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Segunda, 31 de Janeiro de 2022
Caged: Brasil gerou 2,7 milhões de empregos formais em 2021
Caged: Brasil gerou 2,7 milhões de empregos formais em 2021 Fonte: Agência Brasil

O Brasil terminou o ano de 2021 com saldo positivo de 2.730.597 vagas de emprego com carteira de trabalho assinada. Ao longo do ano, foram registradas 20.699.802 admissões e 17.969.205 desligamentos. Os dados foram divulgados hoje (31) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Já o mês de dezembro registrou retração de 265.811 postos de trabalho. O número decorre de um total de 1.703.721 de desligamentos e de 1.437.910 admissões.

O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, em dezembro, ficou em 41.289.692 vínculos, o que, segundo o ministério, representa uma queda de 0,64% em relação ao mês anterior.

Contratação temporária

De acordo com o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, o resultado para o mês de dezembro era esperado, uma vez que “como ocorre rotineiramente no Brasil, temos as comunicações de demissão principalmente daqueles funcionários que trabalham no regime temporário”.

“O saldo negativo faz parte fundamentalmente dos trabalhadores temporários. Mas esse saldo aplicado sobre o acumulado do ano nos dão saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada no Brasil, da ordem de 2,7 milhões de postos de trabalho”, acrescentou ao destacar que desde o início do governo de Jair Bolsonar, o país acumula saldo positivo de 3.183.221 novos postos de trabalho.

Dados por setor

No acumulado do ano, o saldo de 2,7 milhões de postos de trabalho teve, no setor de serviços, sua maior contribuição, com 1.226.026 vagas criadas. Foram 9.284.923 admissões ante a 8.058.897 desligamentos.

O setor de comércio agregou outras 643.754 vagas (4.889.494 admissões e 4.245.740 desligamentos), enquanto a Indústria gerou 475.141 novas vagas (3.352.363 admissões e 2.877.222 desligamentos) em 2021.

As atividades de construção criaram 244.755 vagas (2.017.403 admissões e 1.772.648 desligamentos), enquanto agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve 140.927 novas vagas com carteiras assinadas (1.155.619 admissões e 1.014.692 desligamentos).

O estoque (quantidade total de vínculos formais ativos) no acumulado do ano apresentou variação de 7,08% (na comparação com 1º de janeiro de 2021).

Já em dezembro, o saldo de empregos foi negativo em quatro dos cinco grupamentos de atividade econômica analisados. O único a apresentar saldo positivo (9.013 vagas) foi o de comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas.

O saldo da indústria ficou negativo em 92.047 vagas; o da construção perdeu 52.033 postos de trabalho; o de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura registrou uma queda de 26.073 vagas; e o de serviços diminuiu em 104.670 o saldo de empregos celetistas.

Regiões

As cinco regiões apresentaram saldo positivo de contratações ao longo de 2021. Na Região Sudeste foram criados 1.349.692 postos de trabalho (crescimento de 6,8%); no Sul, o saldo foi de 480.771 postos a mais (alta de 6,61%); no Nordeste foram criados mais 474.578 postos (7,58%); no Centro-Oeste, o acréscimo foi de 263.304 vagas (8,07%); e a Região Norte teve incremento de 154.667 empregos formais (8,62%).

Em dezembro, no entanto, as cinco regiões do país registraram saldo negativo no número de empregos formais. A região que perdeu mais vagas foi a Sudeste, com uma queda de 136.120 postos de trabalho (-0,64%).

A queda na Região Sul ficou em 78.882 vagas (-1,01%), enquanto nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte apresentaram saldos negativos de 21.476 (-0,61%); 15.823 (-0,23%); e 13.375 vagas (-0,68%), respectivamente.

Estados

No acumulado do ano, o estado de São Paulo foi o que abriu maior número de empregos formais, totalizando 814.035 novas vagas, o que representa alta de 6,80%. Em segundo lugar está Minas Gerais, com saldo positivo de 305.182 vagas (alta de 7,5); seguido do Rio de Janeiro, com 178.098 novos postos (5,77%).

Os menores saldos foram registrados em Roraima, com geração de 4.988 postos de trabalho com carteira assinada; Amapá (5.260); e Acre (8.117).

Apenas duas unidades federativas apresentaram saldos positivos em dezembro de 2021: Alagoas (615 postos de trabalho); e Paraíba (61 postos).

Já os estados com menor saldo foram São Paulo, que registrou uma redução de 103.954 no número de empregos formais, seguido de Santa Catarina (-36.644 postos de trabalho); e do Paraná (-24.346 postos).

Salário médio

O salário médio de admissão registrado em dezembro foi de R$ 1.793,34. Na comparação com o mês anterior (novembro), o aumento real ficou em R$ 1,51, o que corresponde a alta de 0,08%.

*Matéria ampliada às 12h20 para inclusão dos dados consolidados do ano. Texto alterado, no nono parágrafo, às 13h27, para corrigir percentual informado pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Fonte: Agência Brasil – Pedro Peduzzi

Segunda, 31 de Janeiro de 2022
Senar-RS dá posse a novos integrantes dos conselhos administrativo e fiscal
Senar-RS dá posse a novos integrantes dos conselhos administrativo e fiscal Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Em cerimônia online, na tarde de quarta-feira (26), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) empossou os novos integrantes dos Conselhos Administrativo e Fiscal da entidade. Os conselheiros terão mandato de três anos.

Uma das novidades da renovação dos colegiados é a chegada do presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Cezar Vieira Pires, como membro titular do Conselho Administrativo, e do presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, como membro suplente.

“Essa renovação que fizemos no conselho é para trazer um olhar externo, do setor de cooperativas e do setor orizícola. Levamos muito em consideração esses aspectos e precisamos que vocês não venham aqui só para dizer amém, mas para que sejam críticos e construtivos”, orientou o presidente do Conselho Administrativo do Senar-RS, Gedeão Pereira.

No evento, o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, fez uma apresentação institucional da entidade com seus conselheiros, apresentou um balanço das ações e atividades realizadas na gestão 2019-2021. Entre os destaques, a implantação da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), a realização de duas maratonas de inovação e a participação do programa Duas Safras.

As perspectivas para a nova gestão (2022-2024) também foram apresentadas. Entre as metas, a qualificação de ações de Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS). As mudanças contemplarão, entre outras ações, a criação de um Programa Estruturado de Gestão Rural. Segundo Condorelli, o objetivo é que, junto ao Senar-RS, o produtor encontre um portfólio de ensino que o torne efetivamente um empresário rural.

A orientação sobre o uso de contratos de opção para produtores de soja, a intensificação dos processos do programa Duas Safras e a ampliação e reposicionamento do Programa Juntos para Competir - realizado em parceria com Farsul e Sebrae-RS – também foram planos antecipados por Condorelli.

O conselheiro Alexandre Velho parabenizou as realizações e os planos apresentados pelo Superintendente.

“A produção agrícola exige profissionalismo e na agricultura não seria diferente”, resumiu.

AS NOVAS NOMINATAS

Conselho Administrativo

Titulares

-       Gedeão Silveira Pereira - Presidente

-       Carlos Joel da Silva

-       Daniel Klüppel Carrara

-       Flavio Avancini Rodrigues

-       Paulo Cezar Vieira Pires

Suplentes

-       Elmar Konrad

-       Eugênio Edevino Zanetti

-       Hamilton Guterres Jardim

-       Maria Tereza Scherer Mendes

-       Alexandre Velho

Conselho Fiscal

Titulares

-       Francisco Lineu Schardong

-       Agnaldo Barcelos da Silva

-       Paulo Roberto Vargas


Suplentes

-       Paulo Ricardo de Souza Dias

-       Jaciara Maria Muller

-       César Luis Tagliari Vieira

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura/ ASCOM/Padrinho Conteúdo

Segunda, 31 de Janeiro de 2022
Contas públicas registram superávit de R$ 64,7 bilhões em 2021
Contas públicas registram superávit de R$ 64,7 bilhões em 2021 Fonte: Agência Brasil

As contas públicas registraram saldo positivo em 2021, segundo dados divulgados hoje (31), em Brasília, pelo Banco Central (BC). No ano passado, o setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, apresentou superávit primário de R$ 64,7 bilhões, ante déficit de R$ 703 bilhões em 2020. O resultado, o primeiro positivo das contas públicas desde 2013, representa 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB) frente aos 9,41% de impacto registrados em 2020.

Os dados estão no relatório das Estatísticas Fiscais do BC. Segundo o banco, no mês de dezembro, o setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 123 milhões, ante déficit de R$ 51,8 bilhões em dezembro de 2020. No Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional), houve superávit de R$ 13,9 bilhões, e nos governos regionais e nas empresas estatais, déficits, na ordem, de R$ 12,8 bilhões e R$ 1 bilhão.

O resultado primário é formado pelas receitas menos os gastos com juros, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. Assim, quando as receitas superam as despesas, há superávit primário.

Em 2021, o resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, apresentou um déficit de R$ 383,7 bilhões (4,42% do PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), ante R$ 1,01 trilhão (13,6% do PIB) em 2020. Em dezembro, o déficit nominal atingiu R$ 54,2 bilhões, comparativamente a R$ 75,8 bilhões em dezembro do ano anterior.

Segundo o BC, o superávit primário do setor público consolidado, em 2021, de 0,75% do PIB, contribuiu para que o déficit nominal de 2021 também fosse o menor, em percentual do PIB, desde 2013, quando ficou deficitário em 2,96% do PIB.

Juros

O gasto com juros somou R$ 448,4 bilhões em 2021, contra R$ 312,4 bilhões em 2020. Os juros nominais atingiram R$ 54,4 bilhões em dezembro, frente a R$ 24 bilhões em dezembro de 2020.

O aumento foi influenciado pelas operações do BC no mercado de câmbio (swap cambial) que registraram perda de R$ 4 bilhões em dezembro de 2021, ante ganho de R$ 8 bilhões em dezembro de 2020, e pelo aumento da taxa Selic, atualmente em 9,25% ao ano.

O swap cambial é a venda de dólares no mercado futuro. Os resultados dessas operações são transferidos para o pagamento dos juros da dívida pública, como receita, quando há ganhos, e como despesa, quando há perdas.

Dívida pública

A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) fechou 2021 em R$ 5 trilhões, o que corresponde a 57,3% do PIB. O BC disse que o resultado mostra uma redução anual da relação DLSP/PIB de 5,3 pontos percentuais do PIB.

Segundo o BC, o resultado reflete, sobretudo, efeitos da desvalorização cambial acumulada no ano de 7,4%, (redução de 1,2 ponto percentual); do crescimento do PIB nominal (redução de 8,7 pontos percentuais), do superávit primário (redução de 0,7 ponto percentual), “parcialmente contrabalançados pelos juros nominais apropriados (aumento de 5,2 pontos percentuais) e pela variação da paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (aumento de 0,4 ponto percentual).”

Já a dívida bruta do governo geral (DBGG) – que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 7 trilhões ou 80,3% do PIB.

“No ano, a relação DBGG/PIB reduziu-se 8,3 pontos percentuais, resultado sobretudo do crescimento do PIB nominal (redução de 12,3 pontos percentuais), dos resgates líquidos de dívida (redução de 2,1 pontos percentuais), da incorporação de juros nominais (aumento de 5,8 pontos percentuais) e da desvalorização cambial (aumento de 0,4 ponto percentual)”, disse o BC.

Fonte: Agência Brasil – Luciano Nascimento

Imagem: José Cruz

Sexta, 28 de Janeiro de 2022
Produtores realizaram mais de 81 mil acionamentos de seguro rural e Proagro devido à seca
Produtores realizaram mais de 81 mil acionamentos de seguro rural e Proagro devido à seca Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Um levantamento da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostra a dimensão dos comunicados de perdas e avisos de sinistros pelos produtores afetados pela seca. No total, 42.541 apólices de seguro rural foram acionadas e 38.906 comunicados de perdas (COPs) realizados no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) na atual safra de verão até o dia 20 de janeiro, totalizando mais de 81 mil acionamentos pelos produtores. Os dados são das Companhias Seguradoras habilitadas no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) do Mapa e do Banco Central do Brasil, autarquia responsável pelo Proagro.

Os destaques do levantamento realizado pela SPA são os prejuízos nas lavouras de milho e de soja, devido à estiagem que afeta parte de algumas regiões dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Outras atividades agropecuárias também têm sido afetadas pelo déficit hídrico e pelos efeitos dos dias secos com altas temperaturas, como o feijão, arroz, cana, frutas, verduras, pecuária(leite), apicultura, dentre outras.

A ministra Tereza Cristina ressalta que os seguros rurais representam um importante mecanismo de proteção para que os produtores possam investir na sua lavoura com tranquilidade e segurança, pois no caso de ocorrerem adversidades climáticas durante a safra que provoquem perdas na produção, poderão recuperar parte do capital investido e dar continuidade às suas atividades. “Mesmo em anos de safra recordes estamos observando alta sinistralidade. Isso demonstra a importância do seguro rural e a necessidade de ampliação da cobertura em todas as regiões.. Esse é um mecanismo de proteção com enorme potencial, pois ainda não ultrapassa20% da área plantada no país”, destaca Tereza Cristina.

Em quase 3 anos, de janeiro de 2019 até novembro de 2021, as seguradoras pagaram aos produtores, em valores atualizados pelo IPCA, o equivalente a R$ 9,5 bilhões em indenizações, evitando que os produtores precisassem realizar milhares de renegociações de dívidas.

A seca ainda não cessou seus efeitos e as lavouras estão em período de colheita, o que deve alterar esses números no próximo levantamento ao final de fevereiro. Dentre as culturas mais afetadas, a soja tem quase 37 mil acionamentos (32% das apólices sinistradas) e 22,2% da área contratada com seguro afetada, que equivale a 1,7 milhão de hectares que serão vistoriadas pelas seguradoras. O Mapa tem estimulado um aumento da rede de peritos que realizam as vistorias e a capacitação dos profissionais de seguro rural. Em janeiro de 2022, o seguro rural conta com 1.178 peritos cadastrados, aumento de 55% nos últimos 15 meses.

Dentre os estados mais afetados e que mais contratam seguro, o Paraná tem 30.916 acionamentos, o Rio Grande do Sul 4.375 e o Mato Grosso do Sul 3.160. No total, está em análise nas seguradoras um Valor Segurado da ordem de R$ 2,7 bilhões em indenizações.

 

No Proagro, o valor em análise de indenizações já chega a R$ 2,3 bilhões, que somadas ao seguro, totaliza mais de R$ 5 bilhões em possíveis indenizações aos agricultores que protegeram suas lavouras com esses instrumentos mitigadores de riscos climáticos. Dos quase 39 mil acionamentos de Proagro, o milho se destaca com mais de 26 mil comunicados de perdas (68,7%) do total e o Rio Grande do Sul, onde os produtores lideram a contratação de Proagro, representa 53,2% dos comunicados de perdas, atingindo 20.719 operações.

No seguro rural, as companhias seguradoras habilitadas no PSR realizam o pagamento das indenizações aos produtores, que têm acesso ao benefício de subvenção ao prêmio (valor pago para contratar o seguro), que variou em 2021 de 20% a 60% do prêmio. Já no Proagro, o produtor, geralmente ligado ao contrato de crédito rural de custeio do Pronaf, paga uma taxa adicional para aderir ao programa e a União arca com o pagamento das indenizações via Banco Central do Brasil e as instituições financeiras que operam no Proagro.

Área protegida com seguro ou Proagro

A SPA fez um cruzamento de dados da Conab sobre área plantada e informações do seguro e Proagro para verificar o total de área protegida pelos mitigadores de riscos climáticos nos cinco estados mais atingidos pela seca. Praticamente 40% da área plantada nesses estados tem seguro ou Proagro para milho e soja.

O destaque são os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, que na soja possuem, cada um, 2,5 milhões de hectares com área segurada, representando mais de 40% da área plantada com mitigadores de riscos. Além disso, o milho do Rio Grande do Sul tem 55% da área protegida, assim como São Paulo tem 53% da soja com seguro.

Operações de crédito com seguro ou Proagro

O levantamento junto a cinco principais instituições financeiras aponta significativa cobertura de mitigadores de risco para médios e pequenos produtores de soja e milho, com Proagro e Seguro Rural. 

Produtores enquadrados no Pronaf, que têm financiamento de custeio, por obrigatoriedade legal, têm 100% de contratação de Proagro Mais. Esses produtores têm a cobertura do custeio e uma Garantia de Renda Mínima (GRM), que depende de análise das perdas. Já os médios produtores do Pronamp tiveram de 79% a 95% das operações com cobertura de seguro ou Proagro, dependendo da cultura, estado e instituição financeira. Esse índice cai para 40% a 60% no caso dos demais produtores.

Vale ressaltar que nas operações de custeio de produtores, que não sejam do Pronaf e com valor de até R$ 335 mil, é obrigatória a contratação de garantia com o Proagro ou em sua substituição, do seguro rural.

 

Contratação

O produtor que tiver interesse em contratar o seguro rural deve procurar um corretor ou uma instituição financeira que comercialize apólice de seguro rural. Atualmente, 15 seguradoras estão habilitadas para operar no PSR. O seguro rural é destinado aos produtores pessoa física ou jurídica, independente de acesso ao crédito rural. 

A subvenção econômica concedida pelo Ministério da Agricultura pode ser pleiteada por qualquer pessoa física ou jurídica que cultive ou produza espécies contempladas pelo Programa.

Para mais informações sobre o PSR, faça o download do aplicativo. Basta acessar para Android e para IOS.

A partir de 2022 o percentual de subvenção ao prêmio será fixo em 40% para todas as culturas/atividades, exceto para a soja, cujo percentual será fixo em 20%. Essa regra vale para qualquer tipo de produto e cobertura, conforme regras do PSR, que podem ser acessada aqui

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Sexta, 28 de Janeiro de 2022
Agricultores receberam R$ 4,1 bilhões em indenizações de seguro rural
Agricultores receberam R$ 4,1 bilhões em indenizações de seguro rural Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) divulgou a Síntese Mensal dos principais dados relativos ao desempenho do setor de seguros até novembro de 2021. As informações foram obtidas a partir dos dados encaminhados pelas companhias supervisionadas.

Os dados agregados são disponibilizados para diversos segmentos, dentre eles o de seguro rural das atividades agrícolas, aquícolas, de florestas e pecuária, que são passíveis de participação no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Nessas atividades, as 15 companhias seguradoras habilitadas no PSR, pagaram R$ 4.172.321.434,00 em indenizações aos agricultores entre janeiro e novembro de 2021, que representa um aumento de 81% sobre os R$ 2.305.316.668,00 pagos no mesmo período de 2020. O ano de 2020 fechou com total de R$ 2,5 bilhões em pagamentos de sinistros.

O diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola, afirma que muitas informações da Susep são contábeis e ainda não há um detalhamento por cultura, evento e região dos sinistros ocorridos no ano. Os dados detalhados serão ainda compilados quando as companhias seguradoras entregarem todas as informações ao Mapa. Essas informações são analisadas pelo Departamento em relatório anual que deve ser publicado em março de 2022.

Loyola explica que no ano de 2021 o milho de segunda safra foi o ponto fora da curva, pois os produtores do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo tiveram sinistros com estiagem agravadas por geadas. Além da estiagem e geadas no milho de segunda safra, contribuíram para um aumento da sinistralidade nas lavouras brasileiras em 2021 as geadas ocorridas no café, principalmente em Minas Gerais e São Paulo.

Contratações de seguro rural disparam em 2021

Em 2021, o programa liberou R$ 1,181 bilhão em apoio aos produtores. Isso possibilitou que 121 mil agricultores com 217 mil apólices em 14 milhões de área segurada conseguissem proteger R$ 68 bilhões em capitais segurados. O PSR mais que triplicou os resultados em relação a 2018. O programa tem 15 companhias seguradoras habilitadas e mais 3 seguradoras devem entrar no mercado em 2022, ou seja, pode chegar a 18 seguradoras, frente às 11 companhias que atuavam em 2018.

Retrospectiva e expectativas para 2022

O diretor do Mapa explica que a estimativa de atendimento do PSR em 2018 e 2019 girava em torno de 50% da demanda. Para cada apólice com subvenção, havia outra sem acesso ao benefício. Em 2020, o PSR atendeu 82% da demanda e em 2021 em torno de 90%, quando atingiu 14 milhões de hectares com seguro.

Para 2022, a demanda é de R$ 1,5 bilhão para o PSR. No entanto, o Projeto de Lei Orçamentária - PLOA 2022, está com o montante de R$ 990 milhões, sendo necessários ainda R$ 510 milhões em recursos complementares para que atinja o valor necessário. Caso seja mantido apenas os R$ 990 milhões, teremos apenas 10 milhões de hectares com seguro, abaixo do que foi em 2020 e 2021 (14 mi ha). Com R$ 1,5 bilhão será possível abranger uma área segurada em torno de 15 a 16 milhões de hectares, dependendo do comportamento de contratações, preços, perfil de culturas e regiões. O Mapa deve encaminhar ao Ministério da Economia solicitação de crédito suplementar de R$ 510 milhões, que se aceito, ainda dependerá de aprovação do Congresso Nacional.

Contratação

O produtor que tiver interesse em contratar o seguro rural deve procurar um corretor ou uma instituição financeira que comercialize apólice de seguro rural. Atualmente, 15 seguradoras estão habilitadas para operar no PSR. O seguro rural é destinado aos produtores pessoa física ou jurídica, independente de acesso ao crédito rural. 

A subvenção econômica concedida pelo Ministério da Agricultura pode ser pleiteada por qualquer pessoa física ou jurídica que cultive ou produza espécies contempladas pelo Programa.

Para mais informações sobre o PSR, faça o download do aplicativo. Basta acessar para Android e para IOS.

A partir de 2022 o percentual de subvenção ao prêmio será fixo em 40% para todas as culturas/atividades, exceto para a soja, cujo percentual será fixo em 20%. Essa regra vale para qualquer tipo de produto e cobertura, conforme regras do PSR.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Sexta, 28 de Janeiro de 2022
Senar vai capacitar jovens e trabalhadores no Programa Nacional de Serviço Civil Voluntário
Senar vai capacitar jovens e trabalhadores no Programa Nacional de Serviço Civil Voluntário Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) assinou, na sexta (28), um protocolo de intenções com o Governo Federal e demais entidades do Sistema S para promover o Programa Nacional de Serviço Civil Voluntário, do Ministério do Trabalho e Previdência.

O diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, participou, no Palácio do Planalto, da cerimônia de assinatura da Medida Provisória que cria o programa, com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, do ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, entre outros representantes do governo e do setor produtivo.

A ideia do programa é dar oportunidades a jovens entre 18 e 29 anos e trabalhadores acima de 50 anos que estão fora do mercado há mais de dois anos. O objetivo é aumentar a empregabilidade desses trabalhadores e transferir renda por meio de bolsas de qualificação profissional.

Segundo Carrara, uma das propostas é capacitar jovens “nem-nem”, ou seja, nem estudam e nem trabalham, que receberão bolsas para trabalhar em empresas. Ele também destacou uma das novidades do programa, que é a inclusão de pessoas acima de 50 anos para que elas voltem a ter oportunidades no mercado de trabalho.

“Fomos chamados para participar dessa iniciativa de inclusão de jovens no processo de capacitação e eles receberão um ano de bolsa. E a novidade, além dos jovens é a inclusão de quem tem mais de 50 anos, que terão essa oportunidade. É um misto de social com profissionalização para contribuir com o país”, disse o diretor-geral do Senar.

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Imagem: flickr.com/photos/canaldoprodutor

Sexta, 28 de Janeiro de 2022
Taxa média de juros em dezembro registrou 24,4% ao ano
Taxa média de juros em dezembro registrou 24,4% ao ano Fonte: Agência Brasil

A taxa média de juros cobrada por instituições financeiras, como bancos e cooperativas, fechou o mês de dezembro em 24,4% ao ano, informou hoje (28) o Banco Central. Em janeiro do ano passado, a taxa estava em 20% ao ano. O resultado, que consta do relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito, mostra ainda que o aumento foi registrado tanto para pessoas físicas quanto para empresas.

De acordo com o documento, a taxa média de juros das pessoas físicas passou de 24,3% em janeiro para 28,7% em dezembro. Já em relação às empresas, os juros médios dos empréstimos e financiamentos passaram de 13,4% para 17,4%.

Também houve aumento na taxa média cobrada no crédito rotativo do cartão de crédito, que passou de 329% para 349,6% ao ano. A cobrança do rotativo é feita quando o valor total da fatura não é pago até a data de vencimento. Já a taxa do parcelado do cartão fechou dezembro em 168,5%. Com isso, a taxa de juros total do cartão de crédito terminou dezembro em 63,9% . No cheque especial, a taxa de juros cobrada foi de 127,6%.

No cre?dito livre, a taxa de juros fechou o ano em 33,9% ao ano, uma elevac?a?o de 8,4 pontos percentuais (p.p.) em relação ao registrado em janeiro. Nessa modalidade, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes.

O relatório aponta que no cre?dito livre a?s empresas, a taxa me?dia de juros situou-se em 20% ao ano, contra 11,6% em janeiro, com destaque para a elevação da taxa em capital de giro de longo prazo (9,1 p.p.), desconto de duplicatas e recebi?veis (6,3 p.p.), financiamento a exportac?o?es (7,7 p.p.) e aquisic?a?o de vei?culos (6,8 p.p.).

No cre?dito livre a pessoas fi?sicas, a taxa de juros alcanc?ou 45,1% a.a., elevac?a?o de 7,9 p.p. no ano, com destaque para o aumento em cre?dito pessoal na?o consignado (10,8 p.p.) e aquisic?a?o de vei?culos (7,6 p.p.).

O Indicador de Custo do Cre?dito (ICC), que mede o custo me?dio de todo o cre?dito do Sistema Financeiro Nacional (SFN), atingiu 18,4% ao ano, uma elevação de 1,6 p.p. em relação ao registrado em janeiro. No cre?dito livre na?o rotativo, o ICC situou-se em 24,3% ao ano, com variação de 1,9 p.p. ao longo do ano.

A inadimple?ncia do cre?dito geral atingiu 2,3% em dezembro, muito pro?ximo ao menor valor da se?rie observado ao final de 2020, quando ficou em 2,1%. No cre?dito livre, esse indicador aumentou 0,2 p.p. em 2021, encerrando o ano em 3,1%.

Já nas operac?o?es direcionadas houve estabilidade (0,1 p.p.) em 2021, finalizando o ano em 1,2%. Essas operações têm regras definidas pelo governo, e são destinadas, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

Volume de crédito

O relatório mostra que, em 2021, o volume de cre?dito do SFN alcanc?ou R$ 4,7 trilho?es, um aumento de 16,5% no ano, ante a variac?a?o de 15,6% no ano anterior. O cre?dito a empresas variou 11,1%, desacelerando ante 21,8% em 2020. O cre?dito a?s fami?lias cresceu 20,8%, ante os 11,2% registrados em dezembro de 2020. Em dezembro de 2021, o cre?dito total variou 1,9% com aumentos de 2,3% na carteira de pessoas juri?dicas e de 1,7% na carteira de pessoas fi?sicas.

Em 2021, o cre?dito livre para pessoas juri?dicas alcanc?ou R$ 1,3 trilha?o, expansa?o de 18,3% no ano, resultado que ficou abaixo do crescimento registrado em 2020, quando ficou em 21,2%.

“Destacam-se os crescimentos nas modalidades de duplicatas e antecipac?a?o de faturas de carta?o, conta garantida, aquisic?a?o de vei?culos e ACC. Destaque- se, tambe?m, a reduc?a?o na modalidade de capital de giro ate? 365 dias, compensada pelo fortalecimento da modalidade acima de 365 dias”, diz o relatório.

O cre?dito livre a?s fami?lias atingiu R$ 1,5 trilha?o, um crescimento de 22,8% em 2021. O resultado aponta para uma aceleração no crescimento, já que em 2020 a expansão foi de 10,8%. O destaque vai para a expansa?o das modalidades cre?dito pessoal, aquisic?a?o de vei?culos e operac?o?es com carta?o de cre?dito.

Em 2021, o cre?dito direcionado atingiu R$ 1,9 trilha?o, elevac?a?o de 10,8% no ano, desacelerando apo?s crescimento de 15,9% em 2020. O comportamento foi bastante desigual entre pessoas juri?dicas e fi?sicas: enquanto as primeiras apresentaram retrac?a?o de 0,3% no ano (apo?s expansa?o de 22,8% em 2020), as fami?lias apresentaram crescimento de 18,4% (apo?s alta de 11,7% no ano anterior).

Fonte: Agência Brasil – Luciano Nascimento

Imaegm: Marcello Casal Jr.

Quinta, 27 de Janeiro de 2022
CNA pede medidas emergenciais para produtores afetados pelas secas e enchentes
CNA pede medidas emergenciais para produtores afetados pelas secas e enchentes Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou ao governo federal medidas emergenciais e estruturantes para auxiliar produtores rurais de várias regiões do país afetados ou pelas secas ou pelas enchentes das últimas semanas.

As solicitações assinadas pelo presidente da CNA, João Martins, foram protocoladas na terça (25), por meio de ofícios. Um foi endereçado à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em que a CNA propõe ações de caráter urgente para produtores prejudicados pelas secas no Sul, Sudeste e Centro Oeste e pelas chuvas na Bahia e em Minas Gerais.

No outro, encaminhado aos ministros Paulo Guedes (Economia), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), a entidade defende uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) com medidas emergenciais de crédito para os produtores impactados pelas enchentes.

No pedido encaminhado à titular da Agricultura, a CNA justifica que as medidas têm o objetivo de dar fôlego aos produtores de alimentos para que mantenham na atividade. “As perdas nas lavouras de milho e soja são significativas nas regiões Sul e de Mato Grosso do Sul e em alguns municípios da região Sudeste, o que impede os produtores de honrarem seus compromissos financeiros na safra 2021/2022”, diz o presidente da CNA no ofício.

A Confederação relatou casos em que produtores tomaram financiamentos, compraram insumos e não puderam semear, ou semearam fora da janela de plantio indicada pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), em função do déficit hídrico. E citou também que na região Sul houve perdas expressivas para a fruticultura, olericultura e pastagens, situação semelhante ao que ocorreu na Bahia e Minas Gerais em função do excesso de chuvas.

Desta forma, a Confederação enviou ao Mapa um conjunto de propostas emergenciais, como a prorrogação das parcelas de crédito de investimento vencidas e com vencimento em 2022 após o vencimento da última parcela dos contratos, com a mesma taxa de juros, independentemente da fonte de recursos, desde que o produtor esteja em dia com as parcelas em 31/12/2021 e apresente laudo técnico agronômico comprovando as perdas. Para as parcelas de custeio que vencem em 2022, a CNA solicitou o parcelamento nos próximos dois anos.

A CNA também defende a retirada de taxas cobradas pelas instituições financeiras sobre o valor dos financiamentos para alongamento das operações de crédito e o adiamento para um ano após o vencimento final das renegociações de dívidas já renegociadas por produtores (Pesa e securitização) em função de eventos climáticos que impactaram a produção na safra 2019/2020 e em função das restrições impostas pelo Covid-19.

Além das medidas emergenciais, a CNA solicitou o apoio do Ministério da Agricultura para a implantação de medidas estruturantes para o setor agropecuário, como agilidade na regulamentação para reservação de água nas propriedades rurais e a priorização das políticas de gestão de riscos.

Linha de crédito especial - Em relação à resolução do CMN, a CNA pede aos Ministérios da Economia, Casa Civil e Desenvolvimento Regional uma linha de crédito especial, com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), com condições diferenciadas de renegociação de operações de produtores impactados pelas intempéries climáticas, ocorridas em dezembro de 2021 e janeiro de 2022, na Bahia e em Minas Gerais, com prazos de carência e suspensão temporária de pagamentos de financiamentos contratados.

 

Neste contexto, a CNA lembrou que, em 2020, foi criada uma linha de crédito especial, com recursos dos Fundos Constitucionais, devido à pandemia da Covid-19, que autorizou a criação de linhas de crédito especiais temporárias para atender aos setores produtivos dos municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública, reconhecidos pelo Poder Executivo Federal.

Por essa razão, de acordo com o ofício, a CNA solicita uma resolução com medidas emergenciais de crédito aos produtores rurais dessas regiões onde a produção foi fortemente prejudicada pelas chuvas intensas e enchentes. Para a linha de crédito, a entidade propõe uma taxa de 2,5% ao ano (semelhante à de 2020), e que a taxa de juros suba de forma escalonada, de acordo com o porte do produtor, chegando a 5% ao ano para os maiores.

Situação em Minas Gerais - O diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, participou, na quarta (26), de reunião com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para discutir ações para ajudar os produtores afetados pelas chuvas em Minas Gerais. Presente no encontro, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Antônio de Salvo, apresentou um diagnóstico da situação da atividade agropecuária no estado. Uma nova reunião será agendada em Minas para debater mais medidas para o setor produtivo.

Estiveram na reunião a secretária de Agricultura de Minas Gerais, Ana Valentini, o presidente do Instituto Pensar Agropecuário (IPA), Nilson Leitão, o 1º vice-presidente de Finanças da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas gerais (Faemg), Renato José Laguardia de Oliveira, além do secretário-executivo do Mapa, Marcos Montes, e o secretário de Política Agrícola, Guilherme Bastos.

“Sabemos as dificuldades dos pequenos produtores, que tiveram suas atividades e suas casas completamente comprometidas com as chuvas que assolaram Minas Gerais e Bahia. Vamos a Minas Gerais fazer uma visita e já temos ações que vamos começar a trabalhar, como renegociações de dívidas, para que os produtores tenham algum tipo de alento”, disse a ministra Tereza Cristina.

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Imagem: Wenderson Araújo

Quinta, 27 de Janeiro de 2022
Publicado ato que cria escritório do Ministério da Economia nos EUA
Publicado ato que cria escritório do Ministério da Economia nos EUA Fonte: Agência Brasil

Foi publicado no Diário Oficial da União de hoje (27) decreto presidencial que cria um escritório do Ministério da Economia na embaixada brasileira em Washington (EUA). O Decreto nº 10.948 detalha como será a designação, a atuação e a remuneração do chefe do escritório e de seu assessor.

De acordo com o documento, a remuneração paga ao chefe do escritório será equiparada à de um ministro de primeira classe, da carreira de diplomatas do Ministério das Relações Exteriores (R$ 27,3 mil). Já o assessor receberá o correspondente ao de um ministro de segunda classe (R$ 26,3 mil).

Caberá ao ministro da Economia, por meio de ato do presidente e tendo ouvido previamente o Ministério das Relações Exteriores, designar os ocupantes dos dois cargos.

Tanto o chefe do escritório como seu assessor serão designados adido civil da embaixada, o que dará a eles e seus familiares (cônjuge, companheiro/companheira e dependentes) direito a passaporte diplomático. A missão terá duração de dois anos, podendo ser prorrogada uma vez, por igual período.

O decreto descreve também deveres aos quais o chefe do escritório estará submetido. Entre eles, abster-se de manifestações sobre políticas interna e externa, bem como sobre assuntos que venha a conduzir, sem que tenha autorização do Ministério da Economia.

Apesar de apontar como requisito para a designação servidor público que esteja em exercício no ministério ou em entidade a ele vinculada, o decreto abre a possibilidade de os dois cargos (chefe e assessor) serem ocupados por pessoas que não sejam do quadro atual, desde que tenham “no mínimo, um ano de exercício no Ministério da Economia ou em entidade vinculada ao órgão, nos últimos cinco anos”.

Fonte: Agência Brasil – Pedro Peduzzi

Imagem: Marcello Casal Jr.

Quinta, 27 de Janeiro de 2022
E-commerce pode diversificar exportações brasileiras para a China, diz estudo
E-commerce pode diversificar exportações brasileiras para a China, diz estudo Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

O e-commerce pode ser um caminho importante para diversificar a pauta de exportações do Brasil para o mercado chinês, com a inclusão de produtos de maior valor agregado, segundo estudo lançado pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), na quarta (26).

O documento “As Oportunidades e os Desafios para Empresas Brasileiras no Maior Mercado de E-Commerce do Mundo: a China”, elaborado por Renata Thiébaut, que trabalha há 16 anos com e-commerce e transformação digital na China, é uma parceria do CEBC com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Klabin.

A publicação traz o mapeamento das plataformas de e-commerce do país asiático, os modelos de negócio disponíveis, os setores que podem ser explorados e os desafios a serem superados para a entrada nesse mercado.

“É uma iniciativa importante e vai ao encontro do que a CNA pretende para aumentar a participação do agro no mercado asiático, além dos produtos tradicionalmente exportados como soja e proteína animal”, afirmou Sueme Mori, coordenadora de Inteligência Comercial da Confederação.

Ela acrescenta que os produtores brasileiros têm grande interesse no e-commerce chinês. No entanto, ainda falta conhecimento, e o estudo poderá ajudar neste aspecto. “O estudo vai ajudar a entender as modalidades que existem e o processo de entrada. Assim o produtor conhecerá o mercado sem fazer um investimento inicial tão grande.”

 

Luiz Augusto de Castro Neves, presidente do CEBC, afirmou que, por acreditar que o comercio eletrônico é um meio importante para que as empresas, o estudo irá contribuir para agregar valor às exportações brasileiras para China.

A autora do estudo, Renata Thiébaut, apresentou a publicação e explicou que usou os principais marketplaces chineses para o trabalho, com foco na aceitação dos produtos brasileiros. Segundo ela, há oportunidades para vários setores brasileiros, tanto para empresas de grande quanto de pequeno porte.

“Os chineses conhecem os produtos brasileiros. A tendência é de melhores oportunidades para o Brasil, porém há desafios como a barreira cultura e o idioma. Por isso, não basta abrir uma loja online, tem que investir em marketing, mídia social e live streaming”.

Renata ressaltou que o Brasil pode seguir o exemplo de alguns países que já comercializam produtos para China via e-commerce, como Peru, Colômbia e México.

Um diferencial para os produtos brasileiros entrarem nesse mercado são as embalagens mais atrativas, acredita Flávio Deganutti, da Klabin, empresa produtora e exportadora de papel e celulose.

“A embalagem no e-commerce é um diferencial, passa a ser a primeira experiência da marca com o consumidor. Temos alto interesse nesse mercado, por isso a Klabin tem uma agenda de ações voltadas ao e-commerce, além de estar adaptando seu portfólio”.

Deborah Rossoni, da Apex Brasil, afirmou que a China é um mercado prioritário para a agência, que já vem desenvolvendo ações para acessá-lo, como um estudo em parceria com os Ministérios da Agricultura e Relações Exteriores para criação de uma Loja Brasil, espaço que servirá de vitrine para os produtos brasileiros.

“Com essa loja pretendemos trazer clareza sobre oportunidades e setores, além de outras informações como questões tributárias. Temos expectativas positivas de acesso ao mercado internacional e o e-commerce facilita processos, reduz custos e amplia os mercados”.

De acordo com o estudo, os consumidores chineses têm procurado produtos alternativos, que contenham menos gordura e, portanto, menos calorias. Marcas brasileiras de carne, por exemplo, podem explorar snacks (lanches) ou versão carne-seca, em embalagens menores para serem transportadas mais facilmente, e versões magras, sem perder muito em proteínas e nutrientes.

Sueme Mori, da CNA, destacou ainda que há oportunidades no mercado chinês para vários produtos brasileiros como lácteos, café, snacks, citados no estudo, inclusive, setores que coincidem com os que participam do programa Agro.BR, promovido pela CNA e Apex Brasil para diversificar a pauta de exportação do agro brasileiro.

"Nossos produtos têm uma imagem positiva e atributos como sustentabilidade e saudabilidade. Há espaço para vários produtos explorarem essa imagem do Brasil, mas é um mercado extremamente competitivo. Por isso é importante conhecer o gosto do consumidor. Hoje o mundo está explorando essa brasilidade positiva e temos de aproveitar isso também".

A carne desidratada brasileira (charque e porco) também tem grande potencial no mercado chinês. Frutas secas, nozes, castanhas, sementes e vegetais desidratados são tidos como produtos saudáveis, muito consumidos ao longo do dia.

Segundo o estudo, o conhecimento detalhado dos hábitos dos consumidores chineses online é um fator importante para a definição de produtos e uma eventual necessidade de adaptação, visando maiores possibilidades de geração de receitas.

“O açaí em pó, por exemplo, é geralmente consumido com água quente ou iogurte natural. O café instantâneo é o preferido devido à sua praticidade, a carne de frango em “tiras”, com baixo teor de gordura, é um produto com um excelente apelo para os consumidores preocupados com a questão da saúde, e o própolis em pastilha ou cápsulas tem uma saída maior que o spray”, diz o documento.

O estudo do CEBC revela que há um universo a ser conquistado, o que exige um trabalho de construção da imagem do Brasil que aproveite alguns de seus ativos fundamentais: a biodiversidade, a Amazônia, a sustentabilidade e a tradição em produtos como café, chá mate e carnes.

Para a coordenadora de Inteligência Comercial da CNA, os acordos comerciais são importantes para esse mercado de e-commerce, porque além da questão tarifária, podem proporcionar um cenário melhor de negociação e relacionamento bilateral.

“Para a entrada de alimentos, é necessário negociar produto a produto, por isso o relacionamento tem que ser muito bem estabelecido, com bases muito claras e documentadas. Para o agro isso é extremamente importante.”

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Imagem: flickr.com/photos/canaldoprodutor