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Quinta, 10 de Dezembro de 2020
Brasil deve produzir até 14,5 milhões de toneladas de carne de frango em 2021 – ABPA
Brasil deve produzir até 14,5 milhões de toneladas de carne de frango em 2021 – ABPA Fonte: Safras & Mercado

A Associação Brasileira de Proteína Animal, (ABPA), estimou hoje que a produção brasileira de carne de frango poderá alcançar até 14,5 milhões de toneladas em 2021, número que superaria em 5,5% os números totais previstos para 2020.

     Para o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a produção brasileira no próximo ano deve superar o crescimento previsto para outros importantes mercados, como China e Tailândia, de 3,3%, México, de 2,0%, União Europeia, de 1,9% e Estados Unidos, de 1%. “É importante destacar que o custo para a produção de carne de frango deverá continuar elevado no próximo ano, o que pode fazer com que haja a necessidade de repasses aos preços finais dos produtos”, pontua.

     As exportações deverão chegar a 4,35 milhões de toneladas, superando em até 3,6% o total que deverá ser exportado pelo Brasil em 2020. “A pressão asiática por carne de frango do Brasil deverá se manter em patamares elevados em 2021. Ao mesmo tempo, há expectativa de retomada por importadores relevantes, como é o caso das Filipinas. Também é esperada a renovação da cota de importação pelo México no próximo ano. O efeito “Olimpíadas” também deve favorecer as vendas para o Japão, país que é presença constante entre os três principais destinos de carne de frango”, sinaliza.

     No mercado interno, a disponibilidade do produto pode chegar a 10,1 milhões de toneladas, com um incremento previsto de 6,5% frente ao deste ano. Já o consumo per capita poderá chegar até 47 quilos, superando em 4,4% o volume esperado para 2020. “Ainda que haja incertezas sobre a continuidade do auxílio emergencial por parte do governo no próximo ano, é esperado um significativo impacto positivo decorrente da retomada econômica, com a superação dos efeitos da pandemia, a partir do início das vacinações”, completa.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Quinta, 10 de Dezembro de 2020
Produção de grãos em 2021 deve crescer 1,9% e bater recorde, diz IBGE
Produção de grãos em 2021 deve crescer 1,9% e bater recorde, diz IBGE Fonte: Canal Rural

De acordo com levantamento do instituto, as produções de soja e milho verão devem puxar o crescimento no ano que vem

A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve chegar a 256,8 milhões de toneladas em 2021, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se de um novo recorde na série histórica iniciada em 1975 e representa crescimento de 1,9% em relação às estimativas de 2020, de 252 milhões de toneladas.

O recorde deve-se, especialmente, aos aumentos de 6,3 milhões de toneladas (5,1%) na produção da soja e de 870,1 mil toneladas (3,3%) na primeira safra do milho. “No próximo ano, a gente está esperando uma produção recorde de soja. Os preços estão muito bons e o produtor deve ampliar a área de plantio”, diz o analista de Agropecuária do IBGE, Carlos Barradas.

 

“Em 2020, tivemos uma safra recorde de soja, apesar da quebra de produção em razão das más condições climáticas, que nos tiraram mais de sete milhões de toneladas. Em 2021, espera-se uma produção de 127 milhões de toneladas de soja devido principalmente ao aumento da área plantada e às boas expectativas com relação ao clima, apesar de algumas notícias de falta de chuvas no Sul”, diz o pesquisador.

O IBGE estima que, em 2021, haverá declínios nas produções da segunda safra do milho (-2,4%), do arroz (-1,8%), do algodão herbáceo em caroço (-13,6%), do feijão 1 safra (-0,3%), do feijão 2 safra (-7,0%) e do feijão 3 safra (-5,4%).

“Para o arroz, a gente espera uma produção de 10,9 milhões de toneladas, é um aumento de 0,6% em relação ao primeiro prognóstico. Contudo, é um declínio de 1,8% em relação a 2020. Essa quantidade de arroz atende ao consumo interno e provavelmente não haverá necessidade de importação de arroz”, explica.

Já o prognóstico da produção do feijão para 2021, segundo Barradas, indica que a quantidade produzida pode não dar conta de suprir a necessidade do mercado interno. “O Brasil consome cerca de três milhões de toneladas de feijão e o prognóstico estima a produção em 2,8 milhões de toneladas, o que quer dizer que o país poderá precisar importar um pouco de feijão, a menos que essa produção aumente em 2021”, diz, ressaltando que o levantamento da safra é mensal, e os valores vão se alterando, de acordo com o comportamento do clima e a conjuntura do mercado.

A estimativa é que, também no próximo ano, a área a ser colhida aumente para a soja em grão (1,8%), para a primeira (1,9%) e para a segunda safra do milho em grão (2,4%). Já as variações negativas são esperadas nas áreas de algodão herbáceo em caroço (-9,1%), arroz em casca (-0,8%), o feijão 1 safra (-0,8%), do feijão 2 safra (-2,0%) e do feijão 3 safra (-4,1%).

Essa segunda estimativa feita pelo IBGE para a safra a ser colhida em 2021 pode ter retificações no próximo prognóstico, em janeiro, assim como no acompanhamento das safras, ao longo de todo o ano de 2021.

Fonte: Canal Rural

Quinta, 10 de Dezembro de 2020
CNI: manutenção da Selic ajuda na recuperação da economia
CNI: manutenção da Selic ajuda na recuperação da economia Fonte: Agência Brasil

A manutenção da taxa Selic – índice que define os juros básicos da economia – em 2% ao ano representa uma decisão acertada que ajuda na recuperação da economia. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que defendeu a manutenção dos juros no menor nível da história no início de 2021.

Em nota, a entidade destacou que a redução dos juros posta em prática no Brasil e no mundo em 2020 teve como objetivo controlar o endividamento e baratear o crédito para as empresas diante do impacto da pandemia do novo coronavírus sobre a atividade econômica. A entidade defendeu avanços na reforma administrativa e a preservação do teto de gastos para que os juros continuem baixos em 2021.

“Uma vez que o Copom [Comitê de Política Monetária] leva em consideração as perspectivas para a política fiscal nas suas decisões, a manutenção da regra de teto dos gastos públicos e o avanço nas discussões em torno da reforma administrativa são imprescindíveis para permitir a manutenção dos juros baixos por um período mais prolongado de tempo”, afirmou em nota o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

A CNI avalia que a manutenção da taxa Selic não prejudicará o controle da inflação. A entidade ressaltou que, apesar do choque nos preços dos alimentos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerar 2020 dentro do intervalo permitido pelo sistema de metas de inflação – 4% com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A CNI ressaltou que as projeções das instituições financeiras para os próximos anos estão abaixo do centro da meta, de 3,75%, para 2021, e de 3,50%, para 2022.

 

Fonte: Agência Brasil - Wellton Máximo

Imagem: Daniel Isaia

Quarta, 09 de Dezembro de 2020
Farsul projeta safra 2020/2021 com nova quebra no milho e recuperação na soja
Farsul projeta safra 2020/2021 com nova quebra no milho e recuperação na soja Fonte: Sistema Fasul

O Rio Grande do Sul deve aumentar em 28,4% a produção de grãos na safra 2020/2021, com uma colheita estimada em 33,9 milhões de toneladas. A projeção do Sistema Farsul, divulgada nesta quarta-feira (8), indica uma recuperação parcial após o ciclo frustrado do ano passado, quando uma severa estiagem atingiu o Estado e deixou prejuízo de mais de 8 milhões de toneladas no campo.

Por um lado, a soja deve aumentar a produção em 75,8% - para 19,8 milhões de toneladas, volume inclusive acima da safra 2018/2019. Mas por outro, o milho deve sofrer com uma segunda seca em sequência e ter resultados ainda piores do que no ano passado. A falta de chuva no início do desenvolvimento do grão, principalmente na Região Noroeste, tende a reduzir a produção para somente 3 milhões de toneladas, 28% menos em relação à safra anterior e 47% abaixo de 2018/2019.

O Sistema Farsul ainda estima alta de 15,3% no volume de trigo no próximo ano, enquanto o arroz deve registrar queda de 3,4% depois do recorde de produtividade da safra passada. No geral, os produtores devem colher em torno de 2% a menos do que em 2018/2019, mesmo com uma evolução de 6,6% na área plantada no mesmo período.

Apenas em 2020/2021, a expansão das lavouras deve chegar a 3%, puxada pelas lavouras de soja, milho, arroz e trigo. Na safra passada, a área plantada já havia subido 3,5%, com destaque para as culturas de inverno, indicando melhor aproveitamento do espaço já ocupado no verão.

Para o presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, os números mostram que o setor foi capaz de amenizar o impacto das perdas de 2019/2020. "O produtor está acreditando como nunca na sua atividade. Não vivemos desse passado recente, mas da perspectiva de mercado para 2021, que é excelente para todos os produtos do agronegócio", avalia. Mas o dirigente também cobra soluções para destravar investimentos em irrigação em situações de clima adverso.

O coordenador da Comissão do Meio Ambiente da Farsul, Domingos Lopes, afirma que o problema do Estado não é o volume de chuva, mas a distribuição dela. Assim, o investimento em irrigação deveria ser estimulado, mas isso não é o que ocorre na prática. E o problema não está no financiamento ou na burocracia, já que existe crédito disponível para essa finalidade e não há processos represados de licenciamento para as culturas de sequeiro. "O problema é que o produtor sequer dá entrada nos pedidos. Ele tem consciência de que não vai obter a licença porque não vai conseguir cumprir a legislação ambiental", afirma.

Na Metade Norte, os produtores tentam fazer pequenas intervenções em Áreas de Preservação Permanente para reservar água, mas a legislação considera que ações nesses locais só podem ocorrer por interesse social ou utilidade pública, dando margem para interpretação contrária. Na Metade Sul, os agricultores ainda convivem com o impasse de uma ação civil pública do Ministério Público que não considera as atividades pecuárias como antrópicas e exige 20% da área do imóvel como Reserva Legal no Bioma Pampa, apenas com campo nativo, o que também desmotiva o investimento.

Segundo o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, o prejuízo econômico da estiagem em 2019/2020 foi pior para o Estado do que em outras secas históricas, em 2005 e 2012. "Perdemos mais de 8 milhões de toneladas, em boa medida porque não podemos irrigar, e assim deixamos de gerar crescimento, PIB e empregos". Mesmo assim, houve aumento de área plantada no ano seguinte, o que mostra um setor "resiliente" que destoa do ambiente econômico no geral. "Infelizmente, não teremos esse esforço recompensado com safra recorde, porque perdemos de novo no milho".

Seletividade no crédito permanece

Dados do Banco Central apresentados pelo Sistema Farsul mostram que o problema da seletividade no crédito agrícola continuou presente em 2020. Apesar do aumento de 11% em recursos tomados, o número de contratos seguiu a trajetória de queda. No Rio Grande do Sul, 6% menos produtores acessaram o sistema oficial. O financiamento de investimentos, por outro lado, teve alta tanto em volume (32%) quanto no número de contratos (9%), aspecto positivo destacado pela entidade.

Farsul reafirma urgência de reformas

O Sistema Farsul alertou para a necessidade de fazer reformas no Brasil para enfrentar dois grandes problemas: crescimento abaixo da média mundial e graves problemas fiscais. Apenas até outubro, o déficit primário do País era de R$ 692,8 bilhões, segundo dados do Banco Central. Esse resultado reflete o fato de o Brasil ter sido um dos países que mais gastou na pandemia - as despesas públicas cresceram 42,7% até outubro - ao mesmo tempo que perdeu 9,8% em receitas neste ano.

A crise também elevou a dívida pública para R$ 3,91 trilhões, fazendo com que o governo federal gastasse, apenas até outubro deste ano, R$ 251,2 bilhões em juros nominais. O economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, alerta para os desdobramentos desse descontrole das contas públicas, que incluem hiperinflação, novos desequilíbrios cambiais e dificuldade para a rolagem da dívida.

Entidade manifesta apoio ao PL 260

A Farsul manifestou apoio ao Projeto de Lei 260/2020, de autoria do Executivo e que deve ser votado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul até o final do ano. De acordo com o diretor da Farsul Domingos Lopes, o projeto nivela a legislação estadual com a federal e traz competitividade ao agronegócio, sem causar nenhum dano. A Farsul considera que não faz sentido exigir registro de agroquímico no país de origem, porque nem sempre há interesse no uso naquela localidade, e lembra que Anvisa, Ibama e Mapa realizam testes rigorosos para só então novas moléculas entrarem no mercado brasileiro.

Senar-RS valoriza ano de superação

O superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, valorizou os resultados do Senar-RS em um ano atípico. A entidade conseguiu implantar projetos como a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), com cerca de 2 mil produtores atendidos mensalmente hoje, além de investir em temas transversais, programas de inovação como o AgroUp e eventos semipresenciais. "Apesar da pandemia, o Senar-RS conseguiu realizar aproximadamente 2,2 mil cursos e chegar a 35 mil gaúchos", afirma Condorelli. Em 2021, o Senar-RS pretende chegar a 12 mil produtores com a ATeG. Outra novidade é a disponibilização dos polos de ensino presencial para os cursos de nível superior da Faculdade CNA.

Fonte: Imprensa Sistema Farsul

Imagem: Gerson Raugust

Quarta, 09 de Dezembro de 2020
Aneel vai rever cadastro de consumidores rurais até 2023
Aneel vai rever cadastro de consumidores rurais até 2023 Fonte: Portal DBO

Categoria é subsidiada com recursos oriundos das contas de energia elétrica de todos os consumidores do Brasil

 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta terça-feira (8/12) rever o cadastro de consumidores de classes rurais, incluindo atividades de irrigação e aquicultura, e de esgoto e saneamento. Os subsídios para esses consumidores são pagos pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que é bancada por todos os brasileiros por meio da conta de luz.

O cadastro desses consumidores para receber os descontos foi suspenso em janeiro deste ano, após a Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) alegar dificuldade de cumprir os prazos estabelecidos. A nova resolução estabelecerá o reinício do prazo para cadastramento dos consumidores a partir de 2021 até 2023. A princípio, o cadastro poderia ser feito até 2021.

 

De acordo com dados da Aneel, em 2019, foram concedidos R$ 2,9 bilhões em subsídios para a classe rural; R$ 919,1 milhões para atividades de irrigação e aquicultura; e R$ 789,6 milhões para o setor de água, esgoto e saneamento. Em 2019, o governo editou decreto que põe fim aos subsídios dos consumidores rurais do País.

Os descontos serão eliminados, gradativamente, no prazo de cinco anos. O texto permitiu, no entanto, que produtores que fazem uso da irrigação possam acumular também o benefício oferecido aos rurais – o que havia sido proibido no governo de Michel Temer -, até que seja extinto.

Fonte: Portal DBO

Imagem: Fernando C. Vieira

Quarta, 09 de Dezembro de 2020
Zarc para arroz tropical irrigado traz nova perspectiva para o seguro agrícola
Zarc para arroz tropical irrigado traz nova perspectiva para o seguro agrícola Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Foram publicadas no Diário Oficial da União desta quarta-feira (09) as portarias de Nº 374 a 398, com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2020/2021, para o cultivo do arroz tropical irrigado por inundação, que foi atualizado e traz como novidade a possibilidade estimar a produtividade do cereal em diferentes regiões do Brasil.    

A versão anterior do Zarc levava em consideração temperatura do solo, temperatura mínima do ar e radiação solar durante as fases críticas da planta e dados médios de produtividade obtidos em experimentos de campo para estabelecer os períodos de semeadura. Já a versão atual do Zarc adiciona a essas informações o estabelecimento de níveis de risco, a partir da simulação de produtividade. Isso permite classificar os níveis de risco das lavouras em 20% (80% de sucesso), 30% (70% de sucesso) e 40% (60% de sucesso). 

Essa novidade do Zarc acrescenta a possibilidade de, futuramente, realizar o seguro agrícola em função da possível renda do produtor, em vez do modelo atual que garante a cobertura apenas do crédito adquirido para o estabelecimento das lavouras.

“Se o produtor perdeu por questão climática, pode solicitar a cobertura. Só que os seguros hoje cobrem mais o financiamento do que a renda. Mas, se o produtor perder, não perde apenas a parte financiada da lavoura. Então, para assegurar a renda, é necessário se trabalhar com níveis de risco e de produtividade”, explica o pesquisador da Embrapa Alexandre Bryan Heinemann, um dos coordenadores desse trabalho. 

É justamente a introdução de projeção de perda de renda, devido a questões climáticas, a novidade que foi inserida no zoneamento. O Zarc do arroz tropical irrigado por inundação possui abrangência de mais de 20 estados, indo do norte do Paraná a Roraima. 

Zarc 

Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só permitem o acesso ao crédito rural para cultivos em áreas zoneadas e para o plantio de cultivares indicadas nas portarias de zoneamento.

Ouça o áudio do Mapacast que explica o funcionamento e a importância do Zarc

Aplicativo Plantio Certo

Produtores rurais e outros agentes do agronegócio podem acessar através de tablets e smartphones, de forma mais prática, as informações oficiais do Zarc, facilitando a orientação quanto aos programas de política agrícola do governo federal. O aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas/SP), está disponível nas lojas de aplicativos: iOS e Android 

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Imagem: Sebastião José de Araújo

Quarta, 09 de Dezembro de 2020
Cotação do milho dispara na B3 nesta quarta-feira se recuperando das últimas perdas
Cotação do milho dispara na B3 nesta quarta-feira se recuperando das últimas perdas Fonte: NOTICIAS AGRÍCOLAS

A quarta-feira (09) segue sendo positiva para os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações altistas entre 4,57% e 5% por volta das 11h49 (horário de Brasília).

O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 74,99 com valorização de 5%, o março/21 valia R$ 76,02 com ganho de 5%, o maio/21 era negociado por R$ 73,71 com elevação de 4,57% e o julho/21 tinha valor de R$ 64,80 com estabilidade.

A Agrifatto Consultoria destaca as movimentações distintas entre as cotações futuras da B3 e do mercado físico brasileiro. Enquanto a bolsa mantém suas altas de ontem, as praças de comercialização seguem com negociações travadas. “Os compradores ainda estão forçando os valores ofertados para baixo e os vendedores, de olho na valorização da B3, mantêm a pedida acima dos R$ 73,00/sc”.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro seguem levemente elevados na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quarta-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 2,25 e 3,25 pontos por volta das 11h41 (horário de Brasília).

O vencimento dezembro/20 era cotado à US$ 4,20 com alta de 3,25 pontos, o março/21 valia US$ 4,22 com valorização de 3,00 pontos, o maio/21 era negociado por US$ 4,25 com ganho de 2,25 pontos e o julho/21 tinha valor de US$ 4,26 com elevação de 2,25 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os futuros do milho subiram esta manhã, com os traders finalizando suas posições antes dos relatórios WASDE de amanhã e as chuvas na América do Sul estabilizando as previsões de oferta global de milho.

Enquanto isso, a demanda por combustível continua a cair conforme os governos regionais promulgam novamente as restrições de bloqueio para combater o aumento dos casos de pandemia COVID-19. “A demanda de gasolina continua a cair perto das mínimas de meados de junho, conforme a escola retorna ao ensino remoto e menos opções estão disponíveis para uma reunião pessoal segura conforme o tempo esfria”, relata Jacqueline Holland.

Na semana que terminou em 4 de dezembro, a demanda por gasolina caiu para 334,9 milhões de galões/dia, uma baixa em 24 semanas. A demanda por gasolina caiu 9% desde o início de novembro, já que os casos de COVID-19 continuam aumentando. As taxas de mistura de etanol também estão em forte queda, já que a indústria luta para se alinhar com a queda da demanda.

Fonte: Noticias Agrícolas - Guilherme Dorigatti

Quarta, 09 de Dezembro de 2020
IGP-M sobe 1,28% na primeira prévia de dezembro, diz FGV
IGP-M sobe 1,28% na primeira prévia de dezembro, diz FGV Fonte: Agência Brasil

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 1,28% nos primeiros dez dias, ou primeiro decêndio, de dezembro. O percentual é menor do que o registrado no mesmo período de novembro, quando ficou em 2,67%. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), que divulgou a primeira prévia do indicador hoje (9), com este resultado, a taxa em 12 meses passou de 23,79% para 23,52%.

Segundo o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz, a alta menos intensa no IGP foi favorecida pela queda das taxas de variação das commodities de maior expressão no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA). Os destaques foram a soja (de 9,21% para -2,60%) e o minério de ferro (de -2,80% para -3,65%).

Índice de Preços ao Produtor Amplo

Também nos primeiros dez dias de dezembro, o IPA teve alta de 1,39%. No mesmo período do mês de novembro, o índice teve elevação de 3,48%. De acordo com a pesquisa, na análise por estágios de processamento, os preços dos bens finais subiram 2,28% em dezembro. No mês anterior tinha subido 2,17%. A variação do subgrupo combustíveis para o consumo foi a principal influência para este movimento, ao sair da queda de 0,27% para a alta de 2,47%.

Já o índice correspondente aos bens intermediários caiu de 3,88% no primeiro decêndio de novembro para 2,65% no mesmo período de dezembro. De acordo com o Ibre, o recuo foi influenciado pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que teve queda na taxa de 4,72% para 2,60%.

O percentual referente às matérias-primas brutas caiu bastante. Passou de 4,19% no primeiro decêndio de novembro para recuo de 0,28% no primeiro decêndio de dezembro. As contribuições partiram da soja em grão (de 9,21% para -2,60%), do milho em grão (de 17,05% para 2,50%) e suínos (de 10,60% para -5,95%). Já a cana-de-açúcar (de 0,68% para 5,23%), café em grão (de -0,13% para 5,75%) e aves (de 3,06% para 4,29%) tiveram movimento contrário.

Índice de Preços ao Consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi outro que teve variação positiva. Saiu de 0,41%, no primeiro período de novembro, para 0,86% nos primeiros dez dias de dezembro. Conforme a pesquisa, seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram alta em suas taxas de variação, com destaque para o grupo educação, leitura e recreação (0,19% para 3,52%). Nesta classe de despesa, o comportamento do item passagem aérea foi destaque. A taxa passou de 1,56% para 26,08%.

Foram notados ainda os acréscimos nas taxas de variação dos grupos alimentação (de 0,82% para 1,27%), habitação (de 0,21% para 0,48%), despesas diversas (de -0,07%para 0,31%), comunicação (de 0,02% para 0,08%) e transportes (de 0,87% para 0,88%). As maiores contribuições partiram dos itens frutas (de -1,88% para 0,92%), tarifa de eletricidade residencial (de 0,00% para 1,25%), serviços bancários (de 0,00% para 0,32%), mensalidade para TV por assinatura (de -0,08% para 0,44%) e automóvel novo (de 1,19% para 1,91%).

Em movimento oposto, os grupos vestuário (de 0,34% para -0,19%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,06% para-0,08%) registraram recuo nas taxas de variação. A influência principal foi dos itens roupas (de 0,46% para -0,54%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,23% para -0,91%).

Fonte: Agência Brasil – Cristina Indio do Brasil

Imagem: Marcello Casal

Terça, 08 de Dezembro de 2020
STF vota pela inconstitucionalidade da reeleição de Maia e Alcolumbre
STF vota pela inconstitucionalidade da reeleição de Maia e Alcolumbre Fonte: Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no fim da noite desse domingo (6), durante sessão de julgamento em plenário virtual, que os atuais presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); não podem disputar a reeleição na mesma legislatura.

Os últimos votos foram dos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Luiz Fux. Todos tiveram entendimento contrário ao voto do relator Gilmar Mendes, e decidiram pela inconstitucionalidade da reeleição de Maia e Alcolumbre.

No entendimento do relator, Maia e Alcolumbre poderiam se reeleger, mas deveria haver uma regra para que fosse permitida apenas uma recondução. Ele foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski. Nunes Marques acompanhou o relator, mas em relação à candidatura de Alcolumbre.

Fachin, Barroso e Fux seguiram os votos das ministras Carmen Lúcia e Rosa Weber e do ministro Marco Aurélio Mello, contrários à reeleição. Ao proferir seu voto, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, disse que a norma constitucional “impede a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente a do primeiro ano da legislatura”.

Segundo Fux, “não há como se concluir pela possibilidade de recondução em eleições que ocorram no âmbito da mesma legislatura sem que se negue vigência ao texto constitucional.”

Resultado final

Como o ministro Nunes Marques votou contrário à candidatura da reeleição de Rodrigo Maia, na mesma legislatura, para a presidência da Câmara; e a favor da candidatura de Davi Alcolumbre, para o Senado; o placar final da votação, em sessão de julgamento no plenário virtual, ficou em 7 votos a 4 contra a Maia e 6 a 5 contra Alcolumbre.

A votação foi para decidir sobre Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) impetrada pelo PTB. Nela, o partido pedia para que fosse proibida a recondução dos presidentes das casas legislativas do Congresso Nacional.

Fonte: Agência Brasil

Imagem: Marcello Casal

Terça, 08 de Dezembro de 2020
Boi, soja e milho em queda.
Boi, soja e milho em queda. Fonte: Canal Rural

Dólar encosta no menor valor em cerca de 6 meses e segue pressionando negativamente as cotações das commodities

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Milho: cotações ficam estáveis, mas pressão de baixa permanece
Soja: preços perdem força seguindo movimento do dólar
Café: câmbio compensa alta em Nova York
No Exterior: mercados seguem monitorando acordos nos EUA e Europa
No Brasil: dólar encosta no menor valor em 6 meses

Agenda:

Brasil: IPCA de novembro (IBGE)
Brasil: dados de desenvolvimento das lavouras do Paraná (Deral)
EUA: estoques semanais de petróleo bruto (API)

Boi: arroba tem mais um dia de desvalorização

De acordo com a Agrifatto Consultoria, o mercado brasileiro sente o alongamento das escalas em todo o país com o desinteresse dos frigoríficos em atuarem em novas compras. Com isso, o valor ofertado pelo boi gordo segue diminuindo. Em São Paulo, a consultoria já aponta valores a R$ 265 por arroba. Na B3, o dia também foi marcado por quedas e o contrato para dezembro teve ajuste em R$ 255,85, baixa diária de 1,41%. Foi o menor valor registrado para este vencimento desde o dia 30 de setembro.

Se a demanda interna dá sinais de enfraquecimento, a externa também parece mostrar diminuição expressiva da força dos meses anteriores. De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), na primeira semana de dezembro foram exportadas 21,86 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada. Isso resulta em uma média diária de 5,46 mil toneladas, resultado 35% menor que o registrado no mês anterior.

Milho: cotações ficam estáveis, mas pressão de baixa permanece

De acordo com o consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado de milho brasileiro abriu a semana com preços estáveis, com compradores de fora dos negócios, mas com alguma pressão de venda ainda existente. Em Campinas (SP), a saca seguiu em R$ 70, em Cascavel (PR) ficou em R$ 75 e em Erechim em R$ 83. Na B3, o contrato para janeiro passou de R$ 69,87 para R$ 68,02, uma queda de 2,6%.

Na primeira semana de dezembro, o Brasil exportou 1,14 milhão de toneladas de milho, resultando em uma média diária de 286,21 mil toneladas. Este volume ficou 16,9% acima do registrado no mês de novembro e aponta para um dos maiores meses para dezembro da série histórica.

Soja: preços perdem força seguindo movimento do dólar

Com o dólar voltando a trabalhar abaixo de R$ 5,10 pela primeira vez desde o dia 22 de julho e com a alta volatilidade em Chicago, o mercado brasileiro de soja esteve ainda mais travado. Segundo a Safras & Mercado, em Cascavel (PR), a saca recuou de R$ 145 para R$ 143 e em Rondonópolis (MT) caiu de R$ 153 para R$ 149.

Os dados da balança comercial seguem refletindo a pouca quantidade de soja disponível no mercado brasileiro. A média diária embarcada na primeira semana de dezembro foi de 30,09 mil toneladas e ficou 59% abaixo do registrado em novembro. A expectativa é que esse cenário permaneça assim até a entrada da nova safra.

Café: câmbio compensa alta em Nova York

O mercado brasileiro de café iniciou a semana com preços praticamente estáveis com o câmbio compensando o movimento de alta na Bolsa de Nova York. Apesar de ter fechado em leve baixa, o dólar trabalhou grande parte do dia em queda.

O indicador do café arábica do Cepea passou de R$ 581,96 para R$ 571,26 a saca, um recuo diário de 0,98%. No acumulado do mês de dezembro, a cotação já acumula uma queda de 5,1%, sendo que o câmbio foi o grande responsável por essa dinâmica.

No Exterior: mercados seguem monitorando acordos nos EUA e Europa

Com agenda econômica esvaziada no início desta semana, os mercados seguem monitorando o acordo comercial entre União Europeia e Reino Unido, e a negociação para um acordo que permita o lançamento de um novo pacote de estímulos fiscais nos Estados Unidos. A expectativa agora é que ele seja votado junto do orçamento federal nesta sexta-feira, 11.

O Reino Unido se tornou hoje, terça-feira, 08, o primeiro país do Ocidente a iniciar a vacinação contra a Covid-19. A prioridade para a imunização nesta primeira fase será com trabalhadores da área de saúde, cuidadores e pessoas com mais de 80 anos.

No Brasil: dólar encosta no menor valor em 6 meses

O dólar chegou a operar na casa dos R$ 5,05 ontem e passou grande parte do dia em forte baixa em virtude da entrada de fluxo estrangeiro desde o início de novembro. A mínima do dia marcou o menor valor para o dólar em 6 meses. Também tem ajudado o mercado de câmbio a diminuição do risco político que gera novas pressões para a política fiscal e o Teto dos Gastos.

No fim do dia, notícias de que o relator da PEC Emergencial, Senador Márcio Bittar (MDB-AC), incluiria dispositivos que permitiriam despesas ficarem de fora do Teto dos Gastos em 2021, pesaram e fizeram o dólar voltar para cima de R$ 5,10. Isso mostra o quanto os investidores seguem sensibilizados por notícias em relação ao cenário fiscal. Porém, o Ministério da Economia e o Senador negaram qualquer intenção de programar despesas fora do limite de gastos.

Fonte: Canal Rural - Felipe Leon