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Terça, 01 de Junho de 2021
Chicago fecha em forte alta com clima seco sobre o milho da América do Norte
Chicago fecha em forte alta com clima seco sobre o milho da América do Norte Fonte: Safras & Mercado

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços mais acentuadamente mais altos. Desde o início do dia, o mercado foi impulsionado pela previsão de clima seco adverso nos Estados Unidos e no Canadá, conforme agências internacionais. Nas próximas duas semanas, a baixa umidade deve gerar estresse sobre as lavouras do cinturão produtor.

Segundo a Reuters, o Commodity Weather Group (CWG) disse em uma nota diária que mais de um terço do trigo da primavera dos EUA poderia ver o estresse se recompor nas próximas duas semanas.

Nem mesmo a fraca demanda pelo grão estadunidense é capaz de limitar os fortes ganhos. As inspeções de exportação norte-americana de trigo chegaram a 256.496 toneladas na semana encerrada no dia 27 de maio, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava o número em 437,5 mil toneladas. Na semana anterior, as inspeções de exportação de trigo haviam atingido 598.941 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado fora de 555.500 toneladas.

No fechamento de hoje, os contratos com entrega em julho de 2021 eram cotados a US$ 6,93 1/2 por bushel, alta de 30,00 centavos, ou 4,52%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em setembro de 2021 eram negociados a US$ 6,97 1/4 por bushel, ganho de 30,00 centavos de dólar, ou 4,49%, em relação ao fechamento anterior.

Fonte: Safras & Mercado - Gabriel Nascimento

Terça, 01 de Junho de 2021
Chicago sobe 5% com clima adverso, demanda pelo milho dos EUA e perdas no Brasil
Chicago sobe 5% com clima adverso, demanda pelo milho dos EUA e perdas no Brasil Fonte: Safras & Mercado

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços acentuadamente mais altos. O mercado foi impulsionado pela previsão de clima seco adverso sobre as lavouras dos Estados Unidos e do Canadá nas próximas duas semanas. Além disso, as perdas na safrinha brasileira também contribuíram para a forte valorização. Sinais de boa demanda para o cereal norte-americano atuaram positivamente.

Na última sexta-feira, SAFRAS & Mercado estimou a produção da segunda safra 2021 de milho do Brasil em 61,592 milhões de toneladas, baixa ante as 70,788 milhões de toneladas indicadas no mês de abril e as 73,478 milhões de toneladas colhidas no ano passado. O reajuste se deve a perdas ainda maiores no potencial produtivo da safrinha no Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, conforme o analista da SAFRAS Consultoria, Paulo Molinari.

As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 2.049.217 toneladas na semana encerrada no dia 27 de maio, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava o número em 1,75 milhão de toneladas. Na semana anterior, haviam atingido 1.476.162 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 1.192.384 toneladas.

Os contratos de milho com entrega em julho/21 fecharam a US$ 6,88 3/4, alta de 32,00 centavos de dólar, ou 4,87%, em relação ao fechamento anterior. A posição setembro de 2021 fechou a sessão a US$ 6,02 por bushel, ganho de 28,75 centavos de dólar, ou 5,01%, em relação ao fechamento anterior.

Fonte: Safras & Mercado - Gabriel Nascimento

Terça, 01 de Junho de 2021
Economia Brasileira
Economia Brasileira Fonte: AF News Agricola

Para que a economia brasileira crescesse 1,2% no primeiro trimestre deste ano, a agropecuária avançou 5,7% no mesmo período. Veja mais:

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,2% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre do ano passado. Esse é o terceiro resultado positivo, depois dos recuos no primeiro (-2,2%) e no segundo (-9,2%) trimestres de 2020, quando a economia encolheu 4,1%, afetada pela pandemia. Em valores correntes, o PIB, que é soma dos bens e serviços produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,048 trilhões.

Com o resultado do primeiro trimestre, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais divulgado nesta terça-feira, 1º, pelo IBGE.

A expansão da economia brasileira veio dos resultados positivos na agropecuária (5,7%), na indústria (0,7%) e nos serviços (0,4%). “Mesmo com a segunda onda da pandemia de Covid-19, o PIB cresceu no primeiro trimestre, já que, diferente do ano passado, não houve tantas restrições que impediram o funcionamento das atividades econômicas no país”, avalia a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Na agropecuária, a alta foi puxada pela melhora na produtividade e no desempenho de alguns produtos, sobretudo, a soja, que tem maior peso na lavoura brasileira e previsão de safra recorde este ano.

Já na atividade industrial, o avanço veio das indústrias extrativas (3,2%). Também cresceram a construção (2,1%) e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,9%). O único resultado negativo foi das indústrias de transformação (-0,5%). “Todos subsetores da indústria cresceram, menos a indústria de transformação, que tem o maior peso, impactada pela indústria alimentícia, que afetou o consumo das famílias”, conta Rebeca.

Nos serviços, que contribuem com 73% do PIB, houve resultados positivos em transporte, armazenagem e correio (3,6%), intermediação financeira e seguros (1,7%), informação e comunicação (1,4%), comércio (1,2%) e atividades imobiliárias (1,0%). Outros serviços ficaram estáveis (0,1%).

“A única variação negativa foi a da administração, saúde e educação pública (-0,6%). Não está havendo muitos concursos para o preenchimento de vagas e está ocorrendo aposentadoria de trabalhadores, reduzindo a ocupação do setor. Isso afeta a contribuição da atividade para o valor adicionado”, explicou a coordenadora de Contas Nacionais.

Consumo das famílias fica estável e o do governo tem redução

Os efeitos da pandemia influenciaram a estabilidade no consumo das famílias (-0,1%) no primeiro trimestre deste ano, frente ao quarto trimestre. Já o consumo do governo teve queda de 0,8%.

“O aumento da inflação pesou, principalmente, no consumo de alimentos ao longo desse período. O mercado de trabalho desaquecido também. Houve ainda redução significativa nos pagamentos dos programas do governo às famílias, como o auxílio emergencial”, detalha Rebeca Palis, observando, por outro lado, que houve aumento no crédito para pessoas físicas.

Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) cresceram 4,6%, influenciados pelo aumento na produção interna de bens de capital e no desenvolvimento de softwares, a alta na construção e os impactos do Repetro, regime aduaneiro especial que permite ao setor de petróleo e gás adquirir bens de capital sem pagar tributos federais.

A balança comercial brasileira teve uma alta de 3,7% nas exportações de bens e serviços, enquanto as importações cresceram 11,6% em relação ao quarto trimestre de 2020. “Na pauta de importações, destacaram-se os produtos farmoquímicos para a produção de vacinas contra a Covid-19, máquinas e aparelhos elétricos, e produtos de metal. Entre as exportações, foram os produtos alimentícios e veículo automotores.

PIB da agropecuária e indústria cresce, mas serviços caem na comparação anual

Na comparação anual, o PIB cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano, com alta de 5,2% na agropecuária e de 3% na indústria. Já os serviços recuaram 0,8%. “As atividades de outros serviços, que são majoritariamente presenciais, e administração pública puxaram o resultado dos serviços para baixo. Esse é um setor que ainda sofre os efeitos da pandemia”, disse Rebeca Palis.

Pela ótica da despesa, destaque para os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) com crescimento de 17%, maior taxa desde o segundo trimestre de 2010. Já o consumo das famílias recuou 1,7% explicado pelo aumento da inflação e reflexos da pandemia que afetaram negativamente o mercado de trabalho, reduzindo o número de ocupações e a massa salarial real. Também recuou o consumo do governo(-4,9%).

No que se refere ao setor externo, as exportações tiveram alta de 0,8%, enquanto as importações avançaram 7,7% em relação ao primeiro trimestre de 2020.

Fonte: AF News Agricola - Giulia Zenidin

Segunda, 31 de Maio de 2021
Mercado financeiro prevê crescimento econômico de 3,96% neste ano
Mercado financeiro prevê crescimento econômico de 3,96% neste ano Fonte: Agência Brasil

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) elevaram a projeção para a expansão da economia brasileira pela sexta semana consecutiva. A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – subiu de 3,52% para 3,96%.

Para o próximo ano, a estimativa de crescimento do PIB caiu de 2,30% para 2,25%, na segunda redução consecutiva. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,50%.

As estimativas estão no boletim Focus de hoje (31), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC, com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Inflação

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,24% para 5,31%, na oitava alta consecutiva.

Para 2022, a estimativa de inflação foi ajustada de 3,67% para 3,68%. Tanto para 2023 como para 2024 a previsão para o índice é de 3,25%.

A estimativa para 2021 está quase no limite superior da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

O centro da meta de inflação para 2022 é 3,50% e para 2023, 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 3,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic termine 2021 em 5,75% ao ano. Na semana passada, a previsão era 5,5% ao ano. Para o fim de 2022, 2023 e 2024, a estimativa é de que a taxa básica encerre estes períodos em 6,5% ao ano.

Câmbio

A expectativa para a cotação do dólar permaneceu em R$ 5,30 para o final deste ano e de 2022.

Fonte: Agência Brasil - Kelly Oliveira

Imagem: Marcello Casal Jr.

Segunda, 31 de Maio de 2021
Soja brasileira deve ter janela maior de exportações em 2021 diante de forte competitividade com EUA
Soja brasileira deve ter janela maior de exportações em 2021 diante de forte competitividade com EUA Fonte: Noticias Agrícolas

O mercado da soja no Brasil registra uma semana mais curta, com feriados nos EUA nesta segunda-feira (31) e aqui na quinta-feira (3) e o ritmo dos negócios ficou ainda mais lento, segundo relatam analistas e consultores.  "Ninguém fazendo negócios, a semana no Brasil será terça e quarta só", resume Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting. 

Os participantes do mercado tiram o dia para refazer suas estratégias, repensar seus negócios e acompanhar a movimentação na Bolsa de Chicago nos próximos dias. 

"Deveremos ter negócios neste começo de junho, com tendência de seguir na linha da leve baixa e acomodação em patamares um pouco menores porque o clima nos EUA dá sinais de que seguirá bem. O dólar mostra pouco fôlego por aqui, já que as notícias internacionais têm sido positivas, o que traz apelo negativo para a moeda americana frente às demais moedas", complementa Brandalizze.

O Brasil ainda conta com aproximadamente 40 milhões de toneladas de soja da safra 2020/21 para serem comercializadas e, como afirmam consultores e analistas de mercado, os produtores deverão ter ainda boas oportunidades de vendas nos próximos meses, inclusive pela demanda interna no segundo semestre. 

E no segundo semestre, não só as indústrias nacionais buscarão mais soja, como o início do período ainda pode trazer boas oportunidades para a exportação brasileira, com a oleaginosa podendo alongar seu período de competitividade frente à norte-americana. E esse será um ponto muito monitorado pelo mercado na Bolsa de Chicago. 

"A demanda da China será atentamente acompanhada, a qual esse ano se apresenta muito mais lenta em relação ao ano passado. Além disso, a concorrência com o Brasil durante o segundo semestre do ano deverá ser muito mais intensa, fruto da oferta maior no Brasil e a redução do apetite por novas compras nos portos brasileiros para embarques de junho e agosto", explica a equipe da Agrinvest Commodities. 

Nesse ritmo, ainda segundo a consultoria, "essa soja que o Brasil deixou de vender desde então deverá ser comercializada mais a frente, abrindo duas possibilidades: janela de exportação entre agosto, setembro e, possivelmente, em outubro também, e janela entre janeiro e fevereiro, com soja das safras velhas do Paraná e do Rio Grande e da nova de Mato Grosso". 

Essas perspectivas já vem reforçando tais sinais diante das vendas fracas da safra 2021/22 de soja dos EUA para a China. Há cinco semanas a nação asiática não aparece como compradora da commodity norte-americana no mercado norte-americano. 

Nas três semanas de maio já contabilizadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil embarcou mais de 12,6 milhões de toneladas, contra pouco mais de 14 milhões de todo maio de 2020. No acumulado do ano, são 46,5 milhões de toneladas de soja em grão já embarcadas, contra 41,5 milhões do mesmo período do ano passado, registrando um volume recorde. 

Em todo complexo soja, os embarques brasileiros já chegam a 53,2 milhões de toneladas, enquanto no ano passado, nesse mesmo período, eram 48,5 milhões. 

COMPORTAMENTO DA DEMANDA CHINESA

O comportamento da demanda chinesa tem chamado muita atenção do mercado neste momento, principalmente em função das margens de esmagamento muito ajustadas no país. Na primeira metade do ano comercial 2020/21 dos EUA, a nação asiática fez boas compras de soja e ajudou a puxar os futuros da oleaginosa na Bolsa de Chicago de forma bastante consistente, ajudando as cotações a alcanaçarem, recentemente, suas máximas em nove anos. 

Somente no acumulado deste ano, o contrato novembro registrou um ganho acumulado de 27%. O mesmo se deu para o milho - com alta acumulada de 50% - diante de uma demanda ainda mais intensa e os chineses marcando volumes recordes níveis de importação do cereal. 

Todavia, esse ritmo de compras de soja veio perdendo força diante de um período de dificuldades vivido pela suinocultura local. "Há uma queda nas margens do setor de suínos, uma tendência de ampliação do uso de cereais com maior teor de proteína e também um aumento da oferta interna de grãos substitutos, via leilões do governo", pontua a Agrinvest ao explicar sobre a menor demanda chinesa por soja. 

E a consultoria complementa ainda relatando que as vendas de farelo de soja se mantém baixas no país, o que mantém os estoques do cereal confortáveis e promove uma redução do esmagamento. 

"As vendas semanais de farelo de soja chegaramn a crescer na semana passada para 1,1 milhão de toneladas contra 660 mil da semana anterior. Apesar desse repique, o volume comercializado está muito aquém do idela. Normalmente, segundo o histórico, as vendas de farelo já estariam acima de 1,3 a 1,5 milhão de toneladas nesse época do ano, momento sazonal de crescimento do setor da aquicultura", informam os analistas de mercado da Agrinvest. 

Assim, aquilo que a China ainda precisa comprar de soja nos próximos meses deverá ser buscado no Brasil. Na última semana, circularam informações no mercado de que teriam sido vendidos de cinco até oito navios de soja para os chineses. 

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes

Imagem: Ivan Bueno/APPA

Segunda, 31 de Maio de 2021
Oferta de milho no Brasil pode atingir 103,998 milhões de t na em 2021 – SAFRAS
Oferta de milho no Brasil pode atingir 103,998 milhões de t na em 2021 – SAFRAS Fonte: Safras & Mercado

     O Brasil poderá dispor de uma oferta interna de milho de 103,998 milhões de toneladas de milho na safra 2021, segundo estimativa de SAFRAS & Mercado, volume abaixo das 117,374 milhões de toneladas disponíveis na temporada passada.

     A produção é estimada em 95,236 milhões de toneladas para 2021, abaixo das 106,833 milhões de toneladas registradas na safra anterior.

     As exportações de milho estão previstas em 23,9 milhões de toneladas, volume inferior ante as 34,856 milhões de toneladas embarcadas na safra 2020.

     As importações foram previstas em 2,25 milhões de toneladas, superando as 1,452 milhão de toneladas adquiridas na safra 2020.

     Os estoques finais de passagem para a safra 2021 foram estimadas em 3,709 milhões de toneladas, volume acima do registrado na safra 2020, de 6,512 milhões de toneladas.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Segunda, 31 de Maio de 2021
Mercado de Carnes
Mercado de Carnes Fonte: AF News Agricola

A análise do mercado de carnes está entre as conjunturas divulgadas, nesta última semana, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no novo produto que passou a ser divulgado mensalmente em abril, o AgroConab. Confira:

De acordo com o estudo, os preços da carne suína no mercado interno estão em queda nos últimos meses, típico do período atual em que a demanda interna diminui.

As exportações de carnes continuam bem aquecidas, com a forte demanda chinesa, que aumentou em 40% o volume neste primeiro quadrimestre de 2021, comparado ao mesmo período de 2020. Chile, Argentina e Filipinas também aumentaram expressivamente suas importações, indicando que as vendas para o mercado externo cheguem a 100 mil toneladas no mês.

BOVINA

Segundo o AgroConab, o valor da arroba do boi teve uma valorização de mais de 50% desde abril de 2020, reflexo das incertezas da pandemia, aumento dos custos de produção e menor oferta de animais para o abate.

As exportações também já estão 2% acima do volume observado no mesmo período de 2020, sendo a China o maior importador, que aumentou em 22% o quantitativo adquirido. Destaque para EUA e Filipinas, que também aumentaram expressivamente as importações. A suspensão das exportações argentinas pode direcionar parte da demanda chinesa para os frigoríficos brasileiros.

FRANGO

Mesmo com preços mais atrativos do que a carne bovina, a Conab observa que houve elevação no preço da carne de frango no mercado nacional, principalmente pelo alto nível da demanda e das exportações. A alta nos custos de produção refletiu nas cotações do frango vivo e congelado neste ano.

“Quando comparamos o cenário atual com o mesmo período do ano passado, o aumento ao produtor em SP é de 90,83%, mas no atacado paulista, é de 29,73%, o que indica dificuldade de repasse dos aumentos de custo ao longo da cadeia”, explica Allan Silveira, Superintendente de Inteligência e Gestão da Oferta da Conab. “Com o aumento do consumo interno e das exportações, a expectativa é que os alojamentos mensais de pintainhas de corte cresçam em 2021, batendo recordes”.

O AgroConab traz um balanço mensal das principais culturas e grãos com informações sobre preços internos e externos, quadro de oferta e demanda e perspectivas de curto e médio prazo para as culturas de arroz, feijão, milho, soja e trigo. O AgroConab fornece, também, informações detalhadas da balança comercial, importante ferramenta para acompanhar o abastecimento do mercado interno.

Fonte: AF News Agricola - Giulia Zenidin

Segunda, 31 de Maio de 2021
Agronegócio Brasileiro
Agronegócio Brasileiro Fonte: AF News Agricola

De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, as mulheres respondem por 34% dos cargos de lideranças em fazendas, um patamar inédito que não deve desacelerar nas próximas safras. Em paralelo, a digitalização dos negócios, a pauta sustentável e a maior conexão com o consumidor ajudam a criar um novo mosaico do campo. Saiba mais:

Os números do agronegócio brasileiro nem sempre revelam as histórias de quem faz o setor responder por mais de 23% do PIB nacional. A intensa transformação pela qual as propriedades rurais passaram nos últimos anos aumentou a complexidade dos negócios e colocou o agro em uma rota inevitável de profissionalização. Já existem dados que apontam para uma mudança de paradigma no comando destas empresas, o que representa uma guinada na forma de se fazer negócios agrícolas e pecuários no Brasil. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, as mulheres respondem por 34% dos cargos de lideranças em fazendas, um patamar inédito que não deve desacelerar nas próximas safras. Em paralelo, a digitalização dos negócios, a pauta sustentável e a maior conexão com o consumidor ajudam a criar um novo mosaico do campo.

 A produtora de café e mentora do movimento Todos a Uma Só Voz, Mariselma Sabbag, identifica os últimos dez anos como os mais intensos das mudanças recentes. “Quando penso na minha mãe, por exemplo, sei que tinha um papel fundamental nos negócios, mas ela não era vista como uma protagonista. Devemos comemorar a mudança de cenário porque é uma evolução. Hoje uma mulher pode comandar um negócio do agro sem muitas das barreiras que ela teria dez ou vinte anos atrás”, comenta.

 A presença feminina no campo está cada vez mais forte, particularmente em postos de gestão e em determinadas atividades produtivas, e foi reforçada pela 8ª Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural, divulgada no fim de maio, desse ano. Segundo os dados, a força feminina representa, hoje, 26% dos cargos de decisão e comando das propriedades rurais. Para 94% dos produtores consultados, a mulher é vital ou muito importante no negócio rural.

 A força do coletivo

 Mariselma precisou de um tempo para entender que o campo seria uma terra fértil para empreender. Formada em Tecnologia da Informação, ela começou a se encantar com a possibilidade que a cafeicultura trazia há cerca de dez anos, quando fez um curso de classificação do café. Neste treinamento, ela descobriu que existia uma Aliança Internacional das Mulheres do Café (IWCA) ao mesmo tempo em que aprendeu sobre diferentes mercados nos quais um produto de alta qualidade poderia se destacar. “Coletivos de mulheres, como este do café, têm muito a oferecer para as novas gerações de empreendedoras. O setor abriu de vez as portas e os programas de educação começaram a acolher e preparar essas novas mulheres do agro”, explica Mariselma, que também é líder do Comitê de Agronegócio do Grupo Mulheres do Brasil.

 A participação em eventos e seminários, direcionados às mulheres do agronegócio, também é uma forma que elas encontraram para fortalecer a presença feminina no campo e promover a troca de experiências. Entre esses encontros destaca-se o Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio – CNMA, que há seis anos proporciona um espaço de debate e união para produtoras de todo o país.

 O evento, que tem como missão evidenciar a força da mulher do agronegócio, desde o ano passado passou a ser realizado de forma on-line, em virtude da pandemia. Em 2020, o CNMA contou com a participação de cerca de 2.300 pessoas, que acompanharam uma série de ações que destacou a contribuição das mulheres como aceleradoras das inovações que conduzem o agronegócio no Brasil e no mundo. Neste ano, a 6ª edição terá como tema “Digital & Agregação de Valor. A nova liderança no Agro”, que será promovida nos dias 25, 26 e 27 de outubro, em formato Digital Experience.

 Lideranças femininas

 Outro caminho para equilibrar a participação entre mulheres e homens nas empresas do agro é a educação formal de sucessoras. Muitas filhas de produtores não têm a visão completa do negócio por motivos culturais e acabam por escolher uma profissão desconectada com o campo. “Por sorte, este cenário também está mudando porque podemos conversar mais sobre sucessão familiar, além dos novos cursos que alinham o agro com a cidade. Isto é ótimo, porque abre portas a uma nova geração engajada, conectada e que troca expertise com os mais velhos, uma novidade muito enriquecedora”, complementa Mariselma. Ela lembra, ainda, que, no movimento Todos a Uma Só Voz, a pauta educacional está entre as prioridades das discussões levantadas, especialmente porque cresceu o interesse pelo agronegócio brasileiro demonstrado em outros ramos do conhecimento, como Tecnologia, Administração e Comunicação. “Ainda existe muita estrada para se percorrer até atingirmos o equilíbrio entre homens e mulheres no campo, mas já podemos comemorar estas primeiras conquistas”, finaliza.

Fonte: AF News Agricola - Revista Cultivar - Giulia Zenidin

Sexta, 28 de Maio de 2021
Senado aprova novo prazo para registro de propriedades em fronteiras
Senado aprova novo prazo para registro de propriedades em fronteiras Fonte: Agência Brasil

O Senado aprovou a ampliação do prazo para que donos de títulos de grandes propriedades de terras em faixa de fronteira possam reunir a documentação para o registro do bem nos cartórios de imóveis. O texto vai à sanção presidencial.

Para as grandes propriedades, com mais de 15 módulos fiscais, o projeto amplia de quatro para dez anos o prazo para que os proprietários requeiram a certificação do georreferenciamento e a atualização da inscrição do imóvel no Sistema Nacional de Cadastro Rural. Um “módulo fiscal” é uma unidade de medida que varia de acordo com o município.

A área de que trata o projeto se estende ao longo das fronteiras terrestres do Brasil, em uma faixa com 150 km de largura. Segundo a relatora do projeto, Kátia Abreu (PP-TO), existem mais de 54 mil pedidos de ratificação de títulos fundiários pendentes.

“Trata-se de uma tentativa de regularizar a situação fundiária de propriedades rurais situadas em faixa de fronteira ocupadas por pessoas que as receberam, de boa-fé, dos estados-membros e que, há muitos anos, vêm enfrentando uma verdadeira via-crúcis”, disse Kátia Abreu. “Seria injusto tomar as terras daqueles que, com justo título, nela habitam e cultivam há anos, séculos, de acordo com a cadeia dominial, coisas de avô para filho, de filho para neto”.

Segundo a relatora, o projeto se faz necessário porque o processo de ratificação é muito complicado e demorado, demandando documentos como memorial descritivo georreferenciado do imóvel, certidão de cadeia dominial e laudo de vistoria. Kátia Abreu afirmou que alguns desses documentos requerem a contratação de profissionais e outros demandam buscas em diversos cartórios e até ações judiciais.

Para a senadora, as faixas de fronteira devem ser ocupadas e desenvolvidas, pois ficam longe dos grandes centros econômicos. “É de interesse nacional ocupar e colonizar a faixa de fronteira, tanto pelo desenvolvimento econômico, já que os municípios de fronteira são, via de regra, afastados dos grandes centros e carentes de atividades econômicas, como pelo caráter dissuasório, de demover outros países de invadir nossas fronteiras terrestres”.

Pequenas propriedades

O projeto também define prazo máximo para que a administração pública resolva questionamentos relativos a pequenas e médias propriedades. Serão 180 dias, prorrogáveis por igual período, para a tomada das providências. 

Se essa resposta não vier em até 360 dias, o cartório fica autorizado a fazer o registro.

Fonte: Agência Brasil - Marcelo Brandão 

Imagem: Leonardo Sá – Agência Senado

Sexta, 28 de Maio de 2021
Colheita de soja está finalizada no RS
Colheita de soja está finalizada no RS Fonte: Agrolink

A colheita da soja está tecnicamente encerrada (99%) no RS, restando uma pequena área em maturação a ser colhida. Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, a finalização da colheita foi favorecida pelos dias secos que aceleraram a maturação e diminuíram rapidamente o teor de umidade nos grãos. Apesar da diminuição de produtividade nas últimas áreas, ela se manteve próxima às médias anteriores, entre 40 a 70 sacas por hectare. A diferença maior se deu nas áreas em que houve carência de umidade no período reprodutivo, especialmente em parte da Fronteira Oeste. O planejamento dos produtores para a próxima safra projeta aumento dos custos de produção. Em Dom Pedrito, com 120 mil hectares cultivados na safra atual, sojicultores estimam elevação de 25% do custo em função da elevação dos preços dos principais insumos.

Conforme divulgado pela Emater, na de Ijuí, a finalização da colheita da cultura de segundo cultivo obteve rendimento médio levemente superior a 40 sacas por hectare. Os melhores resultados ocorreram nas áreas de cultivo sobre a resteva do milho colhido em janeiro. Produtores já realizam o planejamento da próxima safra com reserva e/ou aquisição de sementes e de insumos com recursos próprios. Cerealistas e cooperativas ofertam propostas de troca de insumos por produto para a próxima safra.

Nas regionais de Soledade e Erechim, a safra finalizou com rendimentos médios de 55 e de 61 sacas por hectare, respectivamente. Na de Caxias do Sul, com a colheita concluída, produtores já semearam plantas de cobertura de solo ou forrageiras de inverno. Áreas destinadas para grãos ? trigo, aveia e cevada ? seguem em pousio, aguardando a época apropriada para semeadura. Na de Frederico Westphalen, a produtividade das lavouras atingiu uma produtividade média de 61 sacos por hectare, 44% superior à do ano anterior.

De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (27/05) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), com o encerramento da colheita na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, foi possível estabelecer a produtividade média, que chegou a 55 sacos por hectare, com produto final de ótima qualidade. Na de Pelotas, a atividade foi muito beneficiada pelas boas condições climáticas para as operações de colheita e transporte do grão, devido à predominância de tempo seco em maio e abril. Outro fator que colaborou foi a mecanização, pois a entrada de maior número de colheitadeiras automotrizes permitiu a colheita da soja em menor tempo. As produtividades são históricas para a região, com média de 54 sacas por hectare, resultando na maior safra, tanto em produção como em renda para o sojicultor. A ocorrência de geadas foi bem-vinda, proporcionando o controle natural das plantas de soja voluntárias que emergiram após a colheita. Com este controle, elimina-se a chamada ponte verde, impedindo a sobrevivência e multiplicação das pragas e doenças para o próximo cultivo.

Na região de Porto Alegre, com produtividade e preço acima do esperado inicialmente, a tendência é de aumento na área a ser plantada na próxima safra. A comercialização da oleaginosa segue intensificada, motivada sobretudo pela boa valorização do grão.

Na regional de Santa Rosa, a produtividade média ficou próxima de 53 sacas por hectare. A produção foi de pouco mais de 38 milhões e 100 mil sacas de soja, o que gera um movimento econômico superior a R$ 6 bilhões de reais, considerando os valores atuais de comercialização da oleaginosa. O preço da soja agrada os produtores, que têm realizado a venda do produto e garantido recursos para pagamento das obrigações bancárias. As agropecuárias da região já fazem reservas de sementes para a próxima safra.

Fonte: Agrolink - Aline Merladete