O dólar caiu mais de 1% frente ao real e os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago registraram uma nova sessão de estabilidade e terminaram o dia com pequenas baixas. Por outro lado, os prêmios voltaram a subir no Brasil e os valores têm sido importante fator de suporte para as cotações da oleaginosa no mercado brasileiro.
Os produtores brasileiros estão mais retraídos neste momento, porém, quando o assunto são novos negócios, focados em seus trabalhos de campo e na implantação da safra 2019/20 com a maior eficiência que puderem. Assim, a comercialização, como explicou o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest Commodities, acaba ficando em segundo plano.
Ainda assim, o momento segue muito favorável para a formação dos preços no Brasil, com margens operacionais ainda muito lucrativas, ficando perto de 76% no Paraná e 43% no Médio Norte de Mato Grosso. Referências melhores sendo praticadas na CBOT e mais uma recente valorização dos prêmios ajudam na formação de bons preços, inclusive para a safra nova.
Ainda segundo Araújo, a soja brasileira voltou a mostrar-se mais competitiva frente à norte-americana, o que fez com que o line-up do país aumentasse e já marque quase 68 milhões de toneladas. "Temos um espaço para exportações de até 72 milhões de toneladas, sem risco de desabastecimento. Acima disso, o risco aumenta", diz.
Como explicou o analista, este é o melhor momento de preços para a safra velha ao longo de 2019, com as referências base porto batendo na casa dos R$ 90,00 por saca e acima. Do mesmo modo, para março e maio do ano que vem, os indicativos são de R$ 87,30 para março, R$ 87,70 para maio por saca da safra nova, também trazendo boas oportunidades.
BOLSA DE CHICAGO
As cotações da soja na Bolsa de Chicago terminaram o dia com pequenas baixas no pregão desta quarta-feira. Faltam informações que possam motivar movimentos mais intensos das cotações neste momento e a cautela ajuda os traders a se manterem na defensiva.
Nem mesmo o anúncio da venda de 128 mil toneladas de soja dos EUA para destinos não revelados foi suficiente para impulsionar as cotações nesta quarta.
A falta de uma confirmação oficial pelos chineses da cota de 10 milhões de toneladas de soja podendo ser importada nos EUA sem tarifação deixa o mercado menos eufórico e ainda na defensiva à espera de mais notícias.
Do mesmo modo, o mercado também observa, apesar do atraso, a boa evolução da colheita americana e espera agora por mais informações de produtividade.
Fonte: Noticias Agrícolas
A Bolsa de Chicago (CBOT) opera próxima da estabilidade para os preços internacionais do milho futuro nesta quinta-feira (24). As principais cotações registravam movimentações máximas de 1,25 pontos por volta das 11h35 (horário de Brasília).
O vencimento dezembro/19 era cotado à US$ 3,87 com perda de 0,75 pontos, o março/20 valia US$ 3,98 com desvalorização de 1,25 pontos, o maio/20 era negociado por US$ 4,05 com baixa de 1 ponto e o julho/20 tinha valor de US$ 4,11 com queda de 0,75 pontos.
Segundo informações da Agência Reuters, as preocupações com a desaceleração da colheita suportam o futuro do milho, com previsões pedindo mais chuva e neve no meio-oeste na semana que vem.
Ainda nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim semanal de vendas para exportação de milho dentro do esperado e somaram 491,5 mil toneladas, com a maior parte destinada ao México. As expectativas variavam entre 450 mil e 850 mil toneladas.
B3
A bolsa brasileira registrava pequenas quedas nesta quinta-feira, com as principais cotações registrando baixas entre 0,37% e 0,80% por volta das 11h03 (horário de Brasília).
O vencimento novembro/19 era cotado à R$ 43,38 com queda de 0,37%, o janeiro/20 valia R$ 43,45 com perda de 0,71% e o março/20 era negociado por R$ 43,30 com desvalorização de 0,80%.
De acordo com o reporte diário da Agrifatto Consultoria, as movimentações da bolsa brasileira seguem mais lentas no pregão de hoje absorvendo a queda do dólar com relação ao real.
Fonte: Noticias Agrícolas
A produtividade pecuária brasileira medida em quilogramas de carne por cabeça de gado bateu recorde no segundo trimestre deste ano quando comparado a igual intervalo de anos anteriores. Segundo dados divulgados pelo IBGE, o resultado médio do setor nesse período, levando-se em conta os abates de boi, vaca, novilho e novilha, foi de 249,06 quilogramas de carcaça por animal
A quantia ficou acima dos 246,03 kg/animal observados nos primeiros três meses deste ano. Na comparação com o mesmo período do ano passado (2º trimestre de 2018), o avanço é de 1,38%. Segundo análise do Cepea, entre os principais produtores, destacam-se os Estados de São Paulo e Mato Grosso, que registraram as maiores produtividades no segundo trimestre de 2019, como já verificado no ano anterior.
Outro Estado que se destacou foi o Tocantins, que teve o maior incremento na produtividade, de 6,09%, entre o segundo trimestre de 2018 e o mesmo período de 2019 – com média de 251,88 quilogramas de carne por animal.
Fonte: Portal DBO
Os custos de produção registraram uma queda de -0,14% em setembro. Este é o quarto mês consecutivo de retração no Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP), conforme relatório divulgado pelo Sistema Farsul, nesta quarta-feira, dia 23. Os preços dos fertilizantes têm impactado diretamente no resultado, mesmo com a taxa de câmbio em ascensão. Já o Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) teve uma valorização de 3,88% especialmente pela alta cambial.
O IICP acumula uma queda de 2,68% em 12 meses, especialmente pela redução do preço dos fertilizantes em 11% na comparação com setembro de 2018. A economista do Sistema Farsul, Danielle Guimarães, comenta que o preço dos insumos responde ao comportamento do mercado. "É a lei da oferta e da procura. Tivemos um aumento na oferta mundial, gerando uma queda a patamares historicamente baixos. Isso impactou nos custos, influenciando mais do que o câmbio", explica.
Mas, se os custos apresentam queda mesmo com a alta cambial, os preços foram impactados por ela, especialmente a soja. Mas o aumento em setembro não foi o suficiente para a recuperação do IIPR em 12 meses, que registra -4,01%, resultado inverso ao IPCA Alimentos que atingiu crescimento de 3,56%. Isso mostra um descolamento entre os dois indicadores no curto prazo.
O Plenário do Senado aprovou na noite desta terça-feira, 22, o texto-base da reforma da Previdência em segundo turno. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi aprovada por 60 votos a favor e 19 contra.
“O Senado enfrentou neste ano uma das matérias mais difíceis para a nação brasileira”, disse o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ao encerrar a votação. “Todos os senadores e senadoras se envolveram pessoalmente nas discussões e aperfeiçoaram esta matéria, corrigindo alguns equívocos e fazendo justiça social com quem mais precisa.”
Senado aprova texto-base da reforma da Previdência
Sobre a aposentadoria rural, as mudanças sugeridas tanto pelo governo como por parlamentares acabaram não se concretizando. Portanto, fica valendo as regras atuais. Entenda!
Segurado especial – pequeno produtor
Idade mínima
Como era: a aposentadoria rural estipulava que, para se aposentar, homens deveriam ter no mínimo 60 anos e mulheres, 55.
Proposta inicial do governo: na proposta inicial do presidente Jair Bolsonaro, a idade mínima para a aposentadoria rural era de 60 anos tanto para homens como mulheres. Ou seja, aumentava a das mulheres em 5 anos.
Como ficou: Não houve alteração na idade mínima de aposentadoria. Portanto, homens devem se aposentar com idade mínima de 60 anos e mulheres, 55 anos.
Tempo de contribuição
Como era: para se aposentar, homens e mulheres deveriam comprovar 15 anos de contribuição.
Proposta inicial do governo: o projeto inicial estipulava tempo mínimo de contribuição para ambos os sexos em 20 anos. Ou seja, aumentava em 5 anos para homens e mulheres.
Como ficou: a proposta do governo não foi aprovada. Então, continua valendo a regra de 15 anos de contribuição para homens e mulheres.
“A reforma não trouxe alterações, não exigiu um tempo mínimo de contribuição mensal ou anual como vinha propondo o governo, não passou essa proposta”, comenta a advogada previdenciária Jane Berwanger.
Contribuição sobre comercialização
Como era: a contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sobre a comercialização de produtos agrícolas era de 1,3%
Proposta inicial do governo: projeto criava contribuição mínima de R$ 600 por ano para cada grupo familiar
Como ficou: nada mudou, portanto para a aposentadoria rural, a alíquota de contribuição continua em 1,3% da comercialização.
Dificuldade em se aposentar
Para ela, a única alteração relevante para o segurado especial (trabalhador rural), que aconteceu em janeiro, foi uma decisão do governo que definiu que os trabalhadores interessados em se aposentar não precisariam mais recorrer aos sindicatos para obter a declaração de atividade rural, documento necessário para dar entrada no pedido.
Depois da medida, o produtor passou a se dirigir diretamente às agências do INSS, onde preenchem uma autodeclaração de exercício de atividade rural.
“Houve uma enorme burocratização dificultando o acesso, são formulários que precisam ser preenchidos que o agricultor não tem a mínima condição de preencher sozinho. Além de precisar de uma série de informações, como CPF do vizinho e ITR do dono da terra, que acabam dificultando a concessão da aposentadoria”, afirma.
Não segurado especial – grande produtor
Para não segurados especiais, ou seja, produtores que possuem mais de 4 módulos fiscais ou empregados permanentes, como grandes produtores, houve uma alteração na idade mínima de aposentadoria da mulher.
Idade mínima
Como era: a idade mínima para mulheres era de 60 anos e homens, 65 anos
Como ficou: houve um aumento na idade das mulheres, que devem se aposentar com 62 anos. Para os homens, foi mantido a idade de 65 anos
Tempo de contribuição
Como era: homens e mulheres tinham que contribuir 15 anos
Como ficou: para a mulher, o tempo mínimo de contribuição é de 15 anos e para homens, 20 anos
PEC Paralela
O agronegócio ainda deve se preocupar com algumas questões que envolvem o setor. Isso porque parlamentares incluíram na PEC Paralela da Previdência, que ainda tramita no Congresso, um item que prevê a cobrança da contribuição previdenciária do agro para quem exporta de forma direta, o que pode gerar a arrecadação de R$ 60 bilhões em 10 anos.
Fonte: Canal Rural
O mercado da soja na Bolsa de Chicago segue operando com estabilidade e tímidas variações nesta quarta-feira (23). Faltam informações que possam motivar movimentos mais intensos das cotações neste momento e a cautela ajuda os traders a se manterem na defensiva.
Perto de 12h50 (horário de Brasília), as cotações perdiam cerca de 0,25 ponto, com o novembro valendo US$ 9,33 e o maio/20, US$ 9,68.
Nem mesmo o anúncio da venda de 128 mil toneladas de soja dos EUA para destinos não revelados foi suficiente para impulsionar as cotações nesta quarta.
A falta de uma confirmação oficial pelos chineses da cota de 10 milhões de toneladas de soja podendo ser importada nos EUA sem tarifação deixa o mercado menos eufórico e ainda na defensiva à espera de mais notícias.
Do mesmo modo, o mercado também observa, apesar do atraso, a boa evolução da colheita americana e espera agora por mais informações de produtividade.
"A pressão sazonal do avanço da colheita da safra americana de soja também contribui em limitar a tendência altista, enquanto que incertezas em relação ao desfecho final da guerra comercial EUA/China mantém todos em postura defensiva", diz Steve Cachia, consultor da AgroCulte e da Cerealpar.
Fonte: Noticias Agrícolas
As exportações de carne bovina “in natura” do Brasil renderam US$ 476,4 milhões em outubro (durante os primeiros 14 dias úteis do mês). A média diária foi de US$ 34 milhões. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A quantidade total exportada pelo país chegou a 108,4 mil toneladas, com média diária de 7,7 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.396,10.
Na comparação com o mês de setembro, houve alta de 36% no valor médio diário da exportação, ganho de 31,4% na quantidade média diária exportada e alta de 3,5% no preço. Na relação com outubro de 2018, houve ganho de 41,4% no valor médio diário, alta de 25,3% na quantidade média diária e ganho de 12,9% no preço médio.
Fonte: Portal DBO
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, realiza nesta semana uma agenda de compromissos na China. Esta é a segunda visita da ministra ao país este ano. De acordo com ela, o Brasil quer diversificar as vendas para o país asiático.
Uma das possibilidades que a ministra negocia para ampliação da pauta exportadora é a inclusão de itens como material genético avícola e miúdos suínos. Outros produtos pretendidos são caroço de algodão, proteína concentrada de soja, melão e uva.
Em maio, Tereza Cristina esteve na China, quando se encontrou com o representante da GACC. O órgão é responsável pelas questões sanitárias e fitossanitárias daquele país. Depois da visita, a China anunciou a habilitação de 25 plantas frigoríficas do Brasil. No entanto, apenas seis frigoríficos de carne de frango foram credenciados.
Fonte: Agrolink
A tendência de mercado é de estabilidade; o volume de captação começa a reduzir com a diminuição da produção.
O valor de referência do leite no Rio Grande do Sul estimado para o mês de outubro é de R$ 1,0609, 3,47% abaixo do consolidado de setembro (R$ 1,0991). Segundo dados divulgados nesta terça-feira (22/10) pelo Conseleite, a tendência reflete o período de safra, mas está mais amena em 2019 em relação a anos anteriores. A redução pontual da pesquisa de outubro foi puxada pela diminuição do leite UHT, carro chefe do mix do Estado, mas teve compensação parcial com a alta do leite em pó.
A tendência de mercado é de estabilidade, uma vez que o volume de captação começa a reduzir com a diminuição da produção no campo nas próximas semanas. “Em 2019, o UHT apresentou estabilidade. Diferentemente de outros anos, quando foram registradas variações bruscas no preço, a curva do ano indica quedas e elevações suaves no preço do UHT”, disse o professor da UPF e responsável pelo estudo Eduardo Finamore. A reunião do Conseleite foi realizada na sede da Farsul, em Porto Alegre.
Segundo o presidente do Conseleite e do Sindilat, Alexandre Guerra, os números refletem uma mudança nos hábitos de consumo do brasileiro em um ano de crise e falta de recursos na economia. “As famílias estão buscando preço porque a crise impactou em cheio o poder de consumo”. Além disso, justificou ele, o que se viu em 2019 foi um aumento das vendas no atacado em detrimento do varejo, principalmente entre as classes A e B, que também estão buscando adquirir leite e outros alimentos básicos a preços mais competitivos. “Isso impacta o comércio e traz reflexo direto ao setor industrial e ao produtor porque estamos em um mesmo mercado. Os movimentos do consumidor interferem em todos os elos”.
IN 76 e 77
Durante a reunião, as entidades que integram o Conseleite ainda debateram o impacto das Instruções Normativas 76 e 77 no campo, principalmente com os resultados de médias geométricas de CBT, que já limitam a captação do leite de alguns produtores gaúchos. O colegiado entende que é preciso realizar alguns ajustes de metodologia que estimulem os produtores a seguir melhorando. “Em alguns casos, não valoriza o esforço que vem sendo feito no campo”, pontuou o gerente técnico adjunto da Emater/RS-Ascar, Jaime Ries, que apresentou casos concretos de distorções que vêm ocorrendo.
Fonte: Portal DBO
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados discute nesta quinta-feira (24) normas sobre descontos na conta de luz para projetos de irrigação rural e aquicultura.
A Lei 10438/02 prevê a concessão de descontos especiais nas tarifas de energia usadas em irrigação e aquicultura. "Os descontos são essenciais para que se assegure, ao pequeno ou médio produtor e ao aquicultor, a competitividade necessária para que os alimentos cheguem à mesa do brasileiro a preços acessíveis", afirma o deputado José Mario Schreiner (DEM-GO), que pediu a realização do debate.
Em 2017, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) editou uma resolução com a intenção de regulamentar os descontos, mas o parlamentar reclama que a norma acabou dificultando o acesso aos benefícios.
A resolução exige, por exemplo, a comprovação do licenciamento ambiental e da outorga do direito de uso de recursos hídricos. "Ocorre que grande parte das obrigações de licenciamento e de outorga de direitos de uso de água decorre de regramento estadual. As secretarias e institutos dos Estados, infelizmente, não dispõem de estrutura administrativa para prestar serviços de fiscalização e licenciamento", lamenta Schreiner.
Fonte dos subsídios
O deputado afirma ainda que um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre esses subsídios sugeriu que eles passassem a ser pagos diretamente pelo orçamento da União.
Antes esses descontos eram custeados com os recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que é fundo com objetivos de fomentar o desenvolvimento energético dos estados; a competitividade da energia elétrica produzida a partir de determinadas fontes e a universalização do serviço de energia elétrica.
As fontes desses recursos eram o Tesouro Nacional (pagamentos pelo uso de bem público e multas aplicadas pela Aneel) e encargos cobrados dos consumidores nas tarifas de luz.
"Os impactos dessas medidas ao setor agropecuário brasileiro serão imensos tanto em custo quanto em burocracia", avalia o deputado José Mario Schreiner (DEM-GO).
Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto, entre outros:
- o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Júnior;
- o secretário de Fiscalização de Infraestrutura de Energia Elétrica do Tribunal de Contas da União, Manoel Souza Neto;
- o diretor da Aneel, André Pepitone da Nóbrega; e
- os ministros da Agricultura, Tereza Cristina; e do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.
Fonte: Noticias Agrícolas