonte: Safras & Mercados

     Confirmada em maio deste ano pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a abertura do mercado mexicano para o arroz brasileiro se torna realidade neste mês de novembro. Já estão no Porto de Rio Grande prontos para embarque 11 conteiners com arroz beneficiado para o país da América do Norte, com previsão de saída ainda nesta semana. A notícia do primeiro negócio realizado pelos brasileiros foi comemorada pelo setor arrozeiro.

     Para o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, a expectativa é que este embarque seja apenas o primeiro e que em breve também haja a exportação do arroz em casca do Rio Grande do Sul, que produz cerca de 70% do cereal no país, para o território mexicano. “Esta é uma confirmação que faz muito tempo que vem sendo trabalhada com as entidades e com o apoio do Ministério da Agricultura no sentido de viabilizar esta exportação”, observa.

     As conversas para a abertura do mercado mexicano ocorrem desde 2015. Na ocasião, a Federarroz, representada pelo então presidente Henrique Dornelles, esteve participando de evento com representantes das Américas em Cancún, onde foram dados os primeiros passos para a negociação, pois na época já havia forte demanda pelo produto brasileiro. Já em 2017, em visita à Expodireto Cotrijal, Velho, então vice-presidente da entidade, reforçou as negociações juntamente com o então embaixador mexicano, Eleazar Velasco Navarro.

     Em 2015, segundo dados do Comité Nacional Sistema Producto Arroz del Mexico, os mexicanos colheram 158,35 mil toneladas de arroz, queda de 80,4% em 30 anos. Em 1985, a produção do país era de 807 mil toneladas. Enquanto isso, no mesmo período, o consumo cresceu de 850 mil para 1,1 milhão de toneladas. As informações são da assessoria de imprensa da Federarroz.

Fonte: Safras & Mercado

Quinta, 14 de Novembro de 2019
Milho: expectativa de melhora na demanda mantém Chicago em alta nesta quinta-feira.
Milho: expectativa de melhora na demanda mantém Chicago em alta nesta quinta-feira. Fonte: Noticias Agrícolas

A Bolsa de Chicago (CBOT) segue operando com leves altas para os preços internacionais do milho futuro nesta quinta-feira (14). As principais cotações registravam ganhos entre 1,25 e 1,50 pontos por volta das 11h59 (horário de Brasília).

O vencimento dezembro/19 era cotado à US$ 3,76 com alta de 1,50 pontos, o março/20 valia US$ 3,85 com valorização de 1,50 pontos, o maio/20 era negociado por US$ 3,91 com elevação de 1,50 pontos e o julho/20 tinha valor de US$ 3,97 com ganho de 1,25 pontos.

Segundo informações da Agência Reuters, o milho apresenta perspectiva de alta com a possibilidade de melhoria na demanda por alimentos.

“A alfândega da China disse na quinta-feira que estava suspendendo as restrições à importação de carne de aves dos Estados Unidos, com efeito imediato”, diz Mark Weinraub da Reuters Chicago.

B3

Já a bolsa brasileira registra movimentações em campo misto nesta quinta-feira. As principais cotações apresentavam flutuações entre 0,30% negativo e 0,89% positivo por volta das 11h56 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/19 era cotado à R$ 44,40 com alta de 0,89%, o janeiro/20 valia R$ 46,66 com queda de 0,30% e o março/20 era negociado por R$ 45,74 com elevação de 0,09%.

Fonte: Noticias Agrícolas

Quinta, 14 de Novembro de 2019
Soja tem surtos de Helicoverpa
Soja tem surtos de Helicoverpa Fonte: AF News Agrícola

Os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, puseram em alerta produtores e pesquisadores da região por conta da incidência de ataques da lagarta Helicoverpa armígera observados logo após a semeadura da soja nos últimos dias. A praga possui rápida proliferação e já causou prejuízos bilionários no cultivo da soja brasileira.

A Helicoverpa armígera é um tipo de lagarta considerada uma praga para as cultura da soja, milho, algodão e feijão. O inseto se alimenta principalmente das folhas das plantas, reduzindo a sua área foliar, o que interfere diretamente na assimilação de fotossíntese. Sua proliferação é rápida, o que preocupa mais ainda os produtores, já que os prejuízos são altos em caso da impossibilidade de controle da praga.

Atualmente, os produtores dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, tem informado a pesquisadores e engenheiros agrônomos da região sobre os surtos que estão ocorrendo da infestação da Helicoverpa armígera em lavouras da soja, especialmente em Chapadão (MS) e Primavera do Leste (MT).

A recomendação-chave feita por agrônomos ao produtor, neste momento, é realizar corretamente o monitoramento de lavouras e identificar a necessidade de controle da praga pela aplicação de produtos específicos.

Para a pesquisadora da Fundação MT, Lucia Vivan, no estágio em que se encontram as lavouras neste momento, é possível controlar à Helicoverpa com base na aplicação de baculovírus ou defensivos agrícolas biológicos. “Temos um tempo ainda porque a soja está no início. Mas é importante ao produtor monitorar suas áreas e concluir, adiante, se haverá necessidade de incorporar inseticidas químicos ao manejo com baculovírus”, reforça a entomologista.

O pesquisador Guilherme Almeida Ohl, da Ceres Consultoria em Primavera do Leste, entende que os baculovírus constituem nos dias de hoje “os melhores inseticidas que temos, porque depois de eliminar às lagartas eles espalham vírus na lavoura e assim controlam outras gerações de pragas”. Ohl é outro pesquisador a crer que no atual estágio vegetativo da soja, o controle da Helicoverpa pode ser feito somente pela aplicação de baculovírus.

Ele observa, porém, que os baculovírus só não cresceram mais entre as opções de manejo do produtor, até hoje, pela deficiência na logística de distribuição e acesso do mercado aos produtos. Para a australo-americana AgBiTech, maior fabricante de baculovírus do mundo, há quatro anos no Brasil, a solução a esses entraves está bem encaminhada por meio de investimentos na ampliação da oferta e na entrega contínua de alta tecnologia na área.

“Na safra passada nossos baculovírus trataram 500 mil hectares, marca relevante para esses insumos no Brasil”, ressalta Marcelo Giuliano, diretor comercial da AgBiTech. Conforme Giuliano, a expectativa é que na safra 2019-20 os baculovírus da empresa – hoje um total de seis produtos – atinjam à histórica marca de 2 milhões de hectares tratados. “Investimos fortemente para ser o principal player do setor no Brasil”, enfatiza Adriano Vilas Boas, gerente geral da AgBiTech na América Latina.

O pesquisador Germison Tomquelski, da Fundação Chapadão, informa que tem sido comum, na região do Chapadão, a presença da Helicoverpa na fase inicial de plantio. Mesmo assim, assinala ele, o controle da praga é uma medida necessária em face dos prejuízos que ela pode trazer ao produtor.

“Os baculovírus têm funcionado muito bem, eliminando inicialmente às lagartas. Foi uma quebra de paradigma a chegada e o posicionamento desses produtos. Eles já se encaixam entre as ferramentas de manejo do produtor brasileiro”, assinala Tomquelski. O pesquisador destaca ainda que diante das atuais condições climáticas do Mato Grosso do Sul, com alguns dias com chuva e outros não, os surtos de lagartas tendem a ser mais intensos no Estado.

Fonte: AF News

Quinta, 14 de Novembro de 2019
Dólar recua ante real após fechar perto de recordes no dia anterior.
Dólar recua ante real após fechar perto de recordes no dia anterior. Fonte: Agrolink

Após fechar a sessão anterior em sua segunda maior cotação da história, o dólar recuava contra o real nos primeiros negócios desta quinta-feira, em véspera de feriado local marcada por dados decepcionantes sobre a indústria da China.

Às 9:12, o dólar recuava 0,44%, a 4,1683 reais na venda.

Na sessão anterior, o dólar fechou no segundo maior nível da história para um encerramento no mercado à vista, a 4,1869 reais na venda, com alta de 0,48%, impulsionado por pressões políticas vindas de vizinhos latino-americanos.

O dólar futuro de maior liquidez registrava leve queda de 0,10% neste pregão, a 4,1705 reais.

O Banco Central ofertará nesta quinta-feira até 12 mil contratos de swap cambial reverso e até 600 milhões de dólares em moeda à vista. Adicionalmente, a autarquia também ofertará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento janeiro de 2020, em caso de colocação parcial ou de não colocação de swaps reversos e dólar spot.

Fonte: Agrolink

Quinta, 14 de Novembro de 2019
BOI/CEPEA: Arroba e carne no atacado atingem patamares recordes reais.
BOI/CEPEA: Arroba e carne no atacado atingem patamares recordes reais. Fonte: Noticias Agrícolas

A pecuária nacional tem passado por um momento distinto. De acordo com dados do Cepea, do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, os preços da arroba negociada no mercado paulista e os da carne no atacado da Grande São Paulo alcançaram patamares recordes reais.

Nessa quarta-feira, 13, o Indicador do boi gordo ESALQ/B3 fechou a R$ 190,95, bem próximo do recorde real, de R$ 191,89, registrado em abril de 2015 – todos os valores da série histórica do Cepea, iniciada em 1994, foram deflacionados pelo IGP-DI de outubro de 2019. No acumulado parcial deste mês (de 31 de outubro a 14 de novembro), o Indicador registra forte avanço de 12%. Levantamentos do Cepea, inclusive, já tem verificado que a arroba chega a ser negociada por R$ 200,00 em algumas regiões do estado de São Paulo.

O preço da carne (carcaça casada de boi – que, vale lembrar, é formada por 48% de traseiro, 38% de dianteiro e 14% de ponta de agulha) negociada no atacado da Grande São Paulo tem atingido sucessivos recordes reais da série do Cepea, iniciada em 2001, desde sexta-feira, 8. Nessa quarta-feira, 13, a média à vista da carcaça casada do boi foi de R$ 12,74/kg, 3,75% acima do recorde anterior, de R$ 12,28/kg, observado também em abril de 2015.

Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário é resultado das aquecidas demandas externa e interna e da baixa oferta de animais prontos para abate. Do lado da demanda, no mercado doméstico, é comum observar certo aquecimento nas vendas nesta época do ano, quando atacadistas se abastecem, à espera de aumento na procura por carne, devido às típicas festas e churrascos. No caso das exportações, pesquisadores do Cepea destacam que o volume embarcado pelo Brasil se mantém acima das 100 mil toneladas desde julho de 2018, resultado que tem sido influenciado especialmente pela demanda chinesa – nesta semana, inclusive, novas plantas frigoríficas brasileiras foram habilitadas para exportar carne ao país asiático.

Em outubro, vale lembrar, o volume de carne bovina exportada pelo Brasil foi recorde e, nestes primeiros seis dias úteis de novembro, o País já registrou embarque de 37 mil toneladas da proteína, com média diária de 6,2 mil toneladas, um pouco abaixo das 7 mil toneladas em outubro/19 e das 6,5 mil toneladas em novembro/18, segundo dados da Secex. Ainda assim, caso esse ritmo permaneça até o final do mês, as exportações somariam cerca de 120 mil toneladas.

Quanto à oferta de animais, segue restrita em todas regiões acompanhadas pelo Cepea. De modo geral, o crescente abate de fêmeas em anos recentes resultou em restrição de oferta de animais. Nesse sentido, a pecuária nacional vai ter que responder com aumento de produtividade para conseguir atender à crescente demanda por novos lotes para abate, tendo em vista que o abate de fêmeas atingiu volumes recordes nos primeiros meses deste ano.

Fonte: Noticias Agrícolas

Quarta, 13 de Novembro de 2019
Brasil perdeu quase 13% das fazendas leiteiras entre 2006 e 2017.
Brasil perdeu quase 13% das fazendas leiteiras entre 2006 e 2017. Fonte: Canal Rural

O número de propriedades rurais que atuam na produção de leite caiu de 1,35 milhão para 1,18 milhão entre 2006 e 2017, recuo de 12,92%, segundo o último Censo Agropecuário, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em outubro. A quantidade de vacas ordenhadas também recuou neste período, de 12,71 milhões para 11,51 milhões de animais, o que representa queda de 9,47%. Apesar disso, o volume captado aumentou 46,62%, graças ao salto de produtividade.

A região Sul foi a que mais sentiu a queda de fazendas leiteiras, cerca de 30,4% deixaram a atividade. Em 2006, os estabelecimentos totalizavam 413,8 mil. No último levantamento, eram 288 mil. O rebanho, no entanto, aumentou 1,72%, de 2,44 milhões para 2,49 milhões de vacas.

O Nordeste perdeu 55,7 mil fazendas leiteiras (-13,60%), passando de 410 mil para 354,3 mil. Já o número de vacas recuou 19,63%, de 2,41 milhões para 1,94 milhões.

No Sudeste, cerca de 6,17% das propriedades abandonaram a atividades no intervalo entre os censos, recuando de 310,26 mil para 291,1 mil. O rebanho caiu 11,53%, de 4,46 milhões para 3,95 milhões.

O Centro-Oeste registrou aumento no número de estabelecimentos (+2,63%), que passaram de 128,8 mil para 132,2 mil, e queda no de vacas (-16,34%), de 2,09 milhões para 1,75 milhão de cabeças.

As fazendas leiteiras no Norte passaram de 87,9 mil para 110,8 mil, alta de 25,94%. O rebanho foi de 1,31 milhões para 1,39 milhões, acréscimo de 6,33%.

Fonte: Canal Rural