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Segunda, 01 de Junho de 2020
Agropecuária cresce acima do PIB do País
Agropecuária cresce acima do PIB do País Fonte: Portal DBO

A estimativa é de que o setor termine o ano com crescimento de 2,5%, enquanto para o total da economia o encolhimento é dado como certo

O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária apresentou crescimento de 0,6% no primeiro trimestre de 2020,  em comparação ao quarto trimestre de 2019. Em valores correntes, equivale a R$ 119, 7 bilhões, para um total nacional R$ 1,8 trilhão. Para toda a economia, incluindo a indústria e serviços, a contração no PIB foi de 0,3%.  Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29/5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mais uma vez, o agronegócio vai na direção oposta aos demais setores que apresentaram retração em suas atividades em função da pandemia de coronavírus (Covid-19). No primeiro trimestre, ainda que com pouco impacto, a pandemia já começava esboçar freio nos negócios, que se acentuaram no último mês, e que deve se refletir nos dados do ano. A estimativa é de que o PIB brasileiro encolha cerca de 7% em 2020. Para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados do IBGE,  no caso do agronegócio, é de que setor cresça 2,5%.

O agronegócio também mostra um desempenho positivo, na comparação com o primeiro trimestre de 2019. O crescimento foi de 1,9%. Em comunicado, o Ministério da Agricultura e Pecuária afirma que a ministra Tereza Cristina tem destacado as ações adotadas pelos órgãos federais para garantir o abastecimento interno de alimentos, as exportações dos produtos agropecuários e o funcionamento sem interrupção da cadeia produtiva do agro durante a pandemia. “Temos conseguido cumprir a nossa missão de provedores de alimentos do mundo”, disse a ministra.

Segundo o relatório do IBGE, o resultado para o agronegócio pode “ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre, como a soja, e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida vis-à-vis a área plantada”. Além disso, o País , informa o IBGE.

Assim, nas exportações de produtos rurais, o setor contribuiu com US$ 21 bilhões no trimestre. Além da soja, com a contribuição de US$ 7,3 bilhões, mesmo valor do primeiro trimestre de 2019, o setor de proteína animal passou para o segundo posto nas exportações do trimestre. As carnes bovina, suína e de aves renderam US$ 4,1 bilhões. Em 2019, a proteína animal estava atrás dos produtos florestais.

 

Fonte: Portal DBO

Segunda, 01 de Junho de 2020
Previsão de queda do PIB em 2020 passa para -6,25% – Focus.
Previsão de queda do PIB em 2020 passa para -6,25% – Focus. Fonte: Safras & Mercado

Os economistas ouvidos pelo Banco Central seguem com a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano e preveem, agora, um recuo ainda maior da economia brasileira. Segundo o relatório de mercado Focus, a previsão de retração do PIB em 2020 passou de -5,89% para -6,25%, na décima sexta revisão seguida para baixo.

     Há um mês, a projeção era de queda de 3,76%. Já para os demais anos, o mercado financeiro manteve a previsão de crescimento da atividade econômica, com alta de 3,50% do PIB em 2021, ante estimativa de +3,20% um mês antes. Enquanto seguiu em 2,50% para 2022 e 2023, há 110 e há 65 semanas seguidas, respectivamente. Com informações da Agência CMA.

     Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Fonte: Safras & Mercado

Sexta, 29 de Maio de 2020
Milho segue subindo na B3 com recuperação do dólar e demanda externa pelo cereal brasileiro.
Milho segue subindo na B3 com recuperação do dólar e demanda externa pelo cereal brasileiro. Fonte: Noticias Agrícolas

Os preços futuros do milho seguem subindo nesta sexta-feira (29) na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,15% e 1,07% por volta das 11h42 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 45,47 com elevação de 0,15%, o setembro/20 valia R$ 44,47 com ganho de 0,38%, o novembro/20 era negociado por R$ 47,35 com valorização de 1,07% e o janeiro/21 tinha valor de R$ 48,00 com estabilidade.

De acordo com análise da Agrifatto Consultoria, a B3 volta a registrar valorizações seguindo o mercado externo e o fortalecimento do dólar. Por volta das 11h38, a moeda americana subia 0,77% e era cotada à R$ 5,44.

Outro fator que contribui é o aumento na demanda argentina por milho do Brasil, uma vez que uma seca histórica que reduz o nível do rio Paraná afeta o escoamento de safras da Argentina e do Paraguai, levando alguns compradores a trocar as origens das aquisições, aponta a Agrifatto Consultoria.

“Aumentou muito a demanda no Brasil, tem muito interesse. Nas últimas semanas, com a deterioração da situação na Argentina, tem aumentado muito demanda para Brasil, principalmente de cargas de junho e julho”, disse o presidente da AgriBrasil, Frederico Humberg.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro reverteram suas altas do início da manhã e passaram a cair na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira. As principais cotações registravam movimentações negativas entre 3,25 e 4,00 pontos por volta das 11h35 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à US$ 3,23 com desvalorização de 4,00 pontos, o setembro/20 valia US$ 3,28 com perda de 3,75 pontos, o dezembro/20 era negociado por US$ 3,36 com baixa de 3,50 pontos e o março/21 tinha valor de US$ 3,48 com queda de 3,25 pontos.

A mudança no caminho das cotações se dá após o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgar seu relatório de exportações semanais apontando 427,200 MT da safra 2019/20, uma queda de 52% com relação a semana anterior e 58% menor do que as 4 semanas anteriores.

A expectativa do mercado era de que os números fossem apresentados entre 600.000 e 1,2 milhões de toneladas.

Fonte: Noticias Agrícolas

Sexta, 29 de Maio de 2020
Preço do leite despenca 5% em maio; veja tendência para junho.
Preço do leite despenca 5% em maio; veja tendência para junho. Fonte: Canal Rural

Depois de registrar altas entre dezembro e abril de 2020, o preço do leite pago ao produtor despencou em maio. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a ‘média Brasil’ líquida em maio (referente à captação de abril) chegou a R$ 1,3783 por litro, recuo de 5% frente ao mês anterior. Na comparação com maio do ano passado, a queda foi de 11,2% em termos reais, ou seja, descontada a inflação.

Segundo o Cepea, a desvalorização do leite no campo aconteceu por conta das incertezas no mercado de derivados em abril, decorrentes da crise por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).  O centro de estudos explica que os serviços de alimentação (importantes canais de distribuição de lácteos) foi prejudicado pelo agravamento da pandemia.

Além disso, também houve a diminuição da frequência das compras por parte dos consumidores, diante da redução da renda de muitas famílias. “Abril marcou o primeiro mês completo de enfrentamento à pandemia e de, consequentemente, uma nova dinâmica de consumo da população”, disse o Cepea em boletim. Segundo agentes consultados, esses fatores impactaram negativamente sobre a demanda de derivados no correr de abril.

Leite UHT

De acordo com a pesquisa diária do Cepea, o preço do leite UHT (longa vida) registrou queda acumulada de 17,8% em abril. Ainda assim, a média mensal, de R$ 2,87 o litro, ficou 8,41% acima da registrada em março, quando foi verificado o choque de demanda no início do isolamento social.

Muçarela

O mercado de queijo muçarela também foi afetado pelas incertezas do cenário atual, registrando demanda enfraquecida e volume reduzido de negociações. Esse derivado apresentou desvalorização acumulada de 8,3% em abril, e o preço médio mensal fechou a R$ 17,93 por quilo, recuo de 5,97% em relação ao de março.

“A dificuldade em se assegurar a liquidez impactou negativamente na produção deste lácteo em abril. Como consequência, houve aumento da oferta de leite cru no mercado spot (negociação entre indústrias) em abril. Em Minas Gerais, o preço médio do leite cru caiu 7,3% na primeira quinzena de abril e 11,7% na segunda”, diz o Cepea.

Captação de leite

A entressafra da produção leiteira avança no Sudeste e Centro-Oeste. No Sul, a estiagem prejudica a atividade e compromete a quantidade e a qualidade da produção de silagem para os próximos meses. O Índice de Captação Leiteira do Cepea registrou queda de 0,6% de março para abril na ‘média Brasil’ e acumula baixa de 12,4% neste ano.

Tipicamente, neste cenário, as indústrias empenhariam esforços para recompor seus estoques. Contudo, as perspectivas negativas sobre o consumo no médio e longo prazos aumentaram o nível de incerteza em abril e diminuíram o investimento das indústrias em estoques, pressionando as cotações no campo em maio.

Tendência de preços

O Cepea explica que como o preço do leite ao produtor é formado depois das negociações quinzenais do leite spot (negociação de leite cru entre indústrias) e das vendas de lácteos, as cotações no campo de junho refletirão o mercado de derivados de maio.

Durante este mês, o observado é que a produção de leite no campo diminuiu. Como consequência, pesquisas apontam que o preço médio mensal do leite spot em Minas Gerais em maio foi 6,7% maior que o de abril, em termos nominais.

“A menor oferta no campo em maio e a menor produção de derivados em abril, por sua vez, reduziram os estoques de UHT e muçarela neste mês, favorecendo o aumento das cotações”, diz.

De 4 a 27 de maio, a pesquisa diária do Cepea mostrou alta acumulada de 14,4% para as cotações de UHT e elevação de 15,7% para as de muçarela. Ainda assim, as médias mensais parciais dos preços do UHT e da muçarela neste período, de R$ 2,68 por litro e de R$ 17,90 o quilo, são 6,62% e 0,1% menores que as respectivas médias de abril.

Fonte: Canal Rural

Sexta, 29 de Maio de 2020
‘Super Live’ com lideranças do setor debate o futuro do leite
‘Super Live’ com lideranças do setor debate o futuro do leite Fonte: Agrolink

Dia primeiro de junho, o mundo comemora o “Dia Mundial do Leite”. Para marcar a data, especialistas da cadeia produtiva irão realizar um debate, às 17h30, transmitido YouTube, com duração de 1h30. Basta clicar aqui (https://www.youtube.com/watch?v=oclOdVSxX4c) para acompanhar a transmissão. Farão parte do debate cinco conceituados líderes do setor produtivo, com moderação feita pelo chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, e abertura do presidente da Embrapa, Celso Moretti.

Comporão a o painel o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli; o presidente da Abraleite, Geraldo Borges; o presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes; o presidente da Abia, João Dornellas e o professor da USP, Unesp e Universidade da Flórida, José Eduardo Portela

O nome do evento é “O futuro do leite e o leite do futuro”. Os palestrantes irão expor sobre os desafios do setor na produção primária, indústria e comércio, além de cooperativismo, mercado de leite e de bebidas de origem vegetal e as transformações na agricultura.

Martins acredita ser uma grande oportunidade discutir o futuro do leite neste momento de pandemia, quando temos dificuldades de enxergar o próprio futuro. “Esse tsunami gerado pelo novo coronavírus irá favorecer quem produz leite com carinho, qualidade e consequência, não importando se é pequeno ou grande produtor”, afirma.

Para o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, o setor sairá melhor desta crise, renovando os conceitos de sustentabilidade e da relação do homem com os animais. Em outras palavras, Martins diz que as atividades econômicas sairão melhor e mais humanizadas dessa crise e conclui: “é de grande importância debater agora o leite que queremos produzir no pós-pandemia, buscando produzir leite com vacas e pessoas felizes”.

O Dia Mundial do Leite, proposto pela FAO (órgão da ONU para alimentação e agricultura) foi criado em 2001, para que o setor produtivo possa construir um futuro mais sustentável para a cadeia produtiva.

Fonte: Agrolink

Sexta, 29 de Maio de 2020
Destaques da Economia Brasileira (25 a 29/05):
Destaques da Economia Brasileira (25 a 29/05): Fonte: AF News Agricola

A semana foi marcada por uma boa sinalização da tentativa de recuperação da economia global diante da pandemia do coronavírus, com a reabertura do comércio em diversos países que já passaram pelo período de pico do coronavírus. Com isso, o mercado financeiro reagiu de forma positiva, fazendo com que a Bolsa de Valores de diversos países se valorizasse na semana e reduzindo o preço do dólar, até mesmo em países emergentes como o Brasil. Veja mais destaques:

Economia Brasileira

Dólar fecha em alta, após registrar sete dias de quedas consecutivas: A quinta-feira (28) foi marcada pelo aumento na cotação do dólar no câmbio brasileiro, após sete dias de consecutivas quedas. A moeda americana registrou ao final do dia a cotação de R$ 5,386 com valorização de 1,954% na variação diária. Na variação semanal, porém, o indicador ainda é queda em 3,21%, visto que no dia 21/05 o dólar estava em R$ 5,5224.

Taxa de desemprego sobe para 12,6% em abril: Segundo dados do IBGE, a pandemia do novo coronavírus fez com que quase 5 milhões de brasileiros perdessem o emprego. As demissões foram recordes em sete dos dez grupos de atividades econômicas, com destaque para o comércio, a indústria, a construção e os serviços domésticos. Os mais afetados foram os trabalhadores informais: de todos que perderam emprego, 76% trabalhavam na informalidade. Ao Estadão, Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, disse que o mês de abril teve um desempenho “totalmente atípico de tudo que já vimos na série histórica”. “De fato o isolamento social tem um peso bastante importante na resposta desses movimentos (no mercado de trabalho)”, afirmou.

Confiança dos serviços sobe após recorde negativo: A confiança do setor de serviços mostrou recuperação entre abril e maio, após registrar o pior desempenho da série histórica iniciada em 2008 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A confiança subiu de 51,1 para 60,5 pontos no período, o que representa retomada de 21,7% nas perdas registradas nos últimos dois meses. Segundo análise da FGV, a melhora sugere uma "redução do pessimismo", ainda que não seja possível enxergar uma recuperação robusta no setor devido ao alto grau de incerteza sobre a pandemia. Com a melhora geral na confiança, as expectativas de contratação no setor também subiram. Após atingir a mínima histórica de 42,3 pontos em abril, o indicador ficou em 49,5 pontos em maio.

Taxa de pobreza deve crescer em 2020: Segundo David Malpass, presidente do Grupo Banco Mundial, a crise econômica desencadeada pelo coronavírus deve empurrar 60 milhões de pessoas à pobreza. Seria o primeiro registro de crescimento da taxa de pobreza desde 1998. Em evento virtual organizado pela ONU, o economista reiterou que a instituição tem atuado com o FMI para "abordar os desafios econômicos" atuais. Segundo ele, há planos para elaborar programas de apoio financeiro a países emergentes.

Agronegócio Brasileiro e Balança Comercial

De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviço, dos resultados na 3ª semana de Maio de 2020, a balança comercial registrou déficit de US$ -0,701 bilhões e corrente de comércio de US$ 9,389 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 4,344 bilhões e importações de US$ 5,045 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 13,829 bilhões e as importações, US$ 11,044 bilhões, com saldo positivo de US$ 2,785 bilhões e corrente de comércio de US$ 24,872 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 81,19 bilhões e as importações, US$ 66,604 bilhões, com saldo positivo de US$ 14,586 bilhões e corrente de comércio de US$ 147,794 bilhões.

Nas exportações dos produtos agrícolas, a Secex informou que:

As exportações de café torrado contabilizaram um volume de 51,83 mil toneladas na terceira semana de maio, com aumento de 7,72% no volume comparado a semana anterior. A média diária ficou em 11,338 mil tons com redução de 4,11% comparados com a semana passada e incremento 26,62% ante ao mesmo período do ano anterior.

A soja em grãos obteve um volume 3,44 milhões de toneladas na terceira semana de maio, com queda de apenas 0,02% comparado com o resultado da segunda semana. A média diária ficou em 815,79 mil tons, com queda de 7,23% ante a semana anterior e alta de 79,24% diante do volume médio diário da mesma época de 2019.

Na exportação do milho, a Secex informou a movimentação de somente 1,027 toneladas no período, a média diária acumulada das primeiras três semanas de maio passou a ser 1,512 tons com queda de 30,17% ao resultado médio diário da semana anterior e redução de 96,52% comparada com o volume médio registrado em maio/19.

Economia Mundial

Economia global mostra primeiros sinais de recuperação: Lentamente, mas em meio à incerteza, a economia mundial emerge da hibernação imposta pelo coronavírus. Como governos relaxam medidas que fecharam empresas e permitem que consumidores viajem e comprem novamente, indicadores de dados de alta frequência e confiança sugerem cada vez mais que a pior recessão global desde a Grande Depressão atingiu um piso.

Segundo um novo conjunto de indicadores de atividade diária da Bloomberg Economics, quase todas as economias monitoradas registraram retomada da atividade desde o fim de março e início de abril, embora nenhum país ainda esteja próximo dos níveis pré-vírus. Alemanha, Japão e França estão entre os que mais recuperam, a atividade na Espanha e Reino Unido continua relativamente fraca.

Na China, o epicentro original do vírus, os primeiros indicadores de maio sugerem que a recuperação econômica continua. Os índices oficiais dos gerentes de compras devem mostrar avanço, com forte retomada do setor de serviços, de acordo com a Bloomberg Economics.

Nos EUA, alguns sinais são evidentes. A maioria dos indicadores do mais recente painel semanal da Bloomberg Economics de dados de alta frequência, alternativos e baseados no mercado, mostra uma leve, mas constante melhora em relação a níveis extremamente baixos. Os dados incluem pedidos de seguro-desemprego, solicitações de hipotecas e viagens aéreas e em transporte público. Viagens aéreas e reservas em restaurantes também estão aumentando, embora ainda estejam muito abaixo dos picos.

Quanto à Europa, o relaxamento das restrições também permite a recuperação das economias. As lojas começam a reabrir, assim como restaurantes em muitos países, e dados de alta frequência que medem desde a mobilidade das pessoas a reservas de restaurantes mostram o início de uma retomada. Alguns indicadores de confiança e atividade também se estabilizaram após queda nos dois meses anteriores, reforçando a ideia de que a economia da zona do euro está no auge da crise.

Apesar da retomada da atividade, a maioria dos economistas descarta a ideia de recuperação em forma de V."Existe divergência entre Wall Street e a 'Main Street', disse Nouriel Roubini, professor da NYU Stern School of Business, à Bloomberg Television, em referência ao contraste entre as perspectivas do mercado financeiro e a realidade das empresas. "A recuperação será anêmica. Algo como um U”.

Fonte: AF News Agricola

Sexta, 29 de Maio de 2020
RS está próximo de se tornar zona livre de febre aftosa sem vacinação.
RS está próximo de se tornar zona livre de febre aftosa sem vacinação. Fonte: Canal Rural

Secretaria de Agricultura do estado cumpriu com 12 das 18 recomendações do Ministério da Agricultura; veja o que falta ser atendido

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 Rio Grande do Sul está cada vez mais próximo de obter o status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação. A dois meses da auditoria do Ministério da Agricultura que vai fazer a avaliação, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) está com cerca de 70% das ações concluídas. O plano contém 18 medidas, sendo que 12 delas já foram atendidas e seis estão em processo de finalização.

Entre as ações já atendidas, estão metas de vigilância, padronização no cumprimento da legislação, incremento na fiscalização de eventos com aglomeração de animais, cumprimento de metas dos programas de sanidade animal, atividades de educação em saúde animal e maior participação do serviço veterinário oficial nas ações do SUS. E também ações que se referem ao controle do saldo eletrônico de aves, adequação de legislação para trânsito de equinos e cumprimento de normas federais para vacinação compulsória em propriedades com focos de raiva.

Os recursos destinados para investimento e custeio também estão garantidos pelo Tesouro do estado e pelos convênios com o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e o governo federal, totalizando cerca de R$ 12 milhões.

“Este é um momento histórico para a pecuária gaúcha. A Secretaria da Agricultura está empenhada em realizar todas as etapas apontadas pelo Ministério da Agricultura para chegarmos na próxima auditoria com todos os pontos atendidos, e assim caminharmos de forma efetiva e segura para nos tornarmos um estado livre de aftosa sem vacinação”, afirma o secretário Covatti Filho.

Os seis apontamentos que já estão em processo de finalização e devem ser concluídos em breve são:

contratação de 150 auxiliares administrativos para ampliar o quadro de pessoal e de fiscalização, em processo de licitação;
aquisição de 100 veículos, sendo 72 pelo estado e 28 pelo governo federal. A compra já foi feita, o estado aguarda a entrega dos veículos pela empresa vencedora;
publicação de decreto instituindo o Programa Sentinela de Fiscalização na Fronteira e sua efetiva implantação. O projeto piloto deve ser realizado em julho na fronteira com o Uruguai;
revisão dos mecanismos de funcionamento dos postos fiscais de divisa, o que só deve ser feito mais próximo do prazo da auditoria do Ministério da agricultura;
melhoria do sistema de defesa agropecuária.

Fonte: Canal Rural

Sexta, 29 de Maio de 2020
Após preços históricos, soja perde força na 2ª quinzena de maio.
Após preços históricos, soja perde força na 2ª quinzena de maio. Fonte: Safras & Mercado

    Maio foi marcado por dois cenários bem distintos em termos de comercialização e preços no mercado brasileiro de soja. As oscilações foram comandadas pelo câmbio, que atingiu o maior patamar da história na primeira quinzena do mês, mas no balanço do período registrou desvalorização.

     Em Rio Grande, a saca de 60 quilos iniciou o mês a R$ 105,50. No dia 14 de maio, a cotação no disponível bateu em R$ 117,00. No dia 28, o preço era de R$ 106,00. Em Paranaguá, a cotação subiu de R$ 103,00 para R$ 114,50 na primeira quinzena. No dia 28, o preço era de R$ 106,00.

     A oscilação na saca teve comportamento igual em Rondonópolis, no Mato Grosso. No início do mês, a saca tinha preço de R$ 94,50. No dia 14, bateu em R$ 103 e encerrou o mês na casa de R$ 97,00.

     O câmbio foi decisivo para o desempenho dos preços brasileiros. A moeda americana iniciou maio a R$ 5,437. Na máxima do mês, esbarrou na casa de R$ 6,00, fechando a R$ 5,904 no dia 13 de maio. No fechamento do dia 28, a cotação da moeda era de R$ 5,386.

     Os produtores aproveitaram o bom momento da primeira quinzena e negociaram um bom volume a preços históricos. Com o recuo cambial, os vendedores se retraíram, travando a comercialização. Bem capitalizado, o sojicultor aguarda agora um cenário mais favorável.

     Os contratos futuros negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) tiveram desvalorização de 0,96% entre 1 e 28 de maio, encerrando a quinta com a posição julho, a mais negociada, a US$ 8,47 por bushel. Mas diante do comportamento do dólar e dos prêmios firmes nos portos, Chicago ficou em segundo plano na configuração das cotações.

     Para junho, o mercado permanece dividindo atenções entre os impactos socioeconômicos da pandemia de coronavírus ao redor do mundo e fatores ligados à oferta e à demanda do complexo soja nos principais países produtores e consumidores. A questão envolvendo a demanda chinesa pela soja norte-americana volta a ganhar peso diante da renovação das tensões entre Estados Unidos e China.

     No lado da oferta, o mercado acompanha os trabalhos de plantio da nova safra dos EUA, que permanecem avançando em ritmo acelerado. O clima continua favorecendo a evolução das máquinas e o desenvolvimento inicial das lavouras já semeadas.

     No Brasil, a forte demanda por exportação somada a um câmbio ainda elevado diante das tensões internacionais e fatores políticos, econômicos e sanitários internos mantém os preços da soja firmes, favorecendo os vendedores. Apesar disso, o apetite por compras maiores no mercado interno diminuiu nos últimos dias.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Fonte: Safras & Mercado

Quinta, 28 de Maio de 2020
RS exige que curso de aplicador de agrotóxico seja presencial.
RS exige que curso de aplicador de agrotóxico seja presencial. Fonte: Agrolink

O assunto agrotóxicos continua em alta no Rio Grande do Sul. Na semana passada um levantamento realizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), constatou deriva do herbicida hormonal 2,4-D em 87,13% das amostras na safra atual. Por isso o órgão fechou o cerco para minimizar os problemas para as outras culturas. Além de um cadastro onde produtores de culturas sensíveis possam relatar as perdas, o curso de aplicador, requisito para se cadastrar na Seapdr, deve ser feito de forma presencial.

A decisão partiu de uma reunião nesta quarta-feira (27), com o Ministério Público Estadual e entidades representativas do setor agropecuário. Conforme o chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários da Seapdr, Rafael Friedrich de Lima, os treinamentos oferecidos a distância, de forma on-line, não têm validade para efeitos da Instrução Normativa 06/2019. “A secretaria não reconhece porque a Instrução Normativa prevê que estes cursos devem oferecer tanto a parte teórica quanto a prática. O produtor vai acabar pagando por um curso que o Estado não vai reconhecer”, alerta.

O documento também constatou a baixa adesão dos produtores e comerciantes de agrotóxicos aos cadastros de declaração de compra e de aplicação de herbicidas hormonais, abaixo de 30%.

Fonte: Agrolink

Quinta, 28 de Maio de 2020
Entenda por que o Brasil leva vantagem hoje sobre os concorrentes no setor de carne bovina.
Entenda por que o Brasil leva vantagem hoje sobre os concorrentes no setor de carne bovina. Fonte: Portal DBO

Banco holandês alerta para a possibilidade de paralisações na indústria brasileira de carne, provocadas pelo avanço da Covid-19

Relatório do banco holandês divulgado nesta quarta-feira, 27 de maio, aponta os problemas vivenciados hoje por alguns concorrentes do Brasil no mercado mundial de fornecimento de carne bovina, ocasionados principalmente pelo avanço da Covid-19. No mesmo relatório, o banco alerta para a possibilidade de uma onda mais forte de paralisações de fábricas brasileiras de carne bovina, por causa de eventual proliferação da doença entre os funcionários que trabalham no chão das fábricas  – assim como ocorreu recentemente nos abatedouros dos Estados Unidos, inclusive em plantas norte-americanas controladas pela brasileira JBS.

Segue abaixo relatos sobre o setor de carne bovina em três países exportadores concorrentes do Brasil, de acordo com o Rabobank:

Índia

 

As interrupções na cadeia de suprimentos (questões logísticas e trabalhistas) durante o bloqueio nas cidades imposto pela pandemia da Covid-19 estão impactando as operações dos frigoríficos de carne bovina na Índia, relata o banco.

 

O fornecimento de carne de búfalos (o tipo de produto exportado pelo país, já que a vaca é animal sagrado por lá) aos matadouros foi significativamente impactado, pois os mercados de animais não estão operando ou estão´operando de maneira limitada.

Além disso, diz o Rabobank, existem atrasos nos portos indianos para a movimentação do produto, pois as operações nos portos estão sob pressão. “Nós esperamos que as exportações de carne indiana no período de março a maio sejam significativamente menores”, prevê.

Austrália

Em 12 de maio, a China suspendeu as licenças de exportação de quatro grandes fábricas de carne bovina na Austrália, relembra o banco. Essas quatro plantas representam uma grande proporção do abate de bovinos de corte da Austrália e acredita-se que contribua com um volume substancial das exportações direcionadas à China, o maior importador mundial da commodity. Algo similar ocorreu em 2017 na Austrália e, naquela ocasião, levou três meses para que o assunto fosse resolvido, observa o Rabobank.

O fechamento das unidades exportadoras australianas ocorreu após a troca de acusações entre os governos australianos e chinês acerca da crise da Covid-19, em que a Austrália solicitou investigações profundas sobre a origem do surto em Wuhan e da atuação do governo central da China.

 A China é o maior mercado de exportação de carne bovina da Austrália, representando cerca de 300.000 toneladas em 2019, ou 29% do total embarcado pelo país no ano passado. Em março passado, os embarques australianos de carne bovina para a China subiram 41% na comparação mensal, tornando o país o quarto principal fornecedor chinês, com 11% de participação.

Estados Unidos

Nos últimos meses, os surtos de Covid-19 obrigaram o fechamento temporário de várias grandes plantas de carne bovina dos EUA. Ao mesmo tempo, as unidades que continuaram operando foram obrigadas a reduzir drasticamente a capacidade de produção, devido ao grande número de funcionários contaminados pela doença. Após a desaceleração ou fechamento das unidades de carne bovina no final de abril, o abate de bovinos nos EUA caiu quase 50% em relação aos níveis de igual período de 2019, relata o banco holandês.

“Tais choques maciços e simultâneos na cadeia norte-americana de suprimentos nunca foram vistos antes”, destaca. O desequilíbrio
criado entre o número de bovinos prontos para abate em relação à capacidade de operações das plantas frigoríficas exerceu imensa pressão negativa sobre os preços do gado vivo norte-americano, afetando drasticamente o bolso dos pecuaristas norte-americanos.

 

Com o recente decreto executivo do presidente dos EUA, Donald Trump, para que nenhuma indústria norte-americana de carne não fosse fechada durante a crise da Covid-19, há esperança de que o pior já passou, pondera o banco.  A semana que terminou em 9 de maio registrou o primeiro aumento nos abates desde o início do colapso nas fábricas ocasionado pelo coronavírus.

No entanto, observa o banco, houve um acúmulo de gado pronto para abate nas seis semanas anteriores (estimado em 900.000 cabeças). “Mesmo que as fábricas retornem em junho à capacidade de processamento relativamente normal, provavelmente chegará em 2021 sem que consiga recuperar completamente esse atraso nos abates”, prevê o Rabobank.

Fonte: Portal DBO