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Quinta, 03 de Dezembro de 2020
Exportação de carne bovina in natura bate mais um recorde
Exportação de carne bovina in natura bate mais um recorde Fonte: Portal DBO

Volume alcançado é o maior para o mês de novembro e foi segundo maior do ano, atrás apenas do resultado registrado para o mês de julho

As exportações brasileiras de carne bovina in natura encerraram novembro com volume total de 167,74 mil toneladas, um recorde para o período, e o segundo maior volume embarcado este ano, atrás somente do resultado registrado em julho (169,25 mil toneladas), segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O volume exportado em novembro último representou crescimento de 3% sobre outubro de 2020, e aumento de 8% na comparação com outubro de 2019.

A receita obtida com a venda ao exterior da carne bovina in natura chegou a US$ 738,52 milhões em novembro, quase 7% acima do montante obtido em outubro/20.

No acumulado de janeiro a novembro deste ano, os embarques alcançaram o volume recorde de 1,58 milhão de toneladas, 11,3% superior ao verificado em igual período de 2019. Em termos de receita, os números obtidos no acumulado do ano também são recordes, totalizando no período US$ 6,8 bilhões, 17% acima do faturamento obtido no mesmo período de 2019.

O preço médio da tonelada embarcada, porém, recuou 9% no comparativo anual, para US$ 4,40 mil.

Fonte: Portal DBO – Denis Cardoso

Quinta, 03 de Dezembro de 2020
Presidente Ivan Bonetti e novos diretores do Irga tomam posse
Presidente Ivan Bonetti e novos diretores do Irga tomam posse Fonte: Irga

Com a presença do secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, ocorreu, no final da tarde desta quarta-feira (2), a cerimônia de posse do novo presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz, Ivan Saraiva Bonetti, e dos diretores Eduardo Milani (administrativo), João Batista Camargo Gomes (comercial) e Ricardo Machado Kroeff (técnico). A nomeação da nova Diretoria Executiva foi publicada no Diário Oficial do Estado na edição de segunda-feira (dia 30).

A solenidade ocorreu no auditório da nova sede administrativa da entidade, localizada no bairro Navegantes em Porto Alegre. O secretário adjunto da Seapdr, Luiz Fernando Rodrigues, também participou da cerimônia, que foi acompanhada por servidores do Irga e da secretaria.

Bonetti é engenheiro agrônomo e comandava, até então, a Diretoria de Política Agrícola e Desenvolvimento Rural da Seapdr. Milani é formado em Direito e atuava como assessor parlamentar. Indicado por várias entidades do setor, Camargo Gomes também é formado em Direito e foi presidente da Cooperativa Arrozeira Palmares, de Palmares do Sul, e do Sindicato Rural de Osório. O engenheiro agrônomo Ricardo Kroeff é servidor de carreira do Irga e foi coordenador regional da Planície Costeira Interna da entidade.

Covatti Filho destacou que a meta da Seapdr é fortalecer a autarquia cada vez mais. “Nosso objetivo é único: fortalecimento de uma instituição que tem uma legislação fantástica, que tem uma história maravilhosa, mas que perdeu muito ao longo desses anos o poder para implementar as políticas voltadas ao setor. E esse processo deverá ser construído a muitas mãos. Quem faz o Irga, administra o Irga são os nossos servidores. Por isso queremos aproveitar dezembro e janeiro para elaborar um projeto de reestruturação do instituto. Já recebemos a autorização do governador Eduardo Leite para dar efetividade nesse processo de reformulação e fortalecer os seus servidores, fortalecer a atividade fim e, principalmente, fazer com que a taxa CDO permaneça aqui. E com isso teremos ferramentas para um Irga cada vez mais atuante”, comentou Covatti.

Luiz Fernando Rodrigues enalteceu o atual momento da cadeia orizícola, unida em favor do Irga. “Notamos uma uniformidade de intenções no setor em defesa do Irga e estamos esperançosos de que a autarquia consiga responder aos anseios do setor. Sabemos que temos servidores públicos capacitados para isso”, complementou o secretário adjunto.

O novo presidente agradeceu pelas presenças do secretário e do adjunto, numa demonstração de respeito pelo Irga. “Hoje fomos ao encontro das equipes de cada divisão, para conhecer as chefias e os servidores. Aproveitamos para falar sobre a disposição da Seapdr e do novo presidente em fazer um trabalho conjunto. Notamos nessas conversas todo o comprometimento e seriedade dos servidores. O compromisso da secretaria é de se fazer presente aqui no Irga e implementarmos, em conjunto, a reestruturação que o instituto necessita”, acrescentou Bonetti.

Pelos servidores, o presidente do SindsIrga (sindicato da categoria), Gilberto Acosta Silveira, lembrou que está deixando o comando da entidade de classe (a partir do dia 10, o servidor Michel Kelbert assume o sindicato). “Sempre tivemos um diálogo muito aberto com o secretário, que nunca deixou de receber a diretoria do sindicato. Quero agradecer, de coração, ao Ivan Bonetti, quando estava na secretaria, e ao Luiz Fernando, que sempre defenderam o Irga. Por fim, quero dizer que aqui temos servidores muito dedicados e que precisam ser valorizados”, arrematou.

Fonte: Irga

Quinta, 03 de Dezembro de 2020
Pecuaristas gaúchos vão à justiça para extinguir desconto de cerca de R$ 120 milhões
Pecuaristas gaúchos vão à justiça para extinguir desconto de cerca de R$ 120 milhões Fonte: Portal DBO

Valor refere-se à "taxa do frio", uma garfada do frigorífico que representa 2% no preço de cada animal abatido

Dentro de poucos dias, uma ação será impetrada na justiça do Rio Grande do Sul pela classe de pecuaristas do Estado. Nela, os pecuaristas pedem o fim do desconto de 2% do peso da carcaça a cada bovino abatido, referente a perda pelo resfriamento da carne. O valor parece baixo. Mas, uma estimativa para 2019 mostra que se porcentual pode ter significado cerca de R$ 120 milhões que o produtor deixou de receber e foi parar no bolso dos frigoríficos. O valor é referente a renda de cerca de 8,7 mil toneladas de carne bovina – 2% da produção no Estado.

“A perda por resfriamento é uma perda da indústria e não do produtor rural. E há outro detalhe muito importante sobre o pedido do fim desse desconto: essa cobrança só acontece no Rio Grande do Sul. Em nenhum outro há esse tipo de desconto”, afirma o produtor rural Lauro Sagrilo.

 

Sagrilo é médico veterinário e presidente da ala Rural Jovem do Sindicato Rural de Santiago, Unistalda e Capão do Cipó, com sede em Santiago (RS), município que fica na porção centro-oeste do Estado e a cerca de 460 quilômetros da capital, Porto Alegre.

A ação foi iniciada pelo Sindicato Rural de Santiago e logo contagiou os demais 81 sindicatos rurais do Estado. Na sexta-feira (27/11), todos foram unânimes numa reunião virtual promovida pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul): apoiaram o fim da cobrança. Além da própria Farsul, a decisão é apoiada pela Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac).

A notícia da cobrança, por parte dos frigoríficos, foi  tema da reportagem da Revista DBO “Taxa de frio gera embate no RS”, publicada na edição de abril deste ano. Confira abaixo.

“Tentamos por muitas vezes conversar com a indústria para que eles deixassem a cobrança livremente, mas eles não quiseram. Agora, tentamos por meio da justiça a extinção deste desconto. Em alguns frigoríficos o desconto pode chegar a 3%”, diz Sagrilo.

A história desse desconto remete à época das cooperativas que atuavam fortemente no abate de animais no Estado. Segundo Sagrilo, naquele momento até fazia sentido o desconto, porque a taxa acabava beneficiando os próprios produtores. Atualmente, a realidade é outra, pois a maioria dos frigoríficos está nas mãos da iniciativa privada.

Boiada magra

A taxa acentua, ainda mais, uma grave e triste realidade no Estado que, na média, está muito atrás de grandes produtividades no País. Apesar de o Rio Grande do Sul ser o oitavo maior produtor de carne bovina no País, é o 22º em termos de rendimento de carne por animal abatido.

Segundo o IBGE, o Estado abateu cerca de 2 milhões de bovinos, o que rendeu 432,9 mil toneladas de carne em 2019. Isso significa que cada bovino rendeu 220 quilos de carne. Bem diferente do Estado de São Paulo, com 270 quilos, o primeiro lugar, seguido por Mato Grosso, com 269 quilos por animal, e Paraíba e Goiás, com 260 quilos por bovino.

Fonte: Portal DBO – Fabio Moitinho

Quarta, 02 de Dezembro de 2020
Com tecnologia e inovação, produção agropecuária dobrou no Brasil em 22 anos
Com tecnologia e inovação, produção agropecuária dobrou no Brasil em 22 anos Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

O dado consta no livro “Uma Jornada Pelos Contrastes do Brasil: Cem anos do Censo Agropecuário”. A obra também aponta que, entre os censos de 2006 e 2017, a área agrícola com plantio direto aumentou 84,9%

Nos últimos 47 anos, a agropecuária cresceu em média 3,22% ao ano. Entre os censos de 2006 e 2017, a taxa de crescimento aproximou-se de 4,3%, superando Estados Unidos (1,9%), China (3,3%), Chile (3,1%) e Argentina (2,7%). De 1995 a 2017, o Valor Bruto da Produção dobrou, sendo que a tecnologia foi responsável por mais de 60% desse crescimento.

Esses são alguns dos dados do livro Uma Jornada Pelos Contrastes do Brasil: Cem anos do Censo Agropecuário, lançado nesta terça-feira (1º) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a participação de 64 pesquisadores de diversas instituições, o livro traz um diagnóstico atual da agropecuária brasileira a partir de uma análise histórica e de informações estatísticas coletadas pelo censo agropecuário, realizado no país desde 1920.

 

A publicação foi organizada pelos pesquisadores José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho (diretor de Programa do Mapa) e José Garcia Gasques (coordenador-geral de Políticas e Informações do Mapa), que dividiram as análises em cinco temas: produção e renda, produtividade e inovação, agricultura familiar, políticas públicas e sustentabilidade produtiva.

No lançamento virtual do livro, a ministra Tereza Cristina reforçou que os dados serão fundamentais para o planejamento da agropecuária do futuro. "Precisamos de inteligência estratégica para crescer, planejar o futuro da nossa bem-sucedida agropecuária brasileira".

Ela destacou os desafios apontados pelo livro, como facilitar o acesso de pequenos e médios produtores ao crédito rural e ampliação da oferta da assistência técnica aos agricultores familiares. "Precisamos perseguir para que o crédito rural seja cada vez mais inclusivo e que traga cada vez mais rena, benefícios para aqueles que estão no campo. A assistência técnica, ainda não conseguimos sair do patamar de 17%.Precisamos atingir um percentual cada vez maior de assistência técnica, principalmente no Nordeste, onde é essencial inclui-la nas políticas públicas".

O presidente do Ipea, Carlos von Doellinger, ressaltou a participação cada vez maior do setor na economia brasileira. Segundo ele, estimativas do instituto apontam que as cadeias produtivas do agro (produção, armazenagem, comercialização e etc) podem chegar a 25% do PIB. "O agro é que vai fazer o futuro do Brasil, está mostrando serviço e é onde estão nossas vantagens competitivas e que estamos sabendo aproveitar".

Já a presidente do IBGE, Susana Guerra, destacou o comprometimento da instituição com a realização dos censos agropecuários, fundamentais para orientar as políticas agrícolas. "Essa é a missão do IBGE, retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento da sua realidade e exercício da cidadania que se mostra com muita clareza no caso do Censo Agropecuário. As dimensões sociais, econômicas e ambientais da produção agropecuária brasileira são apresentadas para sociedade para serem analisadas em uma única fonte de dados".

Tecnologia e produtividade

Um dos capítulos do livro mostra como a tecnologia transformou a agropecuária brasileira em um modelo de sucesso e alavancou o Brasil, de importador de alimentos, a um dos principais players no cenário agrícola mundial.

Em 1995-1996, a tecnologia respondia por 50,6% do total da produção do agro, ao lado de 31,3% do uso da mão de obra e 18,1%, da terra. Em 2006, esse percentual passou para 56,8% e, em 2017, saltou para 60,6%.

"O setor caminha muito rápido. A agricultura está se especializando em produtos de alto valor agregado e de inovação tecnológica", destacou José Garcia Gasques, citando como exemplo o desenvolvimento de variedades de sementes mais adaptadas aos diferentes tipos de solo e clima do país.

 

No lançamento do livro, José Eustáquio Vieira Filho destacou outros dados que demonstram a evolução da agropecuária. "Em 1920, contabilizaram-se 648 mil estabelecimentos. De outro, em 2017, havia em torno de 5 milhões de estabelecimentos produtivos. Nesse período, a área de produção subiu de 175 milhões para cerca de 351 milhões de hectares. A população ocupada mais do que dobrou, chegando a 15 milhões de pessoas empregadas no campo".

A mudança na frota de tratores é outro indicador da modernização do setor. A oferta de máquinas agrícolas cresceu no país junto com o avanço da soja e do milho a partir da década de 1960, com o surgimento de variedades dos grãos mais adaptadas ao clima e condições do país.

“A mecanização, mensurada em tratores por hectare, cresceu significativamente entre 1970 e 2017, de 4,88 tratores por mil hectares, na primeira data, para 17,08 tratores por mil hectares, no segundo período, demonstrando um vigoroso processo de mecanização do campo brasileiro”, afirmam os autores do capítulo 10.

Com adoção de máquinas e práticas mais modernas, o produtor rural também viu sua renda bruta crescer e os custos reduzirem. Os pesquisadores apontam que o desafio agora é a difusão das soluções inovadoras para todos os produtores rurais do país, de pequeno, médio e grande porte.

Sustentabilidade

No quesito sustentabilidade, o livro traz uma análise sobre a adoção do Sistema Plantio Direto (SPD) no país. O plantio direto é uma alternativa tecnológica para aumentar a produtividade agrícola e minimizar a emissão dos gases de efeito estufa. No plantio direto, é mantida a cobertura permanente do solo com resíduos vegetais (palhada) ou plantas vivas por mais tempo possível, as culturas são diversificadas ampliando a biodiversidade, uso de insumos de forma precisa e controle do tráfego de máquinas e equipamentos agrícolas.

Entre os censos agropecuários de 2006 e 2017, a área total com plantio direto passou de 17,9 milhões para 33,1 milhões de hectares (crescimento de 84,9%). Quanto aos estabelecimentos rurais com SPD, a expansão foi de 9,2%, de 506,7 mil para 553,4 mil.

O crescimento da área com o sistema foi percebido principalmente no Centro-Oeste, Sul e Sudeste. “A evolução da adoção do plantio direto entre os dois censos agropecuários está associada à maior proporção de lavouras temporárias; e ao maior acesso aos insumos de produção, crédito e assistência técnica”, diz trecho do capítulo 28. Os autores do capítulo sugerem maior acesso dos produtores ao financiamento rural e assistência técnica para o avanço do plantio direto.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Quarta, 02 de Dezembro de 2020
Endividamento econômico do Brasil para 2021 preocupa setor do agronegócio – CNA
Endividamento econômico do Brasil para 2021 preocupa setor do agronegócio – CNA Fonte: Safras & Mercado

O superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Secchi, disse que o endividamento econômico do Brasil é um dos pontos de preocupação para o setor do agronegócio em 2021. “O aumento da dívida pública brasileira tem crescido muito e há risco de que o teto de gastos previstos no orçamento possa ser superado, tendo em vista as despesas que estão sendo previstas com uma possível segunda onda de covid-19 e com as vacinas. É salutar que o governo adote reformas tributárias e administrativas no próximo ano, em um cenário no qual o PIB deve crescer 3,45%, o IPCA 3,47%, a Selic 3,0%, com o câmbio ao redor de R$ 5,20”, pontua.

     Bruno sinaliza que as condições climáticas decorrentes do fenômeno La Niña, trazendo perdas do milho é bastante preocupante, uma vez que deve acarretar em aumento nos custos de produção de setores demandantes do cereal, como a pecuária. “Há também a questão cambial, ainda indefinida, podendo elevar os custos dos insumos, embora favorecendo novamente as exportações”, pontua.

    Pelo lado da demanda é esperado uma retomada da economia brasileira, o que tende a favorecer uma melhora no consumo dos produtos do agronegócio, embora haja incertezas sobre a formatação, ou não, pelo governo, de um novo programa social. “No mundo também é esperada uma recuperação para 2021, com o crescimento do PIB mundial estimado em 5,2% e da China em 8,2%”, ressalta.

     Apesar do cenário de preocupação, as perspectivas para o agronegócio brasileiro são positivas em 2021. Conforme Bruno, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio deverá crescer 3% em 2021 e somar R$ 1,3 trilhão. O Valor Bruto da Produção (VPB) do setor agropecuário deve avançar 4,2% e chegar a R$ 941 bilhões.

     Para chegar a esses valores, o Brasil deve contar com uma safra ao redor de 268 milhões de toneladas de grãos, mesmo com as perdas pelo La Niña. “Para a soja é esperado um aumento de 6,5% na produção e de 2,4% na exportação, por exemplo”, pontua.

     No setor de agropecuária, a CNA projeta um incremento de 6,9% na produção e de 5% na exportação em volume de carne bovina. Para a carne suína a produção deverá aumentar 2,3% e a exportação 5%. Já para a carne de frango é esperado um incremento de 1,8% na produção e de 3% nos embarques em volume.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Quarta, 02 de Dezembro de 2020
Saiba quem é Sérgio Souza, presidente eleito da Frente Parlamentar da Agropecuária
Saiba quem é Sérgio Souza, presidente eleito da Frente Parlamentar da Agropecuária Fonte: Canal Rural

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) elegeu nesta terça-feira, 1º de dezembro, a nova diretoria que toma posse no próximo ano. Segundo a entidade, o atual vice-presidente, deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR) foi eleito para comandar o colegiado durante o biênio 2021/22, a partir da transmissão do cargo, marcada para fevereiro de 2021. Em 2019, a FPA alterou o estatuto e retornou ao antigo formato para que cada presidente permaneça no mandato por dois anos.

Para Sérgio Souza, os principais desafios da bancada estão relacionados com a modernização da legislação que impulsione o Agronegócio, além de iniciativas que contribuam para desmistificar uma má imagem do produtor rural brasileiro dentro e fora do país, e ações que deem segurança jurídica às atividades relacionadas ao Agronegócio.

“É necessário que a população saiba a importância do Agro no Brasil, não só para o país, mas também para o planeta”, declarou, ressaltando que o Brasil, atualmente, ocupa posição de destaque no cenário internacional como um dos maiores produtores de alimentos.

Entre as conquistas do setor, Sérgio Souza destacou a aprovação da MP do Agronegócio, que se transformou na Lei 13.986/2020. A medida desburocratiza  o acesso do produtor rural ao crédito e pode ampliar em R$ 5 bilhões as receitas de financiamento para o agronegócio no Brasil.

Ele afirmou que, para os próximos anos, o trabalho vai ser de estreitamento das relações da Frente Parlamentar com o Poder Judiciário. Outro ponto que vai merecer a atenção dos parlamentares ligados ao agronegócio é a regularização fundiária, como explica o coordenador da frente.

Terras indígenas

“Para resolver o problema de queimadas e desmatamento ilegal, nós precisamos resolver a regularização fundiária. A questão da demarcação de terras indígenas, esse é um ponto de insegurança jurídica. O Supremo já definiu lá, no caso Raposa Serra do Sol, as condicionantes, mudar a interpretação nesse momento traz insegurança jurídica”, disse.

O atual presidente da frente, deputado Alceu Moreira (MDB-RS) destacou os avanços tecnológicos conquistados no campo nos últimos dois anos o que, segundo ele, permitiu que não houvesse desabastecimento de alimentos durante a pandemia de Covid-19.

Além dos parlamentares e representantes de instituições, quem também prestigiou a eleição da nova diretoria foi a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,  Tereza Cristina. Ela ocupou o cargo de presidente da FPA em 2018. No discurso, a ministra enalteceu o trabalho desenvolvido por seu sucessor, Alceu Moreira, e se colocou à disposição do novo presidente para, juntos, “buscarem soluções para vencer os desafios existentes e os que estão por vir”.

Quem é Sérgio Souza?

 

O perfil do novo mandatário, divulgado pela FPA, conta que ele nasceu na região do Vale do Ivaí (PR),graduou-se em Direito pela Universidade Tuiuti do Paraná e se especializou na área eleitoral (Unicuritiba).

Em 2011, começou a vida pública como o representante do estado no Senado Federal (2011 a 2014). No Congresso, já são quase 10 anos dedicados ao Agro, à Saúde, Educação, emprego, pelo desenvolvimento do Paraná e do Brasil. Por duas vezes consecutivas, foi eleito deputado federal (2015 – 2018 / 2019 – 2023).

Na Câmara, ainda segundo a FPA, são 444 propostas legislativas (projetos de lei, requerimentos, indicações, entre outros) apresentadas e 85 matérias relatadas. As principais atuações têm relação com as comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, colegiado em que foi presidente; e de Finanças e Tributação, bancada que tem a sua presidência. Além de tratar das demandas do Agro na Frente Parlamentar da Agropecuária, é secretário-geral da Frente Parlamentar do Cooperativismo. Também foi relator da Comissão Parlamentar ele Inquérito dos Fundos de Pensão e da Nova Lei de Concessões.

 

Fonte: Canal Rural – Com Informações da Agência da Câmara

Imagem: Sergio Souza

Quarta, 02 de Dezembro de 2020
Fertilizante Agrícola: ANPIFERT
Fertilizante Agrícola: ANPIFERT Fonte: AF News Agricola

Aumento do imposto sobre valor agregado (IVA) dos adubos e fertilizantes não-orgânicos já havia sido aceito pelo Governo, se aprovado a taxa de IVA passaria de 6% para 13% acarretando aumento no custo da  produção dos produtos agrícolas. Confira:

A Associação Nacional De Produtores e Importadores de Fertilizantes – ANPIFERT congratula a decisão adotada pela Assembleia da República de rejeitar a proposta de aditamento do PAN com vista ao agravamento da taxa de IVA de 6% para 13% na utilização de adubos sintetizados e fertilizantes agrícolas não-orgânicos.

Recorde-se que a proposta de agravamento do IVA de adubos e fertilizantes não-orgânicosapresentada pelo PAN estava a ser fortemente contestada por instituições do setor, nomeadamente pela Associação Nacional De Produtores e Importadores de Fertilizantes (ANPIFERT), pela Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI) e pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

“A Assembleia da República soube estar à altura das expectativas, sem ceder a uma proposta aparentemente ‘benigna’ que poucas vantagens trariam para o ambiente, para o consumidor e para a população”, começa por referir Jorge Nogueira, presidente da direção da ANPIFERT. No mesmo comunicado, o responsável afirma que “o setor se congratula com a decisão adotada e espera que esta intenção caia por terra e não volte tão cedo a ser colocada em cima da mesa, sem um debate profundo, inclusivo e informado”.

Fonte: AF News Agricola - Giulia Zenidin

Quarta, 02 de Dezembro de 2020
Produção industrial cresceu 1,1% em outubro, diz IBGE
Produção industrial cresceu 1,1% em outubro, diz IBGE Fonte: Agência Brasil

Pelo sexto mês seguido, a produção da indústria nacional registrou crescimento em outubro, de 1,1%, se comparado a setembro. Com o resultado acumulado de 39% em seis meses, o setor está 1,4 ponto percentual acima do patamar de fevereiro – antes da pandemia de covid-19. No acumulado do ano a produção ainda é negativa (-6,3%), sendo que nos últimos 12 meses foi registrada queda de 5,6%. Em relação a outubro de 2019, a produção subiu 0,3%. Na comparação com o nível recorde de produção, alcançado em maio de 2011, a indústria ainda se encontra 14,9% abaixo do pico. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Os dados mostram que tem algum grau de recuperação. As medidas emergenciais foram importantes, mas ainda tem um espaço para ser considerado”, disse o gerente da pesquisa, André Macedo.

De acordo com os dados, duas das quatro grandes categorias econômicas apresentaram crescimento, com destaque para bens de capital que avançou 7% de setembro para outubro; e bens de consumo duráveis com alta de 1,4%. Essas categorias também tiveram o sexto mês seguido de expansão na produção, com acumulados de 111,5% e 506,7%, respectivamente. Bens de capital está 3,5% acima do patamar de fevereiro, enquanto bens de consumo duráveis ainda está 4,2% abaixo.

A categoria de bens intermediários registrou queda de 0,2% e bens de consumo semi e não duráveis de 0,1%. Os recuos interromperam cinco meses consecutivos de crescimento na produção, com ganhos acumulados de 26,6% e 30,4%, respectivamente.

Para o gerente, o crescimento de outubro refletiu um comportamento diferente dos últimos meses, que vinha com avanços disseminados entre os ramos. Agora, 15 dos 26 ramos pesquisados mostraram alta na produção. Em setembro foi de 22 das 26. Segundo André Macedo, o efeito da pandemia foi evidente no setor, principalmente, nos meses de março e abril, com medidas de distanciamento social mais rigorosas.

“Mesmo com essa sequência de altas e a recuperação ao patamar de fevereiro, o acumulado do ano ainda é negativo”, disse.

Atividades

A influência mais relevante entre as atividades na passagem de setembro para outubro foi de veículos automotores, reboques e carrocerias, que subiu 4,7%. O ramo foi muito prejudicado nos meses críticos da pandemia e acumulou expansão de 1.075,8% nos últimos seis meses. Mesmo assim, está 9,1% abaixo do patamar de fevereiro. “As perdas foram muito acentuadas em março e abril”, pontuou o gerente.

Também tiveram influência positiva no resultado do mês na indústria a metalurgia (3,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,5%), máquinas e equipamentos (2,2%), produtos de metal (2,8%), couro, artigos para viagem e calçados (5,7%), produtos de minerais não metálicos (2,3%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,0%) e produtos de borracha e de material plástico (2,1%).

Os principais impactos negativos entre as atividades foram em produtos alimentícios (-2,8%), que vinha de três meses de altas seguidas com acumulado de 4,3%. Também contribuíram negativamente o setor de indústrias extrativas (-2,4%), que teve o segundo mês de queda seguido e perda acumulada de 7,0%. Conforme a pesquisa, houve recuos relevantes em coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,2%), Produtos do fumo (-18,7%) e Outros produtos químicos (-2,3%).

Para o avanço de 0,3% na comparação com outubro de 2019, contribuíram os resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 45 dos 79 grupos e 50,8% dos 805 produtos pesquisados. Isso ocorreu apesar de outubro de 2020 ter dois dias úteis a menos do que o mesmo mês do ano anterior.

Fonte: Agência Brasil - Cristina Indio do Brasil 

Imagem: Miguel Ângelo

Terça, 01 de Dezembro de 2020
CNA prevê aumento da produção do agronegócio no próximo ano
CNA prevê aumento da produção do agronegócio no próximo ano Fonte: Agência Brasil

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima crescimento de 3% para o Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio em 2021 e de 4,2% para o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP, índice de frequência anual, calculado com base na produção agrícola municipal e nos preços recebidos pelos produtores). Segundo a CNA, 102,9 mil postos de trabalho foram gerados no setor, que deverá fechar 2020 com crescimento de 9% no PIB e de 17,4% no VBP.

A entidade, que apresentou hoje (1º), em meio virtual, balanço e perspectiva do setor para 2020 e 2021, a previsão é de “equilíbrio da oferta e da demanda com uma produção maior para a maioria dos alimentos em 2021”. Do ponto de vista da oferta, a CNA diz que, entre os fatores que podem influir no ritmo da produção nos próximos meses, estão a intensidade do La Niña (que pode afetar especialmente a Região Sul do Brasil), os investimentos feitos este ano na produção e a relação entre câmbio e custos de produção, que devem subir em 2021 por causa de insumos como fertilizantes cotados em dólar.

O preço do milho, que é usado como ração para boa parte do gado brasileiro, também pode influenciar a oferta interna da produção brasileira. “Já a demanda dependerá do crescimento da economia brasileira e mundial e da volta da normalidade social com reabertura de bares e restaurantes ao redor do mundo”, complementa a entidade.

Na avaliação da CNA, o aumento do custo de produção, em especial o relativo a insumos como fertilizantes, herbicidas e ração, contribuiu para o aumento do preço dos alimentos. “Além disso, a alta nos preços internacionais dos alimentos, que foi de 10,9% de maio a outubro, conforme dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), e a desvalorização da taxa de câmbio (46,5%) também favoreceram o aumento dos preços no Brasil.”

Pandemia

A pandemia do novo coronavírus resultou em um “cenário bastante caótico”, disse o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi. Permitiu, no entanto, que a CNA implementasse uma série de medidas de apoio ao produtor – algumas com a colaboração do governo federal – para manter a produção de alimentos como atividade essencial, criar novos canais de comercialização visando à manutenção da renda e a redução de custos para o produtor, e garantir o fluxo logístico de abastecimento em todo o país.

“A agropecuária brasileira é um mosaico de produtos. Cada um eles tem sua importância no campo social, no dos empregos e na manutenção da economia do interior. [Nesse sentido,] vimos que políticas públicas bem fundamentadas garantiram a segurança alimentar este ano”, disse Lucchi, referindo-se a medidas como o auxílio emergencial que, segundo a CNA, “possibilitou a recuperação da demanda interna e sustentou o poder de compra dos mais vulneráveis, como os trabalhadores informais, garantindo com que tivessem acesso aos alimentos mesmo com uma perda expressiva de renda”.

Mercado externo

A superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, afirmou que as perspectivas no cenário externo são de crescimento. “Temos de explorar bem nossas parcerias e investir no pequeno e médio produtor para buscarmos o mercado internacional."

Até outubro deste ano, as exportações brasileiras somaram US$ 85,5 bilhões, o que equivale a um crescimento de 5,7% em relação a 2019. Os cinco principais destinos foram China, União Europeia, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. Juntos, esses países representaram 63% das exportações do agro brasileiro em 2020.

Em 2020, aumentaram as exportações para China (19,4%), Indonésia (53,6%), Tailândia (43,9%), Turquia (41,8%) e Venezuela (190,3%). Alguns produtos tiveram destaque no mercado asiático – caso das ceras de abelha (Coreia do Sul), amendoim em grão (Vietnã), pimenta-do-reino (Bangladesh) e gelatinas (Índia).

O agronegócio brasileiro conseguiu abrir mercado para 100 produtos em 30 países diferentes, com destaque para Guatemala (maçãs), Marrocos (material genético avícola), Egito (carne de aves e feijão), Catar (material genético bovino), Índia (gergelim), Coreia do Sul (camarão), Tailândia (carne bovina e lácteos) e Austrália (queijo).

China

“Hoje a China é o principal mercado consumidor, lá fora, mas estamos trabalhando outros países, como Indonésia e os países árabes, que são grandes consumidores de nossos produtos”, disse o presidente da CNA, João Martins. Segundo a CNA, além de se manter como um dos principais demandantes de soja em grãos (devido à recomposição de seus rebanhos), a China deve abrir mais mercado para o melão brasileiro. O país asiático deve ainda  manter a demanda por carne bovina e aumentar a compra de carne suína e de frangos brasileiros em 5% e 3%, respectivamente.

Para João Martins, nas relações com outros países, é importante ter "mercado com quem paga melhor". “Hoje a agropecuária brasileira exporta para mais de 170 países. Não devemos ter nem ideologia, nem bandeira', disse.

Lígia Dutra acrescenta que as relações entre os países têm de ser “pragmáticas”. “A China é mercado prioritário para o ano quem vem também. Tensões geopolíticas não são exclusivas ao Brasil."

Fonte: Agência Brasil - Pedro Peduzzi

Imagem:  Wenderson Araujo

Terça, 01 de Dezembro de 2020
Os insetos estão de volta! Gafanhotos se aproximam do Rio Grande do Sul
Os insetos estão de volta! Gafanhotos se aproximam do Rio Grande do Sul Fonte: AF News Agricola

A Argentina detectou nos últimos dias focos de gafanhotos em localidades da província de Misiones, muito próximas da fronteira com o Rio Grande do Sul. Veja Mais:

A informação do país vizinho despertou o alerta da Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul, que afirma que há grupos de insetos a cerca de 5 quilômetros do município de Porto Xavier (RS).

De acordo com levantamento do Serviço de Saúde e Qualidade Agroalimentar argentino (Senasa), os insetos observados são da espécie mais conhecida como tucura. Eles têm normalmente maior porte que os gafanhotos comuns, mas não são tão vorazes, nem se deslocam com igual velocidade.

Segundo o fiscal agropecuário do Rio Grande do Sul Juliano Ritter, a Defesa Agropecuária do estado já estava ciente de que poderia haver a formação de grupos de gafanhotos na região, em função da alta temperatura e do clima seco. Mas ele frisa que a espécie avistada não é a mesma que provocou preocupação em meados deste ano.

Essa espécie de gafanhoto é conhecida por aqui como gafanhoto-bandeira ou gafanhoto-soldado, e causa pequenos danos; normalmente ataca plantas invasoras. Agora na Argentina fez um ataque em erva-mate, mas pouco expressivo”, conta.

Ainda assim, a fiscalização se mantém de olho nos insetos. “A Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul segue atenta e em contato com o Senasa, monitorando qualquer condição que possa trazer risco de ingresso da praga em nosso estado. Caso isso ocorra, estamos prontos para fazer qualquer tipo de controle ou monitoramento preventivo”, assegura Ritter.

O Senasa colocou os produtores em alerta para que comuniquem as autoridades sanitárias argentinas, caso detectem a presença do inseto em suas propriedades.

Fonte: AF News Agricola - Tanara Pandolfo