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Terça, 05 de Novembro de 2019
Cotações do milho passam a operar com desvalorizações nesta 3ª feira na Bolsa de Chicago.
Cotações do milho passam a operar com desvalorizações nesta 3ª feira na Bolsa de Chicago. Fonte: Noticias Agrícolas

As cotações do milho estão trabalhando com perdas na Bolsa de Chicago (CBOT) na tarde desta terça-feira (05). Por volta das 12h05 (Horário de Brasília), os principais vencimentos operam com quedas de 1,75 a 2,50 pontos. O contrato Dezembro/19 operava a US$ 3,81 por bushel,  o Março/20 estava cotado a US$ 3,91 por bushel e o maio/20 trabalhava a US$ 3,98 por bushel.  

Segundo as informações da Farm Futures, os  futuros dos grãos está praticamente estável para um pouco mais alto nesta manhã, tentando se estabilizar nos relatórios de produção, oferta e demanda de sexta-feira do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 

“Os preços do milho estão tentando manter uma recuperação modesta nesta manhã, depois de lutar contra a tendência de baixa da semana passada. A expectativa é queo relatório do USDA de sexta-feira, divulgue um corte modesto na produção e no estoque final.”, informou Bryce Knorr. 

Mercado interno

Na Bolsa Brasileira (B3), as cotações futuras para o cereal operam com valorizações nos principais contratos. Por volta das 12h13 (Horário de Brasília), o vencimento novembro/19 era cotado à R$ 42,22 a saca, com alta de 0,52%, enquanto, o janeiro/20 operava a R$ 43,62 com ganho de 0,51%. 

De acordo com a Consultoria Agrifatto, a expectativa é que este cenário de mercado físico travado ainda continue no curto prazo, especialmente com a ponta compradora mostrando menor necessidade de originação neste momento.

 Fonte: Noticias Agrícolas

Terça, 05 de Novembro de 2019
Arroba do boi gordo sobe até R$ 4 em um dia devido à oferta restrita.
Arroba do boi gordo sobe até R$ 4 em um dia devido à oferta restrita. Fonte: Canal Rural

Segundo a Safras & Mercado, os frigoríficos atuam de maneira agressiva na compra de gado, principalmente para boi padrão China e Europa.

As cotações da arroba do boi gordo no mercado físico registraram altas de até R$ 4 no fechamento desta segunda-feira, 4, segundo levantamento da Safras & Mercado. “Os frigoríficos atuam de maneira agressiva na compra de gado, principalmente para boi padrão China e Europa. O quadro de restrição de oferta permanece como principal justificativa para a pressão de alta”, afirma o analista Fernando Henrique Iglesias.

Segundo ele, a expectativa é de continuidade deste movimento no curto prazo, avaliando o ápice do consumo ao longo do último bimestre do ano.

Em Minas Gerais, a arroba do boi gordo passou de R$ 164 para R$ 168. Na praça de São Paulo, foi de R$ 173 para R$ 175. Já em Mato Grosso do Sul, os preços subiram de R$ 162 para R$ 165 por arroba. Em Goiânia (GO) e Mato Grosso, as cotações seguiram estáveis, a R$ 160 e R$ 155, respectivamente.

Atacado

Os preços da carne bovina também subiram. “As exportações em bom nível favorecem o enxugamento do mercado doméstico, aumentando a propensão a reajustes”, disse Iglesias.

O corte traseiro teve preço de R$ 14 por quilo, contra R$ 13,55 por quilo na sexta-feira. A ponta de agulha passou de R$ 8,95 por quilo para R$ 9,25 por quilo, enquanto o corte dianteiro subiu para R$ 9,40 por quilo.

 Fonte: Canal Rural

Terça, 05 de Novembro de 2019
EUA frustram brasileiros ao manter proibição de entrada da carne brasileira.
EUA frustram brasileiros ao manter proibição de entrada da carne brasileira. Fonte: Portal DBO

Os Estados Unidos negaram a abertura de seu mercado para a carne bovina in natura do Brasil, pleito que estava incluído nas negociações de uma parceria estratégica acertada pelo presidente Jair Bolsonaro com líder norte-americano Donald Trump, informou na tarde desta segunda-feira a Folha de São Paulo. Segundo a notícia, uma nova missão técnica de inspeção deverá vir ao Brasil, o que poderá retardar nova decisão por até um ano.

A carne bovina in natura brasileira está embargada pelos norte-americanos desde julho de 2017, depois de registros de abscessos (contaminação com pus) ocasionados pela reação à vacina contra aftosa. Desde então, o governo brasileiro vem tentando, sem sucesso, reabrir este importante mercado, não só pelo seu tamanho (os EUA são os maiores consumidores mundiais de carne bovina), mas também pelo caráter de referência sanitária que o país representa para que a carne in natura brasileira possa chegar a outros mercados exigentes e que mais pagam pelo produto, como Japão e Coréia do Sul.

A novela brasileira envolvendo o comércio de carne bovina in natura com os EUA é antiga. Em 2016, o governo do Brasil comemorou o fim histórico de um longo processo para abrir esse mercado, após mais de 15 anos de negociações. Naquele ano, as exportações brasileiras de carne bovina in natura para o mercado dos EUA alcançaram US$ 295 milhões, apontando o grande potencial deste mercado. No entanto, a alegria da indústria de carne do Brasil durou pouco com o novo embargo imposto a partir de julho de 2017.

Para piorar a situação, o Brasil viu, no ano passado, a Argentina, seu tradicional concorrente na América do Sul, conseguir acesso livre ao mercado de carne bovina in natural dos EUA depois de um bloqueio de 17 anos – ocasionado por um surto de febre aftosa em 2001. Desde então, os vizinhos argentinos têm alardeado a volta da parceria com os importantes norte-americanos – comitivas de representantes da indústria portenha estiveram presentes em várias ocasiões no país da América do Norte para promover “a melhor carne argentina” aos importadores, distribuidores, imprensa especializada e representantes do setor de hotéis e restaurantes, entre outros serviços de degustação.

 Fonte: Portal DBO

Segunda, 04 de Novembro de 2019
Arroz melhorado geneticamente usa 15% menos água na lavoura.
Arroz melhorado geneticamente usa 15% menos água na lavoura. Fonte: AF News Agrícola

 

Uma nova variedade de arroz desenvolvida pelos pesquisadores da Embrapa começou a ser difundida entre os agricultores este ano. Chamado de BRS Pampa CL, a nova cultivar de arroz se destina a Região Sul do Brasil e tem importantes características para o desenvolvimento sustentável da agricultura.

O arroz é um dos alimentos mais consumidos no mundo e além da sua importância nutricional, sua contribuição para a economia em algumas regiões do Brasil também é de grande relevância, especialmente no Rio Grande do Sul, que produz mais de 70% de todo o arroz cultivado nas lavouras brasileiras.

Por esta razão, pesquisadores da Embrapa, acabaram por desenvolver uma nova variedade de arroz irrigado que demanda 15% menos água. Como nos estados do Sul do Brasil o cultivo principal é do arroz irrigado, essa nova variedade se aplica para estas áreas.

Além disso, por ser uma cultura mais resistente a fungos, é necessária apenas uma aplicação de fungicida. O que reforça a sua viabilidade econômica e ambiental. Nas cultivares convencional que predominam no Rio Grande do Sul, por exemplo, a média de aplicação de fungicidas é de três ou mais aplicações no período, o que eleva significativamente os custos da produção. A BRS Pampa CL é capaz de economizar até R$ 130,00/hectare por conta da redução de aplicação dos defensivos agrícolas.

A nova cultivar foi desenvolvida através do melhoramento genético em uma parceria da Embrapa Clima Temperado (RS) com a Embrapa Arroz e Feijão (GO) e é oriunda da BRS Pampa, por esta razão é que se chama BRS Pampa CL. A variedade BRS Pampa é do grupo de cultivares precoces, cujo ciclo dura em média 118 dias e a produtividade alcança em média 10 toneladas por hectare.

Em números levantados durante a pesquisa constatou-se a eficiência da nova cultivar melhorada geneticamente. Conforme já mencionado, houve a comprovação da sua eficiência de hídrica, que utiliza 15% menos água que outras cultivares, por conta da sua precocidade, já que antecipa em 15 dias a colheita do arroz.

O uso de menos defensivos, em função da sua característica genética de serem mais resistentes as doenças fúngicas, faz com que a BRS Pampa CL economize dinheiro no custo de produção, além de ser mais sustentável ambientalmente.

Foi comprovada também uma menor necessidade de fertilizantes agrícolas (adubação nitrogenada), que vai de 15% a 30%, trazendo maior sustentabilidade econômica e ambiental. Isso se deve ao fato de que a cultivar é mais eficiente na absorção de nutrientes.

Os resultados na colheita também estão sendo bastante satisfatórios, especialmente porque a cultivar está alcançando cerca de 64% grãos inteiros, mas vale ressaltar que a quebra pode variar de acordo com a região, manejo e clima, durante o enchimento do grão. Suas características que foram passadas pelo melhoramento genético apresentam um baixo centro branco, o que torna a cultivar BRS Pampa superior quando comparada as demais cultivares no mercado.

Se tratando de cozimento, a BRS Pampa CL possui amilose alta e baixa temperatura de gelatinização, que significa que a variedade possui uma qualidade culinária, por conta dos grãos ficarem macios e soltos no cozimento.

 Fonte: AF News

Segunda, 04 de Novembro de 2019
Exportação de carne bovina bate recorde em outubro.
Exportação de carne bovina bate recorde em outubro. Fonte: Portal DBO

As exportações de carne bovina in natura totalizaram 160,10 mil toneladas em outubro passado, quebrando o recorde mensal anterior, de 150,7 mil toneladas registrado em setembro de 2018, segundo dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex). Em receita, os embarques do mês passado alcançaram US$ 716,08 milhões.

A média diária ficou em 6,96 mil toneladas exportadas em outubro deste ano, um aumento de 18% em relação à média do mês anterior, e elevação de 12,6% sobre o volume de mesmo período de 2018. O preço médio por tonelada também ficou em US$ 4.472 no mês passado, com acréscimo de 5% sobre o valor de setembro deste ano e avanço de 15% em relação a outubro do ano passado.

O resultado já reflete as 17 novas plantas que foram habilitadas para a China no início de setembro, com expectativa de que a demanda chinesa por proteína animal continuará sua trajetória de alta no médio prazo.

 Fonte: Portal DBO

Segunda, 04 de Novembro de 2019
Soja: Brasil deve ter semana de negócios limitados com CBOT estável e dólar incerto.
Soja: Brasil deve ter semana de negócios limitados com CBOT estável e dólar incerto. Fonte: Noticias Agrícolas

O mercado da soja no Brasil dá início à mais uma semana sem grandes perspectivas de movimentos agressivos na comercialização. O dólar começou seus trabalhos com certa estabilidade, atuando do lado negativo da tabela, mas passou ao positivo e, por volta de 10h30 (horário de Brasília), subia tímidos 0,02% para valer R$ 3,99. Em outubro, a queda acumulada do dólar foi de 3,52% e pressionou severamente os indicativos de preços no país e reduziu drasticamente o ritmo de vendas e esta semana não deve ser diferente. 

Do mesmo modo, as cotações da soja na Bolsa de Chicago têm nova sessão de estabilidade nesta segunda, também sem beneficiar muito o andamento das cotações no Brasil. 

"O ritmo de comercialização de soja recuou significativamente no Brasil, devido à disparidade entre os preços pedidos por vendedores e ofertados por compradores. Além das incertezas quanto à produção mundial da safra 2019/20, as desvalorizações do dólar frente ao Real e dos contratos futuros na CME Group (Bolsa de Chicago) ampliaram a diferença entre os valores", disseram os pesquisadores do Cepea, em uma nota nesta segunda-feira. 

Assim, as referências no mercado nacional ainda não apresentam modificações em relação à última sexta-feira, com os indicativos ainda na casa de R$ 86,00 a R$ 87,00 nos portos, tratando de safras velha e nova. Entre os prêmios, também sem mudanças ainda nesta manhã de segunda-feira. 

Para os meses de novembro e dezembro, os compradores ofertam 70 cents, enquanto os vendedores pedem 140 cents acima dos valores praticados na CBOT. Para a safra nova, referências de fevereiro a abril, do lado do comprador as posições variando de 30 a 55 centvos de dólar, enquanto os vendedores também buscam algo acima dos 100 cents. 

E para Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, essa deverá ser mesmo uma semana de movimentos limitados e pouco avanço nos negócios com a soja brasileira quando o assunto é exportação. "Neste começo de novembro deve ter calmaria nos movimentos e mais interesse interno para atender o consumo de farelo e óleo da virada do ano", diz.

A demanda interna pela oleaginosa tem se mostrado bastante intensa nos últimos meses, com forte apelo do setor de proteínas animais por farelo e do biodiesel pelo óleo. E para o ano que vem, o crescente da demanda também tem sido muito esperada pelo setor. 

Somente em Mato Grosso, por exemplo, a expectativa é de que o esmagamento de soja apresente um crescimento de 50% nos próximos cinco anos, segundo expectativas da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) e do Observatório do Fiemt (Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso).

"Muitos sojicultores mostram preferência por vender FOB em detrimento de exportar, devido ao preço mais atrativo ofertado pelas indústrias domésticas. Representantes de indústrias, por sua vez, sinalizam estar com os estoques reduzidos de grão, com lotes para esmagar até meados de novembro, apenas", completa o Cepea. 

Ainda assim, Brandalizze volta a afirmar que a semana deve ser, de fato, mais tranquila para o mercado da soja, salvo novas notícias que possam vir de forma a movimentarem o mercado cambial ou da Bolsa de Chicago, onde a inércia ainda mantém as cotações caminhando de lado. E o consultor chama atenção ainda a para a retomada da votação sobre a prisão em segunda instância que acontece no Supremo Tribunal nesta quarta-feira, dia 6. 

"Há alguma chance de pressão pequena de alta no dólar na quinta-feira, quando o Supremo deve bater o martelo e liberar os presos, impedindo a prisão em segunda instância. Desta forma, pode haver algum tumulto, mas, no geral, pouco se aguarda destes próximos dias que tendem a ser calmos, tanto para safra velha - que tem pouco para ser negociado - e também para a safra nova - que já andou bem e agora poucos devem vir às vendas", explica Brandalizze.

Mais do que isso, os produtores brasileiros seguem muito focados em seus trabalhos de campo, dedicados a fazerem boa implantação de suas lavouras, apesar dos pontuais problemas de clima que ainda são registrados em algumas regiões produtoras. 

Nas últimas 72 horas, de acordo com informações do Commodity Weather Group (CWG), as áreas de soja e milho do Brasil receberam chuvas de 6,35 a 31,75 mm, com cobertura de algo entre 40 a 45% da área de produção. Localmente, as precipitações, no mesmo período, passaram de 75 mm. 

 Fonte: Noticias Agrícolas

Segunda, 04 de Novembro de 2019
Uma análise da atual safra de inverno na região sul do Brasil.
Uma análise da atual safra de inverno na região sul do Brasil. Fonte: Agrolink

A safra 2019 de trigo no estado do Rio Grande do Sul foi marcada pela ocorrência severa e de forma generalizada de Oídio (Blumeria graminis f. sp. tritici) nas folhas, os meses de julho e agosto foram críticos para o manejo dessa doença no campo. O Elevagro fez uma análise completa da safra de inverno na região sul. 

A alta pressão de Oídio verificada nessa safra está relacionada a condição ambiental presente no período inicial do ciclo da cultura, quando as chuvas foram escassas e seguidas de 10 a 15 dias de estiagem, condição que favorece esse fungo. De maneira geral, os esporos do fungo não requerem molhamento foliar como estímulo para germinação e desenvolvimento inicial. Por isso que períodos mais secos, de pouca chuva, favorecem essa doença, pois não ocorre a remoção e lavagem do micélio do fungo, comparado a períodos com chuvas frequentes e pesadas. Além, disso a faixa de temperatura também foi favorável à ocorrência do oídio, ficando em torno de 15 a 22°C.

O manejo do Oídio exige atenção pois se as aplicações não ocorrerem de forma preventiva ou nos sintomas iniciais da doença, o controle pode ser prejudicado. Nesse cenário, produtos comerciais contendo triazóis de amplo espectro (difenoconazol, tebuconazol, metconazol e protioconazol) e morfolinas destacaram-se com bons resultados de controle. Entretanto, em áreas onde a severidade da doença atingiu níveis maiores, houve prejuízo da eficácia dos fungicidas e perda de tecido foliar no baixeiro das plantas.

A partir do mês de setembro as chuvas normalizaram e o desafio passa a ser a manutenção da qualidade dos grãos do trigo até a colheita, visto que nessa fase final da cultura a Giberela doença causada pelo fungo Fusarium graminearum e que ataca as espigas do trigo pode ocorrer. O controle da Giberela passa pelo posicionamento correto dos fungicidas, com a primeira aplicação focada nesse alvo na pré-emissão das espigas seguida de outra aplicação no florescimento pleno da cultura.

Apesar da ocorrência de Oídio e dos riscos de ocorrência de Giberela, a expectativa de produtividade ainda se mantém boa, pois o trigo é uma cultura importante para o sistema produtivo do Estado. Para mais informações, acesse elevagro.com e confira nossos conteúdos e cursos.

 Fonte: Agrolink

Segunda, 04 de Novembro de 2019
Projeção de câmbio ao final de 2019 fica em R$ 4,00 – Focus.
Projeção de câmbio ao final de 2019 fica em R$ 4,00 – Focus. Fonte: Safras & Mercados

   O mercado financeiro manteve a projeção para a taxa de câmbio ao fim deste ano em R$ 4,00 pela quinta vez seguida, segundo o relatório Focus do Banco Central.

     As estimativas para os anos seguintes também foram mantidas, ficando em R$ 4,00 também em 2020, de R$ 3,95 um mês atrás. Enquanto para 2021 e 2022 seguiu em R$ 3,95 pela terceira vez seguida, de R$ 3,92 quatro semanas antes, e em R$ 4,00, respectivamente, pela quinta vez seguida. As informações são da Agência CMA.

 Fonte: Safras & Mercado

Sexta, 01 de Novembro de 2019
Excesso de chuva atrasa plantio de arroz no Rio Grande do Sul.
Excesso de chuva atrasa plantio de arroz no Rio Grande do Sul. Fonte: Canal Rural

Excesso de chuvas torrenciais e vendavais estão dificultando e prejudicando o manejo das lavouras de arroz em regiões produtoras do Rio Grande do Sul, com risco de atrasar a semeadura. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a situação que se agravou nesta semana, com ocorrência de uma sucessão de temporais, que provocaram inundações, rios saindo do leito e inclusive, em alguns municípios, as precipitações já ultrapassaram 400 mm no mês, causando prejuízos e transtornos às comunidades locais.

Até 25 de outubro, a semeadura das lavouras no estado atingia 48,40% da área, segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Boa parte das lavouras implantadas teve as operações
adotadas no pós plantio dificultadas e prejudicadas. Apresentaram também problemas no estabelecimento e na homogeneidade dos estandes e no controle de plantas daninhas, o que deverá impactar nos custos e na produtividade, reduzindo o potencial esperado das lavouras.

O clima severo também provocou um atraso na semeadura nas regiões da Planície Costeira Externa e na Depressão Central, onde a presença do arroz vermelho exige descanso após a preparação da área, para sua germinação, para posterior semeadura do cereal.

Ainda segundo a Safras & Mercado, outro aspecto relevante, com as recentes chuvas ocorridas nesta semana e com novas previsões de mau tempo, a janela para o melhor período recomendado
para a semeadura do arroz irrigado, que vai até o dia 05 de novembro, para todas as regiões arrozeiras, exceto o Litoral Norte, até 10 de novembro, começa a ficar muito ajustada. Segundo as normas técnicas, o ciclo das cultivares precoce tem como período de plantio de 1 de outubro a 10 de novembro e as variedades do ciclo médio, predominante no Estado, vai de 1 de Setembro até 30 de Outubro.

Fonte: Canal Rural

Sexta, 01 de Novembro de 2019
Soja: Com patamares de preços mais baixos, comercialização está travada no Brasil.
Soja: Com patamares de preços mais baixos, comercialização está travada no Brasil. Fonte: Noticias Agrícolas

Os negócios com a soja no mercado brasileiro estão bastante travados neste momento. A pressão exercida pelo dólar recentemente, que levou as referências a patamares bem mais baixos do que nas últimas semanas, esfriou os ânimos e deixou os vendedores ainda mais retraídos. Nesta quinta-feira (31), o cenário não foi diferente. 

A moeda americana fechou o mês de outubro, segundo a agência de notícias Reuters, com a segunda maior queda do ano, apesar da alta consistente desta sessão. A divisa encerrou o dia com alta de 0,55% e valendo R$ 4,0091. 

Assim, a movimentação da comercialização no Brasil se mostra um pouco mais lenta, com os sojicultores aguardando por novos e melhores momentos de venda. E segundo analistas e consultores, estas oportunidades deverão chegar nos próximos meses, dadas as boas perspectivas de demanda, à continuidade da guerra comercial entre China e Estados Unidos e a uma oferta menor desta temporada. 

Neste momento, porém, "o mercado está calmo e sem fôlego para negócios nesta semana, devido à grande diferença entre os interesses dos vendedores e das possibilidades dos compradores", explica Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.

Assim, os indicativos de preços permaneceram estáveis em praticamente todo o país, sem apresentar quaisquer variações. 

A soja disponível encerrou o dia com os mesmos R$ 87,00 no porto de Paranaguá e com R$ 85,30 em Rio Grande. Para a safra nova, R$ 86,00 no porto paranaense e no gaúcho, também estáveis. No interior, destaque para praças do Paraná, onde as cotações cederam cerca de 0,67% para R$ 74,50 por saca. 

Com valores sem mudança, as referências no interior ainda variam de R$ 71,00 a R$ 86,00, obedecendo as realidade de cada região, acompanhando ainda a movimentação do câmbio e do futuros na Bolsa de Chicago.

MERCADO INTERNACIONAL

E na CBOT, as cotações terminaram o dia com pequenas altas de 0,75 a 2 pontos nos principais contratos. O janeiro/20 ficou em US$ 9,32, enquanto o maio foi a US$ 9,57 por bushel. A inércia e o caminhar lateral dos preços continua no mercado internacional. 

"Assim como estamos alertando há semanas, a especulação está sendo direcionada por política, não por fundamentos. A falta de novidades da Guerra Comercial desacelera o interesse de investimento de fundos de gestão ativa, principais responsáveis pela volatilidade nas commodities agrícolas", explicam os diretores da ARC Mercosul.

Depois do cancelamento do evento no Chile em que se encontrariam os presidentes Donald Trump e Xi Jinping para a provável assinatura da fase um do acordo firmado no início de novembro, tudo voltou a ficar meio suspenso. E a especulação é esta mesmo com o tweet de Trump de que o cancelamento não teria afetado o processo e que um novo local para o momento deverá ser informado nos próximos dias. 

E as notícias que partem da demanda pela soja norte-americana, além de restritas, também não são fortes o suficiente para favorecer os futuros da commodity em Chicago. 

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim semanal de vendas para exportação nesta quinta com bons números para a soja, mas que ficaram dentro das expectativas do mercado. No caso do milho e do trigo, os dados também vieram em linha com as projeções. 

As vendas semanais de soja foram de 943,6 mil toneladas, enquanto o mercado esperava algo entre 500 mil e 1,1 milhão de toneladas. O volume é 99% maior do que o da semana anterior, mas 39% mais baixo do que a média das últimas quatro semanas. A China foi o principal destino da oleaginosa americana. 

No acumulado da temporada, os EUA já comprometeram 19.271,3 milhões de toneladas de soja, contra pouco mais de 21,3 milhões do ano passado, nesse mesmo período. A estimativa do USDA para as exportações do ano comercial é de 48,31 milhões. 

Fonte: Notícias Agrícolas