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Quarta, 03 de Fevereiro de 2021
Mapa cria grupo de trabalho para elaboração de agenda para agricultura sustentável
Mapa cria grupo de trabalho para elaboração de agenda para agricultura sustentável Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Representantes de secretarias e unidades vinculadas ao Mapa farão parte do grupo

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou um Grupo de Trabalho para elaboração da Agenda Estratégica para a Agricultura Sustentável, conforme Portaria 26, publicada nesta segunda-feira (1º).

Caberá ao grupo de trabalho propor medidas e ações para o desenvolvimento da sustentabilidade da agropecuária, como indicadores de avaliação e monitoramento, recomendações e cenários para o alcance de metas.

“Tendo em vista as diversas agendas que ocorrerão ao longo de 2021 que tratam do setor agropecuário no tocante à alimentação, saúde e ao meio ambiente, torna-se fundamental a estruturação de uma agenda estratégica de posicionamento do Ministério da Agricultura no tocante ao desenvolvimento sustentável do setor. Dando sequência aos documentos das Diretrizes para o Desenvolvimento Sustentável da agropecuária brasileira, publicado em janeiro de 2020, a proposta é aprofundar essas diretrizes”, ressalta o assessor de Assuntos Socioambientais do Mapa, João Adrien.  

O grupo será composto por representantes das secretarias e vinculadas do Mapa. Setor privado, academia e outros órgãos públicos e privados serão convidados a contribuir com a iniciativa.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Imagem: João Costa Junior/Embrapa

Quarta, 03 de Fevereiro de 2021
Exportação de carne bovina in natura recua 8% em janeiro
Exportação de carne bovina in natura recua 8% em janeiro Fonte: Portal DBO

No País, desempenho dos embarques piorou nas últimas semanas do mês passado, frustrando as expectativas de um novo recorde para o período

As exportações de carne bovina in natura em janeiro de 2021 registraram um volume de 107,33 mil toneladas, uma queda de 8,2% sobre os embarques em janeiro de 2020 (116,95 mil toneladas), segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Apesar do recuo nos embarques totais, a média diária em janeiro de 2021 (5,37 mil toneladas) foi ligeiramente maior (alta de 0,9%) que a média diária de janeiro de 2020 (5,32 mil toneladas). No entanto, na comparação com o resultado de dezembro/20, houve queda de 17% em janeiro de 2021.

“O bom início de mês acabou se perdendo com o desempenho fraco das últimas semanas. Com isso, a estimativa de recorde para o mês de janeiro não foi atingida”, observa Bruna Giacon, da consultoria Agrifatto.

Ainda segundo a analista, a oferta escassa de animais terminados no País, em combinação com o preço elevado da arroba, tem travado a negociação com outros países, dificultando assim os embarques de proteína bovina.

 Como o preço pago pela tonelada seguiu estável na casa dos US$ 4,51 mil/t, a receita com as exportações também apresentou redução, atingindo valor total de US$ 484,06 milhões no acumulado de janeiro/21, o que significou uma média diária de US$ 24,20 milhões, ou 17% menor que o valor médio diário de dezembro/20, informa a analista Bruna, com base nos dados da Secex.

Fonte: Portal DBO – Denis Cardoso

Quarta, 03 de Fevereiro de 2021
Congresso abre hoje o ano legislativo em sessão solene.
Congresso abre hoje o ano legislativo em sessão solene. Fonte: Agência Brasil

O Congresso Nacional abre hoje (3) o ano legislativo, em sessão solene prevista para começar às 16h. A sessão será comandada pelo novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que acumula a função de presidente do Congresso Nacional. Ao seu lado estará o novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

A solenidade no plenário é precedida de uma cerimônia na área externa do Congresso, que começa com a chegada de militares das três Forças Armadas. São 40 militares da Marinha, 40 do Exército, e 40 da Aeronáutica. O Hino Nacional será executado enquanto são disparados 21 tiros de canhão. Em seguida, Pacheco e Lira subirão a rampa do Congresso Nacional, em direção ao plenário da Câmara.

O início da sessão será marcado pela leitura da mensagem enviada pelo Poder Executivo ao Legislativo. O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, e o procurador-geral da República, Augusto Aras, deverão comparecer à cerimônia.

A Mesa da solenidade é composta pelos presidentes do Congresso e da Câmara, pelo portador da mensagem do Poder Executivo, pelo portador da mensagem do Poder Judiciário;e por integrantes da Mesa do Congresso. Há a expectativa entre os parlamentares de que o presidente Jair Bolsonaro compareça à cerimônia. Tanto Pacheco quanto Lira foram os candidatos de sua preferência na eleição das duas Casas, ocorrida na última segunda-feira (1º).

Durante a sessão, estão previstas falas de Fux e, em seguida, do presidente da Câmara. A sessão solene é encerrada com o discurso do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Os demais parlamentares não fazem uso da palavra.

Fonte: Agência Brasil – Marcelo Brandão

Imagem: Marcelo Camargo  

Quarta, 03 de Fevereiro de 2021
Real tem melhor desempenho no mundo com foco em reformas; otimismo externo colabora
Real tem melhor desempenho no mundo com foco em reformas; otimismo externo colabora Fonte: Noticias Agrícolas

O dólar fechou em expressiva queda nesta terça-feira, com o real liderando os ganhos entre as principais moedas, em dia positivo para ativos de risco no mundo e com expectativas de retomada da agenda local de reformas após vitória sólida de aliados do governo nas eleições para Câmara e Senado.

O dólar à vista caiu 1,70%, a 5,3562 reais na venda, após oscilar entre 5,3442 reais (-1,92%) e 5,4225 reais (-0,48%).

Na lista de ganhadores contra o dólar na sessão, a moeda brasileira era seguida por peso colombiano, peso mexicano e rand sul-africano --que também se beneficiam de demanda por risco.

O mercado aguardava mais estímulos fiscais nos Estados Unidos enquanto se mantinha atento à safra de balanços corporativos por lá.

Mas o real abriu "gap" positivo ante seus pares, turbinado pelo noticiário doméstico depois das eleições dos presidentes da Câmara e do Senado.

Apoiado pelo governo, Arthur Lira (PP-AL) foi eleito com larga vantagem em primeiro turno para a presidência da Câmara.. E o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), prometeu na noite de segunda-feira esforço para conduzir pautas de interesse do Poder Executivo.

Investidores já contavam com a vitória de ambos, mas a larga margem nos dois casos surpreendeu e indicou maior suporte a negociação com o governo.

"No geral, os votos esmagadores de ambos os candidatos em torno (ou acima) da maioria constitucional (60%) em ambas as Casas Legislativas devem fortalecer a interpretação de que as reformas estruturais têm maior probabilidade de serem aprovadas, apoiando os preços dos ativos domésticos", disse o Citi em nota.

No entanto, várias análises de profissionais de mercado destacaram que, apesar de pronta para um retorno, a agenda de reformas ainda enfrentará dificuldades políticas.

"A estagnação dessa pauta (econômica) em 2020 ocorreu muito mais em função da eclosão da pandemia do coronavírus e da trepidez do próprio governo do que de uma postura antagônica dos antigos presidentes do Legislativo. Para que as reformas avancem em 2021, a mudança terá de vir do próprio Planalto", disse Conrado Magalhães, da Guide.

Para Gustavo Arruda, economista chefe do BNP Paribas no Brasil, o Congresso está hoje menos preso à relação de troca com o governo do que o próprio Executivo. "Então vejo uma chance de a gente se decepcionar com a agenda" de reformas, disse, citando, por exemplo, risco de o Legislativo aprovar novo auxílio sem contrapartidas.

Para o banco francês, o dólar deverá encerrar o ano em 4,25 reais, queda nominal de 20,7% ante o fechamento desta terça. Ampla liquidez global, fraqueza generalizada da moeda norte-americana, fundamento positivo do Brasil em termos de contas externas e descolamento do real frente aos pares estão entre os argumentos do BNP para a expectativa de apreciação cambial.

Fonte: Noticias Agrícolas - José de Castro

Quinta, 28 de Janeiro de 2021
“Inovação é única ferramenta capaz de aliar segurança alimentar e sustentabilidade”.
“Inovação é única ferramenta capaz de aliar segurança alimentar e sustentabilidade”. Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Em painel no Fórum Econômico Mundial, Tereza Cristina destacou a transformação digital da agricultura brasileira nos últimos anos e o crescimento dos investimentos em tecnologia

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta quarta-feira (27) do painel virtual Destravando a Inovação para transformar Sistemas Alimentares, promovido pelo Fórum Econômico Mundial de Davos.  A ministra citou as ações adotadas pelo Brasil nos últimos anos para tornar a agricultura mais digital e destacou que a “inovação é imprescindível para adequar a agropecuária à realidade global”.

“[Inovação] É o único vetor capaz de conciliar segurança alimentar com preservação ambiental”, ressaltou Tereza Cristina.

De acordo com a ministra, o Ministério da Agricultura trabalha com cinco eixos estratégicos: sustentabilidade, inovação aberta, bioeconomia, agregação de valor e agricultura digital. “O Brasil tem hoje um dos ecossistemas de inovação agropecuária mais vibrantes do mundo”.

Em relação aos investimentos em startups ligadas ao agro, houve um salto exponencial nos últimos anos no país, passando de US$ 4 milhões, em 2013, para US$ 200 milhões, em 2019. “Contabilizamos, hoje, mais de 2 mil agtechs no Brasil, trabalhando, por exemplo, com protocolos de certificação, rastreabilidade, Blockchain e tecnologias para entregar um produto cada vez mais sustentável e seguro aos consumidores”.

Tereza Cristina ressaltou que uma das prioridades do Ministério é expandir a conectividade no campo, como forma de permitir a inclusão dos mais de 4,5 milhões de pequenos produtores, fixação dos jovens no meio rural e melhoria da renda das mulheres do campo, responsáveis pela gestão de cerca de 20% dos estabelecimentos rurais do país. “Dar a elas adequado acesso à tecnologia é essencial para o desenvolvimento da atividade agropecuária nacional”, afirmou, acrescentando o lançamento da 5ª edição da campanha “Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos” no segundo semestre de 2020, com apoio da FAO.

“A próxima década será marcada pela convergência entre digital e biológico, principalmente na agropecuária”, disse a ministra.

Participaram do painel o administrador do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNPD), Achim Steiner; ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Índia, Narenda Singh Tomar; e o presidente e CEO da Yara International, Svein Tore Holsether. O debate foi mediado por Tjada McKenna, CEO da Mercy Crops.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Imagem: Guilherme Martimon/Mapa

Quinta, 28 de Janeiro de 2021
Boa oferta deve manter cotações de milho pressionadas no Brasil
Boa oferta deve manter cotações de milho pressionadas no Brasil Fonte: Safras & Mercados

    O mercado brasileiro de milho deve manter preços fracos nesta quarta-feira, com o aumento da disponibilidade de oferta em alguns estados. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago estende o tom positivo da última sessão.

     Ontem (27), o mercado brasileiro de milho registrou preços fracos, de estáveis a moderadamente mais baixos. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, persiste o aumento da fixação de oferta em alguns estados, o que tem levado à queda dos preços. “Importante destacar que a dinâmica de mercado tende a ser outra com o avanço da colheita da soja, além do adicional de frete. Tradicionalmente a comercialização de milho fica em segundo plano”, comenta Iglesias, o que tende a dar suporte aos preços do milho.

     No Porto de Santos, o preço ficou em R$ 81,50/87,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço em R$ 80,50/87,00 a saca.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 78,00/80,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 80,00/82,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 82,00/84,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 85,00/86,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 79,00/80,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 75,00 – R$ 76,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 73,00/75,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos do milho com vencimento em março operam com alta de 7,00 centavos, ou 1,31%, neste momento, cotados a US$ 5,41 por bushel.

* O mercado busca suporte na boa demanda para o cereal norte-americano, especialmente por parte da China.

* Os investidores aguardam a divulgação das exportações semanais norte-americanas, que saem às 10h30 (horário de Brasília). Analistas esperam entre 900 mil e 1,6 milhão de toneladas.

* Ontem (27), os contratos de milho com entrega em março/21 fecharam a US$ 5,34, alta de 1,75 centavo de dólar, ou 0,32%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com valorização de 0,27%, cotado a R$ 5,42.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -1,91%. Tóquio, -1,53%.

* As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -0,11%; e Londres, -0,82%.

* O petróleo opera em baixa. Março do WTI em NY: US$ 52,75 o barril (-0,18%).

* O Dollar Index registra alta de 0,05%, a 90,69 pontos.

AGENDA

– Alemanha:  A leitura preliminar do índice de preços ao consumidor de janeiro será publicada às 10h pelo Destatis.

– EUA: A leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2019 será publicada às 10h30 pelo Departamento do Comércio.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (29/01)

– Japão: A taxa de desemprego de dezembro será publicada na noite anterior pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicação.

– Japão: A leitura preliminar da produção industrial de dezembro será publicada na noite anterior pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria.

– Alemanha:  A leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) de quarto trimestre de 2020 será publicada às 4h pelo Destatis.

– Alemanha: A taxa de desemprego de janeiro será publicada às 6h pela agência federal de emprego.

– IPP de dezembro – IBGE, 9hs

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– Estimativa para a safra brasileira de soja em 2020/21 – SAFRAS & Mercado, 12hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado -  Arno Baasch

Quinta, 28 de Janeiro de 2021
Em carta a Guedes, Abrava pede isenção de PIS/COFINS e Cide sobre combustíveis
Em carta a Guedes, Abrava pede isenção de PIS/COFINS e Cide sobre combustíveis Fonte: Portal DBO

A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) encaminhou ofício ao ministro da Economia, Paulo Guedes, pedindo que sejam zerados PIS/Cofins e Cide sobre os combustíveis. “Hoje umas das mais preocupantes questões para quem trabalha com o transporte é o valor do combustível, pois ele leva parcela considerável do valor que o motorista recebe mensalmente, além de aumentar drasticamente o valor dos produtos e serviços ao consumidor, que é o seu destinatário final”, diz o documento assinado pelo presidente da entidade, Wallace Landim, o Chorão.

A Abrava cita a tributação nos Estados, como o ICMS. “Em fevereiro de 2020 o presidente, Jair Bolsonaro, declarou zerar os impostos federais dos combustíveis (PIS/Cofins e Cide), caso os Estados membros zerassem o ICMS. Ocorre que os Estados não aderiram ao “desafio presidência” deixando quem trabalha com o transporte em situação de penúria, cabendo neste momento ao governo federal ter a iniciativa de melhorar a vida dos brasileiros que transportam os nossos bens mais preciosos”, afirma a entidade no documento.

Para piorar a situação do setor, reforça a Abrava, a Petrobras aumentou em 5% o diesel e a gasolina, “o que terminará de degolar financeiramente estes trabalhadores”.

Fonte: Portal DBO

Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Quinta, 28 de Janeiro de 2021
PROJETO AQUARIUS
PROJETO AQUARIUS Fonte: Portal OWS

O Projeto Aquarius, que há 20 anos pesquisa, aperfeiçoa e difunde novas tecnologias aos produtores rurais do Rio Grande do Sul junto a parceiros da iniciativa privada (STARA, COTRIJAL, DRAKKAR, OWS) e pública (UFSM), recebeu premiação da Agência Brasileira para o Desenvolvimento Industrial (ABDI) no Programa Agro 4.0.

O Programa visa estimular e fomentar, por meio de auxílio financeiro, o uso de tecnologias 4.0 no agronegócio. O 1º Edital do Programa aberto em Setembro de 2020, com 99 candidaturas, selecionou 14 projetos que se destacaram pelo impacto das propostas de adoção e de difusão de tecnologias 4.0 no agronegócio, além do Prêmio de R$ 300.000,00, os projetos selecionados serão acompanhados de forma a identificar modelos viáveis de aplicação de soluções, focadas em aumento de eficiência, de produtividade e redução de custos do Agro.

O projeto premiado pela ABDI, resultado de um trabalho colaborativo entre a equipe de gestão do Projeto Aquarius e as empresas parceiras, visa desenvolver e difundir uma aplicativo que permita quantificar o nível tecnológico e o grau de informação dos produtores rurais em uma escala nacional e, ao mesmo tempo, indicar caminhos sólidos para adoção de tecnologias 4.0, respeitando  a curva de aprendizagem e aumentando a eficiência da adoção destas tecnologias.

Neste projeto, pretende-se selecionar agricultores com experiência prévia em agricultura de precisão e utilizá-los como pilotos na transição para a agricultura digital e de tecnologias 4.0. Como reconhece-se que existem diferentes níveis de adoção das Tecnologia 4.0 no agro, o primeiro passo é conhecer o estádio atual de adoção de inovações nas principais regiões agrícolas brasileiras e propor avanços graduais que irão permitir uma curva de aprendizagem progressiva em direção ao uso de tecnologias 4.0 em grande escala. 

Ainda, ao possibilitar que o agricultor tenha conhecimento do nível tecnológico que outros agricultores estão utilizando com sucesso espera-se inspirar e estimular a adoção de soluções tecnológicas. O projeto propõe um Tour Tecnológico Virtual unindo as principais macrorregiões brasileiras do agronegócio, com troca de experiências, busca de soluções e superação conjunta de eventuais barreiras ao funcionamento das inovações tecnológicas disponíveis. Ao respeitar o nível tecnológico de cada produtor e suas necessidades atuais é possível fazer um planejamento adequado de adoção tecnológica, reduzindo os riscos de insucesso. 

Estão previstas três fases para a execução do projeto:  

- 1º Fase) formar um grupo de 50 produtores rurais, formadores de opinião, nas principais capitais do agronegócio brasileiro (regiões previstas: Não-Me-Toque/RS, Londrina/PR, Ribeirão Preto/SP, Luis Eduardo Magalhães/BA, Rio Verde/GO, Sorriso/MT, Primavera do Leste/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Balsas/MA, Palmas/TO), convidando-os para integrar o grupo de consultores especiais de trabalho do Projeto Aquarius. Serão realizados workshops e lives abertas e fechadas. O Projeto submetido a ABDI e premiado faz parte do novo propósito do Projeto Aquarius: ajudar na Digitalização do Agro. Há 20 anos atrás o Projeto Aquarius foi pioneiro no RS no uso de técnicas de Agricultura de Precisão, com pesquisas, desenvolvimento de práticas e posterior difusão por todo país. Agora, o desafio é promover a adoção de práticas  da Agricultura Digital e Tecnologias 4.0.

2º Fase) Criação de uma Solução Tecnológica (plataforma e aplicativo) colaborativa com produtores, indústria de máquinas agrícolas, coorperativa, prestador de Serviço e Universidades parceiras do Projeto, com objetivo de diagnosticar em escala nacional o nível tecnológico de produtores, de forma georrefenciada que crie subsídios para ações posteriores de difusão. E ao mesmo tempo, os produtores que utilizarem a solução receberão um "benchmarking" de seu nível tecnológico em relação ao seu tamanho e região, sendo também uma "bússola" para a ajustes ou busca de novas tecnologias a serem implementadas que serão indicadas pelas experiências do Projeto Aquarius e seus parceiros; 

- 3º Fase) Com o Projeto concluído, faremos uma campanha de difusão nas redes sociais com propaganda nos principais sites agrícolas, com lives comemorativas dos 20 anos do Projeto Aquarius e seus projetos tecnológicos. Concomitantemente ao desenvolvimento do Projeto, haverá participação nas principais feiras agrícolas do país, juntamente com os parceiros, fazendo a divulgação do Projeto, atingindo maior número de usuários e captando mais relatos de produtores para base da plataforma criando um grande "Big Data" da adoção. No novo site do projeto, iremos divulgar de forma pública resultados analíticos do nível tecnológico das propriedades brasileiras por estado, permitindo que vários atores do ecossistema estabeleçam estratégias mais eficientes no processo de digitalização e uso de tecnologias 4.0 nas propriedades agrícolas.

A execução efetiva começa em Janeiro e a previsão para obtenção dos primeiros resultados é já em Julho de 2021.

Mais informações e querendo colaborar com o Projeto entre em contato com o parceiro mais próximo de você: Stara, Cotrijal, Drakkar, OWS ou UFSM.

Fonte: Portal OWS

Sexta, 22 de Janeiro de 2021
Tecnologia induz chuva e pode ajudar agricultura em épocas mais secas
Tecnologia induz chuva e pode ajudar agricultura em épocas mais secas Fonte: Canal Rural

A Modclima detém tecnologia para acelerar a formação de nuvens de chuva; a ferramenta está ganhando popularidade entre agricultores

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A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) arregaçou as mangas e decidiu fazer chover para tentar aliviar o déficit hídrico nas bacias hidrográficas. “A primeira chuva induzida ocorreu em 9 de dezembro sobre a Bacia do Passaúna. O processo, chamado de semeadura de nuvens, provocou até o momento 12 chuvas”, diz, em nota.

A empresa responsável pelo feito foi a Modclima, que deu seus primeiros passos em 1998. O diretor de operações, Ricardo Imai, conta que o projeto nasceu junto à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Foram sete anos desenvolvendo e validando a tecnologia até fechar o primeiro contrato, em 2005.

Foi a partir de 2010, quando as chuvas aumentaram em São Paulo, que a empresa começou a diversificar mais as áreas de atuação. “Começamos com um projeto no Maranhão, com produtores de soja. Foram dez horas de voo para derrubar algumas chuvas e eles conhecerem a tecnologia. Foi tão legal que acabamos voltando mais duas vezes, uma na safrinha e outra em anos posteriores”, conta.

De lá para cá, a empresa já atendeu produtores de grãos, cacau, cana e silvicultura. “Toda atividade agrícola tem dependência muito grande das chuvas. Começamos com atendimentos emergenciais e passamos para prevenções contra a seca. A tecnologia, foi concebida para aproveitar momentos de chuva. Não existe mágica, sem nuvens não voamos”, diz.

‘Trabalhamos com nuvens’

A Modclima destaca que a tecnologia não usa nenhum produto químico, sendo 100% limpa. “O processo é inteiramente físico e envolve princípios de termodinâmica e transferência de calor, como ocorre no desenvolvimento natural da nuvem. Apenas aceleramos o processo visando a precipitação em determinada área alvo”, diz, em seu site.

Basicamente, a tecnologia consiste em sobrevoar uma área com nuvens cumulus e liberar gotas de tamanho controlado para acelerar o processo natural dentro da nuvem. “Fazemos isso dentro do período molhado, para otimizar a quantidade e a distribuição da chuva”, afirma Imai.

O trabalho começa cerca de dez dias antes de o avião decolar. Primeiro, são identificadas as características geográficas e climatológicas da fazenda ou do grupo de fazendas. ” Se eu chegar no momento errado, vou pegar um céu azul e nuvens sem água. Não é qualquer período e não existem dois lugares iguais no Brasil”, diz.

Após as primeiras chuvas, a umidade que chega ao solo retorna para a atmosfera por evaporação e evapo-transpiração, gerando condições para o surgimento de novas nuvens “semeáveis”, além de precipitações naturais, otimizando o ciclo hidrológico natural.

Imai diz que além de beneficiar diretamente as lavouras, o abastecimento humano e o meio ambiente acabam sendo beneficiados indiretamente, com a diminuição dos riscos de incêndio e a maior umidade na mata.

É aplicável na agricultura? Vale a pena provocar chuva?

O produtor do Sul do Brasil viveu uma estiagem intensa este ano, mais uma vez. Os prejuízos para a produtividade das lavouras são imensos, o que coloca em risco toda a questão de abastecimento.

A Modclima acredita que a tecnologia pode ser parte de uma estratégia preventiva contra a seca, tanto para enfrentar a desertificação como para promover a melhoria da convivência com a seca e promover incremento de água para agricultura.

“Mudamos nossa visão do atendimento emergencial para o incremento de produtividade. Para muitas culturas, inclusive a cana-de-açúcar, a resposta à chuva é muito rápida”, diz.

De acordo com Imai, a cada dez nuvens semeada, sete vem ao chão. A quantidade de chuva vai depender do tamanho da nuvem cumulus e da umidade disponível nela.

Uma prova de que a tecnologia funciona e compensa economicamente, segundo o diretor, é que tem se popularizado no boca a boca, inclusive com produtores contratando a empresa mais vezes. “Temos mais de 20 projetos agrícolas, inclusive em Gabão, na África, para uma empresa que trabalha com 300 mil hectares de palma”, diz. “A tecnologia é mais uma ferramenta de peso na mão do agricultor”, complementa.

A empresa destaca que para o setor agrícola, os projetos são customizados, oferecendo soluções para enfrentar e conviver com a seca e para atender as necessidades de grupos de produtores ou cooperativas com uma área mínima de 30 mil hectares.

De acordo com a Modclima, o preço final do trabalho vai depender do número de horas de voo, da área total do projeto, do histórico climatológico na região e da logística necessária.

Fonte: Canal Rural

Sexta, 22 de Janeiro de 2021
Pêssegos com tecnologia da Embrapa ganham mercados no Hemisfério Norte
Pêssegos com tecnologia da Embrapa ganham mercados no Hemisfério Norte Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Há duas safras, produtores brasileiros de pêssego têm aproveitado um intervalo de produção das safras do Hemisfério Norte para exportar a fruta para França e Canadá. Entre os motivos que levaram a essa conquista estão duas variedades desenvolvidas pela Embrapa Clima Temperado (RS), a BRS Kampai e a BRS Fascínio. Os frutos de ambas somaram mais de 60 toneladas nas exportações brasileiras de pêssego em 2020.

Segundo a pesquisadora Maria do Carmo Raseira, uma das responsáveis pelo desenvolvimento das variedades, o volume exportado ainda é pequeno, porém, abre um caminho que pode ser expandido. “Ver o pêssego daqui exportado tem um significado muito importante, pois são frutas de cultivares brasileiras e cultivadas no Brasil”.

As variedades BRS Kampai e BRS Fascínio se destacam para exportação, segundo a pesquisadora, principalmente porque apresentam firmeza suficiente para aguentar cerca de 12 horas de transporte aéreo sem danos, além da boa cor e sabor. As variedades de polpa branca, como é o caso de ambas, geralmente são muito macias. Há mais de uma década, a pesquisa da Embrapa priorizou melhorar a firmeza deste tipo de polpa, resultando nessas variedades.

Participação do produtor é fundamental

Além das características do material, a pesquisadora destaca o trabalho dos produtores no manejo dos pomares para a expressão da qualidade das cultivares. “As variedades têm potencial genético. Mas, a expressão desse potencial depende muito do trabalho do produtor, por isso, há muito mérito deles”, completa.

A propriedade Irmãos Parise, localizada em Jarinu (SP), é a responsável pela exportação. Há cerca de 30 anos, a família se dedica à produção de frutas para o mercado interno, sendo o pêssego o carro-chefe. São 19 anos com a cultura. Eles também produzem atemóia, caqui, pitaya, lichia, tangerina, goiaba e manga. O objetivo é trabalhar com um leque diversificado de frutas para produzir e comercializar durante o ano inteiro.

As primeiras frutas exportadas pela propriedade, em 2018, foram a atemoia, o caqui e a lichia, dado o volume de produção e a qualidade adequada ao cliente externo. Atualmente, o mercado para essas frutas no Canadá e União Europeia já está consolidado. O próximo passo foi a inserção do pêssego no mercado internacional.

Todas as frutas que chegam ao Hemisfério Norte são das variedades BRS Kampai e BRS Fascínio, já que suas características atendem a mercados exigentes, como o europeu. “[As variedades] atendem as demandas por sabor, coloração e durabilidade da fruta. Por isso, a exportação é 100% de pêssego desenvolvido pela Embrapa”, informa Rodrigo Parise, um dos responsáveis pela empresa.

As exportações tiveram início em 2019, para Paris, na França. Foram embarcadas cerca de 20 toneladas de pêssegos da variedade BRS Kampai e, em seguida, da BRS Fascínio. A preocupação inicial foi com a logística e a durabilidade. Mas, de acordo com o produtor, as variedades atenderam às necessidades. “No segundo embarque a gente já obteve confiança”, conta.

A safra em países produtores do Hemisfério Norte, como México, Estados Unidos e Canadá, vai de junho a meados de setembro. É justamente quando termina a oferta por lá que o pêssego brasileiro pode abastecer o mercado. A janela para a comercialização da safra brasileira vai de outubro a janeiro, dependendo da região e do ciclo da variedade cultivada por aqui.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019 o Brasil foi responsável pela produção de 183,1 mil toneladas de pêssego, em cerca de 16 mil hectares colhidos. O maior estado produtor é o Rio Grande do Sul, com produção de 110,2 mil toneladas, em 11,8 mil hectares. São Paulo fica em segundo lugar, com 32,9 mil toneladas, em 1,5 mil hectares. Na sequência, os maiores produtores são Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária