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Sexta, 15 de Maio de 2020
Dólar se aproxima de R$ 6,00 e sustenta preços da soja no Brasil.
Dólar se aproxima de R$ 6,00 e sustenta preços da soja no Brasil. Fonte: Safras & Mercado

O mercado brasileiro de soja teve mais uma semana de preços batendo em patamares históricos e de boa movimentação. O câmbio segue sendo o principal motivador para a comercialização, permanecendo acima de R$ 5,80 e se aproximando, durante a semana, da casa de R$ 6,00.

     Com isso os preços nos portos voltaram a subir, com a saca de 60 quilos atingindo R$ 116,00 em Rio Grande e R$ 114,50 em Paranaguá. A movimentação, em sua maioria, envolve negócios a partir de agosto e com interesse se estendendo para 2021.

     A semana foi marcada ainda pelo primeiro relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) com dados de oferta e demanda mundial e americana para 2021.

     O relatório de maio indicou que a safra dos Estados Unidos de soja deverá ficar em 4,125 bilhões de bushels em 2020/21, o equivalente a 112,26 milhões de toneladas. Este foi o primeiro número para a temporada. O mercado apostava em previsão de 4,120 bilhões ou 112,13 milhões.

     Os estoques finais estão estimados em 405 milhões de bushels ou 11,022 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 452 milhões ou 12,3 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,13 bilhões de bushels e exportação de 2,05 bilhões.

     A produção 2019/20 está estimada em 3,557 bilhões de bushels. Os estoques finais em 2019/20 estão projetados em 580 milhões de bushels, enquanto o mercado apostava em 501 milhões. O esmagamento está estimado em 2,125 bilhões e as exportações em 1,675 bilhões de bushels.

     O USDA projetou safra mundial de soja em 2020/21 de 362,76 milhões de toneladas. Esta foi a primeira estimativa para a temporada.

     Os estoques finais estão estimados em 98,39 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 104 milhões de toneladas.

     A projeção do USDA aposta em safra americana de 112,26 milhões de toneladas. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 131 milhões de toneladas. A Argentina deverá produzir 53,5 milhões de toneladas. A estimativa para as importações chinesas em 2020/21 é de 96 milhões de toneladas.

     Para 2019/20, o USDA indicou safra de 336,11 milhões de toneladas. Os estoques finais estão projetados em 100,27 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em 100,1 milhões. A safra brasileira teve sua estimativa reduzida de 124,5 milhões para 124 milhões de toneladas. O mercado previa número de 123 milhões.

     A safra argentina foi cortada de 52 milhões para 51 milhões de toneladas, dentro do esperado pelo mercado. As importações chinesas foram estimadas em 92 milhões de toneladas.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Fonte: Safras & Mercado

Sexta, 15 de Maio de 2020
Milho: cotações seguem com poucas flutuações nesta sexta-feira.
Milho: cotações seguem com poucas flutuações nesta sexta-feira. Fonte: Noticias Agrícolas

Os preços futuros do milho operavam em baixa na Bolsa Brasileira (B3) nesta sexta-feira (15). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,26% e 1,50% por volta das 11h49 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à R$ 50,71 com queda de 0,26%, o julho/20 valia R$ 46,77 com desvalorização de 1,50% e o setembro/20 era negociado por R$ 45,51 com perda de 1,28%.

As cotações do mercado futuro seguiam as movimentações do dólar, que por volta das 11h57 (horário de Brasília) caiam 0,51% valendo R$ 5,79.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) registrava resultados em campo misto para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registravam flutuações entre 0,25 pontos negativos e 1,50 pontos positivos por volta das 11h47 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à US$ 3,19 com valorização de 1,50 pontos, o setembro/20 valia US$ 3,22 com alta de 0,75 pontos, o dezembro/20 era negociado por 3,31 com estabilidade e o março/21 tinha valor de R$ 3,44 com queda de 0,25 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho receberam um aumento de preço do complexo energético esta manhã, já que a produção de etanol segue a demanda de energia mais alta em meio à recuperação da pandemia do COVID-19.

Além disso, a publicação ainda destaca que uma previsão do tempo de fim de semana encharcada que limitaria o progresso do plantio também contribuiu para os ganhos desta manhã.

Fonte: Noticias Agrícolas

Sexta, 15 de Maio de 2020
Bolsonaro veta auxílio emergencial a agricultor familiar e caminhoneiro.
Bolsonaro veta auxílio emergencial a agricultor familiar e caminhoneiro. Fonte: Canal Rural

A inclusão das categorias no benefício havia sido aprovada pelo Senado em 22 de abril. A lei entrará em vigor com os vetos, que deverão ser analisados pelo Congresso Nacional

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O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira, 14, a extensão do auxílio emergencial de R$ 600 para novas categorias profissionais, mas vetou o benefício para agricultores familiares, pescadores profissionais e artesanais,  aquicultores, silvicultores, técnicos agrícolas e caminhoneiros. A sanção foi publicada na madrugada desta sexta-feira, 15, no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo presidente e os ministros da Economia, Paulo Guedes, da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e da Mulher, Damares Alves.

No entanto, o presidente aprovou o benefício para profissionais que estão inscritos no Cadastro Único.

A proposta havia sido aprovada pelo Senado Federal no dia 22 de abril e aguardava a sanção presidencial. A lei entrará em vigor com os vetos, que deverão ser analisados posteriormente pelo Congresso Nacional. Contudo, deputados e senadores ainda poderão manter ou derrubar a decisão do Executivo.

De acordo com o presidente, os trechos vetados, entre eles o que exclui categorias como a dos agricultores familiares, ficaram de fora da publicação “por contrariedade ao interesse público e inconstitucionalidade”, uma vez que ferem o princípio da isonomia por privilegiar certas profissões em detrimento de outras.

O governo justificou, ainda, que o Congresso não indicou a origem do recurso que seria utilizado nem o impacto das despesas no Orçamento Federal.

Fonte: Canal Rural

Quinta, 14 de Maio de 2020
CNA entrega à ministra propostas para o PAP 2020/21.
CNA entrega à ministra propostas para o PAP 2020/21. Fonte: Safras & Mercado

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, as propostas da entidade para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2020/2021, construídas de forma conjunta com as Federações de Agricultura e Pecuária nos Estados, sindicatos rurais, produtores e associações setoriais.

    O documento foi entregue pelo vice-presidente da CNA e presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da entidade, deputado José Mário Schreiner, em reunião no gabinete da ministra. Também estiveram no encontro o superintendente técnico Bruno Lucchi, e os secretários de Política Agrícola e de Agricultura Familiar e Cooperativismo do ministério, Eduardo Sampaio e Fernando Schwanke.

    O documento traz 10 pontos prioritários para a política agrícola para a próxima safra, que começa em 1º de julho, focadas em questões como: redução da taxa de juros ao produtor rural e dos custos administrativos e tributários cobrados pelas instituições financeiras para operar o crédito rural e aumento das fontes de financiamento para o agronegócio.

     A lista de demandas também contém sugestões para desburocratização e ampliação da transparência sobre as exigências feitas pelas instituições financeiras na concessão do crédito rural, combate à prática de “venda casada”, ajustes nos programas de crédito rural, aprimoramentos relacionados à gestão de riscos da atividade agropecuária e medidas de apoio à comercialização.

     As propostas da CNA contemplam sugestões de medidas estruturantes para o setor e também solicitações pontuais relacionadas aos novos desafios que os produtores rurais têm enfrentado com o novo cenário econômico, devido à pandemia do coronavírus.

     “Entregamos as propostas do setor produtivo de todo o Brasil com as prioridades para o próximo Plano Safra. Sabemos que nessa época de pandemia, precisamos ter muito primor para estar subsidiando o ministério. Precisamos ter um plano à altura do agronegócio brasileiro”, disse o vice-presidente da CNA José Mário Schreiner.

     “É um plano muito bem feito, sintonizado com o que o produtor rural quer e muitas coisas já estavam sobre a mesa do ministério, mostrando que estamos em perfeita sintonia com CNA, federações e sindicatos”, completou a ministra Tereza Cristina.

     A CNA propõe a redução significativa da taxa de juros aos produtores rurais, e afirma que, em geral, os custos de financiamento nas diferentes linhas do Plano Agrícola e Pecuário de 2019/2020 são muito similares às taxas de juros vigentes no Plano Safra 2017/2018, construído quando a taxa SELIC estava em 11,25% em abril/2017 e 10,25% um mês depois.

    Embora a Selic tenha caído progressivamente e o governo tenha se beneficiado de menores custos de administração e rolagem da dívida pública, o agronegócio segue pagando juros significativamente elevados, aos quais somam-se ainda os custos administrativos e tributários (CAT) cobrados pelas instituições financeiras.

   Nesse sentido, a CNA também sugere a revisão dos percentuais de custos administrativos e tributários (CAT) recebidos pelas instituições financeiras, considerando as novas condições macroeconômicas e também as novas possibilidades de contratação de crédito por meios digitais, o que deve aumentar o volume de recursos equalizáveis para o setor agropecuário.

     Outro ponto diz respeito à maior transparência sobre as exigências dos bancos na concessão de crédito rural e ao aprimoramento da fiscalização de práticas como a venda casada, penalizando os responsáveis por práticas abusivas.

    A CNA também defende a garantia, dentro do orçamento, de um volume de R$ 13,5 bilhões em 2021 para a subvenção econômica em equalização de taxa de juros. Para a subvenção ao prêmio de seguro rural (PSR), a CNA propõe montante de R$ 1,6 bilhão, e solicita previsibilidade na execução do orçamento para o PSR e a implementação de um sistema para concessão da subvenção diretamente ao produtor rural.

     Também estão entre as propostas prioritárias da CNA recursos destinados ao crédito de custeio e comercialização, além de programas de investimento para a construção de armazéns (PCA), irrigação (Moderinfra), agricultura de baixa emissão de carbono (Programa ABC) e Inovagro, que consiste na incorporação de inovações tecnológicas nas propriedades rurais, para os quais a entidade solicita condições especiais.

     Para os empreendedores familiares rurais, a CNA propõe a ampliação do valor de financiamento no âmbito do Pronaf de R$ 250 mil para R$ 350 mil, redução da taxa de juros para 2,5% ao ano e estímulo às contratações do Pronaf Produtivo Orientado, que combina crédito rural com assistência técnica aos produtores.

     O ajuste da regulamentação vigente sobre a carteira de crédito agropecuário, por meio da aplicação de diretrizes que considerem as características e a importância do setor no mercado de crédito brasileiro, é outro ponto-chave na avaliação da CNA.

     A CNA destaca que as operações de crédito rural firmadas entre produtores e cooperativas de produção com as instituições financeiras representam mais de 10% de todas as operações no Sistema Financeiro Nacional e que o provisionamento de risco que as instituições financeiras devem fazer sobre essas operações é muito superior a outros mercados, a despeito de vários instrumentos de gestão de riscos à disposição dos produtores e da utilização de garantias reais nas contratações de crédito rural.

    A CNA destaca que a Lei 13.986/2020, conversão da Medida Provisória 897/2019 (MP do Agro), trouxe diversas novidades de interesse do setor agropecuário, atendendo várias solicitações apresentadas pela entidade no documento de Propostas do Sistema CNA para o Plano Agrícola e Pecuário 2019/2020.

     E, para dar continuidade às melhorias no ambiente de negócios de forma a viabilizar mais investimentos privados no setor, a entidade defende a edição de instrução normativa pela Comissão de Valores Mobiliários, para a criação de fundos de investimentos para o setor agropecuário, o que dará maior flexibilidade para injeção de recursos dos fundos de previdência complementar e de outros investidores no setor.

     A  Lei 13.986/2020 também estendeu a possibilidade de distribuição da equalização da taxa de juros para todas as instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural, de forma a estimular a competitividade entre esses agentes. Por isso, a CNA solicita que sejam instituídos mecanismos, instâncias e práticas de governança para a distribuição dos recursos de equalização de taxas de juros entre as instituições financeiras, que promovam maior transparência, aumento do volume de recursos à disposição do setor e melhores condições de contratação.

    Outras propostas defendidas pela entidade são: incentivo a novos modelo de negócio no Sistema Financeiro para operar com o agro, como as agrofintechs, repasse de recursos dos fundos constitucionais às cooperativas de crédito, aprimoramento dos instrumentos e modelos de análise de riscos dos produtores rurais, considerando o perfil de cada cliente e não apenas as garantias disponíveis na tomada de crédito.

     A CNA também sugere a criação de uma Central Nacional de Registro de Imóveis, a priorização de ações para regularização fundiária na Região Norte, apoio ao Projeto de Lei 10.499/2018, que revisa uma série de aspectos estruturantes da política de crédito rural, adoção de incentivos para os produtores que contratarem seguro rural ou adotarem instrumentos para proteção de riscos de mercado, por meio de acesso diferenciado ao financiamento, linhas de crédito para estocagem de produtos, utilizando o estoque de produtos como garantia, e reajuste dos preços mínimos, compatíveis com o custo operacional de produção.

Fonte: Safras & Mercado

Quinta, 14 de Maio de 2020
Exportações devem acelerar retomada econômica.
Exportações devem acelerar retomada econômica. Fonte: Agrolink

A retomada já está ocorrendo. O setor rural não parou de produzir nesse período de quarentena

Repetindo o cenário do primeiro quadrimestre do ano passado, celulose e soja em grãos se consolidaram como os principais produtos exportados por Mato Grosso do Sul, entre janeiro e abril de 2020. Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, apontam que a oleaginosa, sozinha, movimentou mais de US$ 524 milhões. Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de MS (Aprosoja/MS) a pandemia não impediu o avanço das comercializações e a agricultura será suporte para diversas outras atividades.

"A retomada já está ocorrendo. O setor rural não parou de produzir nesse período de quarentena e toda a parte do pré e pós-plantio estão em funcionamento, contribuindo para que diversos setores continuem operando. Acreditamos que estamos em pleno vapor", explica o Presidente da Aprosoja/MS, André Figueiredo Dobashi, ao considerar fatores climáticos como desafios para as lavouras.

De acordo com Renata Farias Ferreira da Silva, economista da Aprosoja/MS, em abril deste ano houve um aumento nas exportações de soja de cerca de 104 mil toneladas, um avanço de 15% em relação a março. Comparando com abril de 2019, o aumento foi ainda maior, de 38%. "Mato Grosso do Sul costuma apresentar menores taxas de exportação nos meses seguintes a março, isso não demonstra um mercado em crise, apenas uma tendência já conhecida devido a fatores externos, como clima e o início da safrinha. Mas em 2020 nos deparamos com uma elevação nas exportações, fato que demonstra um setor em plena atividade e com perspectivas positivas de atender ao mercado interno e externo", pontua Renata.

Quanto ao milho, de acordo com a Aprosoja/MS, a queda nas exportações não surpreendeu, devido ao forte movimento ocorrido ainda em 2019. "A análise histórica da curva nos mostra que o ano de 2019 foi recorde em exportação, com 2,65 milhões de toneladas remetidas ao exterior, enquanto em 2018 não passamos de 594 mil toneladas exportadas. Dada essa elevada exportação em 2019, não houve estoque significativo para ser exportado no início de 2020 e só devemos retomar essa exportação após a colheita da 2ª safra de milho que está em desenvolvimento", explica Renata. 

Na avaliação de Dobashi se o período chuvoso se mantiver, como o que ocorreu nesses últimos dias, apesar da área plantada ter sido menor, podemos ter um restabelecimento da produtividade, que ainda depende da não ocorrência de geadas que prejudiquem o final da safra.

Fonte: Agrolink

Quinta, 14 de Maio de 2020
Milho: preocupações com a safrinha sustentam cotações na B3.
Milho: preocupações com a safrinha sustentam cotações na B3. Fonte: Noticias Agrícolas

Os preços futuros do milho seguem subindo na Bolsa Brasileira (B3) nesta quinta-feira (14). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,21% e 1,09% por volta das 11h42 (horário de Brasília).

O vencimento maio/20 era cotado à R$ 50,85 com valorização de 1,09%, o julho/20 valia R$ 47,30 com alta de 0,21%, o setembro/20 era negociado por R$ 46,12 com elevação de 0,66% e o novembro/20 tinha valor de R$ 48,40 com estabilidade.

De acordo com o Agrifatto Consultoria as cotações na B3 seguem em alta, com o vencimento setembro/20 subindo 0,99% no comparativo diário, sustentada pela “preocupação continua com o desempenho da safrinha nos estados e centro-sul do país”.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) segue caindo para os preços internacionais do milho futuro nesta quinta-feira. As principais cotações registravam movimentações negativas entre 0,75 e 1,25 pontos por volta das 11h44 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à US$ 3,11 com desvalorização de 1,25 pontos, o setembro/20 valia US$ 3,21 com queda de 0,75 pontos, o dezembro/20 era negociado por US$ 3,31 com baixa de 0,75 pontos e o março/21 tinha valor de US$ 3,44 com perda de 1 ponto.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, as grandes projeções dos USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) das safras pesaram muito nos futuros de milho nesta manhã.

O site internacional Barchart registra que os traders estimam que as vendas de milho no relatório de vendas de exportação de hoje estarão entre 0,8 e 1,5 MMT.

Fonte: Noticias Agrícolas

Quinta, 14 de Maio de 2020
Carne bovina: exportação pode subir após impasse entre China e Austrália.
Carne bovina: exportação pode subir após impasse entre China e Austrália. Fonte: Canal Rural

De acordo com o Cepea, o volume de carne bovina brasileira exportada para a China em 2020 foi o dobro em comparação ao ano passado; cenário é otimista

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O volume de carne bovina in natura e industrializada exportada pelo Brasil de janeiro a abril deste ano é recorde e esse resultado se deve à aquecida demanda da China. O país asiático foi destino de 203,47 mil toneladas de carne, mais que o dobro da quantidade registrada no mesmo período de 2019, de 96,05 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Diante disso, enquanto as exportações de carne bovina à China no primeiro quadrimestre de 2019 representaram 17,71% do total embarcado pelo Brasil, no mesmo período de 2020 passaram a corresponder por 37,1%.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) afirma ainda que as exportações brasileiras podem ser reforçadas ainda mais, já que recentemente, a China embargou a importação de carne bovina de alguns frigoríficos da Austrália. O país já foi um importante fornecedor de carnes aos chineses.

“O mercado brasileiro evidencia ter potencial para atender à aquecida demanda chinesa, tendo a favor a alta competitividade, devido, especialmente, ao custo de produção inferior ao de importantes concorrentes mundiais. Atualmente, o alto patamar do dólar também favorece o preço da tonelada da carne brasileira exportada”, afirma a entidade.

Fonte: Canal Rural

Quinta, 14 de Maio de 2020
Economia: Risco país e dólar disparam e Brasil vira economia mais arriscada para investidor.
Economia: Risco país e dólar disparam e Brasil vira economia mais arriscada para investidor. Fonte: AF News Agricola

O Brasil passou nas últimas semanas a ser um país mais arriscado para o estrangeiro investir, se descolando de outros emergentes. Isso porque, se a crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus é uma realidade para todos, os ruídos políticos, além de serem muito mais intensos aqui, elevaram as preocupações sobre a recuperação da atividade econômica e em relação às contas fiscais brasileiras.

Resultado: o risco país subiu bem mais no País do que em outras regiões e o real é a moeda que mais se desvaloriza ante o dólar entre os principais emergentes. Com a tendência de os juros reais se tornarem negativos aqui nos próximos meses, a avaliação de estrategistas e economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast é que o Brasil vai ficar ainda mais distante do radar dos grandes investidores.

Uma das medidas da piora da percepção sobre o perfil de risco do Brasil é o comportamento recente do indicador que mede a chance de um país dar um calote na sua dívida externa, o Credit Default Swap (CDS). Só este ano, o CDS do Brasil subiu 255%. Como comparação, na América Latina, o do México avançou 175% e o do Chile teve aumento de 140% no mesmo período. Entre emergentes de outras regiões, o da África do Sul subiu 137%, o da Turquia ganhou 112% e o da Coreia do Sul, 55%. Nessa lista, Argentina e Venezuela estão excluídas, por já estarem em situação de calote.

No câmbio, o dólar já subiu mais de 47% no Brasil este ano, enquanto no México avançou 29%, na Turquia, 17% e na África do Sul, 32%.

Antes da crise do coronavírus e da piora do ambiente político, investidores viam o Brasil com chance de voltar à classificação grau de investimento, o selo de bom pagador concedido pelas agências de avaliação de risco, como mostravam as taxas do CDS no começo de janeiro, que operavam na casa dos 95 pontos (menor nível em dez anos). Em abril, as taxas chegaram a superar 400 pontos, mesmo nível que o Brasil tinha no começo de 2016, pouco antes do impeachment de Dilma Rousseff. Na quarta-feira, 13, o CDS foi negociado a 355 pontos, alta de 25 pontos em apenas um dia, segundo cotações da IHS Markit.

"Estamos cada vez mais pessimistas sobre as perspectivas com o Brasil", afirma o economista sênior em Londres para América Latina da consultoria Pantheon Macroeconomics, Andres Abadia. "Este é o pior momento para uma crise política no Brasil", afirma a analista de moedas do banco alemão Commerzbank, You-Na Park-Heger. O País deve enfrentar uma forte recessão por causa do choque causado pela pandemia.

Novo recorde

E em meio a toda essa turbulência, a cotação do dólar bateu novo recorde nominal na quarta-feira, 13. A moeda americana fechou o dia cotada a R$ 5,90. No dia, a alta foi de 0,55%. No mês, o dólar já acumula alta de 8,5% e no ano, 47,09%.

Fonte: AF News Agricola

Quarta, 13 de Maio de 2020
Técnicos no RS recebem orientação sobre sorologia de febre aftosa.
Técnicos no RS recebem orientação sobre sorologia de febre aftosa. Fonte: Portal DBO

A partir do dia 18 de maio até o dia 5 de junho serão coletadas amostras em 335 propriedades gaúchas

Mais de 50 técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) participaram na última terça-feira, 12, de reunião virtual para alinhamento do Estudo Sorológico de Circulação Viral 2020. O trabalho faz parte da Vigilância para Febre Aftosa no Rio Grande do Sul e integra o Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura (Mapa).

 “As propriedades foram definidas pelo Ministério da Agricultura e estão localizadas em regiões com maior risco da doença “, explica Fernando Groff, do Programa de Prevenção e Combate à Febre Aftosa da Seapdr.  Ao todo, amostras de 16,9 mil animais com até 24 meses devem ser coletadas.

As análises serão feitas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Porto Alegre, o que deverá agilizar a emissão dos resultados. “O LFDA fará os testes somente do Rio Grande do Sul. Por isso estimamos que até agosto todo o processo estará encerrado”, afirma Groff. Ele lembra que os animais coletados não poderão ser movimentados até a conclusão da sorologia.

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal contribuiu com a compra de insumos para a sorologia. Além dos materiais para coleta e envio, os servidores vão receber também equipamentos de proteção individual para o atendimento nas propriedades. “Todos receberão máscaras, luvas, álcool gel e face shield. Esses materiais são mais para o contato com os produtores do que para a realização da coleta nos animais”, pondera Groff.

Fonte: Portal DBO

Quarta, 13 de Maio de 2020
Arroz: além de preço recorde, produtividade fica acima do esperado.
Arroz: além de preço recorde, produtividade fica acima do esperado. Fonte: Canal Rural

Federarroz estima um rendimento médio próximo a 8 mil quilos por hectare no estado, volume acima do esperado pelos arrozeiros

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A colheita do arroz no Rio Grande do Sul está se aproximando do final com a perspectiva de atingir uma boa produtividade. Quase toda a área plantada com o cereal já foi colhida e a produtividade média a ser registrada noestado deve ficar próxima dos 8 mil quilos por hectare, quantidade superior à prevista inicialmente pelo setor.

De acordo com o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, o período reprodutivo da planta que ocorreu nos meses de janeiro e fevereiro foi excepcional. Ele lembra que houve uma incidência muito grande de luz solar na época, até em função da estiagem registrada.

“Corajosamente a Federarroz vem dizendo para o produtor plantar em áreas realmente muito produtivas e ter, na medida do possível, uma rotação de culturas para que consiga aumentar a sua  produtividade e obter uma diminuição de custos”, destaca.

Velho salienta também que houve uma reação do mercado em plena colheita do arroz, principalmente devido ao ajuste na área plantada e ao câmbio alto que se manteve em patamares acima de R$ 5, trazendo uma paridade mais elevada em relação ao Mercosul. O indicador do arroz em casca Esalq/ Senar, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) atingiu no fechamento desta terça-feira, 12, o maior valor da história, a R$ 59,63 por saca de 50 quilos.

“Devido à baixa rentabilidade do setor, os produtores vêm diminuindo a área semeada no Brasil ano a ano”, afirma, colocando, ainda, que a pandemia causada pelo Coronavírus acabou precipitando uma alteração de patamar, já prevista pela Federarroz em outubro do ano passado.

“Esta reação se deve especialmente a uma conjuntura internacional, quando países tradicionalmente exportadores, como China e Índia, seguraram as suas exportações visando garantir a segurança alimentar da sua população”, observa.

O presidente da Federarroz destaca ainda a mudança de postura do consumidor em função da quarentena. “As pessoas acabaram comprando uma quantidade muito maior de produtos não perecíveis, onde o arroz se inclui, promovendo assim uma demanda muito forte em plena colheita. Com isso, o varejo também se viu obrigado a fazer uma reposição bem maior no período”, conclui.

Fonte: Canal Rural