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Sexta, 16 de Julho de 2021
Brasil importa 3,424 mil t de arroz até segunda semana de julho
Brasil importa 3,424 mil t de arroz até segunda semana de julho Fonte: Safras & Mercados

     As importações brasileiras de arroz base casca somaram 3,424 mil toneladas até a segunda semana de julho (7 dias úteis), com média diária de 489,2 toneladas. O valor com as compras no exterior totalizou US$ 965 mil, com média diária de US$ 138 mil. As informações são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

     Em relação à igual período do ano anterior, houve avanço de 183,34% no volume diário importado (172,7 toneladas diárias em julho de 2020). Já a receita diária teve acréscimo de 148,88% (US$ 55,4 mil diários em julho de 2020).

Fonte: Safras & Mercado - Dylan Della Pasqua - Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS

Sexta, 16 de Julho de 2021
Biológicos já são utilizados em 25% das áreas no Brasil
Biológicos já são utilizados em 25% das áreas no Brasil Fonte: Agrolink

Os bioinsumos são cada vez mais utilizados na agricultura brasileira. Segundo dados da Croplife Brasil, os produtos biológicos atingem atualmente cerca de 25% das áreas cultivadas no Brasil - em 2016, somente 3% usavam esse tipo de manejo. Essa ampliação se sustenta nos resultados alcançados pelos produtores, nas mais diferentes culturas onde esses produtos são empregados.

De acordo com a diretora executiva da Andrios Consultoria, Cristiane Andreote, com a utilização dos produtos biológicos, observam-se em plantas de ciclo anual aumento entre 5 e 10% de produtividade. “Além disso, em cultivos perenes, como o café, ocorrem expressivas melhorias no rendimento e na qualidade final do produto”, explica.

A preocupação com a qualidade biológica do solo é a nova revolução da biotecnologia agrícola, no entanto, ainda é um grande desafio aliar essa inovação com os usos dos solos ao longo dos anos de cultivo. “Por isso, além das estratégias de manejo, como por exemplo, diversificação de culturas, surgem inovações tecnológicas que se destacam no mercado, trazendo soluções para problemas e limitações biológicas dos solos cultivados”, orienta o professor da Esalq/USP, Fernando Andreote.

Segundo Andreote, o que era antigamente apenas relacionado à inoculação de sementes de soja - consolidada e de eficiência inquestionável -, hoje apresenta diversas tecnologias, passando por uma maior gama de inoculantes, pelos biodefensivos, e chegando ao emprego de produtos conhecidos como condicionadores biológicos de solos. “Ao passo que os inoculantes e biodefensivos exploram potencialidades de grupos microbianos específicos, os condicionadores biológicos, que ainda podem ser classificados como ativadores ou repositores, tem como proposta uma melhor organização e funcionalidade da comunidade microbiana presente nos solos cultivados”, esclarece o professor.

“Vale destacar que quanto mais se conhece sobre a biologia do solo e as tecnologias que nos permitem seu melhor manejo, mais eficiente será o processo de produção. Sem dúvida alguma, a importância dos produtos biológicos rompe barreiras das áreas de produção e surgem no mercado com um potencial muito grande a ser explorado”, finaliza Cristiane.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Sexta, 16 de Julho de 2021
Publicada lei que permite indústrias veterinárias produzirem vacinas
Publicada lei que permite indústrias veterinárias produzirem vacinas Fonte: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nessa quinta-feira (15), com veto, a Lei nº 14.187, de 15 de julho de 2021, que autoriza estabelecimentos fabricantes de vacinas veterinárias a produzir imunizantes contra a covid-19 e o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), no Brasil, desde que cumpram todas as normas sanitárias e as exigências de biossegurança próprias dos estabelecimentos destinados à produção de vacinas para uso humano.

A lei publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (16) prevê também que todas as fases relacionadas à produção, ao envasamento, à etiquetagem, à embalagem e ao armazenamento de vacinas para uso humano deverão ser realizadas em dependências fisicamente separadas daquelas utilizadas para a fabricação de produtos destinados a uso veterinário.

O texto diz ainda que, quando não houver ambientes separados para que o armazenamento seja feito, as vacinas contra a covid-19 poderão ser armazenadas na mesma área de armazenagem das vacinas de uso veterinário, mediante avaliação e anuência prévias da autoridade sanitária federal e desde que haja metodologia de identificação e segregação de cada tipo de vacina.

Veto

O artigo 5º foi vetado pelo presidente da República. O texto estabelece que ato do Executivo poderia prever incentivo fiscal destinado às pessoas jurídicas que adaptassem suas estruturas industriais destinadas originalmente à fabricação de produtos de uso veterinário para a produção de vacinas contra a covid-19.

“Embora se reconheça a boa intenção do legislador ao autorizar benefício de natureza tributária, a propositura legislativa encontraria óbice jurídico por violar dispositivo na Constituição da República que determina que benefícios tributários só podem ser criados por lei em sentido estrito”, diz o documento.

Ainda de acordo com a justificativa do veto, “a propositura legislativa acarretaria renúncia de receitas sem apresentação da estimativa do impacto orçamentário e financeiro e das medidas compensatórias, em violação à Lei de Responsabilidade Fiscal e à Lei de Diretrizes Orçamentárias 2021”.

Fonte: Agência Brasil - Aécio Amado

Quarta, 14 de Julho de 2021
Agricultura orgânica não alimentará toda população
Agricultura orgânica não alimentará toda população Fonte: Agrolink

Um estudo realizado por uma equipe de pesquisadores do Maretec indicou que a agricultura orgânica não conseguirá alimentar toda a população mundial em 2050. O estudo destaca que, ao proibir a utilização de fertilizantes de síntese, a agricultura não consegue obter azoto suficiente para ser viável a nível global. 

“Os resultados demonstram claramente que a transição completa para produção biológica em 2050, considerando o sistema de produção biológica como ele é atualmente, leva a uma insuficiência de nutrientes para produzir os alimentos necessários para alimentar a população mundial independentemente das mudanças de dieta”, afirma o investigador do MARETEC, Tiago Morais. 

Essa limitação pode ser resolvida até o ano de 2050. No entanto, isso só será possível por meio de investimentos em inovação e eficiência na produção agrícola e animal, com redução do desperdício alimentar, diversificação de fontes de fertilizante orgânico e o recurso a energias renováveis. O estudo evidencia ainda a importância da pecuária nesta equação, uma vez que os animais facilitam a produção biológica sustentável, quer devido ao aproveitamento de pastagens em áreas menos férteis para agricultura, quer para aproveitamento de desperdícios. 

“As medidas que contribuem mais significativamente são as medidas agroecologias em combinação com as medidas de economia circular. Pois, aumentando a eficiência do uso de azoto tanto na produção agrícola e produção animal combinadas com a redução dos desperdícios permite que a produção mundial de alimento consiga suprir todas as necessidades”, complementa o investigador. 

Fonte: Agrolink - -Leonardo Gottems

Imagem: Nadia Borges

Quarta, 14 de Julho de 2021
ANEC eleva projeção para embarques de soja em julho
ANEC eleva projeção para embarques de soja em julho Fonte: Safras & Mercado

    As exportações brasileiras de soja em grão deverão ficar entre 8,5 e 8,96 milhões de toneladas, conforme levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). Na semana passada, a previsão estava entre 7,64 e 8 milhões. Em julho do ano passado, as exportações ficaram em 8,03 milhões de toneladas. Em junho, o país embarcou 10,13 milhões de toneladas.

     Na semana entre 4 e 10 de julho, o Brasil embarcou 2,52 milhões de toneladas. Para o período entre 11 e 17 de julho, a ANEC indica a exportação de 2,01 milhões de toneladas. No acumulado do ano, a Associação projeta embarques de até 69,5 milhões até o final de julho.

     Para o farelo de soja, a previsão é de embarques de 1,76 milhão de toneladas em julho. No mesmo mês do ano passado, o total exportado foi de 1,73 milhão de toneladas. Em junho, volume ficou em 1,84 milhão de toneladas. Na semana passada, as exportações ficaram em 293 mil toneladas e a previsão para esta semana é de 510 mil toneladas. No acumulado do ano, os primeiros sete meses devem fechar com 10,02 milhões de toneladas embarcadas.

     A ANEC projeta embarques de milho de 3,04 milhões de toneladas em julho. Em julho do ano passado, o Brasil exportou 5,1 milhões de toneladas. Em junho, os embarques do cereal somaram 89,2 mil toneladas. As exportações do ano devem somar 5,93 milhões de toneladas até o final deste mês.

Fonte: Safras & Mercado - Dylan Della Pasqua

Quarta, 14 de Julho de 2021
Nova praga de pastagem é registrada em território nacional
Nova praga de pastagem é registrada em território nacional Fonte: Portal DBO

De acordo com informações da Embrapa Gado de Corte, o produtor deve ficar atento ao pasto e não confundir a nova praga com a cochonilha-dos-capins

Pesquisadores da Embrapa em Campo Grande, MS, e parceiros acabam de registrar, oficialmente, a infestação de Duplachionaspis divergens (Hemiptera: Diaspididae) em pastos brasileiros.

 

Trata-se de uma cochonilha detectada em pastagens do Mato Grosso do Sul com touceiras amareladas e secas, com danos visivelmente significativos.

 

As perdas econômicas ainda não foram estimadas. O registro está publicado em periódico científico da área e a identificação ocorreu de acordo com as características morfológicas da fêmea adulta. Nos países onde ocorre, a praga chega a atingir 18 gêneros de gramíneas.

“Precisamos alertar o produtor rural quanto a essa praga, chamar sua atenção. Ainda não temos muitos estudos e nem recomendação de controle. Na Embrapa, as pesquisas são iniciais. Anteriormente, a espécie havia sido relatada no Brasil somente na cultura da cana-de-açúcar, em casa de vegetação. Agora, o cenário mudou”, afirma a entomologista Fabricia Zimermann Torres. “Além da ocorrência em nossos campos experimentais, temos recebido algumas demandas de produtores preocupados, relatando sintomas e danos semelhantes em suas pastagens, o que pode ser devido a ataques dessa cochonilha”, completa.

 

A primeira constatação da presença do inseto sugador nas folhas de braquiária nos campos experimentais da Embrapa em Campo Grande ocorreu em 2018, com reinfestações nos anos seguintes. Naquele ano, em campos formados pelo híbrido BRS Ipyporã, resistente à principal praga da pastagem, as cigarrinhas.

“A infestação foi detectada na época seca, em meados de agosto, quando foi realizada coleta de folhas do capim escolhendo-se aleatoriamente dez pontos na área infestada de 0.45 ha [4.500 metros quadrados]”, lembra Torres.

 

De acordo com ela, nesses pontos de coleta foram retiradas amostras de folhas do capim (cerca de 100 folhas por amostra) e separadas em “com” e “sem” infestação, chegando-se a um valor médio de 60% de folhas infestadas nessa área.

Nos anos seguintes, segundo a pesquisadora, a infestação continuou avançando em outras áreas experimentais, e também em época chuvosa, sendo, desde então, acompanhada em outros estudos da Embrapa.

Os danos à planta decorrem da sucção de seiva nas folhas, levando ao amarelecimento e secamento das partes atingidas. Torres discorre que inicialmente, ao sair do ovo, a ninfa (fase jovem do inseto) locomove-se e fixa-se na parte abaxial das folhas.

Porém em altas infestações conseguem chegar também aos caules e superfície adaxial (parte de cima das folhas). As fêmeas ficam fixas até mesmo depois de adultas. Já os machos possuem asas e voam em busca de acasalamento.

A entomologista é responsável pelo registro oficial ao lado dos pesquisadores José Raul Valério, da Embrapa Gado de Corte; Renata Santos, da Universidade Católica Dom Bosco; Vera Regina Wolff, da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul; e Bruno Amaral, pesquisador do Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional no Estado de Mato Grosso do Sul.

A nova praga não deve ser confundida com a já conhecida cochonilha-dos-capins (Antonina graminis), que causa a “geada dos pastos”. A cochonilha-dos capins foi detectada no Brasil, pela primeira vez, em 1944, na Bahia; em 1964, no Pará; e em 1966, no estado de São Paulo.

Torres explica que “além de as cochonilhas serem diferentes morfologicamente, a cochonilha-dos-capins ataca a haste da planta, a partir do coleto e, quando na parte aérea, fica junto aos nós, sob a bainha das folhas. Em decorrência da sucção de seiva nesses locais, a planta perde sua capacidade de rebrota, podendo até morrer, o que é conhecido como ‘geada dos pastos’”.

A pesquisadora enfatiza ainda que desde 1967, após a introdução do parasitoide Neodusmetia sangwani, a cochonilha-dos-capins teve seu controle estabelecido no Brasil.

Fonte: Portal DBO - Embrapa Gado de Corte

Imagem: Fabricia Torres

Quarta, 14 de Julho de 2021
Dólar tem forte queda ante real com ajustes tributários e Powell no radar
Dólar tem forte queda ante real com ajustes tributários e Powell no radar Fonte: Noticias Agrícolas

O dólar era negociado em forte queda contra o real nesta quarta-feira, refletindo uma recepção positiva às alterações nas propostas de tributação do governo brasileiro, antes de um depoimento do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Congresso norte-americano.

Às 10:06, o dólar recuava 1,66%, a 5,0964 reais na venda, enquanto o dólar futuro tinha baixa de 1,32%, a 5,106 reais.

Segundo Paloma Brum, economista da Toro Investimentos, esse comportamento reflete, principalmente, a notícia da véspera de que o parecer da reforma do Imposto de Renda (IR) prevê redução na tributação das empresas.

"Estamos vendo avanços na reforma tributária, com ajustes positivos para a economia, apesar da taxação de dividendos", explicou ela. "Esses ajustes podem reduzir a carga do Imposto de Renda sobre pessoa jurídica."

Enquanto isso, no exterior, o índice da divisa norte-americana contra uma cesta de rivais cedia 0,4%. Peso mexicano, lira turca e rand sul-africano subiam nesta manhã.

Sob os holofotes dos operadores, Powell dará depoimento no Congresso, depois que dados da véspera --que mostraram um salto na inflação de junho-- alimentaram expectativas de um fim mais rápido do estímulo do Fed.

"O dilema do Fed é distinguir quanto (do salto da inflação) é transitório e não exige redução de estímulos e quanto é permanente, que precisa ser combatido com menos liquidez e aumento das taxas de juros", explicaram analistas da Genial Investimentos em nota matinal.

Em declarações preparadas para o depoimento desta quarta-feira, Powell disse que o mercado de trabalho dos Estado Unidos "ainda está longe" do progresso que o Federal Reserve deseja ver antes de reduzir seu apoio à economia, enquanto a alta inflação atual diminuirá "nos próximos meses".

A sinalização mais "dovish", ou tolerante com a alta dos preços, tende a fornecer apoio para moedas de países emergentes, devido à manutenção da liquidez e dos juros baixos nos Estados Unidos.

O dólar negociado no mercado interbancário fechou a terça-feira em alta de 0,17%, a 5,1824 reais na venda.

Neste pregão, o Banco Central fará leilão de swap tradicional para rolagem de até 15 mil contratos com vencimento em janeiro e maio de 2022.

Fonte: Noticias Agrícolas - (Reuters) Luana Maria Benedito

Quarta, 14 de Julho de 2021
Atividade econômica tem queda de 0,43% em maio, diz Banco Central
Atividade econômica tem queda de 0,43% em maio, diz Banco Central Fonte: Agência Brasil

A atividade econômica brasileira registrou queda em maio deste ano, de acordo com dados divulgados hoje (14) pelo Banco Central (BC). Até fevereiro, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) vinha apresentando crescimento após os choques sofridos em março e abril do ano passado, em razão das medidas de isolamento social necessárias para o enfrentamento da pandemia de covid-19. Nos últimos três meses, já houve variações, com recuos em março e maio.

O IBC-Br, dessazonalizado (ajustado para o período), apresentou recuo de 0,43% em maio de 2021 em relação a abril. Já na comparação com maio de 2020, houve aumento de 14,21% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). No acumulado em 12 meses, o indicador também ficou positivo, em 1,07%.

Com os resultados, o IBC-Br atingiu 139,11 pontos. O índice é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 4,25% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia, a indústria, o comércio e os serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

O indicador foi criado pelo Banco Central para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. Entretanto, o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2020, o PIB do Brasil caiu 4,1%, totalizando R$ 7,4 trilhões. Foi a maior queda anual da série do IBGE, iniciada em 1996 e que interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB acumulou alta de 4,6%.

Fonte: Agência Brasil - Andreia Verdélio

Imagem: Marcello Casal Jr.

 

Terça, 13 de Julho de 2021
Faturamento com exportações do agro bate recorde em junho
Faturamento com exportações do agro bate recorde em junho Fonte: Canal Rural

O faturamento com as exportações do agronegócio brasileiro em junho alcançou recorde, de US$ 12,11 bilhões, o que representa uma alta de 25% em comparação com US$ 9,69 bilhões de junho de 2020. O aumento dos preços internacionais dos produtos agropecuários exportados pelo Brasil (30,4%) foi a principal variável responsável pelo recorde, informa a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (Mapa).

De acordo com a pasta, o incremento nos preços foi decisivo para o recorde mensal, em virtude da recuperação econômica global, já que houve queda de 4,1% no volume exportado.

As importações do agronegócio tiveram aumento de 54,2%, atingindo US$ 1,28 bilhão. Desta forma, o saldo da balança comercial do agronegócio atingiu US$ 10,8 bilhões. Em virtude da elevação das exportações de produtos não-agrícolas em 105,3%, influenciados por exportações de minério de ferro e petróleo, a participação dos produtos do agronegócio nas exportações totais brasileiras alcançou 43,1%, mesmo com o recorde observado para os meses de junho. Em junho de 2020, a participação foi de 55,5%.

O principal setor exportador do agronegócio brasileiro foi o complexo soja, com um pouco mais da metade do valor das exportações do Brasil. As vendas externas de soja em grão alcançaram valor recorde de US$ 5,30 bilhões, mesmo com redução de 12,9% do volume exportado, 11,1 milhões de toneladas.

As exportações de carnes foram de US$ 1,78 bilhões (+26,6%) em junho. O incremento do valor ocorreu em função da elevação da quantidade exportada (+9,4%), como ao aumento do preço médio de exportação (+15,7%). A principal carne exportada foi a carne bovina, com registros de US$ 834,24 milhões (+12,7%).

Em relação à carne de frango, as exportações subiram 45,8%, para US$ 636,26 milhões em junho de 2021.

Já na carne suína houve registro recorde de exportações, com vendas externas de US$ 268,31 milhões (+36,4%). A quantidade exportada também foi recorde, com 107,2 mil toneladas (+12,9%).

Fonte: Canal Rural - Estadão Conteúdo

Terça, 13 de Julho de 2021
China: Importações de soja devem passar de 105 mi de t, mesmo com ritmo mais tímido de compras agora
China: Importações de soja devem passar de 105 mi de t, mesmo com ritmo mais tímido de compras agora Fonte: Noticias Agrícolas

As importações de soja da China cresceram em junho. O volume foi 11,6% maior do que o de maio e somou 10,72 milhões de toneladas, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas reportados nesta terça-feira (13). Este foi o terceiro maior montante mensal da história e, de acordo com analistas e consultores ouvidos pela Reuters Internacional, trata-se de uma 'retomada' do ritmo das compras do gigante asiático. 

 Ainda segundo os especialistas, os chineses seguem buscando ampliar suas compras de forma a alcançarem um abastecimento adequado que possa atender ao seu rebanho de suínos que continua se recuperando. Dessa forma, as importações chinesas de soja somaram 48,96 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2021, 8,7% a mais do que no mesmo intervalo do ano passado. 

"Os rebanhos cresceram e a demanda por farelo de soja aumentou", disse a analista da consultoria agrícola Shangai JC Intelligence Co Ltd, Rosa Wang. "E as processadoras de soja também aumentaram suas compras preocupadas com o fornecimento mais a diante", complementa Wang. 

Parte da soja que continua chegando à China ainda é de origem braisleira, uma vez que as esmagadoras chinesas fizeram grandes compras por aqui no início do ano, aproveitando os preços mais baixos e garantindo melhores margens de esmagamento.  Além disso, o atraso na colheita também provocou o atraso do embarque de alguns cargos, que estão chegando somente agora aos portos chineses. 

Daqui em diante, no entanto, a demanda é um ponto de atenção importante para o mercado, já que tem se mostrado tímida diante de margens de esmagamento que seguem negativas no país. Ainda de acordo com a consultoria JC Intelligence, as esmagadoras na provínica de Shandong, a maior esmagadora de soja do norte da China, por exemplo, tem registrado um prejuízo de cerca de US$ 30,63 por tonelada da oleaginosa processada. 

E boa parte deste movimento está atrelada ao atual momento da suinocultura. Os preços do suíno já acumulam uma baixa de mais de 60% de janeiro a junho diante da preocupação dos suinocultores com novos surtos de Peste Suína Africana e outras zoonoses e frente aos custos elevados para controlar doenças como estas, além de temerem perder mais animais como no momento do pico da epidemia. 

Assim, a expectativa é de que as importações de soja em julho sejam um pouco mais contidas, como explicam os especialistas, principalmente de soja brasileira. A tendência é que a partir de setembro novas compras sejam feitas nos Estados Unidos, com o produto norte-americano mostrando melhor competitividade. 

"Há ainda bastante soja do Brasil a ser embarcada para a China ainda em julho, agosto e setembro. Depois disso eles viram para os EUA. Quando olhamos para os prêmios agora no Brasil, para setembro, estão entre US$ 1,35 e US$ 1,40 (acima dos preços praticados em Chicago) e no Golfo está bem mais baixo", explica Ginaldo Sousa, diretor do Grupo Labhoro. Ainda no Golfo, os preços para agosto são de 78 a 85 cents, e para outubro, os vendedores pedem 75 centavos de dólar sobre a CBOT, enquanto no Brasil os valores para outubro já variam entre 141 e 155 cents. 

E essa diferença tende a aumentar a partir de outubro, quando a soja da nova safra começa a chegar ao mercado nos EUA, pressionando ainda mais os prêmios e, naturalmente, atraindo mais a demanda, também como afirma Sousa. 

Todavia, o diretor da Labhoro acredita que a China já está substancialmente abastecida e que os próximos meses não deverão ser de compras muito volumosas. "Mas certamente as importações de soja chinesas irão ultrapassar as 105 milhões de toneladas neste ano. A China já comprou muita soja", diz. Então, "eles vão sim voltar ao mercado, mas de forma ainda bem mais tímida". 

No início de 2021, a bússola chinesa muda de direção novamente e a China deve voltar a comprar a oleaginosa brasileira, e esta deve ter ainda melhor competitividade com uma safra estimada em mais de 144 milhões de toneladas. 

INFLUÊNCIA SOBRE OS PREÇOS

O ritmo mais contido de compras da China já tem segurado também o avanço das cotações da soja na Bolsa de Chicago, ainda como analisa Ginaldo de Sousa. 

"Com o clima que temos tido nos Estados Unidos, era para termos um Chicago mais alto, com o contrato novembro/21, que hoje orbita entr US$ 13,50 e US$ 13,60, já nos US$ 14,00 ou perto disso", afirma o diretor da Labhoro. "Mas o que falta é a demanda". 

Em seu relatório mensal sobre o mercado de oleaginosas, os analistas do USDA afirmam que o mercado da soja desacelerou nos últimos dias e, em partes, justificado por esse ritmo mais contido da China. "Os estoques de soja na China, já em patamares elevados, continuam crescendo à medida que as importações anteriores superaram o ritmo de esmagamento mensal", informa o reporte. 

Exportações Globais de Soja - Gráfico: USDA

Assim como os demais especialistas, o USDA também cita o atual cenário da suinocultura como um ponto de atenção sobre a demanda chinesa por soja. "Os elevados estoques de carne suína pressionaram os preços dos animais, reduzindo as margens de esmagamento e diminuindo a demanda por farelo de soja ao menos no curto prazo". 

E ao lado da demada, o mercado segue reagindo às especulações sobre a produtividade da soja 2021/22 dos Estados Unidos, o que deve manter bastante volátil o comportamento dos preços na Bolsa de Chicago.

GRÃOS

A Administração Geral das Alfândegas também informou que a China importou 15,3 milhões de toneladas de milho no primeiro semestre de junho, 318,5% a mais do que no mesmo período do ano anterior, enquanto as compras de trigo somaram 5,37 milhões, 60,1% a mais do que na primeira metade de 2020. 

Fonte: Noticias Agrícolas