Notícias

Quarta, 21 de Setembro de 2022
Inscrições para o 2º Prêmio Referência Leiteira abrem nesta quarta-feira
Inscrições para o 2º Prêmio Referência Leiteira abrem nesta quarta-feira Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR ASCOM SEAPDR COM INFORMAÇÕES DO SINDILAT RS

Os produtores de leite do Rio Grande do Sul podem se inscrever a partir de hoje (21) no 2º Prêmio Referência Leiteira RS. Neste ano a premiação terá categorias inéditas e duas etapas de inscrição. O prêmio é promovido pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), pela Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) e pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

Os primeiros a se inscrever serão os produtores de leite que desejarem concorrer à premiação de “Propriedade Referência em Produção de Leite”, que, diferente da edição anterior, será separada em duas categorias distintas: os que produzem em sistemas à base de pasto com suplementação e os que produzem em sistemas de semiconfinamento ou confinamento. O período será de 21 de setembro a 31 de outubro. O regulamento e a ficha de inscrição podem ser acessados pelo site do Sindilat. A exemplo do ano anterior, a inscrição será realizada nos escritórios municipais da Emater/RS.

Em março de 2023, abrem as inscrições para concorrer nas novas categorias: “Inovação”, “Sustentabilidade Ambiental”, “Bem-estar Animal”, “Protagonismo Feminino”, “Sucessão Familiar” e “Gestão da Atividade Leiteira”.

Poderão se inscrever produtores do Rio Grande do Sul com produção individual ou coletiva, desde que estejam vinculados à indústria de laticínios que adquira leite no Estado. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2023.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Quarta, 21 de Setembro de 2022
Copom define hoje taxa básica de juros da economia
Copom define hoje taxa básica de juros da economia Fonte: Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) define hoje (21), em Brasília, a taxa básica de juros, a Selic. A tendência é de mais um aumento, mas em menor nível do que nos últimos encontros, quando foi elevada em 0,5 ponto. O anúncio será feito no fim da tarde.

Em comunicado após a última reunião em agosto, o órgão informou que elevaria a taxa em 0,25 ponto nesse encontro de setembro, diante dos riscos de que a inflação fique acima da meta em prazos mais longos. A alta de juros dos bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa também pode forçar o BC a novo aumento.

O colegiado, no entanto, está dividido entre uma elevação para 14% ao ano ou a manutenção da taxa básica em 13,75%, como espera o mercado financeiro. De acordo com o boletim Focus, a expectativa é que a Selic termine o ano nesse patamar. Além da reunião que começou ontem, o Copom tem mais dois encontros em 2022, em outubro e dezembro.

A queda da inflação nos últimos dois meses também reforçou a previsão das instituições financeiras pela manutenção da Selic. Em julho, houve deflação de 0,68% e, em agosto, de 0,36%. Com esse último resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) acumula alta de 4,39% no ano e de 8,73% em 12 meses.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, que é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

O Copom se reúne a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Meta de inflação

Para 2022, a meta de inflação que deveria ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior é 5%. Para 2023 e 2024, as metas são 3,25% e 3%, respectivamente, com o mesmo intervalo de tolerância.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária admitiu, oficialmente, o estouro da meta de inflação em 2022. No documento, a estimativa é de que o IPCA atingirá 8,8% em 2022. O próximo relatório, já com a contabilização das últimas deflações, será divulgado na semana que vem, dia 29.

A projeção do mercado é de uma inflação fechando o ano em 6%, de acordo com o boletim Focus de ontem (19). Há 12 semanas consecutivas, as instituições financeiras vêm reduzindo a previsão.

Fonte: Agência Brasil

Imagem: Marcello Casal Jr.

Sexta, 16 de Setembro de 2022
Especialistas debatem tributação no agro e as propostas de reforma tributária
Especialistas debatem tributação no agro e as propostas de reforma tributária Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Nos três primeiros painéis do 2º Seminário Nacional de Tributação do Agronegócio, os especialistas debateram, na manhã de quinta (15), aspectos gerais da tributação no setor e as propostas da reforma tributária. O evento é uma realização da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o site Jota.

No primeiro painel, os professores Fernando Scaff e Eduardo Maneira destacaram a importância do agro para a economia e desenvolvimento do País, assim como a necessidade de um sistema simplificado para os produtores rurais brasileiros.

“O agro não é só tech, pop, é um enorme arrecadador de tributos para nosso país. Dados mostram que o setor contribuiu com mais de R$ 500 bilhões para os cofres públicos, isso significa uma participação de 21% no PIB brasileiro”, afirmou Scaff.

O professor Eduardo Maneira ressaltou que ao falar em tributação do agro é necessário pensar nas particularidades do setor e, por isso, um sistema simplificado e prático seria uma forma de ajudar principalmente os pequenos produtores que são a maioria no País.

 

“Não se pode atribuir aos mais de 5 milhões de produtores atribuições acessórias complexas e custosas porque eles são a massa e têm dificuldades operacionais. A lógica da praticidade tributária é que ela é importantíssima dentro da particularidade do agronegócio.”

A advogada tributarista Maysa Pittondo Deligne falou da tributação sobre consumo no segundo painel. Segundo ela, hoje os tributos são pulverizados entre os entes federados, o que dificulta muito a apuração não só na perspectiva do agro como na forma que é feita em cada município e estado.

“A tributação PIS/Cofins é muito complicada na perspectiva federal, há muita complexidade assim como no crédito presumido relacionado à agroindústria. Agora, quando falamos de reforma tributária, uma reforma no PIS/Cofins seria um passo muito grande e ajudaria produtores, agroindústrias e empresas.”

Fábio Pallaretti Calcini dividiu o debate com Maysa e também destacou que as peculiaridades do agro. Para ele, esses aspectos são importantes para justificar concessão de crédito presumido dentro do PIS/Cofins não cumulativo.

“Esse crédito presumido no agro em algumas legislações não é um privilégio ou benefício, ele tem uma razão jurídica de ser a partir da própria essência da atividade do agro e por força da cadeia. O crédito presumido vem preencher uma lacuna quando não há tributação, para que não exista no agro uma cumulatividade”.

No terceiro painel, os especialistas discutiram as propostas de reforma tributária que estão em debate no Congresso Nacional, as Propostas de Emenda Constitucional (PEC) n.º 45/19 e nº 110/19 e o Projeto de Lei n.º 3887/2020.

Para Pedro Júlio Sales D’ Araújo, a adoção de uma alíquota única na tributação do consumo, prevista na PEC 45, vai ampliar os custos de vida principalmente para as pessoas mais pobres, “configurando risco de insegurança alimentar”.

“Temos que pensar em que medida onerar o agro contraria até mesmo os nossos ditames mais essenciais que constam na Constituição. A tributação de consumo deve ser aferida através da renda, porque é a melhor forma de demonstrar o bem-estar das famílias e onde conseguimos aferir o impacto que a tributação vai ter no orçamento familiar.”

A advogada Rebeca Müller pontuou a necessidade de uma reforma tributária, mas frisou que a simplificação com a criação de uma alíquota única pode custar caro para o setor.

“O agro é um dos setores responsáveis pelo PIB brasileiro, tem influência direta na economia e no crescimento do País, porém, tem sido impactado com o alto preço dos insumos, efeitos climáticos, guerra. Isso pode impactar na mesa das famílias e por isso uma reforma precisa ser bem pensada.”

O coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, afirmou que a confederação defende a necessidade de uma reforma ampla que promova o crescimento do agronegócio e de outros setores econômicos, mas sem aumentar a carga tributária.

Os painéis foram mediados pelas assessoras jurídicas da CNA, Raquel Alves, Viviane Faulhaber, e a editora de tributos do Jota, Bárbara Mengardo.

Assessoria de Comunicação CNA
flickr.com/photos/canaldoprodutor
cnabrasil.org.br
twitter.com/SistemaCNA
facebook.com/SistemaCNA
instagram.com/SistemaCNA
facebook.com/SENARBrasil
youtube.com/agrofortebrasilforte

Sexta, 16 de Setembro de 2022
Brasil exporta US$ 14,8 bilhões em produtos do agronegócio em agosto
Brasil exporta US$ 14,8 bilhões em produtos do agronegócio em agosto Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Com preços e volumes em expansão, as vendas externas do agronegócio registram recorde de valor para os meses de agosto, com US$ 14,81 bilhões, alta de 36,4% em relação ao mesmo mês de 2021.  As vendas externas do agronegócio tiveram participação de 48,1% nas exportações totais brasileiras.

As importações de produtos agropecuários registraram o maior valor da série histórica iniciada em 1997, com US$ 1,68 bilhão em aquisições. O valor foi 34,5% superior em comparação com os US$ 1,25 bilhão importados em agosto/2021. 

De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os destaques em termos de valores e quantidades recordes para todos os meses, inclusive agosto, ficaram com o milho e carne bovina in natura. 

Já em termos de valores para os meses de agosto, os destaques foram para a soja em grãos, farelo de soja, carne de frango in natura e celulose.

Milho

Em agosto, as exportações de milho suplantaram pela primeira vez em todos os meses da série histórica, a cifra recorde de US$ 2 bilhões, atingindo US$ 2,03 bilhões. Duas variáveis explicam este resultado: o volume recorde de 7,5 milhões de toneladas embarcadas e os elevados preços médios de exportação (US$ 271 por tonelada, +41,6% em relação aos preços médios de agosto/2021). 

A safra recorde de milho 2021/2022, de 113,3 milhões de toneladas (+30,1%), possibilitou a quantidade também recorde exportada do cereal em agosto, elevando a disponibilidade interna do cereal. 

A União Europeia foi o principal importador do milho brasileiro, com registros de US$ 495,77 milhões em agosto de 2022. Além dos países da comunidade europeia, outros mercados que importaram foram: Irã, Egito, Japão e Colômbia.

Carne bovina e de frango in natura

As vendas externas de carne bovina responderam por 52,6% do valor total exportado pelo Brasil de carnes. Foram US$ 1,36 bilhão exportados, uma cifra também recorde histórico, com aumento de 8,7% no volume e 6,5% no preço médio. 

As aquisições chinesas são a razão para esse recorde. O país asiático aumentou as importações de carne bovina brasileira de US$ 633,60 milhões em agosto/2021 para US$ 852,83 milhões em agosto de 2022 (+34,6%). Os três principais mercados, além da China, foram Estados Unidos, Chile e Indonésia. 

As exportações de carne de frango também foram recordes para o mês de agosto, com US$ 902,28 milhões ou um incremento de 36,3% na comparação com os US$ 661,99 exportados em agosto/2012. Houve crescimento das vendas externas distribuídas entre os principais mercados, com exceção da China. Os cinco maiores importadores da carne de frango brasileira foram China, Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Coreia do Sul.

Soja 

As exportações de soja em grãos, principal produto do complexo soja, foram de 6,10 milhões de toneladas (-6,0%) ou o equivalente a US$ 3,8 bilhões (+20,8%), com alta dos preços médios de exportação em 28,5%, nos últimos 12 meses. 

A China é a principal importadora da soja brasileira, com market share de 73,3% da quantidade exportada (4,46 milhões de toneladas) ou US$ 2,79 bilhões em agosto de 2022. Outros países que importaram foram: Irã, Vietnã, Espanha, Japão, Tailândia e Turquia.

As vendas externas de farelo de soja foram de US$ 949,00 milhões em agosto deste ano, 45,8% superior na comparação com os US$ 651,08 milhões exportados em agosto/2021. Houve aumento da quantidade exportada em 19,1%. 

No entanto, a elevação dos preços médios de exportação em 22,4% foi o principal fator para a expansão das vendas externas do produto. A União Europeia continua como principal importadora do farelo de soja brasileiro. 

Outros mercados que adquiriram o produto, todos eles da Ásia, foram Indonésia, Tailândia, Irã e Coreia do Sul. 

Países importadores

A China continua sendo a principal parceira comercial do agronegócio brasileiro, com aquisições de US$ 4,54 bilhões, incremento de 19,5% na comparação com os US$ 3,80 bilhões adquiridos em agosto do ano passado. Os quatro principais produtos exportados para a China foram a soja em grãos, carne bovina in natura, açúcar de cana em bruto e celulose.

De acordo com a SCRI, quatro países asiáticos tiveram aumento de participação acima de um ponto percentual: Irã (de 2,5% de participação para 5,7%); Japão (de 2% de participação para 3,4%); Indonésia (de 1% de participação para 2,4%); e Índia (de 0,6% de participação para 2,0%). 

O Irã aumentou as compras de produtos do agronegócio brasileiro em 217,7% entre agosto/2021 e agosto/2022, passando de US$ 266,76 milhões para US$ 847,57 milhões em aquisições. O Irã importou quatro produtos como o milho, soja em grãos, açúcar de cana em bruto e farelo de soja.

No caso do Japão, houve elevação das exportações de US$ 220,27 milhões em agosto de 2021 para US$ 501,27 milhões em agosto de 2022 (+127,6%). Os quatro principais produtos foram milho, carne de frango in natura, soja em grãos e farelo de soja.

A Indonésia importou US$ 349,32 milhões em produtos do agronegócio brasileiro (+211,6%). Os três principais produtos principais adquiridos foram farelo de soja, açúcar de cana em bruto e carne bovina in natura.

Outro país que teve aumento de participação foi a Índia, que passou de US$ 60,64 milhões em importações de produtos do agronegócio brasileiro em agosto/2021 para US$ 297,27 milhões em agosto/2022 (+390,2%). Dois produtos tiveram grande participação, como o óleo de soja em bruto e açúcar de cana em bruto. 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Sexta, 16 de Setembro de 2022
A 45 dias do fim do prazo, apenas 30% fizeram Declaração Anual de Rebanho no RS
A 45 dias do fim do prazo, apenas 30% fizeram Declaração Anual de Rebanho no RS Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

A Declaração Anual de Rebanho é uma obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos que trabalhem com agronegócios de produção animal. Porém, a 45 dias do fim do prazo (31 de outubro), foram feitas apenas 30% das 380 mil declarações esperadas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

A partir desse ano, a atualização cadastral está mais completa, com informações mais detalhadas sobre a propriedade rural e os sistemas de produção animal, o que torna a declaração mais extensa. Por isso, não é aconselhável que seja protelada até a última hora.

“A declaração é obrigatória para todos que possuem animais de produção, como bovinos, suínos, galinhas (frangos de corte, poedeiras e reprodutoras), ovinos, peixes, abelhas, cavalos e outros. Mesmo quem possui poucos animais, para consumo próprio, lazer ou trabalho, também deve fazer a declaração”, explica a médica veterinária Flavia Fortes, da Seção de Epidemiologia e Estatística da Seapdr.

Como fazer

Este ano, os formulários estão disponíveis no link www.agricultura.rs.gov.br/declaracao e podem ser entregues de duas formas. 

Na primeira, o produtor comparece à Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária de referência e informa verbalmente os dados a serem lançados. Com a opção de geração de senha de Produtor Online, ele assina digitalmente a declaração. 

Na segunda opção, o produtor baixa os formulários no site da Seapdr, preenche e os entrega na IDA ou EDA do seu município. 

A expectativa é que, no próximo ano, os produtores possam fazer a declaração online, diretamente pelo Sistema de Defesa Agropecuária (SDA).

Sanções

A Declaração Anual de Rebanho é obrigatória. A partir de 1º de dezembro, os produtores inadimplentes terão bloqueio do seu cadastro no SDA, não sendo possível a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) até que sua situação seja regularizada.

Estrutura e finalidade

A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada na propriedade, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, entre outros.

No formulário de caracterização da propriedade, há campos novos, como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais terão questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros.

Os dados captados pela nova Declaração Anual de Rebanho permitirão delinear um perfil mais completo sobre a produção pecuária no Rio Grande do Sul, contribuindo para a manutenção do status sanitários dos rebanhos do Estado ao fornecer subsídios para as ações dos programas de saúde animal e demais políticas públicas direcionadas.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Sexta, 16 de Setembro de 2022
Lavouras de trigo apresentam bom desenvolvimento e boa sanidade de plantas
Lavouras de trigo apresentam bom desenvolvimento e boa sanidade de plantas Fonte: Emater

A estimativa de cultivo de trigo para a safra 2022 no Rio Grande do Sul é de 1.413.763 hectares. A cultura segue com excelente desenvolvimento, beneficiada pelo grande número de horas com insolação e pela ocorrência de chuvas em baixo volume. Esses fatores diminuíram o excesso de umidade na superfície das folhas e contribuíram para atenuar a proliferação de doenças foliares, mantendo a cultura com boa sanidade.

De acordo com o Informativo Conjuntural produzido e divulgado nesta quinta-feira (15/09) pela Emater/RS-Ascar, os cultivos apresentam 44% da área em fases vegetativas, e 56% estão em fases reprodutivas de floração e granação.

Com a evolução para os estágios reprodutivos, o aspecto visual é de maior uniformidade no porte das lavouras, que estão com grande densidade de espigas, conferindo um alto potencial produtivo. Ao entrar nessa fase de definição de produtividade, intensificam-se os cuidados de proteção das plantas, visando prevenir doenças foliares e da espiga, especialmente ferrugem e giberela. A produtividade estimada permanece em 2.822 kg/ha.

CULTURAS DE INVERNO

Canola - A estimativa de cultivo de canola no Estado para a safra 2022 é de 48.457 hectares. A produtividade estimada permanece em 1.885 kg/ha.

Na região de Santa Rosa, 25% das lavouras estão em fase de floração, 54% em fase de formação da síliquas e enchimento de grãos, 16% em maturação e 5% foi colhida. Estima-se uma redução de 3% em relação à expectativa inicial de produtividade de 1.731 kg/ha em decorrência das geadas ocorridas no final de agosto e da queda de granizo, que atingiram algumas lavouras. A aparência das lavouras remanescentes é boa, com sanidade e sem incidência significativa de pragas e doenças.

Na semana, prosseguiu a estratégia de suspender a aplicação de inseticidas em lavouras com a presença de abelhas. Segundo a área técnica da maior empresa compradora de grãos de canola na região, as lavouras conduzidas nessa condição na safra anterior apresentaram aumento de até 15% na produtividade, atribuídas à melhor polinização.

Cevada - A estimativa de cultivo de cevada no Estado para a safra 2022 é de 36.727 hectares. A produtividade estimada permanece em 2.958 kg/ha.

Aveia branca grãos - A estimativa de cultivo de aveia branca no Estado para a safra 2022 é de 392.507 hectares. A produtividade estimada permanece em 2.217 kg/ha.

CULTURAS DE VERÃO

Milho - A semeadura alcançou 35% da área projetada para esta safra, que foi favorecida pelo tempo mais seco e pelos teores de umidade adequados nos solos. A operação foi efetuada com baixo revolvimento dos solos no sulco de plantio e com excelente deposição e cobertura das sementes, permitindo maior uniformidade no estabelecimento das lavouras. No entanto, as lavouras ainda apresentam os estágios de germinação e de desenvolvimento vegetativo mais lentos em decorrência das baixas temperaturas e da formação de geadas pontuais.

No aspecto fitossanitário, foram realizados o monitoramento e o controle das cigarrinhas (Dalbulus maidis) para evitar danos diretos por esse inseto-praga e a disseminação da doença do enfezamento, que provoca grandes danos e perdas na produção.

A área estimada de cultivo para a safra 2022/2023 é de 831.786 hectares. A produtividade esperada é de 7.337 kg/ha.

Milho silagem - A área estimada de milho destinado à silagem para a safra 2022/2023, no Rio Grande do Sul, é de 365.467 hectares. A produtividade estimada é de 37.857 kg/ha, e a produção projetada é de 13.835.615 toneladas.

OUTRAS CULTURAS

Girassol - Na regional de Santa Rosa, está em andamento o preparo das áreas para o plantio da nova safra de girassol 2022/2023, sendo que em São Luiz Gonzaga, Giruá e Entre-Ijuís já foram plantadas as primeiras lavouras, as quais estão em germinação e com boa população de plantas. A expectativa inicial de produtividade média para esta safra está em 2.000 kg/ha. O preço apresenta redução em relação à semana anterior, e está em R$ 168,00/sc. de 60 quilos.

BOVINOCULTURA DE CORTE

Com a grande oferta de forragens advindas das pastagens cultivadas, aumenta o número de animais em condições de abate, porém sem demanda do mercado. Muitos produtores estão pressionados a liberar as áreas de integração com lavoura. Com a grande oferta de animais no mercado, os preços continuam em queda.

As matrizes seguem em parição, e os maiores cuidados sanitários estão voltados para os manejos com terneiros recém-nascidos, assim como o controle do carrapato bovino, que já começa a aparecer novamente nos animais. As temperaturas contribuíram para o bem-estar dos animais a campo.

BOVINOCULTURA DE LEITE

A presença de boa luminosidade, de temperaturas amenas e de umidade no solo resultaram no excelente desenvolvimento das pastagens, mantendo a produtividade leiteira e reduzindo os custos de produção pelo baixo uso de rações proteinadas.

A redução da ocorrência das chuvas impactou positivamente na queda dos casos de mastite, além de permitir o acesso dos animais aos potreiros, sem maiores limitações relacionadas ao pisoteio.

Apesar de satisfeitos com os bons preços pagos, no momento, pelo litro do leite, os produtores estão apreensivos com a possibilidade de queda nos preços nos próximos meses.

APICULTURA

As condições do tempo favoreceram o trabalho das abelhas campeiras, assim como aumentaram a disponibilidade de floradas. Entre as atividades desenvolvidas pelos apicultores estão as revisões dos apiários, a realização de roçada ao redor das caixas e nos acessos aos apiários, a reforma de melgueiras, ninhos e caixilhos, o preparo de caixilhos com cera alveolada para substituição de quadros de ninho e melgueiras, a colocação de melgueiras nas colmeias fortes e as práticas para o controle de inimigos naturais e da pilhagem. Segue a captura de enxames e a sanidade das abelhas foi satisfatória, sem relatos de abelhas mortas nem desaparecimento de enxames.

Crédito foto: Ilo Edemar Waide - produtor rural de Segredo/RS

Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul
Jornalista Rejane Paludo
repal@emater.tche.br
www.emater.tche.br
www.facebook.com/EmaterRS
https://twitter.com/EmaterRS
www.youtube.com/EmaterRS
Instagram: @EmaterRS
tv.emater.tche.br

 

Fonte: Emater

Sexta, 16 de Setembro de 2022
Governo registra superávit e inflação pode ficar abaixo de 7% em 2022
Governo registra superávit e inflação pode ficar abaixo de 7% em 2022 Fonte: Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou hoje (15), em entrevista ao programa A Voz do Brasil, sobre a recuperação econômica pós-pandemia, a geração de empregos no mercado formal e informal e o posicionamento do Brasil no cenário econômico mundial.

Sobre o desemprego, Paulo Guedes afirmou que o Brasil deve fechar 2022 com a taxa de desemprego mais baixa dos últimos 15 anos - por volta de 8%. O ministro disse ainda que outra marca histórica foi atingida em 2022: pela primeira vez, o Brasil conta com 100 milhões de pessoas estão empregadas. “Todos os setores, em todas as regiões, criaram empregos”, complementou.

Segundo o ministro, o governo havia antecipado que os resultados apontados no início de 2022 estavam abaixo das expectativas e que o crescimento ocorreria. “Nós tínhamos avisado que a política econômica brasileira de [seria de] reação - primeiro a pandemia, mantendo reformas estruturais, preservando empregos, salvando vidas, vacinando a população - que isso teria efeito. Nós caímos muito menos do que as outras economias”, explicou.

“Diziam que o Brasil cairia 10%. Na verdade, todos os países avançados acabaram caindo mais do que o Brasil. A Inglaterra caiu 9,7%; a Itália caiu 8,7%; a França, 7,6%, a Alemanha, 5,6%; o Japão, 4,5% e o Brasil caiu 3,9%”, afirmou Guedes ao defender a chamada “estratégia de retomada em V”, que significa um movimento brusco e acentuado de declínio econômico seguido por um crescimento agudo e igualmente veloz.

Paulo Guedes afirmou que estimativas econômicas mais otimistas apontam para uma inflação total de 6,5% ao ano em 2022. “O Brasil está crescendo mais rápido e a inflação está sendo revista para baixo. Já se fala em 6,5%. Pela primeira vez, teremos inflação mais baixa que Estados Unidos, Inglaterra e todos esses países [desenvolvidos]. Então, brasileiros, orgulhem-se”, disse.

Programas sociais

O ministro da Economia fundamentou a criação dos auxílios emergenciais e frisou a importância da intervenção do governo em um cenário de crise. Segundo Guedes, a criação do auxílio emergencial foi uma "primeira linha de defesa" contra os impactos econômicos que a restrição das atividades provocaria na economia, em especial nas camadas vulneráveis e para os trabalhadores informais. "A primeira linha de defesa foi exatamente proteger os mais vulneráveis. Antecipamos o pagamento de aposentadorias e bônus para os idosos, ao mesmo tempo que criamos o auxílio emergencial para 68 milhões de brasileiros."

Impactos da inflação

Sobre as perspectivas de inflação e as visões que classificou como "pessimistas" diante do cenário de recuperação de 2022, Paulo Guedes explicou que o reflexo natural da injeção de altos volumes de dinheiro sem o devido aumento da produção no país gera inevitavelmente alta inflacionária, algo que foi notado em todo o mundo em decorrência da pandemia de covid-19 e das medidas econômicas tomadas por causa da emergência sanitária.

“As pessoas em casa. A produção se retraiu. Ao mesmo tempo, nós tínhamos que injetar recursos na economia para as pessoas sobreviverem. Então, os preços começaram a subir”, disse Guedes.

Em paralelo, explicou o ministro, o Banco Central tinha acabado de ganhar autonomia. O governo decidiu que não reajustaria os salários de categorias mais estáveis e com maiores ganhos, como os servidores públicos. “Foi importantíssima a contribuição do funcionalismo brasileiro, que foi exemplar: eles sabiam que tinham salários bem mais altos, sabiam que tinham estabilidade, fizeram home office, então era justo que a contribuição deles fosse não ter esse aumento de salário.” 

Retomada de investimentos

De acordo com Guedes, outro pilar decisivo na política econômica do governo foi a simplificação e a desburocratização de marcos regulatórios, que eram tidos como empecilho para o desempenho de atividades comerciais e a criação de novos empreendimentos.

Segundo o ministro, os investimentos em telecomunicações, transporte de cabotagem, no setor elétrico, saneamento básico e demais setores são fruto direto da simplificação das leis vigentes, que tornaram o investimento mais simples  “Tudo isso tem efeito. Está tudo vindo pelo caminho. Por isso que a inflação [do Brasil] já começou a descer enquanto está subindo em todos os outros lugares do mundo.”

Superávit no governo

O Brasil tem cerca de R$ 900 bilhões encomendados em concessões e privatizações para os próximos anos, disse o ministro ao informar que, pela primeira vez, o governo federal terá um ano de superávit nas contas.

Guedes salientou a importância de parcerias e concessões que transformam a iniciativa privada em “sócia” do governo para gerar desenvolvimento. Entre os exemplos citados por Guedes, linhas de transmissão de gás da Petrobras e a distribuidora BR. “Pegamos essas empresas e vendemos o que não era essencial.”

Segundo o ministro, foi feita a escolha de usar os fundos levantados pelas privatizações para não jogar o custo dos auxílios para o futuro. “A outra forma é se endividar, jogar a conta para o futuro. Quem vai pagar são nossos filhos e netos. A decisão do presidente foi ‘nós vamos pagar por essa guerra’. Quando chegar ao fim, nós mesmos pagamos pela guerra”. O ministro frisou, ainda, que o nível de dívida do país permanece estável, mesmo após a injeção de recursos dos auxílios. 

“Estamos aumentando os investimentos para trazer toda uma nova classe média empresarial para todo mundo. As pequenas lojas, os pequenos comércios, as pequenas feiras. Temos mais de 14 milhões de novos empreendedores - isso que gera emprego e cria riqueza no país”, argumentou.

Fonte: Agência Brasil

Imagem: Marcello casal Jr.

Quinta, 15 de Setembro de 2022
CNA participa de missão a países da Asean
CNA participa de missão a países da Asean Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participa, de 19 a 30 de setembro, de uma missão de prospecção do Ministério das Relações Exteriores e da Apex-Brasil a quatro países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

O grupo passará dois dias na capital de cada um dos quatro países da Asean: Manila (Filipinas), Jacarta (Indonésia), Cidade de Singapura (Singapura) e Kuala Lumpur (Malásia). A programação inclui seminários, visitas técnicas e reuniões setoriais.

Participam da missão entidades públicas e privadas, além de empresas de diversos setores da economia. Do agro, as cadeias prioritárias para o mercado asiático são café, açúcar, carne, algodão e pulses.

O vice-presidente de Relações Internacionais CNA, Gedeão Pereira, e a diretora de Relações Internacionais, Sueme Mori, vão representar a Confederação na viagem. “Queremos prospectar novos mercados para os pequenos negócios do agro, para as empresas que participam do nosso projeto Agro.BR”, afirmou Pereira.

Segundo o embaixador Alex Giacomelli da Silva, diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do MRE, a missão será a primeira de um processo de aproximação com os países do Sudeste Asiático.

Dubai – Nos dias 15 e 16, a CNA cumprirá uma agenda em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com reuniões e visitas técnicas. Na quinta (15), participará de reuniões no escritório da confederação e na Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCBA).

Na sexta (16), reúnem-se com a empresa DP World Passport Logistics (WLP) e visitam a fábrica da BRF Foods. Em seguida seguem para Manila para encontrar os demais integrantes da missão no dia 19.

Assessoria de Comunicação CNA
flickr.com/photos/canaldoprodutor
cnabrasil.org.br
twitter.com/SistemaCNA
facebook.com/SistemaCNA
instagram.com/SistemaCNA
facebook.com/SENARBrasil
youtube.com/agrofortebrasilforte

Quinta, 15 de Setembro de 2022
Vinícolas familiares participam da Wine South América pela primeira vez
Vinícolas familiares participam da Wine South América pela primeira vez Fonte: Emater

Embora o Brasil seja berço de muitas marcas expressivas dentro da cadeia vitivinícola, o fortalecimento do vinho nacional também tem passado diretamente pelo empenho e pela evolução dos empreendimentos menores. Estimativas do setor apontam que cerca de 90% das vinícolas brasileiras são micro ou pequenas. Esse representativo nicho estará contemplado na Wine South America (WSA) - maior e principal feira profissional de vinhos da América Latina.

A terceira edição do evento acontece de 21 a 23 de setembro, no Fundaparque, em Bento Gonçalves, e vai reunir importadores, produtores, empresários e compradores de todo o mundo em três dias dedicados aos negócios do vinho.

De forma inédita nesta edição, através de uma parceria da WSA com a Emater/RS-Ascar e Sicredi, dez vinícolas familiares da região, sendo duas de Pinto Bandeira e oito de Bento Gonçalves, estarão entre os expositores. Todas fazem parte do Programa Estadual de Agroindústria Familiar, e possuem registo por CPF ou CNPJ. Os empreendimentos terão um espaço patrocinado pela Sicredi.

Conforme o extensionista da Emater/RS-Ascar, Thompsson Didoné, o foco é a exposição e divulgação dos produtos. "É uma oportunidade ímpar de levar ao conhecimento do mundo a nossa agricultura familiar e os vinhos que produz e possibilitar que as famílias troquem experiências e conheçam a realidade do mundo vitivinícola. E com isso, no final da feira teremos novas oportunidades e novas ideias para implementarmos nas vinícolas familiares de todo RS", enfatizou.

Em preparação à feira, os dez empreendimentos familiares participaram de uma oficina de atendimento com o Instituto Federal do Rio Grande do Sul - Campus Bento Gonçalves.

Wine South America
21 a 23 de setembro de 2022
Das 14 às 21 horas (acesso até as 20 horas)
Fundaparque - Alameda Fenavinho, 481 - Bento Gonçalves (RS)

Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul
Jornalista Rejane Paludo
repal@emater.tche.br
www.emater.tche.br
www.facebook.com/EmaterRS
https://twitter.com/EmaterRS
www.youtube.com/EmaterRS
Instagram: @EmaterRS
tv.emater.tche.br

Fonte: Emater

Quinta, 15 de Setembro de 2022
Produção agrícola em 2021 bate novo recorde e atinge R$ 743,3 bilhões
Produção agrícola em 2021 bate novo recorde e atinge R$ 743,3 bilhões Fonte: Agência Brasil

O valor da produção agrícola do país em 2021 bateu novo recorde e alcançou R$ 743,3 bilhões, aumento de 58,6% em relação ao ano anterior. A área plantada totalizou 86,7 milhões de hectares, o que representou ampliação de quase 3,3 milhões de hectares, área 3,9% superior à registrada em 2020. Após dois anos seguidos de recordes na série, a safra de grãos caiu 0,4% em 2021, com 254,4 milhões de toneladas.

Os dados constam da publicação Produção Agrícola Municipal (PAM) 2021, divulgada hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, entre as culturas agrícolas que mais contribuíram para esse crescimento, o destaque foi para a soja, que alcançou a marca de 134,9 milhões de toneladas, gerando R$ 341,7 bilhões em valor bruto, acréscimo de 102,1% frente à safra anterior, até então recorde na série histórica. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia, a soja foi o segundo produto em valor na pauta de exportação nacional.

Conforme o IBGE, a produção de milho, segundo produto agrícola em valor de produção, apesar da queda de 14,9% no volume produzido, de 88,5 milhões de toneladas, gerou um valor bruto de R$ 116,4 bilhões, superando em 60,7% o registrado em 2020.

De acordo com os pesquisadores, a elevada demanda externa e interna das commodities agrícolas, com o dólar mantendo sua valorização frente ao real, somada à escalada nos preços dos combustíveis, os preços dos principais produtos agrícolas nacionais estabeleceram-se em patamares elevados. Como resultado, a produção agrícola brasileira, em 2021, apresentou novo crescimento no valor de produção.

“O ano foi marcado pela instabilidade climática entre o outono e o inverno, que afetou principalmente o desenvolvimento das culturas de segunda safra em boa parte do território nacional. Culturas como o milho, a cana-de-açúcar e o café apresentaram significativa queda na produção. Os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul foram os mais afetados”, informou o IBGE.

“Contudo, as principais culturas temporárias com predomínio de cultivo na primeira safra, como a soja e o arroz, apresentaram bons resultados. Destaque para o estado do Rio Grande do Sul, que apresentou boa recuperação, após problemas climáticos enfrentados no ano anterior, que afetaram a produtividade de diversas culturas no território gaúcho”, acrescentou o instituto.

A quantidade produzida de cana-de-açúcar teve retração de 5,3% em 2021, influenciada por fatores climáticos desfavoráveis e redução da área de cultivo. Entretanto, o valor de produção alcançado no ano foi 24,4% superior, resultado da elevação dos preços do açúcar e etanol.

“A produção de café, outro importante produto agrícola nacional, em ano de bienalidade negativa do tipo arábica, registrou expressiva queda na produção frente à safra anterior, com redução de 19,2%, porém, com o aumento dos preços do grão no mercado global, apresentou crescimento do valor da produção na ordem de 27,9% no ano”, diz a pesquisa.

Centro-Oeste

O Centro-Oeste, mais uma vez, foi a região com maior valor da produção agrícola, totalizando R$ 261,3 bilhões, superando em 80,4% o período anterior, com destaque na produção de soja, milho e algodão. O destaque regional foi Mato Grosso, com a geração de R$ 151,7 bilhões, crescimento de 91,5% no ano, grande parte devido à soja, seu principal cultivo.

Segundo o IBGE, Sorriso, em Mato Grosso, com aumento de 86,4%, mais uma vez gerou o maior valor da produção agrícola nacional entre os municípios brasileiros, totalizando quase R$ 10 bilhões, tendo a soja e o milho como as culturas de maior valor.

O Sul registrou o segundo maior valor da produção entre as grandes regiões, com R$ 191,4 bilhões, um acréscimo de 73,4%. O município de Guarapuava, no Paraná, novamente registrou o maior valor da produção agrícola regional, gerando R$ 1,6 bilhão, com a soja como seu cultivo principal.

A Região Sudeste, por sua vez, destacou-se pela produção de cana-de-açúcar e café, alcançando R$ 165,1 bilhões, registrando alta de 32,2%. O município de Unaí, em Minas Gerais, teve o maior valor da produção agrícola regional, de R$ 2,7 bilhões, gerado, sobretudo, pela produção de soja em 2021.

Fonte: Agência Brasil – Ana Cristina Campos

Imagem: CNA/Wenderson Araujo