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Quarta, 19 de Outubro de 2022
CNA realiza missão comercial aos Emirados Árabes
CNA realiza missão comercial aos Emirados Árabes Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), promove, de 5 a 8 de dezembro, uma missão comercial a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

O objetivo da iniciativa é apresentar aos empresários rurais brasileiros inscritos no projeto Agro.BR as características e particularidades da região, incluindo os hábitos de consumo, preços praticados, regulamentações e potenciais parceiros.

Os interessados em participar da missão devem se inscrever até o dia 30 de outubro. Clique aqui para acessar a página especial do evento, ler o regulamento e efetuar a inscrição.

A programação inclui visitas guiadas à Abu Dhabi International Exhibition, uma das maiores feiras de alimentos e bebidas da região, agenda de reuniões, seminários,  visitas técnicas, além de rodadas de negócios com potenciais compradores locais.

Os Emirados Árabes Unidos – Com sete monarquias (Abu Dhabi, Dubai, Xarja, Ajmã, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujeira), são o segundo maior importador de alimentos do Oriente Médio. Em 2020, importou US$ 17,3 bilhões em produtos agropecuários importados, sendo o Brasil responsável por cerca de 7% deste total.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quarta, 19 de Outubro de 2022
Estado atinge marca de 10 mil aplicadores de agrotóxicos hormonais cadastrados
Estado atinge marca de 10 mil aplicadores de agrotóxicos hormonais cadastrados Fonte: Emater

Desde a publicação da Instrução Normativa 06/2019, que estabeleceu as regras para o cadastro dos aplicadores de produtos agrotóxicos hormonais no Rio Grande do Sul e a necessidade de o produtor prestar informações sobre o uso deste tipo de produto, o Estado atingiu, em outubro de 2022, a marca de 10 mil aplicadores cadastrados.

Para fazer parte do cadastro, o interessado tem que passar por um curso de capacitação sobre boas práticas agrícolas na aplicação de agrotóxicos.

"O Rio Grande do Sul é o único estado que exige o curso para capacitar o aplicador a não gerar derivas durante a aplicação. Os demais estados, de maneira geral, estão se organizando para atender uma normativa do Ministério da Agricultura, que prevê a obrigação de treinar todos os aplicadores de agrotóxicos no Brasil até 2026", conta o chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Rafael Lima.

Os cursos de capacitação que habilitam para o cadastramento como aplicador de herbicidas hormonais são ofertados, atualmente, por 16 empresas diferentes, entre opções gratuitas e pagas, entre elas a Emater/RS-Ascar. De acordo com Lima, novas empresas vêm procurando a Secretaria semanalmente para se estruturar e abrir novas capacitações. ?Em todos os treinamentos, na primeira turma, a Seapdr se faz presente, para validar o curso e tirar dúvidas?, conta.

Como o curso não pode ser oferecido na modalidade à distância, ofertas de novas turmas ficaram suspensas durante a pandemia, o que impactou na evolução do número de cadastrados. "Ainda tem espaço para crescer, uma vez que são quase 90 mil CPFs registrados como pessoas que adquiriram algum herbicida hormonal no ano de 2021", conclui Rafael.

Mais informações sobre cadastro e utilização de herbicidas hormonais estão disponíveis em www.agricultura.rs.gov.br/hormonais.

INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA
Assessoria de Comunicação Social
Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural
Av. Getúlio Vargas, 1.384, Bairro Menino Deus
Porto Alegre/RS - CEP: 90150-900
www.agricultura.rs.gov.br

Fonte: Emater – Elaine Pinto

Imagem: Divulgação/Seapdr

Quarta, 19 de Outubro de 2022
Governo cria grupo para implementar Observatório das Mulheres Rurais
Governo cria grupo para implementar Observatório das Mulheres Rurais Fonte: Agência Brasil

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou um grupo de trabalho (GT) para apoiar a implementação do Observatório das Mulheres Rurais do Brasil. O projeto visa fundamentar propostas de aprimoramento, formulação e implementação de políticas públicas e outros programas para o fortalecimento da presença das mulheres no agronegócio brasileiro, seja em atividades agropecuárias, florestais ou aquícolas.

A portaria que institui o grupo foi publicada hoje (19) no Diário Oficial da União e entra em vigor em 1º de novembro de 2022. 

Segundo o documento, compete ao colegiado apoiar a estruturação de banco de dados e informações pertinentes à mulher rural; assessorar a execução de ações que visam dar visibilidade e identificar restrições ao trabalho da mulher rural; e orientar, por meio de recomendações, a formulação e implementação de ações e políticas públicas para a mulher rural.

Ele será composto por representantes, titulares e suplentes, das seguintes secretarias do Ministério da Agricultura: Executiva; Especial de Assuntos Fundiários; de Agricultura Familiar e Cooperativismo; de Aquicultura e Pesca; de Comércio e Relações Internacionais; de Defesa Agropecuária; de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação; e de Política Agrícola. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) também terão assentos no colegiado.

Resultado

O prazo para os trabalhos do grupo é de um ano, a partir da designação de seus membros, prorrogável por mais um ano, uma única vez. Ao final, deverá ser emitido relatório de consolidação do resultado das atividades desenvolvidas que será encaminhado à Secretária de Agricultura Familiar e Cooperativismo.

O Grupo de Trabalho será coordenado pela Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa e pela Embrapa, que encabeça o projeto do Observatório da Mulheres Rurais do Brasil, em parceria com o Mapa e a  Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Segundo o órgão, o observatório faz parte do Sistema de Inteligência Estratégica da Embrapa (Agropensa) e é uma ferramenta que responde às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, especialmente ao ODS 5, referente à meta 5.b: “aumentar o uso de tecnologias de base, em particular, as tecnologias de informação e comunicação, para promover o empoderamento das mulheres”.

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdelio

Imagem: Wenderson Araujo

 

Terça, 18 de Outubro de 2022
CNA promove rodada de negócios virtual com foco na América Latina
CNA promove rodada de negócios virtual com foco na América Latina Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promove, entre os dias 12 e 16 de dezembro, uma rodada de negócios virtual com foco na América Latina. As inscrições acontecem até o dia 31 de outubro pelo link cnabrasil.org.br/rodadaamericalatina .

A iniciativa faz parte do projeto Agro.BR, desenvolvido pela CNA em parceria com a Apex-Brasil com a missão de ampliar a pauta exportadora brasileira a partir da inserção de pequenos e médios produtores no mercado internacional.

A ideia é criar oportunidades de encontros de negócios individualizados entre empresários rurais brasileiros e compradores internacionais em um ambiente virtual com datas e horários previamente agendados.

O foco é expandir o mercado para alimentos e bebidas de diversos setores, com destaque para frutas e derivados, mel e derivados, nozes, castanhas e similares, especiarias, erva-mate, lácteos, pescados e frutos do mar, cacau e chocolate.

A rodada tem como mercados prioritários Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile, Peru, Colômbia, Venezuela e México. Para mais informações, clique aqui e acesse o regulamento.

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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Terça, 18 de Outubro de 2022
SOS Estiagem: 47% dos beneficiários sacam valores nos dois primeiros dias de pagamento
SOS Estiagem: 47% dos beneficiários sacam valores nos dois primeiros dias de pagamento Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR CÍNTIA MARCHI

Praticamente metade dos assentados da Reforma Agrária, ribeirinhos, quilombolas e indígenas beneficiários do SOS Estiagem sacaram o valor de R$ 1 mil nos primeiros dois dias de pagamento, entre 13 e 14 de outubro. De acordo com dados do Banrisul, 6.097 dos 12.978 contemplados já resgataram o benefício.

O apoio financeiro, com recursos do Tesouro do Estado, é destinado às famílias residentes em áreas rurais que foram altamente impactadas com as perdas provocadas pela estiagem na última safra de verão. Para ter direito ao recurso, o beneficiário desse primeiro grupo tem que possuir inscrição ativa no Cadastro Único (CadÚnico) em 29 de março de 2022 e residir em município que teve seu decreto de situação de emergência ou de calamidade pública homologado entre dezembro de 2021 e 31 de março de 2022.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), que coordena essa política de crédito emergencial, também informa que disponibilizou dois canais para atendimento às famílias que precisam tirar dúvidas sobre o pagamento do SOS Estiagem. Os pedidos de esclarecimentos devem ser encaminhados para o e-mail sosestiagem@seapdr.rs.gov.br ou solicitados pelos telefones 3288-6208 e 3288-6791.

Consulte o site do programa

A primeira iniciativa que o público-alvo do programa deve tomar é acessar o site www.sosestiagem.rs.gov.br e consultar, com o número de CPF, se o seu nome encontra-se entre os beneficiários. Os escritórios municipais da Emater/RS-Ascar, Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e prefeituras também poderão ajudar a fazer a pesquisa no portal.

A Seapdr informa que os beneficiários que se enquadrarem nos requisitos e, ainda assim, não encontrarem seus nomes/CPFs na pesquisa no site, devem remeter ao e-mail sosestiagem@seapdr.rs.gov.br um documento pessoal de identificação constando o número de CPF e o documento oficial emitido pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) dos municípios, comprovando a inscrição no CadÚnico, na data de 29 de março de 2022. Posteriormente, a Secretaria fará análise desses casos.

Saque disponível em qualquer agência do Banrisul

O valor, em parcela única, estará disponível aos assentados da Reforma Agrária, ribeirinhos, quilombolas e indígenas durante o período de 80 dias, a contar de 13 de outubro. Na agência do Banrisul, o beneficiário deverá apresentar documento de identificação com foto e o número do CPF. O auxílio será pago a apenas um indivíduo do mesmo núcleo familiar.

O valor deverá destinar-se, preferencialmente, para a aquisição de alimentos e outros gêneros de primeira necessidade; para sementes e insumos agrícolas e para alimentação animal.

Serviço

• O quê: Pagamento do SOS Estiagem

• Quem tem direito: assentados da Reforma Agrária, quilombolas, indígenas e ribeirinhos

• Quais os requisitos: Possuir inscrição ativa no CadÚnico em 29 de março de 2022 e ser residente rural em um dos 416 municípios com situação de emergência ou calamidade pública homologada entre dezembro de 2021 e 31 de março de 2022, decorrente da estiagem.

• Quanto: R$ 1 mil por família, em parcela única

• Onde: Qualquer agência do Banrisul

 • Prazo: Até 80 dias para saque, a contar de 13 de outubro de 2022

• Mais informações: www.sosestiagem.rs.gov.br

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Terça, 18 de Outubro de 2022
Produtores querem mostrar sustentabilidade da agropecuária na COP27
Produtores querem mostrar sustentabilidade da agropecuária na COP27 Fonte: Agência Brasil

Setor agropecuário e governo brasileiros estão em busca de unificar os discursos a serem apresentados durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), que ocorrerá entre os dias 6 e 18 de novembro no Egito. Durante o evento, os países participantes apresentarão ações e posicionamentos com relação ao Acordo de Paris e seu objetivo de frear ameaças decorrentes das mudanças climáticas.

Em encontro ocorrido hoje (18) na Confederação Nacional da Agricultura (CNA), três ministros receberam da entidade um documento detalhando posicionamento e temas considerados relevantes pelo setor agropecuário brasileiro a serem debatidos durante a conferência.

Segundo a CNA, a COP27 ocorre em um momento de “particular relevância” para a implementação do Acordo de Paris, em meio aos impactos gerados pela pandemia e pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia – situações que afetaram, em especial, as seguranças alimentar e energética do continente europeu.

COP da implementação

Na avaliação do coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, a conferência tem como perspectiva ser reconhecida como a COP da implementação de medidas e metas apresentadas nas edições anteriores.

Segundo Ananias, “o futuro da agropecuária brasileira começou há 10 anos, com o exitoso programa de agricultura de baixa emissão de carbono”. “Ou há pelo menos 50 anos, com o cumprimento de um dos códigos florestais mais rigorosos do mundo”, acrescentou, ao afirmar que o agro brasileiro “não está prometendo, mas já faz e cumpre” com as metas apresentadas.

“O Brasil apostou em metas ambiciosas que têm, na agropecuária, a base fundamental para seu alcance. Para alcançar os objetivos o país precisa agora detalhar [durante a COP] essa estratégia de atingimento de metas propostas, imputando ações individualizadas e setoriais nos sistemas produtivos. As estratégias precisam ser detalhadas na COP”, disse.

O presidente da CNA, João Martins, disse que o setor agropecuário “investiu em agricultura menos emissoras de gás de efeito estufa e, também, na [recomposição e na manutenção de] vegetação nativa e biodiversidade”, ao cumprir com as medidas previstas no Código Florestal.

De acordo com Martins, “os produtores brasileiros têm compromisso com a sustentabilidade” e, em sua grande maioria, não recuou das obrigações. “Ampliamos nossa produção de forma sustentável, porque nosso país é provedor de soluções ambientais e climáticas.”

Mapa

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, disse que a preocupação da agricultura brasileira “ficou evidente em 2012, quando demos um grande passo e criamos o Código Florestal”, disse. O problema, acrescentou ele, é que, desde então, o setor agropecuário “começou a perder a narrativa”, em meio a críticas vindas, em especial, pela mídia brasileira, com relação a supostos efeitos danosos deste setor ao meio ambiente.

“Não conseguimos mostrar nossa narrativa à população urbana de nosso país nem à população internacional. Isso nos tem causado muitos prejuízos”, acrescentou, ao destacar a importância de apresentar, durante a COP27, o ponto de vista de que “a tecnologia que implementamos no Brasil é o fio de ligação entre sustentabilidade e produção”.

O ministro acrescentou que problemas e tragédias como pandemia e guerras “criam oportunidades”. “A pandemia e o conflito da Ucrânia com a Rússia mostraram ao mundo algumas situações que o Brasil já vinha defendendo”, relacionadas à necessidade de “produzir com sustentabilidade para alimentarmos o mundo”, disse.

“Sustentabilidade não é só questão ambiental. É econômica e social. Por isso, precisamos sempre fazer nosso dever de casa. Já caminhamos muito. Se consertarmos alguns equívocos, nossa narrativa será vencedora”, complementou.

MMA

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, que participou do evento, disse que o governo federal “entende que tem de fazer política junto com o agro”. “Não é somente multar, reduzir e culpar o agro. Pelo contrário: precisamos incentivar uma nova cultura verde como a de baixo carbono, que é um belo exemplo para o mundo”, disse, ao afirmar que “o Brasil tem o agro convencional mais regenerativo do mundo”.

“Isso significa que toda vez que batemos recorde de produção, nós melhoramos o solo, tirando carbono da atmosfera e colocando ele no solo. Isso é uma ferramenta para combater o grande desafio de mudança do clima e para buscar economia neutra de emissões até 2050”, argumentou ao apontar a agropecuária como “parte da solução de uma nova economia verde.”

“Vamos mostrar isso na conferência do clima: um agro sustentável e, também, o Brasil das energias verdes que passam pela agricultura. Batemos recorde de instalação de eólica de 21 GW, temos solar 14 GW e biomassa. Essas três fontes que passam pelo agro têm potencial de instalação de 100 GW nos próximos anos. Isso tudo pode se transformar em hidrogênio e amônia verdes para exportação”, acrescentou.

MRE

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse acreditar que a economia brasileira, em especial a agropecuária, tem condições de ampliar sua competitividade “em um contexto de regras ambientais mais rígidas”. “Tudo que a gente ouve é que o empresário e o agro querem se adaptar ao que tem de mais elevado padrão ambiental”, disse.

“O Brasil é um ator incontornável em todos os temas ambientais, com território, biodiversidade, matriz energética limpa e uma politica ambiental consistente. Essas são nossas credenciais no debate internacional. Há que se defender essas credenciais e estabelecer metas de grande envergadura [durante a COP]”, discursou.

França disse ter conversado com chanceleres de outros países, e que há neles uma expectativa “muito grande sobre o papel que o Brasil pode desempenhar na segurança alimentar e energética, em especial do continente europeu”.

Fonte: Agência Brasil – Pedro Peduzzi

Imagem: CNA / Wenderson Araujo

Terça, 18 de Outubro de 2022
Governo Federal recebe documento com propostas do setor agropecuário para COP27
Governo Federal recebe documento com propostas do setor agropecuário para COP27 Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Governo Federal recebeu nesta terça-feira (18) documento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com propostas do setor agropecuário para a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), que ocorrerá de 6 a 8 de novembro, no Egito.

O documento foi entregue aos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes; do Meio Ambiente (MMA), Joaquim Leite; e das Relações Exteriores (MRE), Carlos França. A entrega ocorreu durante evento Pré COP27 - Agropecuária Brasileira no Acordo de Paris, realizado pela CNA.

O ministro Marcos Montes ressaltou que a COP27 será um importante momento para o Brasil apresentar a produção sustentável que vem adotando desde a implantação do Código Florestal, uma das legislações ambientais mais rígidas do mundo e que determina, por exemplo, a preservação de vegetação nativa nas propriedades rurais. De acordo com o ministro, o agro brasileiro é parte da solução para o combate às mudanças climáticas e insegurança alimentar no planeta, por aliar um modelo de produção baseado em tecnologia, com equilíbrio ambiental e inclusão social.

“Com o Código Florestal e a tecnologia que implantamos no Brasil, aumentamos a produção. Fizemos o elo entre a tecnologia e a produção de alimentos”, disse. “A COP é uma oportunidade para mostrarmos que estamos produzindo. Temos uma equipe trabalhando arduamente, focada na sustentabilidade, para mostrar, com muito clareza, que o Brasil é o país que mais produz e mais protege ambientalmente”, acrescentou.

CNA

No documento, a CNA aponta entre as prioridades para o setor o financiamento internacional e a adaptação dos sistemas produtivos para os desafios futuros.

O presidente da CNA, João Martins, ressaltou que os produtores rurais brasileiros têm adotado nos últimos anos práticas descarbonizantes e têm condições de apresentar ao mundo tecnologias que atendam à demanda por produção sustentável.

“Apesar de alguns países terem regredido nas metas de emissão em função da busca por segurança alimentar e energética, o Brasil não recuou em nada em suas obrigações. Ao contrário, ampliamos nossa produção com sustentabilidade nesse período. Esse cenário coloca o Brasil como grande provedor de soluções ambientais e climáticas”, afirmou.

Na COP26, alguns dos compromissos assumidos pelo país, no que tange à agricultura, são redução das emissões de gases de efeito estufa em 50% até 2050, zerar o desmatamento ilegal até 2028 e restauração e reflorestamento de 18 milhões de hectares de florestas para uso múltiplo até 2030.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Imagem: Antonio Araujo/Mapa

Terça, 18 de Outubro de 2022
IGP–10 tem deflação de 1,04% em outubro
IGP–10 tem deflação de 1,04% em outubro Fonte: Agência Brasil

O Índice Geral de Preços–10 (IGP-10), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve deflação (queda de preços) de 1,04% em outubro deste ano. O indicador já havia apresentado deflações em setembro último (-0,90%) e em outubro de 2021 (-0,31%).

Apesar da queda de preços em outubro e setembro, o IGP-10 ainda acumula inflação de 6,33% no ano e de 7,44% em 12 meses. Em outubro de 2021, a inflação acumulada pelo indicador era de 22,53%.

Causas

A queda de setembro para outubro foi puxada principalmente pelo leite e combustíveis. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, passou de uma deflação de 1,18% em setembro para uma queda de preços de 1,44% em outubro.

Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, teve inflação de 0,17% no mês, ante deflação de 0,14% de setembro. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi de deflação de 0,02% em setembro para inflação de 0,01% em outubro.

O IGP-10 é um indicador nacional e foi calculado com base em preços coletados entre 11 de setembro e 10 de outubro.

Fonte: Agência Brasil – Vitor Abdala

Imagem: José Cruz

Segunda, 17 de Outubro de 2022
Exportações do agronegócio em setembro chegam a US$ 13,9 bilhões, com aumento de 38,4%
Exportações do agronegócio em setembro chegam a US$ 13,9 bilhões, com aumento de 38,4% Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

As exportações do agronegócio brasileiro chegaram a US$ 13,97 bilhões em setembro de 2022. O valor é recorde para os meses de setembro, com elevação de 38,4% em comparação com o que foi exportado no mesmo mês de 2021. 

Além do aumento dos preços, que subiu 17,2% na comparação entre setembro de 2022 e setembro de 2021, a quantidade exportada subiu 18,1%. 

No período acumulado entre janeiro e setembro de 2022, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 122,07 bilhões, o que representou um incremento de 30,5% na comparação com o mesmo período em 2021

Já as importações brasileiras de produtos agropecuários subiram de US$ 1,25 bilhão em setembro de 2021 para US$ 1,60 em setembro de 2022 (+27,8%). Também no caso das importações houve aumento do índice de preço e quantum, 14,3% e 11,8%, respectivamente.

 

Setores

O complexo soja, principal setor exportador do agronegócio brasileiro, exportou US$ 3,95 bilhões em setembro de 2022 (+24,2%). Os preços elevados dos produtos do setor foram o principal fator responsável pelo incremento do valor exportado. 

As vendas externas de carnes tiveram um registro recorde para os meses de setembro, US$ 2,43 bilhões, com elevação de 11,2% nos preços médios de exportação e queda de 1,3% na quantidade exportada. 

O setor de cereais, farinhas e preparações teve aumento chegou a US$ 2,04 bilhões em vendas externas. O cereal responsável por essa elevação foi o milho, que teve volume recorde de 6,8 milhões de toneladas para o mês de setembro, quase 5 milhões de toneladas superior ao volume exportado em setembro de 2021.

As vendas externas de produtos florestais foram de US$ 1,50 bilhão (+30,2%). A celulose é o principal produto de exportação do setor e registrou um valor recorde de exportação para os meses de setembro: US$ 861,52 milhões (+68,9%). 

O complexo sucroalcooleiro ficou na quinta posição entre os principais setores exportadores do agronegócio brasileiro, com embarques de US$ 1,48 bilhão (+52,4%). O açúcar foi responsável pela maior parte do valor exportado pelo setor, atingindo US$ 1,24 bilhão em exportações (+44,9%).

Além dos produtos agropecuários importados, houve incremento na importação de vários insumos utilizados na produção agropecuária. O Brasil adquiriu US$ 2,05 bilhões em fertilizantes em setembro de 2022. O valor foi 14,1% maior quando comparado com o mesmo mês de setembro de 2021. O volume, todavia, teve uma redução de 22,6%.

Países

A Ásia continua sendo a principal região geográfica importadora dos produtos do agronegócio brasileiro, tendo adquirido US$ 6,39 bilhões em setembro de 2022. O maior país importador dos produtos do agronegócio brasileiro, a China, aumentou as importações de produtos do agronegócio brasileiro para US$ 3,69 bilhões em setembro de 2022, o que significou um crescimento de 13,1% nas aquisições na comparação com o que foi importado no mesmo mês de 2021. 

Dois países registraram crescimento da participação nas importações dos produtos do agronegócio acima de um ponto percentual: Irã (+2,8 pontos) e Indonésia (+1,03%).

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Segunda, 17 de Outubro de 2022
Agência Brasil explica o que é hidrogênio verde
Agência Brasil explica o que é hidrogênio verde Fonte: Agência Brasil

Considerado “o combustível do futuro”, o “hidrogênio verde” pode ter, no Brasil, um de seus grandes players (referência em determinado segmento). Ainda não dá para estimar o quanto esta commodity poderá agregar à economia do país. Segundo especialistas consultados pela Agência Brasil, já são dadas como certas as boas condições do Brasil para a produção dessa fonte energética que, cada vez mais, desperta o interesse de outros países.

O interesse por este combustível – que tem como principal característica um processo produtivo não danoso ao meio ambiente – aumentou por causa do risco de segurança energética pelo qual passa o continente europeu no atual cenário de guerra, uma vez que boa parte de seus países depende do gás exportado pela Rússia.

Para ter o selo “verde”, é fundamental que o hidrogênio seja produzido e transportado sem o uso de combustíveis fósseis ou de outros processos prejudiciais ao meio ambiente. Sua produção requer o uso de muita energia, em especial para retirar, por hidrólise, o hidrogênio que é encontrado na água.

Fontes renováveis

A denominação hidrogênio verde ocorre quando a eletricidade usada na eletrólise da água vem de fontes de energia renováveis como eólica, fotovoltaica e hidrelétrica, explica o diretor de Tecnologia em Hidrogênio da Associação Brasileira de Energia de Resíduos e Hidrogênios, Ricardo José Ferracin – que é também professor adjunto da Universidade Oeste do Paraná, além de ter sido um dos responsáveis pela implantação do Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio da Usina de Itaipu.

De acordo com o superintendente executivo da Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2), Gabriel Lassery, o hidrogênio verde (ou renovável) pode também ser obtido por hidroeletricidade e biomassa de rejeito.

“Dada a potência agrícola que é o país, há muita disponibilidade de biomassa de rejeito para produção de hidrogênio. O Brasil também tem locais onde é possível encontrar hidrogênio natural esperando para ser extraído”, afirma.

Mercado

Lassery lembra que o gás já é amplamente utilizado para fins industriais no Brasil, principalmente no refino do petróleo e na produção de fertilizantes.

“A expansão dessa economia desenvolverá outras possibilidades no mercado interno. Alguns exemplos são na mobilidade, para geração de energia embarcada em veículos eletrificados; na siderurgia, para redução de emissões na produção do aço; e na produção de energia, para atenuar as intermitências na área das energias renováveis”, diz à Agência Brasil.

No cenário internacional, acrescenta, o mercado do hidrogênio tem se estruturado “a passos largos”. “Países com menor disponibilidade de energia renovável visam importar hidrogênio renovável e de baixo carbono de países produtores, para descarbonizar suas matrizes. Novas iniciativas para estruturar esses negócios são frequentemente discutidas”.

Segundo Ricardo Ferracin, a capacidade de geração instalada no país está em torno de 180 GW apenas com os projetos em análise, mas essa capacidade pode ser duplicada, podendo dar ao Brasil protagonismo no setor.

“Obviamente existem gargalos tecnológicos e de investimentos que devem ser analisados criteriosamente, mas as expectativas positivas são grandes”, afirma ao citar, como exemplo de gargalo, o fato de o país não fabricar eletrolisadores e células a combustível. “A cadeia produtiva para os equipamentos necessita ser desenvolvida e há necessidade de formação de recursos humanos, principalmente técnicos”.

Lassery diz ainda que, atualmente, a maior parte do hidrogênio produzido no Brasil é feito de forma cativa (no próprio local onde vai ser consumido) e que suas fontes energéticas, em geral, não são renováveis.

“Porém, o Brasil tem imenso potencial para produção de hidrogênio renovável. Em diversas partes do território, seu potencial para produção de energia solar e eólica está entre os maiores do mundo e, frequentemente, são anunciados novos projetos e memorandos de entendimento para produção de energia eólica e solar, tanto offshore [eólicas instaladas no mar] quanto onshore [no continente] com o objetivo de produção de hidrogênio”, acrescenta.

Transporte

Os especialistas explicam que, para garantir o selo verde do hidrogênio, é também fundamental que ele não seja transportado em veículos que usem combustíveis fósseis. De acordo com Lassery, todas as etapas do processo de produção e transporte do hidrogênio precisam utilizar exclusivamente energias renováveis.

“Como o hidrogênio já é produzido e transportado atualmente, as formas de manejá-lo com segurança são conhecidas. Contudo, novas normas, códigos e padrões são criados e revisados, à medida que a tecnologia se desenvolve”, afirma.

De acordo com Ferracin, o hidrogênio verde pode ser transportado sob altas pressões, dentro de cilindros, e líquido, sob altas pressões e baixas temperaturas. Pode também ser transportado em “hidretos metálicos”. Nesse caso, ele é misturado a outros metais, podendo então ser transportado na forma sólida, o que garante maior segurança.

“A forma mais comumente usada é sob altas pressões, mas há evolução tecnológica principalmente na forma de hidretos metálicos. Nessa forma de armazenamento, o hidrogênio não explode. Também não é necessário um compressor, que tem preço alto”.

Ele diz que outras formas de armazenamento e transporte possíveis ocorrem por meio da produção de amônia, que pode inclusive ser usada como combustível, tanto para o navio de transporte quanto para outros motores. Essa substância pode, posteriormente e por meio de reações químicas, ser convertida em hidrogênio.

Meio ambiente

Em um mundo onde clima e meio ambiente têm sofrido cada vez mais os efeitos negativos do uso de combustíveis fósseis, o hidrogênio verde aparece como solução que carrega a possibilidade de agregar benefícios, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental.

Para Lassery, esse combustível tem “potencial para descarbonizar diversas atividades que, atualmente, são grandes responsáveis pelas emissões de carbono”, como é o caso do segmento dos transportes e da produção de energia.

Pode também descarbonizar “setores de difícil abatimento”, como o transporte pesado por longas distância e as indústrias siderúrgica, cimentícia e mineradora.

Economicamente, acrescenta, a cadeia de valor do hidrogênio é de grande importância estratégica.

“Além do aumento da segurança energética e da diminuição da necessidade de insumos importados, o fomento do hidrogênio também traz desenvolvimentos científico e tecnológico nacionais, impulsiona a criação de novos empregos, qualifica mão de obra e insere o país nesse novo mercado internacional, servindo como fator de reindustrialização”, diz.

Fonte: Agência Brasil – Pedro Peduzzi