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Quinta, 21 de Maio de 2020
Ministério da Economia busca startups de impacto socioambiental.
Ministério da Economia busca startups de impacto socioambiental. Fonte: Canal Rural

O Ministério da Economia está com inscrições abertas até 1º de junho para o programa de aceleração InovaAtiva ciclo 2020. A iniciativa vai selecionar até 40 propostas inovadoras com objetivo de gerar impacto social ou ambiental, inclusive no agronegócio.

Para participar, as startups precisam estar formalizadas como empresas, possuir base tecnológica ou um modelo de negócios inovador neste tema e contar com alto potencial de escalabilidade. Soluções voltadas ao agro já foram destaques no programa, que existe desde 2016.

O programa é coordenado pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia e pelo Sebrae.

A escolha será realizada por uma rede de avaliadores qualificados para analisar os projetos submetidos com base em quatro critérios: Grau de Inovação, Potencial de Mercado, Maturidade da Solução e Equipe, e Tese de Mudança.

No dia 22 de julho, serão anunciadas as startups que receberão, durante seis meses, gratuitamente e de forma totalmente online, cursos de capacitação, mentorias individuais e coletivas, além de treinamento de simulação de pitch (discurso feito a investidores).

“Desde 2016, realizamos quatro ciclos do InovAtiva de Impacto. Como fruto desta iniciativa, conseguimos acelerar negócios de todo o país com foco em meio ambiente e/ou sociedade. Para isso, contamos com uma rede de 600 mentores que auxiliaram nossas startups com informações, conselhos e contatos”, comenta Gustavo Ene, Secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia.

Sustentabilidade 

Ao final do ciclo, 20 startups serão convidadas a participar do InovAtiva Experience, evento de conexão com organizações e empresas, para apresentação a uma banca de investidores e representantes de aceleradoras e de outras instituições ligadas ao tema.

“Sustentabilidade é bom para os negócios, pois estamos falando de oportunidades para empresas, sociedade e consumidores. Negócios de impacto socioambiental se tornam cada vez mais importantes, pois trazem soluções voltadas a resolverem problemas reais, ao mesmo tempo em que buscam viabilidade econômica”, explica o Diretor Técnico do Sebrae, Bruno Quick.

Segundo dados do 2º Mapa de Negócios de Impacto, o país conta hoje com 1002 soluções voltadas para essa área.

Bruno ressalta ainda que o Sebrae apoia os pequenos negócios que já estão neste caminho ou querem se tornar mais sustentáveis e que o tema está na agenda do Sistema Sebrae, junto ao ganho de competitividade e inovação, temas fundamentais de atuação da instituição.

Fonte: Canal Rural

Quinta, 21 de Maio de 2020
Estados vão receber perdas da Lei Kandir
Estados vão receber perdas da Lei Kandir Fonte: Agrolink

Lei previa isenção de ICMS para exportação de produtos primários, como os do agro

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) homologou nesta quarta-feira (20) o acordo financeiro entre o governo federal e os estados para compensação pelas perdas de arrecadação provocadas pela Lei Kandir. Os termos do acordo preveem o repasse de R$ 65,6 bilhões pela União aos estados e o Distrito Federal. Desse total, R$ 58 bilhões devem ser repassados obrigatoriamente até 2037. Em contrapartida, os estados deverão desistir das ações judiciais protocoladas na Corte para cobrar as perdas.

A história de disputa judicial já se arrastava há 24 anos, desde o surgimento da lei em 1996. A Lei Kandir foi criada pelo ministro do Planejamento Antonio Kandir, no governo de Fernando Henrique Cardoso, com objetivo de garantir maior competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. Para isso se previu a  isenção do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as exportações de produtos primários, como itens agrícolas, semielaborados ou serviços. 

O Congresso, entretanto, nunca regulamentou a fórmula de cálculo para os repasses e os governadores argumentavam perdas com a desoneração. 

Fonte: Agrolink

Quinta, 21 de Maio de 2020
Economia Brasileira
Economia Brasileira Fonte: AF News Agricola

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (21) que o objetivo da reunião por videoconferência com governadores é minorar os efeitos sobre os afetados "na ponta" pela crise do novo coronavírus, sobre a qual "não sabemos o tamanho da sua dimensão". Além dessa medida, foram debatidas estratégias sobre auxílios financeiros aos estados e municípios. Veja como o índice da Bovespa e o dólar reagiram com a notícia:

Nesta quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com alguns membros do seu governo e também com os governadores estaduais, visando discutir sobre o auxílio aos estados e municípios e ao veto do reajuste de salário dos funcionários públicos.

Bolsonaro afirmou que o objetivo da reunião por videoconferência com governadores era de minorar os efeitos sobre os afetados "na ponta" pela crise do novo coronavírus, sobre a qual "não sabemos o tamanho da sua dimensão".

"Temos que trabalhar em conjunto a sanção de um socorro aos senhores governadores, de aproximadamente R$ 60 bilhões, também extensivo a prefeitos", disse o presidente na abertura do encontro. "O que se pede apoio aos senhores é a manutenção de um veto muito importante", seguiu.

De acordo com Bolsonaro, congelar reajustes na remuneração de todos os servidores públicos até o fim do ano que vem é o "remédio menos amargo" para o funcionalismo, "mas de extrema importância para todos os 210 milhões de brasileiros".

Ibovespa e o Dólar

Com o possível acordo, também enfatizado pelos governadores, o índice da Bovespa subiu acima de 1,50% ante o dia anterior e chegou a máxima de 83.485 pontos nesta manhã. Às 11h40 o Ibovespa estava em 83.000 pontos.

Já o dólar, registrou recuo desde a sua abertura hoje, a R$ 5,68, apresentando desvalorização de 1,924% às 11h40 sendo cotado a 5,5807.

Fonte: AF News Agricola

Terça, 19 de Maio de 2020
China vai liderar importação de produtos agrícolas na próxima década
China vai liderar importação de produtos agrícolas na próxima década Fonte: Agrolink

Ao longo dos próximos dez anos, a China se manterá como grande importador de grãos, com destaque para soja, milho, trigo e arroz, além de açúcar e os produtos de origem animal, como carne bovina, suína e de frango. Outros produtos como frutas, ovos, lácteos e pescados também poderão gerar oportunidades para o agronegócio brasileiro.

Foi essa a perspectiva divulgada a partir da conferência sobre as perspectivas agrícolas para a China, realizada em abril, em Pequim, e organizada pela Academia Chinesa de Ciências Agrícolas.  Em um relatório o China Agricultural Outlook 2020-2029 revisou a situação do mercado de 18 grandes produtos em 2019, fez projeções sobre produção, consumo, comércio e preços nos próximos dez anos e analisou incertezas existentes. 

A China tem no Brasil seu principal fornecedor de soja. Das 88,6 milhões de toneladas importadas em 2019, cerca de 65% foram provenientes do Brasil. Para a próxima década, os chineses se manterão como os maiores importadores de soja do mundo, com uma taxa média anual de crescimento próxima a 1%, podendo se aproximar das 100 milhões de toneladas importadas em 2029. Se confirmado, o volume representaria um incremento próximo a 13% nas compras chinesas de soja.

Para o mercado interno a China espera que os rendimentos de arroz, trigo e milho em 2020 atinjam 209 milhões de toneladas, 134 milhões de toneladas e 267 milhões de toneladas, respectivamente.
 

Fonte: Agrolink

Terça, 19 de Maio de 2020
Arroz - Balanço Semanal: Preço do arroz continua em expressiva alta.
Arroz - Balanço Semanal: Preço do arroz continua em expressiva alta. Fonte: AF News Agricola

A alta do dólar fortaleceu o preço do arroz no mercado interno, embalado pela maior paridade de exportação. Com isso, o preço do cereal segue registrando alta, até porque, a procura por cerealistas e cooperativas também está aquecida neste momento. Confira como ficou o balanço da última semana:

Mercado do Arroz Brasil

As cotações do arroz no mercado doméstico, seguem com expressiva alta, provocada principalmente pela maior paridade de exportação, visto que a alta do dólar afeta diretamente o custo do arroz importado, deixando o cereal brasileiro mais atrativo para aquisições.

No momento, mesmo com a colheita de arroz sendo finalizada no Rio Grande do Sul, a oferta se encontra baixa e por este motivo, os cerealistas e cooperativas sinalizaram elevação nos seus valores de compra.

Enquanto isso, os produtores seguem limitando os seus estoques de venda, como estratégia de manter o preço do arroz em patamares firmes, já que as exportações também estão bem atrativas no momento.

No entanto, os orizicultores sabem que a alta do dólar também encarece a aquisição de insumos para a próxima safra e por este motivo, seguem cautelosos com as negociações.

Preço do Arroz no Brasil

No fechamento desta segunda-feira (18), o preço do arroz pago ao produtor no Rio Grande do Sul fechou em R$ 56,26/saca com alta de 2,0% na variação semanal. Estados como Santa Catarina, Paraná e São Paulo, também apresentaram valorização nos indicadores.

No Cepea/Esalq, o preço do arroz ficou em R$ 60,32/saca neste início de semana, com uma variação semanal de 2,6% positiva, mas com ligeira queda de 0,2% ante o dia anterior. A média semanal de preço registrada na última semana foi de 60,32/saca com alta de 2,57% ante a média da semana anterior.

 

Oferta e Demanda de Arroz no Brasil

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgou na última semana uma atualização sobre as estimativas da oferta e demanda de arroz para 2020.

No relatório em sua versão de maio/20, o Companhia estima que a produção de arroz deverá ser de 10,848 milhões de toneladas, com acréscimo de 2,64% comparado com as estimativas do mês anterior.

O consumo ficou mantido em 10,6 milhões de tons, sobrando um estoque final de 792,1 mil toneladas, alta de 54,55% comparada ao volume estimado no relatório de abril, que era de 512,5 mil tons.

No Rio Grande do Sul, a safra atingiu 98% da colheita até o dia 14/05 conforme noticiado pela Emater-RS. O volume registrado ficou igual ante o mesmo período do ano anterior e 3% mais adiantado que a média dos últimos cinco anos.

As condições do arroz estiveram bem favoráveis neste estágio final de colheita, visto que o tempo seco e temperaturas médias elevadas, contribuíram para a maturação das lavouras tardias e diminuição da umidade dos grãos.

 

Arroz Mercado Externo

Com a normalização da comercialização de arroz do Vietnã e da Índia no mercado internacional, identifica-se uma ampliação da concorrência no mercado orizícola, fato este que refletiu em retração dos preços Tailandeses na última semana. Ademais, o enfraquecimento da Rúpia, moeda indiana, corroborou o cenário de desvalorização.

Outro fator importante na definição das cotações internacionais na semana foi a melhora da expectativa em relação a safra de verão do sudeste asiático, com a previsão de chuvas para as próximas semanas, após um inverno com volume hídrico abaixo da média.

No entanto, na Bolsa de Chicago, os preços terminaram a semana apresentando grande valorização no contrato futuro de jul/20 e uma leve alta nos contratos entre set/20 a jul/21. Veja abaixo:

Fonte: AF News Agricola

Terça, 19 de Maio de 2020
Estimativas brasileiras de trigo seguem otimistas, diz Cepea.
Estimativas brasileiras de trigo seguem otimistas, diz Cepea. Fonte: Agrolink

As estimativas brasileira e mundial de trigo seguem otimistas. No Brasil, os preços atrativos devem resultar em maior área alocada à cultura. No Paraná, o semeio alcançou mais de 1/3 da área prevista, e as lavouras apresentam boas condições.

Dados da Conab apontam que, por enquanto, a área de trigo no País deve ser de 1,09 milhão de hectares, 2,4% maior que a da temporada anterior. As áreas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina devem se manter estáveis, enquanto a do Paraná deve crescer 5,5%.

Em temos mundiais, dados do USDA sinalizam que a produção de trigo deve aumentar, assim como o consumo, as vendas e os estoques do cereal – a produção mundial está prevista em 768,5 milhões de toneladas – novo recorde –, aumento de 0,5% frente à do ano anterior.

Quanto aos preços, seguem em alta no Brasil, influenciados pela baixa oferta doméstica. Diante disso, as médias continuam renovando as máximas nominais da série histórica do Cepea. 

Fonte: Agrolink

Terça, 19 de Maio de 2020
Brasil precisa ocupar mais espaços no mercado árabe, diz presidente da Embrapa.
Brasil precisa ocupar mais espaços no mercado árabe, diz presidente da Embrapa. Fonte: Portal DBO

Segundo Celso Moretti, ainda há espaços a serem ocupados e potencial para explorar e atrair investimentos em áreas como a de cadeia de proteína animal

O investimento em oportunidades, no intercâmbio e na abertura de novos mercados, deve estar entre os principais focos das negociações estratégicas do Brasil voltadas aos interesses do mercado dos países árabes. Segundo Celso Moretti, presidente da Embrapa, ainda há espaços a serem ocupados e o potencial para explorar e atrair investimentos para o País, em áreas como a bioeconomia e a cadeia de proteína animal, requer a adoção de ações mais efetivas por parte dos segmentos brasileiros envolvidos.

Como os países árabes têm uma economia ainda baseada em energia fóssil e o Brasil tem demonstrado forte tendência de crescimento da economia de base biológica, ele aposta ser esta uma das melhores chances para ao desenvolvimento nacional em cooperação com as nações da região. “O Brasil precisa fazer mais e melhor o que já tem sido feito”, afirma.

Em evento em 11 de maio, com transmissão pelas redes sociais e a participação de especialistas em agronegócio e representantes das áreas internacionais, sobre a diversificação dos produtos brasileiros no mundo árabe, Moretti anunciou a articulação para a instalação de um escritório da Embrapa em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, onde a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) já tem representação e é uma das parceiras da Empresa.

 

Produtos made in Brazil

Sobre a diversificação de oferta de produtos para o mercado árabe, o presidente destacou o exemplo da produção de grão de bico, que já está sendo exportada, e o potencial de atendimento das demandas por frutas e hortaliças geneticamente adaptadas ao clima da região, onde há baixa disponibilidade de água. “O desenvolvimento agropecuário brasileiro baseado em ciência tem chamado a atenção do mundo e temos recebido árabes demandas constantes das lideranças de vários países árabes”, disse ele, referindo-se às reuniões com comitivas estrangeiras interessadas em projetos multilaterais.

Celso Moretti destacou ainda que, entre as iniciativas em desenvolvimento na Embrapa, para atender a orientação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) voltadas à internacionalização e o investimento em estratégias voltadas ao mercado externo, a África também está entre as prioridades. “Precisamos ser mais agressivos na presença brasileira naquele continente”, comentou. “Houve um recuo nos últimos anos, por isso é preciso retomar os contatos, em especial na África subsaariana, uma região que está no meio do caminho entre o Brasil e o seu principal mercado que é a China.” Com 60% das terras agricultáveis disponíveis do mundo, a África detém mais de 400 milhões de hectares de savana, duas vezes mais que a área do Cerrado brasileiro.

O presidente lembrou que, durante as visitas que fez aos Emirados Árabes, teve a oportunidade de conhecer projetos desenvolvidos pelo país no continente africano. “Eles são, depois da China, os que atualmente mais investem no desenvolvimento da agropecuária africana”, comentou, destacando que a maior parte da produção agrícola está localizada no cinturão tropical do continente, onde o Brasil tem experiência para desenvolver novos projetos de interesse mútuo.

Segundo ele, Embrapa e iniciativa privada – em especial, do setor de máquinas e de genética animal e vegetal – têm muitas oportunidades a serem exploradas no continente. Moretti destacou ainda que este ano, apesar da pandemia do novo coronavírus, o Brasil está colhendo uma safra recorde, de mais de 250 milhões de toneladas. “É um fato extremamente positivo sobretudo num momento como o que vivemos”, completa.

Ampliação da agenda de exportação

Além dos entrevistados, o evento teve a participação a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que, em vídeo gravado, reforçou o interesse na cooperação tecnológica com os Emirados Árabes, voltada à abertura de mercados do agronegócio brasileiro. “Tivemos a oportunidade de conhecer e interagir com os nossos parceiros estrangeiros, para compreender o que realmente é de interesse para ambos os países e, com isso, alguns mercados se abriram também como a Arábia Saudita e o Kuwait, além do Egito, no setor de carnes e lácteos”, completou.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior, revelam que entre 2002 e 2012, houve um aumento das exportações brasileiras para os países árabes da ordem de 575%, passando de 1,6 bilhão de dólares para 10,8 bilhões, o que torna os torna o segundo maior destino dos produtos nacionais, em especial frango, carne, açúcar, gelatina de origem animal, café, amendoim, soja, milho, ovos e sucos de frutas.

De acordo com Rubens Hannun, presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, o relacionamento histórico entre o Brasil e os países árabes, que começou ainda nos anos 70, mesmo consolidado, pode ainda oferecer novas oportunidades. “Existe reciprocidade entre as nações, por isso há muito com o que contribuir uma vez que dispomos de recursos naturais, tecnologia e conhecimento e eles têm recursos financeiros”, comentou.

A internacionalização de empresas e projetos estratégicos na área de segurança alimentar, segundo ele, são áreas com as quais tem trabalhado o primeiro escritório internacional da Câmara em Dubai, Emirados Árabes, inaugurado em fevereiro de 2019. Outros dois serão inaugurados no Cairo, Egito, e em Riad, capital da Arábia Saudita. Destacou ainda como desafios a serem enfrentados a urgência de definição de rotas marítimas entre o Brasil e os países árabes e a agilidade em processos de exportação (certificação digital), que vai representar a redução de prazos e a garantia de acessibilidade de preços dos produtos.

Durante o evento, a importância da parceria brasileira com os países árabes também foi destacada por Ricardo Santin, diretor-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA): “Somos o maior exportador de aves e carne halal do mundo e a pandemia acabou vindo ajudar esse mercado, porque alguns países árabes estavam endurecendo suas medidas por questões políticas, mas o Brasil é reconhecido como um grande parceiro”, disse ele, lembrando que só com a Arábia Saudita foram exportados o equivalente a 384 mil caminhões de carne de frango para alimentar a população.

Pesquisa sem contingenciamento

Para deputado Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), do ponto de vista político, as necessidades de diversificação de produtos para os países árabes são muito grandes. “Mais de 2 bilhões de pessoas se alimentam por essas decisões e isso transcende os 22 países árabes”, argumenta ele. “Tem havido uma forte articulação nesse sentido com grande atuação da ministra Tereza Cristina para conseguir mais abertura para os produtos brasileiros”.

Moreira destacou que a relação entre os países envolve outros setores, além do comércio. “O Egito, por exemplo, tem todo interesse em estabelecer parcerias na área da pesquisa, por isso o valor da Embrapa é muito importante – é preciso sair da relação de fornecedor para cliente. Não pode ser só isso”, alerta. Segundo ele, os países árabes podem investir em várias áreas, mas é preciso que o Brasil consiga estar estruturado com tecnologia, inovação e conectividade. “A parte política é abrir oportunidades para esses setores de forma mais fidelizada e definitiva”, disse.

O deputado chamou a atenção ainda sobre o reaquecimento da economia, que só pode acontecer, na sua opinião, pelo agro. “É preciso tratar da pesquisa, por isso não dá para contingenciar o orçamento da Embrapa”, ressalta, lembrando que o agronegócio brasileiro é estratégico e a segurança alimentar é o que chamou de moeda política. “O recurso público deve ser aplicado no local correto”.

Outra defesa da diversificação de produtos brasileiros com foco no mercado árabe foi feita por Marcos Jank, pesquisador de Agronegócio Global, no Insper, que definiu como um desafio para a pauta de exportações para a região. “Vendemos basicamente açúcar, frango, carne bovina, milho e soja e animais vivos. Muito concentrada em poucos produtos”, avaliou. Pescados, como alternativa de exportação, e alimentos processados, segundo ele, já estão entrando em outros mercados, tentando reduzir as barreiras protecionistas.

O evento também contou com depoimentos gravados de Evaristo de Miranda, chefe geral da Embrapa Territorial, que falou sobre as influências da cultura árabe no Brasil; de Tamer Mansour, secretário-geral da Câmara Árabe; de Jacyr Costa Filho, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Cosag/Fiesp); de Silvia Helena Galvão de Miranda, professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) e vice-coordenadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), e de Khaled Hanafy, secretário-geral da União de Câmaras Árabes.

Fonte: Portal DBO

Terça, 19 de Maio de 2020
STF restabelece redução de contribuições ao Sistema S.
STF restabelece redução de contribuições ao Sistema S. Fonte: Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, restabeleceu, ontem (18), os efeitos da Medida Provisória 932/2020, que reduziu pela metade as contribuições das empresas ao Sistema S por três meses, de abril a junho deste ano. O ministro atendeu a um pedido da União.

A redução das contribuições fez parte do pacote de medidas anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para ajudar empresas afetadas pela crise provocada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).

O corte de 50% havia sido suspenso pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), a pedido do Serviço Nacional do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem (Senac), que tiveram a solicitação negada na primeira instância.

A entidades do Sistema S alegam que a redução nas contribuições afeta de forma drástica o trabalho realizado por elas, que inclui formação de trabalhadores, a manutenção de escolas de nível básico e médio e a prestação de assistência social e atendimento de saúde, entre outras atividades.

Ao STF, a Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu o corte nas contribuições como meio de amenizar os impactos da crise econômica provocada pela pandemia, em especial no que diz respeito à saúde financeira de empresas e a manutenção de empregos.

Ao concordar com os argumentos da AGU, Toffoli argmentou que “não cabe ao Poder Judiciário decidir quem deve ou não pagar impostos, ou mesmo quais políticas públicas devem ser adotadas, substituindo-se aos gestores responsáveis pela condução dos destinos do Estado, neste momento”.

A exceção se daria caso houvesse violação à Constituição, ressalvou Toffoli. Ele lembrou que há duas ações diretas de inconstitucionalidade (ADI’s) relatadas pelo ministro Ricardo Lewandowski que contestam a MP 932/2020 e que ainda devem ser julgadas pelo plenário do Supremo.

Contribuições

O Sistema S é um conjunto de entidades, administradas por federações e confederações patronais, voltadas para o treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica.

São elas o Serviço Social da Indústria (Sesi); Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Serviço Social do Comércio (Sesc); Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac); Serviço Social de Transporte (Sest); Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat); Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop); e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

As contribuições ao sistema incidem sobre a folha de salários das empresas que integram a categoria correspondente e são repassadas pelo governo às entidades. As alíquotas variam de 0,2% a 2,5%. As indústrias, por exemplo, recolhem 1% ao Senai e 1,5% ao Sesi sobre a folha de pagamento. As empresas do comércio recolhem 1,5% ao Sesc.

De acordo com a MP 932/2020, por três meses as alíquotas foram reduzidas da seguinte forma : Sescoop, 1,25%; Sesi, Sesc e Sest, 0,75%; Senac, Senai e Senat, 0,5%; Senar, 1,25% sobre a folha de pagamento; 0,125% sobre a receita da comercialização da produção rural devida pelo produtor rural pessoa jurídica e pela agroindústria; e 0,10% sobre a receita da comercialização da produção rural devida pelo produtor rural pessoa física e segurado especial.

Apenas as alíquotas de contribuição ao Sebrae não mudaram. Entretanto, o texto prevê que o Sebrae repasse ao Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas ao menos 50% do adicional que recebe para execução das políticas de apoio às micro e pequenas empresas.

Já a retribuição paga à Receita Federal pelas entidades, pelo serviço de recolhimento das contribuições, será de 7% do montante arrecadado. Hoje, essa retribuição é de 3,5%. A nova alíquota vale também por três meses para o Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sest, Senat, Senar e Sescoop.

Fonte: Agência Brasil

Sexta, 15 de Maio de 2020
Destaques da Economia Brasileira (10 a 14/05):
Destaques da Economia Brasileira (10 a 14/05): Fonte: AF News Agricola

 dólar quase chegou a atingir os R$ 6,00 durante o dia de ontem (14), após diversos fatores negativos internos e externos para a economia, terem desestabilizado as bolsas de valores mundo afora. A moeda só foi estabilizada, por conta de uma forte atuação do Banco Central, que em um ano, já precisou queimar 50 bilhões de dólares para atenuar o cenário. Porém, os próximos dias ainda são de incerteza diante da pandemia do coronavírus, o que deixa o BC em situação de alerta, para não perder o controle. Confira os demais destaques da economia do Brasil e do Mundo, agora:

Economia Brasileira

A luta do Banco Central para manter o dólar abaixo de R$ 6: A pandemia do coronavírus que já matou mais de 13 mil pessoas no Brasil, foi só um fator a mais que se somou a crise política que o Brasil já vinha apresentando nos últimos meses, desestabilizando a economia brasileira. Desde o ano passado, consecutivas altas no dólar, já fizeram o Banco Central ter que quase 50 bilhões de dólares em reservas internacionais, para controlar a valorização da moeda norte-americana ante ao real, que passou a ser a moeda mais desvalorizada mundialmente frente ao dólar, neste período de pandemia. Ontem (14), o cenário negativo no mercado interno e externo, provocou um salto no dólar que foi a R$ 5,97 e só foi controlado depois de dois leilões de venda de dólar do BC. Sendo assim, a moeda fechou o dia a R$ 5,82, contando também com a melhora dos índices da bolsas americanas. A Bovespa por sua vez, que tinha abrido com forte queda, fechou com recuperação acima dos 79 mil pontos.

Cada semana de isolamento custa R$ 20 bi ao PIB: Segundo estimativa do Ministério da Economia, para cada semana de isolamento social – medida adotada no combate do novo coronavírus – o PIB brasileiro deve registrar uma perda imediata de R$ 20 bilhões. O relatório ainda afirma que quanto maior o prazo de isolamento, maior o número de falências e demissões. A medida – que tem ajudado a salvar vidas no país, segundo estudo da Unicamp – também acaba por ampliar o endividamento. A projeção oficial para o PIB deste ano foi revisada de uma alta de 0,02% para retração de 4,7%, maior recuo já registrado pelo IBGE. Em junho, a projeção é que a queda do PIB fique acima dos 6%.

Petrobras aumenta gasolina em 10% nas refinarias: A Petrobras, que divulgou um prejuízo de 48,5 bilhões de reais no final da tarde de ontem, referente ao resultado do primeiro trimestre de 2020, decidiu aumentar em 10% o preço da gasolina nas refinarias. O novo reajuste foi anunciado uma semana após uma elevação de 12% no custo do combustível, que havia sido a primeira desde o início da pandemia. A decisão se dá em meio à escalada do dólar e ao aumento do preço da gasolina no exterior. Com o reajuste, a gasolina passará a ser vendida a R$ 1,12 por litro nas refinarias da Petrobras. O repasse ao consumidor final depende da política comercial de postos e distribuidoras. O preço do diesel nas refinarias deverá ser mantido, segundo a estatal.

Agronegócio Brasileiro e Balança Comercial

De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviço, os resultados na 1ª semana de maio de 2020, divulgados no início da semana, a balança comercial registrou superávit de US$ 2,475 bilhões e corrente de comércio de US$ 9,414 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 5,945 bilhões e importações de US$ 3,47 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 73,306 bilhões e as importações, US$ 59,031 bilhões, com saldo positivo de US$ 14,275 bilhões e corrente de comércio de US$ 132,336 bilhões.

Nas exportações dos produtos agrícolas, a Secex informou que:

As exportações de café torrado contabilizaram um volume de 70,13 mil toneladas na primeira semana de maio. A média diária ficou em 14,026 mil tons com aumento de 69,71% comparado com a semana passada e incremento 56,64% ante ao mesmo período do ano anterior.

A soja em grãos obteve um volume 5,35 milhões de toneladas na primeira semana de maio. A média diária ficou em 1,07 milhão de tons, com aumento de 31,23% ante a semana anterior e alta de 135% diante do volume médio diário da mesma época de 2019.

Na exportação do milho, a Secex informou a movimentação de somente 16,5 mil toneladas no período, ou seja, uma média diária de apenas 3,34 mil tons, com queda de 208% ao resultado médio diário da semana anterior e redução de 5,32% comparada com o volume médio registrado em maio/19.

Economia Mundial

Economia mundial deve recuar 3,2% e perder US$ 8,5 tri em 2020, diz ONU: A economia mundialdeve encolher 3,2% em 2020, uma vez que a pandemia de coronavírus restringiu severamente a atividade econômica, aumentou a incerteza e provocou a pior recessão desde a Grande Depressão, informou a Organização das Nações Unidas na última quarta-feira (13).

Um relatório do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU disse que provavelmente haverá uma recuperação gradual da produção perdida em 2021. Em janeiro, o departamento havia projetado um crescimento entre 1,8% e 2,5% este ano para a economia mundial.

Trump ameaça romper laços com a China por pandemia e descarta falar com Xi: O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, endureceu nesta quinta-feira sua retórica contra a China, dizendo que não vai falar com seu colega Xi Jinping e ameaçou cortar laços bilaterais devido à maneira como Pequim lidou com a pandemia da COVID-19.

A tensão entre as maiores potências do mundo disparou por causa da pandemia de coronavírus, que Trump chamou de “praga chinesa”.

“Tenho uma relação muito boa, mas agora não quero falar com ele”, disse Trump à rede Fox Business, assegurando que está “muito decepcionado” com a gestão da pandemia por parte do governo chinês.

Fonte: AF News Agricola

Sexta, 15 de Maio de 2020
Exportações de arroz aumentam 75,6%
Exportações de arroz aumentam 75,6% Fonte: Agrolink

Brasil embarcou 146,5 mil toneladas do grão no mês passado

Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e do Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul (Sindarroz-RS) o desempenho das exportações do grão (base casca) foi bom no mês de abril. Houve um aumento de 75,6% em relação a março. No mês passado, o Brasil embarcou 146,5 mil toneladas, tendo como principais destinos Cuba, Peru e Venezuela.

Já as importações do cereal em abril tiveram queda. Os índices totalizaram 71 mil toneladas, 46 mil toneladas a menos do que o volume de março.

De acordo com o diretor-executivo do Sindarroz-RS, Tiago Sarmento Barata, a desvalorização do real deu mais competitividade ao arroz brasileiro. “O crescimento das exportações e a queda das importações são reflexos do câmbio, que está impulsionando as vendas externas”, diz.

No primeiro bimestre do ano comercial, que começa em março e vai até fevereiro de 2021, as exportações somaram 230 mil toneladas de arroz (base casca), enquanto as importações totalizaram 188 mil toneladas.

Conforme o executivo do Sindarroz-RS, as projeções indicam que as exportações de arroz de maio devem ser maiores. “Muitos carregamentos do cereal que saíram em navios em abril não entraram nas estatísticas do mês. Então, os números de maio devem ser ainda mais robustos.”

Fonte: Agrolink