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Quarta, 05 de Outubro de 2022
Sistema CNA/Senar realiza debate sobre produção e comercialização de feijão no Brasil
Sistema CNA/Senar realiza debate sobre produção e comercialização de feijão no Brasil Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A produção e a comercialização do feijão-comum e do feijão-caupi, foi tema de live realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na terça (4).

A live foi moderada pelo presidente da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli, que fez um panorama sobre a produção de feijão e pulses no Brasil e falou sobre as oportunidades para o setor.

De acordo com Arioli, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), aponta que o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de feijão e também um dos maiores consumidores dessa leguminosa.

“Os pulses são uma ótima oportunidade econômica para o produtor rural, seja como atividade principal ou como segunda ou até terceira safra. Geram empregos no campo e contribuem para a segurança alimentar do Brasil e do mundo”, explicou.

Participaram do debate o assessor técnico do Senar, Gabriel Sakita; do agricultor e secretário da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir), Leandro Lodea; e do coordenador geral de Promoção Comercial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Dalci Bagolin.

Sakita falou sobre iniciativas do Senar para melhorar a condição, não só de produção, mas também de comercialização dos pulses. “Estamos produzindo bastante material didático para os cursos de Educação à Distância (EaD). Nesse primeiro momento lançamos o curso “Produção e Comercialização de Feijão-comum e Feijão-caupi”, totalmente online e gratuito e com certificação. Mas a ideia é evoluir e produzir também sobre grão de bico, lentilhas, ervilhas e outros feijões”, explica.

O curso aborda a produção de pulses no Brasil; a produção de feijão-comum e de feijão-caupi e o planejamento das lavouras, além de apresentar a importância econômica e social desses alimentos. Os interessados devem verificar a disponibilidade de vagas no site https://ead.senar.org.br

Outra ação prevista pelo Senar é a produção de uma coletânea de cartilhas sobre pulses, que também abordará sobre a produção e comercialização. “Queremos abordar os mercados, as oportunidades, os gargalos, o planejamento e manejo da lavoura da colheita, pós colheita até a comercialização”, falou Sakita.

Durante a live, Leandro Lodea explicou, do ponto de vista do produtor, sobre a capacidade de produção e de mercado dos diferentes tipos de feijões – dos simples aos especiais. “O sistema produtivo está se transformando gradativamente com a questão da irrigação. Quando a gente fala de irrigação no Centro-Oeste, estamos falando de uma terceira safra – que depende de mais tecnologia, mais investimentos, mas que tem um retorno financeiro significativo”.

Bagolin fez um panorama do comércio internacional de feijão, da participação do Brasil nesse cenário, além da promoção comercial. “O Brasil tem a Índia como o grande mercado de exportação de feijões, correspondendo a 41%, além de Vietnã e Paquistão. Esses três países juntos representam cerca de 80% das exportações. Temos a exportação muito concentrada e precisamos explorar outros mercados”, destaca.

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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quarta, 05 de Outubro de 2022
Mapa reúne-se com empresas para debater ajustes em marco legal e ampliar financiamento
Mapa reúne-se com empresas para debater ajustes em marco legal e ampliar financiamento Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e um grupo de especialistas em mercado de capitais voltado ao agronegócio reuniram-se para debater ajustes de decretos que regulamentam o financiamento privado ao agro. A ideia é expandir o alcance da Cédula de Produto Rural (CPR) para o setor de comercialização de produtos agropecuários e ampliar ainda mais o saldo negociado dos títulos vinculados ao setor. A reunião ocorreu na Superintendência Federal de Agricultura em São Paulo (SFA-SP), no dia 30 de setembro.

De acordo com José Angelo Mazzillo, secretário adjunto de Política Agrícola do Mapa, o volume negociado em CPR até agosto de 2020 era de R$ 17 bilhões. “Dois anos depois, em agosto de 2022, esse saldo subiu para R$ 178 bilhões”, afirmou Mazzillo, que coordenou a reunião.

O que ocorreu para essa explosão nas negociações dos títulos do agro? Segundo o secretário, foi justamente o primeiro upgrade na legislação que os regulamenta. A CPR foi instituída pela Lei 8.929, de 1994, e houve uma grande remodelação com a Lei 13.986, de abril de 2020. Em julho de 2021, ocorreu outra remodelação dessa legislação, com a Lei 14.421. “A gente está tornando a CPR um título muito atraente, tanto para o credor, quanto para o tomador de recursos. Ambos querem um mercado financeiro bem desenhado, por isso 'fechamos o circuito' entre quem precisa de dinheiro e quem quer investir no agro”, explicou Mazzillo.

A expectativa, segundo o secretário, é que o volume de recursos negociados via CPR alcance R$ 200 bilhões em breve e chegue à casa do trilhão entre cinco e dez anos. O agronegócio brasileiro movimenta hoje mais de R$ 2,5 trilhões, que correspondem a pouco mais de um quarto do PIB do país, que é de aproximadamente R$ 9 trilhões.

“Nos últimos anos, a gente está impulsionando as finanças privadas do agro para deixar a agricultura mais robustecida em termos de recursos, de financiamento. O Plano Safra é uma peça importante, mas a nossa agricultura está crescendo como um foguete”, reforçou Mazzillo. Esse crescimento justifica a necessidade de ampliar a oferta de capital de giro e de capital para investimento, trabalho que o Mapa vem desenvolvendo.

A adequação do marco legal é uma das estratégias adotadas. Nos últimos anos, a CPR se expandiu de dentro da porteira para a agroindústria, depois para a indústria, setor de insumos, máquinas e implementos e, mais recentemente, para equipamentos de armazenagem. A ideia é abarcar toda a cadeia do agronegócio.

Players

A participação de players do mercado na atualização do marco legal é estratégica. “Como a lei é para impulsionar o mercado, precisamos envolver nas conversas o maior número de players que a gente conseguir. Tanto por parte de quem emite a CPR e precisa do dinheiro, quanto por parte de quem vai comprar a CPR e fazer investimentos”, disse Mazzillo.

Quando um cliente vai ao banco e pretende investir no agro, ele encontra recebíveis “empacotados” em instrumentos sofisticados de mercado de capitais, como o CRA, o Fiagro, a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), um dos mais conhecidos. Pessoas físicas podem adquirir cotas desses produtos.

Estruturadoras e securitizadoras que estruturam as operações entre investidores da cidade e produtores do campo participaram da reunião, assim como bancos, cooperativas agropecuárias, cooperativas de crédito e escritórios de advocacia. “Os estruturadores e securitizadores são empresas que desenvolvem o modelo para calcular o risco de crédito do produtor rural e, com isso, oferecer esse serviço para o credor”, explicou o secretário. Essas empresas levam em conta a possibilidade de inadimplência do produtor rural para estabelecer a taxa de juros adequada a esse risco.

Rentabilidade

Investir em CPR é um bom negócio? Segundo Mazzilo, a rentabilidade é calculada pela CDI, que, em geral, expressa a variação da taxa Selic definida pelo Banco Central. “A rentabilidade normalmente é medida pela CDI mais um valor fixo, que pode variar de 4%, 5%, podendo chegar a até 10% ao ano, dependendo do tipo de risco, do tipo de operação.” O mais comum é encontrar no mercado esses instrumentos estruturados com a taxa de CDI mais juros de 6% a 8% ao ano.

Mazzillo disse acreditar que, com as alterações legais em andamento, o Brasil poderá ter um dos melhores mercados de crédito para o agronegócio do mundo. “Se a gente conseguir emplacar essas mudanças, vai ser difícil ter um mercado de crédito ao agronegócio melhor que o brasileiro”, afirmou.

CPR Verde

A atualização dos decretos envolve aperfeiçoamentos pontuais, especialmente na regulamentação da CPR com fins de sustentabilidade. Mazzillo explica que a Cédula de Produto Rural pode ser usada para financiar atividades convencionais ou atividades sustentáveis, neste caso, regulamentada no Decreto 10.828, de 2021. “Decreto e lei têm que andar juntos, têm que conversar. Já que a Lei 14.421 mudou bastante as CPRs, permitindo a expansão de seu uso, a gente tem que atualizar o decreto.”

Um dos pontos a ser alterado está relacionado à nomenclatura. No caso da CPR Verde, há uma nomenclatura usada internacionalmente que o investidor estrangeiro está acostumado e os grandes investidores brasileiros começam a entender. “A gente tem que explicitar isso no decreto para todo mundo falar a mesma língua. Quando a gente falar CPR do tipo tal, todos devem entender o que significa aquela CPR”.

Hoje, quando se fala em CPR Verde, os investidores a associam a questões ambientais, socioambientais, conservação, prestação de serviço ambiental, produção sustentável, o que pode levar a uma confusão conceitual.“O termo CPR Verde é utilizado indistintamente para todas as modalidades de título sustentável. O mercado internacional já faz isso e o mercado nacional está começando a operar com uma nomenclatura específica. A gente quer trazer essa nomenclatura para a CPR e, dessa forma, favorecer as operações desse título no Brasil.”

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Imagem: Ana Maio/SFA-SP

Quarta, 05 de Outubro de 2022
Mapa abre consulta pública sobre programa de prevenção e controle da doença à citricultura
Mapa abre consulta pública sobre programa de prevenção e controle da doença à citricultura Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR ASCOM MAPA E SEAPDR

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou, em 30 de setembro, a Portaria 661 que submete à consulta pública, pelo prazo de 60 dias, a proposta de alteração no Programa Nacional de Prevenção e Controle à doença denominada Huanglongbing (HLB) – também conhecida como Greening – causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp. Essa é a principal doença dos citros e a maior ameaça à citricultura mundial, pois ataca todos os tipos de citros e não há cura para as plantas doentes.

No Brasil, a praga está presente e sob controle oficial nos estados de Minas Gerais, do Paraná, de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. De acordo com a coordenadora-geral de Proteção de Plantas do Mapa, Graciane de Castro, o objetivo da consulta pública é prover uma ampla participação e discussão em ajustes pontuais, identificados durante a elaboração das ferramentas de apoio à execução e auditoria dos novos procedimentos estabelecidos pela Portaria 317, de 2021, que instituiu o programa nacional.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) informa que já vem exercendo as ações preconizadas pela Portaria 317, visando a exclusão e eventual contingência da praga, se detectada no Rio Grande do Sul. “Há grande receio quanto ao alastramento do Greening no país”, alerta o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapdr, Ricardo Felicetti.

Entre as alterações apresentadas à consulta pública, destacam-se os critérios para a eliminação obrigatória de plantas hospedeiras com sintomas da doença em pomares comerciais, de acordo com as diferentes espécies cultivadas. Segundo o Mapa, a proposta de alteração foi elaborada de forma colaborativa com representantes de órgãos estaduais de sanidade vegetal envolvidos nas ações de monitoramento e controle da doença.

As sugestões tecnicamente fundamentadas deverão ser encaminhadas por meio do Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman), da Secretaria de Defesa Agropecuária, por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/. Para ter acesso ao Sisman, o usuário deverá efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso (Solicita), por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita/.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias/Seapdr

Terça, 04 de Outubro de 2022
Novo regulamento técnico de identidade e qualidade de carne moída é aprovado
Novo regulamento técnico de identidade e qualidade de carne moída é aprovado Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Foi publicada nesta segunda-feira (03), a Portaria nº 664 que aprova o regulamento técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ) de carne moída. A norma entra em vigor a partir de 1º de novembro para estabelecimentos e indústrias produtores de carne moída que sejam registrados junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) e ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA).

O novo regulamento, que atualiza a Instrução Normativa n° 83/2003, visa assegurar a inocuidade e segurança dos produtos, bem como transparência aos consumidores. “Trata-se de atualizações e melhorias diante da modernização dos processos produtivos e dos procedimentos industriais”, explica a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lúcia Viana.

Entre as regras atualizadas, a carne moída deverá ser embalada imediatamente após a moagem, devendo cada pacote do produto ter peso máximo de 1 quilo. Não é permitida a obtenção de carne moída a partir de moagem de carnes oriundas da raspagem de ossos ou obtidas de quaisquer outros processos de separação mecânica dos ossos.

É ingrediente obrigatório na fabricação de carne moída, a carne obtida das massas musculares esqueléticas. Já a porcentagem máxima de gordura do produto deverá ser informada no painel principal, próximo à denominação de venda.

Outra regra atualizada é que a matéria-prima para fabricação do produto deve ser exclusivamente carne, submetida a processamento prévio de resfriamento ou congelamento. É proibida a utilização de carne industrial para a fabricação de carne moída e a obtenção de carne moída a partir de moagem de miúdos.

A carne moída resfriada deverá ser mantida entre 0°C e 4°C e a carne moída congelada à temperatura máxima de -12°C. O produto não poderá sair do equipamento de moagem com temperatura superior a 7°C e deve ser submetido imediatamente ao resfriamento ou ao congelamento rápido.

O regulamento da carne moída foi elaborado em conjunto com as associações do setor produtivo. Os estabelecimentos registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento terão prazo de um ano para adequarem-se às condições previstas na Portaria.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Terça, 04 de Outubro de 2022
Geotecnologias vão fortalecer manejo florestal na Amazônia
Geotecnologias vão fortalecer manejo florestal na Amazônia Fonte: EMBRAPA

Pesquisadores da Embrapa buscam novas possibilidades de aplicação das geotecnologias ao modelo digital de exploração florestal na Amazônia. O projeto “Geotecnologias aplicadas à automação florestal e espacialização dos estoques de carbono em uso nativo e modificado da terra na Amazônia Ocidental (Geoflora)”, executado em parceria com o Fundo JBS, visa aprimorar ferramentas tecnológicas para maior automação do planejamento e execução de inventários florestais para o manejo de precisão. 

O Geoflora, segunda etapa de uma pesquisa iniciada em 2015, será executado em seis estados da Amazônia (Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará, Amazonas). As atividades  envolvem também estudos para mensuração de  estoques e emissões de carbono em diferentes usos da terra na Amazônia (fisionomias florestais, paisagens florestais).  A formação de um banco de dados de imagens obtidas por meio de câmeras RGB a bordo de drones (ortofotos) está entre as ações previstas.  

Segundo o pesquisador Evandro Orfanó, o  desafio inicial  é estruturar um banco de dados sólido, consistente, que reflita a realidade do que está no campo, a partir de imagens geradas em voos feitos por drone sobre copas de árvores de diferentes espécies e identificação botânica em campo. “Com bases nessas informações  vamos treinar algoritmos que, em um futuro próximo,  funcionarão como “mateiros eletrônicos”, capazes de identificar, localizar as espécies na floresta e tomar medidas de copa que permitirão estimar o volume de madeira,  com a possibilidade de serem continuamente aperfeiçoados", explica o pesquisador.

Além desse avanço, Orfanó acredita que com o uso do equipamento  em uma rede de quinta geração, a 5G,  será possível inserir esse algoritmo no drone ou em um celular para fazer a identificação das espécies, viabilizando a realização de um inventário florestal em tempo real.

Algoritmos florestais 

Algoritmo é um modelo matemático que funciona como uma espécie de "receita" para executar uma tarefa e pode ser aplicado para diversos fins. No caso do projeto Geoflora, os algoritmos serão treinados para diferenciar as características de espécies florestais de interesse comercial - madeireiro e de uso múltiplo - e realizar a sua identificação. O objetivo é tornar essas ferramentas especialistas na realização de inventários em áreas de floresta com açaí, murmuru, copaíba, castanheira, cumaru-ferro, garapeira, caucho, copaíba e cedro e outras espécies amazônicas. 

De acordo com Orfanó, quanto mais dados coletados  melhor será a performance do algoritmo. “Isso significa fazer voos com drone para obter informações sobre as características visuais das espécies cada vez mais detalhadas, por região, época do ano e época de produção de frutos, visto que o algoritmo precisa conhecer todas as 

variações visuais que ocorrem nas árvores para realizar o trabalho com maior segurança e precisão", reforça.

O algoritmo Yolo (You Only Look Once - você só olha uma vez), desenvolvido em 2015, nos Estados Unidos, será a base para a criação de novos algoritmos para identificação das espécies. De código aberto, a tecnologia apresenta  um potencial infinito de aplicações, incluindo a área militar,  indústria automobilística (carros inteligentes), medicina, monitoramento de redes sociais, entre outras possibilidades de uso.

 

Carbono e dinâmica de biomassa

 

Outro foco do projeto Geoflora é a produção de modelos de estimativa de estoques de carbono e dinâmica de biomassa na floresta. A pesquisa será realizada a partir da combinação de estimativas obtidas em parcelas permanentes em campo,  por meio de dados coletados com uso do LiDAR (Light Detection and Ranging),  imagens orbitais (geradas por satélites) e algoritmos de aprendizado de máquina (machine learning).  

O pesquisador da Embrapa, Marcus Vinício Neves d’Oliveira, explica que o uso desse conjunto de tecnologias vai possibilitar a coleta de dados em grandes áreas de floresta. Atualmente, são utilizados apenas dados de unidades amostrais (parcelas permanentes) para estimar o comportamento de florestas manejadas e definir seu crescimento, potencial de produção e tempo de pousio necessário para sua recuperação. No entanto, devido ao alto custo de implantação, medição e demanda por mão de obra altamente qualificada para análise dos dados coletados, essas  parcelas normalmente são restritas a planos de manejo monitorados por instituições de ensino e pesquisa,  em florestas públicas. 

O LiDAR é um sistema de sensoriamento remoto ativo que realiza o escaneamento a laser de áreas florestais, com alta precisão. O uso do sensor LiDAR a bordo de drones permitirá escalonar as estimativas de biomassa e carbono, em grandes áreas e, em alguns casos, poderá cobrir toda a floresta manejada. Essa tecnologia, até então, era utilizada acoplada a aeronaves pilotadas, fator que  encarecia e limitava a sua adoção. "Com o LiDAR poderemos verificar a dinâmica de crescimento da floresta e estimar com maior precisão os estoques (volume, biomassa e carbono) das espécies identificadas pelos algoritmos treinados. Isso possibilitará um inventário florestal executado exclusivamente por sensores remotos,  o que representa um ganho científico imensurável", acrescenta. 

 

“Além de produzir mapas de biomassa em alta resolução para áreas de interesse estratégico, como terras protegidas,  os modelos estimativos utilizados no projeto poderão ser aplicados em florestas com estruturas semelhantes como as do Acre e Rondônia e de outras localidades da Amazônia,  sem a necessidade  de parcelas permanentes nas áreas. Os resultados desses estudos servirão de suporte para subsidiar políticas públicas de uso sustentável (manejo florestal) e pagamento de serviços ambientais (mercado de carbono)”, destaca d’Oliveira.

Monitoramento de emissões 

De acordo com o pesquisador Falberni Costa, associado à dinâmica de biomassa, o solo é outro componente do sistema florestal que funciona como reservatórios-drenos ou emissores de carbono (CO2). Armazenado na matéria orgânica do solo, parte desse carbono pode ser  liberada por atividade microbiana, processo considerado a segunda maior fonte de emissão de CO2 para a atmosfera, superado apenas pela queima de combustíveis fósseis. O monitoramento e calibração dessas emissões são fundamentais para maior confiabilidade das estimativas.

“O conhecimento dos fluxos de carbono (estoques do solo e emissões de CO2) e dos estoques de biomassa florestal (raízes, liteira e árvores) permitirá identificar se o sistema florestal está  sequestrando ou emitindo carbono equivalente para a atmosfera.  No projeto serão medidos também os estoques de carbono do solo e as emissões de CO2, o que permitirá calcular o balanço dos sistemas florestais avaliados”, ressalta.

 

Fundo JBS pela Amazônia

 

Associação civil brasileira sem fins lucrativos dedicada a fomentar e financiar iniciativas e projetos, o Fundo JBS  pela Amazônia visa promover o desenvolvimento sustentável do Bioma Amazônico, para a conservação e uso sustentável da floresta e melhoria da qualidade de vida da população que nela reside, com uso de tecnologia e ciência aplicada.

Andrea Azevedo, diretora do Fundo, explica que devido à extensão do bioma Amazônia e ao potencial do mercado  de carbono e de outros  serviços ambientais, é fundamental o uso de ferramentas tecnológicas que, além de  reduzir custos de operações,  permitam a obtenção de dados com maior precisão nas medições da biomassa e do carbono estocado na floresta. 

"Ainda existe pouca orientação na exploração sustentável de muitos produtos da floresta e sobre a localização das espécies. Então, quando se tem um sistema eficiente, é possível saber, a partir da inteligência artificial, onde estão esses recursos. Isso facilita a vida do extrativista e de outros atores envolvidos com o manejo”, enfatiza.

Mauricilia Silva (MTb 429/AC)
Embrapa Acre

Diva Gonçalves (MTb 0148/AC)
Embrapa Acre

Fonte: Embrapa

Terça, 04 de Outubro de 2022
GT Econômico e Comissão de Assuntos Fundiários da CNA debatem ITR e ITCMD
GT Econômico e Comissão de Assuntos Fundiários da CNA debatem ITR e ITCMD Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou nesta semana uma reunião conjunta do GT Econômico e da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários para discutir questões tributárias.

Na abertura do encontro, o presidente da Comissão e da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, afirmou que o debate sobre a pauta tributária é fundamental para o setor agropecuário.

A principal pauta da reunião foi a apresentação do estudo “ITR – Mudanças nos Valores de Terra Nuas (VTN´s) municipais em 2022”. No documento, a CNA compara os valores declarados neste ano pelas prefeituras no Sistema de Preços de Terras (SIPT) da Receita Federal, que servem de base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).

O coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, destacou que o produtor rural precisa elaborar seu próprio Laudo Técnico de Avaliação para que seja feito o cálculo correto do VTN da propriedade.

Durante a reunião também foi discutida a incidência do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) sobre propriedades rurais. Renato apresentou a tabela com as alíquotas aplicáveis nos estados brasileiros e comparou com a aplicação de tributação sobre heranças e doações em diferentes países.

  Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Terça, 04 de Outubro de 2022
Dólar cai 4%, e bolsa sobe 5,5% no dia seguinte ao primeiro turno
Dólar cai 4%, e bolsa sobe 5,5% no dia seguinte ao primeiro turno Fonte: Agência Brasil

O dia seguinte à realização do primeiro turno foi marcado pela euforia no mercado financeiro. O dólar caiu mais de 4% e teve a maior queda diária desde 2018. A bolsa de valores subiu 5,5% e registrou o maior ganho diário desde 2020.

O dólar comercial encerrou a segunda-feira (3) vendido a R$ 5,174, com queda de R$ 0,221 (-4,09%). A cotação, que tinha encerrado a última sexta-feira (30) próxima de R$ 5,40, abriu em R$ 5,28 e caiu ainda mais durante o pregão. Na mínima do dia, por volta das 13h45, chegou a R$ 5,15.

Esta foi a maior queda diária da moeda norte-americana desde 8 de junho de 2018. Na ocasião, o dólar caiu 5,6% após o Banco Central (BC) intervir no câmbio no rescaldo da greve dos caminhoneiros. Em 2022, a divisa acumula queda de 7,21%.

No mercado de ações, o dia foi dominado por fortes ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 116.134 pontos, com alta de 5,54%. Foi a maior alta para um dia desde 6 de abril de 2020, quando o mercado financeiro atravessava fortes momentos de volatilidade no início da pandemia de covid-19.

As ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa, tiveram forte alta. Os papéis ordinários (com voto em assembleia de acionistas) subiu 8,86%. As ações preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) valorizaram-se 7,99%.

Dois fatores contribuíram para os ganhos no mercado financeiro. O primeiro foi a repercussão do resultado da votação de ontem, que confirmou o segundo turno entre os candidatos à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). O segundo foi a recuperação do mercado internacional.

Após sucessivos dias de queda, as bolsas norte-americanas fecharam com ganhos expressivos. O índice Dow Jones, das empresas industriais, avançou 2,66%. O S&P 500, das maiores empresas, valorizou-se 2,59%. O Nasdaq, das empresas de tecnologia, subiu 2,27%. A atividade industrial nos Estados Unidos teve, em setembro, o menor crescimento em dois anos e meio, o que reduz as pressões para que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) eleve os juros além do previsto, favorecendo o mercado de ações.

*Com informações da Reuters

Fonte: Agência Brasil – Welton Máximo

Imagem: Valter Campanato

Terça, 04 de Outubro de 2022
Cooperação EUA-RS inicia treinamento para combate à seca
Cooperação EUA-RS inicia treinamento para combate à seca Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR ASCOM SEMA

Técnicos gaúchos e norte-americanos estão trocando conhecimentos para melhorar o combate à seca. Em parceria com o Consulado-Geral dos Estados Unidos (EUA) em Porto Alegre, o Governo do Rio Grande do Sul iniciou um treinamento em gestão de recursos hídricos, intitulado Cooperação EUA-RS para Mitigar a Seca.

Virtual e gratuito, o treinamento conta com o apoio de entidades norte-americanas, como o Departamento do Interior dos EUA, o Centro Nacional de Mitigação da Seca, a agência espacial NASA e o USDA (Departamento de Agricultura).

Além do encontro realizado no final da semana passada, haverá mais duas sessões, nos dias 5 e 26 de outubro, que explorarão temas como o uso de dados para entender o impacto da seca na agricultura; abordagem integrada para a redução do risco de seca; e mitigação, preparação e resposta à seca.

Participam do treinamento técnicos de duas secretarias estaduais: Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

A secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, ressaltou que o treinamento permitirá produzir novos modelos para o uso da água e o enfrentamento da seca. “Essa parceria será fundamental para acharmos soluções para essas problemáticas que não são específicas do RS, mas mundiais”, afirmou.

O secretário da Agricultura, Domingos Velho Lopes, apontou a necessidade de atividades conjuntas. “Ao lado dos técnicos americanos, estamos construindo soluções mundiais, para a preservação dos recursos naturais e mitigação da seca”, disse.

Durante o primeiro encontro, o professor Mark Svoboda, da Universidade de Nebrasca, citou algumas estratégias que podem ser empregadas no combate à seca. “Nós não vamos evitar a seca, mas nós vamos reduzir os efeitos nocivos que a seca pode trazer para as populações e para as economias do globo. Nós podemos, por exemplo, trabalhar com sistemas precoces de alerta e ter um planejamento específico para a seca”, pontuou.

O público-alvo do treinamento inclui também acadêmicos, formuladores de políticas públicas, grupos de combate à seca e representantes da sociedade civil envolvidos em planejamento.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Segunda, 03 de Outubro de 2022
Mapa divulga Plano de Contingência para Peste Suína Africana
Mapa divulga Plano de Contingência para Peste Suína Africana Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresenta o Plano de Contingência para Peste Suína Africana com os princípios, as estratégias e os procedimentos para a contenção e a erradicação de focos de Peste Suína Africana (PSA). O documento foi elaborado pelo Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, com a contribuição de diferentes agentes do serviço veterinário oficial brasileiro, de instituições de ensino e de pesquisa e de entidades representativas do setor privado (produção e indústria).

Em caso de ocorrência de PSA no Brasil, será declarado estado de emergência zoossanitária pelo Mapa e se dará início ao conjunto de atividades descritas nos planos de contingência, tendo em vista a condição de país livre da doença e as graves consequências econômicas e sociais advindas.

A Peste Suína Africana é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana, mas pode dizimar criações de suínos, pois é altamente transmissível.  No Brasil, o último foco da doença foi registrado em 1981 e o país foi declarado livre da PSA em 5 de dezembro de 1984. Até o momento, não existe vacina com eficácia comprovada contra a PSA.

Exercício simulado de emergência zoossanitária

Para exercitar o conteúdo do plano, incluindo as responsabilidades e atribuições dos diferentes atores envolvidos, o Mapa e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), com apoio da iniciativa privada estadual, realizarão um exercício simulado de atuação frente a ocorrência de peste suína africana, no período de 19 a 26 de novembro.

Durante o exercício, será instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária, para que os participantes pratiquem a organização e os procedimentos técnicos como a vigilância e investigação clínica e epidemiológica, biossegurança, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação. Também serão exercitadas atividades de planejamento, proposição de uma zona de contenção e atividades de comunicação de risco.

Participarão nesse simulado, cerca de 180 servidores do serviço veterinário oficial (SVO) das 27 unidades da Federação, além de representantes da Defesa Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Exército Brasileiro, iniciativa privada, Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e do SVO de países vizinhos.

“O exercício simulado tem como objetivo testar o plano de contingência e preparar os participantes para a organização da cadeia de comando e o cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em uma situação real de ocorrência da Peste Suína Africana, minimizando seus impactos econômicos e sociais”, destaca o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.

O diretor ainda ressaltou que “as medidas sanitárias servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, febre aftosa e influenza aviária, já que os protocolos são semelhantes e o caráter de emergência é o mesmo”.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Segunda, 03 de Outubro de 2022
CNA promove circuito de lives para divulgar resultados do Projeto Campo Futuro
CNA promove circuito de lives para divulgar resultados do Projeto Campo Futuro Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promove, de 24 de outubro a 7 de novembro, um circuito de lives para apresentar os principais resultados dos levantamentos de custos de produção do Projeto Campo Futuro realizados em 2022.

Neste ano, serão divulgados os dados de 11 atividades agropecuárias (pecuária de leite, silvicultura, cana-de-açúcar, fruticultura, aves e suínos, hortaliças, cereais, fibras e oleaginosas, cafeicultura, pecuária de corte e aquicultura) em uma live por dia, de 9h às 10h, a partir de 24 de outubro.

Desde 2007, o projeto Campo Futuro já levantou os custos de produção de 66 atividades agropecuárias em 357 municípios. Os encontros para coleta de informações são chamados de painéis e reúnem produtores rurais, técnicos e representantes de sindicatos e federações de agricultura estaduais.

O projeto é realizado pela CNA e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) em parceria com universidades e centros de pesquisa para levantamento dos custos e geração de informação para o gerenciamento rural.

Participe das lives e tenha acesso exclusivo às análises de custos por atividade agropecuária.

Confira a programação do Circuito de Resultados do Projeto Campo Futuro:

24/10 – Pecuária de leite;
25/10 – Silvicultura;
26/10 – Cana-de-açúcar;
27/10 – Fruticultura;
28/10 – Aves e Suínos;
31/10 – Hortaliças;
01/11 – Cereais, fibras e oleaginosas;
03/11 – Cafeicultura
04/11 – Pecuária de corte;
07/11 – Aquicultura
08/11 – Evento de Encerramento do Circuito e Lançamento do Prêmio Campo Futuro.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura