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Quarta, 15 de Junho de 2022
Irrigação é estratégia de segurança alimentar, diz presidente da CNA
Irrigação é estratégia de segurança alimentar, diz presidente da CNA Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou, na abertura do evento em comemoração ao Dia Nacional da Agricultura Irrigada, que a irrigação é uma alternativa tecnológica para intensificar a atividade produtiva, uma “estratégia de segurança alimentar” e uma opção para aumentar a oferta de produtos agrícolas.

Promovido na terça (14) pelo Sistema CNA/Senar em parceria com os Ministérios do Desenvolvimento Regional (MDR) e da Agricultura (Mapa), o evento reuniu especialistas dos setores público e privado para discutir propostas de ampliar o potencial do setor e também para celebrar o Dia Nacional da Agricultura Irrigada, comemorado no dia 15 de junho.

João Martins começou seu discurso falando como a “nossa resiliência” tem sido colocada à prova a todo momento. Primeiro, com a pandemia. Depois, com a guerra que, embora localizada, traz efeitos a todos os países, como a inflação global nos preços dos alimentos, que “nos faz refletir sobre o modelo de segurança alimentar”.

"Mais do que nunca, tecnologias capazes de aumentar a produtividade e a produção de alimentos são importantes para nos ajudar na construção desse novo e desafiador futuro”, afirmou ao destacar o potencial do país para a agricultura irrigada como um dos poucos no mundo capazes de triplicar, de forma sustentável, sua área produtiva.

Martins lembrou que o setor de irrigação é altamente desenvolvido no Brasil, com as melhores técnicas existentes já utilizadas pelos produtores de alimento. Além disso, as principais empresas do setor já atuam no país com tecnologias adaptadas à realidade brasileira.

“O que nos falta, como nação, é o reconhecimento da irrigação como vetor de desenvolvimento e garantia da segurança alimentar, para que seja incorporada como política nacional de desenvolvimento socioeconômico e na política nacional de segurança alimentar”, alertou.

O presidente da CNA também ponderou que há grandes desafios a serem superados para que o potencial de irrigação do país se reverta em produção e mais oferta de alimentos, e que “o crescimento sustentável e organizado da área irrigada, no país, exige alto nível de planejamento e articulação entre os vários setores da economia e dos governos federal e estaduais”.

“A finalidade desse evento, além de comemorar o Dia Nacional da Agricultura Irrigada, é criar uma postura crítica e ativa em relação à importância da agricultura irrigada para a sustentabilidade na produção de alimentos e para o desenvolvimento da segurança alimentar no Brasil”, concluiu o presidente da CNA.

Para o ministro da Agricultura, Marcos Montes, é preciso ampliar a produção irrigada no país com sustentabilidade e inovação tecnológica. “Um dos maiores produtores de alimentos do mundo não pode ter apenas oito milhões de hectares irrigados”, ressaltou.

Segundo ele, o Brasil é o sexto país no mundo com maior área irrigada, mas há potencial para alavancar a atividade para tornar o país o primeiro, gerando mais empregos e produzindo mais no mesmo espaço. “Precisamos desse avanço para sermos o que o mundo espera de nós em segurança alimentar”.

Ele disse, ainda, que em um futuro com aumento da população mundial, nos próximos 30 anos, o Brasil terá de aumentar sua produção. Neste contexto, a irrigação deve ser ampliada para atender a esta expectativa.

Veronica Sanchés da Cruz Rios, diretora-presidente da Agência Nacional das Água e Saneamento Básico (ANA), destacou o papel da irrigação na geração de emprego, renda e desenvolvimento e disse que a agência está trabalhando, com a colaboração da CNA e do governo, na construção de marcos hídricos para alavancar a atividade irrigada no país.

“Nosso trabalho é disponibilizar água de forma segura para a agricultura irrigada e todos os setores, atendendo às maiores demandas para garantir a disponibilidade hídrica”.

Já Alice de Carvalho, secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Regional, falou da importância da irrigação em níveis regionais para contribuir com a segurança alimentar. Neste sentido, ela disse que o órgão atua para assegurar o fomento a novas tecnologias.

“A cada hectare irrigado são três empregos gerados. E desenvolvemos hoje muitas ações para dar um salto de qualidade nesse setor, porque o mundo espera que o Brasil continue sendo um grande produtor de alimentos”. Ela também citou as ações da pasta em conjunto com esferas regionais para a construção de polos de irrigação.

Veja como foi o evento

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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quarta, 15 de Junho de 2022
Reunião da Câmara do Milho avalia safra, abastecimento e importação do grão
Reunião da Câmara do Milho avalia safra, abastecimento e importação do grão Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR DARLENE SILVEIRA

A Câmara Setorial do Milho da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) reuniu-se nesta segunda-feira (13/6) para avaliar, entre outros assuntos, a safra, o abastecimento e a importação do grão. Na ocasião, tomou posse o novo coordenador da Câmara, indicado pela Farsul, o produtor rural de Carazinho e engenheiro agrônomo Paulo Vargas. Os trabalhos foram conduzidos pelo assessor técnico Valdomiro Haas; e o secretário adjunto, Rodrigo Rizzo, participou da abertura, representando o secretário Domingos Velho Lopes. 

O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), Rogério Kerber, fez um balanço sobre a produção, a oferta e a demanda de milho no Rio Grande do Sul, tomando como base os anos de 2020, 2021 e projetando para 2022. “Obtivemos junto à Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz), dados reais com relação à aquisição de milho em outros estados do Brasil, tanto a quantidade, quanto o valor, e também tivemos informações sobre a saída de milho para outras unidades da Federação, especialmente Santa Catarina, onde tem muitas agroindústrias produtoras de proteína animal”, informou. “Juntando com dados da Emater/RS-Ascar, Fecoagro e Conab, montamos um balanço de produção, demanda e exportação do grão”. 

Conforme Kerber, em 2020, o Rio Grande do Sul importou, ou adquiriu de outros estados, pouco mais de 2,6 milhões de toneladas de milho. Em 2021, foram 2,4 milhões de toneladas. “Essa redução tem uma justificativa: é que 2021 foi um ano em que muito trigo foi destinado à produção de rações, tanto de aves, quanto de suínos. Este ano já está sendo diferente. O trigo se valorizou muito no mercado internacional, então está inviável economicamente destiná-lo para a produção de ração”. 

Kerber acredita que 2022 é o momento mais desafiador. “Estamos, aqui no Rio Grande do Sul, com uma produção de milho bem menor do que nos dois anos anteriores, e já se projeta uma necessidade de aquisição em outros estados e mesmo em outros países, de cerca de 4 milhões de toneladas do grão”, admitiu. “Isso vai demandar um esforço do setor produtivo, especialmente de aves e suínos, de alocar recursos de mais de R$ 6 bilhões. A quantia será necessária para a compra do produto e para o pagamento da logística e do ICMS, quando se trata de aquisições em outras unidades da Federação. Felizmente sobre o produto importado, foi concedido o diferimento do ICMS na importação por parte do governo do Estado, via Sefaz”. 

Kerber esclareceu que o fluxo de entrada de milho importado, tanto do Paraguai, quanto da Argentina, está intenso, mas enfrentando alguma dificuldade porque está em vigor uma operação padrão por parte da Receita Federal e por parte do Ministério da Agricultura. “O Mapa não tem técnicos suficientes para atender à demanda, o fluxo de veículos que estão entrando via terrestre por São Borja e Porto Xavier. Estão sendo feitas tratativas para a abertura do porto no município de Porto Mauá, mas, também, infelizmente, não há técnicos do Mapa para viabilizar o trânsito portuário. São, portanto, desafios enormes que o setor está enfrentando”. 

Outro ponto abordado durante o encontro foram as ações do Pró-Milho/RS, apresentadas pela Seapdr e Emater/RS-Ascar. O assessor técnico da Câmara, Valdomiro Haas, falou que o programa, quando foi lançado, em 2020, priorizou as entidades parceiras. “Também foi muito importante pra fomentar o seguro rural, entre outras tantas ações desenvolvidas”, salientou. “Ampliamos e qualificamos o Programa Troca-Troca de Sementes de Milho e Sorgo, por exemplo. E graças ao Pró-Milho a gente conseguiu fazer mais ações internas com a Emater/RS-Ascar. Anualmente, ocorrem cerca de 20 mil assistências técnicas que a Empresa presta aos nossos produtores”. 

O engenheiro agrônomo e extensionista rural da Emater/RS-Acar, Elder Dal Prá, apresentou as ações do programa na safra 2021/2022. Segundo ele, foram feitas 24 instalações e acompanhamentos de Unidades de Referência Tecnológica (URT) com cultivo de milho; avaliações de perdas na colheita de milho em 72 lavouras; ações de assistência técnica e rural e projetos em secagem e armazenagem de grãos em mais de 500 propriedades; entre outras atividades. “Mais de 21 mil produtores rurais foram beneficiados com nossas ações”, destacou Dal Prá. Ele citou ainda que a perda média de grãos nessa safra foi de 128,59 quilos por hectare, e que a frota de máquinas tem idade média de 18 anos. 

O Programa Troca-Troca Sementes de Milho e Sorgo foi abordado por seu coordenador, o engenheiro agrônomo e chefe da Divisão de Sistemas Produtivos do Departamento de Agricultura Familiar e Agroindústria da Seapdr, Jonas Wesz. Ele apresentou dados da safra 2022/2023, que está em pleno andamento. Disse que ainda há tempo para que os agricultores façam as reservas de sementes até o próximo dia 17 para a safra e, de 20 a 24 de junho para a safrinha. Destacou a ampliação nas quantidades de saca por produtor, que passou de 4 para 6 sacas de sementes. 

De acordo com Wesz, nessa safra, oito empresas oferecem 38 cultivares (12 de milho convencional, 19 de milho transgênico e sete de sorgo. “Até o momento, 425 entidades e 30 mil produtores fizeram o pedido de 86,8 mil sacas de sementes”, pontuou. 

Por último, foi debatido o fomento e a pesquisa para milho em terras baixas.  O engenheiro agrônomo do Irga, Cleiton Ramão, afirmou que o Instituto já vem pesquisando o milho em áreas de terras baixas há algum tempo. Nas estações distribuídas pelo Estado sempre havia algumas unidades demonstrativas, com o objetivo de mostrar para o produtor que era viável plantar a cultura. “Mas agora, com o passar dos anos, fomos acumulando informações sobre o milho e começamos a trabalhar com mais ênfase em todas as estações regionais e publicar algumas circulares técnicas sobre os dados coletados”, contou Ramão. 

“Então, agregando a informação que tínhamos sobre a soja, fizemos adequações para o milho e ficou mais fácil conduzir essa cultura em ambientes de terras baixas. Já estamos prestando assistência a vários produtores. Verificamos que o milho é uma necessidade. E o produtor também percebeu essa necessidade de diversificar o cultivo para além da soja”. 

Ramão afirmou que o Irga esse ano começou a direcionar o foco para a cultura do milho. “Vamos instalar em todas as regiões unidades demonstrativas e realizar dias de campo para levar outros agricultores a conhecer a cultura e incentivar essa nova possibilidade, de ter o milho rodando em um sistema produtivo dentro das propriedades”. 

O pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Giovani Theisen, disse ser um entusiasta da questão da produção diversificada em terras baixas e mostrou alguns resultados das pesquisas da Embrapa e parceiros. “Aqui, em ambiente bem controlado, 50% das amostras que avaliamos nesta safra produziram acima de 198 sacas de milho por hectare. E produtores da região Sul do Estado apontaram uma produtividade de cerca de 170 sacas por hectare utilizando o sistema sulco-camalhão”. 

Theisen pontuou que um dos problemas enfrentados hoje é ter agrônomos especializados em fazer a sistematização do solo para possibilitar a irrigação por sulcos. “Mas essa é uma dificuldade que pode ser superada, além do que o investimento inicial no sistema não é alto. Se o poder público puder subvencionar recursos, vamos alavancar a produção em terras baixas. As terras baixas aqui da região Sul do Estado têm um tremendo potencial. Temos mais de 1 milhão de hectares esperando serem cultivados”, afirmou. 

Encaminhamentos 

Representantes da Câmara ficaram de se reunir com a Sefaz para buscarem recursos subvencionados para a continuidade e ampliação do Pró-Milho e para alavancar a irrigação no Estado. 

A Seapdr, junto com a Emater/RS-Ascar, o Irga, a Apromilho e a Embrapa, vai se reunir para começar a organizar a abertura da colheita do milho na zona Sul do Rio Grande do Sul. Segundo o diretor do Departamento de Políticas Agrícolas e Desenvolvimento Rural da Secretaria, Paulo Lipp, a data provável é 14 de julho. 

Outro encaminhamento é o chamamento para que entidades façam os pedidos para o Programa Troca-Troca de Sementes, que podem ser feitos até 24 de junho. 

“Tudo isso para minimizar a falta de milho que existe no mercado. E tendo mais produção de milho, teremos mais emprego e renda no campo, o que retornará em recursos para o Estado e para a sociedade”, concluiu o novo coordenador da Câmara, Paulo Vargas.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias/Seapdr

Quarta, 15 de Junho de 2022
Embrapa Meio Ambiente, Senar e A.B.E.L.H.A., juntos para fortalecer a criação de abelhas no Brasil
Embrapa Meio Ambiente, Senar e A.B.E.L.H.A., juntos para fortalecer a criação de abelhas no Brasil Fonte: EMBRAPA

A Embrapa Meio Ambiente, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.) assinaram um acordo de cooperação técnica para elaboração e distribuição de conteúdo nas áreas de apicultura e meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão), em junho de 2022.

Por meio da iniciativa conjunta, as instituições ampliam sua contribuição para a profissionalização e o desenvolvimento sustentável das atividades no Brasil. A parceria prevê a elaboração de cursos, minicursos e cartilhas, além de outros materiais instrucionais para acesso gratuito nas plataformas do Senar. Os interessados pelo tema já podem acessar os primeiros cinco vídeos sobre a criação de abelhas sem ferrão, que estão disponíveis na Estante Virtual do Senar. “O potencial do Brasil com a atividade de criação de abelhas é enorme, seja com a produção de mel e outros subprodutos, seja no consórcio com a agricultura, graças ao serviço de polinização”, explica Ana Lucia Assad, diretora executiva da A.B.E.L.H.A.

“Para subirmos de patamar, a capacitação dos apicultores e agricultores brasileiros é fundamental.” Para Vilton Júnior, assessor técnico da Diretoria de Educação Profissional e Promoção Social do Senar, o acordo permite expandir o acesso das pessoas do meio rural a conteúdos relevantes do tema. “São três instituições de grande relevância para a cadeia produtiva da apicultura e meliponicultura se unem para levar ainda mais conhecimento a um segmento que vem apresentando um crescimento exponencial no Brasil”.

Profissionalização

O conteúdo elaborado pela parceria também poderá ser utilizado nos trabalhos de campo realizados pelos extensionistas da entidade. A formação profissional vai favorecer a cadeia de produção do setor das abelhas, inserindo o conhecimento gerado pela Ciência no sistema produtivo e estimulando o mercado consumidor. A conscientização da adoção de boas práticas pelos apicultores e pelos agricultores contribuirá também para o fortalecimento das ações de conservação e uso dos polinizadores, tanto para a produção agrícola quanto para a conservação da biodiversidade.

Para a Embrapa Meio Ambiente, a parceria com o Senar e a A.B.E.L.H.A. contribuirá muito para que o conhecimento científico acumulado ao longo de gerações chegue efetivamente ao campo. “Se as pessoas colocarem em prática o que a ciência já sabe, vamos ver o setor decolar nos próximos anos, aposta o pesquisador Cristiano Menezes, chefe-adjunto de P&D da Embrapa Meio Ambiente, membro do comitê científico da A.B.E.L.H.A. e apresentador dos cursos.

Além da plataforma de cursos do Senar, os vídeos educativos sobre apicultura, meliponicultura e polinização agrícola estarão disponíveis em canais digitais da A.B.E.L.H.A. e da Embrapa. Podem ser acessados sem custo por qualquer pessoa nos canais:

Estante Virtual Senar

YouTube A.B.E.L.H.A.: Associação Brasileira de Estudos das Abelhas

Vitrine de capacitações on-line da Embrapa

Com informações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e da Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.).

Fonte: Embrapa

Quarta, 15 de Junho de 2022
Câmara aprova limite para ICMS sobre combustíveis e compensação aos estados;
Câmara aprova limite para ICMS sobre combustíveis e compensação aos estados; Fonte: Agência Câmara de Notícias

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (15) emendas do Senado ao projeto que determina a aplicação de alíquotas de ICMS pelo piso para produtos e serviços essenciais quando incidente sobre bens e serviços relacionados aos combustíveis, ao gás natural, à energia elétrica, às comunicações e ao transporte coletivo. A matéria será enviada à sanção presidencial.

Na maior parte dos estados esse piso é de 17% ou 18%. De acordo com o substitutivo do deputado Elmar Nascimento (União-BA) para o Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/22, do deputado Danilo Forte (União-CE), haverá, até 31 de dezembro de 2022, uma compensação paga pelo governo federal aos estados pela perda de arrecadação do imposto por meio de descontos em parcelas de dívidas refinanciadas desses entes federados junto à União.

Ao todo foram aprovadas, parcial ou totalmente, 9 de 15 emendas com novidades como redução a zero, até 31 de dezembro de 2022, de PIS/Cofins e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidentes sobre as operações com gasolina e etanol, inclusive importados.

Saúde e educação
Outras emendas garantem a complementação, pela União, dos recursos para serem atingidos os percentuais mínimos de aplicação em saúde e educação, inclusive o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que estados e municípios devem cumprir constitucionalmente. O ICMS é a principal fonte dos recursos desses entes federados para essas despesas.

Segundo o texto, as compensações abrangem perdas ocorridas durante todo o ano de 2022 e serão interrompidas caso as alíquotas retornem aos patamares vigentes antes da publicação da futura lei ou se não houver mais saldo a ser compensado, o que ocorrer primeiro.

Embora o projeto trate da compensação da queda de receita por causa da diminuição da alíquota sobre esses produtos e serviços agora considerados essenciais, a apuração das perdas englobará o ICMS total arrecadado.

Código e Lei Kandir
As mudanças feitas por Nascimento são inseridas no Código Tributário Nacional e na Lei Kandir e valem inclusive para a importação. Pelo texto, será proibida a fixação de alíquotas para esses bens e serviços superiores às das operações em geral (17% na maior parte dos estados), mas será permitido reduzi-las abaixo desse patamar.

Entretanto, a partir da publicação da futura lei, o estado que tiver rebaixado alíquotas para combustíveis, energia elétrica e gás natural não poderá aumentá-las.

Em relação aos serviços de transmissão e distribuição de energia elétrica e aos encargos setoriais vinculados a essas operações, o PLP 18/22 proíbe a incidência de ICMS.

Dívidas
Para estados que tenham dívidas refinanciadas no âmbito do Regime de Recuperação Fiscal instituído pela Lei Complementar 159/17 e mudanças posteriores, as perdas com a arrecadação do ICMS durante 2022, em comparação com 2021, serão compensadas integralmente pela União.

Nos demais estados que não participam desse regime, a compensação ocorrerá também por meio da dedução dos valores das parcelas de dívidas junto à União e atingirá somente as perdas em 2022 que passarem de 5% em comparação com 2021.

Do que receber de desconto como forma de compensação pela perda de arrecadação, o estado deverá repassar aos municípios a parte de transferência desse tributo prevista pela Constituição federal.

Outra forma de compensação incluída por emenda aprovada prevê que os estados e o Distrito Federal poderão deixar de pagar parcelas de empréstimos que contem com aval da União sem mesmo ser necessário um aditivo contratual, valendo para operações nacionais ou internacionais.

Para aqueles estados sem dívida perante o Tesouro Nacional, com empréstimos avalizados pela União ou mesmo se o saldo das dívidas não for suficiente para compensar integralmente a perda, o texto permite a compensação em 2023 por meio do uso de parte da União obtida com a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). Esse royalty sobre mineração arrecadou, em 2021, R$ 10,2 bilhões, dos quais 12% ficaram com a União.

Os estados nessa situação e também os que já tinham, antes da conversão do texto em lei, alíquota do ICMS sobre os produtos e serviços tratados pelo projeto no piso fixado terão prioridade na contratação de empréstimos em 2022. Entretanto, o projeto não especifica que tipo de prioridade é esta.

Responsabilidade fiscal
Quanto às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e da atual Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO, Lei 14.194/21), o substitutivo determina que várias delas não se aplicam à lei derivada do projeto e aos eventuais atos regulamentadores do Poder Executivo.

Assim, somente em 2022, os estados, o Distrito Federal e os municípios e os respectivos agentes públicos não poderão ser responsabilizados administrativa, civil ou criminalmente pelo descumprimento das seguintes regras e seus limites e metas vinculados caso a irregularidade decorra de perda de arrecadação provocada pelo projeto:

obrigação de eliminar, nos dois quadrimestres seguintes, o excedente de despesas totais com pessoal acima dos limites;
proibição de o titular de Poder ou órgão contrair, nos últimos dois quadrimestres de seu mandato, obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem disponibilidade de caixa suficiente;
contingenciamento após avaliação bimestral indicar que a receita não comportará a despesa para o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal;
necessidade de estimativa do impacto orçamentário-financeiro para a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita; e
necessidade de reduzir o excedente do limite de dívida consolidada em 25% no primeiro quadrimestre seguinte ao estouro desse limite.

Saúde e educação
Mesmo se aplicadas todas as regras de compensação previstas, a União deverá compensar os estados e os municípios não conseguirem cumprir as aplicações mínimos em saúde e educação em razão das perdas provocadas pelo projeto.

Isso incluirá os recursos para o Fundeb, que desde 2020 é o instrumento permanente de financiamento da educação pública no País. A intenção é que seja restabelecida a situação existente antes da lei.

 

Até o fim do ano cinco tributos sobre a gasolina terão alíquota zero

Gasolina e etanol
Até 31 de dezembro de 2022, as operações que envolvam gasolina e suas correntes (nafta petroquímica, por exemplo) e etanol, inclusive para fins carburantes, contarão com alíquota zero de cinco tributos:

PIS/Pasep;
Cofins;
PIS/Pasep-Importação;
Cofins-Importação; e
Cide.

De forma semelhante, haverá alíquota zero de PIS/Cofins e de PIS/Pasep-Importação e Cofins-Importação sobre a venda ou importação de gás natural veicular até 31 de dezembro de 2022.

A Medida Provisória 1118/22 já prevê a redução a zero das alíquotas desses tributos para o óleo diesel e suas correntes, o biodiesel, o gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás derivado de petróleo, o gás natural e o querosene de aviação.

Créditos
Para o etanol comprado ou importado para ser utilizado como insumo (mistura na gasolina, por exemplo), o texto concede crédito presumido de PIS e de Cofins no mesmo patamar das alíquotas incidentes.

Esse crédito, apurado de 11 de março de 2022 a 31 de dezembro deste ano, poderá ser usado para compensar apenas os mesmos tributos, exceto se vinculados a receitas de exportação ou se houver sobra de um ano-calendário para outro.

As refinarias que comprarem para utilizar como insumo o óleo diesel e suas correntes, o biodiesel, o gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás derivado de petróleo, o gás natural e o querosene de aviação poderão apurar crédito presumido de PIS e Cofins com as mesmas regras de uso.

Petróleo
Nas compras de petróleo feitas por refinarias até 31 de dezembro deste ano, no mercado interno ou nas importações, uma das emendas aprovadas garante a suspensão do pagamento de PIS/Cofins e PIS/Pasep-Importação e Cofins-Importação até a produção de combustíveis, quando o benefício é convertido em alíquota zero.

Entretanto, por meio de uma emenda de redação, o relator Elmar Nascimento separou o mesmo benefício para outros produtos em trecho diferente do texto, o que viabilizaria um possível veto. Esses produtos são: nafta, outras misturas, óleo de petróleo parcialmente refinado, outros óleos brutos de petróleo ou minerais (condensados) e N-metilanilina.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Quarta, 15 de Junho de 2022
Planejamento possibilita férias para agricultores sem prejudicar atividade leiteira
Planejamento possibilita férias para agricultores sem prejudicar atividade leiteira Fonte: Emater

A Bovinocultura de Leite foi a atividade escolhida pelos agricultores Marcelo Müller e Liege Schweikart para diversificar a produção da propriedade rural e garantir a melhoria de renda no orçamento da família. A aposta dos agricultores residentes em Venâncio Aires deu certo e o que começou com oito vacas, sendo algumas alugadas de um vizinho, hoje soma 22 vacas em lactação, com uma produção média acima de 30 litros de leite por vaca ao dia, o que tornou a produção de leite a única fonte de renda da família.

Marcelo e Liege não pararam por aí. A profissionalização da atividade e o gerenciamento da propriedade rural sempre estiveram no foco dos agricultores que contam com a Assistência Técnica da Emater/RS-Ascar. "A assistência técnica é importante porque eles buscam o conhecimento e estudam. E isso se torna útil quando eles conseguem trazer essas oportunidades para o produtor. Esse modelo de trabalho só é possível realizar com a assistência continuada tanto da Emater quanto da cooperativa que nos dão o suporte técnico com informações e tecnologias que nos permitem fazer com que o nosso sistema de produção funcione", avalia Marcelo.

Em 2015 a família passou a integrar o Programa de Dietas para Vacas em Lactação, desenvolvido pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), no município de Venâncio Aires. O programa consiste em organizar o manejo e a alimentação do rebanho leiteiro de forma em que os animais possam expressar o máximo do seu potencial produtivo sem descuidar da saúde.

Os agricultores conseguem melhor visualizar a atividade, avaliar as necessidades e adequar os investimentos de forma a reduzir custos de produção e aumentar a lucratividade a partir de ações, como o mapeamento e aptidão do solo agrícola para o cultivo de pastagens, planejamento das culturas para o fornecimento de alimento ao rebanho no ano todo, a fim de evitar os períodos de vazio forrageiro, melhoramento genético e controle do rebanho com planilhas de cálculo de dieta ajustadas com a demanda alimentar das vacas em lactação.

Com a produção organizada a família traçou um objetivo ousado para a bovinocultura de leite: 30 dias de férias sem a preocupação com a ordenha dos animais. Para isso, desde 2018, com a assistência técnica da Emater/RS-Ascar, a família começou a organizar o período reprodutivo do rebanho para concentrar os partos nos meses de abril, maio e junho. Desta forma, os animais estariam no período seco no mês de março, permitindo à família as tão esperadas férias. "Esse momento de folga foi uma sugestão do extensionista da Emater, o Diego, que percebeu os nossos pensamentos e a nossa realidade", lembra Marcelo. O extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Diego Barden dos Santos, explica que "concentramos as inseminações no inverno para que elas parissem no mesmo período. Com isso, a gente contribuiu com o manejo alimentar, ajudando mais na parte de inverno, quando as vacas precisariam entrar em protocolo de inseminação, com a nutrição bem balanceada".

Além de qualificar o manejo alimentar, o acompanhamento veterinário também foi fundamental. "É a união do trabalho de dietas feito pela Emater com a sanidade animal feito pelo veterinário, juntamente com a nutrição balanceada, e conseguimos tirar o máximo das vacas nesse período. Então, além de expressar uma excelente produção, uma excelente sanidade, a gente conseguiu expressar uma excelente reprodução dessas vacas também. Tanto que neste ano foi possível concentrar mais ainda os partos nesse período de inverno", frisa Santos.

A agricultora lembra que o trabalho constante com os animais, com duas ordenhas diárias, além dos demais manejos, torna a rotina do produtor cansativa e, por isso, o período de férias no qual a família possa viajar com tranquilidade se torna ainda mais importante. "Com as vacas não tem muito intervalo durante o dia. O trabalho é diário, não tem fim de semana ou feriado. A gente vinha de outra cultura e, como somos só nós dois, ou a gente mudava o sistema e dava um jeito de aproveitar a vida ou largava a atividade. Do jeito que era não estava funcionando. Então decidimos adensar todos os partos. Estamos tentando há três anos e em 2022 deu bem, praticamente 30 dias sem ordenha. Foi maravilhoso", comenta Liege.

Sem a rotina de ordenha, contratar mão de obra para cuidar dos animais enquanto a família viaja, se torna mais fácil. "A vaca é muito de rotina, ela precisa que a ordenha seja feita da mesma forma todos os dias. A mudança de pessoa para fazer a ordenha nos traria dificuldades. Além disso, é difícil encontrar uma pessoa que venha fazer a ordenha de madrugada e no final do dia. Quando tiramos fora a ordenha se facilita encontrar pessoas que possam fazer a alimentação das vacas e manejar elas para o campo, ou não, durante esse período", comenta Marcelo.

O extensionista explica que a concentração dos períodos de parto não gera prejuízos aos produtores quando é analisado o processo de produção e também fatores de mercado, como o preço pago pelo litro do leite no inverno. "Quando a gente entende que o leite é tirado no ano e não no mês, a gente vê que não há perdas, na verdade há um ganho. Toda vaca tem uma curva de lactação e necessita ficar dois meses sem produzir leite. Então, quando a gente concentra esse período de reprodução no período de inverno, não deixamos de produzir leite naquele ano, a gente só deixou de produzir leite em um certo período, que é o mês anterior ao início dos partos", explica Santos.

A produção de leite na propriedade de Liege e Marcelo tem aumentado a cada ano e espera-se que em 2022 supere 200 mil litros de leite, um recorde para a propriedade. "A gente tem uma condição de produzir muito mais leite no período de inverno, em comparação ao verão, se fosse a mesma vaca, com a mesma alimentação, pois temos uma condição de bem-estar animal melhor no inverno, com clima mais ameno e uma produção maior no inverno do que no verão", frisa Santos.

O extensionista ainda ressalta que "quando a gente consegue observar que os animais conseguem ter melhor alimentação no inverno, produzir mais leite nesse período, e a família entende isso, casando as duas oportunidades no processo, a gente conseguiu pensar e projetar um futuro onde a família possa ter em torno de 30 dias de férias, sem a obrigação tirar leite das vacas. Benefícios como bem-estar animal, alimentação adequada e o preço do leite ser mais vantajoso, tudo isso está a favor do produtor. Então, não tem porque não concentrar partos para o período de inverno", finaliza Santos.

Além da assistência técnica da Emater/RS-Ascar, a família conta com assessoria técnica do médico veterinário e zootecnista Eduardo Motta Caminha, que explica que o planejamento foi fundamental para o êxito do objetivo da família. "Esse trabalho exigiu planejarmos tanto a reposição quanto o descarte de animais, pois nem todos os animais se encaixavam nesse período. Então, eles se programaram com um número de animais jovens para repor o número de animais que estava fora desse objetivo" avalia Caminha.

O veterinário ainda ressalta que o acompanhamento e a realização das vacinas no período certo foram e são fundamentais. "Esse trabalho não envolve somente a reprodução. Os animais precisam estar bem nutridos, principalmente no pós-parto, para que volte a reproduzir e a ciclar o mais cedo possível. Na parte de sanidade temos o controle das vacinas, principalmente as doenças reprodutivas, que são as que mais acometem o rebanho. Estando tudo certo no calendário de vacinas, a parte sanitária está tudo certo também", avalia Caminha.

Para outros agricultores que também desejam tirar um período de folga, sem ordenha das vacas, Marcelo recomenda o acompanhamento técnico. "Qualquer decisão que forem tomar, primeiro busquem o máximo de informações possível para que, no momento da decisão, saiba definir o que é útil para a propriedade. Esse modelo funciona bem na nossa propriedade, mas cada produtor deve fazer sua avaliação. A realidade hoje é que eu trabalho de uma forma cansativa, mas eu vejo que em março do ano que vem eu terei o meu período de folga, como todo trabalhador que tem carteira assinada. É isso que nos estimula a trabalhar e fazer funcionar esse sistema de trabalho", destaca Müller.

Liege lembra que, além do planejamento do período reprodutivo dos animais, é fundamental a gestão e o planejamento de todas as atividades da propriedade rural. "Tem que saber que as vacas vão precisar ser inseminadas todas no mesmo período, que você terá os terneiros no mesmo período e precisa de um local para eles ficarem, que não terá entrada de dinheiro naquele mês e que você precisa se organizar. Mas, dá para fazer. Não é fácil, mas dá para fazer", conclui.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Soledade
Jornalista Carina Venzo Cavalheiro
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Fonte: Emater

Terça, 14 de Junho de 2022
FAO destaca atuação da Embrapa para o alcance dos ODS
FAO destaca atuação da Embrapa para o alcance dos ODS Fonte: EMBRAPA

Às 13h30 desta segunda-feira (13), horário de Roma (8h30 horário de Brasília), a Embrapa e seus empregados receberam o reconhecimento da FAO por sua contribuição à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). O Prêmio 2022 Champion Award é considerado o mais alto prêmio corporativo mundial concedido pela FAO, em reconhecimento à contribuição significativa e notável para o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Enquanto a Embrapa recebeu o Champion Award, as outras duas instituições presentes na cerimônia compartilharam o recebimento do Partnership Award.

O diretor-executivo de Gestão Institucional da Empresa, Tiago Toledo Ferreira, recebeu o prêmio das mãos do diretor-geral da FAO em Roma, QU Dongyu: “é uma honra para a Embrapa ser premiada como Campeã 2021-2022 pela FAO, parceira prestigiosa e de longa data. Estamos unidos nos esforços para acabar com a fome e a pobreza. Agradeço a toda a equipe de profissionais e parceiros da Embrapa por trabalhar arduamente para trazer inovações sustentáveis ??para a agricultura brasileira e mundial. Este prêmio sinaliza que estamos no caminho certo para cumprir a Agenda 2030”, afirmou em seu discurso de agradecimento.

“A Embrapa é um grande símbolo do compromisso brasileiro com os pilares do desenvolvimento sustentável previstos na Agenda 2030. Há quase meio século, combate a insegurança alimentar usando as armas da ciência e da conservação da biodiversidade”. A afirmação foi feita pelo representante permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), embaixador Fernando Abreu, em Roma, Itália.

Tiago Ferreira explicou ao público presente que a Empresa articula uma rede de 1100 empregados, em seus 43 centros de pesquisa, localizado em todo o território nacional, trabalhando com os 17 ODS. Como um importante resultado desta articulação, a Empresa saltou de 140 tecnologias alinhadas a 81 metas dos 17 ODS, em 2021, para 156 tecnologias alinhadas a 131 metas ODS, em 2022, o que vem contribuindo para o alcance brasileiro dos pilares da Agenda 2030.

“As tecnologias da Embrapa, baseadas em pilares econômicos, sociais e ambientais, foram fundamentais para promover um sistema de produção agrícola que proteja o meio ambiente e alimente o mundo. O Brasil preserva ou protege mais de 66% de seu território e alimenta mais de 800 milhões de pessoas, exportando para mais de 200 países”, destacou o diretor.

“Problemas globais exigem soluções globais e a Embrapa construiu uma forte rede de cooperação internacional para buscar soluções conjuntas para enfrentar desafios como pobreza, fome, descarbonização e agricultura sustentável. Acreditamos na cooperação global”, complementou.

No agradecimento, Tiago Ferreira enfatizou que o trabalho de inscrição ao prêmio foi mérito de um grupo de dez mulheres empregadas de nove centros de pesquisa da Embrapa. “Trabalhamos 24 horas por dia, sete dias da semana, em busca de soluções tecnológicas que contribuam para a redução da fome e da pobreza e das desigualdades, tanto no Brasil, quanto no mundo”.

Para o embaixador Fernando Abreu, é um orgulho para o Brasil contar com uma instituição formada por milhares de cientistas qualificados, que trazem sua expertise para o desenvolvimento de tecnologias que beneficiam não só a sociedade brasileira, mas também grande parte do mundo tropical. “Como consequência desse compromisso, a Embrapa dá uma valiosa contribuição para a oferta e a resiliência do mercado global de alimentos e é participante ativa do programa de cooperação Sul-Sul realizado pelo Brasil”, destacou.

A Embrapa recebeu o prêmio Prêmio 2022 Champion Award. Receberam o prêmio “PartnershipAward” as seguintes organizações: Foudations for Farmining, do Zimbábue; e Wageningen University and Research, da Holanda.

Participaram da cerimônia o diretor Tiago Toledo Ferreira e o coordenador do Labex Europa, Vinícius Guimarães. A cerimônia foi transmitida ao vivo pela FAO internacional e a gravação será disponibilizada em breve.

Contribuições de destaque da Embrapa para a segurança alimentar e nutricional apresentadas para o Prêmio

São exemplos de alinhamento e contribuição para o alcance dos 17 ODS:  o programa de Biofortificação de Alimentos, que já atendeu mais de 46 mil famílias em situação de vulnerabilidade social; o Projeto Bem Diverso, iniciativa conjunta da Embrapa com o PNUD, reconhecido pelas Nações Unidas, em 2020, como boa prática, capacitando mais de 3 mil agroextrativistas, técnicos e pequenos agricultores em tecnologias de manejo, restauração de ecossistemas, comercialização e políticas públicas. Destacam-se também nesta direção o projeto Quintais Orgânicos de Frutas que levou à implantação de 2.476 quintais, em 238 municípios, com 413.845 árvores plantadas, alcançando cerca de 71 mil beneficiários quilombolas, indígenas, agricultores familiares e assentados da reforma agrária.

Outro exemplo é o projeto Sisteminha Embrapa (Sistema Integrado para Produção de Alimentos), implementado em diferentes estados do Brasil e também na África. Outras duas importantes contribuições da Embrapa para a segurança alimentar são as tecnologias aplicadas na Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e o Projeto Integrado da Amazônia, executado por 14 centros de pesquisa da Embrapa, atuando na redução do desmatamento e da degradação ambiental, com ações junto a comunidades tradicionais, com recursos do Fundo Amazônia e do BNDES.

Fonte: Embrapa

Imagem: ©FAO/Alessia Pierdomenico

Terça, 14 de Junho de 2022
Secretaria da Agricultura reativa Comitê Gestor do Plano ABC+
Secretaria da Agricultura reativa Comitê Gestor do Plano ABC+ Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR CÍNTIA MARCHI

Sob coordenação da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), o Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+ (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) está retomando suas atividades no Estado. O grupo tem por finalidade analisar e propor ações para garantir a implantação de práticas de manejo, usos sustentáveis dos recursos naturais e tecnologias de produção com vistas à redução da emissão de gases do efeito estufa.

O Comitê Gestor, criado por decreto em 2012, conta com a participação de cerca de 20 órgãos e entidades do Rio Grande do Sul que, neste momento, estão indicando nomes de integrantes para efetivar a reativação dos trabalhos. Está prevista para a primeira quinzena de julho a primeira reunião do grupo. A iniciativa vai ao encontro de agendas dos setores públicos e privados que buscam a redução da emissão de carbono em 1,1 bilhão de toneladas no país até 2030.

O engenheiro florestal do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), da Seapdr, Jackson Brilhante, explica que a reativação dos comitês gestores estaduais é um movimento nacional, que vem sendo conduzido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em maio, o Mapa realizou a 1ª Reunião Nacional do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (ABC+), em Brasília, da qual Brilhante participou representando a Seapdr.

Para o decênio 2020-2030, o ABC+ tem como eixos orientadores o enfrentamento dos impactos adversos da mudança do clima, o aumento da resiliência e a sustentabilidade do setor agropecuário. “Queremos, cada vez mais, que os sistemas de produção agropecuários gaúchos sejam mais sustentáveis e competitivos. Muitos produtores gaúchos já vem há anos adotado estas práticas e nosso papel é continuar estimulando a ampliação do uso dessas tecnologias dentro do Estado”, diz o engenheiro florestal.

Entre as tecnologias que devem ser fomentadas por meio do ABC+ estão práticas para recuperação de pastagens degradadas, sistema de plantio direto de grãos e hortaliças, sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta-sistemas agroflorestais, florestas plantadas, bioinsumos, sistemas irrigados, manejo de resíduos da produção animal e terminação intensiva.

Para o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Velho Lopes, as atividades agrossilvipastoris se apresentam como parte da solução para o balanço positivo de neutralização dos gases de efeito estufa, uma medida que, inclusive, foi reconhecida na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Cop 26), ocorrida na Escócia, no ano passado. Na ocasião, renovou-se a continuidade do grupo de trabalho intitulado Koronivia, com o objetivo de promover os modelos de agricultura sustentável. “Produtores gaúchos já usam com propriedade projetos de agricultura de baixo carbono. Este é o ambiente que temos que trabalhar e, desta forma, mantermos o desenvolvimento sustentável no nosso Estado baseado no tripé do desenvolvimento econômico, evolução social e preservação do meio ambiente”, afirmou Lopes.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Terça, 14 de Junho de 2022
Copom inicia quarta reunião do ano avaliando fim de altas da Selic
Copom inicia quarta reunião do ano avaliando fim de altas da Selic Fonte: Agência Brasil

Em meio aos impactos da guerra no leste europeu e do nervosismo no mercado financeiro internacional, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa hoje (14) a quarta reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Amanhã (15), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão.

Nas estimativas das instituições financeiras, o Copom deverá encerrar o ciclo de aumento de juros, apesar das pressões atuais sobre a inflação. Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a Selic deverá passar de 12,75% para 13,25% ao ano, com alta de 0,5 ponto percentual. Os analistas de mercado esperam que a taxa permaneça nesse nível até o fim do ano.

Na ata da última reunião, os membros do Copom tinham sinalizado que pretendiam concluir o ciclo de alta da Selic porque as elevações dos últimos meses ainda estão sendo sentidas pelo mercado. No entanto, a guerra entre Rússia e Ucrânia passou a impactar a inflação brasileira, por meio do aumento dos combustíveis, de fertilizantes e de outras mercadorias importadas. Além disso, a instabilidade na economia norte-americana, que enfrenta a maior inflação nos últimos 40 anos, têm elevado a cotação do dólar em todo o planeta.

O mercado financeiro sentiu o impacto da economia externa. A última edição do boletim Focus elevou a previsão de inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 8.89% para 9% em 2022 

Para 2022, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior é 5%. Os analistas de mercado consideram que o teto da meta será estourado pelo segundo ano consecutivo.

Aperto monetário

Principal instrumento para o controle da inflação, a Selic continua em ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegou a 6,5% ao ano, em março de 2018.

Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até chegar ao menor nível da história, em agosto de 2020, em 2% ao ano. Começou a subir novamente em março do ano passado, tendo subido 10,75 pontos percentuais até agora.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, pretende conter a demanda aquecida, causando reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas seguram a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Fonte: Agência Brasil – Welton Máximo

Imagem: Marcello Casal Jr.

Terça, 14 de Junho de 2022
Ministro destaca potencial do Brasil de ampliar área agrícola irrigada com sustentabilidade
Ministro destaca potencial do Brasil de ampliar área agrícola irrigada com sustentabilidade Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Nesta terça-feira (14), em live em comemoração ao Dia Nacional da Agricultura Irrigada, a ser celebrado no dia 15 de junho, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, destacou a importância da irrigação na agricultura como inovação tecnológica para garantir a segurança alimentar e promover a sustentabilidade. 

“Não tem nada que fala melhor de inovação tecnológica do que a própria irrigação. Se nós queremos ser o primeiro país produtor e exportador de alimentos, nós precisamos de tecnologia, principalmente a tecnologia da irrigação. Irrigar significa gerar emprego,significa produzir mais em uma mesma área”, disse Marcos Montes.

O evento virtual, organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), tem como objetivo promover uma postura crítica ativa em relação à importância da agricultura irrigada para a sustentabilidade na produção de alimentos e para o desenvolvimento da segurança alimentar no Brasil.

“A irrigação é uma alternativa tecnológica para intensificar a atividade produtiva,aumentar a oferta de produtos agrícolas, nos mercados interno e externo, sem a necessidade de expandir a área. O setor de irrigação é altamente desenvolvido no Brasil. As melhores técnicas existentes já são utilizadas pelos produtores. As principais empresas do setor atuam no país. Temos todas as tecnologias adaptadas à realidade brasileira e os produtores já perceberam o potencial produtivo dessa técnica”, disse o presidente da CNA, João Martins.

A secretária executiva adjunta do Ministério do Desenvolvimento Regional, Alice de Carvalho, afirmou que a agricultura irrigada é um importante instrumento de desenvolvimento regional. “Estima-se que a cada 1 hectare irrigado três empregos são gerados. Há também externalidades e impactos positivos, indicando uma influência positiva da produção irrigada no desenvolvimento socioeconômico das regiões do país”.

Segundo a diretora-presidente da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana), Veronica Sánchez, a agência tem "trabalhado nos últimos anos no sentido de disponibilizar de forma segura, em termos de quantidade e qualidade, água não só para agricultura, e em especial a agricultura irrigada que é o nosso maior usuário de recursos hídricos, mas também para todos os usos”.

A irrigação é uma técnica utilizada para suprir as demandas hídricas dos cultivos de forma artificial, visando o pleno desenvolvimento. Essa técnica faz parte de um conjunto de outras práticas usadas para garantir a produção econômica de determinada cultura, com o adequado manejo dos recursos naturais, acompanhada de tecnologias como a de plantio direto, as de conservação de água e solo, a de manejo integrado de pragas, entre outras.

Além disso, o uso da tecnologia de irrigação traz vários benefícios para a agricultura e , consequentemente, para o mundo, como aumento de produtividade e mitigação dos efeitos do clima sobre os cultivos; melhoria das condições socioeconômicas da região onde a agricultura irrigada é praticada, possibilitando o desenvolvimento regional; e possibilita aumento de produção na mesma área, evitando a necessidade de ampliação de fronteiras agrícolas, e, assim, protegendo os biomas e áreas de vegetação natural.

Irrigação no Brasil

O Brasil é o 6° país no ranking de países com maiores áreas irrigadas no mundo e um dos poucos países do mundo com capacidade de triplicar a área irrigada. China, Índia e Estados Unidos ocupam as primeiras colocações. Segundo estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - USP, o Brasil tem potencial para irrigar cerca de 55 milhões de hectares, em bases ambientalmente sustentáveis.

“A irrigação contribui não só para o incremento da segurança alimentar da humanidade, pelo fato de ser possível produzir até quatro vezes mais alimentos na mesma área quando usa sistemas irrigados, como também para uma grande discussão global que se chama sustentabilidade”, ressaltou o secretário-adjunto de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Mapa, Cléber Soares, ressaltando a necessidade da tecnologia nos dias atuais. 

“Tanto que o Mapa colocou no Programa ABC+ sistemas irrigados como meta de termos até 2030, pelo menos, 13 milhões de hectares de sistemas irrigados. Quando nós irrigamos, aumentamos a eficiência dos cultivos e consequentemente mitigamos os gases de efeito estufa”, completou.

O Ministério da Agricultura é um dos condutores da Política Nacional de Irrigação e trabalha para o aumento de áreas irrigadas trazendo resiliência ao produtor rural com a conservação da água e do solo. Até o ano de 2050, o mundo irá demandar o aumento de alimentos na base de 60% e de água, em 40%, segundo a FAO.

Pensando nisso, a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação – SDI está elaborando o Programa Nacional de Agricultura Irrigada – “Irriga+”, que irá integrar as ações do Governo Federal para a promoção da irrigação no Brasil. O objetivo do programa é superar os gargalos identificados junto aos diversos setores envolvidos e favorecer o emprego da agricultura irrigada em bases sustentáveis e em áreas prioritárias.

Também estiveram presentes no evento a secretária executiva adjunta do Ministério do Desenvolvimento Regional, Alice de Carvalho, e a diretora-presidente da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, Veronica Sánchez.

 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Imagem: Marcelino Ribeiro/Embrapa

Segunda, 13 de Junho de 2022
4° Mosaico do Agronegócio atrai mais de 750 produtores rurais para Gramado
4° Mosaico do Agronegócio atrai mais de 750 produtores rurais para Gramado Fonte: Assessoria de Comunicação Senar - RS

Mais de 750 produtores rurais gaúchos participam do 4° Mosaico do Agronegócio, que começou na quarta-feira (8), em Gramado. A solenidade de abertura contou com a participação de autoridades e lideranças do agronegócio, como o secretário de Estado adjunto da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Rodrigo Rizzo, o presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, e o governador do núcleo econômico da CNA, Renato Colchon.
Anfitriões do evento, o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, e o diretor executivo do Serviço de Inteligência no Agronegócio (SIA), Bruno Quadros, fizeram as saudações iniciais aos participantes presentes no Centro de Convenções do Wish Serrano Resort. "É uma satisfação muito grande para o Senar do Rio Grande do Sul estar em parceria com o Serviço de Inteligência no Agronegócio, o SIA, realizando o 4º Mosaico, evento que se pauta pela qualidade das discussões que estarão aqui acontecendo", iniciou Condorelli.
O superintendente valorizou o foco do Senar-RS na vida e no futuro do produtor rural, "As propriedades que temos hoje sob nossa gestão não serviram apenas a nós, mas ao futuro de nossas famílias. Portanto, o que fazemos hoje tem papel fundamental naquilo que será o reflexo para as gerações que irão nos suceder à frente de nossos negócios. Assim, ter a parceria do SIA é a certeza de que estamos no local certo, com o parceiro certo, com uma discussão que servirá a esses propósitos: garantir que teremos sucesso no presente e estabelecer bases firmes para nossos negócios para um futuro longínquo", completou.
Em sua fala inicial, Bruno Quadros destacou o trabalho do idealizador do Mosaico, Davi Teixeira, sócio da SIA, e de sua equipe, pelo crescimento do evento que atingiu número recorde. Ele se disse orgulhoso tanto da parceria com o Senar-RS, e com o trabalho do 4º Mosaico que, além de abordar temas relacionados ao agro e à tecnologia, vai falar de pessoas.
"Sabemos que é um desafio muito grande fazer essa mudança. Em um mundo cada vez mais complexo, falar não só de `Quanto vai de semente?', `Quanto vai de adubo?', e conseguir trabalhar gestão, conseguir falar de pessoas, tratar as pessoas dentro do negócio. São temas importantes e complexos para nosso negócio", valorizou Quadros.
O primeiro dia do evento contou ainda com palestra do professor Dado Schneider, com o tema "O mundo mudou. E você?", no qual incentivou a comunicação entre velhos e jovens para facilitar processos da vida cotidiana. Essa relação foi associada a questões que vão desde o uso e aproveitamento de tecnologias até a sucessão familiar.
"Nossa cabeça foi formatada com a maneira de viver, pensar e agir do século 20, mas nós vamos viver no século 21. A cada dia, surgem novas fontes de informação, mais atualizadas do que as que costumávamos acessar no século passado. Temos de reaprender a aprender. temos de aprender as coisas com a nova geração. No século passado, eram os mais jovens que aprendiam com os mais velhos. Isso mudou", diz Schneider, que é mestre e doutor em Comunicação pela PUC-RS.

 

Três arenas

O Mosaico é um seminário bianual que tem o objetivo de fomentar os sistemas integrados de produção agropecuária e todo o processo de intensificação sustentável. A iniciativa visa ser um fórum de discussões de alto nível, envolvendo produtores rurais, técnicos e lideranças do setor. Além de promover um debate sobre inovação, sua missão é evidenciar boas práticas agropecuárias e discutir soluções e melhoria dos sistemas de produção.
Este ano, os participantes poderão participar de debates e assistir a 20 palestras, distribuídas em três arenas temáticas: Lavoura, Pecuária e Pessoas.
"Além da intensificação sustentável dos sistemas agropecuários, que sempre foi o mote do evento, vamos falar da ligação das pessoas com a informatização do campo. Como a pecuária e a agricultura 4.0 impactam as pessoas. Este passa a ser o tema principal dessa edição, juntamente com sustentabilidade e a oportunidade de monetização dos ativos que vem do campo", explica Davi Teixeira.

Fonte: Assessoria de Comunicação Senar-RS