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Terça, 15 de Fevereiro de 2022
Valor Bruto da Produção Agropecuária de 2022 é estimado em R$ 1,2 trilhão
Valor Bruto da Produção Agropecuária de 2022 é estimado em R$ 1,2 trilhão Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A estimativa do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022, com base nas informações de janeiro, é de R$ 1,204 trilhão, 4,3% maior em relação ao ano passado (R$ 1,154 trilhão). O crescimento do valor das lavouras foi de 10,3% e a pecuária teve retração de 8,6%. A contribuição das lavouras ao VBP é de 72%, e da pecuária, 28%.

Um conjunto amplo de produtos mostra contribuição favorável para o crescimento da agropecuária neste ano. As expectativas de produção são boas em geral, e os preços são favoráveis para muitos produtos, como algodão, café, amendoim, cana-de-açúcar, laranja e milho. Destacam-se algodão com crescimento real do VBP de 35,1%, amendoim 14,2%, banana 16,9%, café 64,1% cana-de-açúcar 31,6%, laranja 7,0%, milho 21,9%, e tomate, 21,4%. Esses resultados, até mesmo excepcionais de alguns produtos, coloca esse grupo em grande destaque, como responsável por puxar o crescimento neste ano.

Contribuições negativas, porém, têm sido observadas em arroz, batata-inglesa, cacau, soja e uva, que vêm tendo redução de quantidades produzidas e de preços. Alguns destes, como arroz e soja, sofreram influência direta das secas no Sul. 

Com resultados menos favoráveis, a pecuária apresenta uma retração no crescimento, observada em carne bovina, frangos, suínos e ovos. As retrações mais fortes ocorrem em carne suína e de frango, com preços em nível mais baixo do que em 2021. 

Impactos da seca no Sul

Os resultados regionais do VBP mostram alguns impactos da seca ocorrida no Sul, que atingiu principalmente o Rio Grande do Sul e o Paraná. As lavouras mais afetadas foram a soja e milho, embora haja também um impacto nas criações, devido à redução da oferta de alimentos. Mesmo as áreas irrigadas sofreram o impacto, como as lavouras do arroz. No Rio grande do Sul, onde predomina o arroz irrigado, a queda de produção foi de 10,3%. Nas lavouras de milho a redução de produção foi de 32,0%, e da soja, 33,9%, segundo a Conab.

No Paraná, a produção das lavouras também teve redução. A soja teve uma quebra dada pela diferença entre 19,8 milhões de toneladas em 2021 para 13,2 milhões em 2022, por sua vez, o VBP desse produto caiu de R$ 87,5 bilhões para 83,7 bilhões.

O Paraná, que ocupava o segundo lugar no ranking dos valores do VBP por estado, cedeu lugar a São Paulo, que obteve melhoria devido aos bons resultados de cana-de-açúcar, café e laranja. O pior desempenho que vem ocorrendo no Paraná deve-se também aos resultados da pecuária, que mostram forte redução neste ano, principalmente carne de frango.

O que é o VBP

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária no decorrer do ano, correspondente ao faturamento dentro do estabelecimento. É calculado com base na produção agrícola e pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais.

O valor real da produção é obtido, descontada da inflação, pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês. 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Terça, 15 de Fevereiro de 2022
Máquinas da Secretaria da Agricultura intensificam perfuração de poços
Máquinas da Secretaria da Agricultura intensificam perfuração de poços Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Com máquinas próprias, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) perfurou 14 poços artesianos nos últimos dois meses, beneficiando cerca de 280 famílias de municípios impactados pela estiagem no Rio Grande do Sul. Neste período em que a falta de chuvas passou a causar perdas na agropecuária e dificuldades de acesso à água, servidores da Agricultura concentraram os trabalhos em Chapada, Barra Funda, Sagrada Família, Miraguaí, Quinze de Novembro, Entre-Ijuís e Bossoroca, todos municípios com decretos de situação de emergência.

As máquinas agora serão alocadas em Engenho Velho, Tiradentes do Sul, Lagoa dos Três Cantos e Rolador, também cidades com emergência decretada. Em cada um destes municípios serão perfurados dois poços. 

A secretária Silvana Covatti explica que a perfuração de poços é uma atividade permanente dentro da pasta e integra o Programa de Apoio e Desenvolvimento da Infraestrutura Rural. “Nas últimas semanas, nossos servidores têm priorizado os trabalhos em comunidades rurais que estão tendo muita dificuldade de acesso à água para as famílias e para os animais. Esta estiagem tem deixado cenas bastante impactantes no nosso meio rural, com lavouras que se perderam totalmente e com o rebanho que também tem sentido os reflexos do calor intenso e da escassez de alimentação”, destaca Silvana.

Trabalho permanente é feito por quatro equipes de servidores que atendem as necessidades das comunidades rurais - Foto: Divulgação/Seapdr

Em média, a Secretaria da Agricultura perfura 90 poços artesianos por ano. A atividade é feita por quatro equipes de servidores, concentrados em quatro diferentes regiões do Estado para otimização de recursos, evitando a necessidade de grandes deslocamentos das máquinas de um ponto a outro. Concluídas as obras em determinada região, as máquinas são realocadas em outra regional que tenha manifestado interesse.

Paralelo a este trabalho permanente, o governo do Estado lançou o programa Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural em dezembro passado, prevendo a perfuração de 750 poços artesianos e instalação de respectivas caixas d'água, em 2022.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Divulgação/Seapdr

Terça, 15 de Fevereiro de 2022
IGP-10 tem inflação de 1,98% em fevereiro, diz FGV
IGP-10 tem inflação de 1,98% em fevereiro, diz FGV Fonte: Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 1,98% em fevereiro. A taxa é superior à observada no mês anterior (1,79%), mas inferior à apurada em fevereiro de 2021 (2,97%).

Com o resultado, o indicador, que é nacional, acumula taxas de 3,80% no ano e de 16,69% em 12 meses. Em fevereiro de 2021, o IGP-10 acumulava taxa de 28,17% em 12 meses.
A alta da taxa de janeiro para fevereiro deste ano foi puxada pelos preços no atacado e na construção civil. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, subiu de 2,27% em janeiro para 2,51% em fevereiro.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu de 0,50% para 0,61% no período.

Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, teve leve queda na taxa de inflação, ao recuar de 0,40% em janeiro para 0,39% em fevereiro.

Fonte: Agência Brasil – Vitor Abdala

Segunda, 14 de Fevereiro de 2022
Sobe para 257 mil o número de propriedades atingidas pela estiagem no Estado
Sobe para 257 mil o número de propriedades atingidas pela estiagem no Estado Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Emater apontou queda de 54,7% na produção de milho e de 43,8% no volume de soja a ser colhido, ante o projetado inicialmente

A Emater/RS-Ascar, prestadora de serviço da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), divulgou neste sábado (12/02) a terceira edição do Boletim Evento Adverso – Efeito da Estiagem nas Principais Atividades Agrícolas do Rio Grande do Sul, com informações levantadas no período de 25 de janeiro a 4 de fevereiro nas unidades operativas da instituição, e a Segunda Estimativa da Safra de Verão 2021/2022.

De acordo com o Boletim Adverso, até o momento cerca de 257 mil propriedades foram atingidas pelos efeitos da estiagem. O último boletim, publicado em 24 de janeiro, apontava 253 mil propriedades afetadas.

O número de produtores atingidos no cultivo de milho ultrapassou os 98 mil, acréscimo de quase 5 mil com perdas na sua produção em relação ao último levantamento. Em soja, são cerca de 88 mil produtores com redução na produtividade. Ainda se enfatiza o elevado número de produtores de leite – 33,1 mil – com dificuldades na produção. O boletim revelou uma queda de captação de 2,4 milhões de litros de leite por dia no Estado. Em torno de 17,3 mil famílias também têm dificuldades ao acesso à água.

Segunda Estimativa da Safra de Verão

Já a Segunda Estimativa da Safra de Verão 2021/2022 apontou uma redução de produção nas culturas em relação à projeção inicial e uma mensuração de perdas econômicas baseada no preço do produto divulgado em Cotações Agropecuárias em 10 de fevereiro.

Segundo o levantamento, na cultura do milho a produção deve ser de 2,7 milhões de toneladas, uma redução de 54,7% em relação à estimativa inicial (6,1 milhões de toneladas). O tombo no volume a ser colhido representa uma perda econômica calculada em R$ 5,2 bilhões.

Já a produção da soja ficou projetada em cerca de 11,1 milhões de toneladas, 43,8% a menos que o estimado inicialmente (19,9 milhões toneladas). A perda econômica fica em mais de R$ 27,8 bilhões.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

 

 

Segunda, 14 de Fevereiro de 2022
Empresas brasileiras buscam acesso ao mercado chinês
Empresas brasileiras buscam acesso ao mercado chinês Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

O Programa Aterrisagem China selecionou, em 2021, 15 empresas brasileiras que estão próximas de realizarem as suas primeiras exportações para o país asiático. Este avanço é resultado das ações de capacitação e promoção comercial promovidas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Apex Brasil dentro do projeto Agro.BR.

Este projeto foi lançado em 2020 para inserir pequenos e médios produtores rurais no comércio internacional. E no contexto do dentro do Agro.BR, o Aterrisagem China, – lançado no ano passado em parceria com a Apex-Brasil e o escritório da Invest SP de Xangai – é uma estratégia inovadora que tem como objetivo preparar e acompanhar pequenas e médias empresas brasileiras para levar seus produtos diretamente ao consumidor chinês.

Além disso, pretende diversificar a pauta de exportações através de ações de marketing comercial e da presença no e-commerce. Outro ponto estratégico é fortalecer a imagem do agro brasileiro naquele mercado.

A iniciativa é realizada em cinco fases: seleção, preparação, aceleração acompanhamento e a efetiva aterrissagem. Inicialmente foram selecionadas 15 empresas e cooperativas dos setores de mel e própolis, frutas e derivados (incluindo sucos), lácteos e cafés especiais para participar.

As atividades seguem até julho deste ano. Nesse momento, as empresas estão em fase de acompanhamento para viabilizar negócios.

Na opinião da coordenadora de Promoção Comercial da CNA, Camila Sande, o programa é uma oportunidade para entrar de forma qualificada no mercado da China, com produtos de maior valor agregado e adaptados às formas de consumo e preferências alimentares dos chineses.

 

“O Programa de Aterrissagem tem uma característica inovadora, pois ele dá acesso aos participantes à minúcias do mercado chinês. É um passo a passo para entrar na China que não foi feito antes para empresas do agro”, afirmou ela.

Oportunidades – A CNA enxerga muitas oportunidades no mercado chinês não apenas no comércio tradicional como também no virtual. 

De acordo com o estudo “As Oportunidades e os Desafios para Empresas Brasileiras no Maior Mercado de E-Commerce do Mundo: a China”, realizado pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) em parceria com a CNA e a Klabin, em 2020, o e-commerce chinês registrou vendas de US$ 2,3 trilhões, valor superior aos PIBs do Brasil e da Argentina juntos. Analistas preveem que a cifra alcançará US$ 3,6 trilhões em 2024, quando operações online

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA
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Segunda, 14 de Fevereiro de 2022
Exportações do Agronegócio alcançam recorde de US$ 8,8 bilhões em janeiro
Exportações do Agronegócio alcançam recorde de US$ 8,8 bilhões em janeiro Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

As exportações do agronegócio atingiram US$ 8,82 bilhões, valor recorde para os meses de janeiro, o que significou incremento de 57,5% em relação aos US$ 5,60 bilhões exportados em janeiro do ano passado.

Conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), esse forte crescimento do valor exportado foi influenciado tanto pela expansão dos preços médios de exportação, que subiram 19% na comparação com janeiro de 2021, quanto em função do aumento do volume exportado, que cresceu 32,3%.

Com essa expressiva elevação, a participação do agronegócio nas exportações brasileiras cresceu de 37,5% (janeiro/2021) para 44,9% (janeiro/2022).

Complexo soja

O destaque dos embarques do mês de janeiro foi o complexo soja, com US$ 2,12 bilhões, cifra 338,3% superior aos US$ 484,07 milhões exportados em janeiro de 2021 (+US$ 1,64 bilhão).

A soja em grãos registrou 2,45 milhões de toneladas em exportações (+4.853,6%), ou US$ 1,24 bilhão (+5.223,9%); valores recordes para os meses de janeiro.

De acordo com os analistas da SCRI, há uma demanda mundial crescente pela oleaginosa, em virtude da retomada da produção e consumo de proteína animal no mundo, o que indica redução da relação estoque/consumo de soja em grãos em 2022. Dessa forma, a previsão é que a China importe cerca de 100 milhões de toneladas neste ano.

Já em janeiro, o país asiático adquiriu 80,1% do volume de soja exportado pelo Brasil (1,97 milhão de toneladas). Além da China, União Europeia e Vietnã também importaram mais de 100 mil toneladas do Brasil: 159,8 mil e 136,7 mil toneladas adquiridas, respectivamente.

As exportações de farelo de soja elevaram-se 45,6% em volume, passando de 1,03 milhão para 1,49 milhão de toneladas. As exportações de óleo de soja também apresentaram expressivo crescimento devido à forte demanda indiana e ao aumento da disponibilidade doméstica. As exportações do óleo de soja atingiram US$ 232,54 milhões em janeiro de 2022 (+1.974%) ou 170,26 mil toneladas (+1.907,6%). A Índia adquiriu 82% do volume total exportado (139,76 mil toneladas).

Carnes

O segundo maior setor exportador do agronegócio foi o de carnes. Com US$ 1,61 bilhão em janeiro de 2022 (+39,8%), alcançou valor recorde para estes meses em toda a série histórica. Houve incremento do volume exportado (+21,1%) e dos preços médios de exportação (+15,5%).

A principal carne exportada pelo Brasil foi a bovina, com US$ 801,06 milhões em vendas externas (+46,2%), recorde para os meses de janeiro. Tanto o volume exportado quanto o preço médio de exportação cresceram, +25,7% e +16,3%, respectivamente.

As exportações de carne de frango também foram recordes, com o valor exportado alcançando US$ 604,89 milhões (+42,8%). O volume exportado, também recorde, (+20,2%), contou com preços médios de exportação elevados (+18,8%).

Diferentemente da carne bovina e da carne de frango, as vendas externas de carne suína cresceram em função exclusiva da expansão do volume exportado, que aumentou 18,5%, passando de 62 mil toneladas (janeiro/2021) para 73 mil toneladas (janeiro/2022). Por outro lado, o preço médio de exportação registrou queda de 7,4%.

A redução da demanda chinesa por carne suína importada tem afetado os preços internacionais desde o segundo semestre de 2021, em função da recuperação do rebanho chinês de porcos. Mesmo assim, a China continuou sendo o principal país importador da carne suína in natura brasileira, com participação de 44% nos volumes exportados, que representaram US$ 62,85 milhões (-20,4%). 

Trigo

Já no caso do trigo, as vendas externas foram recordes em valor (US$ 190,93 milhões; +121,0%) e quantidade (648,06 mil toneladas; +61,6%), principalmente pela menor demanda do produto no mercado nacional e pela safra brasileira recorde de trigo em 2021 (7,68 milhões de toneladas, segundo a Conab).

Os três principais países importadores do trigo brasileiro foram: Arábia Saudita (218,92 mil toneladas); Marrocos (180,6 mil toneladas) e Indonésia (141,1 mil toneladas).

Café verde e solúvel

O setor cafeeiro registrou US$ 719,21 milhões em vendas externas (+41,1%). Houve queda no volume exportado em janeiro (-18,5%), mas o aumento dos preços médio de exportação (+73,0%) mais que compensou essa redução. O Brasil é o maior produtor mundial e o principal produto exportado pelo setor é o café verde (com recorde de exportação de US$ 659,01 milhões; +41,3%).

Os preços médios de exportação atingiram US$ 3.700 por tonelada em janeiro de 2022 (+76,1%). As vendas externas de café solúvel alcançaram US$ 54,15 milhões (+37,1%). 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Segunda, 14 de Fevereiro de 2022
Mercado financeiro aumenta projeção de inflação para 5,50% em 2022
Mercado financeiro aumenta projeção de inflação para 5,50% em 2022 Fonte: Agência Brasil

O mercado financeiro aumentou mais uma vez a previsão de inflação para este ano. Segundo projeção do Boletim Focus, divulgado hoje (14) pelo Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - a inflação oficial do país - deve fechar 2022 em 5,50%. É a quinta vez que o mercado projeta alta da inflação neste ano. Há uma semana, a projeção do mercado era que a inflação terminasse o ano em 5,44%. Há quatro semanas, a previsão era de 5,09%.

Para 2023, o mercado manteve a expectativa da semana passada em relação à evolução do IPCA. A projeção aponta para uma inflação de 3,50% para o próximo ano. Há quatro semanas, a projeção era de inflação de 3,40%. Para 2024, o mercado também elevou a projeção de inflação para 3,04% ante os 3% projetados na semana passada.

PIB

O boletim, divulgado semanalmente, reúne a projeção do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Na projeção desta semana, o Focus manteve previsão do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todas as riquezas produzidas no país - registrada há sete dias. A projeção é de 0,30% em 2022. Há quatro semanas, o mercado previa um crescimento da economia brasileira de 0,29%.

O Focus registra ainda, pela quarta semana, uma diminuição na expectativa de crescimento do PIB para 2023, passando de 1,53% na semana passada para 1,50%. Para 2024, a projeção se manteve estável, ficando em 2%.

Taxa de juros e câmbio

O mercado também elevou a previsão do mercado para a taxa básica de juros, a Selic, para 2022. Na projeção divulgada nesta segunda-feira, o mercado projetou a Selic em 12,25% ao ano, ante os 11,75% ao ano projetados na semana passada.

No início do mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa de juros de 9,25% para 10,75% ao ano. Em comunicado, indicou que continuará a elevar os juros básicos até que a inflação esteja controlada no médio prazo.

Para o fim de 2023, a estimativa do mercado é que a taxa básica caia para 8% ao ano. E para 2024, a previsão é de Selic em 7,25% ao ano, ante os 7% da projeção da semana anterior.

A expectativa do mercado para a cotação do dólar em 2022 caiu, ficando em R$ 5,58, ante os R$ 5,60 projetado na semana passada. Para o próximo ano, a previsão do mercado também diminuiu, passando de R$ 5,50 para R$ 5,45.

Para 2024, após um período de estabilidade, a estimativa para a cotação da moeda americana diminuiu ligeiramente pela segunda semana seguida, passando dos R$ 5,39 projetados na semana passada, para R$ 5,32.

Fonte: Agência Brasil – Luciano Nascimento

Imagem: Marcello Casal Jr.

Sexta, 11 de Fevereiro de 2022
Caixa e Sicoob anunciam financiamento para despesas rurais
Caixa e Sicoob anunciam financiamento para despesas rurais Fonte: Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal anunciou hoje (10) a antecipação da oferta de recursos para financiar as atividades agrícolas do segundo semestre da safra 2021/2022, a chamada safra verão, que se estende de fevereiro a junho. A iniciativa foi divulgada pelo presidente do banco estatal, Pedro Guimarães.

Também hoje, o Sistema de Cooperativas Financeiras do Brasil (Sicoob) anunciou que disponibilizará mais R$ 4 bilhões aos cerca de 6 milhões de produtores rurais cooperados. Com isto, a entidade espera atingir o total de R$ 25 bilhões em crédito rural concedido durante toda a safra 21/22, que começou em julho do ano passado. O dinheiro poderá ser usado para a compra de insumos produtivos, beneficiando principalmente ao plantio de soja, café, algodão, milho, cana-de-açúcar e arroz.

Já a Caixa não informou o valor total que colocará à disposição dos produtores rurais até o fim deste semestre, mas garantiu que haverá dinheiro suficiente para ajudar a custear as lavouras e o agronegócio, possibilitando aos produtores comprar os insumos necessários ao plantio.

As operações da Caixa incluem três diferentes linhas de crédito rural: uma destinada a pequenos produtores rurais enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com taxas de juros a partir de 3% ao ano; outra voltada ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronampe), com taxa de 4,5%, e 6,5% para outros contratos.

De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o anúncio da oferta de crédito foi antecipado em ao menos 20 dias, por demanda do setor produtivo. “Pelo que sabemos, há uma relativa escassez de financiamento ao agronegócio. Por causa disto, pela demanda, por conversas que tivemos com vários clientes , estamos lançando agora [a linha de custeio antecipado] que planejávamos lançar no final de fevereiro.”

Novidade

A Caixa também anunciou a criação de uma nova linha de financiamento rural, com recursos das cadernetas de poupança e taxas de juros de 9,5% ao ano, sem a cobrança da taxa referencial (TR). De acordo com Guimarães, o chamado Funding Poupança oferecerá aos produtores rurais taxas de juros atrativas sem impactar o crédito imobiliário que o banco já disponibiliza movimentando recursos da poupança.

“Manteremos tanto a expansão imobiliária, quanto [a presença do banco] no agronegócio. Isto vai ajudar bastante aos produtores rurais, porque se trata de uma nova linha […] com taxas de juros a partir de 9,5%, sem a TR, para custear a compra de máquinas, sistemas de energia, irrigação, comercialização, industrialização em uma série de segmentos”, declarou Guimarães.

Fonte: Agência Brasil – Alex Rodrigues

Imagem: Embrapa

Sexta, 11 de Fevereiro de 2022
Programa Sementes Forrageiras tem recursos ampliados para R$ 11 milhões
Programa Sementes Forrageiras tem recursos ampliados para R$ 11 milhões Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

O Programa Sementes Forrageiras, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), teve seus recursos ampliados para R$ 11 milhões nesta edição de 2022, viabilizando recursos para aumento de área plantada e de beneficiários. O valor orçamentário inicial a ser custeado pelo Estado era de R$ 2,5 milhões. A suplementação de recursos no programa faz parte de uma série de ações estipuladas pelo Governo do Estado para mitigar os efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul nas pequenas propriedades rurais.

Criado em 2011, o Programa Sementes Forrageiras tem por objetivo fomentar a aquisição de sementes para pastagens de inverno e verão. Entre as espécies que podem ser plantadas estão o azeve?m, as aveias preta e branca, o trigo duplo propósito, a ervilhaca e o capim-suda?o. O programa concede até R$ 500 por CPF de agricultor familiar para a compra de sementes. O produtor tem que quitar 70% deste financiamento junto às cooperativas e sindicatos até fevereiro do ano seguinte. Os outros 30% são custeados pelo Estado.

Finalizada a manifestação de interesse para adesão ao programa em 15 de janeiro, o Departamento de Agricultura Familiar e Agroindústria (Dafa), da Seapdr, contabilizou mais de 13 mil agricultores interessados na edição 2022 do Forrageiras, por meio do financiamento do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Produtores Rurais (Feaper), para 93 entidades no Estado. "Com a possibilidade de participação das prefeituras, o programa também recebeu manifestação de 65 municípios para aquisição das sementes", conta o coordenador do programa, Jonas Wesz. A cobertura do programa chegará a até 158 municípios.

No ano passado, os contratos somaram R$ 5,3 milhões e beneficiaram cerca de 11 mil famílias, por meio de 90 entidades em todo o Rio Grande do Sul. Podem participar do Sementes Forrageiras agricultores e pecuaristas familiares, por meio de suas cooperativas, associações e sindicatos. Os recursos são operacionalizados via financiamento subsidiado, conforme regras do Feaper.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias/Seapdr

Sexta, 11 de Fevereiro de 2022
Parceria Abiec e ApexBrasil promove carne brasileira no mercado árabe
Parceria Abiec e ApexBrasil promove carne brasileira no mercado árabe Fonte: Abiec

Ações de inovação e sustentabilidade da pecuária brasileira serão apresentadas durante Gulfood 2022

Visando novas oportunidades de negócios e expansão de um mercado estratégico para a carne brasileira, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) participará novamente da Gulfood, uma das principais feiras de alimento do mundo. O evento de 2022 será realizado em Dubai, nos Emirados Árabes, entre os dias 13 e 17 de fevereiro, no moderno centro de convenções e reuniões do Dubai World Center. A ação é realizada em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), parceira da Abiec no projeto Brazilian Beef e contará com a presença de 22 empresas associadas – Agra, Barra Mansa, Boi Brasil, Boibras, Cooperfrigu, Frigol, Frigosul, Frigon, Frivasa, Iguatemi, JBS, Marfrig, Masterboi, Mercúrio, Minerva, Naturafrig, Prima Foods, Plena, Prisa, Rio Maria, Supremo e Zanchetta.

Com a missão de promover a carne brasileira e divulgar ações de inovação e sustentabilidade da pecuária local, a Abiec irá realizar o tradicional churrasco para os visitantes, de olho no mercado árabe. Em 2021 as exportações brasileiras para os países de maioria mulçumana somaram 344,1 mil toneladas. Em faturamento, as vendas foram de US$ 1,4 bilhão. Esse mercado respondeu por 19% do volume exportado pelo Brasil em 2021 e 16% da receita total.

No estande de 168 metros quadrados e um mezanino 199,5 metros quadrados, a Abiec pretende apresentar diversos dados e informações sobre a sustentabilidade e eficiência do sistema produtivo da carne brasileira. “É uma ótima oportunidade de reforçar para o mercado internacional que o produz uma carne que é segura do ponto de vista sanitário, produtiva do ponto de vista econômico e amplamente sustentável do ponto de vista ambiental”, analisa o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli.

Sobre a ABIEC – 

Criada em 1979, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) reúne 32 empresas do setor no país, responsáveis por 92% da carne negociada para mercados internacionais. Sua criação foi uma resposta à necessidade de uma atuação mais ativa no segmento de exportação de carne bovina no Brasil, por meio da defesa dos interesses do setor, ampliação dos esforços para redução de barreiras comerciais e promoção dos produtos nacionais. Atualmente, o Brasil produz em torno de 10 milhões de toneladas de carne bovina, aproximadamente 20,8% são negociados para dezenas de países em todo o mundo, seguindo os mais rigorosos padrões de qualidade. Na última década, o País registrou crescimento de 135%no valor de suas exportações.

Sobre o Brazilian Beef

Iniciado em 2001, o projeto setorial Brazilian Beef, uma parceria entre Apex-Brasil e ABIEC, tem o objetivo de fortalecer a imagem da carne bovina brasileira, melhorando a percepção de sua qualidade nos países importadores e ampliando, assim, a participação brasileira no mercado mundial de carnes. Em 18 anos, já foram firmados nove projetos, com investimentos de mais de R$ 60 milhões e crescimento das exportações em mais de 500%.

Sobre a Apex-Brasil

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para alcançar os objetivos, a Apex-Brasil realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.

Fonte: Abiec – Associação Brasileira da Industria Exportadora de Carnes