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Sexta, 25 de Fevereiro de 2022
CNA defende medidas orçamentárias para produtores impactados pelas secas e chuvas
CNA defende medidas orçamentárias para produtores impactados pelas secas e chuvas Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia publicou, na terça (22), a Portaria nº 1.666, que determinou o remanejamento de R$ 925 milhões para ações orçamentárias de subvenção na forma de equalização de taxas de juros.

Essa realocação permitiu a retomada das contratações de operações de financiamento rural subvencionado na linha de custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), conforme o Ofício nº 788/2022, do Ministério da Economia, enviado às instituições financeiras.

Entretanto, as demais operações de crédito rural que demandam alguma subvenção em equalização de taxas de juros continuam suspensas até o final de março.

Na avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a medida não viabiliza as renegociações dos financiamentos dos produtores rurais que tiveram a produção severamente impactada pelas condições climáticas adversas ao longo da safra 2021/2022.

Para viabilizar a retomada das contratações de custeio para os demais produtores e dos programas de investimento, assim como as renegociações de prazos, o governo estima que são necessários mais R$ 4,7 bilhões.

Os R$ 925 milhões são provenientes das seguintes ações orçamentárias: R$ 500 milhões da subvenção econômica em operações do Programa de Financiamento às Exportações (Proex); R$ 10 milhões da subvenção econômica em operações de comercialização de produtos agropecuários; e R$ 415 milhões para a subvenção econômica para garantia e sustentação de preços na comercialização de produtos agropecuários.

Desde janeiro, a CNA tem mobilizado os parlamentares, o Ministério da Economia e o Ministério da Agricultura para que sejam implementadas medidas emergenciais para recomposição do orçamento destinado às equalizações de taxas de juros no crédito rural.

A recomposição orçamentária é uma das prioridades do Sistema CNA desde o início do ano, uma vez que a escalada da taxa Selic aumentou significativamente a necessidade de recursos para as equalizações de taxas de juros, comprometendo a disponibilidade de crédito rural nas agências bancárias.

A CNA e as Federações de Agricultura e Pecuária dos estados continuam mobilizando os parlamentares para negociar com o relator geral do Orçamento 2022, deputado Hugo Leal (PSD/RJ), e com o governo, a destinação de uma parte dos recursos da emenda de relator.

Além disso, a Confederação defende a edição urgente de uma Medida Provisória para suplementação orçamentária, visando à retomada das contratações de crédito rural em 2022, ao lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2022/2023 e às renegociações das operações de financiamentos dos produtores impactados pela seca e pelo excesso de chuvas.

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura - Assessoria de Comunicação

Foto: Wenderson Araujo/Trilux

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Sexta, 25 de Fevereiro de 2022
Alimentos brasileiros agradam a chefes internacionais na Expo Dubai
Alimentos brasileiros agradam a chefes internacionais na Expo Dubai Fonte: Agência Brasil

Açaí, mandioca, cupuaçu, castanha, cacau e pirarucu. Ingredientes tipicamente brasileiros fizeram sucesso entre os chefes internacionais que participaram do cooking show, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O evento contou com a presença, na última quarta-feira (23), do estrelado chefe de cozinha paraense Thiago Castanho no Pavilhão Brasil na Expo, que tem como principal organizadora a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

O chefe de cozinha canadense Philippe Cameron participou da maioria dos eventos brasileiros e adorou tudo que provou. “Achei incrível e diversificado. Com diferentes biomas, diferentes comidas. Eu aprendi tanto sobre as diferentes regiões e o que há para oferecer no Brasil, é tudo fresco e variado”, disse ele. De acordo com a organização do evento, 70% dos visitantes, no geral, são de outras nacionalidades.

Além de Cameron, entre o público presente estavam diversos especialistas no assunto. “Chamamos todos os representantes do setor Horeca, que é hotéis, restaurantes, caterings, porque a gente quer que eles incorporem ingredientes brasileiros em suas receitas. Além de influencers e jornalistas daqui (Dubai) para que também possam promover a gastronomia e os produtos brasileiros”, disse Luciana Furtado, analista de negócios da Apex.

Na quinta edição do cooking show na Expo, o alimento promovido foi a mandioca, com receitas do chefe Thiago Castanho. “A gente já sabia que mandioca era a espinha dorsal da gastronomia brasileira quando se fala da internacionalização da gastronomia. Daí a gente decidiu, no contexto da Amazônia, trazer a mandioca com o chefe que é notadamente conhecido como um dos principais da Amazônia. Ele (Thiago Castanho) faz entrada, com prato principal e sobremesa utilizando a mandioca”, explica Rafaela Albuquerque, analista de agronegócios da Apex.

Para Thiago Castanho, além de promover os ingredientes, é necessário mostrar a cultura nacional e a base dessa produção. “Como o brasileiro consome? Quem é que produz? Como é que vivem as pessoas que estão lá na base fazendo a farinha ou a castanha? Comida cultural. O que move o Brasil, não é uma grande indústria, são pequenas famílias que passam suas receitas de geração para geração. Não são fazendas gigantes que fazem isso”, explicou.

O projeto de gastronomia da Apex inclui um conjunto de ações estruturadas para apoiar a imagem do Brasil nesse setor. Apesar de ter a Expo como principal plataforma, o objetivo é promover o evento em outras feiras internacionais.

* A repórter Fernanda Cruz e o fotógrafo Tomaz Silva viajaram a convite da Apex-Brasil

Fonte: Agência Brasil – Fernanda Cruz

Imagem: Tomaz Silva

Sexta, 25 de Fevereiro de 2022
Santiago é a próxima parada do Fórum ‘De onde virão os terneiros?’
Santiago é a próxima parada do Fórum ‘De onde virão os terneiros?’ Fonte: SENAR-RS

Seminário e Dia de Campo terão foco na redução de perdas trazidas pela estiagem

107ª etapa do evento será realizada nos dias 17 e 18 de março

A diminuição da oferta de pasto e a queda da qualidade nutricional do volumoso, em função da seca, já se reflete em menor ganho de peso e no desempenho do rebanho bovino gaúcho. O racionamento de água e comida também pode impactar o desempenho reprodutivo das vacas e dos terneiros que ainda amamentam e estão em fase de desenvolvimento. O quadro é delicado, mas também apropriado para traçar estratégias que permitam reduzir as perdas.

Nesse cenário, chega a primeira edição de 2022 do Fórum “De onde Virão os Terneiros”, que chega à sua 107ª etapa. O evento será realizado nos dias 17 e 18 de março, em Santiago, na região Centro do Estado.

“O evento chega em momento apropriado. Claro, o ideal é antecipar qualquer problema para evitar prejuízos, mas ainda dá tempo para traçar estratégias para reduzir impactos que essa estiagem está trazendo para o produtor. Então, vamos tratar de temas como  suplementação, sobre formas de substituição [alimentar] frente à baixa oferta de pastagens. Já que não há mais pasto em alguns locais, a gente está fadado já em feno, silagens, são estratégias par”, avalia o técnico em Formação Profissional Rural do Senar-RS, Pedro Faraco.

Como já é tradicional, o primeiro dia de atividades consistirá na visitação de três propriedades rurais do município. Elas são consideradas destaques dentro da realidade da região e cujas práticas possam inspirar os demais participantes

“Lá, vamos mostrar modelos produtivos, sistemas de produção que os visitantes podem aplicar em suas realidades”, antecipa Faraco.

O segundo dia de evento é composto por palestras e mesas redondas sobre temas considerados cruciais para os produtores regionais ligados ao Sindicato Rural de Santiago, como manejo sanitário, alimentação, cria e recria. Os palestrantes são professores e pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

“Em um momento delicado, é importante reduzir as perdas usando estratégias, planejamentos e tecnologias que estão aí para auxiliar o produtor”, resume Faraco.

Os produtores interessados em participar podem entrar em contato com o Sindicato Rural de Santiago pelo (55) 3251-2122.

107ª ETAPA FÓRUM PERMANENTE DO AGRONEGÓCIO - DE ONDE VIRÃO OS TERNEIROS?

Informações: Sindicato Rural de Santiago, (55) 3251-2122

Programação Dia de Campo - 17 de março

8h - Fazenda Capão do Leão - Propriedade de Carlos Alvim de Oliveira (BR-287, Km 418, 4º Distrito)

10h - Fazenda Querência - Propriedade de Lúcio Rigon Stacowski (BR-287, Km 414)

12h - Almoço no Parque de Exposições Sylvio Ferreira Aquino (BR-287, Km 413)*

14h30 - Agropecuária Jacarandá - Propriedade de Douglas Uberti Rebelo (RS-377, Estrada Florida)

17h - Encerramento

Programação Seminário - 18 de março

(Grêmio de Subtenentes e Sargentos Guarnição Santiago)

8h - Cadastramento

8h15 - Abertura oficial

8h30 - "Rodeios de cria: a base da pecuária sustentável" - Prof. José Fernando Piva Lobato, Ph.D, do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Agronomia da UFRGS

10h - Intervalo

10h15 - "Intensificação sustentável da pecuária de cria" - Eng. Agr. Cristiano Gotuzzo, instrutor do Senar-RS (Cooplib)

11h - "Benefícios da integração lavoura-pastos-pecuária" - Profa. Dra. Amanda Posselt, do Departamento de Solos da UFRGS

11h45 - Mesa redonda - Primeiro painel

12h30 - Almoço*

14h - "Eficiência na recria visando mais e melhores terneiros" - Prof. Dr. Ricardo Zambarda Vaz, do Departamento de Zootecnia da UFSM, campus de Palmeira das Missões

14h45 - "Manejos auxiliares e de controle do carrapato: experiências práticas da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar-RS" - Med. Vet Iuru Pioly Marmitt (Me),supervisor de campo da ATeG (Gestão Avançada Consultores Ltda)

15h30 - Mesa redonda - Segundo Painel

17h - Encerramento

*Almoço gratuito no local

Fonte: senar-rs.com.br – Assessoria de Comunicação

Quinta, 24 de Fevereiro de 2022
10ª Abertura da Colheita da Oliva ocorre em Viamão
10ª Abertura da Colheita da Oliva ocorre em Viamão Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

A Estância das Oliveiras, localizada em Viamão, receberá, dia 4 de março (sexta-feira), a 10ª Abertura da Colheita da Oliva. A promoção é da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) e da Prefeitura do município. A programação inicia a partir das 8h30, com estações técnicas e mostras de produtos da olivicultura, mas a solenidade de abertura ocorrerá às 10h30, com a presença de autoridades. Por questões sanitárias, a presença de público será limitada, e as inscrições devem ser feitas pelo WhatsApp (51) 98055-2536, ou pelo e-mail ibraoliva@ibraoliva.com.br.

De acordo com o coordenador do Programa Estadual de Desenvolvimento da Olivicultura (Pró-Oliva), Paulo Lipp João, a Emater/RS-Ascar, a Seapdr e o Ibraoliva estão realizando um levantamento nos 497 municípios do Rio Grande do Sul para atualizar o número exato de olivicultores existentes. “Esse estudo deve ser concluído no final de maio. Mas, segundo dados de 2021, 191 produtores plantam oliveiras em 6 mil hectares, sendo que 2.100 árvores estão em idade de colheita”, esclarece.

Lipp conta ainda que o setor já possui 15 indústrias de extração de azeite extravirgem e cerca de 50 marcas de produtores gaúchos. “E a maior parte da olivicultura está nas regiões da Campanha, da Serra do Sudeste e da Depressão Central”, complementa.

 

Serviço:

O quê: 10ª Abertura da Colheita da Oliva

Quando: dia 4 de março (sexta-feira)

Horário: a partir das 8h30

Onde: Estância das Oliveiras. Estrada Humberto Jaconi, 495 – RS 118, Km 32, Viamão

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural - DARLENE SILVEIRA

Imagem: Fernando Dias/Seapdr

Quinta, 24 de Fevereiro de 2022
Estudo demonstra impactos socioeconômicos da recuperação de pastagens pelo Plano ABC
Estudo demonstra impactos socioeconômicos da recuperação de pastagens pelo Plano ABC Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O primeiro estudo sobre a influência do Plano ABC na economia nacional mostra que a tecnologia de recuperação de pastagens gerou um aumento de 0,31% do PIB, o que equivale a R$ 17 bilhões no período analisado entre 2010 e 2018 (com base nas variáveis macroeconômicas a partir de 2015). Os números fazem parte do estudo realizado por pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), a partir de edital do Mapa em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). 

O estudo leva em consideração exclusivamente a tecnologia de recuperação de pastagens, uma das sete implementadas no Plano ABC. Foram considerados 20 milhões de hectares de pastagens recuperadas, identificados em imagens de satélite do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

A diretora de Produção Sustentável e Irrigação do Mapa, Mariane Crespolini, explica que as contribuições da tecnologia são socioeconômicas, já que permitiram, além dos ganhos ambientais, o aumento da renda do produtor rural, do consumo das famílias, dos empregos, dos salários e da arrecadação tributária. Também foram observadas altas da produtividade nas pecuárias de corte e de leite.

“O estudo validou o tripé social, ambiental e financeiro das ações de produção sustentável desenvolvidas pelo Plano ABC. Antes de termos esse resultado, o Plano mostrava a mitigação de carbono. Só que é muito mais do que isso: nós mitigamos carbono, geramos mais empregos, mais impostos. Tivemos um efeito muito positivo na economia e na vida das pessoas. Esse é o verdadeiro sucesso do ABC”, destaca Mariane, que acompanhou o estudo e é doutora em Desenvolvimento Econômico.

Política pública que fomenta a redução das emissões gases de efeito estufa na agropecuária, o Plano ABC ainda é composto por outras seis tecnologias: integração lavoura-pecuária-floresta; sistemas agroflorestais; sistema plantio direto; fixação biológica de nitrogênio; florestas plantadas; tratamento de dejetos animais. Realizado entre 2010 e 2020, o ABC mitigou cerca de 170 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em uma área de 52 milhões de hectares. 

Agora, a partir da mesma metodologia, será realizado um estudo para as áreas atendidas com a tecnologia de irrigação do ABC+. Esta é a segunda etapa do Plano ABC, que acrescentou a irrigação como tecnologia para uma produção sustentável no agro brasileiro. A meta é reduzir a emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário em uma área de 72,68 milhões de hectares até 2030. O valor é sete vezes maior do que o plano definiu em sua primeira etapa na década passada.

Impacto na política agrícola e na sociedade

Já em relação especificamente ao retorno do Programa ABC, o estudo apresentou que o impacto social da recuperação de pastagens foi de 56%. O que equivale a 6,5% de valor real ao ano, descontada a inflação. 

O Programa ABC é a linha de crédito do Plano Safra com taxa de juros subsidiada para financiar investimentos em tecnologias e sistemas de produção que contribuem para promover uma atividade agropecuária mais adaptada às mudanças climáticas e também mitigadora de gases de efeito estufa.

“O estudo mostra que vale a pena investir num modelo em que a gente disponibiliza uma linha de crédito com taxas de juros mais baixa que as de mercado, e que há um retorno para a economia”, destacou o Secretário de Política Agrícola, Guilherme Bastos.

O estudo ainda confirma o papel das políticas públicas como impulsionadoras de práticas ASG (Ambiental, Social e Governança), o que deve receber um olhar atento pelas empresas em acelerar ainda mais esses resultados, conforme avaliação de Bastos. “É uma situação de ganha-ganha”.

Além das simulações de impactos econômicos e sociais, o estudo também apresentou a intensidade das emissões de gases de efeito estufa. Ao considerar o sequestro de carbono no solo, processo que ocorre em áreas bem manejadas da produção agropecuária, para a pecuária de corte houve uma redução de 9,67% das emissões por quilo de carne produzido. Para a pecuária de leite, a redução foi de 5,86% por litro produzido.

Outra observação que o estudo traz é relativo à utilização de mão de obra nas atividades produtivas: a intensificação sustentável da produção exige uma mão de obra mais qualificada, o que é considerado positivo. Porém, complementarmente, são necessárias políticas públicas que promovam a qualificação daqueles trabalhadores que já estavam empregados em sistemas de modelo extensivo, avalia Mariane Crespolini como oportunidade para a ampliação da capacitação no campo.

Metodologia

O estudo se inicia com o isolamento do efeito de ganho de produtividade a partir da avaliação da área recuperada com base de imagens de satélite. Assim, são criados cenários e os pesquisadores fazem um recorte da economia considerando o ganho de produtividade que houve da recuperação das pastagens. A premissa da qual se parte é: como seria se a pecuária continuasse com aquela produtividade sem recuperar o pasto? 

Tecnicamente, se isola o efeito de ganho da produtividade da agropecuária na matriz econômica do país. Então o raciocínio deve ser o seguinte: se o produtor produz mais na mesma área, ele acaba utilizando mais insumos, contratando um maior número de profissionais, gerando mais e melhores empregos na região, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos trabalhadores. Isso tudo traz retornos econômicos e sociais para a região. 

O processo de análise dos dados envolve os 124 setores da economia nacional a partir de uma matriz baseada no modelo de equilíbrio geral computacional, teoria mundial reconhecida e muito utilizada para mensurar o resultado de políticas públicas.

“Nós aplicamos a política, mensuramos os resultados para podermos realizar os modelos econômicos. É uma questão de avaliar a política desenvolvida, ver os resultados dela na prática para pode melhorar”, finalizou Crespolini.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Lara Aliano

Quinta, 24 de Fevereiro de 2022
CNA orienta produtores sobre acesso à plataforma de governança territorial
CNA orienta produtores sobre acesso à plataforma de governança territorial Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) elaborou um comunicado técnico para auxiliar os produtores rurais a acessarem a Plataforma de Governança Territorial do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Em um passo a passo, a CNA orienta o produtor sobre como proceder para solicitar a titulação do seu imóvel rural.

“A plataforma é a integração de soluções de inteligência territorial com ferramentas tecnológicas para apoiar a regularização fundiária, promover sustentabilidade e levar segurança jurídica ao produtor rural", afirma a Confederação no comunicado.

Desenvolvida em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a plataforma oferece serviços de consulta de dados, emissão de documentos, solicitação de títulos de propriedade, atualização de dados e acompanhamento de requerimentos para regularização fundiária em ocupantes de áreas rurais da União e assentamentos da reforma agrária.

A ferramenta agiliza e simplifica o atendimento ao cidadão, acelera a entrega dos títulos sem pendências e o acompanhamento da titulação em terras públicas e assentamentos da reforma agrária, possibilitando a unificação das bases de dados do Incra e a automatização dos processos.

Dentro da plataforma é possível encontrar uma série de serviços como, por exemplo, solicitar título de assentamento, título de regularização fundiária, atualizar o Cadastro de Imóvel Rural (SNCR), emitir o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), emitir certidão de assentado e certificar o imóvel rural.

Além das orientações em relação ao acesso, a CNA dá informações importantes ao produtor sobre legislação fundiária.

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura - Assessoria de Comunicação CNA
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Quinta, 24 de Fevereiro de 2022
Desemprego recua na maioria dos estados em 2021
Desemprego recua na maioria dos estados em 2021 Fonte: Agência Brasil

Dados do resultado trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) mostram que 19 das 27 unidades da federação apresentaram recuo na taxa média anual de desemprego, três apresentaram estabilidade e cinco alta. A taxa média anual de desemprego caiu de 13,8% em 2020 para 13,2% em 2021, e esse movimento de queda foi acompanhado pela maior parte das regiões.

Os dados foram divulgados hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A média anual de desemprego de 2021 ainda é a segunda mais alta desde o início da série em 2012, ficando atrás somente de 2020.

A exceção entre as regiões foi a Norte, que teve alta de 0,6 ponto porcentual, passando de 12,5% em 2020 para 13,1% em 2021. O Nordeste se manteve estável, mas ainda assinala a maior taxa do país, fechando 2021 em 17,1%.

A região Sul foi a única cuja média anual se equiparou ao índice pré-pandemia da covid-19, com 7,8%, a menor taxa de desocupação anual média do país, após registrar 8,7% em 2020. E o Centro-Oeste vem se aproximando do patamar de 2019 (10,3%), estando em 10,7% em 2021, após chegar a 12,1% em 2020.

“Todas as regiões mostraram expansão no contingente de trabalhadores, o que contribui para a redução da taxa de desocupação em 2021, mas apenas a Sul se encontra com esse indicador abaixo do de 2019, ano anterior ao da pandemia”, disse, em nota, a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

Entre as unidades da federação, três apresentaram estabilidade ou ficaram próximas dela na média anual da taxa de desocupação em 2021: Acre (15,3%), Paraíba (14,8%) e Ceará (13,4%). Já os que apresentaram alta foram Pernambuco (de 17,2% em 2020 para 19,9% em 2021), Amapá (de 15% para 16,6%), Piauí (de 13,2% para 13,6%), Tocantins (de 12,0% para 13,3%) e Pará (de 10,6% para 12,56%). Todos os demais estados tiveram queda em suas taxas.

No quarto trimestre de 2021, a desocupação ficou em 11,1% no país, caindo 1,5 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre de 2021 (12,6%) e 3 pontos frente ao mesmo trimestre de 2020 (14,2%). Todas as regiões tiveram queda na taxa ante o trimestre anterior, sendo que a Nordeste (17,6%) se manteve com o maior índice. Além disso, houve queda no desemprego em 15 unidades da federação, sendo as maiores em Alagoas e Sergipe.

As maiores taxas de desocupação foram as do Amapá (17,5%), Bahia (17,3%) e Pernambuco (17,1%). As menores foram observadas em Santa Catarina (4,3%), Mato Grosso (5,9%) e Mato Grosso do Sul (6,4%).

Ainda no quarto trimestre de 2021, a distribuição dos desocupados nos grupos de idade de 25 a 39 anos (35,2%) e de 18 a 24 anos (30,8%) apresentou patamar superior ao estimado nos outros grupos etários.

População ocupada

A população ocupada, de 95,7 milhões de pessoas no quarto trimestre de 2021, era composta por 66,9% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4% de empregadores, 27,1% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2% de trabalhadores familiares auxiliares. Nas regiões Norte (33,9%) e Nordeste (30,5%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado nas demais regiões.

No setor privado, 73,5% dos empregados tinham carteira de trabalho assinada, sendo que as regiões Norte (59,4%) e Nordeste (56,9%) apresentaram as menores estimativas desse indicador. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 24,6% tinham carteira de trabalho assinada. No mesmo trimestre de 2020, essa proporção havia sido de 25,6%.

Dentre as unidades da federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (87,9%), São Paulo (81,5%), Rio Grande do Sul (80,9%) e os menores no Piauí (48,6%), Maranhão (50,0%) e Pará (51,1%).

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 27,1%. Os maiores percentuais ficaram com as regiões Norte (33,9%) e Nordeste (30,5%). As unidades da federação com os maiores percentuais foram o Amapá (38%), Amazonas (36,2%) e Pará (35,0%) e os menores o Distrito Federal (20,9%), Mato Grosso do Sul (23,6%) e São Paulo (23,7%).

A taxa de informalidade no quarto trimestre de 2021 ficou em 40,7% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (62,7%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (58,7%) e as menores, com Santa Catarina (27,3%), São Paulo (31,2%) e Rio Grande do Sul (33,0%).

Rendimentos

O rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos de idade ou mais com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.447. Esse resultado apresentou redução de 3,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.538) e de 10,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.742).

Na comparação entre o terceiro e o quarto trimestre de 2021, apenas a Região Centro-Oeste apresentou estabilidade e as demais tiveram queda. Em relação ao quarto trimestre de 2020, todas as regiões apresentaram queda do rendimento médio.

Fonte: Agência Brasil – Ana Cristina Campos

Quinta, 24 de Fevereiro de 2022
Clima Econômico do Brasil é o pior entre dez países latinos, diz FGV
Clima Econômico do Brasil é o pior entre dez países latinos, diz FGV Fonte: Agência Brasil

O Índice de Clima Econômico (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 2,8 pontos no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior. Com isso, o indicador, construído com base na avaliação de especialistas em economia do país, chegou a 60,6 pontos em uma escala de 0 a 200 pontos.

É o pior resultado desde o segundo trimestre de 2020 (40,8 pontos). A queda foi puxada pelo recuo de 39,1 pontos no Índice da Situação Atual, que mede a opinião dos especialistas em relação ao presente, e que atingiu 15,4 pontos. O Índice de Expectativas, que mede a avaliação em relação ao futuro, por outro lado, subiu 42,7 pontos e chegou a 115,4 pontos.

O ICE também é medido em outros países da América Latina, sempre com base na opinião de especialistas desses locais. O ICE brasileiro ficou abaixo da média da região (79 pontos) e teve o pior desempenho entre as dez nações latino-americanas. No trimestre anterior, a Argentina ocupava a última posição.

O melhor índice ficou com o Uruguai (135,4 pontos), seguido por Paraguai (113,6 pontos), Colômbia (109,4 pontos), Equador (93,7 pontos) e México (81,3 pontos).

Ficaram abaixo da média latino-americana, além do Brasil, Argentina (67 pontos), Bolívia (71,4 pontos), Chile (71,7 pontos) e Peru (78,4 pontos).

Na comparação com o trimestre anterior, a América Latina perdeu 1,4 ponto. Entre as principais perdas, destacam-se Colômbia (-28,2 pontos), Equador (-23,8 pontos), Paraguai (-19,7 pontos) e Bolívia (-15,9 pontos).

Os únicos países que tiveram crescimento em relação ao trimestre anterior foram Argentina (29,8 pontos) e Uruguai (15,7 pontos). A perda de 2,8 pontos do Brasil foi o terceiro melhor resultado da região.

PIB

A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o Brasil em 2022, segundo os especialistas consultados pela FGV, recuou de 1,8% no quarto trimestre de 2021 para 0,7% no primeiro deste ano. Também é o pior resultado entre os dez países da região.

A previsão de crescimento médio na América Latina é de 2,2% para 2022. As melhores previsões são para Colômbia (3,9%), Bolívia (3,8%), Paraguai (3,6%) e Uruguai (3%). As demais previsões são: Peru (2,7%), Equador (2,6%), México (2,5%), Argentina (2,5%) e Chile (2,4%).

Fonte: Agência Brasil

Imagem: Marcello Casal Jr.

Quarta, 23 de Fevereiro de 2022
Mapa entrega Selo Mais Integridade para 17 empresas e cooperativas do Agro
Mapa entrega Selo Mais Integridade para 17 empresas e cooperativas do Agro Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou nesta quarta-feira (23) a cerimônia de premiação do Selo Mais Integridade, que reconhece as empresas e cooperativas do agronegócio que adotam práticas de integridade com enfoque na responsabilidade social, sustentabilidade ambiental e ética. Nesta edição, 17 organizações foram agraciadas, sendo que nove receberam a premiação pela primeira vez, representada pelo Selo Verde, e oito alcançaram a renovação do certificado, representada pelo Selo Amarelo. As contempladas podem usar a marca do Selo em seus produtos, sites comerciais, propagandas e publicações.

Esta é a quarta edição do prêmio Selo Mais Integridade e o Mapa é o pioneiro entre os ministérios do governo federal na implementação de um selo setorial alinhado ao Programa de Fomento à Integridade Pública (Profip), da Controladoria-Geral da União (CGU).

Na oportunidade, a ministra Tereza Cristina assinou as portarias que aprovam o Manual de Marcas do Selo Mais Integridade e o regulamento da próxima edição do Selo Mais Integridade 2022/2023.

Entre os benefícios que podem ser alcançados pelas premiadas estão: ganho de imagem e publicidade positiva junto aos cidadãos e concorrência direta com o uso da marca nas embalagens dos produtos, outdoors e mídias; reconhecimento de possíveis parceiros internacionais; aumento motivacional da equipe e prestadores de serviços; melhor classificação de risco em operações de crédito junto a instituições financeiras oficiais; e maior engajamento com outras corporações nacionais que se relacionam com o mercado internacional e precisam comprovar a prática de ESG - Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança, em português) por stakeholders.

Na cerimônia, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, ressaltou a expectativa de que cada vez mais empresas e cooperativas do setor agropecuário alcancem a excelência em integridade, resultando em um cenário favorável. “Não tenho dúvidas que as consequências práticas serão a abertura de mercados que anteriormente seriam considerados inatingíveis”.

Tereza Cristina destacou, ainda, que as organizações com ações iniciais de integridade também contam com o apoio do Mapa por meio do Cadastro Agroíntegro, que já possui quase 30 empresas e cooperativas registradas. Além de reconhecer iniciativas que demonstram a implementação de práticas de integridade, ética e transparência, mesmo que em estágio inicial, o cadastro é o primeiro passo para que a empresas e cooperativas possam concorrer ao Selo Mais Integridade.

O ministro da CGU, Wagner Rosário, pontuou os desafios da implementação de ações de integridade. “Quando a gente fala de integridade, tem que ter um conceito e uma atitude bastante racional e razoável. Nas empresas, se o profissional de integridade não abrir o olho ele se torna a pessoa mais chata do mundo e, às vezes, na ânsia de ser o integro, ele acaba atrapalhando os negócios. Conseguir ser um profissional que alia esses dois lados e trazer segurança jurídica, trazer uma segurança dentro do processo, e não travar a administração, seja ela pública ou privada, é um desafio que nós temos todos os dias na nossa profissão”.

O presidente da Apex-Brasil, Augusto Pestana, ressaltou a importância do envolvimento de todos nas ações de integridade. “Aqui a gente vê uma integração muito grande que faz o êxito do trabalho nosso, sobretudo do ponto de vista da Apex, de promover as nossas exportações e atrair investimentos. Essa grande parceria que nós temos aqui, com empresários do setor privado, com o setor público, tanto Executivo quanto Legislativo, e com a sociedade civil, igualmente mobilizados em torno de uma causa que é uma das mais nobres, que é garantir que nós conquistemos mercados, levando o nosso agro e tudo o que ele traz. Ele traz integridade, ele traz desenvolvimento sustentável”.

Também participaram da cerimônia o secretário-executivo do Mapa, Marcos Montes; o secretário adjunto de Aquicultura e Pesca do Mapa, Jairo Gund; o chefe da Assessoria Especial de Controle Interno do Mapa, Cláudio Torquato; a coordenadora-geral de Integridade do Mapa, Ana Carolina Mazzer;  a coordenadora anticorrupção do Pacto Global da ONU, Jaqueline Oliveira; a gerente da Rede Brasil da Alliance for Integrity, Beatriz Sannuti; e a gerente Executiva do Instituto Ethos, Marina Ferro.

Premiados

Uma das empresas premiadas foi a Três Tentos Agroindustrial, com sede em Santa Bárbara (RS). Segundo o CEO da empresa, Luís Dumoncel, o reconhecimento é resultado de um trabalho realizado em conjunto voltado à sustentabilidade. “Acreditamos fortemente no desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro, com a preservação do meio ambiente e, no ano passado, fizemos nossa estreia no Novo Mercado da B3, que reúne as empresas com o mais alto padrão de governança corporativa. Gostaríamos de compartilhar este prêmio com os produtores rurais, que são nossos clientes e confiam no nosso trabalho; com os nossos fornecedores, com os quais mantemos uma relação comercial ética e duradoura; com os nossos colaboradores, com os quais desenvolvemos laços de confiança e cooperação; e com nossos investidores, que acreditam no nosso potencial de crescimento e na forma ética com que realizamos nossos negócios”.

A Sinergia Agro do Brasil, com sede em Serra Negra (SP), está entre as empresas premiadas pela segunda vez e comemora a conquista. “A renovação da certificação confirma a nossa contribuição, responsabilidade e confiabilidade para o setor do agronegócio no Brasil e no mercado internacional. Essa conquista é o resultado do esforço e dedicação de toda a equipe que é norteada por um Código de Ética e Conduta com padrões elevados de integridade que se aplicam a todos os colaboradores. Essa certificação reforça nossos valores e credibilidade com os colaboradores, parceiros, clientes e fornecedores, praticando e respeitando as legislações anticorrupção, ambientais e trabalhistas”, diz um dos diretores da empresa, Renato Malagodi.

Pela primeira vez o Selo Mais Integridade foi entregue a uma empresa do setor pesqueiro, a Frescatto Company. Sediada no Rio de janeiro, a empresa atua desde 1944 no ramo de processamento de pescados e atende mais de 11 mil clientes em todos os estados do país.

Uma novidade desta edição foi o lançamento do “Selo Mais Integridade – Versão Especial”. A nova marca digital, implementada pela Portaria Conjunta nº 5/2021, é voltada para empresas e cooperativas premiadas, de forma cumulativa, pelo Selo Mais Integridade, do Mapa, e pelo Empresa Pró-Ética, da CGU.

O primeiro “Selo Mais Integridade – Versão Especial” foi entregue para a Rivelli Alimentos, que, em 2021, foi a primeira empresa do agronegócio a receber o Prêmio Pró-Ética, da CGU. “São reconhecimentos dos procedimentos e condutas que norteiam a forma de ser e a cultura da Rivelli. Temos um time comprometido, que acredita que o melhor é fazer do jeito certo, baseando suas ações diárias em nossos valores. Essas premiações demonstram que os processos estão aderentes as melhores práticas de governança, fortalece a nossa marca e indica que estamos no caminho correto para um crescimento sustentável, contribuindo para a perpetuidade da empresa. Sabemos que esse reconhecimento nos traz um diferencial perante o mercado e aumenta ainda mais nossa responsabilidade perante a sociedade”, destaca o diretor presidente da empresa, Paulo Richel.

Outra inovação do evento deste ano foi a entrega do troféu “Associação Parceira do Selo Mais Integridade 2021/2022”, homenageando as quatro organizações que representam as empresas mais premiadas. Receberam o troféu: a Abisolo – com o maior número de empresas premiadas; a Aprobio e a Abrafrutas – com o maior número de premiadas em 2021/22; e a ABPA – representante da empresa premiada com a versão especial.

Boas Práticas

Durante a cerimônia, também foram reconhecidas as duas Melhores Boas Práticas de integridade. A empresa Bem Brasil Alimentos foi premiada na categoria “Sustentabilidade Ambiental” com o projeto “Economia Circular Bem Brasil”, que visa a redução do consumo de energia e de água, da emissão de gases causadores do efeito estufa e da quantidade de rejeitos descartados.

A iniciativa tem o propósito de transformar a cultura de linearidade na prática de ciclos sustentáveis nos processos produtivos da empresa e na sociedade, por exemplo, agregando valor a produtos antes descartados. O projeto está apoiado em três pilares: fertirrigação, compostagem e geração de energia por meio do biogás. 

Na categoria “Responsabilidade Social”, a empresa UPL do Brasil Indústria e Comércio de Insumos Agropecuários foi premiada com o programa itinerante “Aplique Bem”. A ação está capacitando pequenos e médios produtores rurais com o objetivo principal de proporcionar a segurança do produtor rural durante o manuseio e aplicação de defensivos agrícolas. A iniciativa já treinou mais de 70 mil pessoas e passou por mais de mil municípios brasileiros.

 

Requisitos

 

Para receber o Selo Mais Integridade, a empresa ou cooperativa deve comprovar a prática de requisitos, como possuir um programa de compliance; código de ética e conduta; canais de denúncia efetivos, ações com foco na responsabilidade social e sustentabilidade ambiental e promover treinamentos para melhoria da cultura organizacional.

Além disso, é preciso estar em dia com as obrigações trabalhistas, não ter multas relacionadas ao tema nos últimos dois anos, não ter casos de adulteração ou falsificação de processos e produtos fiscalizados pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, ter ações de boas práticas agrícolas enquadradas nas metas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e não ter cometido crimes ambientais nos últimos 24 meses.

Toda a documentação é analisada pelo Comitê Gestor do Selo, instituído pela Portaria nº 599, de 16 de abril de 2018. Após a análise e homologação do resultado, a lista com as vencedoras é publicada no Diário Oficial da União. 

 

Veja a lista das premiadas 2021/2022:

Selo Verde

Agrifirm do Brasil Nutrição Animal Ltda.

Bsbios Industria e Comercio de Biodiesel Sul Brasil S.A

Companhia Nitro Quimica Brasileira;

Frigorífico Jahu Eireli - Frescatto Company

Marfrig Global Foods S.A.

Ouro Fino Saúde Animal Ltda.

Ouro Fino Agronegócio Ltda.

Solubio Tecnologias Agrícolas Ltda.

Três Tentos Agroindustrial S.A.

Selo Amarelo

Adecoagro Brasil Participações S.A. (Grupo Empresarial)

Andrade Sun Farms Agrocomercial Ltda.

Amaggi Exportação e Importação Ltda.

Bem Brasil Alimentos S.A.

São Salvador Alimentos S.A.

Sinergia Agro Do Brasil Ltda

UPL do Brasil Indústria e Comércio de Insumos Agropecuários S.A.

Vittia Fertilizantes e Biológicos S.A. (Grupo Empresarial).

Informações à imprensa

Adriana Rodrigues


Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quarta, 23 de Fevereiro de 2022
Pesquisadores da Seapdr compartilham dados sobre fertilidade do solo de florestas
Pesquisadores da Seapdr compartilham dados sobre fertilidade do solo de florestas Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

O projeto “Diagnóstico da fertilidade do solo e status nutricional das florestas jovens de acácia-negra”, desenvolvido desde julho de 2021 por pesquisadores do Laboratório de Química Agrícola do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (DDPA/Seapdr), mostra os primeiros resultados, já entregues aos produtores envolvidos. E a ideia é reunir técnicos e demais acacicultores para compartilhar os dados das análises de solo obtidas com o trabalho. “Deve ser em abril ou maio”, acredita o coordenador do projeto e engenheiro florestal da SEAPDR, Jackson Brilhante.

Ele conta que, em sua primeira etapa, a pesquisa demonstrou que muitos acacicultores não fazem a reposição adequada de nutrientes no solo, o que pode comprometer a produção de madeira e casca. “Observamos também que os solos em que produtores manejavam acácia em consórcio com melancia apresentavam uma melhor condição de fertilidade”, explica. “O que resultou em maior crescimento das árvores. Isso acontece porque eles fazem a correção da acidez e dos níveis de fósforo do solo para a melancia, e a acácia-negra se beneficia muito desta condição”, complementa Brilhante.

Segundo o pesquisador, a finalidade do projeto é compreender como está sendo feito o manejo da fertilidade do solo pelos acacicultores em diferentes regiões do Rio Grande do Sul e propor estratégias para melhorar a produtividade de madeira e casca.

Brilhante esclarece que foram coletadas amostras de solo e folhas nas áreas dos produtores pela equipe de pesquisadores da secretaria, pelas empresas florestais e pela Emater/RS-Ascar. “Nessa primeira fase, atingimos 25 municípios do Estado, abrangendo as regiões Metropolitana, Vale do Caí, Serra do Sudeste e Metade Sul”. 

Um dos acacicultores que se beneficiam do projeto é Rodrigo Govoni, do município de Butiá. Ele trabalha com acácia-negra consorciada com o plantio de melancia no primeiro ano, para que a floresta se beneficie da adubação que é realizada na melancia e consiga ter uma maior produtividade.  “Acho importante seguir esse estudo, pra gente saber o que é melhor pra floresta, pro seu desenvolvimento, que tipo de adubação é melhor”, comenta.

Com o que concorda o engenheiro agrônomo que presta consultoria técnica para Govoni, Leonardo Fortes. Em sua opinião, a pesquisa tem grande importância, em nível regional, para toda a cadeia produtiva de acácia-negra, em especial aos acacicultores. “Porque ela vai possibilitar a identificação das práticas de manejo que vêm sendo realizadas pelos produtores e indicar alguns caminhos. Do que é melhor para a produção, em termos de obter maior produtividade e assim chegar ao objetivo do produtor, que além de obter maior produtividade, é ter uma maior rentabilidade com a atividade”, acredita.

Além disso, segundo Fortes, o estudo vai proporcionar subsídios para os profissionais da área – técnicos, engenheiros agrônomos, consultores – para a recomendação de diferentes cenários com mais segurança. “A gente sempre se baseia em aspectos técnicos, comprovados pela ciência e testados a campo, para fazer as indicações, explica. “E, assim, teremos maior segurança para fazer essas recomendações, além de dar maior segurança para o produtor aplicar essas técnicas e chegar aos seus objetivos”, conclui.

O projeto tem o apoio financeiro do Fundo Estadual de Desenvolvimento Florestal (Fundeflor) e deve continuar até o final deste ano, com mais 100 produtores.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias/Seapdr