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Sexta, 09 de Julho de 2021
Custo do frete marítimo afeta exportações de arroz
Custo do frete marítimo afeta exportações de arroz Fonte: Agrolink

Os altos custos dos fretes marítimos, que aumentaram em média 170% em 2021, chegando a 500% em alguns casos em junho, e a falta de contêineres impactaram as vendas externas de arroz no primeiro semestre. Este cenário resultou em um recuo de 41% nas exportações do cereal de janeiro a junho, em relação ao mesmo período de 2020. Já as importações aumentaram 60%, em igual comparação. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (9) pela Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), com base em dados do Ministério da Economia.

De janeiro a junho, informa a Abiarroz, o Brasil exportou 475.962 toneladas de arroz (base casca), contra 953.334 t de igual período de 2020. Os principais destinos do produto brasileiro no primeiro semestre foram o Peru, a Holanda e o Senegal.

“O alto valor do frete marítimo e a indisponibilidade de espaços nos navios acarretaram perdas de negócios internacionais no setor arrozeiro brasileiro”, pontua o diretor de Assuntos Internacionais da Abiarroz, Gustavo Trevisan. Segundo ele, esses fatores provocaram uma redução de 33% no desempenho das exportações.

A pandemia, assinala Trevisan, prejudicou o setor logístico. “Algumas empresas reduziram ou suspenderam as operações. Além disso, casos de covid-19 em tripulações afetaram o fluxo dos fretes, diminuindo a oferta do serviço de transporte marítimo. Só em junho, deixamos de embarcar cerca de 15 mil toneladas de arroz (base casca).”

No primeiro semestre, as importações de arroz somaram 571.775 toneladas. No mesmo período de 2020, o país importou 461.157 t. No mês de junho, o Brasil exportou 70.206 t do cereal (base casca) e importou 86.884 mil t.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski / Abiarroz

Sexta, 09 de Julho de 2021
Oferta de milho volta a cair com apreensão com perdas com geadas
Oferta de milho volta a cair com apreensão com perdas com geadas Fonte: Safras & Mercados

    O mercado brasileiro de milho voltou a apresentar avanço nas cotações nesta semana. A oferta reduziu novamente por conta das preocupações com as perdas para a safrinha com as geadas que atingiram as regiões produtoras.

     Com o frio intenso, ainda estão sendo bem avaliadas as quebras na safrinha, mas o produtor já recuou nas vendas e naturalmente os preços avançaram. Não avançaram mais devido à postura cautelosa dos compradores, que demonstram um relativo abastecimento no momento em boa parte das regiões. E esperam a colheita da safrinha agora para suas aquisições em melhores condições.

     No balanço dos últimos sete dias, entre a quinta-feira (01 de julho) e esta quinta-feira (08 de julho), o milho em Campinas/CIF na venda subiu de R$ 98,00 para R$ 103,00 a saca, alta de 5,1%. Na região Mogiana paulista, o cereal avançou na venda de R$ 94,00 para R$ 101,00 a saca, elevação de 7,4%.

     Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço subiu de R$ 95,00 para R$ 100,00 a saca, alta de 5,3%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação passou de 80,00 a saca para R$ 85,00 (+6,25%). Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o valor subiu de R$ 90,00 para R$ 99,00 a saca, alta de 10,0%.

     Em Uberlândia, Minas Gerais, a cotação avançou de R$ 90,00 para R$ 95,00 a saca nos últimos sete dias, elevação de 5,6%. E em Rio Verde, Goiás, o mercado na venda teve estabilidade, com a cotação ficando em R$ 85,00 a saca.

Fonte: Safras & Mercado - Lessandro Carvalho

Quinta, 08 de Julho de 2021
Especialistas afirmam que geadas afetarão diretamente a safra e a pecuária
Especialistas afirmam que geadas afetarão diretamente a safra e a pecuária Fonte: Agrolink

Mesmo com o fim da frente fria, as consequências das geadas na agricultura e na pecuária ainda serão sentidas nos próximos meses

As baixas temperaturas registradas em Goiás, na última semana, trouxeram prejuízos e preocupação para os produtores rurais. Em algumas cidades do estado, como Mineiros e Perolândia, o frio congelou lavouras inteiras. Mesmo com o fim dessa frente fria, as consequências das geadas na agricultura e na pecuária ainda serão sentidas nos próximos meses.

Conforme as informações da assessoria de imprensa, o impacto dessas temperaturas baixas pode refletir diretamente na produção da safra. Segundo o especialista, as lavouras no estado de Goiás já vinham sentindo muito pela escassez de chuvas ao longo do ciclo, principalmente a safrinha do milho. “Agora, as lavouras que foram plantadas enfrentaram mais esse desafio da queda de temperatura no momento do enchimento dos grãos, isso com certeza vai prejudicar a produção esse ano no centro-oeste”, pontuou o agrônomo Luiz Antônio Monteiro.

Monteiro explica também que o pouco pasto que existia em Goiás irá desaparecer em decorrência das geadas que aconteceram no estado. Além disso, a qualidade da silagem também será afetada. “Como a planta tende a secar isso não significa que esteja seca por completo. É importante avaliar a composição bromatológica da silagem já que sabemos que o teor de amido, a fibra em detergente neutro (FDN) e o alto teor de nitrato – que leva a intoxicação animal - podem estar presentes em silagens onde as plantas passaram por uma restrição hídrica e geadas”, diz.

Impactos também na produção bovina

A qualidade na produção da silagem interfere diretamente no custo de produção da pecuária de corte e de leite. A zootecnista e especialista em produção animal Carolinne Mota explica que cada silagem, seja ela de milho, sorgo, cana-de-açúcar ou capim tem uma composição bromatológica específica que é usada como base para toda a dieta dos animais.

A geada ou frio intenso diminui a qualidade dessa silagem, o que faz com que custo alimentar do gado fique mais alto. “A silagem de boa qualidade necessita de menor incremento de fontes energéticas e proteicas que aquelas de baixa qualidade. Ou seja, para se ter o mesmo desempenho animal com silagens de baixa qualidade é necessário gastar mais com complementação de ração, tornando mais caro o custo alimentar”, detalha ela.

Segundo a especialista, quando se fala do milho, cana-de-açúcar, sorgo e capineiras, normalmente o aspecto visual da planta leva a crer que ela já está seca. Porém, é necessário levar em consideração que ainda pode haver uma quantidade significativa de água nos colmos e principalmente nas espigas.

Ela orienta que aquele produtor rural que está na dúvida entre ensilar ou não o material deve avaliar uma amostragem da matéria seca da planta para confirmar se há uma umidade mínima necessária para uma boa fermentação e realizar a melhor escolha da época de colheita para que a umidade não esteja baixa ou alta demais. “Plantas que passaram por geadas podem ter as folhas secas, porém, uma colheita precoce da espiga pode acarretar em uma fermentação butírica que ocorre pela menor capacidade de compactação deste material, indesejável no processo de fermentação”, explica a especialista.

Ela orienta ainda que as inoculações no processo de ensilagem são necessárias para evitar problemas de fermentação. “Quando a planta for colhida com teor de umidade alto normalmente usamos a associação de bactérias (Lactobacillus e Pediococcus) e materiais com alto teor de matéria seca (acima de 33%) usamos Lactobacillus buchneri. Mas esse processo deve ser recomendado por um profissional da área, já que a ensilagem precoce interfere no ganho de peso e na produtividade do gado”, pontua.

Fonte: Agrolink - Aline Merladete

Imagem: Nadia Borges

Quinta, 08 de Julho de 2021
Grãos: clima afeta lavouras e Conab reduz estimativa em mais de 1 mi de toneladas
Grãos: clima afeta lavouras e Conab reduz estimativa em mais de 1 mi de toneladas Fonte: Canal Rural

A produção nacional de grãos safra 2020/2021 é apontada em 260,8 milhões de toneladas, de acordo com dados do 10º levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta quinta-feira, 8, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume sofreu redução em comparação com o último levantamento realizado em junho, onde era esperado uma produção em 262,13 milhões de toneladas.

De acordo com a companhia, o plantio tardio de milho segunda safra trouxe impacto para o desenvolvimento das lavouras. Com a semeadura sendo realizada fora da janela ideal, o grão ficou mais vulnerável às condições climáticas registradas no período.

O clima adverso em algumas regiões produtoras influenciou de maneira negativa na produtividade estimada do cereal, e a colheita da segunda safra do grão deve chegar a 66,97 milhões de toneladas, queda de 10,8% se comparada com o período anterior.

Com a atualização, a produtividade do milho 2ª safra pode chegar a 4.502 quilos colhidos por hectare na atual safra – queda de 17,5% em relação à 2019/2020. Já a área plantada do cereal no período registra aumento de aproximadamente 8,1%, chegando a 14,88 milhões de hectares.

Mesmo com os problemas enfrentados, a estimativa de produção total do cereal é superior a 93 milhões de toneladas, uma vez que na 1ª safra a colheita ficou em torno de 24,9 milhões de toneladas e para a 3ª é esperada uma produção de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas.

Soja 

A soja, por sua vez, tem um acréscimo na produção estimado em 11,1 milhões de toneladas para esta safra. Com a colheita encerrada, a oleaginosa atinge um novo recorde de 135,9 milhões de toneladas colhidas, mantendo o Brasil como maior produtor da cultura no mundo.

 Mercado

De acordo com o levantamento da Conab, as exportações de algodão no segundo semestre de 2021 devem atingir patamares menores do que no ano passado. Esta redução se deve à combinação de uma menor produção na atual safra e de um maior consumo das indústrias nacionais. Neste cenário, a tendência é de recuperação  de 16% nos estoques finais da fibra em relação ao volume divulgado no balanço do mês passado.

Quanto ao milho, a Conab mantém inalterada suas projeções de importação em 2,3 milhões de toneladas e de exportação em 29,5 milhões de toneladas. No caso da soja, em 2021, é esperado que o país bata recorde de volume exportado, finalizando o ano com cerca de 86,69 milhões de toneladas (4,5% a mais que no ano anterior). Nos seis primeiros meses deste ano, os embarques da oleaginosa somaram 57,56 milhões de toneladas.

Para o trigo é esperado um estoque de passagem para a safra 2021/22 em níveis confortáveis, com volume próximo a 1,8 milhão de toneladas. Por fim, para o arroz as exportações em junho foram 19% menores que as ocorridas no mesmo período do ano passado. A queda é ainda maior quando se considera o acumulado do primeiro semestre, chegando a uma redução de 50% no volume exportado.

Fonte: Canal Rural

Quinta, 08 de Julho de 2021
Mercado de milho avalia estragos da geada. Conab indica safrinha de 67 milhões de t
Mercado de milho avalia estragos da geada. Conab indica safrinha de 67 milhões de t Fonte: Safras & Mercados

    A tendência é de mais um dia de preços firmes e poucos negócios no mercado brasileiro de milho. Os agentes ainda centram atenções nos prejuízos para a segunda safra, em decorrência das geadas da semana passada.

     O mercado brasileiro de milho teve poucas mudanças nos preços na quinta-feira. No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 74,00 a R$ 94,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 73,00/93,00.

    No Paraná, a cotação ficou em R$ 95,00/100,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 98,00/101,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 101,00/103,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 95,00/99,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 90,00/95,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 82,00/R$ 85,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 80,00/85,00 a saca em Rondonópolis.

 

CONAB

* O plantio tardio de milho segunda safra trouxe impacto para o desenvolvimento das lavouras. Com a semeadura sendo realizada fora da janela ideal, o grão ficou mais vulnerável às condições climáticas registradas no período.

* O clima adverso em algumas regiões produtoras influenciou de maneira negativa na produtividade estimada do cereal, e a colheita da segunda safra do grão deve chegar a 66,97 milhões de toneladas, queda de 10,8% se comparada com o período anterior.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em dezembro têm baixa de 1,12% a US$ 5,25 por bushel.

* O mercado não sustentou os ganhos iniciais, pressionado pela diminuição na demanda, por fatores técnicos e pela previsão de tempo favorável ao cultivo nos Estados Unidos.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra alta de 0,59% a R$ 5,272. O Dollar Index registra perda de 0,25% a 92,41 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,79%. Tóquio, -0,88%.

* As principais bolsas na Europa registram índices em baixa. Paris, -2,48%. Londres, -1,85%.

* O petróleo opera em baixa. Agosto do WTI em NY: US$ 72,10 o barril (-0,13%).

AGENDA

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana passada será publicada às 12hs pelo Departamento de Energia (DoE).

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (9/07)

– China: O índice de preços ao consumidor de junho será publicado na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– China: O índice de preços ao produtor de junho será publicado na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– Alemanha: A produção industrial de julho será publicada às 3h pelo Ministério de Economia e Tecnologia.

– Reino Unido: A balança comercial de maio será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: A produção industrial de maio será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Atualização da evolução das lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

Fonte: Safras & Mercado - Dylan Della Pasqua

Quinta, 08 de Julho de 2021
Bolsonaro diz que Mercosul precisa se abrir
Bolsonaro diz que Mercosul precisa se abrir Fonte: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro disse, hoje (8), ao assumir a presidência pro tempore do Mercosul, que o Brasil atuará pela abertura e integração do bloco “nas cadeias regionais e internacionais”, de forma a manter os “valores originais do bloco”. 

O encontro, feito por videoconferência durante a 58ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, marca o encerramento da presidência de turno da Argentina e o início da presidência do Brasil. Nesse período se celebram os 30 anos do bloco, para o qual o Brasil exportou cerca de US$ 12,4 bilhões em 2020. Durante o mesmo ano, o Brasil importou US$ 11,9 bilhões dos países que integram o grupo. O país detém um superávit de cerca de US$ 420 milhões com o bloco.

“A persistência de impasses e o uso da regra do consenso como instrumento de veto, e o apego a visões arcaicas de viés defensivo, terão o único efeito de consolidar sentimento de ceticismo e dúvida quanto ao verdadeiro potencial dinamizador do Mercosul”, disse o presidente.

Segundo Bolsonaro, o Brasil não vai parar nos esforços para modernizar sua economia e sociedade. “Queremos que nossos sócios de integração sejam nossos companheiros nessa caminhada para a prosperidade comum. É por isso que, em nossa presidência de turno que se inicia hoje, continuaremos a trabalhar pelos valores originais do bloco, associados à abertura e à busca da maior e melhor integração de nossas economias nas cadeias regionais e internacionais de valor”. Bolsonaro ressaltou o compromisso do Mercosul “com a liberdade, a democracia e a abertura para o mundo”.

“Na ampla agenda do Mercosul, trabalharemos para gerar resultados que possam ser entendidos, valorizados e, acima de tudo, sentidos e percebidos por nossas populações e empresários. Queremos um Mercosul de resultados que seja instrumento para a modernidade”, disse o presidente.

O presidente brasileiro disse que o bloco não pode continuar sendo visto como sinônimo de ineficiência, desperdício de oportunidades e restrições comerciais. “O semestre que se encerrou deixou de corresponder às expectativas e necessidades de modernização do Mercosul. Devíamos ter apresentado resultados concretos nos dois temas que mais mobilizam nossos esforços recentes: a revisão da tarifa externa comum e a adoção de flexibilidades para as negociações de acordos comerciais com parceiros externos. O Brasil tem pressa”, afirmou.

Ainda segundo Bolsonaro, ministros e negociadores do Mercosul estão cientes que novas negociações precisam ser avançadas, no sentido de possibilitar a conclusão de acordos comerciais pendentes, e que é necessária a redução de tarifas e a eliminação de “outros entraves ao fluxo comercial entre nós e com o mundo em geral”.

“Queremos, e conseguiremos, uma economia mais arejada e integrada ao mundo, empresas mais competitivas, trabalhadores mais produtivos, e consumidores mais satisfeitos. Não podemos patinar na consecução desses objetivos”, completou ao defender mais entregas à população, conquistas de novos mercados e eliminação de entraves, na busca por mais empreendimentos, empregos e produtos mais baratos.

Fonte: Agência Brasil - Pedro Peduzzi

Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom

Quinta, 08 de Julho de 2021
Projeto que altera imposto de renda pode elevar custos da agropecuária, alerta presidente da FPA
Projeto que altera imposto de renda pode elevar custos da agropecuária, alerta presidente da FPA Fonte: Portal DBO

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR), destacou nesta terça-feira (6), durante reunião de diretoria, que o projeto de lei (PL 2337/2021), referente a segunda etapa da reforma tributária, pode aumentar a carga de impostos no agronegócio e elevar o custo de produção no campo.

“O nosso setor já paga muitos impostos, precisamos discutir internamente e também ouvir a Receita Federal e o governo como um todo. Não podemos permitir o aumento da carga tributária no setor agropecuário”, disse.

A proposta, em debate na Câmara dos Deputados, altera o Imposto de Renda sobre pessoas físicas e jurídicas e tributa a distribuição de lucros e dividendos.

Segundo o parlamentar, caso o texto seja aprovado como está, toda a cadeia pode ser impactada e o setor poderá perder competitividade no mercado.

“Vamos apresentar ao governo os impactos que a proposta pode gerar no setor produtivo. Da forma como está, a proposta desincentiva investimentos, diminui empregos e a geração de renda no país”, explica.

Entre outras medidas, a reforma estabelece que os lucros distribuídos passarão a ser tributados em 20%. Também consta no projeto o fim da divisão da tributação de fundos de renda fixa, que tem como objetivo seguir a variação diária das taxas de juros praticadas entre os bancos, que hoje varia de 15% a 22,5%, a depender do prazo para retirada.

O presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Nilson Leitão, ressaltou que o aumento de imposto para o produtor pode prejudicar os Fundos de Investimentos das Cadeias Agroindustriais (FIAgro). Segundo ele, “a Reforma Tributária deve buscar a simplificação e desburocratização do que existe e não aumentar imposto para o produtor”.

Nilson Leitão explica que o FIAgro foi criado justamente como alternativa ao crédito rural e cita que “o setor produtivo precisa de R$ 750 bilhões para produzir a safra anual e, hoje, só recebe do Plano Safra um terço desse valor – R$ 250 bilhões”.

Nilson complementa ao dizer que “o Fundo foi criado não só para o setor ter um rendimento melhor, mas também, buscar recursos de fundos nacionais e internacionais para aquisições de máquinas, armazéns e aumento da produtividade”.

O deputado Neri Geller (PP-MT) reforçou que o setor deve ficar atento à matéria e discutir o tema com o Ministério da Economia.

“Somos contra o aumento da carga tributária para o agronegócio, mas as reformas são necessárias. Têm alguns pontos que ainda são divergentes e vamos caminhar com muita cautela para fazer o debate de alto nível com a sociedade civil.”

Membro da FPA, o deputado Evair de Melo (PP/ES) disse que a reforma tributária é necessária e que os parlamentares têm total autonomia para trabalhar e entregar o melhor ao Brasil. “O agro auxiliou o país quando o Brasil mais precisou, fortalecendo a economia e não deixando faltar alimento na mesa dos brasileiros,” finalizou.

Fonte: Portal DBO - Agência FPA

Quarta, 07 de Julho de 2021
Organização da Expointer confirma realização com público
Organização da Expointer confirma realização com público Fonte: Agrolink

A realização da 44ª edição da Expointer foi confirmada para os dias 04 a 12 de setembro e terá limite máximo de 15 mil visitantes por dia no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A organização do evento informou que entre o público externo e interno, a quantidade de pessoas que circularão no Parque, corresponde a  cerca de 25% da quantidade de pessoas que costumava circular, em média, em outras edições. 

Para circular no evento, todos os visitantes e o público interno (cerca de 10 mil pessoas entre expositores, prestadores de serviço e colaboradores em geral) precisarão observar as regras sanitárias, como uso obrigatório de máscara, além de evitar aglomerações, mesmo em espaços ao ar livre. A venda de ingressos será feita de forma antecipada, dias antes do evento, somente em plataforma online. A gestão desta bilheteria ficará sob responsabilidade da empresa vencedora da licitação, que está em andamento

De acordo com o subsecretário do parque, Gabriel Fogaça, no momento da compra do bilhete, o visitante terá que responder a um formulário obrigatório e declaratório, informando suas condições sintomáticas atuais de saúde e se comprometendo a cumprir todos os protocolos de saúde previamente determinados durante a sua permanência no Parque Assis Brasil.

Silvana Covatti, secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), salientou que esta edição será de negócios. “Em um cenário de pandemia, conseguimos avançar em relação à edição do ano passado, que ocorreu apenas na versão digital. Agora, vamos novamente nos reinventar, dando oportunidade para que os expositores restabeleçam o contato presencial com o público, dentro de um ambiente totalmente regrado pelas normas sanitárias”, pontuou Silvana.

Fonte: Agrolink - Aline Merladete

Imagem: Governo do Estado do RS

Quarta, 07 de Julho de 2021
Produção brasileira de grãos crescerá 27% a 333 milhões de toneladas até 2030/31
Produção brasileira de grãos crescerá 27% a 333 milhões de toneladas até 2030/31 Fonte: Safras & Mercado

A produção de grãos do Brasil deverá atingir 333,1 milhões de toneladas nos próximos dez anos. Em relação ao que o país produz nessa temporada de 2020/2021, o acréscimo na produção até 2030/2031 deverá ser de 71 milhões de toneladas, alta de 27,1%, a uma taxa de crescimento de 2,4% ao ano. Soja, milho de segunda safra e algodão devem continuar puxando o crescimento da produção de grãos.

Os números são do estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2020/21 a 2030/31, realizado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (SIRE/Embrapa) e pelo Departamento de Estatística da Universidade de Brasília (UnB).

O mercado interno, as exportações e os ganhos de produtividade, deverão ser os principais fatores de crescimento na próxima década, aponta o estudo. O avanço de inovações deve continuar permeando as atividades no campo, pois há grande atrativo para novas tecnologias.

A produção de carnes (bovina, suína e aves) entre 2020/21 e 2030/31, deverá aumentar em 6,6 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 24,1%. As carnes de frango e de suínos são as que devem apresentar maior crescimento nos próximos anos: carne de frango (27,7%), suína (25,8%). A produção de carne bovina deve crescer 17% entre o ano base e o final das projeções. “Esses percentuais podem situar-se em níveis maiores, haja vista o aumento da procura por proteína animal”, alerta José Garcia, coordenador-geral de Avaliação de Políticas e Informação do ministério e um dos pesquisadores das projeções.

Área plantada

A área plantada de grãos deve passar dos atuais 68,7 milhões de hectares para 80,8 milhões de hectares em 2030/31, acréscimo de 12,1 milhões de hectares ou 17,6% em termos relativos. A área plantada com todas as lavouras analisadas, além dos grãos, incluindo cana de açúcar, café, cacau e frutas, deve passar de 80,8 milhões de hectares, em 2020/21 para 92,3 milhões, em 2030/31.

Essa expansão está concentrada em soja, cana-de-açúcar, e milho de hectares, que totalizam 13,4 milhões de hectares adicionais. Algumas lavouras, como mandioca, café, arroz, laranja e feijão, devem perder área, mas a redução será compensada por ganhos de produtividade.

As informações são da Agência CMA.

Fonte: Safras & Mercado - Gabriel Nascimento

Quarta, 07 de Julho de 2021
Milho sobe forte na B3 novamente nesta 4ª feira com perdas no BR e dólar
Milho sobe forte na B3 novamente nesta 4ª feira com perdas no BR e dólar Fonte: Noticias Agrícolas

Os preços do milho voltaram a subir forte na B3 nesta quarta-feira (7) e se recuperam das baixas da sessão anterior, quando o mercado vinha realizando lucros. Perto de 11h50 (horário de Brasília), as altas dos principais contratos variavam entre 0,81% e 1,43%. Assim, o julho tinha R$ 93,07 e o setembro, R$ 94,34 por saca. 

De um lado, o mercado segue acompanhando as questões da oferta e da preocupação com um volume mais ajustado de produto. Os prejuízos com as geadas recentes continuam a ser contabilizados e podem resultar em uma segunda safra no Brasil ainda menor, o que poderia refletir em preços ainda mais sustentados. 

Somente em Goiás, nos últimos dias, os preços do cereal subiram cerca de R$ 5,00 por saca, para alcançar uma média de R$ 73,10 em relação à semana anterior, justamente em reflexo perdas ocasionadas pelas adversidades climáticas. 

Apesar disso, permanece a baixa liquidez no mercado nacional de milho, como explica Vlamir Brandalizze. "Os vendedores, neste momento, querem valores maiores do que os praticados atualmente no Centro-Oeste. Desta forma, nada de movimento nos portos, e preços que seguem firmes no mercado interno", diz o consultor da Brandalizze Consulting. 

Também nesta quarta, o mercado encontra espaço para subir na B3 motivado pelo dólar. A moeda americana continua subindo frente à brasileira, com alta de 0,84%, perto de 12h05, e chegando aos R$ 5,25. 

De outro lado, os analistas e consultores de mercado reforçam a influência do milho importado, já mais competitivo em alguns fornecedores, como  a Argentina, que acabam limitando as cotações. 

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, os futuros do cereal, por outro lado, recuam no pregão de hoje. Mais cedo, alguns pequenos ganhos foram registrados, porém, o mercado passou para o lado negativo da tabela e, por volta de 12h10 (horário de Brasília), cediam entre 7 e 18 pontos, com o julho valendo US$ 6,49 e o dezembro, US$ 5,21 por bushel. 

Pressionando os preços estão as condições melhores de clima nos Estados Unidos e a manutenção do índice de lavouras em boas ou excelentes condições nos 64%, de acordo com o último boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). 

Fonte: Noticias Agrícolas