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Quarta, 10 de Junho de 2020
Arrozeiros buscam queda da taxa de juros no Plano Safra 2020/2021.
Arrozeiros buscam queda da taxa de juros no Plano Safra 2020/2021. Fonte: Agrolink

Com o Plano Safra previsto para ser divulgado na próxima semana, a redução da taxa de juros vem sendo o maior debate entre representantes do setor. A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) também está solicitando que a medida seja implementada para o próximo período de forma a beneficiar os produtores nas mais diversas linhas de programas previstos na proposta de apoio aos agropecuaristas.

Segundo o presidente da entidade, Alexandre Velho, a expectativa é de uma diminuição significativa da taxa de juros com relação ao Plano Safra. "Nós temos uma realidade hoje de uma Taxa Selic a 3%, existe uma necessidade de adequação dos patamares dos juros cobrados nos financiamentos e esperamos uma queda de pelo menos 2% na taxa de juros. Esperamos que a ministra anuncie isto que é uma demanda não só do setor arrozeiro mas do setor agropecuário em geral", destaca.

Outra questão mencionada pelo presidente da Federarroz é a facilitação da chegada do crédito ao produtor, que muitas vezes passam por entraves junto às instituições financeiras. "Precisamos de uma desburocratização do sistema de crédito, facilitar o acesso dos produtores ao crédito rural para que consigam acessar os financiamentos a uma taxa de juros mais adequada a sua realidade", conclui.

Fonte: Agrolink

Quarta, 10 de Junho de 2020
Recorde em Paranaguá: mega navio receberá 103 mil toneladas de farelo de soja.
Recorde em Paranaguá: mega navio receberá 103 mil toneladas de farelo de soja. Fonte: Canal Rural

O navio Pacific South, de bandeira das Ilhas Marshall, vai carregar volume recorde de farelo para uma única embarcação no Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, disse a empresa Portos do Paraná. Serão 103 mil toneladas do derivado. Este também é o maior graneleiro já recebido no complexo, com 292 m de comprimento e 45 m de largura.

O navio atracou no fim da tarde de segunda-feira no berço 214, um dos três que compõem o corredor de exportação. As 103 mil toneladas de farelo de soja serão carregadas a partir de três terminais. Cerca de 84 mil toneladas sairão da Coamo; 15 mil da Cotriguaçu; e quatro mil toneladas dos silos públicos (horizontais). Esse é o maior navio graneleiro já recebido no complexo até hoje.

“Tanto o volume, quanto o tamanho do navio, que vamos operar atestam a nossa capacidade operacional. Uma ação desse porte exige trabalhadores portuários qualificados, praticagem experiente e capacidade de infraestrutura, terrestre e marítima”, diz o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

O mega navio veio do porto de Xangai, na China, e chegou na Baía de Paranaguá no último dia 1. Geralmente, os navios que carregam os graneis têm 5 ou 7 porões. Este tem nove porões para receber e transportar todo o farelo que começa a ser carregado.

 

O carregamento deve levar cerca de cinco dias, se não houver paralisações por chuva ou umidade excessiva, segundo a administração portuária, que cita previsão da empresa responsável pela operação, a Cargill.

O farelo seguirá para o porto de Amsterdã, na Holanda. O volume de 103 mil toneladas supera em 13 mil toneladas o recorde anterior, registrado há pouco mais de um ano. Em 27 de maio de 2019, o navio chinês Lan Hua Hai, de 254 metros, havia carregado 90 mil toneladas de farelo de soja no porto. Desta vez, a embarcação é 38 metros maior.

 

Em média, segundo a Portos do Paraná, os navios graneleiros recebidos no Porto de Paranaguá medem entre 199 e 229 metros de comprimento e costumam receber pouco mais de 60 mil toneladas de carga (soja, milho ou farelo).

 

O volume de 103 mil toneladas é suficiente para carregar 3.400 caminhões, supera, em 13 mil toneladas, o recorde anterior registrado há pouco mais de um ano. Em 27 de maio de 2019, o navio chinês Lan Hua Hai, de 254 metros, carregou 90 mil toneladas de farelo de soja.

Fonte: Canal Rural

Quarta, 10 de Junho de 2020
Exportação de Carne Angus Certificada avança com foco na China.
Exportação de Carne Angus Certificada avança com foco na China. Fonte: Agrolink

Em meio à pandemia, a China vem prospectando negócios e fechando compras constantes de Carne Angus Certificada do Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Angus, nos primeiros quatro meses de 2020, já foram exportadas 193,4 toneladas de carne Angus, 66,5% do volume embarcado em todo o ano de 2019 (290,5 t) e alta de 73,8% em relação ao acumulado até abril. A China abocanhou mais da metade desse total, adquirindo 102 toneladas. A expectativa, informa a gerente Nacional do Programa Carne Angus Certificada, Ana Doralina Menezes, é manter os embarques no segundo semestre. “Se o mercado chinês mantiver as compras nesse patamar, é possível que fechemos o ano perto do recorde da raça”, projeta, lembrando que, em 2017, a Angus atingiu exportação de 406 toneladas.

O movimento é capitaneado por frigoríficos que têm visto nesse mercado ávido por carne de qualidade boas oportunidades de negócios e valorização de cortes. Um dos parceiros que vem aproveitando o câmbio e o apetite chinês é o Frigorífico Estrela, de Estrela d'Oeste (SP). Depois de dois embarques de 27 toneladas cada realizados neste primeiro semestre, nos próximos 15 dias, prevê o envio de um terceiro contêiner de mesmo volume com Carne Angus Certificada para a China. A carga inclui cortes de acém, costela do dianteiro sem osso, peixinho e contra filé. Segundo o diretor comercial do Estrela, Eduardo da Silva, os chineses são extremamente cautelosos e criteriosos com padrões de qualidade. “O Brasil tem uma carne de alto padrão, com um sabor diferenciado do produto dos Estados Unidos", comparou. A grande dificuldade, explica o empresário, é manter oferta em qualidade e quantidade durante os 12 meses do ano. Além do Estrela, o Frigorifico Minerva e o Grupo ARG também vêm exportando cortes para a China.

O resultado de vendas, segundo a gerente Nacional do Programa Carne Angus Certificada, demonstra a força que o Brasil vem conquistando, não apenas como exportador de carne commodity, mas também no nicho gourmet. "A carne Angus brasileira já é referência internacional e foi exportada para mercados exigentes como a Alemanha e Emirados Árabes. Recentemente, abrimos mercado nas Bermudas", informa. Os embarques ainda vêm ocorrendo para o Líbano, Catar e Singapura.

O bom momento da carne premium brasileira é alvo de comemoração para todo o setor, indica o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli. Segundo ele, as exportações brasileiras de carne bovina devem superar, em 2020, o recorde de 7,6 bilhões de dólares registrado no ano passado, mesmo diante da crise do coronavírus. “Representam uma boa notícia ao mercado nacional”, frisou. Para o presidente da Associação Brasileira de Angus, Nivaldo Dzyekanski, novos mercados "confirmam a excelência da carne Angus do Brasil, uma produção que desponta por sabor, grau de marmoreio e, acima de tudo, sustentabilidade". Segundo ele, o selo Angus Sustentabilidade, lançado em 2019, deve ajudar a abrir mercados para os cortes brasileiros, uma vez que atesta processos e a responsabilidade dos criadores dentro das fazendas. "Agora, além de acompanhar o abate no frigorífico, também estamos no campo ao lado do pecuarista orientando e verificando as condições de trabalho, emprego e bem-estar animal. Isso é o que o mercado internacional busca. Isso é o que a Angus do Brasil tem a oferecer."

Fonte: Agrolink

Quarta, 10 de Junho de 2020
Brasil conseguiu 32 aberturas comerciais no setor agropecuário neste ano.
Brasil conseguiu 32 aberturas comerciais no setor agropecuário neste ano. Fonte: Portal DBO

O Brasil conquistou em maio o direito de exportar produtos do agronegócio para novos países e também a ampliação de mercado para parceiros comerciais já consolidados, segundo levantamento do Ministério da Agricultura. Foram 10 no total, com destaque para novas permissões de exportação de carnes ao mercado asiático.

A Tailândia, por exemplo, permitiu a importação de carne bovina desossada e com osso, miúdos bovinos e produtos lácteos brasileiros. Desde o início do ano, houve 32 aberturas comerciais, ante 35 do ano passado inteiro. Os lácteos nacionais também obtiveram certificado para exportação ao mercado australiano.

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Ainda em maio, Taiwan autorizou a importação de alimentos preparados para animais, a Coreia do Sul abriu o mercado para castanha-de-baru e o Peru liberou a entrada de três plantas brasileiras – eucalipto, tillandsia e stevia.

Também no mês, o Irã aprovou a importação de folhas de tabaco do Brasil e as Filipinas credenciaram mais 13 frigoríficos brasileiros para exportação de carnes bovina, de aves, de peru e suína. Na primeira semana de junho duas novas aberturas foram concluídas.

A África do Sul abriu mercado para importação de carnes de suínos e aves brasileiras na sexta-feira, 5 de junho, e, na terça-feira passada, 2 de junho, mais cinco plantas brasileiras foram habilitadas para exportar carne suína e de frango para o Vietnã.

 

Em abril, todas as ações foram voltadas à Argentina. O país vizinho aprovou a importação de produtos avícolas termoprocessados, lanolina e recortes de pele bovina para gelatina.

Em março, para Egito foram habilitadas 42 novas plantas de carne bovina e de frango e liberada a importação de miúdos bovinos brasileiros. Marrocos e os Emirados Árabes Unidos autorizaram a importação de pintos de um dia e de ovos férteis do Brasil.

Do lado do mercado asiático, a China autorizou a exportação de pescado por 108. Ainda no mês de março, a Colômbia liberou a importação de milho pipoca brasileiro.

Em fevereiro, os Estados Unidos e o Kuwait anunciaram a reabertura para a carne bovina in natura brasileira. No mês, também foram autorizadas exportação de embriões bovinos, sêmen suíno e carne de rã para a Argentina.

Em janeiro, a Índia liberou a entrada de gergelim brasileiro e a Colômbia de carnes e miúdos de aves desidratados ou liofiliziados.

Em pronunciamentos recentes, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vem afirmando que, com o avanço da Covid-19, o movimento de abertura de mercados foi intensificado por vários países. Estes países, segundo a ministra, buscam assegurar o abastecimento interno de alimentos diante das restrições logísticas impostas pela doença. Procuram o Brasil interessados em firmar certificados sanitários e viabilizar esse comércio.

Fonte: Portal DBO

Terça, 09 de Junho de 2020
Arroz - Balanço Semanal
Arroz - Balanço Semanal Fonte: AF News Agricola

A cotação do arroz apresentou recuo na última semana depois de passar praticamente seis meses em consecutivas altas. Na variação anual, os indicadores subiram 45% no Rio Grande do Sul, principal produtor brasileiro do cereal. A queda do dólar foi o maior impacto associado à retração do preço. Confira os indicadores e também o custo de produção do arroz na última safra:

Preço do Arroz

Desde o mês de dezembro que o mercado do arroz não apresentava retração nos indicadores. Mesmo durante o período da colheita, a cotação do cereal se manteve em alta, influenciada principalmente pela valorização do dólar.

Além deste fator, a pandemia do coronavírus, que levou a população ao isolamento social no Brasil, tornou o produto mais procurado nas prateleiras do mercado, aquecendo a demanda.

Com isso, a oferta nacional que já não supre o consumo anual doméstico, se tornou mais restrita, elevando a cotação do arroz ainda mais.

No entanto, findada a colheita de arroz no final de maio, os estoques ainda estão com bom volume de suprimento disponível para comercialização. Este panorama, associado a forte queda do dólar, que atingiu a mínima de três meses nesta segunda-feira (08), a R$ 4,85 - contribuiu para a desvalorização do cereal, que contabilizou perdas após quase seis meses de consecutivas altas no Cepea/Esalq.

O preço médio do arroz no período de 01 a 05 de maio ficou em R$ 62,07/saca com retração de 1,05% ante a semana anterior.

Nesta segunda (08), os indicadores fecharam em R$ 61,67/saca com perda de 0,35% na variação diária e desvalorização de 1,15% na variação semanal.

Por outro lado, no Rio Grande do Sul, mesmo com um cenário baixista, a cotação do arroz paga ao produtor ficou em R$ 61,45/saca com alta de 1,9% comparada com a semana passada, que era de R$ 60,29/saca. No acumulado anual, a valorização do cereal é de mais de 45%.

 

Custo de Produção do Arroz Safra 2019/20

Olhando somente o valor de venda, é possível considerar que a rentabilidade do arroz subiu nesses últimos meses, acompanhando a alta nos preços. No entanto, assim como o dólar elevou a cotação do cereal, também aumentou o seu custo de produção.

Segundo dados do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz), por meio da Seção de Politica Setorial, o custo médio ponderado para a produção do saco de arroz em casca de 50 quilos na safra 2019/20 ficou em R$ 64,70. O custo por hectare ficou projetado em R$ 10.078,00, considerando uma média de produtividade de 7.788,26 kg/ha - 155,77 sacos/ha (média RS - três safras).

O estudo foi elaborado tomando por base o cultivo mínimo (predominante na lavoura de arroz do Rio Grande do Sul), ponderado segundo os sistemas de irrigação (mecânica diesel, mecânica elétrica e natural – por gravidade). Os dados foram coletados em lavouras das cidades de Uruguaiana, Cachoeira do Sul, Pelotas e Santo Antônio da Patrulha, com preços médios das seis regiões orizícolas do Estado.

Na safra passada, o levantamento revelou o custo de R$ 58,54 para o saco de 50 quilos de arroz em casca. Em relação ao custo por hectare, a safra 2018/2019 ficou em R$ 8.892,62 por hectare, com produtividade média de 151,9 sacos/ha (média RS - três safras). Em comparação com a safra passada, o custo por hectare cultivado registrou uma alta de 13,34% neste ano.

Arroz Mercado Externo

Irã reduz as tarifas de importação do arroz: O irã reduziu de 25% para 10% as tarifas de importação do arroz. Desde 20 de março, o governo iraniano interrompeu a alocação de moeda estrangeira à taxa subsidiada de 42.000 rials por dólar para a importação de arroz. Em vez disso, pediu aos importadores que atendam aos requisitos cambiais a partir das receitas de exportação de produtos não petrolíferos comercializados através do chamado mercado secundário de câmbio, que tem taxas mais próximas às do mercado livre.

A queda nos impostos de importação do arroz visa evitar um aumento nos preços. 1 kg de arroz importado de grau A foi vendido a 119.863 rials (US$ 0,67) durante o mês encerrado em 20 de maio, registrando um aumento de 16% no mês em um crescimento de 34% em um ano, segundo relato do Centro Estatístico do Irã.

Produção de Arroz na Tailândia deve subir em 2020/21: A produção de arroz na Tailândia está prestes a se recuperar do ciclo 2019/20, quando foi severamente afetada por condições climáticas adversas e surtos de pragas.

Segundo o USDA, a previsão é de que a produção de arroz em 2020/21 suba para 21 milhões de toneladas, com aumento de 17% comparado ao ano anterior devido à previsão de condições climáticas favoráveis no início da estação de plantio.

A Tailândia foi o segundo maior exportador de arroz do mundo em 2019/20, atrás apenas da Índia. O volume movimentado nos portos foi de 7,5 milhões de tons e a previsão é de aumentar esse total para 9 milhões de tons em 2020/21.

Fonte: AF News Agricola

Terça, 09 de Junho de 2020
Exportações totais de carne bovina crescem 21% em maio, aponta ABRAFRIGO.
Exportações totais de carne bovina crescem 21% em maio, aponta ABRAFRIGO. Fonte: Safras & Mercado

Com os chineses aumentando suas aquisições de 80.056 toneladas em abril para 118.55 toneladas em maio, as exportações totais de carne bovina (in natura + processada) cresceram 21% em maio na quantidade e 35% na receita na comparação com o mesmo mês do ano passado. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), através da SECEX/DECEX.

     Segundo a entidade, em maio último o Brasil exportou 183.018 toneladas contra 151.270 toneladas em maio de 2019. Na comparação do mesmo período, em receitas, o salto foi de US$ 577,8 milhões em 2019 para US$ 780,1 milhões em 2020. Com isso, o acumulado nos primeiros cinco meses do ano já apresenta uma variação positiva de 5% no volume total de carne bovina exportada, saindo de 695.151 toneladas em 2019 para 732.859 toneladas em 2020. Nas receitas, a variação é ainda maior: foi de US$ 2,6 bilhões no ano passado para US$ 3,1 bilhões em 2020 (+23%).

     Em maio, diz a ABRAFRIGO, a participação da China nas exportações brasileiras do produto alcançou a 56,5% do total, somando-se as entradas pelo continente (39,3%) e as entradas por Hong Kong (17,2%). Ainda em maio, a movimentação chinesa pelo continente subiu 128,4% enquanto a realizada por Hong Kong caiu 13,5% em relação a maio de 2019.

     Entre os 20 maiores compradores da carne bovina brasileira, o Chile diminuiu suas importações nos cinco primeiros meses do ano de 40.559 toneladas em 2019 para 30.233 toneladas em 2020 (-25,5%). No mesmo período, o Egito reduziu suas compras de 60.795 toneladas para 39.267 toneladas (-35,4%) e os Emirados Árabes de 40.686 toneladas para 17.020 toneledas (-58%). Elevaram suas aquisições, além da China, Rússia, de 24.984 toneladas para 29.504 toneladas (+18%) e Arábia Saudita, de 17.048 toneladas para 21.281 toneladas (+24,8%). Até o final de maio, segundo a ABRAFRIGO, 76 países ampliaram suas importações do Brasil, enquanto que 81 reduziram suas compras. Com informações da assessoria de imprensa da ABRAFRIGO.

     Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Fonte: Safras & Mercado

Terça, 09 de Junho de 2020
Mercado de Grãos: Conab estima recorde da produção de grãos no país em 250,5 milhões de toneladas.
Mercado de Grãos: Conab estima recorde da produção de grãos no país em 250,5 milhões de toneladas. Fonte: AF News Agricola

O 9º Levantamento da Safra 2019/2020, divulgado nesta terça-feira (9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), confirma o crescimento recorde da produção de grãos no país, estimada em 250,5 milhões de toneladas, ou seja, ou 8,5 milhões de t (3,5%) a mais do que o colhido em 2018/19. Em relação ao levantamento passado, houve queda de 400 mil toneladas na estimativa de produção. Mas o recorde da safra se mantém, resultado de uma área semeada de 65,6 milhões de hectares, com crescimento de 2,3 milhões de hectares (3,6%) sobre a safra passada. Veja detalhadamente as previsões para cada cultura:

Com a colheita finalizada praticamente em todas as culturas de primeira safra, e as de segunda em andamento, o que falta agora é a conclusão do plantio das culturas de inverno e os números resultantes da terceira safra. Além disso, será necessário observar o comportamento climático, que pode influenciar na produtividade destas culturas.

O mercado da soja apresenta uma produção recorde de 120,4 milhões de t, 4,7% a mais do que a safra 2018/19. Já o milho total, somatório da primeira, segunda e terceira safras chega ao recorde de 101 milhões de t com uma área de 18,5 milhões hectares. A produção nas três safras devem alcançar, respectivamente, 25,4 milhões de t, 74,2 milhões de t e 1,33 milhão de toneladas.

A colheita de arroz está próxima do fim e sua produção está estimada em 11,1 milhões de t, 6,5% superior ao volume produzido na safra passada.

A produção de feijão chegará a 3,07 milhões de t, 1,9% superior ao obtido em 2018/19. A primeira safra está totalmente colhida, enquanto as lavouras de segunda safra estão em processo de colheita e as de terceira safra finalizando o plantio.

Já o algodão em pluma tem uma produção estimada em 2,89 milhões de t, 3,9% superior à safra passada.

Finalmente, nas culturas de inverno, o mercado do trigo têm boas perspectivas, com um crescimento de 6,7% na área a ser cultivada e a produção devendo chegar a 5,7 milhões de t, dependendo do comportamento climático.

Safras de milho – Depois de se firmar como uma opção rentável para os produtores que aproveitam melhor a janela de plantio do milho na segunda safra, começa a surgir a terceira safra de milho na região da Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia). A estimativa para este ano é uma colheita de 1,3 milhão de toneladas.

Clique aqui para conferir os números completos do 9º Levantamento – Safra 2019/20, publicado no Portal da Conab.

Fonte: AF News Agricola

Terça, 09 de Junho de 2020
Alta de 3,3% no Produto Interno Bruto do agronegócio.
Alta de 3,3% no Produto Interno Bruto do agronegócio. Fonte: Agrolink

Alta dos preços e estimativas maiores de produção contribuíram para o resultado. Primeiros impactos da Covid-19 influenciaram o comportamento de março

De acordo com os dados divulgados pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o Produto Interno Bruto do (PIB) do agronegócio teve alta de 3,3% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2019, puxado principalmente pela alta de preços e por expectativas de maior produção.

É o que mostra o estudo do PIB divulgado pela NA e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O estudo mostrou, de janeiro a março de 2020, elevações nos segmentos primário (5,85%), serviços (3,53%), agroindústria (1,41%) e insumos (0,43%). Tanto a pecuária quanto a da agricultura tiveram crescimento no acumulado do primeiro trimestre, de 6,11% e 1,91%, respectivamente. No caso do ramo pecuário, o resultado foi impulsionado pela alta dos preços dos diversos produtos, em um efeito inercial que começou no fim de 2019 e pela maior procura por proteínas animais no final do ano passado e no início de 2020.

“A inércia decorre tanto da elevação dos preços das carnes suína e bovina - resultado da demanda aquecida no mercado externo em decorrência da Peste Suína Africana (PSA) – como do reflexo dessa elevação nos preços das proteínas substitutas, como a carne de frango e os ovos”, explica o estudo.

Já o comportamento da agricultura é reflexo de preços mais elevados no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019, além das boas perspectivas para a safra atual. Quanto aos preços, destaque para café, arroz, milho, soja e trigo, além de alguns hortifrutícolas, como banana e tomate. Quanto à produção, as expectativas são muito positivas para produtos importantes no PIB, como café, soja, milho, algodão e laranja, entre outros.

Fonte: Agrolink

Terça, 09 de Junho de 2020
Banco que mais acertou projeção de câmbio vê dólar a R$ 4,85 no fim do ano.
Banco que mais acertou projeção de câmbio vê dólar a R$ 4,85 no fim do ano. Fonte: Canal Rural

Segundo o economista-chefe do Sicredi, Pedro  Ramos, a queda nas cotações aconteceu de forma mais rápida do que era esperado pelo mercado

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De acordo com o relatório Focus do Banco Central, os bancos e corretoras que mais acertaram a projeção do dólar nos últimos seis meses estimam que o câmbio encerrará o ano cotado a R$ 5,40.

O Sicredi, banco cujas previsões mais se aproximaram das cotações atingidas posteriormente, estima que a moeda norte-americana possa chegar em R$ 4,85 ao fim de 2020. Segundo o economista-chefe do banco, Pedro Ramos, a queda nas cotações aconteceu de forma mais rápida do que era esperado pelo mercado.

 

“Vimos principalmente medidas de liquidez dados pelos bancos centrais de outros países, principalmente o Banco Central dos Estados Unidos que injetou cerca de US$ 3 trilhões em apenas dois meses na economia mundial e isso acabou irrigando o sistema financeiro e na medida que os dados econômicos foram aparecendo um pouco mais otimista do que era esperado em relação ao coronavírus, o mercado rapidamente se adiantou e os ativos de maiores riscos que inclui moedas de países emergente acabaram se valorizando durante esse processo”, explica ele.

“Mas esse processo de valorização do câmbio tende a ter uma certa limitação. Lembrando que hoje o Brasil tem juros extremamente baixos se comparado aos seus pares emergentes, hoje estamos falando de uma taxa de juros de 2,25% no próximo mês na economia brasileira e a gente também tem um quadro de uma recuperação de crescimento baixo”, afirma o especialista.

Fonte: Canal Rural

Segunda, 08 de Junho de 2020
Plano Safra 2020/21 será anunciado no dia 17 de junho.
Plano Safra 2020/21 será anunciado no dia 17 de junho. Fonte: Portal DBO

Segundo a ministra Tereza Cristina, a prioridade no crédito agropecuário para a temporada 2020/21 será, novamente, os pequenos e médios produtores

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou que o Plano Safra 2020/21 será divulgado no dia 17 de junho. “Está marcado”, garantiu ela, em “live” promovida na tarde da última sexta-feira pela MZR Consultoria.

Ela ressaltou, porém, que ainda não tem a taxa de juros fechada para o próximo ciclo agrícola, que tem início em 1º de julho. “Mesmo se tivesse estaria impedida de dizer”, enfatizou.

 

Segundo Tereza Cristina, a prioridade no crédito agropecuário para a temporada 2020/21 será, novamente, os pequenos e médios produtores. “Temos de viabilizar os pequenos produtores, para que eles entrem cada vez mais no sistema de produção de alto nível e tenham mais renda”, justificou, acrescentando que desde o ano passado a política agrícola no Plano Safra beneficiou pequenos e médios produtores.

“O grande produtor dispõe de outras formas de financiamento; eles podem buscar recursos no mercado”. Ela citou a mais recente ferramenta de captação de recursos para o setor agropecuário, principalmente para grandes produtores, embutida na Lei 13.986, de 7 de abril de 2020 – a antiga MP do Agro, que trouxe várias mudanças no sistema privado de financiamento do agronegócio.

De todo modo, para o ano-safra que se inicia em 1º de julho, Tereza Cristina mostrou preocupação em garantir recursos para linhas de investimento, sobretudo Inovagro, Moderagro, PCA e Moderfrota. No caso do PCA, por exemplo, linha destinada à armazenagem, a ministra disse não ter “nada contra” cooperativas e cerealistas, mas reforçou que o produtor “tem de ter armazém na propriedade”. “Ele precisa de um silo-pulmão na fazenda”, disse.

A ministra citou, além disso, o setor de avicultura, que tem ampliado fortemente as vendas externas e demanda grandes investimentos em segurança alimentar.

“O setor avícola precisa de muito capital. Cada vez mais se exige em termos de biossegurança na área de sanidade nesses aviários; cada vez mais eles precisam se modernizar e precisam atender a mais exigências sanitárias, tanto aqui quanto lá de fora.“

Mesmo demonstrando preocupação com essas linhas de investimento e às portas do anúncio do Plano Safra 2020/21, a ministra reconheceu que ele ainda não é o que ela gostaria. “Poderia ser um pouco mais (de recursos)”, disse. “Mas o plano que vamos aprovar vai deixar a agricultura com essa possibilidade, de ter crédito e produzir mais.”

Fonte: Portal DBO