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Quarta, 13 de Maio de 2020
Milho: consultoria reduz previsão de produção da 2ª safra em quase 6%.
Milho: consultoria reduz previsão de produção da 2ª safra em quase 6%. Fonte: Canal Rural

De acordo com a consultoria Agroconsult, os problemas estão bem concentrados nas regiões onde os atrasos no plantio foram maiores

 

A consultoria Agroconsult reduziu a sua previsão de produção de milho na segunda safra no Brasil em 2019/2020 para 72,2 milhões de toneladas. No começo de abril, última estimativa divulgada, a projeção era de 74,7 milhões de toneladas.

O novo número representa queda de 5,8% ante a temporada anterior, quando o Brasil colheu 76,7 milhões de toneladas. “Os problemas estão bem concentrados nas regiões onde os atrasos (no plantio) foram maiores”, disse o sócio-analista da Agroconsult, André Debastiani, em evento online do Rally da Safra para o Matopiba.

Segundo ele, há perdas em Mato Grosso do Sul, Paraná e partes de São Paulo e Minas Gerais. “Algumas regiões tiveram mais de 20 dias sem chuva”, disse. A estimativa de área plantada de safrinha foi mantida em 13,1 milhões de hectares (+3,9% ante 2018/19). A produtividade média é projetada, por enquanto, em 92 sacas por hectare.

Conforme Debastiani, Mato Grosso, maior produtor de milho safrinha, precisa de pouca chuva para consolidar a safra de inverno, mas “os demais Estados estão olhando para o céu”. Estão previstas chuvas nesta quarta e quinta-feiras em áreas de cultivo que serão determinantes para o potencial produtivo.

Caso elas se confirmem, a segunda safra ainda deve chegar a 72,2 milhões de toneladas, segundo Debastiani. “Se essas condições climáticas não se concretizarem e as chuvas forem mais escassas, teremos um cenário mais preocupante, podendo reduzir o valor em termos de produção”, disse.

Segundo o representante, somado à produção de verão, estimada pela Agroconsult em 26,9 milhões de toneladas, a produção total de milho do Brasil deve ficar em 99 milhões de toneladas. “Não batemos em 100 milhões de toneladas, mas ficamos muito próximos.”

Fonte: Canal Rural

Quarta, 13 de Maio de 2020
Valor da Produção Agropecuária é o maior em 31 anos.
Valor da Produção Agropecuária é o maior em 31 anos. Fonte: Agrolink

Clima favorável e preços impactaram positivamente na maioria das regiões produtoras

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2020, foi atualizado com base nas informações de abril, e deve atingir R$ 697 bilhões, alta de 8,6% em relação a 2019. Esse é o maior valor em três décadas de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O valor das lavouras cresceu 10,4% e gerou R$ 462 bilhões. Já a pecuária avançou 5,4%, para R$ 234,9 bilhões, traçando um cenário favorável para o Brasil em grãos e carne. Para a soja, milho, carnes de frango e de suíno, as exportações mostram-se em níveis superiores aos últimos cinco anos. Segundo o USDA, o Brasil deve suprir 51,4% da demanda mundial de soja e 33% da carne de frango.

Entre as lavouras com desempenho favorável, destacam-se arroz, cacau, café (35,4%), cana-de-açúcar (2,5%), feijão (8,5%), laranja (9,2%), milho (17,6%), soja (16%) e trigo (31,3%). Quatro produtos apresentaram redução do VBP: algodão em caroço, banana, batata inglesa e uva.

Os resultados regionais mostram a liderança da região Centro-Oeste, cujo VBP é de R$ 218,7 bilhões. A região Sudeste alcançou R$172,3 bilhões, Sul, R$168,4 bilhões, Nordeste, R$ 66,4 bilhões e Norte, R$ 44,22 bilhões. 

Fonte: Agrolink

Quarta, 13 de Maio de 2020
Ministério da Economia passa a prever contração de 4,7% no PIB 2020.
Ministério da Economia passa a prever contração de 4,7% no PIB 2020. Fonte: Safras & Mercado

      O governo passou a prever contração no crescimento da economia em 2020. Segundo as estimativas do governo, o crescimento real da economia em 2020 deve ser negativo em 4,7%, uma inversão da expectativa anterior que previa estabilidade no crescimento da economia neste ano. Os dados foram divulgados pelo ministério da Economia.

     Segundo ministério, a revisão para baixo do crescimento econômico está relacionada aos efeitos do novo Coronavírus na economia mundial. “A interrupção de atividades produtivas e de consumo terá necessariamente um impacto profundo sobre o crescimento do PIB de 2020. Diante disso, as projeções de crescimento foram revisadas fortemente para -4,7% ante a última divulgação de 0,0%”

     A previsão da inflação medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano também diminuiu, de 3,12% para 1,77%. A estimativa para a inflação medida via Indice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também caiu, de 3,28% para 2,45%. A estimativa via Indice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) – teve alta de 3,66% para 4,49%.

     A previsão para crescimento em 2021 também foi alterada de 3,30% para 3,20%. A inflação prevista para 2021 é de 3,30, o INPC é de 3,50% e o IGPDI de 4%.

     As informações são da agência CMA.

Fonte: Safras & Mercado

Terça, 12 de Maio de 2020
Programa de startups para o agro recebe 92% de aprovação de produtores.
Programa de startups para o agro recebe 92% de aprovação de produtores. Fonte: Canal Rural

O Intensive Connection, desenvolvido em parceria com a Sicredi, criou aplicativos e softwares que ajudam agricultores no combate a doenças da soja, na rastreabilidade e até na gestão financeira da produção

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O programa de potencialização de startups apoiado pelo Sicredi, Intensive Connection, encerrou a primeira edição com resultados que prometem novos horizontes na adoção de tecnologias capazes de gerar transformações positivas no agronegócio.  Segundo levantamento da instituição financeira cooperativa, algumas das soluções desenvolvidas pelos participantes já foram testadas por produtores rurais e tiveram avaliação positiva de 92% deles.

O Intensive Connection é idealizado pela AgTech Garage, um dos maiores hubs de inovação da América Latina para o agrobusiness,  e conta com a participação do Sicredi, sendo uma maneira de a instituição se aproximar do universo de startups, possibilitando a geração de valor para os produtores rurais.

Nesta primeira edição, contribuiu com as empresas Digifarmz, Elysios, por meio de mentorias, para que elas desenvolvessem soluções tecnológicas aplicáveis no campo. Entre elas, aplicativos e softwares que ajudam agricultores no combate a doenças da soja, na rastreabilidade e até na gestão financeira da produção. Mesmo não fazendo parte do programa, no período, o Sicredi também apoiou pilotos com a empresa Aegro, obtendo também resultados positivos junto ao público agro.

“Durante o Instensive Connection, além de apoiar as startups por meio de conhecimento técnico e estrutura, nosso papel é de fazer a conexão entre as empresas e nossa base de associados do meio rural, gerando uma relação de benefício mútuo. Ao mesmo tempo que as startups têm o benefício de escala para pilotar os produtos, nossos associados se beneficiam com o conhecimento de novas tecnologias que podem auxiliar nas suas atividades. Trata-se de uma maneira de ir além da oferta de soluções financeiras e buscar identificar o que pode ser relevante para esse público no futuro, em termos de inovações que proporcionem melhorias na gestão das safras, por exemplo”, explica Cesar Bochi, diretor executivo de Administração do Sicredi.

Segundo Bochi, a próxima etapa do trabalho será oferecer as soluções tecnológicas criadas na primeira edição do Intensive Connection na plataforma Sicredi Conecta, marketplace da instituição financeira cooperativa que permite negociações entre seus associados.

Segunda edição

Após receber as inscrições de dezenas de startups de diversas regiões do país, o Sicredi anunciou as startups Atomic Agro e Leigado como as participantes da segunda edição do Instensive Connection. 

Segundo a empresa, a partir de 13 de maio elas receberão mentorias técnicas e de negócios oferecidas por executivos, empresas parceiras e especialistas do AgTech Garage, além da possibilidade de realizar pilotos com produtores associados para validar suas soluções. As dinâmicas, segundo a Sicredi,  pretendem proporcionar aprendizados, vivências e relacionamentos para impulsionar a evolução dos participantes e seus negócios. Elas estão programadas para ocorrer na sede do hub de inovação, em Piracicaba (SP).

O Intensive Connection é equity free, ou seja, não prevê investimento ?nanceiro inicial das startups e não requer que o empreendedor inscrito venda ações de seu negócio por um valor pré-determinado. Nada impede, contudo, que durante ou ao ?nal do programa seja negociado um investimento diretamente entre as partes interessadas.

Fonte: Canal Rural

Terça, 12 de Maio de 2020
Começam os preparativos para a safra de inverno.
Começam os preparativos para a safra de inverno. Fonte: Agrolink

Encerrada a colheita de grãos de verão na Região Sul, produtores rurais aceleram os preparativos para os cultivos de inverno. O conhecimento para fazer o melhor uso das tecnologias disponíveis continua sendo o melhor insumo. Veja as orientações da pesquisa para reduzir custos de produção sem perder a produtividade no trigo.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, João Leonardo Pires, adequar as tecnologias, sejam elas produtos ou processos, sem afetar o potencial produtivo das lavouras de grãos é possível definindo o investimento a partir de critérios técnicos para escolha de insumos, doses e momentos de utilização: “Hoje, muitas vezes, estamos confundindo uso de insumos com  uso de tecnologia. Uso correto das tecnologias disponíveis é utilizar as ferramentas necessárias para cada realidade de produção, obtendo ganhos de rendimento e principalmente de rentabilidade”, argumenta Pires.

Ajustando o orçamento

Num momento de descapitalização no setor produtivo, é preciso ajustar cada item do investimento na lavoura de inverno. No trigo existem três conjuntos de insumos que representam os custos principais: fertilizantes, sementes e defensivos. É possível definir estratégias de manejo adequando os custos de produção em cada um destes fatores.

Sementes

Os cereais de inverno possuem grande plasticidade em termos de densidade de semeadura devido a capacidade de compensação existente entre os componentes do rendimento. Isso é feito em grande parte através do aumento ou diminuição do número de estruturas reprodutivas, representadas principalmente pela variação do número de espigas.

Os ensaios de ajuste fitotécnico conduzidos pela Embrapa Trigo não mostraram resposta em produtividade nas populações de 200 a 500 sementes aptas/m².

Na prática, é possível reduzir a quantidade de sementes por unidade de área no trigo até determinados níveis sem redução no rendimento de grãos. Por exemplo, na cultivar BRS Belajoia a densidade de semeadura recomendada é 330 sementes aptas/m². Experimentos na Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS, permitiram reduzir esta densidade para 270 sementes aptas/m².  O rendimento se manteve inalterado mesmo com a menor densidade de sementes.

A orientação é verificar a informação fornecida pela empresa que desenvolveu a cultivar e fazer os ajustes considerando variações de acordo com a região, a época de semeadura e o histórico da área.

Fertilizantes

Os fertilizantes têm a maior participação nos custos de produção no trigo, representando aproximadamente 25% do investimento na lavoura. No trigo, o nitrogênio tem estreita relação com o potencial produtivo, ou seja, está comprovado pela pesquisa que o investimento em adubação nitrogenada pode resultar em maior rendimento de grãos. A eficiência de uso do N oscila entre 12 a 21 quilos de grãos para cada quilo de N adicionado, contudo o aproveitamento de N nos grãos tem um limite.

A Embrapa Trigo avaliou a máxima eficiência econômica de cultivares semeadas em 32 experimentos, conduzidos durante dez anos (1990 a 2000) no Rio Grande do Sul. O melhor resultado foi alcançado com 83 kg/ha de N, o que produziu 3.410 kg/ha no rendimento de grãos.

A quantidade de N recomendada pela pesquisa é de 60 a 120kg/ha, aplicando de 15 a 20kg/ha na semeadura e o restante em cobertura (perfilhamento e alongamento do colmo das plantas). A aplicação de N no espigamento não aumenta o rendimento de grãos, mas pode favorecer a concentração de proteínas. De modo geral, a dose na adubação nitrogenada varia em função do teor de matéria orgânica, da cultura precedente, da região e da expectativa de rendimento.

Segundo representantes da pesquisa, mais importante do que a dose de N são as condições ambientais no momento da aplicação, como temperatura e disponibilidade de umidade no solo, entre outras.

Controle fitossanitário

Os gastos com defensivos podem representar 16% do investimento na lavoura de inverno. Por isso, é preciso cautela na aplicação dos defensivos.

Experimentos da Embrapa Trigo na safra 2017 permitiram verificar a redução no uso de fungicidas no trigo. Seguindo o tratamento calendarizado, foram 4 aplicações de fungicidas (elongamento, emborrachamento, duas no espigamento), enquanto por meio no monitoramento semanal foi necessária apenas uma aplicação no espigamento, já que o clima favoreceu o trigo com baixa incidência de doenças durante o desenvolvimento vegetativo.

O estudo também mostrou os impactos no rendimento final do trigo. Os pesquisadores observaram que lavouras com menor número de aplicações mostraram melhores resultados no rendimento, com diferença de até 500 quilos por hectare a mais no trigo. Isso ocorre porque o monitoramento da lavoura propicia resultados mais efetivos no controle de doenças enquanto que aplicações de fungicida seguindo um calendário, que considera apenas o estádio de desenvolvimento da planta, podem resultar em intervenções quando a planta não apresenta sintomas ou o atraso no controle quando a doença já está instalada.

Existem diversos trabalhos de pesquisa que orientam para o momento de aplicação do defensivo, mas uma medida simples é avaliar 10 plantas por área homogênea (cultivar, baixadas, encostas), incidência que define a necessidade da intervenção na lavoura.

A melhor cultivar

Para o pesquisador da Embrapa Trigo Eduardo Caierão, a melhor cultivar é aquela que está adequada ao modelo de produção de cada propriedade, considerando ambiente, investimento e mercado. Desta forma, a escolha da cultivar deve considerar uma série de fatores como: liquidez - que está relacionada às características demandadas pelo comprador e oportunidades de segregação; tolerância a doenças, germinação na espiga ou acamamento considerando as previsões climáticas e a rotação de culturas da área; e potencial de rendimento associado ao custo de investimento mínimo exigido pela cultivar, como adubação, quantidade de sementes, necessidade de aplicar defensivos ou redutor de crescimento.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo João Leonardo Pires, o produtor dispõe de cultivares e práticas de manejo específicas que possibilitam a produção de trigo para diferentes finalidades como uso em duplo propósito  (produção de forragem e grãos); produção de trigo com diferentes classes comerciais (Melhorador, Pão, Doméstico, Básico e Outros usos); com características especiais como trigo branqueador ou para produção de biscoitos; uso em modelos destinados à exportação; ou uso na composição de rações para suínos e aves.

Opções

Um exemplo capaz de associar sanidade e produtividade é a cultivar BRS Belajoia, que mostrou boa resistência a oídio e manchas foliares - problemas frequentes nas fases iniciais da lavoura do trigo que demandam maior investimento em fungicidas para controle. Além disso, a cultivar apresenta grande capacidade de perfilhamento que, associada ao porte baixo, favorece segurança em relação ao risco de acamamento. O trigo BRS Belajoia registrou rendimentos acima de 73 sacas por hectare na safra passada (vide EECT).

Outra cultivar que tem apresentado alto potencial produtivo - posicionada no EECT entre os mais produtivos nos últimos cinco anos - é a BRS Reponte que resultou em 82 sacas por hectare na média geral dos ensaios em 2019. Com resistência a oídio e boa sanidade às principais doenças, a cultivar demanda menos uso de fungicidas, resultando num trigo de baixo custo de produção e grande facilidade de manejo.

Ensaio Estadual de Cultivares de Trigo - EECT

O Ensaio Estadual de Cultivares de Trigo (EECT) é realizado anualmente de forma cooperativa com a participação de centros de pesquisa, universidades, empresas e cooperativas agrícolas do Sul do Brasil. Em 2019, o EECT foi composto por 18 experimentos em 14 locais (Coxilha/RS, Cruz Alta/RS - 2 épocas, Passo Fundo/RS - 2 épocas, Sertão/RS, Vacaria/RS - 3 épocas, Augusto Pestana/RS, Ijuí/RS, São Borja/RS, Três de Maio/RS, Eldorado do Sul/RS, Campos Novos/SC, Canoinhas/SC, Chapecó/SC e Guarapuava/PR), onde foram avaliadas 30 cultivares de 7 organizações. Participaram do trabalho Biotrigo Genética, CCGL TEC, DDPA/SEAPDR, Embrapa Trigo, Epagri, Fapa, IFRS-Campus Sertão, Limagrain do Brasil, OR Sementes, Setrem, UFRGS e Unijuí. Os resultados do EECT 2019 podem ser acessados no site da Embrapa Trigo ou direto aqui.

“Os resultados servem como subsídio para assistência técnica na indicação de opções para o produtor, além de orientar pesquisadores avaliando a resposta dos materiais na interação entre genótipo e ambiente”, explica o pesquisador da Embrapa Trigo Ricardo Lima de Castro.

Fonte: Agrolink

Terça, 12 de Maio de 2020
Safra 19/20 do Brasil será de 250,871 milhões de toneladas – Conab.
Safra 19/20 do Brasil será de 250,871 milhões de toneladas – Conab. Fonte: Safras & Mercado

     Apesar do impacto causado pelos problemas climáticos na Região Sul sobre a produtividade de soja e milho, o volume da produção de grãos no país está estimado em 250,871 milhões de toneladas, 3,6% ou 8,8 milhões de t superior ao colhido em 2018/19.

     Em relação ao levantamento passado (abril/2020), houve uma queda de 0,4%, mas a estimativa de safra recorde para essas duas culturas se mantém. É o que aponta o 8o Levantamento da Safra 2019/2020, divulgado nesta terça-feira (12) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

     As culturas de primeira safra estão com a colheita praticamente encerrada e a conclusão da produção ainda depende do comportamento climático nas culturas de segunda safra, que se encontram em estágio avançado de desenvolvimento.

     Em relação às culturas de terceira safra e de inverno, o plantio ainda está em andamento. Vale lembrar que os agricultores continuam suas atividades, tomando os cuidados necessários para o enfrentamento da pandemia de COVID-19. Com relação à área plantada, a estimativa é de um crescimento de 3,5%, ou 2,2 milhões de hectares em relação à safra passada, que significa um total de 65,5 milhões de ha.

     A produção de soja está estimada em 120,3 milhões de t, um ganho de 4,6% em relação à safra 2018/19. Com o avanço da colheita no Rio Grande do Sul, foi confirmado o menor rendimento ocasionado pelas condições climáticas desfavoráveis.

     Com o fim da colheita próximo, a produção do milho primeira safra é de 25,3 milhões de t, 1,5% inferior à safra passada. O milho segunda safra deverá ter uma produção de 75,9 milhões de t, com área total de 13,8 milhões de ha, um crescimento de 7%. Já o milho terceira safra deverá alcançar uma produção de 1,17 milhão de t, com uma área plantada de 511,2 mil ha. Para o milho total, que é o somatório dos três, a produção deverá ser de 102,3 milhões de t com área de 18,5 milhões de ha.

     A produção de feijão primeira safra ficará em 1,08 milhão de t, 8,9% superior ao volume produzido no período anterior. O feijão segunda safra deve alcançar uma produção de 1,24 milhão de t. A colheita já está iniciada. Estima-se uma redução de 0,8% na área cultivada. O feijão terceira safra está em fase de plantio. A área está estimada em 589,5 mil hectares, com um crescimento de 1,5% sobre a área da safra anterior. O feijão total apresenta uma produção de 3 milhões de toneladas e uma área de 2,9 milhões de ha. Desse total de produção, 1,9 mil t são de feijão-comum cores, 687,4 mil t de feijão-caupi e 509,5 mil t de feijão-comum preto.

     As condições climáticas vêm favorecendo o desenvolvimento do algodão. Esta cultura deverá ter uma produção de 2,88 milhões de toneladas de pluma, 3,6% superior à safra passada. A colheita do arroz está próxima de se encerrar. A produção está estimada em 10,8 milhões de toneladas, 3,9% superior ao volume produzido na safra passada. Dessas, 9,9 milhões de toneladas em áreas de cultivo irrigado e o restante em áreas de plantio de sequeiro.

Culturas de inverno

     Sobre as culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale), o plantio ainda está no início. Deve ocorrer um crescimento de 2% na área plantada, com destaque para o trigo. O plantio em andamento mostra boas perspectivas, com crescimento de 2,4% na área a ser cultivada, 2,1 milhões de hectares ao todo, e uma produção de 5,4 milhões de toneladas. Com informações da assessoria de imprensa da Conab.

     Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Fonte: Safras & Mercado

Terça, 12 de Maio de 2020
Arroba do “Boi-china” vale até R$ 10 a mais.
Arroba do “Boi-china” vale até R$ 10 a mais. Fonte: Portal DBO

Mercado é empurrado pela indústria exportadora. Confira os preços nas principais praças pecuárias

Nas praças pecuárias com maior  presença de indústrias exportadoras de carne bovina, há registros de frigoríficos que pagam prêmios até R$ 10/@ acima dos valores vigentes no mercado do boi gordo, desde que os animais cumpram requisitos da demanda internacional, o chamado “boi china”, destaca a Informa Economics FNP.

Segundo a consultoria, nesta segunda-feira, 11 de maio, os preços do gordo mantiveram-se firmes nas principais regiões pecuárias. Em São Paulo, poucos negócios foram efetivados neste primeiro dia da semana e o que segurou o valor da arroba (na casa dos R$ 200, a prazo) foram “as vendas consistentes no front internacional”.

 

Chegada do frio

Desde a semana passada massas de ar frio tem atingido o Centro-Sul do País o que, no curto prazo, deve aumentar a oferta de gado terminado ao mercado. Por sua vez, nas regiões Norte e Nordeste, os produtores ainda dispõem de pastos com qualidade, resultado dos consistentes níveis de chuvas que vêm sendo registrados, informa a FNP.

Mercado doméstico

No atacado brasileiro, os preços dos cortes bovinos se mantiveram estáveis nesta segunda-feira. A aparente reação no consumo doméstico durante o final de semana, devido às comemorações do Dia das Mães, deve aumentar a procura por carne para reposição nos supermercados no curto prazo, observa a consultoria. No entanto, o prolongamento do isolamento social nos grandes centros urbanos e a aproximação da segunda quinzena do mês (período de menor poder de compra da população) não devem abrir margem para grandes ajustes positivos no curtíssimo prazo, prevê a FNP.

Confira as cotações desta segunda-feira, 11 de maio, de acordo com a FNP:

SP-Noroeste: R$ 201/@ a (prazo)

MS-Dourados: R$ 177/@ (à vista)

MS-C. Grande: R$ 180/@ (prazo)

MS-Três Lagoas: R$ 181/@ (prazo)

MT-Cáceres: R$ 180/@ (prazo)

MT-Tangará: R$ 178/@ (prazo)

MT-B. Garças: R$ 177/@ (prazo)

MT-Cuiabá: R$ 175/@ (à vista)

MT-Colíder: R$ 171/@ (à vista)

GO-Goiânia: R$ 180/@ (prazo)

GO-Sul: R$ 179/@ (prazo)

PR-Maringá: R$ 182/@ (à vista)

MG-Triângulo: R$ 191/@ (prazo)

MG-B.H.: R$ 182/@ (prazo)

BA-F. Santana: R$ 187/@ (à vista)

RS-P.Alegre: R$ 188/@ (à vista)

RS-Fronteira: R$ 186/@ (à vista)

PA-Marabá: R$ 185/@ (prazo)

PA-Redenção: R$ 182/@ (à vista)

PA-Paragominas: R$ 188/@ (prazo)

TO-Araguaína: R$ 184/@ (prazo)

TO-Gurupi: R$ 178/@ (à vista)

RO-Cacoal: R$ 172/@ (à vista)

RJ-Campos: R$ 180/@ (prazo)

MA-Açailândia: R$ 178/@ (à vista)

 

Fonte: Portal DBO

Terça, 12 de Maio de 2020
Economia: BC projeta queda forte da economia no primeiro semestre deste ano.
Economia: BC projeta queda forte da economia no primeiro semestre deste ano. Fonte: AF News Agricola

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) projeta forte queda da economia por causa do coronavírus. A informação foi divulgada nesta terça-feira (12), em Brasília, na ata da última reunião do Copom, que reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75 ponto percentual, indo para 3% ao ano. Veja mais:

Segundo a ata, "embora haja poucos dados disponíveis para o mês de abril, há evidência suficiente de que a economia brasileira sofrerá forte contração no segundo trimestre deste ano".

Para o comitê, se não houver "avanços médicos" no combate à pandemia, "é plausível um cenário em que a retomada, além de mais gradual do que a considerada, seja caraterizada por idas e vindas".

"O cenário básico considerado pelo Copom passou a ser de uma queda forte do PIB (Produto Interno Bruto - soma de todos os bens e serviços produzidos no país) na primeira metade deste ano, seguida de uma recuperação gradual a partir do terceiro trimestre deste ano", diz a ata.

Limite mínimo para a taxa Selic

Segundo a ata, o comitê discutiu sobre a possibilidade de existência de um limite mínimo para a taxa Selic.

"A maioria dos membros ponderou que o limite seria significativamente maior em economias emergentes do que em países desenvolvidos, devido à presença de um prêmio de risco [retorno adicional cobrado por investidores para aceitar correr maior grau de risco]. Foi ressaltado que esse prêmio tende a ser maior no Brasil, dadas a sua relativa fragilidade fiscal e as incertezas quanto à sua trajetória fiscal prospectiva. Nesse contexto, já estaríamos próximos do nível onde reduções adicionais na taxa de juros poderiam ser acompanhadas de instabilidade nos mercados financeiros e nos preços de ativos", diz a ata.

Por outro lado, descreve o documento, um membro do Copom argumentou que, em princípio, não há razão para a existência de um limite mínimo, já que os efeitos de alterações da Selic na economia continuam "operantes, sem descontinuidades".

"O comitê como um todo reconheceu a importância de gradualismo na condução da política monetária para avaliação da resposta dos preços de ativos financeiros", concluíram os membros do Copom.

Inflação

Para o Copom, "o impacto da pandemia sobre a economia brasileira será desinflacionário e associado a forte aumento do nível de ociosidade dos fatores de produção".

"A elevação abrupta da incerteza sobre a economia deve resultar em aumento da poupança precaucional e consequente redução significativa da demanda agregada", destaca.

Segundo o comitê, as projeções de curto prazo tiveram "revisões relevantes e incorporam a perspectiva de deflação significativa nos próximos meses".

O Copom explica que "houve recuo adicional no preço do petróleo e queda acentuada nos preços do produtor doméstico de combustíveis, que seguirão repercutindo, nas próximas semanas, sobre os preços ao consumidor". "Os resultados mais recentes dos índices de preços evidenciaram efeitos desinflacionários significativos sobre preços de serviços e de bens industriais", afirma.

Nos cenários para a inflação, foi considerado que o preço do petróleo (Brent) subirá cerca de 40% entre a média na semana anterior à da reunião do Copom e o final de 2020.

No cenário com trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus (mercado financeiro) e o dólar a R$ 5,55, a inflação será de 2,4% em 2020 e 3,4% em 2021.

Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2020 em 2,75% ao ano e se eleva até 3,75% ao ano em 2021. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de 0,7% para 2020 e 3,9% para 2021.

No cenário com taxa de juros constante a 3,75% ao ano e taxa de câmbio constante a R$ 5,55, as projeções ficam em 2,3% para 2020 e 3,2% para 2021. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de 0,7% para 2020 e 3,8% para 2021.

Próximos passos

Para a próxima reunião, em junho, o Copom considera "um último ajuste, não maior do que o atual (redução de 0,75 ponto percentual), para complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências econômicas da pandemia da covid-19". No entanto, o comitê disse que "novas informações sobre os efeitos da pandemia, assim como uma diminuição das incertezas no âmbito fiscal, serão essenciais para definir seus próximos passos".

Fonte: AF News Agricola

Segunda, 11 de Maio de 2020
Mercado de Grãos: Exportação do agronegócio brasileiro cresce 17,5% em faturamento.
Mercado de Grãos: Exportação do agronegócio brasileiro cresce 17,5% em faturamento. Fonte: AF News Agricola

O setor agropecuário brasileiro faturou, em exportações, 17,5% mais entre janeiro e abril deste ano em comparação com igual período de 2019, informou, em nota, o Ministério da Agricultura, tendo como base os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. Houve aumento de embarques especialmente para a Ásia, com destaque para a China.

A soma das exportações agrícolas alcança US$ 67,833 bilhões. Já as importações, US$ 55,56 bilhões, com saldo positivo de US$ 12,264 bilhões e corrente de comércio de US$ 123,4 bilhões. “Diferentemente do quadro mundial, o Brasil manteve sua balança praticamente estável”, diz a nota.

Ainda conforme o ministério, a participação do agronegócio brasileiro no total das exportações no período de janeiro a abril subiu de 18,7% para 22,9%. A soja destacou-se, com 29,9% mais em faturamento entre janeiro e abril, para US$ 11,653 milhões. O algodão em bruto subiu 69,5%, de US$ 659,2 milhões para US$ 1,17 bilhão.

Em relação especificamente ao mês de abril, o agronegócio brasileiro exportou US$ 18,31 bilhões e importou US$ 11,611 bilhões, com saldo positivo de US$ 6,702 bilhões.

Alguns produtos do agronegócio bateram recordes históricos mensais de exportações em volume no mês de abril, como soja, com 16,3 milhões de toneladas; farelo de soja, com 1,7 milhão de toneladas; carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, com 116 mil toneladas; carne suína, com 63 mil toneladas e algodão bruto, com 91 mil toneladas. Por outro lado, tiveram queda: trigo, centeio e milho não moído, exceto milho doce, café não torrado, animais vivos, frutas e nozes.

O Ministério da Agricultura acrescentou também que as exportações brasileiras (de todos os setores) para a Ásia subiram 15,5% no primeiro quadrimestre do ano, na comparação com igual período de 2020. “O mercado asiático passou a representar 47,2% do total de nossas exportações”, continua a pasta.

Apesar do impacto da pandemia sobre a economia chinesa, as exportações brasileiras para a China cresceram 11,3% no período, com destaque para a soja (+28,5%), carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+ 85,9%), carne suína fresca, refrigerada ou congelada (+153,5%) e algodão em bruto (+ 79,%).

Os números do primeiro quadrimestre mostram que, em dólares, a China comprou do Brasil o triplo do importado pelos Estados Unidos e o dobro demandado pela União Europeia.

Fonte: AF News Agricola

Segunda, 11 de Maio de 2020
Soja: vendas saltam para 85%; em 2019, comercialização estava em 55%.
Soja: vendas saltam para 85%; em 2019, comercialização estava em 55%. Fonte: Canal Rural

Consultoria Safras & Mercado afirma que a disparada do dólar contribuiu para o avanço dos negócios

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A comercialização da safra 2019/2020 de soja do Brasil atingiu 85,2% da produção projetada. O dado faz parte do levantamento realizado pela consultoria Safras & Mercado com informações colhidas até a sexta-feira, 8.  No relatório anterior, com dados de 9 de abril, as vendas estavam em 73,9%.

Na comparação com igual período do ano passado, a negociação está extremamente avançada. Em maio de 2019, a comercialização da soja atingia 55,4%, sendo que a média dos últimos cinco anos é de 59%.

“A comercialização seguiu avançando em bom ritmo durante o mês de abril, impulsionada por um câmbio favorável”, destacou o analista de mercado Luiz Fernando Roque.

Fonte: Canal Rural