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Terça, 12 de Janeiro de 2021
Complexo soja representa quase 35% de todo o faturamento com as exportações do agro
Complexo soja representa quase 35% de todo o faturamento com as exportações do agro Fonte: Canal Rural

Que a soja tem se destacado ano após ano não só no Brasil, como no mundo, é inquestionável, basta ver quanto a área cresceu em relação a outras culturas. Em 2020, por exemplo, o complexo soja (que envolve farelo, grão e óleo) faturou sozinho 35% de tudo que a exportação agro do país vendeu no ano. Os dados são da Secretaria do Comércio Exterior (Secex).

No ano, o complexo conseguiu superar a marca de 101 milhões de toneladas vendidas ao exterior, faturando US$ 35,2 bilhões. Se colocado em perspectiva, esse total obtido representa 34,9% dos US$ 100,8 bilhões que o agro brasileiro faturou em 2020.

Em 2019 a participação do complexo soja no faturamento das exportações totais do agro ficou em 33,6%. Mas em 2018, o ano dos recordes, a participação do setor foi maior 40,1%.

Farelo

Bom, pelo menos nas exportações de farelo de soja o país bateu o recorde de 2018. Em 2020 o país embarcou ao exterior um total de 16,9 milhões de toneladas de farelo, faturando US$ 5,9 bilhões com isso.

Em 2019 as vendas de farelo ao exterior chegaram a 16,6 milhões de toneladas, com um faturamento de US$ 5,8 bilhões. Já em 2018, o número ficou igual, em torno de 16,6 milhões de toneladas, mas ganhou-se mais pelas vendas que renderam US$ 6,6 bilhões.

Óleo

Em 2020, as vendas de óleo de soja também foram maiores se comparadas a 2019, mas não superaram o recorde, que neste caso é de 2005.

No ano passado, o país exportou 1,1 milhão de toneladas de óleo de soja, faturando US$ 761 milhões por isso. Em 2019 as vendas chegaram a 1 milhão de toneladas, com faturamento de US$ 694 milhões.

Já em 2005, o Brasil exportou 2,6 milhões de toneladas de óleo de soja, e obteve um faturamento de US$ 1,2 bilhão por isso.

Grão

Como já falado antes, o Brasil não bateu o recorde de venda de soja em grão de 2018. Ao todo se exportou 82,9 milhões de toneladas, com um faturamento de US$ 28,5 bilhões. Em 2019 o país vendeu 74 milhões de toneladas e faturou US$ 26 bilhões. Já no ano do recorde, em 2018, o país vendeu 83,2 milhões de toneladas e faturou US$ 33 bilhões.

Vale destacar que a participação dos grãos de soja na quantidade exportada pelo complexo (grãos farelo e óleo) em 2020, ficou em 82,1%, mais elevados que os 80,7% de 2019 e exatamente em linha aos 82,1% de 2018.

Fonte: Canal Rural - Daniel Popov

Terça, 12 de Janeiro de 2021
Exportação de carne bovina atinge 40,68 mil t na 1a semana de janeiro, indica Secex
Exportação de carne bovina atinge 40,68 mil t na 1a semana de janeiro, indica Secex Fonte: Safras & Mercado

renderam US$ 183,391 milhões em janeiro (5 dias úteis), com média diária de US$ 36,678 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 40,68 mil toneladas, com média diária de 8,136 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.508,00.

     Em relação a janeiro de 2020, houve alta de 43,48% no valor médio diário da exportação, ganho de 53,05% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 6,25% no preço médio.

     Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Fonte: Safras & Mercado - Dylan Della Pasqua

Terça, 12 de Janeiro de 2021
Bolsonaro confirma presença na Expodireto
Bolsonaro confirma presença na Expodireto Fonte: Agrolink

Ele receberá o Troféu Brasil Expodireto como Liderança Nacional pelo agro

 

O presidente Jair Bolsonaro confirmou aos organizadores da Expodireto Cotrijal 2021, que ocorre em Não-Me-Toque (RS). Ele receberá o Troféu Brasil Expodireto na categoria Liderança Nacional pelo apoio ao setor agro. O convite foi entregue pelo deputado e presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, pelo presidente da Expodireto, Nei César Mânica, e pelo embaixador da Expodireto, Paulo Sérgio Pinto.

A feira está programada entre os dias 1ª a 5 de março, em formato híbrido, mesclando atividades no parque e virtuais. Considerada um dos eventos mais importantes do agronegócio, foca em tecnologia, máquinas e soluções em cultivares e defensivos. A edição de  2020 teve faturamento superior a R$ 2.6 bilhões, crescimento de 10% em relação ao ano anterior.

A comitiva esteve com o presidente em uma audiência nesta terça-feira (12), junto com empresários do setor de eventos, onde pediram medidas para o retorno dos eventos e entretenimento. Eles solicitaram a prorrogação do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Bolsonaro informou que irá analisar o tema com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem: Expodireto – Banco de Imagens

Segunda, 11 de Janeiro de 2021
Agronegócio Brasileiro: Exportações do agro superaram US$ 100 bi em 2020, calcula Insper
Agronegócio Brasileiro: Exportações do agro superaram US$ 100 bi em 2020, calcula Insper Fonte: AF News Agricola

As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 100,8 bilhões em 2020. A marca, segunda melhor da história, representou um crescimento de 4% em relação à 2019, quando as vendas externas chegaram a US$ 97 bilhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Insper. Confira mais detalhes:

Complexo soja, carnes, açúcar, café e algodão foram os principais destaques positivos da balança do setor no ano passado. Houve queda nos embarques de celulose, milho, fumo e laranja.

O bom desempenho do setor agropecuário brasileiro no cenário internacional é explicado pelo câmbio, com a forte desvalorização do real frente ao dólar, e por fatores como a resiliência da cadeia logística e de suprimentos durante a pandemia, a firme demanda chinesa por grãos e carnes e o aumento das compras de commodities por países emergentes, avalia o instituto.

"O agronegócio foi exemplo de resiliência e produtividade em tempos de pandemia e recessão global ao garantir o abastecimento doméstico e assumir um papel ainda mais protagônico na segurança alimentar global", diz o Insper, em comunicado.

Soja em grão e derivados renderam embarques de US$ 35,2 bilhões em 2020. O processo de recuperação da produção de suínos na China, com a sub,stituição forçada da criação de “fundo de quintal” por fazendas comerciais, puxou a alta nas vendas do grão pelo Brasil no ano passado em função do incremento das compras chinesas para a produção de ração.

A mudança também vai influenciar um aumento da demanda por soja e milho importados pelos chineses nos próximos anos, ressalta o Insper.

A peste suína e novas habilitações de plantas brasileiras também contribuíram para o desempenho das exportações de carnes (principalmente bovina e suína), que alcançaram US$ 16,4 bilhões em negócios em 2020. A exportação sucroenergética cresceu 61% em relação a 2019 e ultrapassou US$ 10 bilhões embarcados em 2020 - ainda abaixo do recorde histórico de US$ 16 bilhões em 2011. As vendas externas de algodão atingiram a marca de US$ 3,2 bilhões.

Assim, China e Hong Kong puxaram o crescimento dos embarques, avalia o comunicado do Insper. Mais de um terço dos valores exportados foram para esses destinos - US$ 36 bilhões, 9% a mais que em 2019.

Também cresceram as exportações para o Sudeste Asiático (30%), para o sul da Ásia (30%) e para a África Subsaariana (16%). Para os países asiáticos em geral, os embarques aumentaram 13%.

Para a União Europeia, segundo maior destino das vendas brasileiras, houve ligeira redução em relação à 2019. As maiores baixas, no entanto, foram nas vendas para Japão e Coréia do Sul (11%).

Fonte: AF News Agricola - Giulia Zenidin

Segunda, 11 de Janeiro de 2021
Dólar em alta impulsiona soja, milho e boi; veja notícias desta 2ª
Dólar em alta impulsiona soja, milho e boi; veja notícias desta 2ª Fonte: Canal Rural

A semana começa também com discussões sobre a necessidade de novos auxílios à população e à economia em meio à piora no quadro da pandemia

Boi: arroba sobe em 28 das 32 praças pesquisadas pela Scot Consultoria
Milho: saca sobe 5% na primeira semana do ano
Soja: câmbio e Chicago impulsionam preços no Brasil
Café: indicador do Cepea renova máxima nominal histórica
No exterior: bolsas iniciam semana em baixa com avanço do coronavírus
No Brasil: piora da pandemia pode gerar pressão por novos auxílios

Agenda:

Brasil: boletim Focus (Banco Central)
Brasil: balança comercial da primeira semana de janeiro
EUA: inspeções semanais de exportação (USDA)

Boi: arroba sobe em 28 das 32 praças pesquisadas pela Scot Consultoria

Das 32 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, em 28 as cotações do boi gordo subiram. A consultoria destaca as valorizações ocorridas no sudoeste de Mato Grosso e no oeste da Bahia, que, na comparação diária, tiveram altas de R$ 10,50 e R$ 8 por arroba, respectivamente. Em São Paulo, a arroba subiu R$ 2, e o preço bruto e à vista ficou em R$ 277.

Na B3, o pregão foi marcado por mais um dia de valorização nos contratos futuros do boi gordo. O ajuste do vencimento mais negociado atualmente, para janeiro, passou de R$ 280 para R$ 282,45 por arroba, alta diária de 0,88%.

Milho: saca sobe 5% na primeira semana do ano

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), subiu 5% na primeira semana de 2021. A cotação havia ficado em R$ 78,65 por saca no último dia do ano passado e chegou agora a R$ 82,60. Dessa forma, está muito próxima do maior valor nominal já registrado na série de R$ 82,67 por saca.

Em Chicago, o bushel segue estável perto de US$ 5. A valorização acumulada na semana chegou a 2,53%. O mercado monitora a demanda pelo milho norte-americano, o clima e os estoques na América do Sul e o avanço do coronavírus em economias importantes. Nesta semana, destaque para o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Soja: dólar e Chicago impulsionam preços no Brasil

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o preço da soja negociada no Brasil teve novo impulso com o avanço do dólar em relação ao real e nova rodada de valorização em Chicago. A empresa registrou dia de negócios moderados. Em Passo Fundo (RS), a saca subiu de R$ 162 para R$ 163 e no porto de Paranaguá (PR) foi de R$ 164 para R$ 168.

Na Bolsa de Chicago, a primeira semana do ano acumulou uma expressiva alta do vencimento para março de 4,87%. O contrato renovou a máxima dos últimos seis anos e se aproxima cada vez mais dos US$ 15 por bushel.

Café: indicador do Cepea renova máxima nominal histórica

O indicador do café arábica do Cepea renovou a máxima nominal histórica da série e ficou em R$ 625,71 por saca. Na primeira semana do ano, a cotação acumulou alta de 3,1%. Nesta última sexta-feira, 8, os preços foram impulsionados pela recuperação do arábica em Nova York e por novo avanço do dólar em relação ao real.

No exterior: bolsas iniciam semana em baixa com avanço do coronavírus

As bolsas globais iniciaram a segunda semana do ano em baixa disseminada com avanço do coronavírus tanto em número de casos como de óbitos em economias importantes. A possibilidade de novos pacotes de estímulos nos Estados Unidos e na Europa levou os mercados a subir na semana passada, porém, em algum momento, os investidores podem se dar conta que não é o suficiente.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, tem reafirmado sua posição de que pretende aprovar um novo pacote de estímulos de mais de US$ 1 trilhão. Na última sexta-feira, o relatório de empregos confirmou que a economia norte-americana desacelera, registrando criação de vagas de trabalho muito abaixo do projetado.

No Brasil: piora da pandemia pode gerar pressão por novos auxílios

Após quase cinco meses, o Brasil voltou a registrar mais de mil óbitos por Covid-19 na média móvel de sete dias. O avanço do coronavírus no país segue o padrão de piora observado em outras economias importantes como nos Estados Unidos e Europa. Se por um lado, isso pode acelerar o processo de vacinação, já que agora há dois pedidos de uso emergencial de vacinas no Brasil, também pode gerar pressão por novos auxílios.

Apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter dito recentemente que não há espaço para novos aumentos de gastos, a pressão de parlamentares, prefeitos e governadores com a piora da pandemia pode fazer com que o governo estenda o auxílio emergencial. Dessa forma, o risco fiscal será novamente colocado em pauta.

Fonte: Canal Rural -  Felipe Leon

Segunda, 11 de Janeiro de 2021
Anfavea vê alta de vendas internas, produção e exportação de máquinas em 2021
Anfavea vê alta de vendas internas, produção e exportação de máquinas em 2021 Fonte: Safras & Mercado

A economia brasileira e o setor de máquinas agrícolas devem crescer em 2021. A expectativa é da Associação Nacional de dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes ressalta que a estimativa é conservadora. “O Brasil vai crescer, mas temos desafios que vão afetar este movimento”.

Em coletiva de imprensa, o dirigente elencou alguns destes desafios: a questão fiscal impacta diretamente levando em conta o controle dos gastos pelo governo e a dívida do país; o câmbio deve seguir exercendo pressão sobre os preços, principalmente sobre os insumos importados; a fragilidade do mercado de trabalho também traz incertezas. Moraes lamentou a crise sanitária e a chegada do Brasil à marca de 200 mil mortes pela Covid-19. “É um assunto muito triste para nós. Há uma projeção de aumento das contaminações e o impacto disso até a imunização nos preocupa. O modo como os governantes vão decidir sobre os fechamentos e restrições pode afetar o comércio e as questões logísticas e a de oferta, considerando o risco de falta de peças, sejam importadas ou produzidas localmente”, disse.

Durante boa parte da coletiva, o presidente da Anfavea reclamou do aumento da carga tributária, principalmente do ICMS no Estados de São Paulo. “Foi uma surpresa negativa no final de 2020, que passa a valer em 15 de janeiro deste ano. Isso traz um desafio adicional ao nosso setor”, lamentou Moraes. O vice-presidente da entidade, Alexandre Bernardes, disse que esse aumento impacta direta e indiretamente sobre o setor de máquinas agrícolas. “Outros segmentos também estão sendo impactados pelo aumento. Não é o momento de vir com esse tipo de medida, o governo de São Paulo poderia ter adotado outras medidas. Isso traz dificuldades a todo o setor do agro no estado”, disse.

Por outro lado, os dirigentes da Anfavea projetam pontos positivos para 2021. Na macroeconomia, a entidade vê expectativa de crescimento de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil sobre 2020. No crédito, as condições – prazos e taxas – são favoráveis. A projeção é de que a Selic suba para 3%. Os preços devem ser pressionados pelo aumento de custos, com IPCA de 4%. A entidade imagina que o dólar flutue na faixa de R$ 5,00, com eventuais volatilidades. Por fim, a confiança do consumidor e do investidor está prejudicada no curto prazo, mas a retomada deve acontecer com a vacinação. “Se tivermos uma imunização mais apurada, podemos ter um momento mais propício, com o consumidor mais positivo para fazer investimentos”, projetou Moraes.

Projeções 2021

A venda de máquinas agrícolas no Brasil deve crescer 5% em 2021. Segundo a Anfavea, o número deve passar de 41,8 mil unidades em 2020 para 50,3 mil unidades neste ano.

As exportações tem crescimento projetado em 9%, passando de 8,6 mil para 9,4 mil unidades em 2021. A produção de máquinas agrícolas tem o maior crescimento percentual projetado – 23% – passando de 47,9 mil unidades em 202 para 58,8 mil unidades em 2021.

Fonte: Safras & Mercado – Gabriel Nascimento

Segunda, 11 de Janeiro de 2021
Mercado financeiro prevê queda do IPCA de 4,38% para 4,37%
Mercado financeiro prevê queda do IPCA de 4,38% para 4,37% Fonte: Agência Brasil

O Banco Central (BC) baixou, pela segunda semana consecutiva, a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a inflação oficial do país), de 4,38% para 4,37%, conforme indica o boletim Focus divulgado hoje (11). Com periodicidade semanal, o documento reúne informações dos principais indicadores da economia.

O indicador ultrapassa o centro da meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4%. Contudo, se considerada a margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o índice, porém, permanece dentro da meta, já que pode variar de 2,5% a 5,5%.

A projeção para 2021 também foi reajustada, de 3,32% para 3,34%, voltando ao que era previsto na última semana de dezembro. Já o índice esperado para 2022 e 2023 permaneceu inalterado, de 3,50% e 3,25%, respectivamente.

Outro parâmetro adotado pelo mercado financeiro é a taxa básica de juros, a Selic, que consiste no principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Nesta edição, a taxa prevista para 2021 foi recalculada de 3% para 3,25%. Quanto a 2022 e 2023, a expectativa é de que seja de 4,5% e 6%.

No dia 9 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciou a decisão, tomada em unanimidade, de manter a Selic em 2% ao ano. A redução da Selic favorece o barateamento do crédito e leva a um menor controle da inflação, o que estimula a produção e o consumo. Apesar disso, os bancos consideram também outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como o risco de inadimplência, a margem de lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando a Selic é mantida, o comitê considera que ajustes anteriores foram suficientes para manter a inflação sob controle.

Atividade econômica e dólar

O mercado financeiro atualizou de 4,36% para 4,37% o valor referente à retração da economia em 2020, mensurada a partir do Produto Interno Bruto (PIB), que resulta da soma de todas as riquezas do país. Quanto a este ano, a revisão foi de 3,40% para 3,41%. Para os anos de 2022 e 2023, manteve em 2,50%.

Ainda segundo o boletim Focus, a cotação do dólar para 2021 foi mantida em R$ 5,00. O valor estimado para 2022 é de R$ 4,90.

 

Fonte: Agência Brasil - Letycia Bond

Imagem: Marcello Casal

Quinta, 17 de Dezembro de 2020
Sem BR do Mar, transportar grão pelo litoral brasileiro custa o mesmo que enviar à China
Sem BR do Mar, transportar grão pelo litoral brasileiro custa o mesmo que enviar à China Fonte: Canal Rural

Segundo especialista, o projeto de lei que facilita a cabotagem no país, pode favorecer escoamento de itens agrícolas, como o arroz

Após a BR do Mar, projeto que facilita a navegação por cabotagem no Brasil ser aprovado no Câmara dos Deputados, o setor produtivo espera uma redução nos custos para o escoamento de cargas agrícolas entre portos brasileiros. Atualmente, o transporte de itens agrícolas via cabotagem é inviável, como destaca Edeon Vaz Ferreira , diretor-executivo do Movimento Pró-Logística de Mato Grosso.

“Hoje, o frete de longo curso para a China custa em torno de US$ 35 mil a diária para navio com capacidade de 50 mil toneladas. Uma carga de arroz que sai do Rio Grande do Sul com destino ao Recife [em Pernambuco] sai por esse mesmo preço. Com a BR do Mar podemos reduzir esse valor”, pondera.

Vaz Ferreira projeta ainda que o arroz será um dos produtos agrícolas mais favorecidos com a lei que facilita o uso da cabotagem. “O grão que é produzido no Rio Grande do Sul conta com o porto de Rio Grande, que está próximo da área produtiva no estado, responsável por abastecer grandes centros do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, além de outras capitais litorâneas”.

Cálculo

O presidente do Movimento Pró-Logística diz que, no momento, é difícil projetar valores para o transporte de cargas agrícolas via cabotagem. Isso ocorreria porque a referência no Brasil para o escoamento de mercadorias sempre foi o modal rodoviário. Por outro lado, acredita que, após entrar em vigor, a BR do Mar deve aumentar a taxa de transporte aquaviário na logística do país, que hoje é de 11%.

“Com a movimentação de cargas agrícolas no corredor do Rio Tapajós, que deve crescer 3 milhões de toneladas de grãos ao ano, além do potencial da hidrovia do Tocantins, que deve entrar em funcionamento em até seis anos, com capacidade para escoar até 20 milhões de toneladas de grãos, a tendência é de que a navegação por interior chegue a 20% nos próximos dez anos”, projeta.

BR do Mar ampliará mercado

Para Edeon Vaz Ferreira, com a BR do Mar, o custo com cabotagem consequentemente será menor, devido ao maior número de empresas que devem ingressar nesse mercado. Atualmente apenas três empresas prestam o serviço.

“Se não houver concorrência não há redução de custo. A lei estimula a entrada de novas empresas no ramo, facilita os tramites com a contratação da tripulação e ainda aumentar a oferta de navios para a cabotagem. O que nós temos que pleitear agora é uma redução nos valores do bunker”, comenta.

O bunker, combustível destinado ao abastecimento de navios de grande porte, representa um gasto extra na cabotagem, pois o seu valor varia de acordo com o percentual que é cobrado sobre Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada estado brasileiro.

Fonte: Canal Rural -  Paulo Santos

Quinta, 17 de Dezembro de 2020
RS: Afubra recebe 353 notificações de estragos pelo granizo
RS: Afubra recebe 353 notificações de estragos pelo granizo Fonte: Agrolink

Município de Venâncio Aires foi bastante atingido. Sobradinho também registrou danos

 

A chuva dessa quarta-feira, 16, ocasionou queda de granizo em alguns pontos da região. Conforme dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), até o início da manhã desta quinta-feira, 17, foram 353 notificações de estragos nas lavouras de tabaco. O número maior foi em Venâncio Aire, com 231 avisos, seguido de Sobradinho com 121.

Conforme o presidente da Afubra, Benício Albano Werner, o prejuízo ocasionado por granizo foi 18% maior neste ano em comparação com 2019, considerando todas as regiões produtoras. “Tivemos quedas de granizo pequenas, mas nada parecido com agora. As fotos postadas nas redes sociais assustam. Muitos produtores tiveram perda total”, disse.

Já em relação à entrega nas indústrias, o volume é tímido na região. Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires chegaram a 1% do total até o momento, enquanto Candelária e Sobradinho estão abaixo de 1%. Conforme Werner, na reunião de conselheiros das regiões produtoras, realizada na última semana, o retorno foi positivo em relação à satisfação dos produtores.

Sobre a colheira, até a tarde dessa terça-feira, 15, Santa Cruz do Sul havia atingido 52% da área plantada. Venâncio Aires está com 50%, Candelária chegou a 47% e Sobradinho registra um percentual inferior, com apenas 15%.

Fonte: Agrolink – Gazeta do Sul – Santa Cruz do Sul

Imagem:  Marcel Oliveira

Quinta, 17 de Dezembro de 2020
Mercado de milho deve ter ritmo travado nos negócios no Brasil
Mercado de milho deve ter ritmo travado nos negócios no Brasil Fonte: Safras & Mercado

     O mercado brasileiro de milho deve ter uma quinta-feira de negócios travados no país, com fraco interesse por parte dos compradores, o que deve manter os preços estabilizados. No cenário internacional a Bolsa de Chicago opera em queda, realizando lucros.

     Ontem (16), O mercado brasileiro de milho manteve preços estáveis. Com muitas empresas já encerrando suas atividades no ano, o mercado esteve praticamente parado no dia.

     No Porto de Santos, o preço ficou em R$ 72,00/76,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço em R$ 70,00/74,00 a saca.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 72,00/74,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 72,00/74,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 75,00/77,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 82,00/85,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 67,00/73,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 67,00 – R$ 70,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 64,00/67,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em março operam a US$ 4,26 1/4 por bushel, com baixa de 1,00 centavo de dólar, ou 0,23%, na comparação com o fechamento anterior.

* O mercado é pressionado por um movimento de realização de lucros frente aos ganhos acumulados recentemente.

* As atenções se voltam para as exportações semanais norte-americanas, que serão divulgadas nesta quinta-feira pelo Departamento de Agricultura do país (USDA), às 10h30 (horário de Brasília). Analistas estimam vendas entre 800 mil e 1,6 milhão de toneladas.

* Ontem (16), os contratos de milho com entrega em março fecharam a US$ 4,27 1/4, com alta de 2,50 centavos, ou 0,58%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra desvalorização de 0,97% a R$ 5,0570.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em alta. Xangai, +1,13%, Tóquio, +0,18%.

* As principais bolsas na Europa operam firmes. Paris, +0,38%; Frankfurt, +2,13% e Londres, estável.

* O petróleo opera com ganhos. Janeiro do WTI em NY: US$ 47,89 o barril (+0,14%).

* O Dollar Index registra baixa de 0,63%, a 89,88 pontos.

AGENDA

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (18/12)

– Japão: O índice de preços ao consumidor de novembro será publicado na noite anterior pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicação.

– Japão: A decisão de política monetária será publicada na madrugada pelo Banco do Japão.

– Reino Unido:  As vendas no varejo de novembro serão publicadas às 4h pelo departamento de estatísticas.

– Alemanha:  O índice de preços ao produtor de novembro será publicado às 4h pelo Destatis.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Levantamento sobre a evolução do plantio de soja no Brasil – SAFRAS, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch