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Terça, 10 de Dezembro de 2019
Confinamento pode ir a 6 milhões de bovinos em 2020.
Confinamento pode ir a 6 milhões de bovinos em 2020. Fonte: Portal DBO

O ano de 2019 vai terminar com notícia boa em todos os segmentos da pecuária e o confinamento não fica para trás. O Brasil engordou 5,3 milhões de bovinos em sistema intensivo, volume 2% acima da safra passada. É o que mostra a pesquisa da DSM Tortuga, subsidiária da área de nutrição animal da multinacional holandesa DSM, empresa de saúde, nutrição e minerais, que no ano passado faturou globalmente 8,8 bilhões de euros. “A expectativa é de tendência positiva para 2020 e também para 2021”, diz Ariel Maffi, vice-presidente Ruminantes Brasil. “A arroba mais firme da história foi a de 2019 e produtor vai capitalizar esse momento.” 

 

Para 2020, um cenário no qual há pouca oferta de boi, demanda internacional aquecida por conta do consumo chinês e um novo patamar de preço para a arroba do boi gordo pode elevar o confinamento para até 6 milhões de animais. O confinamento desta safra já é o maior desde 2015, quando foram terminados 4,7 milhões de bovinos no sistema. O censo da DSM Tortuga é realizado por cerca de 600 pessoas ligadas à empresa, que durante 3 meses levantam os dados em praticamente todas as regiões de criação de bovinos. 

 

Para zootecnista Marcos Baruselli, gerente da Categoria Confinamento da DSM, na última década a pecuária bovina tem se intensificado cada vez mais. “No caso da engorda intensiva, ela somente se sustenta com o emprego de tecnologia e gestão”, afirma.  “E, claro, leva junto uma mão-de-obra mais treinada e qualificada para o uso dessa tecnologia.”

 

ARROBA RECORDE

O confinador também tem se beneficiado do preço recorde da arroba. Para isso, vem estendendo o tempo da engorda.  Nos últimos 30 dias a arroba foi comercializada acima de R$ 230, cotação que cobre os custos. De acordo com Baruselli, em São Paulo, por exemplo, o custo da arroba produzida no cocho está entre R$ 120 e R$ 130. “A conta está muito favorável para o confinador”

Ela só não é ainda mais atraente por conta do preço do milho, o principal insumo utilizado na engorda intensiva. A cotação do cereal neste ano ficou na faixa entre R$ 38 a R$ 40 a saca de 60 quilos, mas o esperado eram R$ 30. “Boa parte do milho foi exportado e pressionou o mercado interno”, afirma Baruselli.

“A conta está muito favorável para o confinador”, diz Marcos Baruselli

Mesmo assim, o cenário para o confinamento é atraente. O Brasil abate entre 40 milhões e 44 milhões de bovinos por ano. Isso equivale a ter apenas cerca de 12% dos animais vindos de confinamento. Mas ele pode ser alargado rapidamente. A engorda intensiva no Brasil é feita em 2 grandes giros, um de 90 dias que vão de abril a junho, e o segundo giro de outros 90 dias a partir dessa retirada. “Então, o resto do ano os animais estão no pasto. O que ocorre esse ano é que ainda vemos neste mês de dezembro animais no cocho, depois de um novembro muito favorável”, diz ele. “O produtor prolongou o confinamento por causa da arroba.”

Em termos de capacidade estática o Brasil pode alojar cerca de 7 milhões de animais em um único giro. Juliano Acedo, diretor de Marketing DSM, afirma que esse cenário tem potencial para mudar. Com o bom momento da arroba e a tendência de mercado firme pela frente há confinamento sendo construídos e outros em expansão. A gente anda muito por Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e isso tem sido comum”, diz ele.

Além das grandes estruturas, Acedo acredita também em outro movimento liderado pelos pequenos confinadores. Produtores de bois que confinam cerca de 300 animais, por exemplo. “Para esse público aumentar 20%, indo para  350 cabeças, é só estender a linha de cocho”, diz ele. “Esse público tem uma capacidade de aumento muito rápido e muito fácil.”

Para os técnicos da DSM, esse cenário nem leva em conta o semi-confinamento, alimentando o gado no pasto. “É  muito simples fazer isso e nossa percepção é que esse modelo cresce muito, até mais que o confinamento”, afirma Acedo. “A pecuária está produzindo mais arrobas por hectare e esse movimento é irreversível”, diz Baruselli.

Censo Confinamento DSM
Número de bovinos confinados (em milhões de cabeças)

2015 ——– 4,750

2016——–3,750

2017——-4,850

2018——-5,179

2019——5,262

Fonte: Portal DBO

Terça, 10 de Dezembro de 2019
Importações do trigo recuam.
Importações do trigo recuam. Fonte: Agrolink

O menor ritmo de processamento industrial atrelado ao dólar em patamar elevado reduziram as importações de trigo em grão e também de farinhas em novembro. Dados do IBGE sinalizam que, em outubro (últimos dados disponíveis), a moagem de trigo e a produção de derivados diminuíram em relação ao mês anterior, sendo o menor índice para um mês de outubro desde 2010.

Neste início de dezembro, no entanto, algumas indústrias já demonstram interesse em retomar as aquisições no mercado externo. Apesar de ainda estar alto, o dólar se desvalorizou 2,4% entre 29 de novembro e 9 de dezembro, cotado a R$ 4,133 na segunda-feira, 9. De acordo com dados da Secex, as importações de trigo em grão somaram 446 mil toneladas em novembro, volume 26,5% inferior ao de outubro/19 e 9,7% abaixo do de novembro/18.

As exportações do grão, por sua vez, foram quase nulas. Para as farinhas, as aquisições no mercado internacional foram 20,4% menores em relação a outubro/19, totalizando 25,6 mil toneladas. As vendas brasileiras do derivado no mercado externo, por sua vez, foram de 1.483 toneladas, volume 46,1% inferior ao do mês anterior. 

Fonte: Agrolink

Terça, 10 de Dezembro de 2019
Agronegócio Brasileiro: Quais as expectativas para o setor em 2020?
Agronegócio Brasileiro: Quais as expectativas para o setor em 2020? Fonte: AF News Agrícola

O ano de 2019 está se encerrando com um grande marco para o agronegócio brasileiro: o recorde no volume de exportações dos produtos agrícolas brasileiros, especialmente do milho. No entanto, fatores externos que não tiveram nenhuma intervenção do governo e, que não foram previstos anteriormente pelos analistas, acabaram sendo primordiais para a obtenção desses resultados, como a Guerra Comercial e peste suína africana (PSA).

Para 2020, o mercado tem previsões otimistas para o setor do agronegócio, sendo fortalecidas especialmente pelo mercado de carnes e grãos aquecidos e o dólar bastante valorizado. O cenário para 2020 é bastante promissor, visto que nunca foram vistos antes, tantos fatores favoráveis juntos para o avanço do agronegócio.

Expectativas para 2020: Peste Suína Africana e o mercado de carnes

A PSA acabou dizimando quase a metade dos plantéis de suínos da Ásia, aumentando assim, a demanda por carne bovina e aves do Brasil. Para a recomposição do plantel de porcos da Ásia, possivelmente as leis e fiscalização sanitária do continente passem a serem mais rígidas a partir de 2020. Com isso, a nutrição animal passará de alternativa, como era praticada antes do surto da PSA, para uma alimentação por meio de ração. Sendo assim, a China irá aumentar a sua necessidade de importação de matéria prima como soja e milho e o Brasil é um potencial fornecedor desses produtos.

Além disso, essa recuperação do plantel dos suínos é um processo longo que levará no mínimo quatro anos para ser refeito. Desta forma, a necessidade de importação das carnes brasileirastende a continuar aquecida pelos próximos anos.

Segundo o economista e sócio-diretor da MBAgro Consultoria, Alexandre Mendonça de Barros, que apresentou projeções para o agronegócio brasileiro em 2020, através do painel econômico do Agrocenário 2020 na última semana (04). Em 2020 deve haver um buraco de 23 milhões de toneladas de carne suína na China, correspondendo a 20% da produção mundial, gerando uma demanda mais agressiva por carnes.

O economista ainda destacou que a expectativa positiva para o agronegócio brasileiro em 2020 se deve a junção de três fatores: “É muito raro um ano em que grãos e carnes estão com bom preço. Geralmente, se as carnes têm alta, o produtor de grãos é comprimido. É uma oportunidade gigante para o agronegócio brasileiro, somado ao fator câmbio.”

Expectativas para 2020: Guerra Comercial e o posicionamento do Brasil

Já a Guerra Comercial, conforme já mencionado por um grande especialista do agronegócio Marcos Jank (professor de Agronegócio Global do Insper), se tornou para o Brasil um “bilhete premiado”, mas sem um prazo determinado para acabar. Isto porque em 2018, a China acabou importando somente 9 milhões de toneladas de soja norte-americana, enquanto que comprou do Brasil cerca de 70 milhões de toneladas, pagando prêmios que chegaram a R$ 25 no Porto de Paranaguá.

Mesmo com a demanda por soja brasileira tendo continuado aquecida em 2019, este cenário, porém, não se repetiu em boa parte do ano por conta de um possível acordo entre Estados Unidos e China, que acabou reduzindo os prêmios pagos aos produtores de soja brasileiros. Embora um acordo esteja incerto, ao momento em que o relacionamento entre Estados Unidos e China volte a normalidade, o Brasil poderá perder uma grande fatia conquistada no mercado asiático no ano passado e neste ano.

Enquanto isso não se confirma, o agronegócio brasileiro segue aproveitando esta oportunidade única, mas com cautela em relação a oferta da soja e principalmente do milho. Atrasos na colheita da safra de soja, especialmente em Goiás e Mato Grosso do Sul, podem atrapalhar o plantio do milho safrinha em 2020, acarretando prejuízos para o calendário agrícola e na negociação do produto, que registrou em 2020 um recorde de exportações devido a alta demanda mundial.

Reforma tributária e comunicação

Atualmente a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 45, que trata da Reforma Tributária está em pauta no governo, mas traz algumas incertezas para o setor do agronegócio brasileiro. Alguns produtores rurais pressentem que essa “simplificação” na arrecadação de impostos por uma guia única poderá aumentar o valor dos impostos arrecadados, diminuindo mais ainda na margem de lucro dos produtores, além de impactar diretamente na formação de preços.

O governo afirma por meio dos seus representantes que a Reforma Tributária só tende a ser benéfica e que pode até reduzir os custos tributários dos agricultores, porém, enquanto esses dados não se confirmar, os produtores têm se unido por meio de WhatsApp e outras fontes de comunicação, para seguirem unidos e resistindo a essa decisão.

Por falar em comunicação, em 2020 muitas ocorrências, principalmente se tratando do meio ambiente, envolveram o agronegócio brasileiro em polêmicas. Por outro lado, nunca o agronegócio esteve tão forte em relação a comunicação e propagação de informações técnico-científicas e concretas para combater as Fake News e melhorarem a imagem do setor, especialmente no mercado externo.

Ainda assim, há muita coisa a ser feita, para que o exterior deixe de tratar o agro brasileiro de forma pejorativa, é o que afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em sua participação no Agrocenário 2020.

A ministra, que também é produtora rural, deixou claro que o país tem diversos programas de cultivo sustentável como o Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) e o RenovaBio (política nacional de biocombustíveis) e disse que para um avanço maior do agronegócio brasileiro, a ciência, tecnologia e pesquisa desenvolvida pelos agricultores empresariais deve ser acessível também ao pequeno e médio produtor.

 

Fonte: AF News Agrícola

Segunda, 09 de Dezembro de 2019
Venda de terras para estrangeiros terá votação conjunta na Câmara.
Venda de terras para estrangeiros terá votação conjunta na Câmara. Fonte: Canal Rural

Em reunião conjunta, as comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Agricultura (CRA) da Câmara devem votar nesta quarta-feira, 11, o Projeto de Lei 2.963/2019, que altera o marco regulatório para aquisição de terras e imóveis rurais por pessoas e empresas estrangeiras. O relator, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), é favorável ao projeto.

O texto dispensa licença ou autorização para aquisição por estrangeiros de imóveis com área até 15 módulos fiscais de área. A condição é que o comprador não tenha outro imóvel rural no país. De acordo com o projeto, o Congresso poderá, mediante manifestação prévia do Poder Executivo e consentimento do Conselho de Defesa Nacional, autorizar a compra de imóvel por estrangeiros além dos limites fixados na lei, quando se tratar da implantação de projetos prioritários ao desenvolvimento. Nesse caso, a compra será autorizada por decreto legislativo.

O autor do projeto, senador Irajá (PSD-TO), espera que a aprovação da matéria atraia R$ 50 bilhões por ano em investimentos para o agronegócio e incentive a geração de empregos. Por sua vez, em seu relatório, Rodrigo Pacheco classifica o capital estrangeiro como determinante para o êxito dos empreendimentos rurais de grande escala. O parlamentar lembra que outros países de grande extensão territorial, como a Rússia, têm estimulado a compra de terras por estrangeiros.

Voto em separado

O projeto recebeu voto em separado, pela rejeição, do senador Jaques Wagner (PT-BA). Ao ouvirem os argumentos de Wagner, senadores favoráveis à aprovação da matéria concordaram que seria necessário aprimorar o relatório pela aprovação da matéria. Em seu voto pela rejeição, Jaques Wagner argumenta que o cumprimento da função social da propriedade pelos estrangeiros que adquiram terra no Brasil, embora seja premissa indispensável, é insuficiente para garantir a segurança alimentar e a soberania territorial do país. Ele salientou que não é contra a aquisição de terras por estrangeiros, mas que é preciso vincular essa venda a critérios que possam desenvolver o país.

O autor da proposta disse que concorda com aprimoramentos ao relatório, mas lembrou que, embora o objetivo seja agregar valor, não se pode pensar apenas nos grandes investidores.

Restrições

A venda de terras a estrangeiros é motivo de controvérsias. O PL 2.963/2019 revoga a lei que regula a aquisição de imóvel rural por estrangeiros (Lei 5.709, de 1971), que prevê restrições para que eles possam adquirir terras no Brasil, como a limitação de dimensões das áreas que podem ser compradas e a exigência de autorização prévia do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para implantação de projetos agrícolas.

Pelo projeto, os imóveis rurais adquiridos por sociedade estrangeira deverão obedecer a princípios da função social da propriedade e devem ser autorizados por ato do Poder Executivo.

O projeto, por sua vez, estipula que a soma das áreas rurais pertencentes e arrendadas a pessoas estrangeiras não poderá ultrapassar 25% da superfície dos municípios onde se situem. A aquisição de terras na Amazônia e áreas de fronteiras dependerão do aval do Conselho de Defesa Nacional.

Fonte: Canal Rural

Segunda, 09 de Dezembro de 2019
Pela quinta sessão consecutiva, preços sobem na Bolsa de Chicago e intensificam ganhos nesta 2ª.
Pela quinta sessão consecutiva, preços sobem na Bolsa de Chicago e intensificam ganhos nesta 2ª. Fonte: Noticias Agrícolas

Os preços da soja intensificam suas altas na sessão desta segunda-feira (9) na Bolsa de Chicago e batem nas máximas em duas semanas. As cotações registravam ganhos de mais de 9 pontos, por volta das 11h50 (horário de Brasília), levando o janeiro a US$ 8,98 e o março a US$ 9,13 por bushel. 

Esta é a quinta sessão positiva consecutiva da soja na CBOT o avanço das cotações tem sido motivado, principalmente, pelas perspectivas de um alinhamento das relações entre China e Estados Unidos. 

O mercado segue focado na notícia de que a China irá elevar tarifações sobre cotas de soja e carne de porco dos EUA, podendo voltar a fazer boas compras no mercado norte-americano e contribuindo para o bom andamento das cotações. 

"Após comportamento positivo na semana passada, traders atentos para ver se essa tendência possa ser mantida. Mais uma vez, muito vai depender dos rumores sobre a guerra comercial EUA x China. A expectativa é que algo deve ser anunciado até o dia 15 de dezembro", explica Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da AgroCulte. 

O dia 15 é quando podem entrar em vigor tarifas mais altas dos EUA sobre produtos da China caso um acordo, ou ao menos parte dele, seja firmado até lá. Mais detalhes, portanto, ainda não foram reportados e os traders esperam por eles para se posicionar de forma ainda mais clara e expressiva. 

Ainda nesta semana, o mercado espera pelo novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O reporte será divulgado nesta terça-feira, dia 10. 

E nesta segunda, os traders esperam ainda pelo boletim semanal de embarque de grãos norte-americano, bem como o de acompanhamento de safras, ambos pelo USDA, que pode mostrar a colheita da soja concluída no país. 

Fonte: Noticias Agrícolas

Segunda, 09 de Dezembro de 2019
Mercado abre semana com preços firmes e com poucos negócios.
Mercado abre semana com preços firmes e com poucos negócios. Fonte: Safras & Mercados

O mercado brasileiro de milho deve manter preços firmes neste início de semana, atento ao dólar, com um volume de negócios apenas voltado a atender as necessidades mais urgentes de demanda, uma vez que os produtores seguem retendo as ofertas. No cenário internacional a Bolsa de Chicago opera em compasso de espera para o relatório de oferta e demanda de dezembro, que será divulgado amanhã.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em março/20 operam com estabilidade em relação ao fechamento anterior, cotada a US$ 3,76 3/4 por bushel.

* O mercado está em compasso de espera para o relatório de oferta e demanda de dezembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

* Os estoques de passagem da safra 2019/20 dos Estados Unidos devem ser indicados em 1,859 bilhão de bushels, abaixo dos 1,910 bilhão de bushels indicados em novembro.

* A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2019/20 sejam apontados em 295,6 milhões de toneladas, aquém das 296 milhões de toneladas indicadas em novembro. A expectativa é de que os estoques globais 2018/19 sejam indicados em 319,6 milhões de toneladas, abaixo dos 320,1 milhões de toneladas apontadas no mês passado.

* Na sexta-feira (6), os contratos de milho com entrega em março fecharam a US$ 3,76 3/4, estáveis.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera em alta frente ao real, após oscilar sem rumo único na abertura dos negócios, em semana de eventos importantes como as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), além de decisiva para as tratativas comerciais entre Estados Unidos e China.

* Às 9h54 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em leve alta de 0,09% no mercado à vista, cotada a R$ 4,1500 para venda, enquanto o contrato para janeiro subia 0,18%, a R$ 4,1535. Lá fora, o Dollar Index tinha queda de 0,11%, perto dos 97,600 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As bolsas da Ásia fecharam em alta. Xangai, +0,08%; e Tóquio, +0,33%.

* As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -0,52%; Frankfurt, -0,22% e Londres, -0,04%.

* O petróleo opera em baixa. Janeiro do WTI em NY: US$ 58,64 o barril (-0,94%).

* O Dollar Index registra baixa de 0,12% a 97,58 pontos.

MERCADO

* O mercado brasileiro de milho apresentou preços pouco alterados nesta sexta-feira. Foi interrompido o movimento de altas que vinha sendo observado, com o mercado mostrando estar mais acomodado.

* No Porto de Paranaguá, o preço ficou em R$ 40,50/47,00 a saca. Em Santos, o preço girou em torno de R$ 43,00/50,00 a saca.

* No Paraná, a cotação ficou em R$ 42,00/43,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 45,50/46,50 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 48,00/49,00 a saca.

* No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 45,00/46,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 46,00/47,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 40,50/41,50 a saca em Rio Verde, no disponível. Em Mato Grosso, preço ficou a R$ 36,00/37,00 a saca em Rondonópolis, para o disponível.

Fonte: Safras & Mercado

Segunda, 09 de Dezembro de 2019
Comissão de Agricultura discute privatização da Conab.
Comissão de Agricultura discute privatização da Conab. Fonte: Agrolink

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural promove audiência pública na próxima terça-feira para discutir a proposta de privatização da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O deputado Bira do Pindaré (PSB-MA) é o autor do requerimento para realização do debate.

Para o deputado, a privatização de 39 armazéns da empresa resultará em sérias implicações para a segurança do abastecimento alimentar do país. "O atual presidente, por meio de medida provisória, tem estabelecido o desmonte da segurança alimentar e nutricional do país. Após acabar com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, e também vetar a sua recriação após a medida ser alterada e aprovada no Congresso, agora o que tramita é a privatização da Conab", observa Bira do Pindaré em seu requerimento.

Confirmaram presença o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Guilherme Soria Bastos; o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Bruno Scalon Cordeiro; o superintendente de Armazenagem da Conab, Stelito Assis dos Reis Neto; e a superintendente de Administração da companhia, Tânia Fernanda de Luna Magnago.

Fonte: Agrolink

Segunda, 09 de Dezembro de 2019
Estimativa para inflação sobe para 3,84% este ano.
Estimativa para inflação sobe para 3,84% este ano. Fonte: Agência Brasil

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) aumentaram a estimativa para a inflação este ano, pela quinta vez consecutiva. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,52% para 3,84%, desta vez. A informação consta do boletim Focus, pesquisa semanal BC que traz as projeções de instituições para os principais indicadores econômicos.

A alteração na estimativa para este ano veio depois da divulgação do IPCA de novembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês passado, o IPCA ficou em 0,51%, maior taxa para o mês desde 2015 (1,01%), puxada pela alta de 8,09% nos preços da carne. Em 12 meses encerrados em novembro, o IPCA ficou em 3,27%.

Para 2020, a estimativa de inflação se mantém há seis semanas em 3,60%. A previsão para os anos seguintes também não teve alterações: 3,75% em 2021, e 3,50% em 2022.

As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente definida em 5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

De acordo com as instituições financeiras, a Selic deve cair para 4,5% ao ano na reunião do Copom desta semana. Para o fim de 2020, a expectativa é que a taxa básica também esteja em 4,5% ao ano. Para 2021, as instituições estimam que a Selic encerre o período em 6,25% ao ano. A estimativa anterior era 6% ao ano. Para o final de 2022, a previsão segue em 6,5% o ano.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. A manutenção da Selic indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.

Atividade econômica

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – subiu de 0,99% para 1,10%, neste ano. As estimativas das instituições financeiras para 2020 variou de 2,22% para 2,24%. Para os anos seguintes, não houve alteração em relação à pesquisa anterior: 2,50% em 2021 e 2022.

Na última semana, o IBGE informou que o PIB cresceu 0,6% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior.

Dólar

A projeção para a cotação do dólar subiu de R$ 4,10 para R$ 4,15, no final de 2019, e de R$ 4,01 para R$ 4,10, no encerramento de 2020.

Fonte: Agência Brasil

Sexta, 06 de Dezembro de 2019
RS suspende multa para quem perdeu prazo de vacinação.
RS suspende multa para quem perdeu prazo de vacinação. Fonte: Agrolink

Foi publicada no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (6) ordem de serviço da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) com determinações referentes à segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, que ocorreu ao longo do mês de novembro. A ordem assinada pelo secretário Covatti Filho leva em conta a greve dos fiscais estaduais agropecuários, deflagrada em 26 de novembro. O documento prevê suspensão de multa aos produtores, dispensa a agropecuária da exigência de apresentação da autorização para compra de vacina pelo produtor e autoriza a vacinação, extraordinariamente, sem o acompanhamento do Serviço Veterinário Oficial.

A segunda etapa da campanha de vacinação deste ano ocorreu em novembro. O prazo máximo para a comprovação da vacinação era de 5 dias úteis após o término da etapa, com previsão de autuação e interdição da propriedade até a regularização dos procedimentos para aqueles não comprovarem a vacinação, conforme determinação do Decreto Estadual 52.434/2015. Agora, com a ordem de serviço da Seapdr, a penalidade prevista no artigo 40 do decreto não mais será aplicada a partir de 2 de dezembro, por um prazo de 15 dias, podendo ser prorrogado.

Outro ponto é que as agropecuárias ficam dispensadas da exigência de apresentação da autorização para compra de vacina pelo produtor. A outra determinação é que a vacinação pode ser feita, extraordinariamente, sem o acompanhamento do Serviço Veterinário Oficial.

A campanha

Este ano, a vacina contra a febre aftosa teve alterações na formulação, com redução na dosagem de aplicação, de 5 para 2 ml - a vacina passou a ser bivalente, permanecendo a proteção contra os vírus tipo A e O (removido tipo C) e as apresentações comercializadas agora serão de 15 e 50 doses. A composição do produto também foi modificada com o intuito de diminuir os nódulos.

Atualmente, o Rio Grande do Sul é considerado zona livre de aftosa com vacinação e busca evoluir seu status sanitário. Em setembro, o Estado passou por auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a retirada da vacinação. A Seapdr ainda aguarda a divulgação do relatório do ministério.

Fonte: Agrolink

Sexta, 06 de Dezembro de 2019
Brasil terá maior safra de soja da história, diz Safras & Mercado.
Brasil terá maior safra de soja da história, diz Safras & Mercado. Fonte: Canal Rural

A consultoria Safras & Mercado revisou para baixo a estimativa de safra de soja, na comparação com a projeção anterior. Nesta sexta-feira, 6, a empresa alterou a expectativa de 125,7 milhões de toneladas, do relatório de outubro, para 125,4 milhões de toneladas produzidas no ciclo 2019/2020.

Apesar disso, a consultoria afirma que a safra será 5,2% maior que a temporada passada, quando atingiu 119,3 milhões de toneladas. Se confirmada, esta será a maior safra de soja da história.

A empresa também estima que a área plantada 1,8% sobre o ano anterior, atingindo pouco mais de 37 milhões de hectares, o que seria um novo recorde. No ano passado, a área com a oleaginosa ocupou 36,3 milhões de hectares.

A produtividade foi estimada em 3,4 mil quilos por hectare, superando o rendimento médio de 3,2 mil quilos obtido no ano passado.

Segundo o analista de mercado, Luiz Fernando Roque, foram feitos apenas alguns ajustes pontuais em estimativas de áreas e produtividades estaduais. “Apesar de haver registros de problemas devido ao clima irregular em alguns estados, ainda é cedo para se falar em perdas relevantes”, avalia.

Foram feitos ajustes negativos pontuais nas produtividades médias esperadas para os estados do Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia. Em contrapartida, alguns estados tiveram suas estimativas de produtividades elevadas, caso de São Paulo e Minas Gerais. “Daqui para frente, se o clima for positivo, entendemos que os problemas serão superados”, disse.

Fonte: Canal Rural