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Sexta, 04 de Março de 2022
Colheita da soja alcança 3% das lavouras do RS
Colheita da soja alcança 3% das lavouras do RS Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

As chuvas ocorridas entre os dias 21 e 25 de fevereiro repuseram de forma parcial a umidade nos solos e beneficiaram as lavouras de soja que estão em floração (18%) e formação de grãos (56%), fases de alta demanda de água pela cultura. Nas localidades onde as precipitações foram em menor volume, as lavouras ainda continuam apresentando queda de folhas, amarelecimento das plantas e baixo número de vagens e grãos.

De acordo com o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), as lavouras em maturação representam 20% da área cultivada, e mesmo com as chuvas não apresentaram sinais de recuperação e têm perda consolidada na produtividade. As lavouras em final de maturação apresentam vagens e grãos em diferentes tamanhos, dificultando a colheita, que alcança 3%, apresentando produtividade muito baixa e variável, dependendo das condições do tempo e solos de implantação.

As condições fitossanitárias das lavouras de soja continuam satisfatórias, com exceção de algumas áreas que ainda apresentam incidência de ácaros e trípes, bem como infestação com buva e caruru, situação que preocupa tanto pela redução no potencial produtivo pela competição, quanto pelo risco elevado de aumento das invasoras na próxima safra.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a oleaginosa sofreu intenso estresse após mais uma sequência de dias com temperaturas máximas acima de 40°C. A expectativa de perdas permanece elevada em municípios em que a cultura está em estágio mais avançado do ciclo, como Rosário do Sul, com perdas estimadas em 65%; São Borja, 74%; Alegrete, 77%; Itacurubi, 78%, e Manoel Viana, com 79%. Na Campanha, é grande a diferença de potencial produtivo entre lavouras no mesmo município, pela distribuição irregular das chuvas durante todo o ciclo de desenvolvimento. São observadas áreas com potencial produtivo superior a três mil quilos por hectare e áreas com mortalidade significativa de plantas, pela falta de umidade, especialmente ao longo de fevereiro.

Na região de Santa Maria, 72% das lavouras de soja estão em florescimento e enchimento de grão, 20% em maturação e 4% das lavouras colhidas. As perdas de produtividade deverão superar 60%, com colheita estimada de 1.200 quilos por hectare. Já na de Santa Rosa, foi colhido 1%. A maturação foi acelerada em função das altas temperaturas e tempo seco e alcançam 13%. Essas lavouras têm porte reduzido e baixa emissão de ramificações laterais. As chuvas ocorridas ainda são insuficientes, mas proporcionam melhor desenvolvimento em cultivos do tarde na Fronteira Noroeste. Contudo as perdas já estão consolidadas e a expectativa atual de produtividade é 650 quilos por hectare.

Programa Monitora Ferrugem RS

A ocorrência de esporos da ferrugem asiática da soja tem aumentado nas últimas semanas. Nesta semana de monitoramento (resultados compilados de 22/02 a 01/03/22) se identificou grande número de esporos nos coletores de Santa Rosa, São Luiz Gonzaga, Cerro Largo, Jóia e Santa Bárbara do Sul e presença de esporos, mesmo em pequenas quantidades, em quase todo o território gaúcho. Assim recomenda-se aos técnicos e aos produtores observância das condições climáticas para o manejo da ferrugem. 

Milho

As precipitações ocorridas de forma mais geral no Estado apresentaram reflexos positivos para 4% das lavouras de milho que estão em desenvolvimento vegetativo, 4% em floração e 15% enchimento de grãos. As em maturação foram pouco afetadas pela reposição de umidade, devido ao avançado estado fisiológico. A colheita foi realizada em 60% dos cultivos e os resultados obtidos consolidam a perda de produtividade. A expectativa é de redução de 53% na produtividade inicialmente estimada. 

Na região de Frederico Westphalen, 4% das lavoras de milho estão em germinação e desenvolvimento vegetativo, 1% em floração, 1% em enchimento de grãos, 8% em maturação e 86% foram colhidas. As lavouras colhidas confirmam perdas que ultrapassam 60% na produtividade. Na de Soledade, foi colhido 55% da produção. As lavouras com implantação tardia em sucessão a tabaco, feijão e milho safra silagem apresentam bom desenvolvimento em função da recorrência de chuvas nas últimas semanas. Nessas lavouras foi finalizado o controle de plantas invasoras em pós-emergência e foram realizadas adubações em cobertura.

Milho silagem

As precipitações beneficiaram lavouras entre as fases de desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos, que representam 21% do cultivo. A colheita ultrapassou 70% da área implantada e a redução de produtividade aproxima-se de 55%, com a produção de pouco mais de 16 mil kg/ha de massa verde a ser ensilada 

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, na região da Campanha, produtores continuaram utilizando parte das lavouras destinadas à produção de silagem para fornecimento direto aos animais, especialmente bovinos de leite. A ensilagem das lavouras está concluída apenas em Caçapava do Sul. Os principais municípios com cultivo do milho para silagem são Aceguá e Hulha Negra e o corte ainda está restrito às primeiras lavouras implantadas em outubro. Alguns produtores pretendem utilizar parte da produção para comercialização, com expectativa de grande demanda, devido à estiagem e pelo aumento de preços, acompanhando proporcionalmente os dos insumos. Na Fronteira Oeste, a colheita alcançou 55% da área cultivada, 10% está em maturação e 27% em enchimento dos grãos. 

Arroz

A ocorrência de chuvas, até em volumes elevados, nas regiões de maior produção do cereal, irá contribuir para melhorar a disponibilidade de água, para lavouras que demandam maior volume de irrigação, entre as fases de desenvolvimento vegetativo a enchimento de grãos, que representam 44% do total. Complementarmente, com 41% das lavouras em fase de maturação, produtores remanejaram os recursos hídricos para talhões mais atrasados. A colheita alcançou 14% e a produtividade é variável, com lavouras dentro da expectativa e outras com perdas de até 18%. 

Feijão 1ª safra

A colheita alcançou 61% das lavouras. A maior parte das regiões produtoras já encerrou a primeira safra e semeou a subsequente. A exceção é a região de Caxias do Sul, que é a de maior produção e onde apenas 3% foi colhido. A produtividade média no RS apresenta perdas de 28%, com perdas de cerca de 50% nas regionais de Soledade, Erechim e Frederico Westphalen e de 65% na de Ijuí.

Feijão 2ª safra

Os plantios de segunda safra vêm ocorrendo normalmente, com a expectativa de um bom estabelecimento da cultura, condicionada pela melhora das condições ambientais, especialmente a recorrência de chuvas e diminuição das temperaturas máximas nas principais regiões produtoras. 

Na regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, em decorrência da estiagem prolongada e da dificuldade de implantação de soja após a colheita de milho, parte dos agricultores optou pelo plantio da cultura de feijão segunda safra. Há expectativa que possa alcançar 10 mil hectares, em médios produtores, áreas mecanizáveis e com uso adequado de insumos. A projeção de rendimento é cerca de 1.500 quilos por hectare.

 Pastagens e criações

As precipitações propiciaram o retorno da umidade ao solo, possibilitando o rebrote das pastagens, tnatp cultivadas quanto nativas. Porém, em muitos locais, as pastagens não suportam o pastejo ainda. Nas regiões de solo raso, as áreas de campo nativo encontram-se secas e rapadas, sendo que apenas espécies invasoras, como o capim annoni, ainda apresentam coloração verde. O clima seco ainda está aumentando a incidência de pragas que normalmente ficam restritas as áreas de lavouras de grãos. 

Na Bovinocultura de Corte e também na de Leite, mesmo com ocorrência de chuvas, as altas temperaturas continuam a causar estresse térmico aos animais, que acabam reduzindo a alimentação, o que é agravado pela falta de pastagens e de água de qualidade para dessedentação. Apesar de estar ocorrendo o período reprodutivo, os índices de prenhes seguem baixos, também influenciados pelos efeitos da estiagem na baixa oferta de volumosos. Na Bovinocultura de Leite, o custo de produção segue elevado, considerando a necessidade maior de suplementação com rações, milho, feno e silagem.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Adriane Bertoglio Rodrigues

Sexta, 04 de Março de 2022
Microaçudes: Seapdr divulga manual operativo com regras para convênios com municípios
Microaçudes: Seapdr divulga manual operativo com regras para convênios com municípios Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) publicou em seu portal o manual operativo, que estabelece o regramento para os convênios que serão firmados entre a pasta e os municípios para execução de 6 mil microaçudes, previstos no âmbito do Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural. O manual está disponível para download em https://www.agricultura.rs.gov.br/avancar

Entre outros, o manual esclarece quais são os documentos necessários, apresenta os termos do convênio, informa qual o público-alvo, os critérios de distribuição dos microaçudes e ações do programa.

No portal, os gestores municipais podem conferir o manual e todo o check list de documentos que devem ser providenciados pelos municípios. A previsão é que, na segunda quinzena de março, os convênios sejam assinados, garantindo o repasse do valor correspondente à escavação de, em média, 12 microaçudes por município.

Os beneficiários serão agricultores e pecuaristas familiares, assentados da reforma agrária, comunidades indígenas e integrantes de comunidades remanescentes de quilombos. Serão priorizados os municípios atingidos pela estiagem na safra 2021/2022, com decreto de situação de emergência homologado pelo Estado, ainda que expirado o prazo do respectivo ato de homologação.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Divulgação/Seapdr

Sexta, 04 de Março de 2022
Balança comercial tem segundo maior superávit para meses de fevereiro
Balança comercial tem segundo maior superávit para meses de fevereiro Fonte: Agência Brasil

Depois de registrar déficit em janeiro, a balança comercial recuperou-se em fevereiro e teve o segundo maior resultado positivo para o mês. No mês passado, o país exportou US$ 4,049 bilhões a mais do que importou. O superávit só não foi maior que o de fevereiro de 2017, quando o país vendeu US$ 4,229 bilhões a mais do que comprou.

No primeiro bimestre deste ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 3,835 bilhões. Isso representa mais que o dobro do resultado obtido em janeiro e fevereiro do ano passado (US$ 1,616 bilhões), mas está longe do recorde de US$ 6,722 bilhões registrado nos dois primeiros meses de 2017.

No mês passado, o Brasil vendeu US$ 22,913 bilhões para o exterior e comprou US$ 18,864 bilhões. Tanto as importações como as exportações bateram recorde em fevereiro, desde o início da série histórica, em 1989. As exportações subiram 32,6% em relação a fevereiro do ano passado, pelo critério da média diária. As importações aumentaram 22,9% na mesma comparação.

Um dos principais responsáveis pela recuperação do saldo comercial foi a valorização das commodities (bens primários com cotação internacional), que subiram em fevereiro em meio ao acirramento das tensões entre Rússia e Ucrânia. A recuperação de algumas safras, principalmente a de soja, também contribuiu para o resultado.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 22,6%, enquanto os preços aumentaram 13,5% em média em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada caiu 2,5%, mas os preços médios subiram 30,9%.

Setores

Ao analisar o desempenho no setor agropecuário, a recuperação de safras pesou mais. O volume de mercadorias embarcadas aumentou 61,2% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2021, enquanto o preço médio subiu 31,8%. Na indústria de transformação, o volume subiu 16,9%, com o preço aumentando em nível parecido: 16,3%. Na indústria extrativa, que engloba exportação de minérios e de petróleo, a quantidade aumentou 11,1%, enquanto os preços médios caíram 3,1%.

Os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram trigo e centeio não moídos (+874,7%), café não torrado (+89,7%) e soja (+187,5%). Na indústria extrativa, os maiores crescimentos foram registrados em óleos minerais brutos (+114,1%), petróleo bruto (+74,2%) e minério de cobre (+19%).

Na indústria de transformação, os maiores aumentos ocorreram nos itens carne bovina congelada ou refrigerada (+81,8%), farelo de soja (+40,5%) e combustíveis (+290,1%).

Quanto às importações, os maiores crescimentos foram registrados nos seguintes produtos: cevada (+620%), na agropecuária; petróleo bruto (+109,6%) e gás natural (+280%), na indústria extrativa; e adubos ou fertilizantes químicos (+112,6%), na indústria de transformação.

Em relação aos fertilizantes, a alta deve-se principalmente ao aumento recente de preços. A quantidade importada caiu cerca de 7% em fevereiro na comparação com fevereiro do ano passado.

Estimativa

Para 2022, o governo prevê superávit de US$ 79,4 bilhões, valor parecido com o deste ano. A estimativa, no entanto, ainda não considera o impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia. A projeção só deverá ser revisada em abril.

As estimativas estão mais otimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 64,06 bilhões neste ano.

Fonte: Agência Brasil – Weltton Máximo

Imagem: Tânia Rêgo

Sexta, 04 de Março de 2022
PIB cresce 4,6% em 2021 e supera perdas da pandemia
PIB cresce 4,6% em 2021 e supera perdas da pandemia Fonte: Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) do país avançou 0,5% no quarto trimestre de 2021 e encerrou o ano com crescimento de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Esse avanço recuperou as perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia. O PIB per capita alcançou R$ 40.688 no ano passado, um avanço de 3,9% em relação ao ano anterior (-4,6%).

O PIB, soma dos bens e serviços finais produzidos no país, está 0,5% acima do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia de covid-19, mas continua 2,8% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.

Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Segundo o levantamento, o crescimento da economia foi puxado pelas altas nos serviços (4,7%) e na indústria (4,5%), que juntos representam 90% do PIB do país. Por outro lado, a agropecuária recuou 0,2% no ano passado.

De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, todas as atividades que compõem os serviços cresceram em 2021, com destaque para transporte, armazenagem e correio (11,4%). Segundo ela, o transporte de passageiros também subiu bastante, principalmente no fim do ano, com o retorno das pessoas às viagens.

“A atividade de informação e comunicação (12,3%) também avançou, puxada por internet e desenvolvimento de sistemas. Essa atividade já vinha crescendo antes, mas com o isolamento social e todas as mudanças provocadas pela pandemia, esse processo se intensificou, fazendo a atividade crescer ainda mais”, disse, em nota, Rebeca Palis.

Outras atividades de serviços (7,6%) também tiveram alta no período. “São atividades relacionadas aos serviços presenciais, parte da economia que foi a mais afetada pela pandemia, mas que voltou a se recuperar, impulsionada pela própria demanda das famílias por esse tipo de serviço”, acrescentou a pesquisadora.

Cresceram ainda comércio (5,5%), atividades imobiliárias (2,2%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade sociais (1,5%) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%).

Segundo o IBGE, na indústria, o destaque positivo foi o desempenho da construção que, após cair 6,3% em 2020, subiu 9,7% em 2021.

“As indústrias de transformação (4,5%), com maior peso no setor, também cresceram, influenciadas principalmente pela alta nas atividades de fabricação de máquinas e equipamentos; metalurgia; fabricação de outros equipamentos de transporte; fabricação de produtos minerais não metálicos; e indústria automotiva. As indústrias extrativas avançaram 3% devido à alta na extração de minério de ferro”, informou o IBGE.

A única atividade que não cresceu foi a de eletricidade, gás, água, esgoto, gestão de resíduos, que teve variação negativa de 0,1%, que indica estabilidade. “A crise hídrica afetou negativamente o desempenho da atividade em 2021”, explicou Rebeca Palis.

Fonte: Agência Brasil – Ana Cristina Campos

Quinta, 03 de Março de 2022
Ministra diz que Brasil tem fertilizantes até o início da próxima safra, em outubro
Ministra diz que Brasil tem fertilizantes até o início da próxima safra, em outubro Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse nesta quarta-feira (2) que o Brasil tem fertilizantes suficientes para o plantio até outubro e que o governo já trabalha desde o ano passado com alternativas para garantir o suprimento para o setor, no caso de escassez provocada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. 

“A safrinha de milho já está acontecendo, então o que precisava de fertilizantes já está garantido. A safra de verão, que será no final de setembro, outubro, é uma preocupação, mas também temos do setor privado a confirmação de que há um estoque de passagem suficiente para chegar até outubro”, disse a ministra, em conversa com jornalistas. 

O Brasil já trabalha na busca de novos parceiros para o caso de diminuir o recebimento de fertilizantes da Rússia e da Bielorrusia. Segundo a ministra, o Mapa tem um grupo de acompanhamento que conversa constantemente com as indústrias, com os produtores, com a parte de logística e de infraestrutura. “Temos que ter tranquilidade neste momento e estudar todos os cenários que podem acontecer”, disse. 

Além disso, a Embrapa estuda alternativas para aumentar a eficiência do plantio com o menor uso de fertilizantes. Também estão sendo trabalhadas estratégias de fomento e financiamento para aumento da produção de bioinsumos, fertilizantes organominerais, nanotecnologia e agricultura digital. “A agricultura brasileira é forte, vai continuar forte, e temos que dar as alternativas para ela continuar trabalhando”, ressaltou a ministra. 

O governo deve lançar nos próximos dias o Plano Nacional de Fertilizantes, elaborado desde o ano passado em parceria com outros ministérios e com a iniciativa privada, para reduzir a dependência do Brasil da importação de fertilizantes. “O Brasil precisa tratar esse assunto como segurança nacional e segurança alimentar. Então, esse Plano, que fizemos lá atrás, há um ano, sem prever nada disso, era que o governo pensava que nós deveríamos ter para que o Brasil, que é uma potência agroalimentar, tivesse um plano de pelo menos 50% a 60% de produção própria dos seus fertilizantes”, disse a ministra sobre o plano que deve ser apresentado ainda este mês.  

Importação

Atualmente, o Brasil é o quarto consumidor global de fertilizantes, responsável por cerca de 8% deste volume e é o maior importador mundial.  O Brasil importa cerca de 80% de todo o fertilizante usado na produção agrícola nacional. No caso do potássio, o percentual importado é de cerca de 95%. A Rússia é responsável por fornecer cerca de 25% dos fertilizantes para o Brasil. 

A Rússia é a maior exportadora mundial de fertilizantes, com praticamente US$ 7,0 bilhões exportados em 2020. É também a maior fornecedora do Brasil, com US$ 1,79 bilhão dos US$ 8,03 bilhões que importamos (2020).

Em relação aos fertilizantes potássicos, a Rússia é responsável por cerca de 20% da produção global e é origem de 28% das importações brasileiras. Já para os nitrogenados, o país é o segundo maior produtor global. Como fornecedor para o Brasil a Rússia participa com 21% dos nitrogenados e, no caso específico do nitrato de amônio, o país é praticamente o único fornecedor para o Brasil, segundo dados da Conab. 

Bielorrussia

As exportações de fertilizantes da Bielorrussia para o Brasil estão suspensas desde o início de fevereiro por causa do fechamento dos portos da Lituânia para o escoamento desse produto. Desde que soube que a Bielorrusia sofreria sanções econômicas dos Estados Unidos e da União Europeia, o governo brasileiro vem buscando alternativas para suprir a demanda do setor. 

A ministra Tereza Cristina esteve na Rússia no ano passado e no Irã em fevereiro deste ano negociando o aumento de exportações de fertilizantes para o Brasil. A estatal iraniana National Petrochemical Company (NPC) afirmou que o Irã poderá triplicar as exportações de ureia para o Brasil, chegando a 2 milhões de toneladas ao ano. No dia 12 março está prevista uma viagem da ministra para o Canadá para negociar o aumento das exportações de potássio para o Brasil. 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quinta, 03 de Março de 2022
Preparativos para 10ª Abertura da Colheita da Oliva seguem em Viamão
Preparativos para 10ª Abertura da Colheita da Oliva seguem em Viamão Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

A 10ª Abertura Oficial da Colheita da Oliva será nesta sexta-feira (04/03), a partir das 8h30, na Estância das Oliveiras em Viamão. No entanto, o movimento já é grande dentro da propriedade que vai sediar a abertura oficial da safra 2022, com a colheita e processamento de azeitonas para produção de azeite extravirgem ocorrendo a pleno vapor.

“A colheita esse ano vai ser espetacular em termos de qualidade e positiva em termos de quantidade. A gente está crescendo, vindo de 20 toneladas na safra 2021 para 25 toneladas na safra 2022”, projeta o diretor de relacionamento com mercado da Estância das Oliveiras, Rafael Sittoni Goelzer. As 25 toneladas projetadas para serem colhidas na propriedade devem gerar 2,5 mil litros de azeite extravirgem.

Rafael explica que a variação positiva entre uma safra e outra está baseada em dois fatores: no aumento de produtividade dos pomares mais antigos e no início de produção de árvores mais novas. “Nossos pomares são modulares: temos árvores com 15, oito, cinco e três anos. Então, a cada ano, naturalmente a gente vai ter uma produtividade maior, porque novos pomares vão entrando em produção. Isso acontece no estado do Rio Grande do Sul inteiro”, pontua.

Por causa da estiagem e a distribuição irregular de chuvas no Rio Grande do Sul, o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) avalia que a produção da safra 2022 ao menos se iguale à de 2021 no Estado, com 202 mil litros de azeite. O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de azeite extravirgem, concentrando 75% da produção brasileira.

Conforme dados da Radiografia Agropecuária Gaúcha 2021, publicação da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), o Estado contava, na safra passada, com 191 olivicultores, 6 mil hectares de área plantada – sendo 2.100 hectares em idade de colheita – e produção de 2 mil toneladas.

Entusiastas da olivicultura por influência do pai, Lucídio Morsch Goelzer, Rafael e o irmão André, mestre de lagar da Estância, cuidam de cerca de 5 mil árvores, em pouco mais de 25 hectares. “A olivicultura é interessante porque não necessita de grandes áreas disponíveis para ser economicamente viável. Isso abre um mercado para pequenas propriedades no Rio Grande do Sul voltadas a um cultivo perene. Com manejo e cuidado, uma oliveira pode chegar até os 100 anos ainda com alta produtividade”, analisa.

No processamento das azeitonas, a Estância foca na produção de azeite extravirgem, tendo conquistado duas medalhas de ouro no concurso EVO iOOC Itália de 2021. “A gente não quer produzir grande quantidade, a gente quer produzir com alta qualidade. O azeite tem uma peculiaridade que, diferente do vinho, quanto mais fresco, melhor. Por isso, consumir azeites locais, produzidos em sua região, certamente te trará melhor qualidade”, finaliza Rafael.

10ª Abertura Oficial da Colheita da Oliva

Evento promovido pela Seapdr, Ibraoliva e prefeitura de Viamão, a 10ª Abertura Oficial da Colheita da Oliva terá programação com início às 8h30, com estações técnicas e mostras de produtos da olivicultura. A solenidade de abertura ocorrerá às 10h30, com a presença de autoridades. Por questões sanitárias, a presença de público será limitada, e as inscrições devem ser feitas pelo WhatsApp (51) 98055-2536, ou pelo e-mail ibraoliva@ibraoliva.com.br.

A Estância das Oliveiras fica na Estrada Humberto Jaconi, 495 – RS 118, Km 32, Viamão.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias

Quinta, 03 de Março de 2022
Como os produtores podem tentar minimizar perdas da estiagem
Como os produtores podem tentar minimizar perdas da estiagem Fonte: ASCOM/Padrinho Conteúdo

A seca, mais uma vez, traz desolação às lavouras gaúchas. Conforme a Emater, na primeira semana de janeiro se contabilizavam 195 mil propriedades relatando perdas expressivas na produção. O calor e a falta de chuvas devem trazer R$ 19,7 bilhões em prejuízo para as lavouras de milho e soja, segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro) - que aponta 59,2% de quebra no milho sequeiro.

A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) encaminhou pedido de auxílio ao governo federal, solicitando crédito emergencial sem juros, flexibilização de garantias e ampliação automática do vencimento de operações vencidas por 180 dias. Mas até que algum socorro se concretize, como os produtores que não colheram o planejado podem minimizar seu prejuízo? Segundo o engenheiro agrônomo Delmir Jonatto, supervisor de campo da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar-RS, as situações precisam ser analisadas caso a caso, mas é possível colocar um pouco de dinheiro no caixa da propriedade. O milho perdido para a seca, por exemplo, pode ser convertido em silagem.

“Há uma demanda bastante forte por silagem e existem muitas lavouras em que as perdas foram de 80%, 85%. Uma opção é cortar esse milho e vender ou usá-lo na alimentação dos animais da propriedade”, sugere Jonatto.

Outra alternativa para reduzir despesas é a devolução de insumos e defensivos não utilizados.

“Muitos produtores compraram produtos para usar em uma safra normal. A compra antecipada é um bom negócio. Mas 50% desses insumos não chegaram a ser utilizados porque as plantas não estão aptas a recebê-los. Dependendo da situação, vale a pena negociar o excedente. Recomendo que o produtor veja o preço que pagou no produto, porque em 2021 houve uma variação cambial muito grande. Se comprou barato, fique com ele. Mas se não consegue pagar, o melhor é negociar o que sobrou com as cooperativas, revendas, distribuidores”, diz o agrônomo.

Uma terceira sugestão de Jonatto é investir em uma safrinha de milho, feijão ou soja. Nesse caso, porém, o agricultor teria mais uma vez que contar com a boa vontade do clima.

“Não sabemos como o tempo vai se comportar daqui para a frente. Mas se a safra de verão está perdida, uma safrinha poderia ajudar a ressarcir uma parte dos custos, abonar um pouco do prejuízo”.

Planejamento

Mas na avaliação de Jonatto é essencial que os produtores criem a mentalidade de se preparar para secas futuras. Ele garante que um pouco de planejamento e boas práticas podem ajudar a retardar ou reduzir os danos trazidos pela falta de chuvas. 

“Além de armazenar água da chuva, construir cisternas, temos de voltar a tratar o solo como um depósito de água. Claro, em uma estiagem como essa, nem solos que tem armazenado água tem aguentado, mas em secas menores, que ocorrem em outros anos, dá uma diferença significativa. As plantas aguentam bem 10 dias sem chuva”, diz o especialista.

Conforme Jonatto, a intensidade de produção deixa os solos compactados, dificultando a absorção da água. O tratamento adequado, com uso de palhada, e a rotação de culturas ajudam a terra a recompor sua característica natural.

“A rotação de plantas leva raízes diferentes para o solo. As mais ‘agressivas’ conseguem penetrar mais fundo na terra e, no momento em que apodrecem, criam pequenos canais para levar água para as camadas mais profundas”, explica.

Nesse sentido, o supervisor de campo sugere que os produtores avaliem a possibilidade de investir em culturas de inverno, como triticale, centeio, aveia e cevada para silagem.

“É uma oportunidade de o produtor ter renda no inverno e de trabalhar para uma boa estruturação do solo”, finaliza.

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura/Senar

               ASCOM/Padrinho Conteúdo - Tatiana Py Dutra

Quinta, 03 de Março de 2022
Mercado eleva para 5,6% previsão de inflação deste ano
Mercado eleva para 5,6% previsão de inflação deste ano Fonte: Agência Brasil

O mercado financeiro aumentou pela sétima vez consecutiva a previsão de inflação para 2022. Segundo projeção do boletim Focus, divulgado hoje (2) pelo Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2022 em 5,6%. Há uma semana, a projeção do mercado era que a inflação ficasse em 5,56% este ano. Há quatro semanas, a previsão era 5,38%.

Para 2023, o mercado também elevou a expectativa em relação à evolução do IPCA. Há quatro semanas, a projeção era de inflação de 3,5% no próximo ano, mas a desta semana
foi para 3,51%. Já para 2024, o mercado elevou a estimativa para 3,1%, ante os 3,09% projetados na semana passada.

Divulgado semanalmente, o boletim Focus reúne as projeções do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Na projeção desta semana, o Focus manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços) registrada há sete dias, de 0,3%, em 2022. Esta é a quarta semana consecutiva que o mercado mantém a projeção de crescimento da economia em 0,3%.

Para 2023, o Focus também registrou a mesma expectativa de PIB da semana passada, de 1,5%. Há quatro semanas, estimava-se que o PIB crescesse 1,55%. Para 2024, a projeção manteve-se estável, ficando em 2%.

Taxa de juros e câmbio

O mercado manteve em 12,25% a previsão para a taxa básica de juros, a Selic. Há quatro semanas, a projeção era de 1,75%.

Em fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom), aumentou a taxa de juros de 9,25% para 10,75% ao ano. Em comunicado, o Copom indicou que continuará a elevar os juros básicos até que a inflação esteja controlada no médio prazo.

Para o fim de 2023, o mercado estima que a taxa básica de juros caia para 8% ao ano. Para 2024, a previsão é de Selic em 7,25% ao ano, ante os 7,38% da projeção da semana anterior.

A expectativa do mercado para a cotação do dólar neste ano ficou em R$ 5,50, a mesma da semana anterior. Para 2023, a previsão também diminuiu, passando de R$ 5,36 para R$ 5,31. Para 2024, a estimativa é R$ 5,30, mesmo valor projetado na semana passada.

Fonte: Agência Brasil – Luciano Nascimento

Imagem: José Cruz

Sexta, 25 de Fevereiro de 2022
Farsul promove reunião para debater impactos da seca
Farsul promove reunião para debater impactos da seca Fonte: Divulgação Sistema Farsul

Os reflexos da seca na economia do estado e as medidas necessárias para mitigar esses impactos foram discutidos na tarde desta quinta-feira (24/2) na sede da Farsul. O encontro, que teve formato híbrido, contou com a participação do Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, parlamentares federais e estaduais, prefeitos, presidentes de sindicatos rurais e representantes de entidades representativas do setor.
O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, abriu o encontro lamentando o atual cenário após uma safra anterior exitosa. "Ano passado alcançamos o posto de segundo estado produtor de alimentos, neste devemos cair para quarto", avaliou. "Temos que negociar para reduzir as perdas e ainda teremos um Plano Safra reduzido. Além disso, os custos aumentaram 50% e agora a Rússia invade a Ucrânia podendo impactar nos preços dos fertilizantes", completou.
Gedeão considera que a safra de inverno possa ser favorecida pelas previsões de uma manutenção do fenômeno climático La Niña até o final do ano. Além disso, o surgimento de um conflito no Leste Europeu pode impactar no preço do trigo. "Porém, temos que encontrar um caminho para que o agricultor se mantenha viável", disse.
O economista-Chefe do Farsul, Antônio da Luz, apresentou um levantamento feito pela Federação sobre o impacto da estiagem na economia gaúcha. "Este choque vai reverberando em toda economia. Dos 67 anos setores que a formam, 63 são afetados diretamente. A perda equivale a 4,31 vezes a capacidade de armazenamento da Fecoagro. No total, serão R$ 115,7 bi a menos, uma queda de 8% do PIB sendo", explicou.
A CNA vem trabalhando na busca por soluções para os estados afetados pela seca ou pelo excesso de chuvas, conforme explicou o diretor Técnico da Confederação, Bruno Lucchi. A estimativa da Confederação é que sejam necessários entre R$ 2,9 bi e R$ 3 bi para o Plano Safra. O desafio está em conseguir esses recursos. Conforme Lucchi, são duas ações pincipais trabalhadas pela CNA atualmente. A primeira é a sensibilização do relator-geral do Orçamento 2022, deputado Hugo Leal, e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira para a recomposição do orçamento do crédito rural. A outra é uma Medida Provisória para crédito suplementar que não fure o teto de gastos.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Bastos Filho, comentou que o trabalho atual está em conseguir realocar valores de outros ministérios para garantir recursos que cubram as renegociações e viabilizam o crédito para a próxima safra.
O Governador Eduardo Leite lamentou a situação. Ele reconheceu os esforços feitos pelo Mapa junto ao Ministério da Economia para reduzir as perdas dos produtores. "Isso que a gente quer, a sobrevivência para a próxima safra", garantiu. Leite, tocou em um ponto que vem sendo fortemente trabalhado pela Farsul que é a reservação de água nas propriedades por meios de um plano estruturado. "Ninguém quer crescer à custa da degradação ambiental. Mas não pode acontecer a negativa de reservação de água para a produção de alimentos", destacou.

Fonte: Divulgação Sistema Farsul

Imagem: Gerson Raugust

Sexta, 25 de Fevereiro de 2022
Soja apresenta 1% da área total cultivada colhida no Estado
Soja apresenta 1% da área total cultivada colhida no Estado Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

A cultura da soja avança no ciclo de desenvolvimento e 1% das áreas já foram colhidas e 10% está em maturação, 55% em enchimento de grãos, 28% em floração e 6% em germinação e desenvolvimento vegetativo. De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e publicado nesta quinta-feira (24/02) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr), a cultura apressa o ciclo com a estiagem e as perdas se intensificaram em regiões onde não ocorreram precipitações. Lavouras em estágios reprodutivos são as mais críticas no momento, representando 83% do total implantado.
 

Assim como avança o ciclo e a colheita do milho, intensificam-se as perdas. Do total implantado na safra, 57% estão colhidos, 20% em maturação, 12% em enchimento de grãos, 6% em floração e 5% em germinação e desenvolvimento vegetativo. A redução na produtividade reflete em menor estoque do produto no Estado, trazendo problemas de abastecimento para produtores de proteína e de gado de leite.

A colheita da safra de arroz chegou a 8% das áreas implantadas no Estado, outros 25% estão em maturação, 41% enchimento de grãos, 23% em floração e 3% em germinação e desenvolvimento vegetativo.  

 OLERÍCOLAS 

Em Maçambará, na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, a maioria das hortas destinadas à produção para autoconsumo está abandonada, pois não existe condição de manter o desenvolvimento das plantas sem o uso da irrigação frente às altas temperaturas e ao nível reduzido de umidade no solo. Em Quaraí, além da dificuldade na produção de alface causada pela escassez de água para irrigação e pelas altas temperaturas, os produtores relatam infestações significativas de trípes, inseto de difícil controle devido ao tamanho reduzido e a grande capacidade de reprodução nas condições climáticas predominantes, de baixa umidade relativa do ar e calor intenso.

Na regional de Erechim, as altas temperaturas favorecem a incidência de tripes e mosca branca, diabrotica, dificultando a produção de folhosas como alface, radiche, rúcula, salsa, bem como repolho, couve-flor e brócolis.

Na de Ijuí, os cultivos de olerícolas ficam cada vez mais comprometidos pela falta de água destinada a irrigação das culturas. Com os pequenos riachos e reservatórios de menor volume de reservação sem possibilidade de captação de água, os produtores vêm utilizando água de poços artesianos para evitar a morte das plantas. O clima mais ameno, principalmente à noite, está beneficiando o desenvolvimento de oídio nas culturas do pepino, tomate, abóboras e pimentões. A incidência prolongada do ataque de tripés vem causando transmissão de viroses em alface e comprometendo o desenvolvimento das plantas. 

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural - POR TALINE SCHNEIDER/EMATER/RS-ASCAR

Imagem: Carina Venzo Cavalheiro/Emater/RS-Ascar