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Sexta, 15 de Janeiro de 2021
Retração dos frigoríficos pressiona cotações da carne suína no Brasil
Retração dos frigoríficos pressiona cotações da carne suína no Brasil Fonte: Safras & Mercados

     O mercado brasileiro para a carne suína teve uma semana de pressão nas cotações, com frigoríficos adotando uma postura mais retraída nas negociações, avaliando que o escoamento da carne evolui de maneira lenta. A avaliação é do analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.

     O suinocultor encontra maior dificuldade para reter os animais nas granjas neste momento dado o alto custo da nutrição animal, com milho e farelo de soja em tendência de alta, operando com margens deterioradas. “O fim do auxílio emergencial e aumento das despesas das famílias neste momento são fatores negativos para o consumo. O quadro de disponibilidade de carne suína tende a aumentar no curto prazo, fator que pode resultar em novas quedas de preços”, acrescenta Maia.

      Quanto ao milho, o cenário deve ser bastante complicado ao longo do primeiro semestre, devido à safra de verão curta e a logística centrada na soja. “Deste modo, o produtor deve se atentar ao tamanho do alojamento. Dados da exportação de carne suína também merecem atenção ao longo das próximas semanas, com a necessidade de bons fluxos para mitigar parte do cenário negativo”, completa.

     China

     Os preços de suínos vivos na China em dezembro ficaram em 33 yuans por quilo, alta de 14% mês a mês e no mesmo nível registrado um ano antes. Segundo relatório mensal do banco holandês, Rabobank, relativo a alimentos e agronegócio no país asiático, os preços chegaram a 38 yuans por quilo no início de janeiro, perto dos valores recorde, apesar da liberação de carne suína congelada de reservas estatais.

    “Isso reflete a forte demanda sazonal e o aperto da oferta no mercado”, diz o documento assinado pela analista de proteína animal do banco, Chenjun Pan. O Rabobank prevê que os preços devam começar a cair na segunda metade do primeiro trimestre de 2021 e depois cair a um patamar entre 22 e 26 yuans por quilo para o balanço de 2021, ficando de 25 a 30% abaixo da média para 2020.

Fonte: Safras & Mercado -  Dylan Della Pasqua

Sexta, 15 de Janeiro de 2021
Bill Gates: de rei da tecnologia a maior proprietário de terras agrícolas nos EUA
Bill Gates: de rei da tecnologia a maior proprietário de terras agrícolas nos EUA Fonte: Canal Rural

Bilionário do ramo de tecnologia, ele é dono de 97 mil hectares, distribuídos em 18 dos 50 estados americanos

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Se você está lendo esta matéria em um computador, a chance de estar usando o sistema Windows, desenvolvido pelo norte-americano Bill Gates, é de quase 90%, segundo os dados de participação de mercado da Microsoft, empresa que pertence ao bilionário.

Mas o homem que hoje é conhecido em todo o planeta como o gigante da tecnologia acaba de conquistar um novo título: o de rei das fazendas nos Estados Unidos. De acordo com a revista Forbes, Bill Gates estaria comprando cerca de 97.933 hectares nos EUA, tornando-se o maior proprietário privado de terras agrícolas do país.

Quando alguém com a visão de negócio e o histórico de inovação de Bill Gates investe em um bem como esse, fica muito claro que a terra para a produção de alimentos é um ativo tão ou mais importante que a tecnologia para o futuro do planeta, se é que ainda existia alguma dúvida sobre isso.

 

Bill Gates durante Fórum Econômico Mundial. Foto: Monika Flueckiger/World Economic Forum

Com uma fortuna avaliada em US$ 121 bilhões, o que faz dele o quarto homem mais rico do planeta, o empresário teria terras em 18 dos 50 estados norte-americanos. Segundo a Forbes, as maiores propriedades de Gates estão na Louisiana (28 mil hectares), Arkansas (19 mil hectares) e Nebraska (8,3 mil hectares). Além disso, ele tem participação em 10,4 mil hectares no Arizona.

Pesquisa da revista The Land Report mostra que a posse de Gates sobre essas terras se dá por meio de terceiros e da Cascade Investiments, empresa de investimentos do bilionário, que também é dona da empresa de segurança alimentar Ecolab.

Infelizmente, o The Land Report não conseguiu informações sobre o que está sendo produzido nessas terras, ou mesmo se elas já estão sendo usadas para a produção de alimentos. Porém, desde 2008, a Fundação Bill e Melinda Gates vem tentando estimular agricultura sustentável de alto rendimento em outros países. O objetivo é, segundo a Forbes, desenvolver safras resistentes às mudanças climáticas e vacas leiteiras com maior rendimento.

No Brasil, Bill Gates não ficaria nem entre os três maiores

Procurado pelo Canal Rural, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não informou os nomes dos maiores proprietários de terras agrícolas do Brasil até a publicação desta reportagem.

Mas, de acordo com levantamento da Nilo Imóveis, empresa especializada em comercialização de propriedades rurais, em hectares de terras rurais, Bill Gates não ficaria nem entre os três maiores do Brasil.

Dados levantados pela empresa apontam que a SLC Agrícola tem 581 mil hectares. O Grupo Bom Futuro, que pertence a Eraí Maggi, tem 530 mil hectares. Completando o pódio brasileiro, está o grupo Maggi, com 258 mil hectares.

Fonte: Canal Rural

Imagem: Monika Flueckiger/World Economic Forum

Sexta, 15 de Janeiro de 2021
Destaques da Economia (11 a 15/01)
Destaques da Economia (11 a 15/01) Fonte: AF News Agrícola

De acordo com o levantamento feito pelo Banco Mundial, a implementação generalizada da vacina contra a Covid-19 e o incentivo a investimentos serão imprescindíveis para sustentar a recuperação. Confira mais destaques da economia do Brasil e do Mundo e também os dados da balança comercial brasileira:

Economia Brasileira

Cotação do Dólar: No fechamento de quinta-feira (10), o preço do dólar registrou uma variação negativa diária em 1,9% sendo cotado a R$ 5,209. Na variação semanal, o indicador apresentou queda de 3,50% tendo em vista que a moeda americana estava cotada a R$ 5,399 a uma semana. Hoje (15), por volta das 11h20 o cambio registrava R$ 5,2852.

Pedidos de falência sobem 12,7%: No ano passado, os pedidos de falência no Brasil avançaram 12,7%, apontam dados nacionais da Boa Vista. Já as falências decretadas cresceram 1,9%, na comparação com 2019. Também aumentou o volume de pedidos de recuperação judicial e de recuperações judiciais deferidas em 13,4% e 11,1%, respectivamente. De acordo com análise da Boa Vista, as medidas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid-19 tiveram um impacto especialmente forte sobre pequenas e médias empresas no segundo semestre.

Indústria cresce em 10 de 15 regiões: Entre outubro e novembro, a produção industrial brasileiraaumentou em 10 dos 15 locais analisados em uma pesquisa mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São Paulo, que responde por um terço da produção nacional, registrou avanço de 1,5%. Os demais aumentos ocorreram na Bahia, Rio Grande do Sul, Amazonas, Região Nordeste, Santa Catarina, Ceará, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. Na média, a produção subiu 1,2%. Segundo análise do IBGE, o resultado pode ser atribuído sobretudo aos setores de veículos, máquinas e equipamentos.

Setor diz que preços de medicamentos podem subir 18%: De acordo com a Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais, a redução do subsídio do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços pelo governo de São Paulo pode significar um aumento de até 18% nos preços dos medicamentos. A associação, em conjunto com outras sete entidades do setor, enviou uma carta ao governador João Doria solicitando a manutenção dos subsídios fiscais para todas as classes e categorias de remédios – o governo já desistiu da retirada de benefícios fiscais para os genéricos.

Saída da Ford pode gerar baque de R$ 5 bi na Bahia: O fim das atividades da Ford em Camaçari e seus reflexos para a cadeia produtiva local podem causar um baque de R$ 5 bilhões à economia baiana — montante que representa 2% do PIB do estado. O valor é apontado em um estudo feito no ano passado pela SEI, órgão de estudos econômicos e sociais ligado ao governo. O setor automotivo contribui com 0,3% da produção de riquezas no estado, mas tende a ter uma participação maior se considerados seus impactos indiretos em setores como comércio e serviços.

Agronegócio Brasileiro e Balança Comercial

Segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior - Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), disponibilizados na segunda (11), até a 1º Semana de Janeiro/2021, comparado a Janeiro/2020, as exportações cresceram 47,4% e somaram US$ 4,86 bilhões. As importações cresceram 1,8% e totalizaram US$ 3,74 bilhões. Assim, a balança comercialregistrou superávit de US$ 1,11 bilhões e a corrente de comércio aumentou 23,4%, alcançando US$ 8,60 bilhões.

Nas exportações dos produtos agrícolas, a Secex informou que:

As exportações de café torrado contabilizaram um volume de 75,295 mil toneladas na primeira semana de janeiro. O resultado foi 33,1% maior que o da primeira semana de dezembro. A média diária de embarques ficou em 15 mil tons.

A soja em grãos obteve um volume de apenas 58,0 mil toneladas durante o período de 04 a 08 de janeiro, com queda de 62,0 mil toneladas comparado a primeira semana de dezembro.  A média diária movimentada foi de apenas 11,8 mil tons.

Na exportação do milho, a Secex informou a movimentação de 641,31 mil toneladas na primeira semana de janeiro, com redução de 44% no comparativo com igual período do mês anterior. A média diária nos cinco primeiros dias úteis de janeiro ficou em 128,26 mil tons.

Economia Mundial

Economia mundial deverá expandir 4% em 2021: O Banco Mundial divulgou na última semana o estudo Perspectivas Econômicas Globais com as estimativas de crescimento dos países. De acordo com o levantamento, a implementação generalizada da vacina contra a Covid-19 e o incentivo a investimentos serão imprescindíveis para sustentar a recuperação.

“Será necessário um grande impulso para melhorar o ambiente de negócios, aumentar a flexibilidade do mercado de trabalho e de produtos, além de fortalecer a transparência e a governança”

Fonte: AF News Agrícola – Giulia Zenidin

Quarta, 13 de Janeiro de 2021
USDA empurra soja para maior nível desde junho de 2014 em Chicago
USDA empurra soja para maior nível desde junho de 2014 em Chicago Fonte: Safras & Mercado

 Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em forte alta. O mercado, que já vinha registrando bons ganhos, foi impulsionado pelo relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que confirmou o sentimento de aperto na oferta mundial da oleaginosa.

     Com esse impulso, os contratos romperam a barreira de US$ 14 por bushel, atingindo os melhores patamares desde o final de junho de 2014.

     O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,135 bilhões de bushels em 2020/21, o equivalente a 112,53 milhões de toneladas, abaixo do esperado no relatório anterior: 4,170 bilhões de bushels ou 113,5 milhões de toneladas. O mercado apostava em 4,155 bilhões ou 113,07 milhões.

     Os estoques finais estão estimados em 140 milhões de bushels ou 3,81 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 135 milhões ou 3,67 milhões de toneladas. No relatório anterior, os estoques estavam projetados em 175 milhões de bushels – 4,76 milhões de toneladas.

     O USDA projetou safra mundial de soja em 2020/21 de 361 milhões de toneladas. Em dezembro, o número era de 362,05 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 84,31 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 83 milhões de toneladas. Em dezembro, a previsão era de 85,64 milhões de toneladas.

     A projeção do USDA aposta em safra americana de 112,53 milhões de toneladas. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 133 milhões de toneladas, repetindo o número de dezembro. A Argentina deverá produzir 48 milhões de toneladas. A previsão anterior era de 50 milhões de toneladas.

     Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição 1o de dezembro, totalizaram 2,93 bilhões de bushels. O volume estocado recuou 10% na comparação com igual período de 2019. O número ficou acima da expectativa do mercado, de 2,904 bilhões de bushels.

     Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 45,75 centavos de dólar por libra-peso ou 3,33% a US$ 14,18 1/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 14,13 3/4 por bushel, com ganho de 43,75 centavos ou 3,19%.

     Nos subprodutos, a posição março do farelo subiu US$ 18,60 ou 4,16% a US$ 465,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 42,63 centavos de dólar, inalterado.

Fonte: Safras & Mercado -  Dylan Della Pasqua

Quarta, 13 de Janeiro de 2021
Embarques brasileiros de soja devem ganhar ritmo entre fevereiro e março!
Embarques brasileiros de soja devem ganhar ritmo entre fevereiro e março! Fonte: AF News Agricola

A primeira semana de janeiro reflete a força que registrou o complexo soja brasileiro em 2020. Dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) mostraram que não foram computados volumes exportados de soja nesta primeira semana do novo ano dada a oferta muito restrita do restante da safra 2019/20. Mais do que isso, a colheita 2020/21 - como já vinha sendo esperado - começa um pouco mais tarde em função dos problemas climáticos enfrentados pelas regiões produtoras em quase todo país, principalmente durante o plantio.

"Esse mês de janeiro ainda deve ser fraco para as exportações. Se tivermos algo, será bem pouquinho", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting. Ainda segundo ele, o Brasil deve engrenar mais seus embarques em fevereiro, com sinalizações de que volumes grandes deverão ser registrados entre março e abril.

Mais do que isso, Brandalizze lembra ainda que a China comprou bastante nos Estados Unidos para garantir seu abastecimento e, aos poucos, começa a embarcar também a soja brasileira. "Não temos muita oferta entre janeiro e fevereiro aqui no Brasil, mas de fevereiro em diante começa a engrenar, a colheita do Paraná começa a andar na semana que vem e isso ajuda", complementa o consultor.

Confirmando este cenário de uma demanda ainda firme pela soja brasileira e da pouquíssima oferta disponível - que fica, inclusive, no mercado interno neste momento - são os prêmios ainda positivos no mercado nacional. De acordo com o levantamento da Brandalizze Consulting, os compradores oferecem valores de 20 a 40 cents de dólar por bushel sobre os valores praticados na Bolsa de Chicago, enquanto os vendedores pedem entre US$ 1,20 e US$ 1,40.

"O ano de 2021 se iniciou com preços da soja em forte alta no Brasil. De acordo com pesquisadores do Cepea, o impulso vem da interrupção dos embarques na Argentina, de expectativas de menor produção no país vizinho e das valorizações externas e cambial. Em apenas uma semana, as cotações da soja chegaram a subir mais de 10 Reais/saca", informam os pesquisadores do Cepea.

De ambas as perspectivas, a soja brasileira já vale mais de US$ 14,00 por bushel. E auxiliados pelo dólar na casa dos R$ 5,50 - como fechou o dia a moeda ontem - os preços da oleaginosa no mercado brasileiro seguem firmes. "E quando a vacinação começar em massa no Brasil também ajuda os negócios", complementa Brandalizze.

"A soja fechou 2020 como maior produto na pauta de exportações do Brasil e segue com fôlego para continuar

forte em 2021, porque deveremos ter uma safra maior neste ano e assim com maior potencial de exportação para os próximos meses", diz.

DERIVADOS DA SOJA

Se o Brasil não registrou volumes do grão sendo exportados neste começo de 2021, o farelo de soja dá início à temporada com um acumulado de 450 mil toneladas, contra o total de 1,050 milhão de todo janeiro de 2020. E este, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, é um bom sinal para o derivado, que deverá dar sequência ao mês com bom ritmo.

No óleo, ainda segundo os dados da Secex, foram embarcadas 3,3 mil toneladas na primeira semana do mês.

Fonte: AF News Agricola - Giulia Zenidin

Quarta, 13 de Janeiro de 2021
Contratação de crédito rural para safra 2020/2021 chega a R$ 125 bilhões em seis meses
Contratação de crédito rural para safra 2020/2021 chega a R$ 125 bilhões em seis meses Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

O valor representa alta de 18% entre julho e dezembro de 2020, em comparação ao mesmo período da safra anterior

De julho a dezembro de 2020, a contratação de crédito rural para a safra 2020/2021 teve expansão de 18%, atingindo R$ R$ 125,3 bilhões, em relação ao mesmo período da safra anterior.

De acordo com o Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021, o destaque é o crédito para investimento, que somou R$ 39,57 bilhões (alta de 44%). Os financiamentos de custeio alcançaram R$ 67,86 bilhões (+12%), de comercialização, R$ 10,67 bilhões (recuo de 9%) e de industrialização, R$ 7,18 bilhões (+ 2%).

Do total das contratações de crédito de investimento, R$ 8,9 bilhões (10%) foram contratados por pequenos produtores (Pronaf) e R$ 1,59 bilhão (11%) pelos médios produtores (Pronamp). Os demais produtores responderam por R$ 29,07 bilhões (62%).

Em relação aos programas de investimento, com recursos do BNDES e administrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a contratação ocorreu da seguinte forma: R$ 6,66 bilhões do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota); R$ 1,45 bilhão do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA); R$ 1,43 bilhão do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro); R$ 637 milhões do Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra) e R$ 1,18 bilhão do Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (Moderagro).

Sobre as contratações de custeio, os pequenos produtores responderam por R$ 10,3 bilhões (16%) e os médios produtores, R$ 15 bilhões (7%). A maior parte foi contratada por demais produtores, R$ 42,49 bilhões, um crescimento de 14%.

O diretor do Departamento de Crédito e Informação, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, destaca que os financiamentos agropecuários feitos a partir de recursos da emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) totalizam R$ 14,5 bilhões, aos quais se somam os valores referentes às aquisições de CPR’s e às operações com agroindústrias.

Segundo ele, a LCA continua sendo uma importante contribuição para o funding do crédito rural, pois não resulta em ônus para os cofres públicos. A LCA é um título de renda fixa privado. Os recursos investidos na LCA são usados para financiar o agronegócio. 

 

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Quarta, 13 de Janeiro de 2021
França está desesperada ante a sustentabilidade do agro do Brasil, diz FPA
França está desesperada ante a sustentabilidade do agro do Brasil, diz FPA Fonte: Canal Rural

Bancada do agro rebateu as críticas do presidente francês e afirma que o país europeu não tem condições de parar de comprar soja do Brasil

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) afirma que “acompanhou com profundo constrangimento” as declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, em que associa a agricultura brasileira aos crimes de desmatamento ilegal. Segundo a bancada, o mandatário não apresentou nenhum dado oficial que comprove a acusação.

“A França, em toda sua história, nunca demonstrou tanto desespero em relação ao desenvolvimento sustentável que o Brasil alcança ano a ano, com novas tecnologias e uma agricultura de precisão que garante duas safras/ano, responsável pelo aumento robusto de nossa produtividade ao longo dos últimos 40 anos, a um custo diferenciado para abastecimento interno e do mundo todo”, diz a FPA, em nota.

A bancada do agro ressalta que o Brasil é uma potência agrícola por vocação. “Possuímos uma área de 66,3% de vegetação protegida e preservada. Dessas, 20,5% estão em imóveis rurais. De todo o território nacional, utiliza-se apenas 7,8% para lavouras e florestas plantadas. E quais são os números de ocupação de solo na França?”, questiona.

A FPA alerta que a política interna da França não pode colocar em xeque outra nação e a legalidade das políticas públicas brasileiras para a agricultura como um todo.

“Atualmente, apenas 10% da soja brasileira é produzida no bioma amazônico, sem contar que toda a produção está dissociada de qualquer processo de desmatamento desde 2008”, ressalta.

Por último, a bancada afirma que é preciso entender e considerar que, em números redondos, a União Europeia importa cerca de R$ 13 milhões toneladas por ano, das quais 5 milhões vão para a França. A produção atual dos franceses é de 200 mil toneladas por ano irrigada e a um custo alto, ou seja, apenas 5% da demanda.

“Para atender, seria necessário plantar cerca de 2 milhões de hectares. Basta saber quem vai liberar essa terra toda e o impacto ambiental disto. Um discurso para atender eleitores não pode ser utópico ao ponto de não ser alcançada a autossuficiência”, pontua a FPA.

A nota assinada pelo presidente da bancada, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), afirma que o país não aceitará acusações. “O Brasil é um grande exportador mundial de alimentos, um dos maiores responsáveis pelo abastecimento alimentar no mundo e ocuparemos nosso lugar, independente das guerras comerciais em franco desenvolvimento na França. Somos sustentáveis, cumprimos regras sanitárias e ambientais mais rígidas do que os países competidores e estamos alcançando um padrão de qualidade nunca visto antes, sem aumentar nossa área de plantio. Para a França alcançar o patamar brasileiro, teria que conquistar novos territórios ou colônias, o que a modernidade e a civilidade não permitem mais”, finaliza.

Fonte: Canal Rural

Imagem: Pedro Silvestre

Quarta, 13 de Janeiro de 2021
Confiança do empresário industrial recua em janeiro.
Confiança do empresário industrial recua em janeiro. Fonte: Agência Brasil

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) teve um recuo de 2,2 pontos em janeiro de 2021, em relação a dezembro de 2020, informou hoje (13) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice ficou em 60,9 pontos em janeiro de 2021, ante 63,1 pontos em dezembro de 2020, numa escala que vai de 0 a 100. O índice está ainda 4,4 pontos abaixo do registrado em janeiro de 2020.

De acordo com a confederação, a queda mostra a elevada incerteza com relação à evolução da pandemia do novo coronavírus e ao desempenho da economia nos próximos seis meses.

“Apesar da chegada da vacina, o crescimento do contágio nos países europeus e, sobretudo, no Brasil aumentou o temor da necessidade de novas medidas de isolamento social. Adicionalmente, o ano de 2021 começa sem as medidas emergenciais de apoio às empresas e às famílias mais vulneráveis. Esses fatores, provavelmente, resultaram no recuo da confiança dos empresários”, diz o boletim da CNI.

O levantamento registrou queda nos dois indicadores que compõem o Icei: o Índice de Condições Atuais e o Índice de Expectativas. A redução foi maior no Índice de Condições Atuais, que passou de 59,5 pontos para 56,7. Já o Índice de Expectativas caiu 1,9 ponto, de 64,9 para 63 pontos.

Para elaborar o índice, a CNI entrevistou 1.286 empresas, sendo 491 de pequeno porte, 505 de médio porte e 290 de grande porte.

“Não obstante, as expectativas dos empresários industriais com relação aos próximos seis meses continuam favoráveis. O indicador continua acima e distante da linha divisória dos 50 pontos”, acrescenta o boletim.

Fonte: Agência Brasil - Luciano Nascimento

Imagem: Miguel Ângelo

Terça, 12 de Janeiro de 2021
BNDES define consórcio que apoiará programa de aceleração de startups.
BNDES define consórcio que apoiará programa de aceleração de startups. Fonte: Agência Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) selecionou o consórcio AWL como a aceleradora que executará, em conjunto com o banco, o Programa de Aceleração de Startups de Impacto - BNDES Garagem, que está em sua segunda edição. A chamada nacional para os empreendedores interessados está prevista para o segundo trimestre de 2021 e deve selecionar 45 empreendimentos para o primeiro ciclo do programa, que oferece gratuitamente aconselhamento técnico, jurídico e mercadológico para as iniciativas.

O consórcio escolhido é formado por Artemísia, Wayra Brasil e Liga Ventures, e foi declarado vencedor entre 10 propostas enviadas por 23 empresas. A seleção começou em 23 de outubro e teve duas fases de avaliação, definidas em edital lançado em setembro. A aceleradora participará das seleções de empreendedores de todo o Brasil interessados em participar e, além do aconselhamento, também buscará promover a aproximação dos empreendedores com investidores e potenciais clientes.

A segunda edição do BNDES Garagem terá como foco a criação e tração de negócios inovadores que gerem impacto socioambiental e promovam desenvolvimento sustentável. O programa terá três ciclos de aceleração, e, no primeiro, terão prioridade empreendedores que estão desenvolvendo soluções para saúde, educação, sustentabilidade, govtech (soluções tecnológicas para governos) e cidades sustentáveis. Cada ciclo vai durar de três a quatro meses e deve contar com até 45 participantes, chegando a um total de até 135 startups nos três ciclos.

Para prevenir a transmissão da covid-19, o primeiro ciclo será semipresencial. Para os próximos, a previsão é adotar funcionamento integralmente presencial, no Rio de Janeiro, o que dependerá da evolução da pandemia.

Ao fim de cada ciclo, será realizado um Demo Day no BNDES, com a apresentação dos trabalhos desenvolvidos a potenciais investidores e outros públicos de interesse. Como contrapartida pelo apoio no programa, os participantes deverão desenvolver as soluções propostas e o BNDES não exigirá participação acionária nos negócios.

A primeira edição do BNDES Garagem contou com 79 participantes, selecionados entre mais de 5 mil inscritos. Segundo o BNDES, 74 startups concluíram os ciclos do programa, e o grau de satisfação por parte delas foi de 75%.

Fonte: Agência Brasil - Vinícius Lisboa

Imagem: Miguel Ângelo

Terça, 12 de Janeiro de 2021
Embrapa recebe R$ 1,4 milhão para conclusão do laboratório Quarentenário Nacional
Embrapa recebe R$ 1,4 milhão para conclusão do laboratório Quarentenário Nacional Fonte: Portal DBO

Unidades serve às espécies vegetais, incluindo pastagens, para pesquisa e identificação de qualquer tipo de praga.

A Embrapa recebeu R$ 1,4 milhão para término da construção do prédio do Laboratório Quarentenário Nacional, da Estação Quarentenária da Embrapa, em Brasília. A verba foi repassada à Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF) pelo Ministério da Agricultura.

O recurso, recebido por meio de um Termo de Execução Descentralizada (TED), também vai assegurar a ampliação dos serviços quarentenários em território brasileiro, a partir da integração das equipes da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia com o Serviço Quarentenário Nacional, da Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério.

Segundo a chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Cléria Inglis, a liberação desse montante se deu por meio de uma articulação com a deputada Bia Kices (PSL-DF), que solicitou a TED, oriunda de um recurso extra orçamentário, ao ministério.

Com isso, um total de R$ 1,216 milhão será aplicado em obras do laboratório e na construção de um galpão para colocar maquinários. Para aquisição de equipamentos para instalação de datacenter e a estruturação de equipamentos do Laboratório Quarentenário Nacional serão investidos outros R$ 253,89 mil. “A meta é equipar a estrutura de armazenamento de dados, laboratórios e trabalhos técnicos”, disse.

Nova instalação

Instalada na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, a Estação Quarentenária é credenciada pelo ministério para fazer os serviços referentes à quarentena de espécies vegetais, incluindo pastagens, com a finalidade de pesquisa e identificação de qualquer tipo de praga (insetos, ácaros, fungos e bactérias, nematoides, plantas infestantes e vírus).

Desde sua criação em 1976 até 2019, o serviço barrou um total de 90 pragas exóticas encontradas em diversas culturas que deram entrada no Brasil para utilização em pesquisa.

Fonte: Portal DBO