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Terça, 08 de Dezembro de 2020
Após cinco meses em alta, preço do leite recua mais de 5% em novembro
Após cinco meses em alta, preço do leite recua mais de 5% em novembro Fonte: Canal Rural

De acordo com a Scot Consultoria, apesar da queda, em relação a novembro do ano passado, o preço pago ao produtor está 50,7% maior este ano

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Depois de cinco meses em alta, o preço do leite pago ao produtor caiu no pagamento realizado em novembro, referente ao leite entregue em outubro. Considerando a média nacional de dezoito estados pesquisados pela Scot Consultoria, o recuo foi de 5,3% na comparação mensal, passando de R$ 1,950 para R$ 1,750.

Apesar da queda, em relação a novembro do ano passado, o preço pago ao produtor está 50,7% maior este ano. De acordo com a consultoria, a produção de leite está crescendo com mais força na região Sudeste e no Brasil Central desde outubro, com as chuvas mais regulares e mais bem distribuídas, diminuíram a concorrência entre as indústrias.

No verão, vacas podem superaquecer e perder 30% da produtividade

“No entanto, é importante destacar que, por ora, não há excesso de leite no mercado interno, o que acaba limitando as quedas nos preços da matéria-prima como leite cru”, explica a consultoria.

Fonte: Scot Consultoria

Do lado da demanda por leite e derivados, o escoamento no mercado interno foi prejudicado em outubro e novembro com a redução do auxílio emergencial do governo e patamares elevados de preços atingidos pelos produtos lácteos no mercado interno. Desta forma, a pressão dos varejistas aumentou sobre o atacado, principalmente devido as expectativas mais pessimistas com relação ao consumo de leite fluido e leite em pó neste final de ano, com as férias e festas.

Dezembro

Para o pagamento a ser realizado em dezembro/20, referente a produção entregue em novembro/20, o viés do mercado é de estabilidade à queda nos preços do leite ao produtor. Isto porque a oferta de leite, apesar dos incrementos, seguiu mais ajustada em novembro (dados parciais) e deverá sentir os efeitos da falta de chuvas em alguns estados ainda em dezembro próximo.

Desta forma, 49% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria estão apontando para manutenção nos preços do leite ao produtor em dezembro, mas 31% das indústrias estimam queda das cotações e 20% dos laticínios falam em alta no preço do leite.

Fonte: Canal Rural

Terça, 08 de Dezembro de 2020
China encontra traços de coronavírus em embalagens de carnes
China encontra traços de coronavírus em embalagens de carnes Fonte: Portal DBO

Nos últimos meses, o país asiático detectou vestígios do vírus em embalagens de produtos refrigerados, vários deles da América Latina, levando Pequim a tornar mais rígidas as regulamentações para importação

Consumidores chinês procuram alimentos congelados em um supermercado em Zhuhai, na província de Guangdong. Foto: Reprodução/China Daily

A China informou hoje (7/12) que voltou a encontrar vestígios do novo coronavírus em embalagens de produtos congelados importados do Brasil e do Uruguai, como relatado pelas autoridades sanitárias da cidade de Wuhan, no centro do país.

Os vestígios do coronavírus nas embalagens de carne suína brasileira e bovina uruguaia congeladas apareceram após testes de ácido nucléico realizados no último sábado naquela cidade, informou a comissão local de saúde em nota.

 

No caso da carne suína brasileira, o órgão indica que foram detectados vestígios do novo coronavírus em embalagens de um lote que entrou na cidade de Xangai no dia 28 de junho e posteriormente foi transportado para Wuhan no dia 27 de julho.

Quanto a carne bovina uruguaia, a exportadora é a Breeders and Packers Uruguay, cujo lote afetado chegou primeiro na Malásia e desde 2 de março estava armazenado na cidade chinesa de Tianjin.

Este é o primeiro caso de vestígios do vírus em embalagens de alimentos congelados importados do Uruguai a ser detectado na China.

As autoridades locais indicaram que foram tomadas medidas para suspender a venda da carne afetada e que centenas de transportadores testaram negativo para covid-19.

Fontes da Embaixada do Uruguai na China explicaram à Agência Efe que se trata de um lote embalado em dezembro de 2019 que chegou ao gigante asiático meses antes do país sul-americano registrar seus primeiros casos de covid-19, então o problema seria “de manejo dos depósitos e não da origem”.

“Está em jogo a imagem dos produtos uruguaios. É muito irresponsável tentar imputar responsabilidades ao Uruguai”, assinalaram as mesmas fontes e acrescentaram que “é muito provável que se trate de um caso de contaminação cruzada” e que tenha ocorrido em território chinês.

Nos últimos meses, o país asiático detectou vestígios do novo coronavírus em várias embalagens de produtos refrigerados, vários deles da América Latina, levando Pequim a tornar mais rígidas as regulamentações para importação de produtos congelados.

Fonte: Portal DBO

Terça, 08 de Dezembro de 2020
Inflação tem alta de 0,89% em novembro, diz IBGE
Inflação tem alta de 0,89% em novembro, diz IBGE Fonte: Agência Brasil

A inflação de novembro ficou em 0,89% com a influência da alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis. O percentual é mais alto do que o resultado de outubro, quando ficou em 0,86%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse é o maior resultado para um mês de novembro desde 2015. Naquele momento o indicador atingiu 1,01%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (8), pelo IBGE.

No ano, o IPCA acumula alta de 3,13% e, em 12 meses, de 4,31%, o que significa que é maior do que os 3,92% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2019, o indicador havia ficado em 0,51%.

Conforme o IBGE, faltando um mês para o fechamento do ano e com o acumulado de 4,31% em 12 meses, a inflação está dentro da meta do governo e próxima ao centro da meta, atualmente estipulada em 4,0%, com margem de 1,5% de tolerância, para mais ou para menos. O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, informou que esse acumulado ainda está influenciado pela inflação forte de dezembro do ano passado por causa das carnes. “Vamos ter que esperar para ver como vai ser o comportamento de dezembro deste ano”, apontou.

O gerente disse que o cenário de novembro é parecido com o notado nos últimos meses, em que o grupo de alimentos e bebidas continua impactando bastante o resultado. “Dentro desse grupo, os componentes que mais têm pressionado são as carnes, que nesse mês tiveram uma alta de mais de 6%, a batata-inglesa, que subiu quase 30% e o tomate, com alta de 18,45%”, disse.

Os preços de outros produtos importantes na cesta das famílias também subiram, como o arroz (6,28%) e o óleo de soja (9,24%). Após as altas, o grupo de alimentos e bebidas variou 2,54%. Outras variações positivas foram da cerveja (1,33%) e do refrigerante e água mineral (1,05%) consumidos fora do domicílio. Esses dois produtos tinham registrado queda em outubro.

Transportes

A segunda maior influência no índice de novembro foi o grupo de transportes, que teve alta de 1,33%. Neste caso, segundo a pesquisa, a inflação do grupo foi causada pelo aumento no preço da gasolina (1,64%). “É a sexta alta consecutiva da gasolina e, além disso, tivemos a alta de 9,23% do etanol e de outros componentes que têm bastante peso dentro dos transportes, como é o caso dos automóveis tanto novos quanto usados”, observou.

O pesquisador destacou, ainda, as altas de seguro voluntário de veículos e do transporte por aplicativo. Os grupos de alimentos e bebidas e transportes representaram cerca de 89% da alta do IPCA de novembro.

O gerente da pesquisa disse também que o último mês em que houve deflação foi maio, quando apresentou queda de 0,38%. Desde junho ocorrem variações positivas e a de novembro é a mais alta do ano. Para o pesquisador a maior influência que é a alta dos alimentos pode ser explicada por dois fatores. “Por um lado, há o aumento da demanda, sustentada pelos auxílios concedidos pelo governo e, por outro, a restrição de ofertas no mercado doméstico em um contexto de câmbio mais alto, que estimula as exportações”, contou.

Artigos de residência

Os preços dos artigos de residência recuaram 0,86% em relação ao mês anterior. Conforme a pesquisa, esse movimento pode ser explicado pela queda nos preços dos artigos de TV, som e informática (-1,02%), que tinham aumentado 1,07% em outubro.

Regiões

O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes nas áreas urbanas das regiões de abrangência do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC), que são as regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

A pesquisa indicou ainda que houve elevação de preços em todas as 16 regiões pesquisadas no IPCA. O resultado mais alto foi em Goiânia (1,41%), que sofreu grande impacto da variação positiva das carnes (9,11%) e da energia elétrica (3,69%). O menor foi registrado em Brasília (0,35%), ajudado pela queda nos preços da gasolina (-0,68%).

Fonte: Agência Brasil – Cristina Indio do Brasil

Imagem: Marcello Casal

Segunda, 07 de Dezembro de 2020
Seguro rural atinge recorde em 2020 com alta de 98% em relação ao ano passado
Seguro rural atinge recorde em 2020 com alta de 98% em relação ao ano passado Fonte: Canal Rural

Neste ano, o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aplicou R$ 880 milhões

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A área agrícola segurada no país alcançou o recorde de 13,7 milhões em 2020,  um aumento de aproximadamente 98% em relação ao ano anterior, e que representa em torno de 20% da área total agrícola. Neste ano, o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aplicou R$ 880 milhões, o dobro do valor executado em 2019. Foram beneficiados aproximadamente 105 mil produtores rurais (193 mil apólices), A importância segurada total foi de R$ 45,7 bilhões, o maior valor desde o início do programa em 2005.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, destaca a importância dos resultados. “O seguro rural está se tornando um dos pilares da política agrícola no país. Conseguimos fortalecer o PSR e dar um salto importante na área segurada. O desafio agora é dar previsibilidade ao seguro rural e ampliar essa cobertura para mais regiões e atividades agropecuárias”.

De acordo com o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola, houve aumento nas contratações de seguro para as atividades de pecuária, café e cana-de-açúcar em comparação ao ano anterior. “No caso dos grãos, o crescimento observado já era esperado, mas para essas demais atividades o resultado nos surpreendeu de maneira muito positiva”.

As operações de pecuária tiveram um crescimento de 400%; café, 217%; e cana-de-açúcar, 42%.

“Observamos também uma evolução importante nas regiões Norte e Nordeste, que têm baixa penetração historicamente. Em 2019, foram contratadas pouco mais de mil apólices, já em 2020 esse número subiu para 3 mil apólices. Isso demonstra que as ações do Ministério direcionadas para essas regiões estão trazendo resultados concretos”, disse.

Culturas com mais seguro

As culturas que apresentaram maior demanda por seguro rural foram: soja, milho (2ª safra), trigo, milho (1ª safra), maçã, uva, café, arroz e tomate. O relatório consolidado da execução do Programa de Seguro Rural em 2020 será publicado o início do próximo ano, porém as informações gerais já estão disponíveis no Atlas do Seguro Rural. Para o produtor rural verificar se sua apólice foi contemplada no Programa basta acessar o site do Ministério.

Para 2021, é estimado volume de R$ 1 bilhão para o Programa. O valor depende de aprovação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2020, em tramitação no Congresso Nacional.

Contratação

O produtor interessado em contratar o seguro rural deve procurar um corretor ou uma instituição financeira que comercialize apólice de seguro rural. Atualmente, 14 seguradoras estão habilitadas para operar no PSR.

O seguro rural é destinado aos produtores, pessoa física ou jurídica, independentemente de acesso ao crédito rural.

Fonte: Canal Rural

Segunda, 07 de Dezembro de 2020
Exportação e produção de máquinas agrícolas crescem em novembro, indica Anfavea
Exportação e produção de máquinas agrícolas crescem em novembro, indica Anfavea Fonte: Safras & Mercado

A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias somou 4,971 mil unidades em novembro, com alta de 2,4% sobre outubro e de 13,3% na comparação com igual período de 2019. As informações são da Associação Nacional de dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Já no acumulado do ano (janeiro a outubro), a produção chega a 42,952 mil unidades, com baixa de 15,5% ano a ano.

     As exportações totalizaram 804 unidades em novembro, com alta de 0,9% sobre outubro e queda de 27,8% sobre o mesmo mês de 2019. No acumulado do ano, as exportações somaram 8.042 unidades, com queda de 32,6% sobre o mesmo período do ano anterior.

     As vendas internas em novembro somaram 4,267 mil unidades, 5,8% abaixo do número de outubro e 29,5% acima do mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, as vendas somaram 42,071 mil unidades, com ganho de 3,8% ano a ano.

Fonte: Safras & Mercado - Dylan Della Pasqua

Segunda, 07 de Dezembro de 2020
Defensivos Agrícolas
Defensivos Agrícolas Fonte: NOTICIAS AGRÍCOLAS

O Colmeia Viva é um movimento do setor de defensivos agrícolas que tem por objetivo incentivar o diálogo entre agricultores e criadores de abelhas para que juntos possam encontrar caminhos para uma relação que valorize, a proteção racional dos cultivos, a proteção das abelhas e meio ambiente, respeito a apicultura e o serviço de polinização das abelhas.

Aconteceu na sexta-feira, 27 de novembro, o evento que marcou a entrega das metas propostas pelo Movimento Colmeia Viva no âmbito do Compromisso Público 2020 (2017-20), que envolve empresas de defensivos agricolas.

“Missão cumprida”, celebrou o médico veterinário Daniel Espanholeto, coordenador do movimento. “Avançamos para proteger cultivos e abelhas, respeitando a apicultura, o meio ambiente e também o direito básico de alimentação das pessoas”, acrescentou a engenheira agrônoma Rhaissa Michievicy, igualmente à frente do movimento no ciclo 2017-2020.

O encontro reuniu as 14 empresas signatárias do movimento. Conforme Torretta, membro da diretoria do Sindiveg  (Sindicato Nacional de Produtos para Defesa Vegetal)  a partir de 2021 o Colmeia Viva passa a ser uma causa abraçada pelas 26 empresas associadas ao Sindiveg.

O professor Osmar Malaspina, da Unesp de Rio Claro-SP, que junto à sua colega Roberta Nocelli, da Universidade Federal de São Carlos-SP (UFSCar), participou da iniciativa de pesquisa Mapeamento de Abelhas Participativo (MAP) destacou a relevância desta ação. O MAP trouxe à luz as principais causas de mortalidade de abelhas, observadas em cerca de 80 municípios paulistas, envolvendo quase 200 agricultores e apicultores.                                                                 

“O conhecimento produzido pelo MAP não encontra precedente em lugar nenhum do mundo. Faço um apelo ao setor apícola para que seja menos restritivo à aproximação com agricultores. Aqueles que aderiram ao projeto estão hoje produzindo mais, ampliando benefícios dessa relação. Que possamos avançar mais nessa questão nos próximos anos”, frisou Malaspina.

Ainda no evento, o Movimento Colmeia Viva anunciou o lançamento da publicação editorial Inovação da Indústria de Defensivos Agrícolas para Uma Relação Mais produtiva Entre Agricultura e Apicultura, que reproduz a trajetória do movimento no ciclo 2017-2020 e começa a circular nos próximos dias.

O que ainda poucas pessoas sabem, é que dentro de cada empresa de defensivos agrícolas, há um setor exclusivo voltado a abelhas, que reconhece seu papel na construção de uma relação mais produtiva entre agricultura e apicultura, e na proteção das abelhas, incentivando o diálogo entre agricultores e criadores de abelhas, visto que introduz no campo um produto que deve ser usado para proteger as culturas.

Fonte: Noticias Agrícolas - Tanara Pandolfo

 

Segunda, 07 de Dezembro de 2020
Mourão diz que Brasil precisa reafirmar posição sobre Amazônia
Mourão diz que Brasil precisa reafirmar posição sobre Amazônia Fonte: Agência Brasil

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão disse hoje (7), em palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que, sempre que se fala em sustentabilidade no Brasil, remete-se à questão de meio ambiente e que é preciso deixar claro que o país é uma potência agroambiental e que há mais de 60% do território com a cobertura vegetal original.

Segundo Mourão, é preciso reafirmar essa posição, porque o país sofre uma pressão enorme com relação à Amazônia, já que muita gente que vive no centro-sul do país desconhece e não entende o que é a região.

"O presidente da República resolveu, no começo do ano, recriar o Conselho Nacional da Amazônia Legal e me dá a tarefa de presidir esse conselho, que é integrado por 15 ministérios e tem a missão de coordenar e integrar as políticas públicas para ter sinergia e não dispersar esforços. Conversamos com cada governador dos estados da Amazônia, entidades da sociedade civil para entender seus questionamentos e trazê-los para a missão de preservar, proteger e desenvolver a região", disse.

De acordo com Mourão, entre as missões do conselho estão o combate ao desmatamento, queimadas e garimpo ilegal, atuando com operações de comando e controle, recuperando a capacidade operacional dos órgãos de fiscalização e aumentando a capacidade dos sistemas de monitoramento e apoio para ter o retrato em tempo real das ilegalidades que ocorrem na região.

"O desmatamento vinha aumentando desde 2012, teve um pico no ano passado e, este ano, ainda tivemos um resultado negativo, mas o que eu quero afiançar é que desde o mês de julho estamos com uma tendência de queda no desmatamento e, em novembro, a diferença com relação a novembro do ano passado foi de menos 44%. A Operação Verde Brasil começa a dar seus frutos e passamos a ter resposta eficiente no combate às ilegalidades e às pressões políticas, econômicas e ambientais da comunidade internacional", afirmou o vice-presidente. 

Mourão destacou também que o ordenamento territorial também é prioritário na Amazônia, seja com zoneamento econômico ecológico ou regularização fundiária, para que a exploração seja feita de forma não predatória. O vice-presidente ressaltou ainda que é preciso ficar atento ao pagamento por serviços ambientais para que o país receba recursos, uma vez que gera créditos de carbono e os países poluidores devem comprar esses créditos.

"Em todas as conversas com representantes da sociedade civil e de bancos, todos são unânimes em dizer que o Brasil teria direito  a receber em torno de US$ 10 bilhões por ano, ou R$ 53 bilhões. É recurso considerável para ser empregado na nossa Amazônia e, consequentemente, avançar na bioeconomia, que é fundamental para o desenvolvimento da área", afirmou.

 
Fonte: Agência Brasil -  Flávia Albuquerque

Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom

Segunda, 07 de Dezembro de 2020
Mercado financeiro eleva estimativa de inflação de 3,54% para 4,21%
Mercado financeiro eleva estimativa de inflação de 3,54% para 4,21% Fonte: Agência Brasil

A estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,54% para 4,21%, de acordo com o boletim Focus, divulgado hoje (7), pelo Banco Central (BC). O documento, divulgado às segundas-feiras, reúne as projeções para os principais indicadores da economia.

Conforme mostra a instituição, essa é a 17ª alta seguida da estimativa e extrapola, pela primeira vez, o centro da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, de 4%. Se considerada a margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o índice, porém, permanece dentro da meta, já que pode variar de 2,5% a 5,5%.

A projeção para 2021 também foi atualizada, ao cair de 3,47% para 3,34%, destoando da tendência verificada até a semana passada, que era de crescimento. As previsões para 2022 e 2023 mantiveram-se estáveis em 3,50% e 3,25%, respectivamente.

Outra referência que consta do boletim é a taxa básica de juros, a Selic, que consiste no principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Nesta edição, também foi mantida inalterada, de 2% ao ano para o final de 2020. Segundo as estimativas, a taxa deverá ser de 3% ao ano, ao final de 2021, conforme o BC já havia informado no boletim anterior. Em relação ao fim de 2022 e 2023, o valor estimado é de 4,5% ao ano e 6% ao ano.

A última reunião deste ano do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, está marcada para esta terça (8) e quarta-feira (9).

A redução da Selic favorece o barateamento do crédito e um menor controle da inflação, o que estimula a produção e o consumo da população. Apesar disso, os bancos consideram também outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como o risco de inadimplência, a margem de lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando a Selic é mantida, o comitê considera que ajustes anteriores foram suficientes para manter a inflação sob controle.

Atividade econômica e dólar

O mercado financeiro também ajustou de 4,50% para 4,40% a previsão referente à retração da economia, neste ano. Da semana passada para cá, a expectativa de crescimento, em 2021, foi modificada de 3,45% para 3,5%. Para os anos de 2022 e 2023, espera-se que o Produto Interno Bruto (PIB), que resulta da soma de todas as riquezas do país, cresça 2,50%.

Ainda segundo o boletim Focus, a cotação do dólar para o final deste ano está em R$ 5,22 – valor inferior ao registrado no último levantamento, feito há uma semana, quando estava em R$ 5,36. Para 2021, o mercado financeiro baixou de R$ 5,20 para R$ 5,10 e, para 2022, manteve em R$ 5.

Fonte: Agência Brasil - Letycia Bond 

Imagem: Marcello Casal

Quinta, 03 de Dezembro de 2020
Contratações de crédito rural entre julho e novembro têm alta de 19%
Contratações de crédito rural entre julho e novembro têm alta de 19% Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

O crédito rural manteve desempenho favorável no período de julho a novembro deste ano, quando as contratações de crédito rural atingiram R$ 108,75 bilhões, aumento de 19% em relação à igual período da safra anterior. De acordo com o Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021, o destaque dos cinco meses da aplicação dos recursos do Plano Safra 2020/2021 foi para os financiamentos de investimento, que aumentaram 46%, se situando em R$ 32,4 bilhões, e para os créditos de custeio, cujo valor contratado foi de R$ 60,27 bilhões, alta de 13%.

As operações com industrialização ficaram em R$ 6,6 bilhões, incremento de 9%. O crédito para comercialização teve queda de 7%, em resposta à continuidade do cenário de preços agrícolas elevados. 

As contratações de crédito de investimento realizadas pelos programas Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) e Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) aumentaram 7,3% e 13,4%, respectivamente. A participação desses programas no total de crédito rural foi de R$ 32,6 bilhões (30%) e as contratações realizadas pelos demais produtores se situaram em R$ 76,09 bilhões (70%).

O diretor do Departamento de Crédito e Informação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, enfatiza que os financiamentos de custeio e de investimento realizados com recursos subvencionados, no Pronamp, no valor de R$ 9,84 bilhões, respondem por 67% do total contratado nesse programa, e que no Pronaf essa participação foi de R$ 11,56 bilhões ou 64% do total contratado, evidenciando o elevado nível de apoio conferido a esses produtores.

Os valores dos financiamentos para investimento continuam acentuadamente superiores aos observados na safra passada, sobretudo com recursos do BNDES e administrados pelo Mapa, cujo desembolso alcançou 57% dos programados para esta finalidade.  

Entre os programas de investimento, destacam-se o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), R$ 6,23 bilhões* (61%), do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), R$ 1,06 bilhão (58%), e do Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra), R$ 521 milhões (107%).

O valor das contratações com recursos da fonte LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) continuou inferior ao observado no mesmo período da safra passada, com decréscimo de 5%, se situando em R$ 12,41 bilhões, sem considerar as aquisições de CPR's (Cédulas de Produtos Rurais) e as operações com agroindústrias.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Quinta, 03 de Dezembro de 2020
PIB brasileiro sobe 7,7% no 3º trimestre, mas tem queda pontual no agro
PIB brasileiro sobe 7,7% no 3º trimestre, mas tem queda pontual no agro Fonte: Canal Rural

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, cresceu 7,7% no terceiro trimestre, em relação ao período anterior. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta quinta, 3,  os números das Contas Trimestrais, essa é a maior variação desde o início da série em 1996, mas ainda insuficiente para recuperar as perdas provocadas pela pandemia. O resultado indicou ainda que a economia do país se encontra no mesmo patamar de 2017, com uma perda acumulada de 5% de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2019.

Na comparação com o mesmo trimestre de 2019, o PIB, apresentou recuo de 3,9% e, em valores correntes, chegou a R$ 1,891 trilhão. Desse valor, R$ 1,627 trilhão em Valor Adicionado a Preços Básicos e R$ 264,1 bilhões em Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.

Para a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o crescimento ocorreu sobre uma base muito baixa, quando o país estava no auge da pandemia no segundo trimestre. “Houve uma recuperação no terceiro, contra o segundo trimestre, mas se olharmos a taxa interanual, a queda é de 3,9% e no acumulado do ano ainda estamos caindo, tanto a Indústria quanto os Serviços. A Agropecuária é a única que está crescendo no ano, muito puxada pela soja, que é a nossa maior lavoura”, disse.

No terceiro trimestre a Indústria cresceu 14,8% e os Serviços subiram 6,3%. Já a Agropecuária registrou queda de 0,5%. De acordo com o IBGE, a expansão do PIB no período foi causada, principalmente, pelo desempenho da Indústria, com destaque para o crescimento de 23,7% no setor de Transformação. Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos também cresceram (8,5%), como a Construção (5,6%) e as Indústrias extrativas (2,5%).

“Olhando pela ótica produtiva, o destaque foi a Indústria de Transformação, até pelo fato de ter caído bastante no segundo trimestre (-19,1%), com as restrições de funcionamento. A Indústria cresceu como um todo 14,8%, e a de Transformação 23,7%, mas voltamos ao patamar do primeiro trimestre”, observou Rebeca.

A variação negativa de 0,5% na Agricultura foi consequência de um ajuste de safra. “O destaque é o crescimento de 2,4% no acumulado do ano, ante uma queda de 5,1% da Indústria e 5,3% dos Serviços”, informou.

Serviços

O setor de Serviços, que foi destaque no resultado e têm o maior peso na economia, registrou alta em todos os segmentos: Comércio (15,9%), Transporte, armazenagem e correio (12,5%), Outras atividades de serviços (7,8%), Informação e comunicação (3,1%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (2,5%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%) e Atividades imobiliárias (1,1%).

A coordenadora lembrou que o setor caiu 9,4% no segundo trimestre e agora avançou 6,3%, mas ainda não recuperou o patamar do primeiro trimestre. A explicação é que houve uma queda tanto na oferta quanto na demanda. “Mesmo tendo sido retiradas as restrições de funcionamento, as pessoas ainda ficam receosas para consumir, principalmente os serviços prestados às famílias, como alojamento, alimentação, cinemas, academias e salões de beleza. O desempenho melhorou em relação ao segundo trimestre, mas ainda não voltou aos patamares antes da pandemia”, apontou.

Consumo das famílias

Rebeca observou ainda que o consumo das famílias (65%) – o que mais pesa pela ótica da despesa -, teve expansão de 7,6%, resultado que é muito parecido com o do PIB. O indicador havia caído 11,3% no segundo trimestre, mas no terceiro, o consumo de bens subiu bastante, especialmente, bens duráveis e bens alimentícios da cadeia agroalimentar. “O consumo de serviços teve crescimento, mas foi bem menor do que a queda anterior, pois as famílias não voltaram a consumir no patamar anterior à pandemia”, indicou.

Investimentos

Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) subiram 11%, mas neste caso também, o desempenho está relacionado à base de comparação com o segundo trimestre em que havia caído 16,5%. “No acumulado do ano, a queda é de 5,5%. E o país ainda tem investimento em equipamentos importados e como o dólar está alto, influencia para baixo”, afirmou a coordenadora.

Fonte: Canal Rural - Agência Brasil

Imagem: Governo Federal