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Sexta, 01 de Novembro de 2019
Com boa oferta interna, mercado de milho deve manter viés baixista.
Com boa oferta interna, mercado de milho deve manter viés baixista. Fonte: Safras & Mercados

O mercado brasileiro de milho deve ter mais um dia de pressão nas cotações, com a maior oferta presente no cenário doméstico e o clima mais favorável ao plantio do cereal. No mercado internacional a Bolsa de Chicago recua, embolsando lucros.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em dezembro/19 operavam com perda de 1,00 centavo, ou 0,25% em relação ao fechamento anterior, cotada a US$ 3,89 por bushel.

* O mercado estende o movimento de realização de lucros, após ter atingido na quarta-feira o melhor patamar desde 22 de outubro. Na semana, porém, os ganhos acumulados ficam em torno de 1%. Se confirmada, será a primeira elevação semanal em três semanas.

* Ontem (31), os contratos de milho com entrega em dezembro de 2019 fecharam a US$ 3,90, baixa de 0,75 centavo de dólar, ou 0,19%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com baixa de 0,34% neste momento, a R$ 4,000.

INDICADORES FINANCEIROS

* As bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, +0,99%; e Tóquio, -0,33%.

* As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +0,32%; Frankfurt, +0,36% e Londres, +0,32%.

* O petróleo opera em alta. Dezembro do WTI em NY: US$ 54,63 o barril (+0,81%).

* O Dollar Index registra baixa de 0,09%, a 97,27 pontos.

MERCADO

* O mercado brasileiro de milho registrou preços fracos nesta quinta-feira. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o cenário delimitado no decorrer da semana se mantém, com os produtores optando por fixar volumes mais expressivos após a incidência de chuvas em alguns estados. Por sua vez, os consumidores em geral atuam de maneira mais cadenciada, buscando preencher uma ou outra necessidade mais urgente, vislumbrando a possibilidade de continuidade do movimento de queda no curto prazo, comenta.

* No Porto de Paranaguá, o preço ficou em R$ 40,00/42,00 a saca. Em Santos, o preço girou em torno de R$ 39,50/41,50 a saca.

* No Paraná, a cotação ficou em R$ 38,00/39,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 40,00/41,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 41,50/42,50 a saca.

* No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 42,50/43,50 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 39,00/40,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 34,00/35,00 a saca em Rio Verde, no disponível. Em Mato Grosso, preço ficou a R$ 30,00/32,00 a saca em Rondonópolis, para o disponível.

Fonte: Safras & Mercado

Sexta, 01 de Novembro de 2019
Trigo tem 50% da área colhida no RS.
Trigo tem 50% da área colhida no RS. Fonte: Agrolink

No Rio Grande do Sul, apesar da alta umidade dos últimos dias, 50% das lavouras de trigo foram colhidas, estando 5% das lavouras em enchimento de grãos e 45% na fase de maturação (característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita). De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (31/10), a área destinada para o cultivo do trigo no RS é de 739,4 mil hectares, que corresponde a 37% da área brasileira de plantio com o grão.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, que representa 30% da área de trigo no Estado, os produtores estão preocupados com as previsões meteorológicas que apontam longo período com alta umidade no Estado. Há grande variabilidade de produtividade média entre as lavouras, em decorrência da tecnologia utilizada e alguns danos ocasionados pelo clima (geadas, granizo e ventos fortes), com aumento dos sintomas de incidência de giberela na maturação da cultura. Lavouras bem conduzidas e sem danos climáticos apresentam produtividade acima de 70 sacas por hectare.

Na canola, 24% das lavouras estão em fase de maturação e 76% já colhidas. Na regional de Santa Rosa, a cultura está praticamente toda colhida, atingindo 96% das lavouras, restando apenas 4% em fase de maturação. A produtividade média atingiu 1.457 quilos por hectare. Em lavouras implantadas no tarde e que foram recentemente colhidas, a produtividade esteve acima da média da região (dois mil quilos por hectare). Mesmo assim insuficiente para elevar a média regional da produtividade e reduzir o percentual de perdas. A expectativa para a próxima semana é de que haja dias sem precipitações, para encaminhar a colheita e finalizar a safra de canola na região.

CULTURAS DE VERÃO

A cultura da soja está em fase de implantação da safra 2019-2020, com plantio previsto até 31 de dezembro, de acordo com o zoneamento da soja no RS. Da área projetada para o Estado, que é de 5.956.504 hectares, 13% já foram implantados. As lavouras se encontram em fase de germinação/desenvolvimento vegetativo. A fase inicial de implantação está 3% superior a igual período da safra anterior.

No milho, 77% dos 771.578 hectares estimados para esta safra já foram implantados, com a cultura nas fases de germinação/desenvolvimento vegetativo (92%) e floração (8%). A produção estimada é de 5.948.712 toneladas, com uma produtividade alcançando 7.710 quilos por hectare.

O arroz atingiu, no período, o plantio de 53% da área prevista para o RS nesta safra, 7% menor do que em igual época na safra anterior. As lavouras implantadas se encontram na fase de germinação/desenvolvimento vegetativo. Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, seguem as atividades de preparo do solo e plantio. A sequência de dias chuvosos interrompeu as atividades de rotina nas lavouras, além de dificultar o transporte dos insumos. As precipitações ocorridas no período têm contribuído para manter os níveis das barragens adequados.

No RS, a área de feijão 1ª safra se encontra com 85% na fase de desenvolvimento vegetativo, 12% em floração e 3% em enchimento de grãos. Na regional de Frederico Westphalen, a primeira safra já está implantada, sendo que 80% das lavouras se encontram na fase de germinação/desenvolvimento vegetativo e 20% em floração. Os produtores estão realizando os tratos culturais de controle das invasoras e adubação nitrogenada. Em geral, as lavouras se mantêm com bom stand de plantas.

OLERÍCOLAS
Alho - Na região Serrana, as lavouras apresentam bom vigor, sanidade razoável e estão em formação do bulbo. O excesso de umidade no solo e a pouca insolação, consequência das frequentes chuvas das semanas anteriores, interferiram na fisiologia das plantas, afetando o seu desenvolvimento quanto à bulbificação, transformando os bulbilhos (dentes) em brotações. Essa anomalia deprecia o bulbo no seu valor culinário e comercial, tanto no peso e quanto na precificação. Em casos mais severos, o bulbo é descartado. Produtores realizam tratamentos fitossanitários para prevenção/cura de fitopatias e controle de pragas, controle químico de ervas espontâneas e adubação nítrico-potássica de cobertura.

Cebola - Na região Sul, iniciou a colheita de cebola, que está sendo destinada ao comércio local devido à pouca presença de casca. A fase predominante nas lavouras da região é a bulbificação, apresentando bom desenvolvimento e estado sanitário. A safra deve ser normal, sendo que a região tem 2.460 hectares de cebola. Produtores intensificaram os tratamentos fitossanitários para prevenção das doenças, principalmente o míldio, mesmo não havendo ocorrência significativa de pragas.

FRUTÍCOLAS
Melão - Na regional de Porto Alegre, o cultivo de melão nesta safra é de 380 hectares e estão implantadas 98% das lavouras. A previsão de início da colheita é em novembro, estendendo-se até fevereiro.

Pêssego - Na região Sul, segue a colheita das cultivares mais precoces, destinadas ao mercado in natura. O preço de comercialização está entre R$ 3,00 e R$ 4,00/kg. A cultura em geral está em frutificação. Produtores realizam tratamentos fitossanitários. O boletim 09/2019 do sistema de alerta da mosca-das-frutas informa que as condições climáticas com maior ocorrência de chuvas exigem atenção redobrada no controle de doenças, com aplicação de fungicidas, além de realizar a retirada de frutos e ramos com podridão-parda das plantas. Sua eliminação, feita em um local adequado, é essencial, enterrando para reduzir a presença do fungo no pomar.

Ameixa - Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, ameixas precoces estão em fase de formação dos frutos e maturação. Nessa fase, os produtores estão atentos ao manejo da mosca-das-frutas.

PASTAGENS E CRIAÇÕES - Favorecidos pelo clima, que propicia umidade e temperaturas mais elevadas, os campos nativos apresentam bom desenvolvimento, oferecendo uma boa produção de massa verde para alimentação dos animais. Nas regiões de solo mais raso, como nos Campos de Cima da Serra e na Serra do Sudeste, observa-se que o desenvolvimento dos campos naturais é mais lento.

BOVINOCULTURA DE CORTE - Nas diversas regiões gaúchas, os bovinos de corte apresentam um bom estado corporal e bom ganho de peso. O estado sanitário dos animais também é satisfatório. No manejo do gado, os cuidados com as matrizes, no pré e pós-parto, e os cuidados com os terneiros continuam recebendo atenções especiais. O preparo de matrizes e touros, para o período de acasalamento, também é destaque. Neste mês, intensifica-se a realização de remates e expofeiras de bovinos das diversas categorias que compõem os rebanhos. Continua o abate de animais que ocupavam as áreas com pastagens cultivadas de inverno, que são sucedidas por lavouras com culturas anuais de verão, como soja e arroz.

APICULTURA - As últimas chuvas têm prejudicado as atividades das colmeias, em boa parte do Estado. Mesmo assim, a atividade das abelhas é satisfatória em vários locais. Na Região de Soledade, segundo o Escritório Regional da Emater/RS-Ascar, há relatos de mortalidade de enxames. As causas mais prováveis são a ocorrência de doenças ou a contaminação por agrotóxicos utilizados na dessecação de lavouras. Isso porque são aplicados inseticidas, juntamente com os dessecantes. Visando aumentar a produção, os apicultores seguem fazendo o manejo das colmeias. Para isso, executam práticas como revisões e roçadas de apiários, limpeza e/ou reforma de caixilhos, melgueiras e ninhos, e instalação de caixas iscas para captura de enxames.

Fonte: Agrolink

Sexta, 01 de Novembro de 2019
Preços lácteos voltam a cair em outubro, diz Cepea.
Preços lácteos voltam a cair em outubro, diz Cepea. Fonte: Google

Após apresentarem reação em setembro, os preços do leite no campo voltaram a registrar tendência de queda em outubro. De acordo com a pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o preço pago ao produtor em outubro, referente ao leite captado em setembro, foi de R$ 1,3635/litro na “Média Brasil” líquida, ligeira queda de 0,68% em relação ao mês anterior, mas forte recuo de 7,6% em relação à de outubro/18, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro/19).

De um modo geral, os preços do leite pagos ao produtor apresentam tendência sazonal de queda a partir de setembro, devido ao aumento da produção no Sul do País e ao retorno das chuvas no Sudeste e no Centro-Oeste. No entanto, em 2019, o movimento do mercado está atípico para o período, tendo em vista a lenta retomada da produção nesta primavera – que se deve, em parte, ao atraso das chuvas no Sudeste e no Centro-Oeste, mas também às incertezas dos produtores em realizar investimentos de médio e longo prazos.

De agosto para setembro, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) registrou alta de 2,9%, sendo que a expectativa, no início daquele mês, era de que essa variação fosse substancialmente maior. Por conta disso, os preços do leite spot (negociado entre indústrias) caíram e as indústrias cederam à pressão de atacadistas para reduzir as cotações dos derivados lácteos. Em Minas Gerais, o preço do leite spot caiu 6,3% de agosto para setembro, chegando a R$ 1,4433/l. O UHT e a muçarela negociados no atacado paulista se desvalorizaram 2,41% e 3,59%, respectivamente.

Mesmo com a queda nos preços de derivados e do spot em setembro, os laticínios não conseguiram impor quedas intensas no campo, por conta da competição por matéria-prima, já que os estoques estiveram justos em setembro.

É importante lembrar que os preços do leite no campo são influenciados pelos mercados de derivados e spot, com certo atraso de um mês nesse repasse de tendência. Dessa forma, os preços de novembro (captação do mês anterior) irão depender das negociações de spot e derivados de outubro.

Em outubro, o mercado de leite spot registrou alta de 1,7% em Minas Gerais, chegando a R$ 1,4306/litro. Já o leite UHT comercializado no atacado paulista registrou muita oscilação nas negociações de outubro, com queda de 0,75% no acumulado do mês, chegando a média de R$ 2,39/litro – recuo de 3,5% em relação ao preço médio de setembro. Agentes consultados pelo Cepea relataram dificuldades em negociar com atacadistas, que estão pressionando por cotações mais baixas para atrair consumidores.

Por outro lado, o queijo muçarela negociado no atacado paulista registrou alta acumulada de 4,56% em outubro, registrando média de R$ 17,10/kg, alta de 0,9% em relação à média de setembro. Os estoques da muçarela estiveram mais enxutos durante o mês (o que corrobora, inclusive, a perspectiva dos agentes de que a oferta de leite no campo seguiu controlada em outubro). Apenas nesta última semana do mês, colaboradores relataram que os estoques começaram a se elevar, em virtude do aumento da captação.

Levando-se em conta o retorno das chuvas em outubro, é possível que a captação seja favorecida e os preços de novembro caiam – mas a intensidade da queda vai depender, justamente, da capacidade de crescimento da produção.

NOTA: Cepea manterá a divulgação dos preços brutos e líquidos em 2020

Cumprindo sua missão de gerar conhecimento para apoiar decisões estratégicas que contribuam para o desenvolvimento da agropecuária brasileira, o Cepea atendeu aos pedidos do setor lácteo e continuará calculando os preços brutos do leite ao produtor em 2020.

O Cepea pretendia divulgar apenas os preços ao produtor líquidos, sem frete e impostos, a partir de janeiro de 2020, a fim de facilitar a comparação e análise das informações.

No entanto, cooperativas e indústrias de laticínios reiteraram que o cálculo do preço bruto é importante justamente para evidenciar a disparidade dos preços líquidos entre regiões, por conta da grande heterogeneidade nas condições de frete no Brasil. Assim, a captação em determinadas regiões é mais custosa que outras, o que influencia a formação do preço no campo. Desse modo, a informação do frete, embutida no preço bruto, é estratégica e necessária para as negociações com produtores. Nesse sentido, o Cepea manterá a divulgação dos preços brutos e líquidos, como o faz desde 2005.

De acordo com Natália Grigol, pesquisadora da Equipe Leite, “o episódio reforça a importância do Cepea para o setor lácteo. E também relembra que o compromisso do Cepea, firmado com a sociedade desde quando iniciou os estudos da cadeia do leite, em 1986, é de trabalhar com transparência, neutralidade e de portas abertas para aqueles que quiserem construir com essa instituição informações úteis”.

 Fonte: Portal DBO

Quinta, 31 de Outubro de 2019
Seapdr apresenta Programa Mais Renda para a Orizicultura Gaúcha ao setor arrozeiro.
Seapdr apresenta Programa Mais Renda para a Orizicultura Gaúcha ao setor arrozeiro. Fonte: Agrolink

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) está delineando um programa estadual de incentivo à produção do arroz gaúcho. As propostas iniciais foram apresentadas a representantes do setor durante a reunião da câmara setorial do arroz realizada nesta quarta-feira (30), na sede da Seapdr em Porto Alegre.

O Programa Mais Renda para a Orizicultura Gaúcha tem por objetivo principal aumentar a rentabilidade do arroz no Rio Grande do Sul, gerando renda na base produtiva. A meta é reduzir, em até 40%, o custo total de produção, que hoje gira em torno de R$ 9 mil por hectare. “Para isso, precisamos trabalhar em questões estruturais na lavoura, e não de forma emergencial, como estamos fazendo nesses anos”, pontuou Renato Caiaffo Rocha, chefe da Divisão de Agronegócio e Relações Internacionais da Seapdr.

De acordo com o diretor do Departamento de Políticas Agrícolas e de Desenvolvimento Rural da Secretaria, Ivan Bonetti, o programa recebeu, em outubro, o aval do secretário Covatti Filho para começar e está em fase de elaboração. “A ideia é que seja instituído por decreto como política de Estado, e não de governo. São projetos para aumento de produção, qualidade e abertura de mercados. O Estado precisa se envolver mais nisso”, destacou. Um grupo de trabalho composto por departamentos da Seapdr, Irga, Emater, Federarroz, Farsul e Fetag vai definir os detalhes do programa.

Durante a reunião, o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, apresentou para os componentes da Câmara a situação atual da lavoura arrozeira.

Projetos relacionados
O programa conta com 16 projetos específicos, abordando temas como redução de custos dentro e fora da porteira; incentivo ao cooperativismo e grupos de produtores; cursos de capacitação em gestão aos produtores; busca de melhores casos de manejo e gestão; prospecção de novos mercados para exportação; novos mecanismos de comercialização; revisão da legislação estadual do setor; e promoção da defesa comercial frente ao Mercosul, entre outras medidas.

Fonte: Agrolink

Quinta, 31 de Outubro de 2019
Governo libera R$ 50 milhões adicionais para subvenção ao Seguro Rural.
Governo libera R$ 50 milhões adicionais para subvenção ao Seguro Rural. Fonte: Portal DBO

O Ministério da Agricultura informou hoje como serão distribuídos os R$ 50 milhões adicionais para a subvenção ao prêmio do seguro rural. Com o descontingenciamento de orçamento do Ministério, a subvenção este ano passou de R$ 370 milhões para R$ 420 milhões, como já havia sido informado no último dia 16.

Do total desbloqueado, cerca de R$ 30 milhões serão destinados para os grãos (soja, milho 1ª safra, feijão, arroz), R$ 10 milhões para as frutas, R$ 300 mil para a pecuária e o restante para as demais culturas. O Ministério da Agricultura divulgou nesta quarta-feira (30) a Resolução nº 69 do Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural (CGSR), que trata do aumento do orçamento destinado para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e a distribuição dos recursos.

Em nota, o diretor do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola, Pedro Loyola, disse que existe a possibilidade de liberação de mais R$ 20 milhões no PSR para subvencionar o prêmio do seguro rural, o que contemplaria todo o orçamento aprovado para 2019 (R$ 440 milhões).

“Para o próximo ano, está previsto o recurso de R$ 1 bilhão para o PSR, que depende ainda de aprovação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2020, em tramitação no Congresso Nacional”, afirmou.

Fonte: Portal DBO

Quinta, 31 de Outubro de 2019
Recursos do BID vão aprimorar programas de defesa agropecuária no país.
Recursos do BID vão aprimorar programas de defesa agropecuária no país. Fonte: Agrolink

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai destinar os US$ 195 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a programas para garantir que o Brasil continue livre da febre aftosa, aumente as áreas sem a peste suína clássica (PSC) e da mosca da carambola, com a estruturação e a modernização da defesa agropecuária.

Os recursos serão repassados pelo Tesouro Nacional em operação autorizada pelo Senado Federal, conforme Resolução 26 do Senado Federal, publicada nesta quarta-feira (30) no Diário Oficial da União.

A linha de crédito será destinada à execução do Programa de Modernização e Fortalecimento da Defesa Agropecuária (ProDefesa). As ações deverão ser executadas em cinco anos. O governo brasileiro terá prazo de pagamento de 25 anos com juros anuais de 2,79% (Libor).

Dos US$ 195 milhões, o controle e erradicação de pragas e doenças receberá US$ 137 milhões, a melhoria da eficiência dos serviços de defesa agropecuária ficará com US$ 23 milhões, e ao conhecimento e inovação para a defesa agropecuária caberá US$ 35 milhões. Adicionalmente, o Ministério aportará contrapartida de US$ 5 milhões para acompanhamento e avaliação dos projetos.

“Os recursos garantirão a modernização dos serviços de defesa agropecuária, repercutindo na segurança alimentar e na conquista de novos mercados externos”, disse o secretário substituto da Defesa Agropecuária, Fernando Mendes.

Febre aftosa

O ProDefesa tem o objetivo de contribuir para o aumento da produtividade agropecuária e para o acesso a mercados nacionais e internacionais via fortalecimento dos Serviços de Defesa Agropecuária (SSA) do país.

O programa visa melhorar o controle de pragas vegetais quarentenárias e doenças animais de grande impacto econômico, com foco na febre aftosa, peste suína clássica e mosca da carambola. Também busca o aprimoramento dos serviços da Secretaria de Defesa Agropecuária que afetam o desempenho do setor agropecuário brasileiro.

No caso da febre aftosa, o Mapa manterá a execução do Plano Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) para que o Brasil passe de país livre de aftosa com vacinação para a condição de área sem vacinação em 2026. O plano prevê auditorias dos serviços veterinários estaduais, fortalecimento dos controles sanitários dos estados, entre outras ações, com monitoramento semestral pelo Mapa.

Peste suína clássica

Para a peste suína clássica, os esforços serão voltados ao aumento do número de estados reconhecidos pelo Mapa como livres da PSC, passando dos atuais 16 para 23 estados em 2023. As medidas previstas incluem relatórios de estudos epidemiológicos realizados nos estados da zona não livre, declaração de novas zonas livres de PSC, intensificação do controle da circulação de suínos, capacitação do serviço veterinário oficial dos estados e educação sanitária dos produtores rurais.

Mosca da carambola

O combate à mosca da carambola, que atinge áreas dos estados do Amapá, de Roraima e do Pará, visa manter o restante do país livre da praga. Serão fortalecidos os postos de controle na fronteira e nas estradas internas do Amapá. O projeto incluirá a vigilância de armadilhas em todo o país e ações de controle e erradicação em áreas onde as moscas forem detectadas. Também haverá capacitação de técnicos das instituições envolvidas, assim como dos produtores, por meio de campanhas de educação sanitária.

Também está previsto o aprimoramento dos procedimentos nos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDAs) do Ministério. Para isso, deverá haver redução do tempo para realização das análises, diminuição na rejeição de amostras no momento de seu recebimento nos laboratórios, automação do recebimento das amostras, análises laboratoriais e entrega de resultados, aquisições e contratos, credenciamento de laboratórios, gerenciamento de demandas e controle dos estoques.

Exportação

Outro aprimoramento será realizado no Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), para diminuição dos tempos médios de liberação de mercadorias de exportação e de importação nos portos. Será financiada a implementação de sistema unificado e informatizado de gerenciamento de trânsito internacional de produtos agropecuários (denominado “SIGVIG”) para acelerar os processos envolvendo a exportação de soja em grão e a de carne congelada e resfriada, além da importação de frutas (maçã) e de insumos agropecuários (fertilizante mineral e defensivos agrícolas).

Também haverá redução no tempo médio dos serviços de inspeção, de registro e de autorização de produtos incluindo os sistemas de exportação de bebidas e importação de material genético animal e animais vivos e registro de produtos de origem animal. Na área de normas, o Mapa vai reduzir o tempo médio de elaboração e publicação das regulamentações da SDA, com a instalação de sistema de acompanhamento, em tempo real de todos os atos normativos.

Fonte: Agrolink

Quinta, 31 de Outubro de 2019
Tradings defendem ampliação das exportações de óleo de soja.
Tradings defendem ampliação das exportações de óleo de soja. Fonte: Canal Rural

O presidente da Abiove, André Nassar, defende a medida como forma de agregar valor à produção agrícola e estimular as indústrias do setor.

O Brasil precisa reduzir suas exportações de soja em grão e aumentar as vendas de farelo e óleo de soja como forma de agregar valor à produção agrícola e estimular as indústrias do setor, alertou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Andre Nassar. Ele participou em audiência pública promovida na quarta-feira, 30, pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado.

De acordo com Nassar, em 1981, do total das exportações de soja e derivados, 87% correspondia a farelo de soja, produto de maior valor agregado, e o restante, 13%, correspondia a soja em grão. Já em 2017, explicou ele, a situação se inverteu, com exportações de soja em grão a 81% do total vendido ao exterior.

 “Claro que tem a parte da carne e que consumiu o farelo. Mas claramente a gente precisa abrir mercado para o farelo também para a gente poder estimular as nossas indústrias. Temos hoje capacidade de aumentar em 10 milhões de toneladas o esmagamento de soja para a produção de farelo”, disse. Nassar destacou que a China, atualmente o maior importador do cereal brasileiro, compra predominantemente soja em grão.

Acordos Bilaterais

Em uma segunda mesa, representantes de órgãos do governo federal analisaram os acordos bilaterais que o Brasil celebrou recentemente com diversos países e blocos comerciais. A diretora de Comércio e Negociações Comerciais do Ministério da Agricultura, Ana Lúcia Gomes falou do acordo de comércio entre o Mercosul e a União Europeia, que foi anunciado no final de junho.

Segundo ela, no acordo a União Europeia deverá liberar 82% do comércio de produtos agrícolas em até dez anos, com excelentes benefícios para o Brasil na negociação de produtos como frutas, café torrado e café solúvel, açúcar, etanol, dentre outras mercadorias.

A coordenadora-geral de Negociações Comerciais Extrarregionais do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Paula Aguiar Barboza, ressaltou a importância dos acordos comerciais bilaterais para o Brasil. Conforme explicou, na década de 1990 havia apenas 70 acordos bilaterais que respondiam por menos de 30% do fluxo comercial internacional. No final de 2010, já eram 400 acordos comerciais que já davam conta de mais de 60% dos fluxos comerciais internacionais.

“O governo brasileiro diante desses números viu claramente que nós não íamos alterar a nossa participação na Organização Mundial do Comércio [OMC]. Nós mantínhamos a prioridade da OMC como ainda mantemos. Mas teríamos que entrar nesse mundo e aumentar a nossa rede de acordos bilaterais”, afirmou.

Fonte: Canal Rural

Quinta, 31 de Outubro de 2019
Soja trabalha com pequenas baixas em Chicago nesta 5ª ainda à espera de direcionamento.
Soja trabalha com pequenas baixas em Chicago nesta 5ª ainda à espera de direcionamento. Fonte: Noticias Agrícolas

A manhã desta quinta-feira (31) é, mais uma vez, de estabilidade para as cotações da soja na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleagniosa, por volta de 7h15 (horário de Brasília), tinha leves baixas de 1,75 a 2 pontos entre os contratos mais negociados. O janeiro tinha US$ 9,14 e o maio, US$ 9,53 por bushel. 

As atenções dos traders continuam voltadas para a conclusão da safra dos EUA e a chegada da nova oferta americana, ao desenvolvimento do plantio na América do Sul e, mais do que tudo, sobre os novos movimentos entre China e Estados Unidos. 

Nesta quinta, atenção também ao novo boletim semanal de vendas para exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) a ser divulgado hoje. As expectativas do mercado variam entre 500 mil e 1,1 milhão de toneladas de soja. 

"Fora isso, o clima no centro-oeste americano parece favorecer uma recuperação no ritmo da colheita. Sendo final de mês, teremos também a influencia de algum ajuste de posições tecnicas dos fundos", diz o consultor Steve Cachia, da Cerealpar e da AgroCulte.

Fonte: Noticias Agrícolas

Quarta, 30 de Outubro de 2019
Confiança do agro: sequência de otimismo é a maior da série histórica.
Confiança do agro: sequência de otimismo é a maior da série histórica. Fonte: Canal Rural

O agronegócio brasileiro encerrou o 3º trimestre com confiança em alta no setor, subindo 3,8 pontos, fechando o período em 115 pontos e retornando a um patamar muito próximo ao recorde do final do ano passado, quando o índice chegou em 115,8 pontos. Os dados fazem parte do Índice de Confiança (IC Agro), divulgado nesta quarta-feira, 30, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Esse é o quarto trimestre consecutivo em que o indicador supera os 110 pontos, a sequência mais positiva da série histórica.

 “Em relação ao trimestre anterior, cresceu o entusiasmo em todos os segmentos pesquisados. Pesaram para isso o ressurgimento de boas expectativas para a economia brasileira e fatores diretamente associados ao agronegócio, como o aumento nos preços das commodities, impulsionado pelo câmbio, e as melhores condições de crédito”, avalia Paulo Skaf, presidente da Fiesp.

Indústrias 

A confiança das indústrias ligadas ao agronegócio chegou a 118,7 pontos, alta de 6,0 pontos em relação ao trimestre anterior e o melhor resultado da série histórica. O maior aumento ocorreu entre as empresas situadas no Pós Porteira, que praticamente igualaram o nível de otimismo que já era demonstrado pela indústria Antes da Porteira no trimestre anterior.

Na indústria antes da porteira, que são ligadas à insumos agropecuários, as empresas mantiveram a confiança que vem sendo apresentada nos últimos trimestres. Seu Índice subiu 0,8 ponto, para 119,2 pontos. O bom resultado foi alimentado pelo comportamento do mercado de insumos, especialmente de fertilizantes, que avançou de julho a setembro, recuperando-se de uma certa letargia nas negociações ao longo do trimestre anterior.

Dentre todos os segmentos pesquisados, o das empresas do agronegócio situadas Depois da Porteira foi o que apresentou o maior aumento no nível de otimismo no 3º trimestre do ano. Sua confiança chegou a 118,4 pontos, alta de 8,3 pontos. Houve melhora na percepção dos executivos dessas indústrias com relação às condições gerais da economia brasileira. No momento em que as entrevistas para o estudo foram realizadas, esperava-se a aprovação da reforma da Previdência, no Senado, e se acreditava em avanços na reforma Tributária ainda neste ano.

Ainda segundo o levantamento, outros aspectos específicos que influenciam o setor, como, por exemplo, o crescimento das exportações de café e grãos de janeiro a setembro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior, além das carnes, cujas vendas externas foram, em parte, impulsionadas pela Peste Suína Africana, na China. Somados, esses aspectos ajudam a explicar por que aumentou a confiança das empresas tanto em relação às expectativas para o futuro, quanto às condições atuais.

Quanto aos Produtores Agropecuários, os ânimos se mantiveram em patamares elevados (alta de 0,7 ponto), chegando a 110,2 pontos. É o segundo maior resultado da série histórica, atrás apenas do recorde do 4º trimestre de 2018, que registrou 113,8 pontos.

Otimismo 

O otimismo no âmbito dos produtores agrícolas, que cresceu 0,5 ponto, para 112,2 pontos. A disponibilidade de crédito rural, por exemplo, aumentou.  Isso porque o desembolso para o custeio das culturas de soja e milho chegou a R$ 34,1 bilhões de janeiro a setembro de 2019, ficou 11% acima do mesmo período do ano passado, as taxas de juro também caíram, facilitando o financiamento da produção.

De acordo com Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB, destaca-se também o aumento dos preços dos grãos, sustentados principalmente pela taxa de câmbio. “A relação de troca entre a produção e o pacote de insumos melhorou do ponto de vista dos produtores, o que refletiu em mais otimismo com relação aos custos. As cotações internacionais dos principais fertilizantes demonstraram tendência de queda, o que cria expectativas favoráveis para os agricultores”, complementa.

Confiança e produtividade 

A confiança em relação a produtividade se mantém alta, apesar de ter recuado um pouco em relação ao trimestre anterior. Esse último aspecto pode ser atribuído à relativa demora na regularização das chuvas no período inicial de plantio em algumas das principais regiões produtoras.

Entre os pecuaristas, a faixa de confiança se mantém por quatro trimestre consecutivos, sequência inédita na série histórica para o segmento, que era notadamente pessimista até o final do ano passado. Os resultados se sustentaram pelos bons ânimos relacionados ao crédito, à produtividade e aos preços – o que é, nesse último caso, corroborado pelos indicadores de mercado tanto para as carnes quanto para o leite.

Ocorreu, no entanto, uma perda de confiança relacionada aos custos de produção. Uma das razões para isso está nos preços do milho, que se mantiveram em alta mesmo durante a entrada da produção da safrinha no mercado, o crescimento nas exportações acabou enxugando o mercado e retirando pressões baixistas. Além disso, aumentaram os preços médios do bezerro, que compõem os custos da pecuária de corte.

Fonte: Canal Rural

Quarta, 30 de Outubro de 2019
Menores estoques de arroz e possível redução de área sustentam cotações no spot.
Menores estoques de arroz e possível redução de área sustentam cotações no spot. Fonte: Agrolink

Os menores estoques no mercado interno e a expectativa de redução da área cultivada na temporada 2019/20 seguem sustentando as cotações do arroz no mercado interno, de acordo com pesquisas do Cepea. De 22 a 29 de outubro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros com pagamento à vista, subiu 0,6%, fechando a R$ 46,21/sc de 50 kg na terça, 29.

Segundo a Conab, os estoques finais de arroz da temporada 2018/19, em fev/20, devem ser de 521,2 mil toneladas e, da temporada 2019/20, em fev/21, de 565,8 mil toneladas.

Assim, produtores sul-rio-grandenses de arroz consultados pelo Cepea iniciaram a safra 2019/20 atentos ao declínio da área de semeio, devido à preferência por outras culturas, mas com a expectativa de preços mais elevados nos próximos meses, diante dos baixos estoques. 

Fonte: Agrolink